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Casca de soja em programa de restrição alimentar para suínos pesados

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CAMPUS DE JABOTICABAL

CASCA DE SOJA EM PROGRAMA DE RESTRIÇÃO

ALIMENTAR PARA SUÍNOS PESADOS

Fabrício Rogerio Castelini

Zootecnista

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS

CAMPUS DE JABOTICABAL

CASCA DE SOJA EM PROGRAMA DE RESTRIÇÃO

ALIMENTAR PARA SUÍNOS PESADOS

Fabrício Rogerio Castelini

Orientadora: Profa. Dra. Maria Cristina Thomaz

Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – Unesp, Câmpus de Jaboticabal, como parte das exigências para a obtenção do título de Mestre em Zootecnia.

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DADOS CURRICULARES DO AUTOR

Fabrício Rogerio Castelini – nascido em 29 de outubro de 1983, na cidade de

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Dedico

Aos meus pais, Nelson Castelini Filho e Albertina Maria Poloto Castelini pelo incentivo e ajuda; a minha namorada Michele Cláudia da Silva, pessoa a quem

atribuo todos bons momentos; Vocês são muito importantes para mim.

Ofereço

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AGRADECIMENTOS

À Deus por estar ao meu lado nesta longa caminhada.

À Professora Dra. Maria Cristina Thomaz, pela orientação, oportunidades, ensinamentos. Um exemplo a ser seguido.

Aos professores que participaram das bancas de qualificação e defesa, Prof. Dr. Dirlei Antônio Berto, Prof. Dr. Euclides Braga Malheiros e Profa. Dra. Jane Maria Bertocco Ezequiel pela colaboração com esta Dissertação.

À Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/Unesp – Câmpus de Jaboticabal e ao Programa de Pós-Graduação em Zootecnia pela oportunidade de realização do curso.

À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo-FAPESP pelo auxilio a pesquisa.

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/CNPq pela bolsa de estudos concedida.

Aos funcionários do Setor de Suinocultura/FCAV-Unesp, Sr. Wilson e José pela ajuda e amizade.

Aos membros e grandes amigos do grupo de estudos e pesquisa SUINESP, Urbano Ruiz, Leonardo Pascoal, Pedro Watanabe, Alessandro Amorim, Everton Daniel, Marco Monteiro, Fabrício Faleiros, Juliana Martines, Manuela, Guido Carlos, Ibrahim Nabil fundamentais para a realização deste trabalho.

Aos amigos Luizinho, Rose, Guilherme, Henrique Perez, Milena Chaguri, Fernanda Rezende, Crislaine, Daniel e Lais, que de alguma forma me ajudaram nesse período.

À toda minha família e namorada, por estarem sempre ao meu lado.

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SUMÁRIO

Página

RESUMO ... ix

SUMMARY ... x

CAPÍTULO 1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS ... 1

Introdução ... 1

Objetivos ... 2

Revisão de Literatura ... 3

Nutrição, acúmulos de músculo e gordura, e tendências atuais de abate ... 3

Fibra na nutrição de suínos ... 5

Casca de soja para suínos ... 7

REFERÊNCIAS ... 9

CAPÍTULO 2 – AVALIAÇÃO BIOLÓGICA DA CASCA DE SOJA ... 16

RESUMO ... 16

SUMMARY ... 17

Introdução ... 18

Material e Métodos ... 19

Instalações, animais e dietas experimentais ... 19

Delineamento experimental ... 21

Resultados e Discussão ... 21

Conclusões ... 23

REFERÊNCIAS ... 24

CAPÍTULO 3 – CASCA DE SOJA NAS DIETAS DE SUÍNOS ABATIDOS AOS 130 KG DE PESO SOBRE: DESEMPENHO, DIGESTIBILIDADE DAS DIETAS, PARÂMETROS SÉRICOS, PRODUÇÃO E CARACTERÍSTICAS DAS FEZES ... 27

RESUMO ... 27

SUMMARY ... 28

Introdução ... 29

Material e Métodos ... 30

Instalações, animais e dietas experimentais ... 30

Variáveis analisadas ... 33

Desempenho ... 33

Digestibilidade das dietas ... 33

Parâmetros séricos ... 34

Produção e características das fezes ... 34

Delineamento experimental e análises estatísticas ... 35

Resultados e Discussão ... 35

Desempenho ... 35

Digestibilidade das dietas ... 36

Parâmetros séricos ... 38

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Conclusões ... 44

REFERÊNCIAS ... 45

CAPÍTULO 4 – CARACTERÍSTICAS DE CARCAÇA, QUALIDADE DE CARNE E PESO DOS ÓRGÃOS DO TRATO GASTRINTESTINAL DE SUÍNOS ABATIDOS COM 130 KG DE PESO E ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO DIFERENTES NÍVEIS DE CASCA DE SOJA ... 48

RESUMO ... 48

SUMMARY ... 49

Introdução ... 50

Material e Métodos ... 51

Instalações, animais e dietas experimentais ... 51

Manejo de abate dos animais ... 54

Características de carcaça ... 54

Qualidade de carne ... 55

Análises do perfil de ácidos graxos ... 56

Peso dos órgãos ... 56

Delineamento experimental e análises estatísticas ... 57

Resultados e Discussão ... 57

Características de carcaça ... 57

Qualidade de carne ... 58

Perfil de ácidos graxos ... 62

Peso dos órgãos ... 64

Conclusões ... 66

REFERÊNCIAS ... 67

CAPÍTULO 5 – AVALIAÇÃO ECONÔMICA DA UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES NÍVEIS DE CASCA DE SOJA NAS RAÇÕES DE SUÍNOS ABATIDOS COM 130 KG DE PESO ... 71

RESUMO ... 71

SUMMARY ... 72

Introdução ... 73

Material e Métodos ... 74

Delineamento experimental e análises estatísticas ... 76

Resultados e Discussão ... 77

Conclusões ... 79

REFERÊNCIAS ... 80

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CASCA DE SOJA EM PROGRAMA DE RESTRIÇÃO ALIMENTAR PARA SUÍNOS PESADOS

RESUMO – Foram conduzidos dois ensaios para avaliar a utilização da casca de

soja em programas de restrição alimentar qualitativa para suínos com elevado peso de abate. No primeiro ensaio foram utilizados 16 suínos machos castrados da linhagem Topigs, com peso inicial de 80,05 ± 0,16 kg, para a avaliação biológica da casca de soja. Por apresentar 2752 kcal de ED/kg, 65,42% de fibra em detergente neutro e 49,49% de fibra em detergente ácido, a casca mostrou-se como um ingrediente viável de ser utilizado em programas de restrição alimentar qualitativa. No segundo ensaio foram utilizados 36 suínos machos castrados com peso inicial de 80,40 ± 5,82 kg, recebendo rações com níveis de 0, 8, 16 e 24% de casca de soja. Os animais foram abatidos com peso próximo de 130 kg, sendo avaliados quanto a digestibilidade das dietas, desempenho, parâmetros séricos, produção e características das fezes, características de carcaça, qualidade da carne, perfil de ácidos graxos, pesos de órgãos do trato digestório e avaliação econômica do uso das dietas. A inclusão de níveis entre 11,50 a 14,00% de casca de soja nas rações influenciam as características e qualidade da carcaça. Além disso, a diluição energética da dieta pode se constituir em importante ferramenta para diminuir o potencial de impacto ambiental da suinocultura, além de ser viável com a inclusão de 14,79% de casca de soja, pois neste nível o custo com a alimentação foi menor, além das receitas brutas e líquidas não terem sido afetadas.

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SOYBEAN HULLS FOOD RESTRITION PROGRAM FOR HEAVY PIGS

SUMMARY - Two assay were conducted to evaluate the use of soybean hulls in

qualitative feed restriction for pigs with high body weight. In the first assay, 16 barrows of Topigs lineage with 80.05 ± 0.16 kg of body weight were used to determine the biological value of soybean hulls. For present 2.752 kcal DE/kg, 65.42% neutral detergent fiber and 49.49% acid detergent fiber, and was considered as a viable ingredient to be used in qualitative feed restriction programs. In the second assay, 36 barrows initially weighing 80,40 ± 5,82 kg were allotted into four diets with different levels of 0, 8, 16 and 24% of soybean hulls. Animals were fed until they reached 130 kg. At this moment, pigs were abated and the effects on digestibility of diets, on performance, serum parameters, production and fecal characteristics, carcass traits, meat quality, fatty acid profile, weight of gastrointestinal tract organs and economical analysis were evaluated. The inclusion of levels between 11.50 to 14.00% of soybean hulls in diets affects the characteristics and carcass quality. Moreover, the energy dilution of the diet may be an important tool to reduce the potential environmental impact of swine production, besides being feasible with the inclusion of 14.79% of soybean hulls, because at this level the cost of feeding was smaller than the gross and net revenues were not affected.

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CAPÍTULO 1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS

Introdução

A tendência da indústria é o abate de suínos com peso acima de 110 kg, o que pode resultar em acúmulo de gordura na carcaça. Para reduzir este problema, medidas ligadas ao melhoramento genético e ao manejo alimentar devem ser utilizadas, pois controlar a deposição indesejada de gordura na carcaça suína é uma maneira de conseguir melhores preços pelos animais (MOREIRA et al., 2007), principalmente em frigoríficos que adotam o sistema de tipificação de carcaças.

Para o suinocultor, o maior peso de abate dos animais terminados dilui os custos fixos de produção, como instalações, reprodutores e sanidade, pois melhora o índice quilos de carne/matriz/ano, importante indicador de produtividade de uma granja (ZAGURY, 2002) e possibilita aos frigoríficos realizarem cortes diferenciados, agregando valor ao produto final. Entretanto, o maior peso de abate tende a piorar a qualidade da carcaça dos suínos (WHITTEMORE, 1993), pois, com o avançar do desenvolvimento fisiológico, há menor deposição muscular e maior acúmulo de tecido adiposo.

De acordo com EWAN (1991), a deposição de proteína nos suínos aumenta até uma taxa máxima quando estes atingem peso próximo de 60 kg, mantendo-se relativamente constante até 120 kg de peso. Como o aumento do peso do animal é acompanhado pela elevação na ingestão de ração, por consequência, há maior consumo de energia, cujo excesso é depositado na forma de gordura, tendo em vista que a energia consumida ultrapassa as necessidades para manutenção dos metabolismos basal e de produção (NOBLET, 1996).

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Na restrição alimentar quantitativa, limita-se a quantidade de ração a ser consumida, visando o atendimento das exigências nutricionais dos suínos para formação de tecido magro (BELLAVER, 1995), enquanto a qualitativa é realizada por meio da adição de ingredientes alternativos, normalmente fibrosos, às rações, reduzindo-se, assim, o conteúdo de energia ingerida pelos animais (POND et al., 1988).

A busca por fontes alternativas de ingredientes, juntamente com o melhoramento genético, adequa a ingestão de nutrientes, de acordo com a capacidade de deposição de tecidos pelos animais, a fim de proporcionar a maximização do ganho em carne e melhorar as características de carcaça de suínos de alto potencial produtivo (FIALHO et al., 1998).

Ingredientes fibrosos e resíduos do processamento de alimentos, como cascas e bagaços, estão entre os principais produtos a serem utilizados para a diluição das dietas de suínos. Com isso, a casca de soja passa a ser uma alternativa interessante para aplicação da restrição alimentar qualitativa em suínos com elevado peso de abate, tendo em vista ser o Brasil um grande produtor deste resíduo do processamento do grão de soja.

Objetivos

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Revisão da Literatura

Nutrição, acúmulos de músculo e gordura, e tendências atuais de abate

No Brasil, o ano de 2009 caracterizou-se por grande crise no setor suinícola, com descapitalização dos produtores, devido à falta de informação de uma parcela da população mundial, formadora de opinião, que atribuiu aos suínos a culpa pela disseminação da gripe H1N1. Em consequência houve brusca queda nas exportações e este cenário favoreceu a entrega, aos abatedouros, de suínos mais leves, com peso aproximado de 85,90 kg, visando minimizar as perdas (KERBER, 2010).

Porém, desde 2006, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos – ABCS trabalha para modificar a maneira como o consumidor vê a carne suína, com o intuito de reestruturar o mercado no país. Como mecanismos desta reestruturação, foram desenvolvidos e implementados programas como “Um novo olhar sobre a carne suína” e “Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura – PNDS” (VALENTINI, 2009), que têm o objetivo de aumentar o consumo de carne suína pelos brasileiros. Neste contexto, o abate de animais com cerca de 130 kg é desejável, pois possibilita o desenvolvimento de cortes mais elaborados (ABCS, 2009), os quais podem atrair a atenção do consumidor, elevando o consumo. Além disso, carcaças mais pesadas permitem otimizar a linha de abate, reduzindo os custos operacionais por suíno abatido (ZAGURY, 2002).

A suinocultura mundial tem apresentado intenso desenvolvimento, selecionando e produzindo suínos de elevado potencial de crescimento e ótimas eficiência alimentar e composição de carcaça (TRINDADE NETO et al., 2009). Entretanto, os suínos possuem curvas características de consumo de ração e de crescimentos corporal e dos diferentes tecidos, as quais variam entre os sexos e os genótipos (WHITTEMORE, 1996).

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na taxa de deposição de músculo, alterando, gradualmente, a composição corporal dos animais, mesmo daqueles sob restrição alimentar (BERTOL et al., 2001).

A bonificação de carcaças no Brasil tem sido usada como estratégia comercial para incentivar a produção daquelas com mais carne e menos gordura (GUIDONI, 2000). Neste caso, os produtores são remunerados pelo peso dos animais, mas podem ser recompensados pelo percentual de carne magra na carcaça (BARBOSA et al., 2002). Assim, a adoção de estratégias que promovam menor deposição de gordura corporal é importante, especialmente para a produção de suínos pesados (FRAGA et al., 2008a).

Os principais fatores nutricionais que afetam a qualidade da carcaça são os teores de energia e proteína na dieta (MOREIRA et al., 2007). A deposição de gordura indesejada pode ser evitada ou reduzida por meio da restrição alimentar, que melhora a eficiência alimentar e reduz a deposição de gordura na carcaça (KLOAREG et al., 2005), principalmente na fase de terminação (BEE et al., 2007).

Nos últimos anos várias pesquisas foram realizadas, com o intuito de verificar os possíveis benefícios da restrição alimentar quantitativa. WARPECHOWSKI et al. (1999) avaliaram diversos níveis (0, 7, 14 e 21%) de restrição alimentar e observaram reduções lineares para o ganho diário de peso e espessura de toucinho, havendo, no entanto, aumento linear na idade de abate. BARBOSA et al. (2003) também verificaram aumento linear na qualidade da carcaça com o aumento da restrição alimentar (0, 5, 10 e 15%). Utilizando estes mesmos níveis de restrição alimentar quantitativa, VIEIRA (2004) notou redução na espessura do toucinho e aumentos nos pesos e rendimentos do pernil e do lombo de suínos abatidos com aproximadamente 95 kg de peso vivo. Da mesma forma, CANTARELLI et al. (2008) observaram que 15% de restrição alimentar quantitativa aumentou as percentagens de carne na paleta e no carré da carcaça de suínos em terminação.

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A melhoria das características de carcaça, aliada à menor ingestão de energia, também pode ser conseguida por meio da restrição alimentar qualitativa. MOREIRA et al. (2007) sugeriram que é possível abater suínos, com peso aproximado de 115 kg, sem comprometer o desempenho e as características de carcaça, por meio da elevação da fibra dietética. FRAGA et al. (2008a) também concluíram que a restrição alimentar qualitativa é eficiente em diminuir o consumo energético pelos suínos com peso elevado de abate, possibilitando manter a produção de carne magra, o que reflete nas melhores tipificação e bonificação das carcaças pelo frigorífico.

Fibra na nutrição de suínos

O termo “fibra dietética” foi usado, pela primeira vez, por HIPSLEY em 1953 que, na ocasião, considerou como sendo os constituintes não digeridos das dietas (BACK KNUDSEN, 2001). A fibra dietética, segundo a definição fisiológica, corresponde aos componentes dietéticos resistentes à digestão por enzimas secretadas por monogástricos (BACK KNUDSEN et al., 1997), enquanto SERENA et al. (2008) definiram fibra dietética, como sendo a soma dos polissacarídeos não amiláceos (PNA’s) e lignina presentes nos ingredientes.

Os PNA’s, por sua vez, compreendem uma ampla classe de polissacarídeos, componentes da parede celular das plantas, dentre os quais estão as pentoses, rafinose, estaquiose, ȕ-glucanas e pentosanas, como as arabinoxilanas (BRITO et al., 2008). Estes mesmos autores salientaram que os polissacarídeos são classificados em solúveis, como gomas e pectinas, e insolúveis, como celulose, em função da capacidade de formar ou não solução homogênea com a água.

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de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) pela microbiota do intestino grosso (DIKEMAN & FAHEY Jr., 2006), predominando o acetato, propionato, butirato, lactato, succinato, bem como H2O e vários gases como CO2, H2 e CH4 (MONTAGNE et al., 2003).

A porção insolúvel da fibra promove diminuição no tempo de retenção da digesta, ocasionando, também, diminuição no aproveitamento dos nutrientes, e independentemente da categoria animal, aumento na capacidade de retenção de água (MONTAGNE et al., 2003).

AMORIM (2009) salientou que, nos últimos anos, diversos pesquisadores (GOMES et al., 2007; FRAGA et al., 2008a,b; QUADROS et al., FRAGA et al., 2009) avaliaram o uso de fibras na nutrição de suínos, e ressaltou que seu uso permite a diluição energética das dietas, sendo portanto, uma opção em programa de restrição alimentar para animais em terminação.

Ao utilizar casca de arroz na alimentação de suínos em terminação, NADAI (2003) verificou que sua inclusão, em 20%, promoveu a subutilização dos nutrientes da dieta, composta principalmente por milho e farelo de soja, possivelmente pelo alto teor em fibra insolúvel deste ingrediente. FRAGA et al. (2008b) concluíram que o uso da casca de arroz, num programa de restrição alimentar qualitativa, pode ser economicamente viável para animais com elevado peso de abate.

A inclusão de fibra dietética na ração de suínos consiste numa estratégia alimentar, uma vez que este componente não provoca alterações deletérias no desempenho e nem prejudica as características de carcaça, adequando o ganho de peso com o rendimento em carne magra (GOMES et al., 2007).

O alto teor de fibra na dieta, no entanto, contribui para o aumento na produção de fezes, porém, efeitos benéficos em sua composição foram observados. A restrição alimentar qualitativa também influenciou no aumento linear do peso do estômago e reduções lineares nos pesos do ceco e do fígado (FRAGA et al., 2009).

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Casca de soja para suínos

A estimativa da produção mundial de soja, segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), para a safra 2010/2011, é de 253,69 milhões de toneladas (DESER, 2010), enquanto a produção brasileira estimada, nesta safra, é de 68,7 milhões de toneladas (IBGE, 2010). O Brasil é o segundo maior produtor mundial deste grão, atrás apenas dos Estados Unidos da América.

Do total de soja produzida anualmente no Brasil, aproximadamente 61,7%, é destinada ao esmagamento nas indústrias nacionais, enquanto 33,7% dos grãos são exportados e 4,6% representam sementes e perdas (CANZIANI & GUIMARÃES, 2002). No processo de industrialização do grão, o farelo é produzido com rendimento de 76,5% (EMBRAPA, 2005).

A soja é um grão muito versátil, que dá origem a produtos e co-produtos muito usados pela agroindústria, indústrias química e de alimentos (EMBRAPA-SOJA, 2010). O farelo de soja é muito utilizado na alimentação de suínos, como fonte de proteína (TRINDADE NETO et al., 2002) e, segundo QUADROS et al. (2007), o Brasil exporta farelo de soja de elevado teor proteico (“High-Protein”) e baixo nível de fibra, o que gera um grande volume de casca.

No processamento para extração do óleo, tem-se como principais co-produtos o farelo de soja, de elevado teor proteico e baixo nível de fibra, e a casca de soja, película que reveste o grão (MOREIRA et al., 2009). RESTLE et al. (2004) salientaram que a casca de soja representa de 7 a 8% do peso do grão de soja. Sendo assim, a produção de casca de soja, em 2010, foi de, aproximadamente, 5,15 milhões de toneladas.

Quanto à composição química da casca de soja, GENTILLI & LIMA (1996) verificaram que é um co-produto rico em fibras, pois apresenta cerca de 45% de fibra em detergente ácido (FDA). ROSTAGNO et al. (2005) apresentaram as seguintes composições química e energética desse co-produto: 88,80% de matéria seca, 13,50% de proteína bruta, 33,00% de fibra bruta, 57,20% de fibra em detergente neutro (FDN), 44,15% de FDA e 3854 kcal de energia bruta/kg.

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crescimento e terminação, SHRIVER et al. (2003), não verificaram efeitos sobre o desempenho e as características de carcaça. Da mesma forma, suínos em crescimento e terminação, alimentados com dietas isoenergéticas com inclusão de 0, 4, 8, 12 e 16% de casca de soja, não apresentaram diferenças no consumo diário de ração, no ganho diário de peso e na conversão alimentar. No entanto, o aumento da inclusão deste ingrediente nas dietas promoveu redução linear na espessura de toucinho, enquanto as medidas de área de olho de lombo e profundidade de lombo, bem como, o índice de eficiência econômica não foram influenciadas (QUADROS et al., 2008).

WANG et al. (2009), trabalhando com suínos em crescimento, não encontraram efeitos da adição de casca de soja às dietas, sobre o desempenho, mas verificaram diminuição no pH e na concentração de amônia nos dejetos. Para leitões dos 15 aos 30 kg de peso, a adição de 15% deste co-produto é possível, desde que um complexo enzimático seja adicionado às dietas (MOREIRA et al., 2009).

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REFERÊNCIAS

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CAPÍTULO 2 – AVALIAÇÃO BIOLÓGICA DA CASCA DE SOJA

RESUMO - Com o objetivo de avaliar a digestibilidade da casca de soja, foi

conduzido um experimento, utilizando o método de colheita parcial de fezes. O ensaio teve duração de 14 dias, sendo os oitos primeiros para adaptação dos animais às baias e dietas, três dias para a regulação, no trato gastrintestinal, da cinza ácido insolúvel, utilizada como indicador, e três para a colheita das fezes. Para isso, 16 suínos, machos castrados da linhagem Topigs, com peso médio inicial de 80,05 ± 0,16 kg, foram distribuídos entre os tratamentos: RR (ração referência) e RT (ração teste), em que a RT era composta por 70% da RR e 30% de casca de soja. Após as colheitas, as fezes foram descongeladas e homogeneizadas, para obtenção de uma amostra composta de cada animal, submetidas à pré-secagem e, posteriormente, moídas. Determinou-se os teores de matéria seca (MS), matéria mineral (MM), proteína bruta (PB), fibra em detergente ácido (FDA), fibra em detergente neutro (FDN), fibra dietética total (FDT) e energia bruta (EB), da casca de soja. Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados, para controlar diferenças no peso inicial, com dois tratamentos e oito blocos. A casca de soja apresentou 2752 kcal de energia digestível/kg, teores de fibra em detergente neutro e fibra em detergente ácido, de 65,42 e 49,49%, respectivamente, bem como seus coeficientes de digestibilidades de 36,07 e 16,28%. Desta forma, conclui-se que a casca de soja apresenta-se como um possível ingrediente a ser utilizado em programas de restrição alimentar qualitativa para suínos na fase de terminação, em função, principalmente, de seus baixos coeficientes de digestibilidade.

Palavras-chave: digestibilidade, ingrediente alternativo, fibra

(27)

CHAPTER 2 – BIOLOGICAL EVALUATION OF SOYBEAN HULLS

SUMMARY – An assay was conducted to determine the digestibility soybean

hulls, an experiment was conducted using the method of partial harvest of feces. The trial lasted 14 days, the eight first for adaptation to pens and diets, three days for regulation in the digestive tract, acid insoluble ash, used as indicator, and three for collecting feces. A total of 16 barrows Topigs line with average initial weight of 80.05 ± 0.16 kg, were distributed among treatments: RR (reference diet) and RT (test diet), which was made up of RT 70% RR and 30% soybean hulls. In the laboratory, feces were thawed and homogenized to obtain a composite sample from each animal subjected to pre-drying and then ground. It was determined the dry matter (DM), mineral matter (MM), crude protein (CP), acid detergent fiber (ADF), neutral detergent fiber (NDF), total dietary fiber (TDF) and gross energy (EB), soybean hulls. In a randomized block design, to control differences in initial weight, with two treatments and eight block. Soybean hulls made of digestible energy 2.752 kcal/kg, levels of neutral detergent fiber and acid detergent fiber of 65.42 and 49.49%, respectively, as well as their digestibility coefficients of 36.07 and 16.28%. Soybean hulls is present as a possible ingredient for use in programs of qualitative feed restriction for pigs in the finishing phase, due mainly to their low digestibility coefficients.

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Introdução

A tendência da indústria é o abate de suínos com peso acima de 110 kg, o que pode resultar em acúmulo de gordura na carcaça (MOREIRA et al., 2007). Deste modo, a adoção de estratégias que promovam menor deposição de gordura corporal é importante, especialmente para a produção de suínos pesados (FRAGA et al., 2008).

A implementação da restrição alimentar qualitativa, por meio da adição de co-produtos industriais, ricos em fibra, nas dietas de suínos, permite a diluição energética da ração resultando na redução da deposição de gordura da carcaça (POND et al., 1988). Um desses co-produtos da indústria, rico em fibras e que vem sendo estudado nos últimos anos, é a casca de soja.

O Brasil é o segundo produtor mundial de soja, com produção estimada para a safra 2010/2011 de 68,7 milhões de toneladas (IBGE, 2010). Segundo RESTLE et al. (2004), a casca de soja representa de 7 a 8% do peso do grão, o que permite estimar uma produção em torno de 5,15 milhões de toneladas para esta safra.

Vários trabalhos foram realizados com o intuito de estudar a casca de soja. KORNEGAY (1978) relatou que este co-produto apresenta 67,0% de parede celular e 13,6% de proteína bruta. Posteriormente, este mesmo autor observou na casca de soja valores de 11,8% de proteína bruta, 57,9% de parede celular, 42,1% de conteúdo celular, 43,1% de FDA, 38,2% de celulose, 14,7% de hemicelulose e 4,8% de lignina KORNEGAY (1981).

Devido a esta composição, há limitações do uso da casca de soja na alimentação de algumas categorias de suínos, tendo em vista a correlação negativa entre o nível de fibras e a digestibilidade de alguns nutrientes. Esse ingrediente possui em torno de 75% de polissacarídeos não-amiláceos (PNA’s), 60% deles insolúveis, o que aumenta os processos de fermentação no trato gastrintestinal (DILGER et al., 2004).

(29)

determinar os coeficientes de digestibilidade, os nutrientes e a energia digestível da casca de soja, foi realizado um ensaio para avaliação biológica deste ingrediente para suínos.

Material e Métodos

Instalações, animais e dietas experimentais

O ensaio foi conduzido no mês de dezembro de 2009, nas instalações experimentais do Setor de Suinocultura do Departamento de Zootecnia da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – Unesp, Câmpus de Jaboticabal.

Foram utilizados 16 suínos, machos castrados da linhagem Topigs, com peso inicial de 80,05 ± 0,16 kg, oriundos de granja comercial. Os animais foram alojados em baias individuais com 2,55 m2 cada, equipadas com comedouros semi-automáticos e bebedouros do tipo chupeta.

Ao início do ensaio, os animais foram pesados e distribuídos entre as seguintes rações experimentais:

- Ração referência (RR): formulada para atender as exigências mínimas, descritas por ROSTAGNO et al. (2005), para suínos machos castrados, com peso vivo de 80 kg e alto potencial genético (Tabela 1);

- Ração teste (RT): composta por 70% da dieta referência e 30% de casca de soja.

O ensaio teve duração de 14 dias, sendo os oito primeiros para adaptação dos animais às baias e dietas, três dias para a regulação do fluxo do indicador no trato gastrintestinal e três para a colheita das fezes, realizada pelo método da coleta parcial.

(30)

Tabela 1. Composições centesimal, química e energética da ração referência.

Ingredientes, % Ração Referência

Milho 77,540

Farelo de soja 45% 18,830

Caulim 1,000

Fosfato bicálcio 0,812

Óleo de soja 0,535

Calcário calcítico 0,518

Sal comum 0,313

Pré-mistura vitamínico-mineral (1) 0,100

L-lisina.HCl, 78% 0,248

L-treonina, 98% 0,062

DL-metionina, 99% 0,029

L-triptofano, 98% 0,081

Total, kg 100

Valores Calculados (2)

Energia digestível, kcal/kg 3230

Proteína bruta, % 15,530

Cálcio, % 0,484

Fósforo disponível, % 0,248

Fibra bruta, % 2,627

Fibra em detergente neutro, % (3) 13,070

Fibra em detergente ácido, % (3) 8,110

Lisina dig, % 0,810

Metionina dig, % 0,263

Treonina dig, % 0,543

Triptofano dig, % 0,154

Sódio, % 0,160

(1) Pré-mistura vitamínico-mineral – quantidade por kg do produto: 500 mg de Ácido Fólico, 150 mg de Selênio,

10.000 mg de Cobre, 15.000 mg de Pantotenato de Cálcio, 100 mg de Biotina, 23.000 mg de Manganês, 400 mg de Iodo, 20.000 mg de Niacina, 6.000.000 U.I. de Vitamina A, 1.257 mg de Vitamina B1, 15.000 μg de Vitamina B12, 3.336 mg de Vitamina B2, 1.257 mg de Vitamina B6, 1.500.000 U.I. de Vitamina D3, 13.000 U.I. de Vitamina E, 2.000 mg de Vitamina K, 80.000 mg de Zinco, 110.000 mg de Ferro, 100 mg de Antioxidante (B.H.T.); (2) Valores nutricionais dos ingredientes propostos por ROSTAGNO et al. (2005); (3) Valores obtidos por meio de análise laboratorial.

(31)

Após o término das colheitas, as fezes foram descongeladas e homogeneizadas, para obtenção de uma amostra composta de cada animal, submetidas à pré-secagem em estufa com ventilação forçada a 55 °C por um período de 72 horas, posteriormente, moídas em moinho do tipo “faca”, dotado de peneira com crivos de 1 mm.

As amostras de fezes processadas e ração foram analisadas no Laboratório de Nutrição Animal do Departamento de Zootecnia da FCAV - Unesp, Câmpus de Jaboticabal, determinando-se os teores de matéria seca (MS), matéria mineral (MM), proteína bruta (PB), fibra em detergente ácido (FDA), de acordo com SILVA & QUEIROZ (2002), fibra em detergente neutro (FDN), de acordo com VAN SOEST et al. (1991), fibra dietética total (FDT), segundo AOAC (1995), e energia bruta (EB) em bomba calorimétrica do tipo Parr. A partir destes valores, calculou-se os coeficientes de digestibilidade aparente da MS, PB, FDA, FDN, FDT e EB, o coeficiente de disponibilidade da MM, bem como foram determinados os teores dos nutrientes e energia digestíveis da casca de soja, utilizando-se as fórmulas descritas por MATTERSON et al. (1965). As determinações de CAI nas dietas e nas fezes foram efetuadas por meio de digestão das amostras em ácido clorídrico 4N, sob aquecimento, durante 45 minutos, filtragem do resíduo em papel de filtro quantitativo e, finalmente, incineração dos filtros e resíduos retidos, em forno mufla a 500 ºC por quatro horas, conforme método adaptado de VAN KEULEN & YOUNG (1977).

Delineamento experimental

Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados, para controlar as diferenças no peso inicial, com 2 blocos (rações referência e teste) e 8 repetições por tratamento, sendo a unidade experimental constituída por um animal.

Resultados e Discussão

(32)

energia bruta (CDEB), o coeficiente de disponibilidade da matéria mineral (CDMM), bem como os nutrientes e a energia digestíveis da casca de soja.

Tabela 2. Composições química (CQ), coeficientes de digestibilidade / disponibilidade

(CD), nutrientes e energia digestível da casca de soja.

Variáveis CQ CD Teores digestíveis

MS, % 88,39 58,32 51,55

MM, % 3,97 71,36 2,83

FDN, % 65,42 55,14 36,07

FDA, % 49,49 32,91 16,28

FDT, % 79,78 73,40 58,56

PB, % 11,44 50,59 5,78

EB, kcal/kg 4103 67,08 2752

Quanto à matéria seca, o valor encontrado neste trabalho (88,39%), foi semelhante ao observado (88,80%) por ROSTAGNO et al. (2005), inferior ao encontrado (90,37%) por QUADROS et al. (2007) e ligeiramente superior ao verificado (87,94%) por MOREIRA et al. (2009). O coeficiente de digestibilidade da MS foi de apenas 58,32%, o qual pode estar relacionado, provavelmente, ao fato deste ingrediente possuir cerca de 75% de polissacarídeos não-amiláceos (PNA’s), 60% dos quais insolúveis (MOURINHO, 2006).

Para a matéria mineral, o valor encontrado neste trabalho (3,97%), aproximou-se do observado (3,76%) por MOREIRA et al. (2009), porém inferior ao verificado (5,75%) por QUADROS et al. (2007).

(33)

Segundo JOHNSTON et al. (2003), destes 83,90% de FDT, 8,40% são as fibras dietéticas solúveis e 75,50% são insolúveis.

A mesma variabilidade nos resultados foi notada para a proteína bruta, sendo que neste trabalho, observou-se 11,44%, enquanto ROSTAGNO et al. (2005) e QUADROS et al. (2007), encontraram 13,50% e 15,69%, respectivamente. Maior coeficiente de digestibilidade para a proteína bruta foi verificado (63,20%) por ROSTAGNO et al. (2005), quando comparado ao obtido neste trabalho (50,59%).

Quanto à energia bruta, MOREIRA et al. (2009) encontraram 3632 kcal/kg, valor este inferior ao observado neste trabalho (4103 kcal/kg). O mesmo comportamento foi verificado para a energia digestível, quando alguns autores, como GENTILINI et al. (1997), KUTSCHENKO (2004), CHEE et al. (2005) e ROSTAGNO et al. (2005) determinaram 2233, 2397, 2420 e 2370 kcal/kg, respectivamente, valores estes inferiores aos observados no presente estudo (2752 kcal/kg).

Como dito anteriormente, a casca de soja é rica em PNA’s, os quais correspondem a uma ampla classe de polissacarídeos, componentes da parede celular das plantas, como as pentoses, rafinose, estaquiose, ȕ-glucanas e pentosanas, como as arabinoxilanas (BRITO et al., 2008).

Elevados níveis de PNA’s insolúveis na dieta, podem reduzir o tempo de permanência no trato gastrintestinal, ocasionando queda na digestibilidade de alguns nutrientes (MOURINHO, 2006). Segundo WATANABE et al. (2010), existe relação inversa entre o percentual de fibra insolúvel e a digestibilidade da ração, devido, principalmente, ao aumento na taxa de passagem da digesta. As conclusões destes autores podem explicar os baixos coeficientes de digestibilidade da casca de soja, observados neste trabalho.

Conclusão

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CAPÍTULO 3 – CASCA DE SOJA NAS DIETAS DE SUÍNOS ABATIDOS AOS 130 KG DE PESO SOBRE: DESEMPENHO, DIGESTIBILIDADE DAS DIETAS, PARÂMETROS SÉRICOS, PRODUÇÃO E CARACTERÍSTICAS DAS FEZES

RESUMO – Realizou-se um ensaio utilizando 36 suínos, machos castrados da

linhagem Topigs, com peso inicial de 80,40 ± 5,82 kg, para avaliar o efeito da inclusão de diferentes níveis de casca de soja (0, 8, 16 e 24%) num programa de restrição alimentar qualitativa para suínos abatidos aos 132,69 ± 9,59 kg de peso, quanto ao desempenho, digestibilidade das dietas, parâmetros séricos, produção e características das fezes. Amostras de sangue foram colhidas aos 80, 100 e 130 kg de peso, para determinação dos parâmetros séricos. Para a caracterização das fezes, as colheitas foram realizadas dos 80,40 ± 5,82 aos 99,50 ± 6,80 kg (Fase I) e dos 99,50 ± 6,80 aos 132,69 ± 9,59 kg de peso (Fase II). Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados, com quatro tratamentos e nove repetições. Quanto à digestibilidade das dietas, apenas o coeficiente de digestibilidade da fibra em detergente neutro, não foi afetado (P>0,05) pelos níveis de fibras nas dietas. Os demais coeficientes diminuíram linearmente com o aumento nos níveis de casca de soja. O consumo diário e total de ração e a conversão alimentar aumentaram linearmente. Já o consumo diário de energia digestível apresentou redução linear. O ganho diário de peso e os teores de uréia, colesterol total e triacilgliceróis não foram influenciados pelas diferentes dietas experimentais. Os parâmetros séricos foram influenciados (P<0,05), apenas, pelas diferentes colheitas. Nos dejetos houve elevação dos teores de sólidos totais, voláteis e matéria mineral. A diluição energética das dietas, com a inclusão de níveis crescentes de casca de soja, mostra-se eficiente e atinge os objetivos propostos.

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CHAPTER 3 – SOYBEAN HULL IN DIETS FOR PIGS SLAUGHTERED AT 130 KG OF WEIGHT ON: PERFORMANCE, DIGESTIBILITY OF DIETS, SERUM PARAMETERS, PRODUCTION AND CHARACTERISTICS OF THE FECES

SUMMARY – A study was conducted with 36 barrows of Topigs lineage, with

initial weight of 80.40 ± 5.82 kg, to evaluate the effect of inclusion of different levels of soybean hull (0, 8, 16 and 24%) in a program of qualitative feed restriction for pigs slaughtered at 132.69 ± 9.59 kg, in performance, diet digestibility, serum parameters, production and fecal characteristics. Blood samples were collected at 80, 100 and 130 kg for determination of serum parameters. For the characterization of the stool, harvests were made from 80.40 ± 5.82 to 99.50 ± 6.80 kg (Phase I) and 99.50 ± 6.80 to 132.69 ± 9.59 kg weight (Phase II). It was used a randomized block design with four treatments and nine replicates. As for the digestibility of diets, only the digestibility of neutral detergent fiber, was not affected (P>0.05) by fiber in the diet. The remaining coefficients decreased linearly with increasing levels of soybean hulls. The daily and total feed intake and feed conversion increased linearly. The daily weight gain and concentration of urea, total cholesterol and triglycerides were not affected by different diets. The serum parameters were influenced (P<0.05) only by the different crops. In feces was elevated levels of total solids, volatile and ash. The dilution of energy diets, by increasing levels of soybean hulls, showed to be proves efficient and reached the proposed objectives.

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Introdução

A crescente demanda por alimentos para atender a população humana, tem evidenciado a necessidade de buscar ingredientes alternativos e não competitivos com a alimentação humana. Mundialmente, tem-se intensificado a produção de suínos, que se alimentam, basicamente, de milho e farelo de soja (ZAMBOM et al., 2001). Nesse contexto, justifica-se a utilização racional dos diferentes tipos de ingredientes oriundos da agroindústria vegetal na alimentação destes animais (PARRA et al., 2008).

O mercado consumidor apresenta crescente exigência por carne suína com baixo teor de gordura (GOMES, 1996). Desse modo, para abater suínos pesados, é preciso empregar estratégias nutricionais específicas que reduzam a deposição de gordura na carcaça. Neste caso, o emprego da restrição alimentar qualitativa é possível com a utilização de co-produtos agrícolas ricos em fibra (FRAGA et al., 2009a).

A adição de fibra dietética na alimentação de suínos, nas fases de crescimento e terminação permite melhor controle dos padrões de carcaças, adequando o ganho de peso com o maior rendimento em quantidade de carne magra (GOMES, 1996).

A casca de soja é um dos co-produtos do processamento para extração do óleo e consiste na película que reveste os grãos (MOREIRA et al., 2009). Segundo estes mesmos autores, a adição de 15% de casca de soja em dietas de leitões, causou redução no consumo diário de ração e no ganho diário de peso dos animais. Por outro lado, QUADROS et al. (2008) ao incluírem 0, 4, 8, 12 e 16% de casca de soja em dietas para suínos em crescimento e terminação, não verificaram diferenças no desempenho, constatando, ainda, que o aumento da inclusão de fibra nas dietas, promoveu redução linear na espessura de toucinho e não influenciou as demais características de carcaça.

O incremento de fibra na dieta influencia na maior produção de fezes, porém FRAGA et al. (2009b) observaram efeitos benéficos na composição e na excreção mineral, mostrando potencial de utilização na adubação de culturas.

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Material e Métodos

Instalações, animais e dietas experimentais

O ensaio foi conduzido no período de março a maio de 2010, nas instalações experimentais do Setor de Suinocultura do Departamento de Zootecnia da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Unesp, Câmpus de Jaboticabal.

Utilizou-se 45 suínos, machos castrados da linhagem Topigs, oriundos de granja comercial e distribuídos nos tratamentos experimentais segundo o delineamento em blocos casualizados, formados de acordo com o peso inicial, com quatro tratamentos e nove repetições, com um animal constituindo a unidade experimental. Os animais foram alojados em baias individuais com 2,55 m2 cada, equipadas com comedouros semi-automáticos e bebedouros do tipo chupeta.

Inicialmente os animais foram submetidos a um período de adaptação (dos 69,99 ± 5,71 aos 80,40 ± 5,82 kg) às instalações e dietas, recebendo duas refeições diárias, às 8h e às 17h. Após o período de adaptação, iniciou-se o ensaio de desempenho, com os animais recebendo as dietas pré-determinadas, até atingirem 132,69 ± 9,59 kg de peso, quando foram abatidos. Nove animais receberam dieta controle (CS0) e foram abatidos com peso de 100,45 ± 6,89 kg, para as avaliações de pesos dos órgãos em virtude de ser este o peso ainda praticado em várias regiões para envio dos animais ao frigorífico.

As dietas foram formuladas para atender as exigências indicadas por ROSTAGNO et al. (2005), para suínos de alto potencial genético (Tabelas 1 e 2), sendo isoprotéicas e isolisínicas. Na formulação das dietas, utilizou-se os valores de proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA) e energia digestível da casca de soja, apresentados no Capítulo anterior. Os tratamentos experimentais foram:

- CS0: Dieta controle, composta principalmente por milho e farelo de soja; - CS8: Dieta com inclusão de 8% de casca de soja;

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Tabela 1. Composições centesimal, química e energética das dietas fornecidas aos suínos dos

80,40 ± 5,82 aos 99,50 ± 6,80 kg de peso, contendo diferentes níveis de casca de

soja (CS).

Ingredientes, % CS0 CS8 CS16 CS24

Milho 77,537 70,904 63,607 56,266

Farelo de soja 45 % 18,835 18,082 17,459 16,853

Caulim 1,000 1,000 1,000 1,000

Casca soja - 8,000 16,000 24,000

Fosfato bicálcio 0,812 0,826 0,843 0,859

Calcário calcítico 0,518 0,418 0,316 0,215

Sal comum 0,313 0,319 0,325 0,332

Pré-mistura vitamínico-mineral (1) 0,100 0,100 0,100 0,100

L-lisina.HCl, 78 % 0,245 0,235 0,218 0,202

L-treonina, 98 % 0,062 0,066 0,070 0,074

DL-metionina, 99 % 0,029 0,039 0,050 0,061

L-triptofano, 98 % 0,008 0,008 0,084 0,082

Total, kg 100 100 100 100

Valores Calculados (2)

Energia digestível, kcal/kg 3230 2941 2678 2413

Proteína bruta, % (3) 15,750 15,430 15,500 15,330

Cálcio, % 0,484 0,484 0,484 0,484

Fósforo disponível, % 0,248 0,248 0,248 0,248

Fibra bruta, % 2,627 5,093 7,554 10,014

Fibra em detergente neutro, % (3) 12,510 15,330 21,920 25,530

Fibra em detergente ácido, % (3) 7,150 8,850 11,080 13,740

Fibra dietética total, % (3) 20,505 27,662 32,901 37,030

Lisina dig, % 0,810 0,810 0,810 0,810

Metionina dig, % 0,264 0,268 0,273 0,278

Treonina dig, % 0,543 0,543 0,543 0,543

Triptofano dig, % 0,154 0,154 0,154 0,154

Sódio, % 0,160 0,160 0,160 0,160

(1) Pré-mistura vitamínico-mineral – quantidade por kg do produto: 500 mg de Ácido Fólico, 150 mg de

Selênio, 10.000 mg de Cobre, 15.000 mg de Pantotenato de Cálcio, 100 mg de Biotina, 23.000 mg de Manganês, 400 mg de Iodo, 20.000 mg de Niacina, 6.000.000 U.I. de Vitamina A, 1.257 mg de Vitamina B1, 15.000 μg de Vitamina B12, 3.336 mg de Vitamina B2, 1.257 mg de Vitamina B6, 1.500.000 U.I. de Vitamina D3, 13.000 U.I. de Vitamina E, 2.000 mg de Vitamina K, 80.000 mg de Zinco, 110.000 mg de

Ferro, 100 mg de Antioxidante (B.H.T.); (2) Valores nutricionais dos ingredientes, propostos por

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Tabela 2. Composições centesimal, química e energética das dietas fornecidas aos suínos dos 99,50 ± 6,80 aos 132,69 ± 9,59 kg de peso, contendo diferentes níveis de casca de soja (CS).

Ingredientes, % CS0 CS8 CS16 CS24

Milho 82,762 75,181 67,887 60,592

Farelo de soja 45 % 13,649 14,046 13,412 12,783

Caulim 1,000 1,000 1,000 1,000

Casca soja - 8,000 16,000 24,000

Fosfato bicálcio 0,826 0,833 0,850 0,866

Calcário calcítico 0,468 0,364 0,262 0,160

Sal comum 0,293 0,298 0,305 0,311

Pré-mistura vitamínico-mineral (1) 0,100 0,100 0,100 0,100

L-lisina.HCl, 78 % 0,207 0,160 0,144 0,128

L-treonina, 98 % 0,023 0,011 0,015 0,019

DL-metionina, 99 % 0,664 0,006 0,023 0,039

L-triptofano, 98 % 0,008 0,001 0,001 0,001

Total, kg 100 100 100 100

Valores Calculados (2)

Energia digestível, kcal/kg 3230 2952 2689 2427

Proteína bruta, % (3) 14,070 13,860 13,980 13,530

Cálcio, % 0,453 0,453 0,453 0,453

Fósforo disponível, % 0,245 0,245 0,245 0,245

Fibra bruta, % 2,422 4,938 7,398 9,858

Fibra em detergente neutro, % (3) 12,950 15,930 21,660 24,200

Fibra em detergente ácido, % (3) 7,080 8,940 10,780 13,640

Fibra dietética total, % (3) 20,015 26,315 31,035 36,012

Lisina dig, % 0,661 0,661 0,661 0,661

Metionina dig, % 0,263 0,218 0,228 0,239

Treonina dig, % 0,443 0,443 0,443 0,443

Triptofano dig, % 0,126 0,126 0,126 0,126

Sódio, % 0,150 0,150 0,150 0,150

(1) Pré-mistura vitamínico-mineral – quantidade por kg do produto: 500 mg de Ácido Fólico, 150 mg de

Selênio, 10.000 mg de Cobre, 15.000 mg de Pantotenato de Cálcio, 100 mg de Biotina, 23.000 mg de Manganês, 400 mg de Iodo, 20.000 mg de Niacina, 6.000.000 U.I. de Vitamina A, 1.257 mg de Vitamina B1, 15.000 μg de Vitamina B12, 3.336 mg de Vitamina B2, 1.257 mg de Vitamina B6, 1.500.000 U.I. de Vitamina D3, 13.000 U.I. de Vitamina E, 2.000 mg de Vitamina K, 80.000 mg de Zinco, 110.000 mg de

Ferro, 100 mg de Antioxidante (B.H.T.); (2) Valores nutricionais dos ingredientes, propostos por

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Variáveis avaliadas

Desempenho

Os animais receberam ração e água à vontade durante todo o ensaio, sendo as sobras recolhidas e pesadas diariamente, e o peso dos animais registrados semanalmente, o que possibilitou determinar o consumo diário de ração (CDR), o ganho diário de peso (GDP) e a conversão alimentar (CA) dos animais.

Digestibilidade das dietas

Durante o ensaio de desempenho realizou-se a avaliação biológica das dietas experimentais, determinando-se os coeficientes de digestibilidade da matéria seca (CDMS), proteína bruta (CDPB), fibra em detergente neutro (CDFDN), fibra em detergente ácido (CDFDA), fibra dietética total (FDT), energia bruta (CDEB) e coeficiente de disponibilidade da matéria mineral (CDMM), empregando-se o método da coleta parcial de fezes. Tais determinações foram realizadas quando os animais atingiram 99,50 ± 6,80 kg de peso vivo.

Adicionou-se, às dietas experimentais 1% de cinza ácido insolúvel, sendo os animais alimentados com essas dietas durante três dias, para regular o fluxo do indicador no trato gastrintestinal. Nos três dias subsequentes a esta adaptação, 200 gramas de fezes foram colhidas diretamente do reto dos animais, duas vezes ao dia, às 8h30 e 14h30. Estas foram colocadas em sacos plásticos, devidamente identificados, sendo, em seguida, armazenados em freezer a - 8 ºC, até o momento das análises.

Após o período de colheita, as fezes foram descongeladas e homogeneizadas, para obtenção de uma amostra composta de cada animal, a qual foi submetida à pré-secagem em estufa com ventilação forçada a 55 °C por 72 horas, sendo posteriormente moídas em moinho do tipo “faca”, dotado de peneira com crivos de 1 mm.

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Parâmetros séricos

Foram realizadas três colheitas de sangue, aos 80, 100 e 130 kg de peso dos animais, por meio de punções na veia cava cranial. O sangue colhido foi imediatamente colocado em tubos de ensaio sem anticoagulante. No Laboratório de Patologia Animal do Hospital Veterinário da FCAV - Unesp, Câmpus de Jaboticabal, o sangue foi submetido à centrifugação a 3500 rpm durante 15 minutos, para obtenção do soro, onde realizou-se as dosagens de uréia, triacilgliceróis e colesterol total, utilizando-se

kits reagentes comerciais.

Produção e características das fezes

No decorrer do período experimental foi necessário o uso de duas rações específicas, por isso as coletas das fezes foram divididas em: Fase I - dos 80,40 ± 5,82 aos 99,50 ± 6,80 kg de peso e Fase II - dos 99,50 ± 6,80 aos 132,69 ± 9,59 kg de peso dos animais.

Duas vezes por semana, as baias foram lavadas para remoção total dos resíduos, sendo realizadas duas colheitas e pesagens das fezes produzidas no período de 24 horas posteriores à limpeza, para determinação da produção diária de fezes. As amostras colhidas a cada semana foram homogeneizadas, sendo 20% mantidas congeladas (- 8 °C) obtendo-se, desta forma, amostras semanais das fezes produzidas.

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Amostras de fezes e rações foram submetidas à digestão por ácido sulfúrico e peróxido de hidrogênio, para as determinações das excreções de nitrogênio, cálcio, fósforo, potássio, enxofre, zinco e cobre.

Delineamento experimental e análises estatísticas

Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados, para controlar diferenças inicias de peso, com quatro tratamentos e nove repetições, sendo a unidade experimental constituída por um animal.

Os graus de liberdade do tratamento foram desdobrados em efeitos linear, quadrático e cúbico.

As pressuposições para a análise de variância foram analisadas, utilizando o teste de Cramer-von Mises para a normalidade dos erros. As análises foram realizadas utilizando-se o pacote PROC GLM do programa estatístico SAS modelo 9.2.

Resultados e Discussão

Desempenho

Os dados referentes ao desempenho (consumo diário de ração, consumo diário de energia digestível, ganho diário de peso e conversão alimentar), consumo total de ração e peso final, em função dos níveis de casca de soja, encontram-se na Tabela 3.

Tabela 3. Valores médios e coeficientes de variação (CV), obtidos na análise das variáveis de desempenho, consumo total de ração e peso final de suínos recebendo diferentes níveis de casca de soja nas rações.

Variáveis Médias % CV, (7) Regressão P

CS0 CS8 CS16 CS24

CDR, kg (1) 2,79 3,08 3,25 3,23 12,38 Linear 0,0562

CDED, kcal ED (2) 9011,52 9070,90 8730,75 7810,36 13,52 Quadrática 0,0314

GDP, kg (3) 0,86 0,87 0,85 0,90 10,61 - 0,7625

CA (4) 3,23 3,56 3,82 3,60 8,71 Linear 0,0390

CTR, kg (5) 164,61 181,63 191,95 190,42 12,39 Linear 0,0568

PF, kg (6) 131,76 131,73 133,84 133,42 7,40 - <0,0001

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