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Capacitação em serviço de arquivo: o arquivista frente aos desfios das novas tecnologias de informação e comunicação

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Academic year: 2017

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CAPACITAÇÃO EM SERVIÇO DE ARQUIVO: O ARQUIVISTA

FRENTE AOS DESAFIOS DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E

COMUNICAÇÃO

Andresa Léia de Andrade1 e Daniela Pereira dos Reis de Almeida2

1Aluna do Curso de Arquivologia Unesp/Marília Brasil

2Docente do Departamento de Ciência da Informação Unesp/Marília Brasil

RESUMO

O profissional arquivista deve ser capaz de adquirir aprendizado e passar a sua equipe de trabalho ,desempenhando assim de modo satisfatório o seu fazer dentro da instituição a qual trabalha, possibilitando o uso, a disseminação, organização, recuperação da informação. Pois um profissional capacitado, bem preparado desenvolve de modo eficiente seu fazer dentro da organização (ou instituição), e tem em mente que sempre deve estar atualizado e preparado, pois as novas tecnologias da informação e comunicação estão em constantes mudanças, por isso o profissional da informação (arquivista) deve estar constantemente buscando aprendizado, se capacitar através da educação continuada.

Palavras-Chave: Capacitação; Educação Continuada; Formação Profissional; Tecnologias

de Informação e Comunicação (TICs).

ABSTRACT

The professional archivist must be able to acquire apprenticeship and to pass his team of work, fulfilling so in satisfactory way his to do inside the institution which works, making possible, the use, the dissemination, organization, recuperation of the information. Since an enabled, well prepared professional develops of doing his efficient way inside the organization (or institution), and it bears in mind what must always be updated and prepared so the new technologies of the information and communication changes are in constant, therefore the professional of the information (archivist) must be constantly looking for apprenticeship, to be enabled through the continued education.

Keywords: Learning; Continued Education; Information Professional; Technologies of

Information and Communication (TICs).

1 INTRODUÇÃO

A Arquivologia é uma das subáreas que compõem o universo teórico da

Ciência da Informação, tem por objeto o documento (entendido como informações,

(2)

documentos, que foram produzidos para registrar as atividades (informações) de

pessoas física ou jurídicas em contexto público ou privado ordenando-se

sistematicamente segundo a origem comum dos documentos comumente definido

como fundo.

O arquivista é um gestor, pois é responsável pela organização, classificação

etc., dos documentos de uma dada instituição, seja essa pública, privada ou um

centro de informação. Deve ser capaz de disponibilizar a informação de forma rápida

e eficaz ao usuário, para tanto, é necessário “[...] ampliar o campo de ação do

arquivista para além da informação imediata, de valor primário, ou do resgate

daquela de valor secundário”.

O arquivista deve ser capaz de adquirir aprendizado e passar a sua equipe de

trabalho, desempenhando assim de modo satisfatório o seu fazer dentro da

instituição a qual trabalha, possibilitando o uso, a disseminação, organização,

recuperação da informação. Pois um profissional capacitado, bem preparado

desenvolve de modo eficiente seu fazer dentro da organização (ou instituição), e tem

em mente que sempre deve estar atualizado e preparado, pois as novas tecnologias

da informação e comunicação estão em constantes mudanças, por isso o

profissional da informação (arquivista) deve estar constantemente buscando

aprendizado, se capacitar através da educação continuada.

Para Bellotto (2004, p.306) o papel deste:

[...] depende a eficácia da recuperação da informação: sua uniformidade, ritmo, integridade, dinamismo de acesso, pertinência e precisão nas buscas, porque terá havido precisão na classificação, na avaliação e na descrição. Sua atuação pode influir muito no processo decisório das organizações e nas conclusões a que chegam os historiadores a respeito da evolução e da identidade da sociedade.

O arquivista é um gestor, pois é responsável pela organização, classificação

etc., dos documentos de uma dada instituição, nesta pesquisa em específico os

arquivos públicos que para Camargo e Machado (2000, p.7) o arquivo público é um

(3)

do arquivista para além da informação imediata, de valor primário, ou do resgate daquela de valor secundário.

Deve-se posicionar no „front‟ da informação e estar presente desde sua

criação até todos os seus possíveis usos, passando por sua organização e gestão.

Outro não é o papel do arquivista na sociedade contemporânea, senão o de:

[...] colaborar estreitamente para que os fluxos informacionais na sua área de ação possam se dar de forma plena e mais satisfatória possível, dentro dessa sociedade, toda ela beneficiária de seus arquivos e dos arquivistas (BELLOTO, 2004, p.306).

Chegamos ao ponto crucial, qual seja, o arquivista contemporâneo, e sua

situação profissional, a qual requer que ele, de se adapte a nova realidade, trazida

pela globalização, pela era da informação e pelas novas tecnologias, Santos (2002,

p.12) nos diz a respeito que:

As mudanças na tecnologia da informação ocorridas durante os últimos anos reorganizaram a maior parte das atividades associadas à Ciência da Informação, inclusive seus parâmetros teóricos e conceituais. Aqueles que convivem mais de perto com essas alterações, como os profissionais da informação, enfrentam, com maior carga, as conseqüências sociais e físicas de uma enorme ansiedade tecnológica.

Ocasionando assim “[...] a necessidade de se pensar no uso estratégico de

tecnologias, modo este em que se aproveita o que o instrumento tem de melhor, de

maneira a torná-lo rico em possibilidades de aprendizagem” (SANTOS, 2002, p.107).

O arquivista contemporâneo tem que buscar meios para se manter qualificado

e capacitado, pois se engana quem pensa que só tendo o diploma de bacharel em

arquivologia, é suficiente para se manter no mercado de trabalho arquivístico. Jardim

(1992, p.251) ressalta que “[...] a chamada era da informação tem imposto desafios

com dificuldades e complexidades sem precedentes aos profissionais de

arquivologia e biblioteconomia as suas respectivas instituições de formação e á sua

ação profissional”.

O mesmo autor destaca também que “[...] os profissionais da informação

terão que reavaliar as teorias e os princípios sob os quais as instituições de

documentação têm operado” (JARDIM, 1992, p.253). Assim, chama a atenção para

o fato de que alguns conceitos da Arquivologia deverão ser “reexaminados”, e

acrescenta que “[...] a experiência das instituições arquivística e dos cursos de

arquivologia no Brasil – centros naturais de produção de conhecimento é ainda

(4)

ser tomadas para “[...] compatibilizar a arquivologia brasileira com as novas demandas da gestão da informação. Esta é uma responsabilidade social dos

profissionais de arquivologia no Brasil para com seu tempo e seu país”.

Bellotto (2004, p.301-302) menciona que “[...] deve haver um diálogo

constante entre a concepção que o arquivista tem do arquivo e a forma pela qual a

sociedade expressa suas necessidades. Se o arquivista não assumir sua identidade

de modo muito claro e consistente em qualquer nível profissional, as estratégias de

aprimoramento de ensino, de capacitação ou de prática profissional não terão

resultados”. Bellotto aponta também assim como Jardim (1992, p.252) a deficiência

da formação, a falta de relação entre o mercado de trabalho e o mundo universitário,

como resultado da “debilidade de formação” e a “carência de maior consolidação

das teorias, das normas, da evolução vertiginosa das tecnologias, não

acompanhada no mesmo ritmo pelo ensino e pela aprendizagem” (BELLOTTO,

2004, p.302). Há “[...] no cenário atual há uma grande escassez de profissionais

qualificados para o atendimento do enorme potencial de atuação, sejam eles

portadores de diploma específico ou não” (LOPEZ, 1996, p.9-10). O arquivista

contemporâneo “[...] deverá ainda ser capacitado profissionalmente para intervir em

toda a cadeia do tratamento documental, qualquer que seja o suporte [...]”

(BELLOTO, 2004, p.301).

Capacitação sugere aprendizado, e este por sua vez deve ser buscado

constantemente, pois a informação nunca se esgota, portanto a busca por

aprendizado também não deve se esgotar ou cessar. Um profissional capacitado

desenvolve suas atividades de forma eficaz, gera novos conhecimentos, um novo

fazer, e ainda capaz de aliar a teoria, metodologia e a prática. Jardim (1992, p.253)

destaca que há a “[...] responsabilidade social dos profissionais de arquivologia no

Brasil para com seu tempo e seu país”. Para serem considerados “completos” os

arquivistas “[...] devem ser capazes de intervir na totalidade dos suportes de

arquivos e o seu campo de atividade deve cobrir todo o ciclo de vida dos

documentos” (ROUSSEAU; COUTURE,1998, p.262).

A capacitação como fonte de aprendizado, pode ser obtida através da

educação continuada que para Santos (2002, p.114) “[...] é a distância mediada por

computar possibilita ao profissional o desenvolvimento da aprendizagem contínua e

(5)

desenvolvendo suas capacidades de inovação e criatividade em sua área de

atuação”.

O arquivista deve ser capaz de adquirir aprendizado e passar a sua equipe de

trabalho, desempenhando assim de modo satisfatório o seu fazer dentro da

instituição a qual trabalha, possibilitando, o uso, a disseminação, organização,

recuperação da informação. Pois um profissional capacitado, bem preparado

desenvolve de modo eficiente seu fazer dentro da organização (ou instituição), e tem

em mente que sempre deve estar atualizado e preparado, pois as novas tecnologias

da informação e comunicação estão em constantes mudanças, por isso o

profissional da informação (arquivista) deve estar constantemente buscando

aprendizado, se capacitar através da educação continuada.

2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Esta pesquisa caracteriza-se, quanto aos objetivos, como qualitativa,

bibliográfica. Será feito um levantamento bibliográfico através da consulta de

materiais (livros, periódicos online, dissertações e/ou teses e monografias de

conclusão de curso) em nível nacional, relacionados aos assuntos: capacitação,

educação continuada e formação do arquivista. Sendo assim, verificando o que a

literatura aponta sobre os temas anteriormente citados. Essas informações irão

oferecer subsídios para desenvolver a revisão de literatura sobre o tema capacitação

em serviços em unidades de informação, mais especificamente: capacitação em

serviços na utilização de novas tecnologias de informação e comunicação em

arquivos públicos.

Em seguida será elaborado um roteiro de entrevista (questionário), que, será

aplicado como o arquivista vem enfrentando o desafio de trabalhar, desenvolver o

serviço arquivístico mediante o desafio das novas tecnologias de informação e

comunicação, se está capacitado para tal tarefa ou mesmo desafio, se não, como

este tem buscado se capacitar, gerando assim aprendizado para desempenhar o

serviço arquivístico. A análise final dos resultados obtidos deverá ser realizada com

base em discussão e interpretação das teorias e metodologias obtidas na revisão de

literatura sobre educação continuada, formação do arquivista e capacitação de

(6)

utilização de novas tecnologias de informação e comunicação em arquivos públicos

e do questionário (coleta de dados).

Espera-se consolidar em termos teóricos e conceituais a importância da

capacitação (através da educação continuada) como ferramenta e fonte de

aprendizado para o arquivista contemporâneo, na adaptação deste nesta nova

realidade, o uso das novas tecnologias de informação e comunicação.

3 RESULTADOS PARCIAIS

Visto que a pesquisa está no estágio de análise do levantamento bibliográfico

realizado, os resultados que apresentarei a seguir, são os resultados esperados, que

é apontar a importância da capacitação, como ferramenta e fonte de aprendizado, a

qual contribui no aprimoramento do fazer arquivístico, do profissional arquivista

contemporâneo, que enfrenta o desafio de trabalhar com as novas tecnologias de

informação e comunicação, em instituições públicas (arquivos, centros de

informação e unidades de informação).

4 CONSIDERAÇÕES PARCIAIS

Novos suportes de informação surgem a cada dia, assim sendo surgem

diversos tipos de arquivos, novos tipos de arquivos, por exemplo, arquivos de

documentos eletrônicos, o arquivista deve estar capacitado para trabalhar com estes

e para isso deve ser capaz de aprender constantemente, para enfrentar o desafio de

trabalhar, desenvolver o serviço arquivístico mediante o desafio das novas

tecnologias de informação e comunicação. E a ferramenta mais eficaz para enfrentar

tal realidade é capacitação, através deste será capaz de gerar aprendizado para

desempenhar o serviço arquivístico, mediante ao uso das novas tecnologias de

informação e comunicação.

REFERÊNCIAS

BELLOTO, H. L. Arquivos permanentes: tratamento documental. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004.

MACHADO, H. C.; CAMARGO, A. M. de A. Como implantar arquivos públicos

(7)

JARDIM, J. M. As novas tecnologias da informação e o futuro dos arquivos. Revista

Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v.5, n.1, p.251-60, 1992.

ROUSSEAU, J.-Y.; COUTURE, C. Os fundamentos da disciplina arquivística. Lisboa: Dom Quixote, 1998.

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