Prevalência, comport ament os de risco e níveis
de informação sobre a esquist ossomose urinária
em escolares da Área de Saúde 1
ode Junho,
na Cidade de M aput o, M oçambique
Pre vale nce , risk b e havio r, and le ve l o f info rmatio n
asso ciate d with ve sical schisto so miasis in p rimary
scho o l stud e nts fro m the Prime iro d e Junho he alth
d istrict, Map uto , Mo zamb iq ue
1 Min istério da Saú de, In stitu to N acion al d e Saú d e d e Moçam biqu e. Av. Ed u ard o Mon d lan e/ Salvad or Allen d e. C.P. 264, M ap u to, Moçam biqu e. evisser@cd in s.u em .m z
Lorn a Gu jral 1
Ru i Gam a Vaz 1
Abst ract To assess th e p revalen ce an d id en tify levels of in form ation an d risk beh avior associat-ed w it h v esica l sch ist osom ia sis, a cross- sect ion a l st u d y w a s con d u ct associat-ed in Oct ob er- N ov em b er 1996, in volvin g stu d en ts from 3 p rim ary sch ools in th e Prim eiro d e Ju n h o h ealth d istrict in M a-p u t o, M oz a m biqu e. Ea-p id em iologica l in t erv iew s a n d u rin e sa m a-p les w ere t a k en from 434 m a le a n d fem a le st u d en t s from gra d es 2 t h rou gh 5, ra n d om ly select ed . Est im a t ed p rev a len ce w a s 11.3% (49/434). High est p revalen ce w as in th e age grou p 15 years old , an d th e h igh est in ten sity of in fection am on g th e 10-14-year age grou p , w ith 204 eggs/10 m l u rin e. Ap p rox im ately 18.9% h ad h eard of sch istosom iasis, an d of th ese, on ly 19.5% (16/82) k n ew h ow th e d isease is m an ifest-ed . Ap p roxim ately 50% of th e stu d en ts rep ortifest-ed frequ en t w ater con tacts w ith p oten tial sou rces of sch istosom iasis. Th e stu d y sh ow s th at vesical sch istosom iasis is a p u blic h ealth p roblem am on g stu d en ts in th is h ealth d istrict.
Key words Sch istosom iasis Haem atobia; Prevalen ce; Risk Beh avior; Sch ools; Mozam biqu e
Resumo Para d eterm in ar a p revalên cia, id en tificar os com p ortam en tos d e risco e os n íveis d e in form ação sobre a esqu istossom ose u rin ária, realizou -se u m estu d o tran sversal, en tre ou tu bro e n ovem bro d e 1996, em três escolas p rim árias d a Área d e Saú d e 1od e Ju n h o, n a cid ad e d e M ap u
-to, Moçam biqu e. Efetu aram -se in qu éritos ep id em iológicos e recolh eram -se am ostras ú n icas d e u rin a d e 434 escolares d e am bos os sexos, selecion ad os ao acaso, d a segu n d a a qu in ta classes. A id ad e m éd ia foi d e 11,3 an os (am p litu d e 6-16). A p revalên cia en con trad a foi d e 11,3% (49/434). O gru p o etário d e 15 e m ais an os ap resen tou a p revalên cia m ais elevad a (13,6%), en qu an to o d e 10 a 14 an os, a m aior in ten sid ad e d e in fecção (204 ovos/10 m l d e u rin a). Ap en as 18,9% d os esco-lares já tin h am ou vid o falar n a d oen ça. Destes, só 19,5% (16/82) sabiam com o esta se m an ifesta-va. Cerca d e 50% d os escolares rep ortaram con tatos freqü en tes com p oten ciais focos d e tran sm is-são d e esqu istossom ose. Os resu ltad os su gerem qu e a esqu istossom ose u rin ária é u m p roblem a d e saú d e p ú blica n as escolas d a Área d e Saú d e 1od e Ju n h o.
Int rodução
Em Moça m b iq u e, a esq u istossom ose é p reva -len te em tod o o p aís, varian d o o grau d e en d e-m icid a d e d e regiã o p a ra regiã o. As p rie-m eira s referên cias d a ocorrên cia d a in fecção d atam d e 1904, segu n d o o relatório d os Serviços d e Saú -d e -d e Mo ça m b iq u e, em b o ra se a cre-d ite q u e a d o en ça já o co rresse a n terio rm en te, m a s sem n otificação. Nu m trab alh o exten sivo realizad o em 1952 n o Su l d o País, em in d ivíd u os d os três aos 34 an os, a taxa d e p revalên cia d e in fecção p or Sch istosom a h aem atobiu men con trad a foi d e 61,5% (Azeved o et al., 1954). Em 1981, n u m a ald eia com u n al n a p rovín cia d e Map u to, a p re-va lên cia o b ser re-va d a em a d u lto s e cria n ça s fo i d e 19,4% (Rey et al., 1987). Nu m estu d o efetu a-d o em 1991, em p risio n eiro s a-d e três ca a-d eia s e d e u m a p risão d a cid ad e e arred ores d e Map u -to, foi rep ortad a u m a p revalên cia d a esqu istos-som ose u rin ária d e 17,4% (Vaz, 1992).
Estu d os m ais recen tes, efetu ad os n o d istri-to d e Boan e (p rovín cia d e Map u istri-to) e n o Vale d o In fu len e e Mah otas (cid ad e d e Map u to), ob ser-varam u m a p revalên cia geral d e 42,4% (Traqu i-n h o et al., 1994) e 8,6% (Ei-n osse et al., 1995) resp ectiva m en te. Aresp esa r d os estu d os m en cion a -d os, a situ ação atu al -d a -d oen ça con tin u a ain -d a p ou co con h ecid a, p or cau sa d o con flito arm a-d o q u e ecloa-d iu a p ós a in a-d ep en a-d ên cia a-d o Pa ís, em 1975, e qu e d u rou até 1992.
Na cid ad e d e Map u to, n ão se con h ecem estu d o s q u e a va liem a p reva lên cia , co m p o rta -m en tos d e risco e n íveis d e in for-m ação e-m re-la çã o à esq u isto sso m o se u rin á ria . O p resen te estu d o teve com o ob jetivos d eterm in a r a p reva lên cia e co m p o rta m en to s d e risco a sso cia -d o s à esq u isto sso m o se u rin á ria em esco la res d a Área d e Saú d e 1o d e Ju n h o, b em com o id en -tificar os seu s n íveis d e in form ação sob re a es-qu istossom ose u rin ária.
M et odologia
População e área de est udo
Ca p ita l d o Pa ís, a cid a d e d e Ma p u to é circu n -d a -d a p o r u m a zo n a su b u rb a n a a lta m en te p o-vo a d a , co m co n d içõ es d e sa n ea m en to d eficien tes. A agricu ltu ra d e su b sistên cia é a p rin -cip a l a tivid a d e a q u i d esen vo lvid a , a p esa r d a terra seca e d a escassez d e fon tes d e águ a d oce, n atu ral, q u e carateriza esta zon a. Com o alter-n ativa p ara o d esem p ealter-n h o d as su as ativid ad es d iá ria s, a p o p u la çã o reco rre a fo n tes d e á gu a n a tu ra l q u e sã o p o ten cia is viveiro s d e m o lu s-cos (Bu lin u s globosu s) vetores d o Sch istosom a
h aem atobiu m (Rey et a l., 1987), q u e é o q u e acon tece n a Área d e Saú d e 1od e Ju n h o.
Com u m a p op u lação d e ap roxim ad am en te 191.600 h ab itan tes, d istrib u íd a p or n ove b air-ros, essa á rea d e sa ú d e loca liza -se n u m a zon a alta, e caracteriza-se p ela p resen ça d e valas d e d ren a gem , o va le d o In fu len e, q u e co n stitu i u m a fon te n atu ral d e águ a altern ativa p ara atvid ad es d om ésticas e agrícolas d os seu s h ab i-tan tes.
Para efeitos d a com p osição d a am ostra, fo-ra m a p en a s in clu íd o s b a irro s co m p o ten cia is fon tes d e águ a estagn ad a e n ão salob ra d a área em estu d o, n o m ea d a m en te: Ma va la n e A, Fer-roviário d as Mah otas e Urb an ização.
Na p resen te p esq u isa, foram con sid erad os p ositivos tod os aq u eles q u e, ao exam e m icros-cóp ico p ositivo d e u rin a, ap resen taram ovos d e
S. h aem atobiu m, in d ep en d en tem en te d a s ca -racterísticas organ olép ticas d a u rin a e/ ou car-ga p arasitária.
Tipo de est udo e amost ragem
Realizou se u m estu d o tran sversal en tre ou tu b ro e n ovem b ro d e 1996, q u e en glob ou u m in -q u érito ep id em io ló gico a esco la res d e a m b o s os sexos d as segu n d a, terceira, q u arta e q u in ta classes, ap ós a ob ten ção d o con sen tim en to in -form ad o p or escrito d os seu s p ais.
Foram selecion ad as aleatoriam en te três es-co la s (u m a p o r b a irro ): a Eses-co la Prim á ria d a s Mah otas, n o b airro Ferroviário d as Mah otas, a Escola Prim ária IV Con gresso, n o b airro Urb a-n iza çã o, e a Esco la Prim á ria Av. d a s FPLM, a-n o b airro Mavalan e A. Em cad a escola, p roced eu -se à estratificação d os escolares p or clas-se, p a-ra p o sterio r seleçã o a lea tó ria d e 36 d eles d e d u a s tu rm a s d iferen tes, m ed ia n te ta b ela d e d istrib u ição d e n ú m eros ao acaso d e u m e/ ou d ois d ígitos d o Ep itable Calcu lator, d o p rogra-m a estatístico EPIIN FO, versão 6.04. Os escola-res qu e se recu saram a p articip ar n o estu d o ou tin h am faltad o à escola, foram su b stitu íd os p e-lo n ú m ero an teced en te ou su b seq ü en te n a ta-b ela.
Os d a d o s in eren tes a o n ível d e co n h eci-m en tos sob re tran seci-m issão, sin toeci-m atologia as-sociad a, tratam en to, p reven ção, an teced en tes d a d o en ça , co n h ecid a p o r b ilh a r zio se, e o s com p ortam en tos d e risco d os escolares foram coletad os através d e in q u éritos con ten d o p er-gu n tas ab ertas e fech ad as.
a p ó s h o m o gen eiza çã o d a u r in a p o r a gita çã o m a n u a l; 2) p esq u isa e co n ta gem d e ovo s, m e-d ian te a técn ica e-d e filtração e-d e e-d u as alíq u otas d e 10 m l d e u rin a (Mo tt, 1988). A q u a n tid a d e total d e ovos foi d eterm in ad a p ela m éd ia arit-m ética d as d u as con tagen s.
O resu ltad o d as an álises foi en viad o p or es-crito a o s p a is d o s esco la res selecio n a d o s. Os p articip an tes com resu ltad o p ositivo ao exam e m icroscóp ico d a u rin a receb era m tra ta m en to gra tu ito e a co n selh a m en to so b re m éto d o s d e p reven çã o d a d o en ça , n o Po sto d e Sa ú d e d o Cen tro Region al d e Desen volvim en to San itário Map u to.
Análise dos dados
Os d a d o s d o s in q u é r ito s e p id e m io ló gico s fo ra m in tro d u zid o s e e sta tistica m e n te a n a lisa -d o s p e lo p ro gra m a EPIIN FO 6.04. Dife re n ça s en tre as p rop orções foram an alisad as u tilizan -d o o t e st e Qu i-q u a -d ra -d o. A ra zã o -d e ch a n ce (OR) fo i ca lcu la d a p a ra d eterm in a r a a sso cia -ção en tre a p ositivid ad e ao exam e m icroscóp i-co e a s va riá ve is in d e p e n d e n t e s e st u d a d a s (b airro, tem p o d e resid ên cia, sexo, id ad e, sin -tom atologia referid a e ativid ad es agrícola e re-creativa).
Result ados
Fo ra m estu d a d o s u m to ta l d e 434 in d ivíd u o s, d o s q u a is 146 (33,6%) n a Esco la P rim á ria d a s Ma h o ta s, 141 (32,5%) n a Esco la Prim á ria IV Con gresso e 147 (33,9%) n a Escola Prim ária Av. d a s FPLM. Do s 434 esco la res in q u irid o s, 105 (24,2%) freq ü en ta va m a segu n d a cla sse, 110 (25,3%), a terceira, 108 (24,9 %), a qu arta, e 111 (25,6%), a q u in ta cla sse. Em term o s d e ren d i-m en to escolar, 105 (24,2%) n u n ca tin h ai-m sid o rep rovad os, en qu an to 329 (75,8%) h aviam sid o p elo m en os u m a vez.
Na Tab ela 1, estão su m ariad as as caracterís-tica s sócio-d em ográ fica s d os en trevista d os. A m éd ia d as id ad es d os p articip an tes era d e 11,3 a n o s (a m p litu d e: 6-16 a n o s). Destes, 210 (48,4%) era m d o sexo fem in in o e 224 (51,6%) d o sexo m ascu lin o. A m éd ia d o n ú m ero d e p es-soas n o agregad o fam iliar d os escolares era d e 7,5 (a m p litu d e: 2-28 p esso a s). A m a io ria d o s esco la res, 78,1% (339/ 434), vivia em ca sa s d e a lven a ria co m telh a d o d e zin co o u a m ia n to ; 99,3% (431/ 434) p ossu íam b an h eiro ou latrin a em casa; 80% (347/ 434) p rofessavam u m a reli-giã o ; 50,9% (221/ 434) p o ssu ía m ilu m in a çã o elétrica e 62,7% (272/ 434) tin h am águ a can ali-zad a em casa.
Prevalência e int ensidade da infecção
A p reva lên cia gera l d a in fecçã o fo i d e 11,3% (49/ 434). A p revalên cia d e in fecção p or escolas fo i d e 20,5% (30/ 146) n a Esco la d a s Ma h o ta s, 7,1% (10/ 141) n a Esco la IV Co n gresso e 6,1% (9/ 147) n a Escola Av. d as FPLM.
No gru p o etário d os seis aos n ove an os, ob -servou -se u m a p revalên cia d a in fecção d e 3,9% (3/ 77) e u m a m en or p rob ab ilid ad e d e estes es-colares serem p ositivos p ara a esq u istossom o-se (OR = 0,27, IC 95% = 0,07-0,96). Os o u tro s gru p os registaram p revalên cias m ais elevad as, a sa b er, 12,8% (43/ 335) n a fa ixa etá ria d e 10 a 14 an os e 13,6% (3/ 22) p ara os escolares d e 15 o u m a is a n o s, a p esa r d e a s d iferen ça s n ã o se-rem estatisticam en te sign ificativas. As
caracte-Tab e la 1
Caracte rísticas só cio -d e mo g ráficas d o s p articip ante s.
Escolares est udados
n = 434 %
Bairro
Urb anização 107 24,7 Fe rro viário d e Maho tas 103 23,7 Mavalane A 39 9,0 O utro s 78 18,0 Não re fe rid o 107 24,6
Habit ação
Alve naria e zinco 339 78,1 o u amianto
Pau-a-p iq ue 56 12,9 Mad e ira e zinco 39 9,0
Banheiro/ lat rina 431 99,3
Iluminação
Elé trica 221 50,9 Pe tró le o 184 42,4
Ve la 29 6,7
Font e de abast eciment o de água
Canalizad a 272 62,7 Fo ntanário p úb lico 125 28,8
Po ço 27 6,2
Vala d e d re nag e m 3 0,7 Não sab e 7 1,6
Rádio em funcionament o 371 85,5
Religião
Pro te stante 169 38,9 Cató lica 97 22,4
O utra 81 18,7
rística s só cio -d em o grá fica s d o s p a rticip a n tes associad as à p ositivid ad e d o exam e m icroscó-p ico d a u rin a estão su m ariad as n a Tab ela 2.
A in ten sid a d e d e in fecçã o va rio u d e u m a 204 ovos/ 10 m l d e u rin a, com u m a m éd ia d e 31 ovo s/ 10 m l d e u rin a . A m a io r in ten sid a d e d e in fecção p arasitária (240 ovos/ 10 m l d e u rin a) o co rreu n o gru p o etá rio d e 10 a 14 a n o s. Do s in d ivíd u o s in fecta d o s, 83,7% (41/ 49) tivera m in fecçõ es co m cin q ü en ta o u m en o s ovo s e o s restan tes 16,3% (8/ 49) ap resen taram in fecções com m ais d e 50 ovos/ 10 m l d e u rin a.
Sinais e sint omas referidos e observados
Os p rin cip ais sin ais e sin tom as associados à p o-sitivid ad e d o exam e m icroscóp ico estão su m a-riados n a Tabela 3. Dos escolares en trevistados, 33,9% referiram dor su p rap ú bica (sen sibilidade de 51,0% e esp ecificidade de 68,2%) e 23,0%, di-sú ria (sen sib ilid ad e d e 30,6% e esp ecificid ad e d e 77,4%). Os q u e referira m d o r su p ra p ú b ica tin h am u m a p rob ab ilid ad e m aior d e serem p o-sitivo s n o exa m e m icro scó p ico (OR = 2,24, IC 95% = 1,18-4,25), o m esm o a co n tecen d o a o s q u e a firm a ra m ter u rin a verm elh a o u a ca sta -n h a d a (OR = 9,18, IC 95% = 3,12-27,10) e q u e p ossu íam h em atú ria m acroscóp ica (OR = 2,76, IC 95% = 1,12-6,64). Cerca de 10,8% dos
escola-res afirm aram ter u rin ad o san gu e p elo m en os u m a vez n o ú ltim o m ês (sen sib ilid ad e d e 41,3% e esp ecificid ad e d e 92,5%).
N íveis de informação e comport ament os de risco
A d oen ça b ilh arziose era con h ecid a p or 18,9% (82/ 434) dos escolares e foi referida com o: 1) u rin a r co m sa n gu e (19,5%); 2) sin a is o u sin to -m a s rela cio n a d o s co -m o u tra s d o en ça s, co -m o m a lá ria (1,2%), feb res e d o res d e estô m a go (1,2%), lom b rigas (2,4%), d iarréia ou d isen teria (6,1%); 3) m icrób ios n o corp o (2,4%) e 4) d oen -ça (8,5). Os in d ivíd u os restan tes, 58,5% (48/ 82), n ão p ossu íam q u alq u er in form ação. É im p or-tan te referir qu e 38,2% (166/ 434) d os escolares co n h ecia m u m a “d oen ça em qu e se u rin a com san gu e”, m as d escon h eciam o seu n om e.
Dos 31,7% (26/ 82) q u e rep ortaram an tece-d en tes tece-d e b ilh arziose, 26,9% (7/ 26) foram p osi-tivos ao exam e m icroscóp ico (OR = 2,58, IC 95% = 0.69-9.70), ap esar d e a d iferen ça n ão ter sid o estatisticam en te sign ificativa.
No tocan te à tran sm issão, con statou -se qu e a m aior p arte d os escolares, 68,3% (56/ 82), n ão sa b ia co m o a b ilh a r zio se era tra n sm itid a ; 10,9% (9/ 82) sa b ia m q u e esta p o d ia ser co n -traíd a tom an d o b an h o n a vala d e d ren agem ou
Tab e la 2
Caracte rísticas só cio -d e mo g ráficas d o s p articip ante s re lacio nad as co m a e sq uisto sso mo se urinária.
Posit ivo N egat ivo O R (IC 95%) Valor de p
n = 49 (11,3%) n = 385 (88,7%)
Bairro
Fe rro viário d e Maho tas 19 (39) 84 (22) 2,27 (1,16-4,42) 0,009 Urb anização 4 (8) 103 (27) 0,24 (0,07-0,73) 0,005 Mavalane A 6 (12) 33 (8) 1,49 (0.53,4.00) 0,561 O utro 9 (18) 69 (18) 1,03 (0,52-2,03) 0,939 Não re fe rid o 11 (23) 96 (25) 0,87 (0,40-1,85) 0,704
Residência (anos)
≤1 1 (2) 17 (4) 0,45 (0,02-3,33) 0,686 2-6 7 (14) 45 (12) 1,26 (0,48-3,14) 0,598
≥7 13 (27) 110 (29) 0,90 (0,44-1,84) 0,766 Não re fe rid o 28 (57) 213 (55) 1,08 (0,57-2,05) 0,810
Sexo
Masculino 30 (61) 194 (50)
Fe minino 19 (39) 191 (50) 1,55 (0,81-3,00) 0,153
Idade (anos)
6-9 3 (6) 74 (19) 0,27 (0,07-0,96) 0,024 10-14 43 (88) 292 (76) 2,28 (0,94-6,76) 0,062
ria ch o s (ta m b ém referid o s co m o “locais com águ a su ja”); ou tras con cep ções foram : con su -m o excessivo d e co-m id a salgad a/ -m an gas verd es com sal, 12,2% (10/ 82); in gestão verd e alim en -to s su jo s, o u á gu a im p ró p ria p a ra co n su m o, 8,5% (7/ 82).
Em relação à p rocu ra d e cu id ad os, a m aioria d os escolares, 81,7% (67/ 82), n ão sab ia on -d e p rocu rá-los; 7,3% (6/ 82) referiram a u n i-d a-d e san itária; 8,5% (7/ 82), o p ratican te a-d e m ea-d i-cin a tra d icion a l, e 2,4% (2/ 82), a a u tom ed ica-ção através d a aq u isiica-ção d e m ed icam en tos n o m ercad o in form al.
Em relação à p reven ção, 75,6% (62/ 82) n ão sa b ia m co m o p reven ir a b ilh a r zio se; d o s q u e sab iam com o p reven ir, h ou ve escolares qu e re-ferira m m a is d o q u e u m m eio. Men cio n a ra m : 1) n ão b rin car/ tom ar b an h o n a vala d e d ren a-gem (50%); n ã o co n su m ir co m id a sa lga d a (35%); in gestã o d e a lim en to s co n ta m in a d o s e/ ou d e águ a im p róp ria p ara o con su m o (20%); h igien e p essoal d eficien te (5%).
Os com p ortam en tos d os escolares associa-d os à p ositiviassocia-d aassocia-d e associa-d o exam e m icroscóp ico es-tã o su m a ria d o s n a Ta b ela 4. Em rela çã o a o con tato com p ossíveis focos d e tran sm issão d e esq u istossom ose, os escolares q u e rep ortaram p esca r n a s va la s era m esta tistica m en te m a is freq ü en tem en te p ositivos ao exam e m icroscó-p ico (OR = 2,23, icroscó-p = 0,04). Cerca d e 12,7% (55/ 434) b rin cavam ou n ad avam n a vala d e d ren
a-gem , en q u a n to 25,6% (111/ 434) a ju d a va m o s seu s fam iliares n o trab alh o d a ch ácara. Porém , n ão se en con trou n en h u m a associação estatís-tica en tre essa s va riá veis e a p o sitivid a d e m i-croscóp ica à esqu istossom ose.
Discussão
Os va lo res d e p reva lên cia en co n tra d o s n este estu d o (11,3%) são su p eriores aos 8,6%, rep or-ta d o s p o r En o sse et a l. (1995), m a s in ferio res a o s e n co n t ra d o s e m o u t ro s e st u d o s re a liza -d o s n a ci-d a -d e -d e Ma p u to e a rre-d o res (17,4%) ( Va z, 1992) e n o resto d o Pa ís (19,4% a 84,0%) (Azeved o et al. 1954; Rey et al., 1987; Traqu in h o et al., 1994; Man jate & Vaz, 1997; Traq u in h o et al., 1998). Essa d iferen ça p od e estar relacion a-d a com u m n ível a-d e tran sm issão relativam en te m ais b aixo n a área em estu d o ou com a m eto -d o lo gia u sa -d a . A in terp reta çã o e co m p a ra çã o d os d ad os d e p revalên cia e in ten sid ad e d e in -fecção p or S. h aem atobiu m d eve ser feita com p reca u çã o, u m a vez q u e esses va lo res p o d em ter sid o con sid eravelm en te in flu en ciad os p ela m eto d o lo gia u sa d a n a d eter m in a çã o d a m es-m a . Diverso s sã o o s a u to res (Do eh rin g et a l., 1983; Mo tt, 1988; Sa vio li et a l., 1990; Bra u n -Mu n zin ger & Sou th gate, 1992) q u e rep ortam a existên cia d e u m a va ria çã o d iá ria n a elim in a-ção d e ovos d e S. h aem atobiu m através d a u
ri-Tab e la 3
Sinais e sinto mas re fe rid o s p e lo s p articip ante s e caracte rísticas macro scó p icas d a urina re lacio nad as co m a e sq uisto sso mo se .
Posit ivo N egat ivo O R (IC 95%) Valor de p
n = 49 (11,3%) n = 385 (88,7%)
Dor suprapúbica
Te m 25 (51) 122 (31)
Não te m 24 (49) 262 (68) 2,24 (1,18-4,25) 0,007
Não sab e – 1 (1) – –
Disúria
Te m 15 (31) 85 (22)
Não te m 34 (69) 298 (77) 1,55 (0,76-3,10) 0,189
Não sab e – 2 (1) – –
Cor da urina
Ve rme lha/ castanha 9 (18) 9 (2)
Amare la 39 (80) 358 (93) 9,18 (3,12-27,10) 0,000
Não sab e 1 (2) 18 (5) – –
Hemat úria
Pre se nte 9 (18) 29 (8)
n a. De acord o com Savioli et al. (1990), n ão só os d ad os d e p revalên cia ob tid os d e u m a am ostra p o n tu a l p o d em ser p ra tica m en te d u p lica -d os se a p esqu isa for rep eti-d a -d u ran te seis -d ias co n secu tivo s, co m o ta m b ém a p en a s 50% d a s in fecçõ es severa s (50 o u m a is ovo s/ 10 m l d e u rin a ) p o d em ser d etecta d a s a tra vés d a p esq u isa d e u m a ú n ica a m o stra d e u rin a . Co n tu -d o, a m eto-d ologia u sa-d a forn ece u m a estim ati-va m ín im a d a p reati-valên cia.
Os valores d e p revalên cia e in ten sid ad e d e in fecção p or gru p o etário n ão d iferem su b stan -cia lm en te d o s verifica d o s em o u tro s estu d o s rea liza d o s n o Pa ís, o n d e cerca d e 60% a 70% d a s in fecçõ es regista ra m -se n o gru p o etá rio d os 5 aos 14 (Rey et al., 1987; Traq u in h o et al., 1994; Tra q u in h o et a l., 1998). Em rela çã o a o s ou tros, a d iferen ça sign ifica tiva n o gru p o etá -rio d os seis aos n ove an os (OR = 0,27, p = 0,024) p od e ocorrer em virtu d e d e u m a m en or exp o -siçã o d o s seu s in d ivíd u o s a o s fo co s d e tra n s-m issão.
Ap esar d e n ão ser estatisticam en te sign ifi-cativa (p = 0,153), a p revalên cia geral d a in fecção foi m ais alta em in d ivíd u os d o sexo m ascu -lin o (13,4%), com p arativam en te aos d o sexo fe-m in in o (9,0%), situ ação qu e é corrob orad a p or ou tros au tores (Rey et al., 1987; Len geler et al., 1991; Tra q u in h o et a l., 1994). Algu n s a u to res afirm am qu e essa d iferen ça p rovavelm en te es-tá relacion ad a com a existên cia d e fatores cu
l-Tab e la 4
Co mp o rtame nto s d o s p articip ante s e m re lação à e sq uisto sso mo se urinária.
Posit ivo N egat ivo O R (IC 95%) Valor de p
n = 49 (11,3%) n = 385 (88,7%)
Pescar na vala
Sim 9 (18) 35 (9)
Não 40 (82) 347 (90) 2,23 (0,92-5,27) 0,045
Não re sp o nd e u – 3 (1) – –
N adar/ Brincar na vala
Sim 7 (14) 48 (12)
Não 42 (86) 335 (87) 1,16 (0,45-2,89) 0,729
Não re sp o nd e u – 2 (1) – –
Urinar na vala
Sim 5 (10) 26 (7)
Não 6 (12) 34 (9) 1,09 (0,25-4,66) 0,897 Não re sp o nd e u 38 (78) 325 (84) – –
Chácara familiar
Ajud a 14 (29) 97 (25)
Não ajud a 8 (16) 84 (22) 1,50 (0,55-4,17) 0,387
Não te m 27 (55) 204 (53) – –
tu rais e com p ortam en tais, com o n ad ar, p escar e b rin ca r em á gu a s p a ra d a s o u d e p o u ca co r-ren teza, q u e p od erão d eterm in ar u m a exp osi-ção m ais p rolon gad a d os rap azes aos focos d e tra n sm issã o (Da lto n & Po le, 1978; Ba rb o u r, 1985; Rey et al., 1987; Len geler et al., 1991).
A a sso cia çã o esta tística verifica d a en tre a in fecçã o p o r S. h aem atobiu m co m o s b a irro s Ferroviá rio d a Ma h ota s e Urb a n iza çã o d everá ser igu a lm en te in terp reta d a co m p reca u çã o. Sen d o a a m ostra estu d a d a con stitu íd a p or jo-ven s, é n ecessário ter-se em con sid eração q u e os seu s tem p os livres p od erão ser p assad os em ou tros locais, p od en d o o con tato com os focos d e tran sm issão n ão estar associad o u n icam en-te aos b airros on d e resid em ; d evse con sid e-rar tam b ém o fato d e as crian ças qu e p escavam n a vala terem u m a m aior p rob ab ilid ad e d e se-rem p ositivas à esqu istossom ose.
O p ad rão e a freq ü ên cia d e con tato com os fo co s d e tra n sm issã o m a is rep o rta d o s fo ra m a tra vés d e a tivid a d es a gríco la s (25,6%) e re-creativas n a vala d e d ren agem (22,8%).
Ro b ert et a l. (1989), a p resen ça d e h em a tú r ia n ã o é n ecessa ria m en te a sso cia d a à id éia d e a n o rm a lid a d e o u d e d o en ça , p o d en d o, n a s m u lh eres, ser rela cio n a d a à m en stru a çã o. É p rová vel q u e essa s co n cep çõ es exista m en tre esses escolares e sejam , em p arte, resp on sáveis p elo gran d e d escon h ecim en to sob re a esq u istossom ose. Estu d os d o tip o CAP (con h ecim en -tos, atitu d es e p ráticas), realizad os em d u as al-d eias al-d o Qu ên ia, sob re etiologia, tran sm issão, tra ta m en to e p reven çã o d e d ia rréia s, m a lá ria, p arasitoses in testin ais, esqu istossom ose, en tre ou tras, m ostraram q u e o b aixo con h ecim en to so b re a esq u isto sso m o se, co m p a ra tiva m en te a o q u e se sa b e so b re m a lá ria e d ia rréia , p o d e esta r rela cio n a d o co m o fa to d e a p r im eira a p resen ta r ta xa s d e m o rta lid a d e in ferio res à s ou tras (Kam u n vi & Fergu son , 1993).
Em co n versa s in fo rm a is co m a lgu n s d o s p rofessores d as escolas, verificou -se existirem tam b ém n eles cren ças sob re a esq u istossom ose, com o, p or exem p lo, qu e é u m a d oen ça con -traíd a ap en as p or in d ivíd u os d o sexo m ascu li-n o, e q u e o m icró b io lo ca liza d o li-n o p êli-n is d o s in d ivíd u os afetad os é resp on sável p elos p equ n os cortes e con seqü en te ap arecim en to d e h em atú ria n a u rin a; já os escolares referiraem a in gestã o d e co m id a / á gu a su ja e/ o u m a n ga / co -m id a co-m sal.
A existên cia d e cren ças sob re a tran sm issão e tratam en to d a esqu istossom ose foi rep ortad a em estu d os feitos n os Cam arões (Rob ert et al., 1989) e n o Egito (Kloos et al., 1982). De acord o com esses au tores, a tran sm issão d a esqu istossom ose é freqü en tem en te associad a ao con su -m o d e águ a con ta-m in ad a ou águ a n ão fer vid a, a u m a h igien e p essoal d eficien te, ao p asso qu e o tra ta m en to m éd ico é freq ü en tem en te co m -p lem en tad o, m u itas vezes em sim u ltân eo, -p elo tra ta m en to tra d icio n a l, a u m en ta n d o d esse m od o as p rob ab ilid ad es d e su cesso n a cu ra.
Conclusões
Foi en con trad a u m a p revalên cia geral d e in fec-ção d e 11,3%. As p revalên cias d e esq u istosso-m ose n as escolas foraistosso-m d e 20,5% n as Mah otas, 7,1% n a IV Con gresso e 6,1% n a Av. d as FPLM.
Ob ser vo u -se n o gru p o etá rio 10-14 a n o s m aior in ten sid ad e d e in fecção, com 204 ovos/ 10 m l d e u rin a, com p arativam en te aos restan -tes. O gru p o d e in d ivíd u os com id ad e igu al ou su p erio r a 15 a n o s a p resen to u u m a p reva lên -cia d e in fecçã o ligeira m en te m a is eleva d a (13,6%). Con tu d o, o risco d e in fecção foi m aior n o gru p o etá rio d os 10-14 a n os. Con sta tou -se u m m aior risco d e in fecção em escolares d o
se-xo m ascu lin o, ap esar d e a d iferen ça n ão ter si-d o estatisticam en te sign ificativa.
Verificou -se a existên cia d e u m a associação estatisticam en te sign ificativa em relação à es-qu istossom ose u rin ária n os escolares es-qu e p os-su íam d or os-su p rap ú b ica, u rin a d e cor verm elh a ou acastan h ad a e m acro-h em atú ria, o qu e está d e acord o com a literatu ra.
Ob ser vo u -se, a in d a , a existên cia d e u m gran d e d escon h ecim en to sob re a esq u istossom ose u rin ária, e qu e cerca d e 50% tin h aistossom con -tatos freqü en tes com p oten ciais focos d e tran sm issã o d e esq u istossosm ose, cosm o, p or exesm -p lo, n a -p lan tação e n a vala d e d ren agem .
Recomendações
Em razão d o n ú m ero relativam en te alto d e es-colares p arasitad os, seria recom en d ável o tra-ta m en to regu la r d estes n a s esco la s d e m a io r risco, con com ita n tem en te com a ções d e ed u -cação p ara a saú d e, orien tad as p ara a alteração d os com p ortam en tos d e m aior risco d os esco-lares.
Sen d o a p o p u la çã o estu d a n til co n stitu íd a p or crian ças e joven s, os p rogram as ed u cativos d everia m ser igu a lm en te exten sivo s a o s seu s p rofessores, p ais e ed u cad ores, in trod u zin d o-se cam p an h as d e ed u cação.
Seria con ven ien te qu e o m aterial ed u cativo a ser d istrib u íd o p elas escolas aos p ais d os es-colares fosse p rod u zid o ten d o com o b ase as d i-feren tes con cep ções, a fim d e qu e a m en sagem ten h a o im p acto p reten d id o.
É im p o rta n te sen sib iliza r e ed u ca r o s p ro -fessores, p ara q u e as crian ças com sin tom ato-logia sejam en cam in h ad as à u n id ad e san itár ia p ara d iagn óstico e tratam en to p recoces, acom -p an h ad os d e m ed id as ed u cativas -p ara se evitarem rein fecções e con seq ü en te p erd a d e im u -n id ad e.
Referências
AZEVEDO, J. F.; COLAÇO, A. T. & FARO, M. M., 1954. As sch istosom íases h u m an as n o Su l d o Save (Mo-çam b iq u e). An ais do In stitu to de Medicin a Trop i-cal, 9:1-137.
BARBOUR, A. D., 1985. Th e im p o rta n ce o f a ge a n d water con tact p attern s in relation to Sch istosom a h aem atobiu min fection . Tran saction s of th e Royal Society of Tropical Medicin e an d Hygien e, 79:151-153.
BRAUN-MUNZINGER, R. A. & SOUTH GATE, B. A., 1992. Re p e a ta b ility a n d re p ro d u cib ility o f e gg co u n ts o f Sch istosom a h aem atobiu m in u rin e. Tropical Medicin e an d Parasitology, 43:149-154. DALTON, P. R. & POLE, D., 1978. Wa ter-co n ta ct p a
t-te rn s in re la tio n to S. h aem atobiu m in fe ctio n . Bu lletin of th e World Health Organ iz ation, 56: 417-426.
DOEH RING, E.; FELDMEIER, H . & DAFFALLA, A., 1983. Day-to-d ay variation an d circad ian rh yth m of egg excretion in u rin ary sch istosom iasis in th e Su d an . An n als of Tropical Medicin e an d Parasitol-ogy, 77:587-594.
ENOSSE, S. M.; VAZ, R. G. & SCHWALBACH, J., 1995. An cyclostom iase d u od en ales e ou tras p arasitoses in testin ais e vesicais n o Vale d o In fu len e. Revista Médica de Moçam biqu e, 6:40-43.
KAMUNVI, F. & FERGUSON, A. G., 1993. Kn owled ge, Attitu d es an d Practices (KAP) of h u m an in testin al h elm in th s (worm s) in two ru ra l com m u n ities in Nya n za Provin ce, We ste rn Ke n ya . East African Medical Jou rn al, 70:482-490.
KLOOS, H .; SIDEARM, W.; MICH AEL, A. A. M.; MOHAREB, E. W. & HIGASHI, G. I., 1982. Disease con -cep ts an d treatm en t p ractices relatin g to sch isto-som iasis h aem atobiu m in Up p er Egyp t. Jou rn al of Tropical Medicin e an d Hygien e, 85:99-107. LENGELER, C.; KILIMA, P.; MSHINDA, H.; HATZ, C. &
TANNER, M., 1991. Ra p id , low-co st, two -ste p m eth o d to screen fo r u rin a ry sch isto so m ia sis a t th e d istrict level: Th e Kilosa exp erien ce. Bu lletin of th e World Health Organ ization, 69:179-189.
MANJATE, D. & VAZ, R. G., 1997. Sch istosom ía se em tra b a lh a d o re s d a fá b rica d e ca n a -d e -a çú ca r d a Ma ra gra , Ma n h iça . Revista M éd ica d e Moçam -biqu e, 7 (Su p. 1):S23.
MOTT, K. E.; DIXON, H.; OSEI-TUTU, E.; ENGLAND, E. C.; EKUE, E. & TEKLE, A., 1985. In direct screen -in g fo r Sch istosom a h aem atobiu m in fectio n : A com p arative stu dy in Gh an a an d Zam bia. Bu lletin of th e World Health Organ ization, 63:135-142. MOTT, K. E., 1988. To wash or n ot wash : Nytrel filters
an d u rin ary sch istosom iasis. Parasitology Tod ay, 4:59-60.
REY, L.; LOURENÇO, M. I. & GARCIA, C. M., 1987. Es-q u isto so m ía se : Me to d o lo gia d e co n tro le e m ald eias com u n ais em Moçam b iqu e. I. Con trole d e m o lu sco s, te ra p ia e p a rticip a çã o co m u n itá ria . Revista Médica de Moçam biqu e, 3:1-7.
ROBERT, C. F.; BOUVIER, S. & ROUGEMONT, A., 1989. Ep id e m io lo gy, a n th ro p o lo gy a n d h e a lth e d u ca-tion . World Health Foru m, 10:355-364.
SAVIOLI, L.; H ATZ, C.; DIXON, H .; KISUMKU, U. & MOTT, K., 1990. Co n tro l o f m o rb id ity d u e to Sch istosom a h aem atobiu m on Pem b a Islan d : Egg excretion an d h aem atu ria as in d icators of in fec-tion . Am erican Jou rn al of Trop ical Med icin e an d Hygien e, 43:289-295.
TRAQUINHO, G. A.; JÚLIO, A. & THOMPSON, R., 1994. Esqu istossom ose u rin ária em Boan e, Provín cia de Map u to. Revista Médica de Moçam biqu e, 5:20-23. TRAQUINHO, G. A.; NALÁ, R.; VAZ, R. G. & CORACHAN,
M., 1998. Sch isto so m ia sis in n o rth e rn Moza m -b iq u e. Tran saction s of th e Royal Society of Trop i-cal Medicin e an d Hygien e, 92:279-281.