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Sustentabilidade Económica-Financeira dos Serviços de Abastecimentos de Água e de Saneamento de Águas Residuais - Caso de Estudo e Avaliação de Cenários

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Academic year: 2021

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S

USTENTABILIDADE ECONÓMICO

-

FINANCEIRA DOS

SERVIÇOS DE ABASTECIMENTOS DE ÁGUA E DE

SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS

C

ASO DE ESTUDO

E AVALIAÇÃO DE CENÁRIOS

A

NA

F

ILIPA

A

ZEVEDO

T

EIXEIRA

Dissertação submetida para obtenção do grau de

MESTRE EM ENGENHARIA DO AMBIENTE

Presidente do Júri: Professora Cidália Maria de Sousa Botelho

(Professora Auxiliar do Departamento de Engenharia Química da Faculdade de

Engenharia da Universidade do Porto)

___________________________________________________________

Orientador académico: Professor Doutor Joaquim Poças Martins

(Professor Associado com Agregação da Faculdade de Engenharia da

Universidade do Porto)

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Aos meus pais que sempre

apoiaram as minhas escolhas.

“The best time to do something significant is between yesterday and tomorrow.”

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i

Agradecimentos

A realização desta dissertação apenas foi possível graças ao contributo, imprescindível, de diversas pessoas, que permitiram que os objetivos por mim definidos fossem alcançados. Assim, não poderia não deixar uma palavra de agradecimento e apreço a essas pessoas:

O Professor Doutor Joaquim Poças Martins, pela oportunidade presenteada de trabalhar neste tema, pelos conhecimentos transmitidos, orientação e disponibilidade demonstrada no desenvolvimento desta dissertação.

A minha mãe, pelo apoio incondicional, confiança e incentivo que permitiram nunca desistir dos meus objetivos e alcança-los com os melhores resultados possíveis.

A Eng.ª Joana Barros pelo contributo fundamental e constante disponibilidade para ajudar e apoiar, mesmo nas alturas mais difíceis.

Os amigos Mariana, Marco e Ricardo pela compreensão, pela amizade e constantes momentos de alegria e descontração que permitiram superar as situações menos boas e as adversidades encontradas ao longo deste percurso académico.

A Eng.ª Maria João Oliveira, pela simpatia e cooperação proporcionada no desenvolver deste trabalho.

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iii

Resumo

A presente dissertação tem como principal objetivo a análise e avaliação das condições de sustentabilidade das entidades gestoras dos sistemas de abastecimento de água e de

saneamento de águas residuais.

A atual situação de insustentabilidade económico-financeira e a ineficiência da maioria dos sistemas nacionais é preocupante e exige que sejam tomadas medidas imediatas e eficazes. Esta problemática já tem sido alvo de atenção ao longo dos últimos anos e possíveis medidas de solução foram levadas a cabo, ainda que com sucesso limitado.

Foi identificada, nesta dissertação, que esta insustentabilidade resulta, de facto, da falta de dimensão, que grande parte das EG nacionais apresentam, da ineficiência de gestão e falta de reabilitação das infraestruturas e da aplicação de tarifas anormalmente baixas que não

permitem a recuperação integral de custos.

Assim, foi definido um conjunto de medidas que permitisse a qualquer EG atingir uma situação tarifária sustentável e socialmente praticável. Estas medidas são: a agregação – que permite atingir tarifas mais baixas para um mesmo nível de gestão – e atuar sobre os níveis de eficiência – perdas de água, recursos humanos e energia – assim como na reabilitação, atualmente muito aquém do necessário para evitar a progressiva degradação/envelhecimento das infraestruturas.

Para tal, nesta dissertação definiu-se uma curva representativa de economias de escala do setor. Esta curva foi delineada a partir de dados de 27 EG de referência a nível nacional, selecionadas de um conjunto de 274, utilizando dados disponibilizados pela ERSAR.

As 27 entidades de referência apresentam na generalidade elevados níveis de atendimento e de eficiência, mas alguns indicadores permanecem insatisfatórios, podendo vir a ser

melhorados. Desta forma, procedeu-se à aplicação de quatro cenários a este conjunto de entidades - alteração da tarifa em alta, redução das percentagens de ANF para 20%, aumento da taxa anual de reabilitação da rede para 2% e otimização dos custos com pessoal – de modo a se alcançar a curva que retrata uma situação de sustentabilidade com tarifas viáveis e mais reduzidas, aplicável a todas entidades gestoras.

PALAVRAS-CHAVE: abastecimento de água, saneamento de águas residuais, sustentabilidade, indicadores de desempenho, gastos, custos.

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v

Abstract

This dissertation main objective is the analysis and evaluation of sustainability conditions of the managing entities of water supply and sanitation systems.

The current situation of economic and financial unsustainability and inefficiency of most national systems is alarming and requires immediate and effective measures. This issue has already been the focus of attention over the last few years and possible solution measures were carried out, despite of limited success.

It was identified, in this dissertation that this unsustainability results from national management entities lack dimension that much of national entitles present, managing inefficiency and lack of network rehabilitation and abnormally low tariffs application that not allow full recovery costs.

So, a measures set was defined to allow any management entities achieve to a sustainable and socially feasible tariff situation. These measures are: aggregation – which achieves lower rates for management same level – and acting on efficiency - water losses, human resources and energy - as well as rehabilitation that is currently far short of need to prevent progressive deterioration / infrastructures aging.

For that, in this dissertation was defined an economy scale sector representative curve. This curve was outlined from data of 27 EG reference at national level, selected from a set of 274, using data provided by ERSAR.

The 27 reference entities have generally high service and efficiency levels, but some indicators remain unsatisfactory and can be improved. Therefore, it proceeded to the application of four scenarios to this entities group – multimunicipality practiced tariffs system modification, reduction of non-revenue water percentage to 20%, increase of annual rate of water network rehabilitation to 2% and personnel costs optimization – in order to achieve a curve that shows a sustainability situation with lower and viable tariffs, applicable to all management companies.

KEYWORDS: water supply, sanitation, wastewater, sustainability, performance indicators, expenses, costs.

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Índice Geral

Agradecimentos ...

i

Resumo ... iii

Abstract ...v

1

Introdução ... 1

1.1 Apresentação do tema ... 1 1.2 Organização da dissertação ... 2 1.3 Objetivo geral ... 3

2

Estado do Conhecimento ... 5

2.1 Contextualização histórica do setor de água ... 5

2.2 Enquadramento Legal ... 10

2.3 Caracterização dos sistemas de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais ... 12

2.3.1 Entidades gestoras em alta ... 13

2.3.1.1 Reorganização das entidades gestoras em alta ... 14

2.3.2 Entidades gestoras em baixa ... 15

2.4 Modelos de gestão dos sistemas de abastecimento de água e saneamento ... 16

2.5 Indicadores de desempenho ... 20

2.6 Serviço de abastecimento público de água e saneamento de águas residuais ... 22

2.6.1 Situação atual ... 22

2.6.2 Separação do sistema em alta e em baixa ... 28

2.6.3 Tarifas dos serviços de abastecimento público de água e saneamento de águas residuais ... 30

2.6.4 Comparação das tarifas em alta com as tarifas em baixa ... 33

2.7 Abastecimento público de água e saneamento de águas residuais a nível internacional …….. ... 35

3

Âmbito e objetivos da dissertação ... 41

3.1 Âmbito ... 41

3.2 Objetivos específicos... 41

4

Trabalho desenvolvido ... 43

4.1 Análise dos dados disponibilizados pela ERSAR ... 43

4.2 Análise de indicadores de desempenho da ERSAR ... 45

4.3 Definição de curvas-objetivo de gastos para as entidades gestoras ... 46

4.3.1 Curva alvo de custos atuais com base em EG de referência ... 46

4.3.1.1 Primeira abordagem... 46

4.3.1.2 Segunda abordagem... 49

(14)

viii

5

Resultados obtidos ... 61

5.1 Caso de estudo ... 61

5.1.1 Atual Situação ... 62

5.1.2 Resultados obtidos para a agregação ... 65

5.1.3 Análise de sensibilidade………..67

6

Conclusão ... 75

7

Recomendações para trabalhos futuros ... 77

8

Bibliografia ... 79

9 Anexos………85

Anexo A – Identificação de dados aparentemente anómalos ... 86

Anexo B – Tabela com dados das EG consideradas na definição da curva alvo final... 190

Anexo C – Tabelas com os resultados dos quatro cenários considerados na definição da curva de sustentabilidade ... 191

(15)

ix

Índice de Figuras

Figura 2.1 - Metas PNUEA para 2020 ... 8 Figura 2.2 – Funcionamento do sistema de abastecimento de água ... 12 Figura 2.3 – Funcionamento do sistema de saneamento de águas residuais ... 13 Figura 2.4 – Evolução do número de entidades gestoras em alta e dos concelhos abastecidos ... 13 Figura 2.5 – Distribuição geográfica das entidades gestoras de serviços de abastecimento de água em alta ... 14 Figura 2.6 - Restruturação do sector de água em alta ... 15 Figura 2.7 – Número total de entidades gestoras em baixa desde 2009 até 2013 ... 15 Figura 2.8 – Distribuição geográfica das entidades gestoras de serviços de abastecimento de água (esquerda) e de saneamento de águas residuais (direita) em alta ... 19 Figura 2.9 – Distribuição geográfica das entidades gestoras de serviços de abastecimento de água (esquerda) e de saneamento de águas residuais (direita) em baixa... 19 Figura 2.10 - Indicadores de desempenho para o serviço de abastecimento público de água (esquerda) e de saneamento de águas residuais (direita) ... 20 Figura 2.11 - Evolução do nível de cobertura do serviço de abastecimento de água em Portugal entre 2002 e 2013 ... 22 Figura 2.12 - Evolução do nível de cobertura do serviço de saneamento de águas residuais em Portugal entre 2002 e 2013 ... 22 Figura 2.13 - Evolução do indicador água segura em Portugal entre 2004 e 2013 ... 23 Figura 2.14 - Evolução da água não faturada nas entidades gestoras de serviço de

abastecimento público de água em alta e em baixa ... 24 Figura 2.15 – Distribuição geográfica das percentagens de ANF em Portugal em 2014 ... 24 Figura 2.16 – Distribuição geográfica das percentagens de reabilitação de condutas (direita) e de coletores (esquerda) ... 26 Figura 2.17 – Distribuição geográfica da cobertura dos gastos totais em Portugal para 2014 .. 27 Figura 2.18 – Evolução dos encargos tarifários dos consumidores com os serviços de águas entre 2011 e 2013 ... 27 Figura 2.19 – Evolução da acessibilidade económica dos consumidores aos serviços de

abastecimento de água e saneamento entre 2011 e 2013 ... 28 Figura 2.20 – Comparação dos preços em alta e em baixa para o serviço de abastecimento de água, no ano de 2013, nas diversas entidades gestoras ... 34 Figura 2.21 - Comparação dos preços em alta e em baixa para o serviço de saneamento de águas residuais, no ano de 2013, nas diversas entidades gestoras ... 34 Figura 2.22 – Percentagens de perdas no sistema de abastecimento de água em alguns países da Europa ... 35 Figura 2.23 – Cobertura do serviço de abastecimento de água em países da Europa ... 35 Figura 2.24 – Cobertura do serviço de drenagem de águas residuais em países da Europa ... 36

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x

Figura 2.25 - Tarifas médias (€/m3) de abastecimento de água e saneamento praticadas numa

seleção de países da Europa em 2010... 36

Figura 4.1 - Análise da fiabilidade dos dados relativos a gastos totais em função do número de alojamentos ... 44

Figura 4.2 - Percentagens de indicadores de desempenho ERSAR ... 45

Figura 4.3 - Percentagens de indicadores de desempenho ERSAR com fiabilidade máxima (***) ... 45

Figura 4.4- Curva para as entidades gestoras com mais de 50.000 alojamentos ... 48

Figura 4.5 - Curva para as entidades gestoras com menos de 50.000 alojamentos ... 48

Figura 4.6 – Primeira curva alvo resultante da junção das curvas com número de alojamentos superiores e inferiores a 50.000 ... 49

Figura 4.7 - Segunda curva alvo ... 51

Figura 4.8 – Comparação das duas curvas alvo obtidas ... 51

Figura 4.9 – Representação das três curvas ... 52

Figura 4.10 – Comparação das curvas alvo obtidas por diferentes processos ... 52

Figura 4.11 – Comparação da curva alvo final em função do número de alojamentos existentes e do número de alojamentos com serviço efetivo ... 53

Figura 4.12 - Comparação da curva alvo final em função do número de alojamentos existentes com esta em função do número de alojamentos efetivos e disponíveis ... 53

Figura 4.13 – Avaliação da curva alvo final com base nos metros de rede por cliente ... 55

Figura 4.14 - Comparação da curva alvo final com a obtida após alteração das tarifas em alta 56 Figura 4.15 - Comparação da curva alvo final com a curva obtida após redução das percentagens de ANF para 20% ... 57

Figura 4.16 - Comparação da curva alvo final com a curva obtida ao aumentar a reabilitação da rede para 2% ao ano ... 58

Figura 4.17 - Comparação da curva alvo final com a curva obtida após ajuste do número de trabalhadores ... 59

Figura 4.18 – Curva de sustentabilidade ... 60

Figura 4.19 – Comparação da curva alvo final com a curva de sustentabilidade ... 60

Figura 5.1 - Situação atual das EG em baixa ... 61

Figura 5.2 - Economias de escala em sistemas AA e AR ... 62

Figura 5.3 - Localização geográfica da CIM do Douro ... 63

Figura 5.4 - Agregação CIM do Douro ... 65

Figura 5.5 - Agregação Douro Norte ... 66

Figura 5.6 - Agregação Douro Sul ... 67

Figura 5.7 - Análise de sensibilidade CIM do Douro ... 70

Figura 5.8 - Análise de sensibilidade Douro Norte ... 70

(17)

xi

Figura A.1 - Gastos totais por metro cúbico de água faturada ... 86 Figura A.2 - Gastos totais por metro cúbico de água faturada por modelo de gestão ... 86 Figura A.3 - Gastos totais por metro cúbico de água faturada por grau de fiabilidade dos

dados ... 87 Figura A.4 - Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de ANF ... 87 Figura A.5 - Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de ANF por modelo de gestão ... 88 Figura A.6 - Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de ANF por grau de fiabilidade dos dados ... 88 Figura A.7 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG ... 89 Figura A.8 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG por modelo de gestão .... 89 Figura A.9 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG por grau de fiabilidade dos dados ... 90 Figura A.10 – Percentagem de ANF em função do comprimento de conduta por cliente

servido ... 90 Figura A.11 – Percentagem de ANF em função dos metros de conduta por cliente servido por modelo de gestão ... 91 Figura A.12 – Percentagem de ANF em função dos metros de conduta por cliente servido por grau de fiabilidade dos dados ... 91 Figura A.13 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG ... 92 Figura A.14 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por modelo de gestão... 92 Figura A.15 – Percentagem de CMVMC em função da dimensão das EG por grau de fiabilidade dos dados ... 93 Figura A.16 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG .. 93 Figura A.17 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por modelo de gestão ... 94 Figura A.18 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por grau de fiabilidade dos dados ... 94 Figura A.19 – Percentagem de Custo com pessoal sobre os gastos totais em função do número de alojamentos ... 95 Figura A.20 – Percentagem de Custo com pessoal sobre os gastos totais em função da

dimensão das EG por modelo de gestão ... 95 Figura A.21 – Percentagem de Custo com pessoal sobre os gastos totais em função da

(18)

xii

Figura A.22 – Percentagem de amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG ... 96 Figura A.23 – Percentagem de amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por modelo de gestão ... 97 Figura A.24 – Percentagem de amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por grau de fiabilidade dos dados ... 97 Figura A.25 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores ... 98 Figura A.26 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores por modelo de gestão ... 98 Figura A.27 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores por grau de fiabilidade dos dados... 99 Figura A.28 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores ... 99 Figura A.29 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores por modelo de gestão ... 100 Figura A.30 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores por grau de fiabilidade dos dados... 100 Figura A.31 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores ... ..101 Figura A.32 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores ... 101 Figura A.33 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores por modelo de gestão ... 102 Figura A.34 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores por modelo de gestão ... 102 Figura A.35 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores por grau de fiabilidade dos dados ... 103 Figura A.36 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores por grau de fiabilidade dos dados ... 103 Figura A.37 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores ... 104 Figura A.38 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores ... 104 Figura A.39 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores por modelo de gestão ... 105 Figura A.40 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores por modelo de gestão ... 105 Figura A.41 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores por grau de fiabilidade dos dados ... 106 Figura A.42 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores por grau de fiabilidade dos dados ... 106 Figura A.43 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

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xiii

Figura A.44 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos por modelo de gestão ... 107 Figura A.45 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos por grau de fiabilidade dos dados ... 108 Figura A.46 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos... 108 Figura A.47 – Ampliação do Figura do número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de alojamentos efetivos ... 109 Figura A.48 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos por modelo de gestão ... 109 Figura A.49 – Ampliação do Figura do número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de alojamentos efetivos por modelo de gestão ... 110 Figura A.50 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos por grau de fiabilidade dos dados ... 110 Figura A.51 – Ampliação do Figura do número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de alojamentos efetivos por grau de fiabilidade dos dados ... 111 Figura A.52 – Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de trabalhadores ... 111 Figura A.53 – Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de trabalhadores por modelo de gestão ... 112 Figura A.54 – Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de trabalhadores por grau de fiabilidade dos dados ... 112 Figura A.55 – Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de trabalhadores ... 113 Figura A.56 – Ampliação do Figura dos Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de trabalhadores ... 113 Figura A.57 – Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de trabalhadores por modelo de gestão ... 114 Figura A.58 – Ampliação do Figura dos Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de trabalhadores por modelo de gestão ... 114 Figura A.59 – Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de trabalhadores por grau de fiabilidade dos dados ... 115 Figura A.60 – Ampliação do Figura dos Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de trabalhadores por grau de fiabilidade dos dados ... 115 Figura A.61 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG concessionadas ... 116 Figura A.62 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG concessionadas grau de fiabilidade dos dados ... 116 Figura A.63 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de ANF para as EG concessionadas ... 117

(20)

xiv

Figura A.64 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de ANF para as EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados ... 117 Figura A.65 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG concessionadas ... 118 Figura A.66 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados ... 118 Figura A.67 – Percentagem de ANF em função dos metros de rede por cliente servido para as EG concessionadas ... 119 Figura A.68 – Percentagem de ANF em função dos metros de rede por cliente servido para EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados ... 119 Figura A.69 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG concessionadas ... 120 Figura A.70 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados ... 120 Figura A.71 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG concessionadas ... 121 Figura A.72 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados ... 121 Figura A.73 – Percentagem de Custo com pessoal sobre os gastos totais em função da

dimensão das EG concessionadas ... 122 Figura A.74 – Percentagem de Custo com pessoal sobre os gastos totais em função da

dimensão das EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados ... 122 Figura A.75 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG concessionadas ... 123 Figura A.76 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados ... 123 Figura A.77 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG concessionadas ... 124 Figura A.78 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados ... 124 Figura A.79 – Custo com pessoal em função número médio de trabalhadores para EG

concessionadas ... 125 Figura A.80 – Custo com pessoal em função número médio de trabalhadores para EG

concessionadas por grau de fiabilidade dos dados ... 125 Figura A.81 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG concessionadas ... 126 Figura A.82 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados ... 126 Figura A.83 – Ordenado médio mensal em função número médio de trabalhadores para EG concessionadas ... 127

(21)

xv

Figura A.84 – Ordenado médio mensal em função número médio de trabalhadores para EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados ... 127 Figura A.85 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos para EG concessionadas ... 128 Figura A.86 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos para EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados ... 128 Figura A.87 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos para EG concessionadas ... 129 Figura A.88 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos para EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados ... 129 Figura A.89 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de trabalhadores para EG concessionadas ... 130 Figura A.90 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de trabalhadores para EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados ... 130 Figura A.91 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de trabalhadores para EG concessionadas ... 131 Figura A.92 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de trabalhadores para EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados ... 131 Figura A.93 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG delegadas ... 132 Figura A.94 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados ... 132 Figura A.95 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de ANF para EG delegadas ... 133 Figura A.96 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de ANF para EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados... 133 Figura A.97 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG delegadas ... 134 Figura A.98 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados... 134 Figura A.99 – Percentagem de ANF em função dos metros de rede por cliente servido para EG delegadas ... 135 Figura A.100 – Percentagem de ANF em função dos metros de rede por cliente servido para EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados ... 135 Figura A.101 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG delegadas ... 136 Figura A.102 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados ... 136 Figura A.103 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG delegadas ... 137

(22)

xvi

Figura A.104 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados ... 137 Figura A.105 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da dimensão das EG delegadas ... 138 Figura A.106 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da dimensão das EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados ... 138 Figura A.107 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG delegadas ... 139 Figura A.108 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados ... 139 Figura A.109 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG delegadas ... 140 Figura A.110 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados ... 140 Figura A.111 – Custos com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG delegadas ... 141 Figura A.112 – Custos com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados ... 141 Figura A.113 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG delegadas ... 142 Figura A.114 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados ... 142 Figura A.115 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG delegadas ... 143 Figura A.116 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados ... 143 Figura A.117 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos para EG delegadas ... 144 Figura A.118 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos para EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados ... 144 Figura A.119 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos para EG delegadas ... 145 Figura A.120 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos para EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados ... 145 Figura A.121 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de trabalhadores para EG delegadas ... 146 Figura A.122 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de trabalhadores para EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados ... 146 Figura A.123 – Custos de Exploração em função do número médio de trabalhadores para EG delegadas ... 147

(23)

xvii

Figura A.124 – Custos de Exploração em função do número médio de trabalhadores para EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados ... 147 Figura A.125 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG de gestão direta ... 148 Figura A.126 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ... 148 Figura A.127 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de ANF para EG de gestão direta ... 149 Figura A.128 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de ANF para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ... 149 Figura A.129 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG de gestão direta ... 150 Figura A.130 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ... 150 Figura A.131 – Percentagem de ANF em função dos metros de rede por cliente servido para EG de gestão direta ... 151 Figura A.132 – Percentagem de ANF em função dos metros de rede por cliente servidos para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ... 151 Figura A.133 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG de gestão direta ... 152 Figura A.134 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ... 152 Figura A.135 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função do número de

alojamentos para EG de gestão direta... 153 Figura A.136 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG de gestão direta do por grau de fiabilidade dos dados ... 153 Figura A.137 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da dimensão das EG de gestão direta ... 154 Figura A.138 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da dimensão das EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ... 154 Figura A.139 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG de gestão direta ... 155 Figura A.140 – Percentagem de Amortização sobre gastos totais em função da dimensão das EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ... 155 Figura A.141 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG de gestão direta ... 156 Figura A.142 – Ampliação do Figura dos custos com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG de gestão direta ... 156 Figura A.143 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ... 157

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xviii

Figura A.144 – Ampliação do Figura dos custos com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ... 157 Figura A.145 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG de gestão direta ... 158 Figura A.146 – Ampliação do Figura dos custos com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG de gestão direta ... 158 Figura A.147 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ... 159 Figura A.148 – Ampliação do Figura dos custos com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ... 159 Figura A.149 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG de gestão direta ... 160 Figura A.150 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG de gestão direta ... 160 Figura A.151 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ... 161 Figura A.152 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ... 161 Figura A.153 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG de gestão direta ... 162 Figura A.154 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG de gestão direta ... 162 Figura A.155 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ... 163 Figura A.156 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ... 163 Figura A.157 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos para EG de gestão direta ... 164 Figura A.158 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ... 164 Figura A.159 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos para EG de gestão direta ... 165 Figura A.160 – Ampliação do Figura do número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de alojamentos efetivos para EG de gestão direta ... 165 Figura A.161 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ... 166 Figura A.162 – Ampliação do Figura do número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de alojamentos efetivos para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos

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xix

Figura A.163 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de trabalhadores para EG de gestão direta ... 167 Figura A.164 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de trabalhadores para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ... 167 Figura A.165 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de trabalhadores para EG de gestão direta ... 168 Figura A.166 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de trabalhadores para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ... 168 Figura A.167 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG ... 169 Figura A.168 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG por modelo de gestão ... 169 Figura A.169 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG por grau de fiabilidade dos dados ... 170 Figura A.170 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de ANF ... 170 Figura A.171 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de ANF por modelo de gestão ... 171 Figura A.172 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de ANF por grau de fiabilidade dos dados ... 171 Figura A.173 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG ... 172 Figura A.174 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por modelo de gestão ... 172 Figura A.175 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por grau de fiabilidade dos dados ... 173 Figura A.176 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG ... 173 Figura A.177 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por modelo de gestão... 174 Figura A.178 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por grau de fiabilidade dos dados ... 174 Figura A.179 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da dimensão das EG ... 175 Figura A.180 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por modelo de gestão ... 175 Figura A.181 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por grau de fiabilidade dos dados ... 176 Figura A.182 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG ... 176

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xx

Figura A.183 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por modelo de gestão ... 177 Figura A.184 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por grau de fiabilidade dos dados ... 177 Figura A.185 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG ... 178 Figura A.186 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG por modelo de

gestão ... 178 Figura A.187 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG por grau de fiabilidade dos dados ... 179 Figura A.188 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG ... 179 Figura A.189 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG por modelo de gestão ... 180 Figura A.190 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG por grau de fiabilidade dos dados ... 180 Figura A.191 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG ... 181 Figura A.192 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por modelo de gestão ... 181 Figura A.193 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por grau de fiabilidade dos dados ... 182 Figura A.194 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão da EG 182 Figura A.195 – Percentagem de FSE sobre gastos totais em função da dimensão das EG por modelo de gestão ... 183 Figura A.196 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por grau de fiabilidade dos dados ... 183 Figura A.197 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da dimensão das EG ... 184 Figura A.198 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por modelo de gestão ... 184 Figura A.199 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre gastos totais em função da

dimensão das EG por grau de fiabilidade dos dados ... 185 Figura A.200 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG ... 185 Figura A.201 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por modelo de gestão ... 186 Figura A.202 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por grau de fiabilidade dos dados ... 186 Figura A.203 – Comparação dos gastos totais de AA reportados em 2014 com a média

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xxi

Figura A.204 – Ampliação da Figura da comparação dos gastos totais de AA reportados em 2014 com a média aritmética desses mesmos gastos relativamente aos anos de 2012, 2013 e 2014... 187 Figura A.205 – Comparação dos gastos totais de AR reportados em 2014 com a média

aritmética desses mesmos gastos relativamente aos anos de 2012, 2013 e 2014 ... 188 Figura A.206 – Ampliação da Figura da comparação dos gastos totais de AR reportados em 2014 com a média aritmética desses mesmos gastos relativamente aos anos de 2012, 2013 e 2014... 188

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(29)

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Índice de Tabelas

Tabela 2.1 - Dados da população servida com sistema de abastecimento de água em 1972 .... 6 Tabela 2.2 - Modelos de gestão e entidades gestoras ... 17 Tabela 2.3 – Bandas de exatidão dos dados ... 21 Tabela 2.4 – Bandas de fiabilidade da fonte de informação ... 21 Tabela 2.5 - Classificação atribuída à avaliação do serviço por parte da ERSAR ... 21 Tabela 2.6 – Vantagens e inconvenientes da separação do sistema em alta e em baixa ... 29 Tabela 2.7 – Preços médios do serviço de abastecimento de água em função da localização geográfica para o ano de 2013 ... 31 Tabela 2.8 – Preços médios do serviço de saneamento de águas residuais em função da localização geográfica para o ano de 2013 ... 31 Tabela 2.9 – Preços médios do serviço de abastecimento de água em função do modelo de gestão, para o ano de 2013 ... 32 Tabela 2.10 – Preços médios do serviço de saneamento de águas residuais em função do modelo de gestão, para o ano de 2013 ... 32 Tabela 2.11 – Preço médio e preço médio ponderado da água, para o serviço de

abastecimento de água em função da dimensão do município para o ano de 2013 ... 32 Tabela 2.12 – Preço médio e preço médio ponderado da água, para o serviço de saneamento de águas residuais em função da dimensão do município para o ano de 2013 ... 33 Tabela 2.13 - Evolução do preço médio global para 120m3/ano ... 33

Tabela 2.14 – Percentagem de serviços e população abrangida em França por sistemas com gestão direta e delegada ... 38 Tabela 2.15 – Percentagem de serviços e população abrangida em França por sistemas com gestão direta e delegada ... 38 Tabela 4.1 - Número de EG e número de alojamentos por sistema e modelo de gestão ... 43 Tabela 4.2 - Lista das entidades gestoras consideradas na primeira abordagem de curva alvo ... 47 Tabela 4.3 - Lista das entidades gestoras consideradas para a obtenção da 2ª curva alvo ... 50 Tabela 4.4 – Entidades gestoras que serviram de base à definição da curva alvo final ... 54 Tabela 5.1 - Dados e Indicadores referentes às EG abrangidas na CIM do Douro ... 64 Tabela 5.2 - Resultados da agregação CIM do Douro ... 66 Tabela 5.3 - Resultados da agregação Douro Norte ... 67 Tabela 5.4 - Resultados da agregação Douro Sul ... 67 Tabela 5.5 – Resultados da análise de sensibilidade para cada alternativa de agregação ... 69 Tabela 5.6 – EG com vencimentos médios mensais anómalos ... 72 Tabela 5.7 – Tarifas médias com a variação do custo com pessoal após remoção das EG que revelam ordenados médios mensais anómalos ... 72 Tabela 5.8 – Tarifas médias com a variação da tarifa em alta após remoção das EG que

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xxiv

Tabela A.1 - EG que reportam gastos totais em 2014 aproximadamente ou superior ao dobro da média aritmética desses gastos para os anos de 2012 a 2014 ou vice-versa ... 189 Tabela B.1 - Dados referentes às EG que serviram de base à elaboração da curva alvo final ... .190 Tabela C.1 - Resultados referentes à redução de perdas para 20% das EG de referência .... 191 Tabela C.2 - Resultados referentes ao aumento da reabilitação da rede para 2%/ano das EG de referência ... 192 Tabela C.3 - Resultados referentes à otimização dos custos com pessoal das EG de referência ... 193 Tabela C.4 - Resultados referentes à tarifa em alta das EG de referência ... 194 Tabela C.5 - Resultados finais considerando os quatro cenários das EG de referência ... 195

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xxv

Acrónimos e Abreviaturas

AA Abastecimento de Água

AF Água Faturada

AR Águas Residuais

APA Agência Portuguesa do Ambiente

ANF Água Não Faturada

CIM Comunidade Intermunicipal

CMVMC Custos com Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas

DQA Diretiva Quadro da Água

EG Entidade Gestora

EPAL Empresa Pública das Águas Livres

ERSAR Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos

ETAR Estação de Tratamento de Águas Residuais

FSE Fornecimento e Serviços Externos

GAG Grupo de Apoio à Gestão

IPE Investimentos e Participações do Estado

IRAR Instituto Regulador de Águas e Resíduos

IWA International Water Association

OFWAT Office of Water Services

ONEMA Office National de l’Eau et des Milieux Aquatiques

PNA Plano Nacional da Água

PEAASAR Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de

Saneamento de Águas Residuais

PNUEA Plano Nacional para o Uso Eficiente da Água

QCA Quadro Comunitário de Apoio

RWA Regional Water Authorities

SAASAR Serviço de Abastecimento de Água e Saneamento de Águas

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1

1

I

NTRODUÇÃO

1.1 Apresentação do tema

A água é um dos bens indispensáveis à vida humana. Esta, para além de ser um dos recursos naturais mais utilizado em atividades económicas, designadamente na agricultura e na indústria, exerce ainda um papel determinante na qualidade de vida das populações e na saúde pública, no que diz respeito ao seu abastecimento e saneamento.

O abastecimento público de água e saneamento é uma necessidade básica e crucial da sociedade atual, sendo necessário caminhar no sentido de se alcançar a universalidade, continuidade, qualidade, eficiência e acessibilidade económica destes serviços. No entanto, a insustentabilidade económico-financeira dos sistemas tem-se revelado uma enorme barreira no alcance deste objetivo, gerando uma preocupação crescente no país.

Presentemente verifica-se uma enorme discrepância de valores entre as tarifas de água e saneamento pagas pelas populações. De facto, essa diferença chega atingir um valor 5 a 6 vezes superior quando comparados preços praticados por diferentes entidades. Estas disparidades afetam, principalmente, as populações do interior do país (Magalhães and Bessa, 2012).

Paralelamente a este problema tem-se constatado que Portugal continua a revelar valores demasiado elevados de água não faturada. Enquanto outros países europeus apresentam perdas de água no sistema abaixo dos 15%, a nível nacional verificam-se valores médios de 30%, sendo que em algumas regiões do país este valor chega a ultrapassar os 50%. Para além desta indesejável ineficiência contribuir para o desperdício de um recurso natural tão importante provoca, ainda, um aumento dos custos sustentados pelos consumidores (Magalhães and Bessa, 2012).

Um outro problema que se tem revelado preocupante é a falta de renovação, reparação e manutenção das redes existentes. Se, por um lado é importante investir na expansão da rede, no sentido de elevar os níveis de atendimento ao maior número possível de consumidores, por outro lado, não se pode negligenciar a sua reabilitação sob pena destas se tornarem obsoletas e, possivelmente, inutilizáveis (Magalhães and Bessa, 2012).

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2

Por todas as razões enunciadas, juntamente, com uma má gestão dos serviços por parte das entidades gestoras é reconhecida e inegável a insustentabilidade financeira do sistema, nos moldes em que tem vindo a funcionar.

Assim sendo, o foco desta dissertação de mestrado vai ser no âmbito de analisar e identificar os principais causas que contribuem para a atual insustentabilidade e avaliar a evolução necessária da situação atual para uma situação de sustentabilidade do sistema.

1.2 Organização da dissertação

Esta dissertação visa a identificação das principais problemáticas e diferenças das EG nacionais do sistema de abastecimento de água e saneamento, assim como, avaliar de que forma se poderá alcançar a sustentabilidade do setor.

Para tal foi necessário proceder à procura intensiva de referências bibliográficas para uma melhor compreensão do tema, tais como: o funcionamento de um sistema de abastecimento de água e saneamento de água residual, indicadores de qualidade do serviço e tarifas praticadas. De seguida foram definidos objetivos gerais e específicos para o desenvolvimento do trabalho que envolveu a análise dos dados e indicadores disponibilizados pela ERSAR (Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos), no sentido de identificar possíveis anomalias, bem como, definir as EG que apresentam uma melhor gestão. Com base neste estudo foi, ainda possível definir uma curva alvo de gastos totais em função da dimensão da EG e a tendência desta mesma curva para uma situação sustentável. Por fim, apresentam-se as conclusões retiradas do trabalho realizado, bem como, algumas recomendações futuras.

A dissertação encontra-se dividida em capítulos, e em cada um destes são abordados os temas que se descrevem em seguida:

 Capítulo 1

No primeiro capítulo desta dissertação é realizada uma abordagem geral ao tema. É ainda apresentado o seu enquadramento e a relevância desta problemática nos dias de hoje e definidos os objetivos gerais da dissertação.

 Capítulo 2

Este capítulo incide sobre a revisão literária relevante para a elaboração da dissertação. Inicialmente é realizada a contextualização histórica do setor de água, relatando de forma sucinta os marcos mais importantes na história da evolução dos serviços de abastecimento água e saneamento de águas residuais (SAASAR).

Posteriormente, são enunciadas as normas europeias e legislação nacional, revogada e em vigor relevantes para o tema.

É, ainda, explanada uma caraterização dos sistemas em alta e em baixa, distinguindo entidades gestoras em alta de entidades gestoras em baixa. Para além de se apresentarem os diferentes modelos de gestão dos sistemas de abastecimento de água, assim como, os indicadores de desempenho definidos pela entidade reguladora do setor.

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3

Também é realizado um resumo da situação atual de Portugal no que concerne aos serviços de abastecimento de saneamento de águas, bem como, as vantagens e inconvenientes da separação do sistema em alta e em baixa. Por fim, são referidas considerações sobre as atuais tarifas de AA e AR e a relação de preços entre entidades gestoras em baixa e em alta, recorrendo-se a uma comparação com outros países europeus.

 Capítulo 3

Neste terceiro capítulo é explicitado o âmbito e os objetivos específicos da dissertação, após a pesquisa bibliográfica e os conhecimentos adquiridos.

 Capítulo 4

É neste capítulo que é apresentado o trabalho desenvolvido, no sentido de analisar os dados disponibilizados pela ERSAR e a estratégia adotada para obtenção da curva alvo de gastos totais em função da dimensão das EG e, posteriormente, a curva para a qual tenderiam os gastos numa situação “ideal” (curva de sustentabilidade).

 Capítulo 5

No quinto capítulo são aplicadas as duas curvas objetivo definidas a um caso prático, CIM do Douro, numa possível agregação das EG intervenientes como solução para o aumento da eficiência dos sistemas e, de forma, a alcançar a sustentabilidade financeira. Foi ainda realizada uma análise de sensibilidade aos resultados obtidos.

 Capítulo 6

Neste capítulo são enunciadas as conclusões após análise dos dados e elaboração da dissertação.

 Capítulo 7

No capítulo sete são apresentadas recomendações futuras e o trabalho ainda por desenvolver.

1.3 Objetivo geral

Na realização desta dissertação foi crucial a definição do objetivo geral de orientação do trabalho, sendo este a análise e avaliação das condições de sustentabilidade das entidades gestoras em baixa dos sistemas de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais.

Para tal procedeu-se à análise dos dados disponibilizados pela ERSAR, os quais permitiram identificar situações de insustentabilidade, bem como EG que servissem de referência para as restantes. Com base nestes dados estabeleceram-se as condições de evolução da situação atual para uma situação sustentável, representada pelas curvas alvo e de sustentabilidade.

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5

2

E

STADO DO CONHECIMENTO

2.1 Contextualização histórica do setor de água

Na segunda metade do século XIX, o crescimento demográfico e a aglomeração urbana foram as primeiras causas de problemas sanitários do país, que viria a reconhecer a relação entre as doenças infeciosas, alta taxa de mortalidade, nomeadamente infantil, e a falta de higiene citadina. Assim, perante tal cenário e observando os resultados significativos que as intervenções sanitárias tinham vindo a alcançar nos Estados Unidos da América, surge, no final do século, em Portugal, a necessidade de se reforçar o abastecimento de água potável em fontanários e os primeiros esforços no sentido de se proceder a uma distribuição domiciliária de água (Pato, 2011).

A “Companhia de Águas de Lisboa” foi concessionada em 1868 e em 1880 foram construídas obras de reforço do abastecimento de água, que teve, desde logo, impacte significativo na redução da mortalidade relacionada com a febre Tifoide e Cólera (Geada, 2013).

Em 1855 aparecem diversas companhias candidatas ao projeto de execução de obras de captação, elevação, transporte e distribuição ao domicílio. No entanto, apenas, em 1882 foi assinado o contrato com a “Compagnie Général des Eaux pour l’Étranger”, tendo o abastecimento ficado regularizado a partir de 1887. Ainda, em 1882 é celebrado o contrato de concessão para a construção e exploração do sistema de abastecimento de água da cidade de Coimbra (Geada, 2013). Após esta concessão seguem-se várias outras nos principais centros urbanos do país: Figueira de Foz e Viseu em 1887, Setúbal em 1889, Faro em 1899, Matosinhos em 1901, Santarém e Chaves em 1903, Abrantes em 1907 e Cascais em 1908 (Pato, 2011).

Em 1901 é publicado o regulamento geral dos serviços de saúde e beneficência público, seguido pela publicação do regulamento para a fiscalização das águas potáveis destinadas ao consumo público, em 1904. Estes documentos marcaram o início de um processo de regulação das condições sanitárias do país, levado a cabo pelo Governo, que tinha por objetivo orientar a atividade autárquica, no que concerne aos serviços de abastecimento público de água e de saneamento de águas residuais (ERSAR, 2011).

Mais tarde, no ano de 1932, o Estado consente a contratação de técnicos projetistas externos à Administração Geral dos Serviços Hidráulicos e Elétricos, comparticipando as obras até 50%,

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6

desde que previamente autorizadas. Entre esse mesmo ano e o seguinte procedeu-se à criação da Secção de Melhoramento de Águas e Saneamento e da Junta Sanitária de Água sob tutela do Ministério das Obras Públicas e do Ministério do Interior, respetivamente. Contudo, apesar de todas as ações levadas a cabo pelo Estado desde 1932, constatou-se, em 1941, que, somente, 26% da população nacional tinha acesso a sistemas de distribuição domiciliária de água (Poças-Martins, 2012).

No ano de 1944 procedeu-se à apresentação do “Plano de Abastecimento de Água às Sedes dos Concelhos” que tinha por intuito, em dez anos, munir todas as sedes de concelho com abastecimento de água, plano que vigorou até 1960.

Em 1960 realizou-se a apresentação do “Plano de Abastecimento de Água às Populações Rurais”. Esta medida assegurou o primeiro abastecimento público de água a várias aldeias do país. Já em 1970 observou-se a exploração dos sistemas pelos municípios de forma industrial, o que contribuiu para o aparecimento de serviços municipalizados e de federações de municípios.

Por fim, em 1972 dá-se o lançamento de estudos de âmbito nacional com vista a uma política integrada de saneamento básico e perspetivação das Regiões de Saneamento Básico (Poças-Martins, 2012).

Os dados referentes ao abastecimento e saneamento básico em Portugal, para esse ano, eram os abaixo discriminados (Tabela 2.1):

Tabela 2.1 - Dados da população servida com sistema de abastecimento de água em 1972 (Poças-Martins, 2012)

População servida (%)

Distribuição domiciliária de água 40

Distribuição por fontanários 26

Sem acesso a sistemas de distribuição de água 34

No ano de 1977 é concedida aos municípios a responsabilidade de gestão dos sistemas de saneamento básico, sendo que no ano seguinte assistimos ao abandono do modelo das Regiões de Saneamento Básico até aí adotado para se apostar na municipalização.

Na Argentina, em 1977, realizou-se a primeira conferência mundial, com intuito de promover a sensibilização das populações para os problemas com a água (OCDE, 2009).

Entre 1989 e 1991 procedeu-se ao aproveitamento de parte do montante de fundos estruturais destinados a Portugal através do QCA I, para investir no abastecimento de água e saneamento (Poças-Martins, 2014).

No ano seguinte, no Rio de Janeiro decorre a UN Conference on Water and Environment, em que um dos objetivos foi discutir o sistema de abastecimento de água e saneamento (OCDE, 2009).

Pelo Decreto-Lei nº 372/93, de 29 de outubro procedeu-se à alteração da Lei da Delimitação dos Setores, com a sua abertura à iniciativa privada, reunindo-se, assim, as condições para se consagrar o regime legal da gestão e exploração de sistemas de abastecimento de água e saneamento. Nesse mesmo ano, o Decreto-Lei 379/93, de 5 de novembro permitiu a criação dos

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primeiros sistemas multimunicipais de captação, tratamento e distribuição de água, e delineou as condições do regime de exploração e gestão das concessões, sendo que, no caso dos sistemas multimunicipais, o concedente é o Estado, e nos demais é a administração local.

Ainda, em 1993, é constituída a Águas de Portugal, incorporada no IPE – Investimentos e Participações do Estado, que se comprometia a assegurar o desenvolvimento dos sistemas multimunicipais de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais (AdP, 2016).

Já em 1995 foi decretado o regime jurídico da concessão dos sistemas municipais, pelo Decreto-Lei nº147/95, de 21 de junho. Foi, ainda, fundado o Observatório Nacional dos Sistemas Municipais e Multimunicipais de Captação, Tratamento e Distribuição de Água para Consumo Público, de Recolha, Tratamento e Rejeição de Efluentes e de Recolha e Tratamento de Resíduos Sólidos, o qual foi, em 1997, substituído pelo Instituto Regulador de Águas e Resíduos, IRAR, atualmente, designada de ERSAR (Martins, 2007).

Entre 2000 e 2003 a entidade reguladora nacional do setor de água e resíduos executou funções para um número crescente de entidades concessionárias. Nos cinco anos seguintes (entre 2004 e 2009) para além dos encargos já assumidos, esta entidade passou a ser a autoridade competente responsável pela qualidade da água para consumo humano de mais de quatrocentas entidades gestoras. A partir de 2009 a ERSAR continuou a exercer as funções de autoridade competente pela qualidade da água, mas, também reforçou os seus poderes e expandiu as atribuições de regulação dos serviços de água e resíduos a um conjunto de cerca de quinhentas entidades gestoras. Ainda, em 2009 tendo por base a recomendação tarifária IRAR/ERSAR nº 1/2009 realizou-se a aprovação de legislação sobre os tarifários. No ano seguinte devido à recomendação ERSAR nº 2/2010 efetuou-se um alargamento a todas as entidades gestoras municipais. Em 2014 a ERSAR é reconhecida como uma entidade de administração independente aumentando, deste modo, a sua autonomia e os poderes de autoridade, regulamentares e sancionatórios (ERSAR, 2015a).

Importa ainda referir que em abril de 2000 foi aprovado o Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais (PEAASAR). Este teve a duração de seis anos e executou um papel essencial, uma vez que definiu as linhas de orientação estratégica, os pressupostos de base, os objetivos e as prioridades operacionais, de forma a garantir a apropriada utilização dos fundos comunitários disponíveis no QCA III (Ministério do Ambiente, 2007).

Ainda em 2000 foi desenvolvido o Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água (PNUEA), cujo principal objetivo consistia em avaliar a eficiência da utilização da água em Portugal nos sectores agrícolas, industriais e urbanos. Para tal apresenta um conjunto de medidas que conduzissem a uma melhor utilização da água. Em 2012 foram criados novos objetivos ao PNUEA para serem cumpridos até 2020:

 Melhorar as condições ambientais nos meios hídricos, sem colocar em risco as necessidades básicas e a qualidade de vida das populações, assim como, o desenvolvimento socioeconómico do país;

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 Reduzir os volumes de águas residuais depostos nos meios hídricos e reduzir os consumos de energia;

 Reduzir as perdas de água nos sistemas para níveis aceitáveis;

 Consolidar uma nova cultura da água em Portugal, que valorize de modo crescente este recurso;

 Promover iniciativas assentes em parcerias entre entidades públicas e/ou privadas. É de salientar que, existem ainda outros objetivos estratégicos e objetivos específicos estabelecidos para cada setor.

As estimativas para 2000 relativamente ao desperdício na utilização da água em cada um dos setores abrangidos pelo PNUEA era de: 40% no setor agrícola, 30% no industrial e 40% no urbano. Com base nesses dados, a Resolução do Conselho de Ministros nº 113/2005 de 30 de junho, estabeleceu metas a serem atingidas pelo PNUEA até 2020 (Figura 2.1) (APA, 2012).

Figura 2.1 - Metas PNUEA para 2020 (APA, 2012)

Em 2005 é transposta para direito interno a DQA através da Lei da Água (Lei nº 58/2005, de 29 de dezembro), definindo as bases e o quadro institucional para a gestão sustentável das águas. (Ministério do Ambiente, 2005)

O PEAASAR II é publicado em 2007 e define objetivos a serem cumpridos até 2013. Este Plano é visto como uma “estratégia social, sustentável e segura”, uma vez que tem por intuito apostar na universalidade, continuidade e qualidade dos SAASAR, garantir a sustentabilidade do setor, assim como a proteção dos valores da saúde pública e ambientais (Ministério do Ambiente, 2007).

Em 2010 as Nações Unidas qualificam o acesso aos serviços de abastecimento de água como um direito humano e, portanto, os países pertencentes a este organismo detêm o dever de promover todas as medidas que assegurem esse direito.

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No despacho 4385/2015, de 30 de Abril emitido pelo Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia - Gabinete do Secretário de Estado do Ambiente, foi definida uma nova estratégia para o setor de abastecimento de água e saneamento, PENSAAR 2020, que tem por base os seguintes pressupostos (APA, 2014):

 Apoiar a nova estratégia para o setor nas bases em que estabeleceram os anteriores planos estratégicos, nomeadamente o PEAASAR I e o PEAASAR II;

 Identificar e elucidar de forma consciente e com dados consistentes as origens dos problemas que afetam o setor;

 Definir a estratégia com base em objetivos de sustentabilidade da vertente técnica, ambiental, económica, financeira e social, de forma a gerar um contexto de aceitação global a médio (2014 a 2020) e a longo prazo (após 2020);

 Criar uma estratégia dinâmica, em que a sua implementação possa ser garantida por um Grupo de Apoio à Gestão (GAG), que assegure o apoio à boa governança do setor de uma forma contínua, através de uma plataforma nacional de informação setorial;

 Contribuir para um setor com um desempenho elevado num contexto que exige também solidariedade e equidade, permitindo conciliar forças potencialmente desviantes internas ao setor.

Como é evidente um longo percurso ainda tem de ser percorrido, no que diz respeito, à reforma do setor de água. Assim a ERSAR recomenda um conjunto de medidas para este setor, entre as quais (ERSAR, 2012):

 A conclusão da racionalização dos serviços de titularidade estatal, isto é, que ocorra uma integração espacial das entidades gestoras por área espacial e que estas procedam a uma gestão conjunta do abastecimento de água e de saneamento;

 A revisão dos atuais contratos dos sistemas multimunicipais, bem como, dos modelos de gestão das entidades gestoras;

 A racionalização dos serviços de titularidade municipal, que passa por promover a verticalização dos sistemas em baixa com os sistemas em alta ou, em alternativa, a agregação das entidades gestoras em baixa. Estas, também, devem proceder a uma gestão conjunta do abastecimento e do saneamento e adotar modelos de gestão mais adequados;

 A introdução de mecanismos que assegurem a acessibilidade económica dos consumidores;

 O aumento da eficiência e da eficácia no setor de abastecimento de água, promovendo a concorrência pelo mercado e incentivando à inovação e progresso tecnológico.

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2.2 Enquadramento Legal

No que se refere ao funcionamento dos SAASAR, estes são regidos por legislação nacional e comunitária, nomeadamente (OERN, 2016):

O

Decreto-Lei nº 379/1993, de 5 de novembro, consente o acesso de capitais privados às atividades económicas de captação, tratamento e rejeição de efluentes e recolha e tratamento de resíduos sólidos.

O

Decreto-Lei nº 319/1994, de 24 de dezembro, estabelece o regime jurídico da construção, exploração e gestão dos sistemas multimunicipais de captação e tratamento de água para consumo público concessionados, e aprova as respetivas bases.

O

Decreto Regulamentar nº 23/1995, de 23 de agosto, aprova o Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais. Em especial, no que se refere à conceção e ao dimensionamento dos sistemas públicos e prediais de drenagem de águas residuais e pluviais, assim como à apresentação dos projetos, realização e fiscalização das respetivas obras, e também à exploração dos sistemas públicos e prediais.

O

Decreto-Lei nº 162/1996 de 4 de setembro define o regime jurídico da construção, exploração e gestão dos sistemas multimunicipais de recolha, tratamento e rejeição de águas residuais.

 O Decreto-Lei nº 243/2001, de 5 de setembro, que veio revogar o Decreto-Lei nº 236/98, de 1 de agosto, define as normas, critérios e objetivos de qualidade com o objetivo de proteger o meio aquático e melhorar a qualidade das águas em função dos seus usos;  A Lei nº 58/2005, de 29 de dezembro, com alterações introduzidas pela Declaração de

Retificação nº 11-A/2006 de 23 de fevereiro, e dos Decreto-Lei nº 245/2009 de 22 de setembro e Decreto-Lei nº 130/2012 de 22 de junho, aprova a Lei da Água, transpondo para a ordem jurídica nacional a Diretiva nº 2000/60/CE, de 23 de outubro, do Parlamento Europeu e do Conselho, estabelecendo as bases e o quadro institucional para a gestão sustentável das águas.

 O Decreto-Lei nº 77/2006, de 30 de março, completa a transposição da Diretiva nº200/60/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de outubro, que cria um quadro de ações comunitárias no âmbito da política de água do regime fixado na Lei nº 58/2005, de 29 de dezembro.

 O Decreto-Lei nº 226-A/2007, de 31 de maio, com redação dada pelo Decreto-Lei nº 391-A/2007, de 21 de dezembro, Decreto-Lei nº 93/2008,de 4 de junho, Decreto-Lei nº 107/2009, de 15 de maio e Decreto-Lei nº 245/2009, de 22 de setembro, define o regime de utilização dos recursos hídricos.

 O Decreto-Lei nº 306/2007, de 27 de agosto, retifica o Decreto-Lei nº 243/2001, de 5 de setembro, decretando o regime da qualidade da água destinada ao consumo humano, transpondo para a ordem jurídica nacional a Diretiva nº 98/83/CE, de 3 de novembro.

Referências

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