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As assembléias de peixes da represa de Jurumirim (alto rio Paranapanema, SP): status atual e mudanças históricas

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(1)

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS

G

Gregóri o K urchevski

As assembleias de peixes da represa de Jurumirim

(alt o rio Paranapanema, SP):

st at us at ual e

mudanças hist óricas.

(2)

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS.

Gregóri o K urchevski

As assembleias de peixes da represa de Jurumirim

(alt o rio Paranapanema, SP):

st at us at ual e

mudanças hist óricas.

Dissert ação apresent ada ao Inst it ut o de

Biociências da Universidade Est adual Paulist a

UNESP, Campus de Bot ucat u, com o part e dos

requisit os para obt enção do Tít ulo de M est re em

Ciências Biológicas, Área de Concent ração:

Zoologia

Orientador: Prof. Dr. Edmir Daniel Carvalho

Co-orientadora: Dra. Ana Paula Vidotto-M agnoni

(3)

FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO DE AQUIS. E TRAT. DA INFORMAÇÃO DIVISÃO TÉCNICA DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - CAMPUS DE BOTUCATU - UNESP

BIBLIOTECÁRIA RESPONSÁVEL: ROSEMEIRE APARECIDA VICENTE

Kurchevski, Gregório.

As assembleias de peixes do reservatório da represa de Jurumirim (alto rio Paranapanema): status atual e mudanças históricas / Gregório Kurchevski.

Botucatu : [s.n.], 2012

Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual Paulista, Instituto de

Biociências de Botucatu

Orientador: Edmir Daniel Carvalho Coorientador: Ana Paula Vidotto-Magnoni Capes: 20406010

1. Peixe Reprodução Distribuição sazonal. 2. Reservatórios. 3. Fauna de água doce. 4. Paranapanema, Rio, Bacia (SP e PR)

(4)

"

Há um prazer nas florest as desconhecidas;

Um ent usiasmo na cost a solit ária;

Uma sociedade onde ninguém penet ra;

Pelo mar profundo e m úsica em seu rugir;

Amo não menos o homem, mas am o mais a nat ureza..."

Lord Byron

in: Int o Wild.

DEDICO A:

Vera Lucia Kurchevski (mãe)

Bart olom eu Kurchevski (pai)

Bart olom eu Kurchevski Filho (irmão)

M elissa Kurchevski Gut ierrez (irmã).

(5)

AGRADECIM ENTOS!

Nest e local, agradeço imensament e a t odas as pessoas que diret a ou indiret ament e

cont ribuíram para a concret ização dest a dissert ação.

Primeirament e agradeço a Deus pelo dom da sabedoria e da dedicação;

À minha família: Vera Lucia Kurchevski, Bart olomeu Kurchevski, M elissa Kurchevski

Gut ierrez, Bart olomeu Kurchevski Filho, que por eles muit as vezes me mant ive e me

mant enho em equilíbrio em busca daquilo que desejo;

Aos m eus lindos sobrinhos, t odos a cara do t io... rs, por m e proporcionarem m om ent os

felizes em minha vida: Aline Kurchevski Gut ierrez, M iguel Gut ierrez Kurchevski, Lara

Kurchevski Gut ierrez, e a fut ura sobrinha nova int egrant e da família;

Ao meu orient ador Prof. Dr. Edmir Daniel Carvalho, pela confiança deposit ada e pelos seus

ensinament os como pessoa e como profissional;

À minha co-orient adora Dr. Ana Paula Vidot t o-M agnoni, pelas crít icas e sugest ões

pert inent es na elaboração desse t rabalho;

Aos grandes e et ernos amigos que conquist ei em Bot ucat u, que pela união se t ornaram uma

segunda família durant e essa fase import ant e de minha vida: Jorge Laço Port inho, Ana

Carolina Sout o, Daniela Polizeli Traficant t e, Sandro Brit t o, August o Seaw right Zanat t a,

Fernando Yuldi Ashikaga, Armando Casimiro, M ariana Corvino, Theodoro Corvino, Fabio

Seiva, Débora Gerardo, Luiz Gust avo Chuffa, Daniela Fossat o, Fabrício Rocha Vieira e Bruno

Cast ilho, sent irei muit a falt a de vocês;

Aos et ernos amigos: Ivan Bion, Leonardo M arangoni, Jadi Lien, Ronaldo Favaro Lisse,

August o Cesar Gonçalves e Camila M ariot t o, pelas palavras de apoio, orações e boas

energias t ransmit idas que t enho cert eza que int erfer iam no progresso desse t rabalho;

Aos amigos do Laborat ório de Biologia e Ecologia de Peixes (at uais e aos que já fizeram

part e): Ana Carolina Sout o, André Nobile, Jamile Queiroz, Felipe Pont ieri de Lima, Diogo

Freit as, Aline Acost a, August o S. Zanat t a, Ot t ilie C. Forst er, Igor Paiva Ramos, Heleno

(6)

Aos parceiros de t rabalhos do Laborat ório de Parasit ologia de Animais Silvest res (LAPA),

Prof. Dr. Reinaldo Silva, Érica Zicca, Lidiane Franceschini e Aline Zago;

Ao amigo Ivan Bion pela format ação e edição das imagens, que me acompanhou desde a

monografia da graduação à present e dissert ação, pela compet ência dos seus t rabalhos e

disposição;

Ao professor Dr. M ario Luís Orsi pelo seu carát er como pessoa e ecólogo, com cert eza me

influenciou na const rução dos m eus princípios profissionais;

Aos professores, Dr. Oscar Akio Shibat t a da Universidade Est adual de Londrina (UEL), Dr.

Claudio Henrique Zaw adzki do Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ict iologia e Aqüicult ura

(Nupélia) da Universidade Est adual de M aringá (UEM ) e Dr. Claudio Oliveira no Inst it ut o de

Biociências de Bot ucat u - Universidade Est adual Paulist a (UNESP), pela ident ificação dos

espécimes;

Ao professor Raoul Henry, sempre at encioso ao disponibilizar sua base de campo para as

realizações das colet as do present e t rabalho;

Aos amigos da Zoologia sempre prest at ivos, Prof. Dr. M arcos Gomes Nogueira, Jorge Laço

Port inho, Gilmar Perbiche-Neves, Carolina Vieira da Silva e Silvia Casanova;

Ao meu professor de inglês Ivan Douglas de Souza pelo suport e da const rução dos abst ract s

e pelo moment os irreverent es de suas aulas;

À Universidade Est adual Paulist a

UNESP em conjunt o com o Inst it ut o de Biociências de

Bot ucat u, pela est rut uras e condições de t rabalho oferecidas;

Ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolviment o Cient ífico e Tecnológico), pela bolsa de

mest rado concedida;

(7)

ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

PRIM EIRO CAPÍTULO

Figura 1 – M apa do reservat ório de Jurum irim com as indicações das est ações de amost ragens ... 18

Figura 2 – Vist a parcial da porção lót ica do reservat ório de Jurumirim localizada no m unicípio de Angat uba - SP ... 19

Figura 3 – Vist a parcial do t recho t ransição localizado no m unicípio de Paranapanem a -SP ... 20

Figura 4 – Vist a parcial do t recho lênt ico do reservat ório de Jurumirim localizado no m unicípio de Arandu – SP. ... 21

Figura 5 – Vist a parcial da Lagoa Coqueiral (Lagoa I) em período seco, na zona de desembocadura do rio Paranapanem a no reservat ório de Jurum irim ... 22

Figura 6 – Vist a parcial da Lagoa Camargo (Lagoa II) em período seco, na zona de desembocadura do rio Paranapanem a no reservat ório de Jurum irim ... 23

Figura 7 - Variação do nível m ensal alt imét rico médio e pluviosidade mensal acum ulada para o reservat ório de Jurum irim durant e o período de est udo. ... 27

Figura 8 – Frequência relat iva (%) das ordens pelas est ações de amost ragens no reservat ório de Jurum irim , durant e o período de est udo. ... 32

Figura 9 - Frequência relat iva (%) das famílias pelas est ações de amost ragem no reservat ório de Jurum irim . ... 33

Figura 10 – Frequência relat iva das const âncias de espécies para cada est ação de amost ragem no reservat ório de Jurum irim ... 34

Figura 11 – Origem das espécies quant o suas dist ribuições biogeográficas para cada est ação de amost ragem do reservat ório de Jurum irim . ... 35

Figura 12 – Valores médios (± desvio padrão) das abundâncias: (A) reservat ório, (B) lagoas e

biom assa: (C) reservat ório e (D) lagoas. ... 36

Figura 13 – Valores médios (± desvio padrão) de compriment o padrão das espécies de pequeno port e: (A) reservat ório, (B) lagoas e espécies de m édio port e: (C) reservat ório e (D) lagoas. ... 37

Figura 14 – Valores médios de abundância ao longo do período de est udo (meses) para (A)

reservat ório, (B) Lagoas e biom assa m édia para (C) - reservat ório e (D) - lagoas. ... 38

(8)

Figura 16 – Valores médios e desvio padrão dos at ribut os ecológicos do reservat ório, (A) riqueza específica, (B) diversidade de Shannon, (C) equit abilidade de Pielou e (D) dom inância. ... 41

Figura 17 – Valores médios e desvio padrão dos at ribut os ecológicos das lagoas, (A) riqueza

específica, (B) diversidade de Shannon, (C) equit abilidade de Pielou e (D) dom inância de Sim pson. . 42

Figura 18 – Valores absolut os dos at ribut os ecológicos do reservat ório, (A) riqueza específica, (B) diversidade de Shannon, (C) equit abilidade de Pielou e (D) dom inância de Simpson. ... 43

Figura 19 – Valores absolut os dos at ribut os ecológicos das lagoas, (A) riqueza específica, (B)

diversidade de Shannon, (C) equit abilidade de Pielou e (D). ... 44

Figura 20 – Valores dos Índices de Dominância das espécies de peixes mais represent at ivas para as est ações amost rais, (A) Lót ico, (B) Transição, (C) Lênt ico, (D) Lagoa I e (E) Lagoa II. ... 45

Figura 21 – Curva de im port ância das espécies (plot de Whit t aker) para as abundâncias numéricas t ransformadas em [log (n+1)] para os dist int os t rechos do reservat ório (R = coeficient e de relação de Person). ... 46

Figura 22 – Curva de im port ância das espécies (plot de Whit t aker) para as abundâncias numéricas t ransform adas em [log (n+1)] para as lagoas (R = coeficient e de relação de Person). ... 47

Figura 23 – Dendrogram a da similaridade ict iofauníst icas ent re as est ações am ost rais conforme o índice de M orit a-Horn. ... 48

Figura 24 - Análise de correspondência dest endenciada (DCA) (GAUCH 1999), para a est rut ura das espécies ut ilizadas na ordenação dos t rechos am ost rados do reservat ório. ... 49

Figura 25 - Análise de correspondência dest endenciada (DCA) (GAUCH 1999), para a est rut ura das espécies ut ilizadas na ordenação das lagoas. ... 50

Figura 26 – Im agens de exem plares represent at ivos, número de voucher e compriment o padrão. 1 - Apareiodon affinis (LBP 13316 - 100,5 mm ); 2 -Apareiodon piracicabae (M ZUEL 5673 – 20,7 mm ); 3 – Cyphocharax modest us (LBP 3297 – 110,2 mm ); 4 – St eindachnerina insculpt a (LBP 13313 - 25,7 mm );

5 - Prochilodus lineat us (LBP 13308 – 189,5 mm ); 6 - Leporellus vit at t us (LBP 1669 – 190,0 mm ); 7

-Leporinus amblyrhincus (LBP 13309 – 90, 3 m m); 8 –Leporinus elongat us (LBP 13296 – 220,0 mm ); 9 -

Leporinus friderici (LBP 13304 – 190,2 mm ); 10 -Leporinus obt usidens (LBP 13318 – 30,2 mm ); 11

-Leporinus oct ofasciat us (LBP 13 300 – 110,8 mm ); 12 – Leporinus st riat us (LBP 13300 – 100,3 mm ). 75 Figura 26 – Im agens de exem plares represent at ivos, número de voucher e compriment o padrão. 13 – Schizodon int emerdius (LBP 13311 – 140,4 mm ); 14 - Schizodon nasut us (M ZUEL 5678 – 180,4 mm );

(9)

13305 - 210,3 mm ); 23 – Hemmigramus marginat us (M ZUEL 5674 – 11,1 m m); 24 – Hyphessobrycon eques (LBP 13312 – 25,3 mm ). ... 76

Figura 27 – Im agens de exem plares represent at ivos, número de voucher e compriment o padrão. 25 – Oligosarcus paranensis (M ZUEL 5677 – 70,3 mm ); 26 – M et ynnis maculat us (M ZUEL 5661 – 110,2 mm ); 27 – Piaract us mesopot amicus (LBP 13298 – 90,5 m m); 28 - Serrasalmus maculat us (M ZUEL 5665 – 30,0 mm ); 29 –Galeocharax knerii (LBP 13302 – 170,3 mm ); 30 –Serrapinus not omelas (M ZUEL 5675 – 19,3 mm ); 31 – Serrapinus st enodon (M ZUEL 5659 – 17,0 m m); 32 – Hoplias

malabaricus (M ZUEL 5662 – 35,7 mm ), ... 77

Figura 28 – Im agens de exem plares represent at ivos, número de voucher e compriment o padrão. 33

-Callicht hys callicht hys (LBP 13314 – 90,0 mm ); Hoplost ernum lit t orale (LBP 13299 – 110,3). 35 – Hypost omus ancist roides (LBP 13295 – 142,4 mm ); 36 – Hypost omus regani (LBP 13307 – 110,3 mm );

37 – Hypost omus sp. (NUP 11760 – 88,7 mm ); 38 – Hypost omus st rigat iceps (LBP 13301 – 91,0 mm );

39 – Hypost omus cf. paulinus (NUP 11763 – 92,0 mm ); 40 -Pimelodella meeki (M ZUEL 5672 – 28,3 mm ); 41 –Rhamdia quelen (LBP 13310 – 183,4 m m); 42 -Iheringicht hys labrosus (LBP 13306 – 110,4 mm ). ... 78

Figura 29 – Im agens de exem plares represent at ivos, número de voucher e compriment o padrão. 43

-Pimelodus maculat us (LBP 13317 – 190,7 mm ); 44 -Rhinodoras dorbigny (LBP 7446 – 73,7 mm ); 45

-Gymnot us inaequilabiat us (LBP 13319 – 110,3 mm ); 46 -Gymnot us sylvius (LBP 13320 – 95,0 mm ); 47

(10)

ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

SEGUNDO CAPÍTULO

Figura 1 – M apa do reservat ório de Jurumirim focando as est ações de colet a na área de influência da represa , e em dest aque para a zona de desem bocadura do rio Paranapanema e as lagoas m arginais ... 95

Figura 2 – Frequência relat iva (%) do número de espécies pelas ordens com base em est udos

independent es realizados ent re 1991 e 2012, na área de influência do reservat ório de Jurumirim . 106

Figura 3 – Frequência relat iva (%) do número de espécies pelas famílias com base em est udos

independent es realizados ent re 1991 e 2011, na área de influência do reservat ório de Jurumirim . 107

Figura 4 – Dendrograma da sim ilaridade ict iofauníst icas ent re os est udos independent es conforme o índice de Bray-Curt is. ... 108

Figura 5 – Turnover t emporal do número de espécies inseridas, persist ent e e excluídas ent re os est udos independent es no reservat ório de Jurum irim . ... 109

Figura 6 – Curva acumulat iva de espécies em função dos est udos independent es realizados ent re 1991 e 2012 na área de influência do reservat ório de Jurum irim . ... 110

Figura 7 – Est rut ura em abundância das espécies persist ent es. Dados padronizados e t ransform adas em CPUE (1000m/ est udo) com base nos est udos independent es realizados ent re 1991 e 2012 na área de influência do reservat ório de Jurum irim . ... 111

Figura 8 - Curva de im port ância das espécies (plot de Whit t aker) com base nos est udos independent es realizados na área de influência do reservat ório de Jurum irim . Abundâncias

numéricas est imadas pela Cpue (1000m de redes / est udo) e post eriorment e t ransform adas em [log (n+1)] (R = coeficient e de relação de Person). A = CARVALHO (1991), B = CARVALHO et al. (1998b), C =

CARVALHO &SILVA (1999), D = CARVALHO et al. (2003), E = CARVALHO et al. (2005), F = ZANATTA (2007) e

(11)

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1

Posição taxonômica das espécies de peixes registradas no reservatório de

Jurumirim, número de tombo (voucher), número da figura em anexo - I e acrônimo 28

Tabela 2

Constância das espécies por estações de amostragem 81

Tabela 3 - Freqüência absoluta (N) e Biomassa (g) das espécies, em ordem de abundancia,

capturadas por estações de amostragem no reservatório de Jurumirim 84

Tabela 4

Lista de espécies registradas e suas ocorrências com base em estudos

independentes realizados entre 1991 e 2012, na área de influência do reservatório de

Jurumirim

10

(12)

SUM ÁRIO

PRIM EIRO CAPÍTULO

A estrutura das assembléias de peixes do reservatório de Jurumirim (Alto rio

Paranapanema): padrões de distribuição espaço-temporal e status atual de conservação 13

INTRODUÇÃO 15

M ATERIAL E M ÉTODOS 17

Área de est udo ... 17

Amost ragens ... 23

Análises ... 24

Análises est at íst icas ... 24

At ribut os ecológicos ... 25

RESULTADOS 27 Pluviosidade e cot a alt imét rica ... 27

Com posição e est rut ura da com unidade de peixes: ... 27

At ribut os ecológicos ... 40

DISCUSSÃO 51

CONCLUSÕES 61

REFERÊNCIAS 62

ANEXO - I 74

ANEXO - II 80

(13)

SEGUNDO CAPÍTULO

Revisão sistemática das assembleias de peixes da represa de Jurumirim: padrões de

composição e abundância em longo prazo 90

INTRODUÇÃO 92

M ETODOLOGIA 94

Área de est udo ... 94 Revisão de dados (base bibliográfica) ... 95 Análises quant it at ivas ... 97

RESULTADOS E DISCUSSÃO 98

Hist órico dos est udos das assem bléias de peixes ... 98 M odificações na com posição das assem bléias de peixes: um a análise qualit at iva ... 104 M odificações na est rut ura em abundância das assembléias: um a análise quant it at iva ... 110

CONCLUSÕES

11

(14)
(15)

A estrutura das assembléias de peixes do reservatório de Jurumirim (Alto rio

Paranapanema): padrões de distribuição espaço-temporal e status atual de conservação.

Resumo: Diversos fat ores são responsáveis pela est rut uração das assembléias de peixes em

ecossist emas aquát icos art ificiais. As relações ent re o ambient e e os padrões de abundância

e composição são provenient es das escalas t emporais e espaciais avaliadas. Nesse sent ido,

as const ruções de reservat órios modificam o ambient e de t al forma que ocorre u ma

reorganização das assembleias de peixes. Com esse enfoque, o present e est udo objet ivou

caract erizar a dist ribuição espaço-t emporal da fauna de peixes do reservat ório de Jurumirim,

avaliar o st at us de conservação e as int erferências da represa nos at ribut os dessas

assembleias. Três compart iment os do reservat ório foram amost rados (lót ico, t ransição e

lênt ico), além de duas lagoas na região de desembocadura do rio Paranapanema na represa.

Foram regist rados 52 t áxons, sendo 14 deles considerados novos regist ros para a área de

influência do reservat ório. Desses novos regist ros, quat ro espécies são de origem não nat iva

(alóct one): Triphort eus nemat urus, Hyphessobrycon eques, M et ynnis maculat us, e Cichla

monoculus e uma exót ica: Tilapia rendalli. As análises dos at ribut os ecológicos

demonst raram, mesmo que incipient e, exist e influência das condições impost as pelo

barrament o nas est rut uras das assembléias. Dos at ribut os analisado, apenas o compriment o

padrão médios e riqueza de espécies apresent aram diferenças est at íst icas ent re os t rechos e

os meses est udados. O padrão de dist ribuição longit udinal de riqueza específica parece ser

at ribuído às caract eríst icas peculiares desse sist ema: baixa frequência de espécies

int roduzidas, presença de import ant es t ribut ários e condição t rófica. O reservat ório de

Jurumirim apresent a filt ros ecológicos que promovem cert a resist ência à invasões biológicas.

Ainda, pela idade do reservat ório, 50 anos de operação, as espécies ali present es

encont raram mecanismos de sobrevivência, t ornando-se adapt adas a esse sist ema.

Palavras-chave: est rut ura de comunidade; ict iofauna; impact os de reservat órios;

(16)

Structure of fish assemblages at Jurumirim Reservoir (Upper Paranapanema River): patterns of spatial-temporal distribution and current status of conservation.

Abstract: M any fact ors are responsable for t he st ruct ure of fish assemblages in art ificial

aquat ic ecosyst ems. The relat ion bet w een t he environment and t he pat t erns of abundance

and composit ion come from t emporal and spat ial scales evaluat ed. Therefore, t he

const ruct ions of reservoirs modify t he environment leading t o a reorganizat ion of fish

communit ies. The present st udy aimed t o charact erize t he spat ial-t emporal dist ribut ion of

fish fauna in Jurumirim Reservoir, det ermining t he int erferences of t he dam in t he fish

communit y at t ribut es, as w ell as evaluat ing t he conservat ion st at us of fish assemblages in

t his art ificial syst em. Three compart ment s of t he reservoir w ere sampled (lot ic, t ransit ion,

lent ic), as w ell as t w o lagoons in t he mout h zone of Paranapanema River int o t he reservoir.

52 t axons w ere found, 14 of w hich considered new records. Of t he new records, 4 species

are alloct one species: Triphort eus nemat urus, Hyphessobrycon eques, M et ynnis maculat us

and Cichla monoculus. The analysis of ecological at t ribut es show ed low influence of t he

condit ions imposed by t he dam in t he fish assemblages. Only t he average st andard lengt h

and t he species richness present ed st at ist ical differences bet w een st ret ches and m ont hs.

The pat t ern of longit udinal dist ribut ion of specific richness seems t o happen due t o t he

peculiar charact erist ics of t hat syst em: low frequency of int roduced species, presence of t he

im port ant t ribut aries and t rophic condit ion. Jurumirim Reservoir present s ecological filt ers

t hat prom ot e som e resist ance t o t he progress of operat ional aspect s of t he invasions.

Furthermore, because of reservoir’s age, the

resident species found survival mechanisms,

becom ing adapt ed t o t his syst em .

(17)

INTRODUÇÃO

As principais bacias hidrográficas brasileiras foram modificadas pelas const ruções de

reservat órios, isoladament e ou em cascat a const it uem um import ant e im pact o

quali-quant it at ivo nos principais ecossist emas de águas int eriores (TUNDISI et al. 2002). A

const rução desses empreendiment os é considerada um dos maiores efeit os da int erferência

humana nos regimes hídricos nat urais (GORE, 1996).

Esses sist emas art ificiais são ecologicament e het erogêneos, são caract erizados por

serem ambient es int ermediários ent re rios e lagos, seja por suas caract eríst icas

morfomét ricas e hidrológicas ou pela t ípica organização vert ical dos lagos e horizont al do rio

(ESTEVES,1998b; BARRELA &PETRERE JR.,2003).

A dinâmica promovida por esses empreendiment os, por meio das demandas

energét icas ou por out ros fat ores, faz com que esses ambient es t enham o seu nível

fluviomét rico, profundidade, e t empo de residência da água bast ant e alt erados, que podem

causar modificações cont undent es em suas propriedades físicas, químicas e biológicas

(PAGIOROet al. 2005). Por out ro lado, esse dinamism o é responsável por inúmeras aplicações

e propost as de t eorias ecológicas. (STRASKRABAet al. 1993). Além disso, OLIVEIRAet al. (2004)

considera a condição impost a pelos reservat órios uma import ant e oport unidade em

compreender os fat ores que regulam uma det erminada comunidade biológica.

A principal força que det ermina a est rut uração das assembléias aquát icas em

reservat órios é a formação de múlt iplos compart iment os promovidos pela int errupção do

fluxo de água, t ransformando um ambient e lót ico em lênt ico ou semi-lênt ico (NOGUEIRAet al.

1999). Essas modificações acarret am em alt eração na t emperat ura da água, oxigenação,

t urbidez, nos processos de sediment ação, na química da água, do solo e na veget ação em

seu ent orno (WOYNAROVICH, 1991). Port ant o, os reservat órios apresent am caract eríst icas

espaciais bem definidas, sendo geralment e possível dist inguir uma zona fluvial, uma zona de

t ransição e uma zona lacust re, e com conseqüência uma reorganização das assembléias de

peixes é observada (THORNTON, 1990; TUNDISIet al. 1999; AGOSTINHO, et al. 2007).

As comunidades de peixes de reservat órios é result ado de um processo de

reest rut uração daquelas que ocupavam previament e o segment o fluvial ant es do

(18)

abundância das espécies, sendo que algumas com caract eríst icas oport unist as proliferam

excessivament e enquant o que out ras sofrem decréscimo populacional ou at é mesmo

ext inção local (AGOSTINHO, 1992ª; AGOSTINHO et al. 2003) Out ras podem não encont rar

maneiras de complet ar as t át icas de ciclo de vida após est as mudanças, fazendo com que a

diversidade e composição das espécies modifiquem -se no vet or espaço-t emporal (ARAÚJO

-LIM Aet al. 1995).

O reservat ório de Jurumirim

é o primeiro de uma série de “cascata” no rio

Paranapanema, foi implant ado em 1962 com a finalidade de geração de energia elét rica.

At ualment e é conhecido quant o aos est udos limnológicos: ver HENRY & NOGUERIA, (1999),

t ransport e de N e P de dois t ribut ários import ant es (Paranapanema e Taquari) (HENRYet al.

1999), comunidades perifít icas (MOCHINI-CARLOSet al. 1999), macrófit as aquát icas (POM PÊO et

al. 1999; COSTA & HENRY,2010), com unidade fit oplanct ônica (HENRY, 1990b; HENRYet al. 1998;

HENRY et al.2006b; GRANADO et al. 2009), comunidade zooplanct ônica (PANARELLI et al.2003;

CASANOVA & HENRY, 2004; CASANOVA et al. 2009), dinâmica hidrológica de lagoas marginais

(HENRY, 2003; HENRY, 2005; HENRY et al. 2006 a; GRANADO & HENRY, 2008), condição t rófica

(NOGUEIRAet al. 1999), qualidade de água (Henry, 1992; HENRY &GOLVEIA, 1993) ent re out ros.

Quant o à fauna de peixes, os est udos no reservat ório de Jurumirim t iveram o

enfoque quant o à composição e diversidade (CARVALHO, 1991; SILVA, 1997; CARVALHO et al.

1998b; CASTRO et al. 2003; CARVALHO et al. 2005a), int roduções de espécies (CARVALHOet al.

2005b), relação peso-comprim ent o de populações (OLIVA-PATERNA et al. 2009), impact os de

piscicult uras em t anques-rede (ZANATTA, 2007), recursos pesqueiros (CARVALHOet al. 1998a;

NOVAES &CARVALHO,2009), e ecomorfologia (CASTRO, 2003).

Nesse sent ido, o present e est udo t em por objet ivo caract erizar a dist ribuição

espaço-t emporal da icespaço-t iofauna, deespaço-t erminar as inespaço-t erferências do represamenespaço-t o nos aespaço-t ribuespaço-t os da

comunidade (abundância, biomassa, compriment o padrão e at ribut os ecológicos) bem como

avaliar o st at us at ual de conservação das assembleias de peixes no reservat ório de

(19)

M ATERIAL E M ÉTODOS

Área de estudo

O rio Paranapanema nasce na Serra da Paranapiacaba, M unicípio de Capão Bonit o

(São Paulo) e est á inserido na bacia do Alt o rio Paraná (SAM PAIO, 1944). A bacia hidrográfica

do rio Paranapanem a localiza-se ent re as coordenadas S 22o 26

‘e

W 47 o

54’

est endendo-se pelo sudoest e do Est ado de São Paulo e nort e do Paraná. A área drenada é de 100.800 km2, sendo 47% em t errit ório paulist a e 53% em t errit ório paranaense (Duke-Energy, 2002).

O present e rio t eve um papel import ant e no desenvolviment o hidroelét rico do

Est ado de São Paulo. At ualment e, ao longo do eixo principal exist em 11 usinas em operação,

t ransformando seu curso em uma sucessão de reservat órios em cascat a: sendo elas:

Jurumirim, Piraju I, Piraju II, Chavant es, Ourinhos, Salt o Grande, Canoas II, Canoas I,

Capivara, Taquaruçu e Rosana.

O reservat ório de Jurumirim (Figura

1) é o primeiro de um a série de reservat órios

do rio Paranapanema. Considerado um reservat ório t ipo de acumulação, perfil dendrít ico e

mult i-compart iment alizado, diferenciando-se em t rês grandes zonas longit udinais:

desembocadura do rio Paranapanema, t ransição e lênt ico (TUNDISI, 1993; HENRYet al. 1999;

NOGUEIRA et al. 1999). Ainda, é considerado um reservat ório oligot rófico, segundo índice do

(20)

Figura 1 – M apa do reservat ório de Jurumirim, com as indicações das est ações de am ost ragens, Lênt ico, Transição e Lót ico e im agem am pliada das lagoas amost radas: Coqueiral (Lagoa I) e Camargo (Lagoa II) na zona de desem bocadura do rio Paranapanem a (Est ado de São Paulo, Brasil). M odificado

de CASANOVAet al. (2009)

A usina hidrelét rica de Jurumirim est á inserida na porção Alt a no rio Paranapanema,

foi const ruída no final da década de 1950, e ent rou em operação em 1962. A barragem

localiza-se nas coordenadas geográficas S 23 o 12' 17" e W 49 o 13'1 9" . Sua área de drenagem abrange 17.800 Km2, t endo dez afluent es em sua margem direit a e set e na margem esquerda (CARVALHO, 2009). Os principais t ribut ários do reservat ório (rio

Paranapanema e Taquari) que ainda preservam ext ensos t rechos lót icos e caract erizam por

deposit arem elevadas quant idades de mat erial alóct one e sediment o no sist ema Jurumirim

(HENRYet al. 1999).

Est a represa apresent a as seguint es caract eríst icas morfomét ricas e hidrológicas:

área inundada de 484 km2; perímet ro de 1.115 km; volume de 7,9 x 109 m3; profundidade máxima de 40 m; profundidade média de 12,90 m; compriment o máximo 30,75 Km e largura

máxima 10,50 Km; vazão t ot al de 315m3/ s e o t empo médio de residência é de 334 dias

(HENRY,1990a; HENRYet al. 2006b).

Três t rechos do reservat ório foram selecionados com condições limnológicas

(21)

1999), sendo eles: t recho de desem bocadura do rio Paranapanem a (lót ico), t recho

int ermediário (t ransição) e t recho de barragem (lênt ico). Além de duas lagoas inseridas na

região de desembocadura, Lagoa Coqueiral (lagoa I) e Lagoa do Camargo (lagoa II) no qual

possuem caract eríst icas ecológicas e hidrodinâmicas diferenciadas (HENRY, 2003; 2005; HENRY

et al. 2006 a).

A est ação de amost ragem na calha do rio Paranapanema (Figura-2) est á localizada no

m unicípio de Angat uba

SP, com as coordenadas geográficas, S 23o 29' 15.9'' e W 048o 36' 52.4'', é considerada um ambient e lót ico em t ransição para semi-lênt ico, onde as

velocidades de corrent e foram est imadas ent re 0,4 e 1,2 m/ s para o t recho sinuoso do canal

do rio (HENRYet al. 2005; 2006 a), at é desembocar na represa de Jurumirim. Em função das

suas caract eríst icas fisiográficas, esse t recho pode ser caract erizado como uma import ant e

zona de ecót ono, sujeit os aos efeit os dos pulsos das inundações, at enuados pela massa de

água do corpo da represa funcionando com o agent e t amponador (HENRYet al. 2003; HENRYet

al.2006a;CARVALHO,2009).

(22)

A est ação de amost ragem t ransição do reservat ório (Figura

3) est á localizada no

m unicípio de Paranapanem a

SP, com as coordenadas, S 23 o 19' 38.8 '' e W 048 o 44' 02.0'

. Possui caract eríst icas semi-lênt icas, com poucas macrófit as aquát icas e elevado número de

árvores em decomposição. As principais caract eríst icas desse ambient e são as oscilações no

nível da águas impost as pela barragem e o carreament o de mat érias alóct ones e sediment os

advindos do rio Paranapanema. Observa-se nas regiões lit orâneas desse t recho uma

expressiva proliferação de gramíneas, que crescem quando o nível do reservat ório se

encont ra baixo. Ainda, nesse t recho est ão inseridas alguns sist emas de t ilapicult ura em

t anques-redes (Oreochromis nilót icos) e exist em alguns est udos para a implant ação de

parque aquícola em grande escala nessa região. (ToM AZELA,J.M., De represa a fazenda de

peixes. Disponível em: < ht t p:/ / w w w .est adao.com.br/ not icias/

impresso,de-represa-a-fazenda-de peixes,683247,0.ht m>. Acesso em: 19 dezembro 2011) .

Figura 3 – Vist a parcial do t recho t ransição localizado no m unicípio de Paranapanem a -SP.

O t recho lênt ico do reservat ório de Jurumirim (Figura

4) est á localizado no

m unicípio de Arandu

SP, com as coordenadas, S 23o 11' 45.5'' e W 049o 02' 57.8''. Possui caract eríst icas de águas lênt icas e profundas (HENRY, 1992). O sediment o é arenoso e

(23)

em decomposição (“paliteiros”). Para uso turístico e de lazer, encontram

-se ant igos (com

alguns ranchos ocupando a cot a de segurança do reservat ório) e novos empreendiment os

imobiliários (condomínios) e praias art ificiais, e ainda há alguns remanescent es florest ais.

M at as ciliares são prat icament e ausent es, com o predomínio de past agens e t erras

cult ivadas que chegam at é as regiões lit orâneas, desrespeit ando a legislação ambient al de

áreas de APP.

Figura 4 – Vist a parcial do t recho lênt ico do reservat ório de Jurum irim localizado no m unicípio de Arandu – SP.

A Lagoa Coqueiral (Lagoa I) est á localizada no município de Angat uba

SP na zona de

desem bocadura do rio Paranapanem a (Figura

5), com as coordenadas, S 23o 29' 35.3'' e W 048o 37' 07.0''. Est á localizada na margem direit a do rio, possui alt a conect ividade e os efeit os do pulso de inundação implicam na expansão e ret ração da área e vo lume da lagoa

(HENRYet al. 2006 a). De acordo com mesmo aut or, em função da t opografia de fundo, em

períodos secos a massa de água fragment a-se formando compart iment os isolados. Esses

event os promovem modificações na área de cobert ura veget al, no qual em períodos secos a

(24)

elevada decomposição de mat éria orgânica e demanda de oxigênio (Henry, et al. 2003).

Possui uma área de superfície de 314.360,75 m2, elevada concent ração de sediment o, da macrófit a Eichornia azurea (HENRY, 2003) e veget ais superiores em decomposição

(“paliteiros”).

Figura 5 – Vist a parcial da Lagoa Coqueiral (Lagoa I) em período seco, na zona de desem bocadura do rio Paranapanema no reservat ório de Jurumirim.

A Lagoa Camargo (Lagoa II) t ambém est á localizada no município de Angat uba

SP e

na zona de desembocadura do rio Paranapanema (Figura

6), com as coordenadas S 23o 28' 57.0 '' e W 048o 37' 33.3''. Localiza-se a margem esquerda do rio, t ambém são caract erizadas pelo pulso de inundação, no ent ant o com baixa t roca de água de com o rio. Em períodos

secos é formada uma massa única de água de acordo com o seu relevo. Uma lagoa de menor

port e, área de superfície de 227.284 m2, menor concent ração de mat éria orgânica em decomposição, sediment o e conseqüent ement e maiores o níveis de oxigênio dissolvido

(25)

Figura 6 – Vist a parcial da Lagoa Camargo (Lagoa II) em período seco, na zona de desem bocadura do rio Paranapanema no reservat ório de Jurumirim.

Amostragens

As colet as das assembleias de peixes foram realizadas bimest ralment e de abril/ 10 a

fev/ 11 nas est ações de amost ragem acima caract erizadas. A capt ura dos peixes foi realizada

prim ordialm ent e com redes de espera com malhagens de 3 a 14 cm ent re nos opost os,

t ot alizando 300 met ros de redes para cada t recho amost rado. Para a capt ura dos

exemplares de pequeno port e nas regiões lit orâneas foram realizadas colet as com redes de

arrast o (5m de compriment o, 1,5m de alt ura e 5mm de malha) e peneira (1,5 por 1m),

ambos com esforços padronizados (6 lances para cada t recho).

Em laborat ório os peixes eram ident ificados quando possível com o auxilio de chaves

de ident ificação (BRITSKIet al. 1988; REISet al. 2003; NELSON, 2006; GRAÇA & PAVANELLI, 2007) ,

cont ados os espécimes, pesados com balança analít ica e medidos com ict iomêt ro, ou fixados

em formol 10% e encaminhados à especialist as.

Exemplares de t odas as espécies foram t ombados como mat erial t est emunho na

(26)

Paulist a, UNESP, campus Bot ucat u), M useu de Zoologia da UEL (Universidade Est adual de

Londrina) e Coleção Ict iológica do Nupélia (Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ict iologia e

Aqüicult ura da Universidade Est adual de M aringá, UEM ).

Análises

Dados de pluviosidade m ensal acum ulada e a variação do nível fluviomét rico do

reservat ório para o período de est udo foram cedidos pela empresa gerenciadora (Duke

Energy

Geração Paranapanema).

A list a das espécies capt uradas foi elaborada em posições t axonômicas de acordo

com GRAÇA & PAVANELLI (2007). A origem das mesmas, quant o às dist ribuições biogeográficas,

foram consideradas como: I - aut óct ones (nat ivas do Alt o Paraná), II - alóct ones (descrit as de

out ras bacias da região Neot ropical), III

exót icas (provenient es de out ros cont inent es) e IV

desconhecidas (t áxons não descrit os em nível de espécie e dist ribuição desconhecida, de

acordo com LANGEANIet al. (2007).

Foram obt idas as freqüências do número de espécies pelas ordens e famílias por

est ações de amost ragem e apresent adas em gráficos.

A const ância de capt ura conforme a met odologia de Dajoz (Dajoz, 1978). Foram

at ribuídas as seguint es cat egorias: espécie const ant e = igual ou maior que 50%; espécie

acessória = menor que 50% e igual ou maior que 25%; Espécie acident al ou rara = menor que

25%.

Análises est at íst icas

Est at íst icas descrit ivas (média e desvio padrão) foram obt idas para as variáveis:

abundância, biomassa, compriment o padrão e at ribut os ecológicos (riqueza, diversidade,

equit abilidade e dominância) por est ações de amost ragem (espaço) e paras os meses

(t empo) apenas as médias foram obt idas.

Test es est at íst icos foram aplicados nas variáveis dependent es (abundância,

biomassa, compriment o padrão e at ribut os ecológicos) no int uit o de verificar possíveis

diferenças est at íst icas significat ivas ent re as variáveis independent es (est ações de

(27)

quando diferenças est at íst icas significat ivas eram obt idas para amost ras não-paramét ricas e

Tukey para amost ras paramét ricas.

A escolha do t est e est at íst ico dependeu da dist ribuição dos dados (normalidade de

Kolmogorov-Smirnov) e no número de amost radas comparadas. Port ant o, para o conjunt o

de dados com dist ribuição normal foram aplicados t est es paramét ricos (2 amost ras = t est e T,

3 ou mais = Anova One-w ay) e para o conjunt o de dados de dist ribuição não-normal t est es

não-paramét ricos foram aplicados (2 amost ras = M ann-Whit ney, 3 ou mais = Kruskal-Wallis).

Ainda, os valores absolut os dos at ribut os ecológicos nas analises mensais não foram est ados.

As espécies foram classificadas quant o ao compriment o padrão em pequeno port e

(at é 20 cm), médio (ent re 20 e 50 cm) e grande port e (maior que 50 cm) de acordo com

DUKE-ENERGY (2004). E t odos os t est es foram realizados no programa GraphPad Inst at 3.02

(1998), GraphPad Soft w are, San Diego California USA (w w w .graphpad.com) ao nível de

significância (

= 0.05).

At ribut os ecológicos

Foram calculados de modo a obt er informações quant os aos at ribut os ent re as

est ações amost rais (espaço) e meses (t empo), com esforços amost rais padronizados.

A riqueza específica foi calculada at ravés do número de espécies capt uradas. A

diversidade de Shannon-Wiener, equit abilidade de Pielou e dominância de Simpson foram

calculadas conforme Krebs (KREBS,1989). As médias dos at ribut os ecológicos foram t est adas

usando a análise variância (Anova one-w ay) para o reservat ório e t est e t para as lagoas, e a

normalidade dos dados foram usando Kolmogorov-Smirnov. Todos os índices ecológicos

foram calculados a part ir do programa Past 1.28 (HAM M ERet al. 2004).

Ut ilizou-se o índice ponderal pelo mét odo de BEAUM ORD & PETRERE (1994), com o

int uit o de det erminar quais eram as espécies mais represent at ivas nas est ações amost rais.

Essa análise de dominância pondera o número e o peso para espécies represent at ivas da

com unidade.

Para cada est ação amost ral foi realizada a curva de import ância de espécies segundo

WHITTAKER (1972) (in KREBS, 1989), pela ordenação decrescent e das espécies (eixo X) com as

(28)

A similaridade da ict iofauna foi calculada pelo índice de MORISITA-HORN (KREBS,1989),

at ravés das abundâncias t ot ais das espécies, sendo o result ado apresent ado na forma de

dendrograma.

A análise de correspondência dest endenciada (DCA) foi aplicada no in t uit o det ect ar

as possíveis relações ent re as assembléias de peixes (abundância numérica) com as est ações

(29)

RESULTADOS

Pluviosidade e cota altimétrica

A área do reservat ório de Jurumirim apresent ou um regim e pluviomét rico definido

sazonalment e. Durant e o período de est udo, a pluviosidade mensal acumulada variou de

13,4 mm (agost o/ 10) a 265,0 mm (janeiro/ 11), com períodos secos de maio a agost o/ 10 e

chuvosos de dezembro/ 10 a fevereiro/ 11. As variações dos níveis de chuva influenciaram a

cot a alt imét rica do reservat ório, que apresent ou uma variação anual de 564,06 m

(dezembro/ 10) a 567,69 m (abril/ 10), com uma amplit ude de 3,63 m (Figura - 7).

Figura 7 - Variação do nível mensal alt imét rico médio e pluviosidade mensal acumulada para o reservat ório de Jurumirim durant e o período de est udo.

Composição e estrutura da comunidade de peixes:

Est e est udo m ost ra que a fauna de peixes do reservat ório de Jurumirim é compost a

por 52 t áxons, dist ribuídas em 5 ordens e 16 famílias (Tabela 1). O regist ro fot ográfico dos

(30)

Tabela 1 – Posição t axonômica das espécies de peixes regist radas no reservat ório de Jurumirim, número de t om bo (voucher), número da figura em anexo - I e acrônimo. (cont inua)

Táxons

OSTEICHTHYES ACTINOPTERYGHY OSTARIOPHYSY

CHARACIFORM ES Voucher Imag Acr.

Parodontidae Apareiodon affinis (St eindachner, 1879) LBP 13316 1 Aaff

Apareiodon piracicabae (Eigenmann, 1907) M ZUEL 5673 2 Apir

Curimatidae

Cyphocharax modest us (Fernández-Yépez, 1948) LBP 3297 3 Cmod St eindachnerina insculpt a (Fernández-Yépez, 1948) LBP 13313 4 Sins

Prochilodontidae

Prochilodus lineat us (Valenciennes, 1836)

LBP 13308 5 Plin

Anostomidae

(31)

Tabela 1 – Posição t axonômica das espécies de peixes regist radas no reservat ório de Jurumirim, núm ero de t om bo (voucher), núm ero da figura em anexo - I e acrônimo. (cont inuação)

Characidae

Ast yanax alt iparanae Garut t i & Brit iski, 2000 M ZUEL 5676 15 Aalt Ast yanax fasciat us (Cuvier, 1819) M ZUEL 5669 16 Afas

Astyanax bockmanni Vari & Castro, 2007 M ZUEL 5658 17 Aboc Bryconamericus ihenrigii (Boulenger, 1887) M ZUEL 5679 18 Bihe Bryconamericus st ramineus Eigenm ann, 1908 M ZUEL 5670 19 Bst r Piabina argent ea Reinhardt , 1867 LBP 13315 20 Parg

Triportheus nematurus (Kner, 1858) * M ZUEL 5667 21 Tnem Salminus hilarii Valenciennes, 1850 LBP 13305 22 Shil

Hemigrammus marginatus Ellis, 1911 M ZUEL 5674 23 Hmar

Hyphessobrycon eques (Steindachner, 1882) * LBP 13312 24 Hequ Oligosarcus paranensis M enezes & Géry, 1983 M ZUEL 5677 25 Opar Serrasalm inae

M etynnis maculatus (Kner, 1858)* M ZUEL 5661 26 M m ac Piaract us mesopot amicus (Holm berg, 1887) LBP 13298 27 Pmes Serrasalmus maculat us Kner, 1858 M ZUEL 5665 28 Smac Characinae

Galeocharax knerii (St eindachner, 1879) LBP 13302 29 Gkne Cheirodont inae

Serrapinus not omelas (Eigenmann, 1915) M ZUEL 5675 30 Snot Serrapinnus st enodon (Eigenmann, 1915) M ZUEL 5659 31 Sst e

Erythrinidae

(32)

Tabela 1 – Posição t axonômica das espécies de peixes regist radas no reservat ório de Jurumirim, núm ero de t om bo (voucher), núm ero da figura em anexo - I e acrônimo. (cont inuação)

SILURIFORM ES

Callichthydae

Callicht hys callicht hys (Linneus, 1758) LBP 13314 33 Ccal Hoplost ernum lit t orale (Hancock, 1828) LBP 13299 34 Hlit Loricariidae

Hypost om inae

Hypost mus ancist roides (Ihering, 1911) LBP 13295 35 Hanc Hypost omus regani (Ihering, 1905) LBP 13307 36 Hrag Hypost omus sp.* * * NUP 11760 37 Hsp.

Hypostomus strigaticeps (Regan, 1908) LBP 13301 38 Hst r

Hypostomus cf. paulinus (Ihering, 1905) NUP 11763 39 Hpau

Heptapteridae

Pimelodella meeki Eigenmann, 1910 M ZUEL 5672 40 Pmee Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard, 1824) LBP 13310 41 Rque

Pimelodidae

Iheringicht hys labrosus (Lukt en, 1874) LBP 13306 42 Ilab Pimelodus maculat us Lacépède, 1803 LBP 13317 43 Pm ac

Doradidae

Rhinodoras dorbigny (Kner, 1855) LBP 7446 44 Rdor

GYM NOTIFORM ES

Gymnotidae

Gymnot us inaequilabiat us (Valenciennes, 1839) * LBP 13319 45 Gina Gymnot us sylvius Albert & Fernandes-M at ioli, 1999 LBP 13320 46 Gsil Sternopygidae

(33)

Tabela 1 – Posição t axonômica das espécies de peixes regist radas no reservat ório de Jurumirim, núm ero de t om bo (voucher), núm ero da figura em anexo - I e acrônimo. (conclusão)

Hypopomidae

Brachyhypopomus sp.* * * M ZUEL 5664 48 Bsp. PERCIFORM ES

Cichlidae

Cichla monoculus Spix & Agassiz, 1831* M ZUEL 5671 49 Cmon Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaim ard, 1824) M ZUEL 5666 50 Gbra Tilapia rendalli (Boulenger, 1897)* * M ZUEL 5668 51 Tren

SYM BRACHIFORM ES

Synbranchus marmorat us Bloch, 1795 LBP 13293 52 Smar

* = Alóct one/ * * = Exót ica/ * * * = Origem desconhecida/ Negrito = novo regist ro para o

sist ema Jurumirim

A ordem Characiformes foi a mais represent at iva em t odas as est ações amost rais.

Siluriformes foram sut ilment e mais represent at ivos no t recho lót ico em relação às out ras

est ações de am ost ragem , enquant o que o t recho Lagoa II foi o único que compôs t odas as

ordens regist radas na área de est udo. Para o t recho lênt ico, os Gymnot iformes foram

(34)

Figura 8 – Frequência relat iva (%) das ordens pelas est ações de am ost ragens no reservat ório de Jurumirim, durant e o período de est udo.

As famílias Characidae e Anost omidae foram as mais represent at ivas em número de

espécies em t odas as est ações amost radas. Hypopomidae e Callichyt idae foram específicas

para o t recho Lagoa I e Synbranchidae foi específica para Lagoa II, o rest ant e das famílias se

dist ribuíram ent re est ações. Ainda os ciclídeos foram mais represent at ivos no t recho lênt ico

(35)

Figura 9 - Frequência relat iva (%) das famílias pelas est ações de amost ragem no reservat ório de Jurumirim.

Transição foi a est ação amost ral que apresent ou uma maior frequência de espécies

const ant es (44,2%), enquant o que as demais est ações apresent am uma maior frequência de

espécies ausent es, seguidas de const ant es, acident ais e acessórias. Em dest aque o t recho

lót ico com 53,8 % de espécies ausent es (Figura - 10). A list a de espécies com suas devidas

(36)

Figura 10 – Frequência relat iva das const âncias de espécies para cada est ação de amost ragem no reservat ório de Jurumirim.

No geral, o reservat ório de Jurumirim é compost o por espécies 44 espécies nat ivas

(Figura - 11). As espécies aprovenient es de out ras bacias (alóct ones) ocorreram em baixa

frequência (n=5), sendo elas: T. nemat urus, H. eques, M . maculat us, G. inaequilabiat us e C.

monoculos. Apenas uma espécie não-nat iva considerada como exót ica (T. rendalli) foi

capt urada. Ainda, duas espécies foram consideradas de dist ribuição biogeográfica

desconhecida: Hypost omus sp. e Brachypopomus sp. A frequência absolut a e biomassa de

(37)

Figura 11 – Origem das espécies quant o suas dist ribuições biogeográficas para cada est ação de amost ragem do reservat ório de Jurumirim.

Foram capt urados 4.721 exemplares e biomassa de 244,7kg. Para o reservat ório

com o um t odo, A. alt iparanae, S. maculat us e C. modest us foram as espécies mais

abundant es, e H. lit t orale, S. int ermedius e S. nasut us foram as espécies mais represent at ivas

em biomassa (Anexo III).

Para os t rechos do reservat ório, valor mais elevado na abundância numérica média

(N ± D.P) foi obt ido no t recho lênt ico (38,8 ± 47,0), com diferenças est at íst icas não

significat ivas (Kruskal-Wallis, p = 0.2890) (Figura 12

A). Para as lagoas, maior valor foi

obt ido em Lagoa I (49,1 ± 90,6), com diferenças est at íst icas t ambém não significat ivas

(M ann-Whit ney, p = 0.6543) (Figura 12

B).

Quant o a biomassa média do reservat ório, o valor mais elevado foi obt ido no t recho

lênt ico (1995,6 ± 3424,4), est at ist icam ent e não significat ivo para o conjunt o de dados

(Kruskal-Wallis, p = 0.7469) (Figura 12

C). Para as lagoas, o maior valor foi obt ido em Lagoa

I (3731,0 ± 7009,8), com valores est at ist icam ent e não significat ivos (M ann-Whit ney, p =

(38)

Figura 12 – Valores m édios (± desvio padrão) das abundâncias: (A) reservat ório, (B) lagoas e biomassa: (C) reservat ório e (D) lagoas.

A fauna de peixes do reservat ório de Jurumirim é compost a por espécies de pequeno

e médio port e. Apenas duas espécies consideradas de grande port e foram regist radas: P.

mesopot amicus e P. lineat us, no ent ant o capt uradas em baixa frequência e em t rechos

específicos (Anexo III), não passíveis de comparações est at íst icas.

O maior valor no compriment o padrão médio (reservat ório) para as espécies de

pequeno port e foi obt ido no t recho Lót ico (10,9 ± 3,0) com valores est at ist icament e

significat ivos ent re as amost ras (Kruskal-Wallis, p < 0.0001), o t est e a post eriori de

comparações múlt iplas (Dunn) evidenciou diferenças significat ivas ent res t odos os t rechos (p

< 0.001) (Figura 13

A). Ainda para as espécies de pequeno port e, valor mais elevado no

compriment o padrão foi obt ido em Lagoa I (9,7 ± 2,1), evidenciando diferenças est at íst icas

significat ivas (M ann-Whit ney, p < 0.0001) (Figura 13

B).

Para as espécies de médio port e do reservat ório, valor sut ilment e maior foi obt ido

para o t recho lênt ico (15,4 ± 6,3), e o conjunt o de dados ent re as amost ras para essa variável

E s ta ç õ e s d e a m o s tr a g e m

L a g o a I L a g o a II

A bundânc ia m édi a ( N )

- 6 0 - 4 0 - 2 0 0 2 0 4 0 6 0 8 0 1 0 0 1 2 0 1 4 0 1 6 0

E s ta ç õ e s d e a m o s tr a g e m

L ó tic o T ra n s iç ã o L ê n tic o

A bundânc ia m édi a ( N ) -6 0 -4 0 -2 0 0 2 0 4 0 6 0 8 0 1 0 0 1 2 0 1 4 0 1 6 0

E s ta ç õ e s d e a m o s tr a g e m

L ó tic o T r a n s iç ã o L ê n tic o

B iom as s a m édi a ( g)

- 4 0 0 0 - 2 0 0 0 0 2 0 0 0 4 0 0 0 6 0 0 0 8 0 0 0 1 0 0 0 0 1 2 0 0 0

E s ta ç õ e s d e a m o s tr a g e m

L a g o a I L a g o a I I

B iom as s a m édi a ( g)

- 4 0 0 0 - 2 0 0 0 0 2 0 0 0 4 0 0 0 6 0 0 0 8 0 0 0 1 0 0 0 0 1 2 0 0 0 A

C D

(39)

apont ou diferença est at íst ica significat iva ent re amost ras (Kruskal-Wallis, p < 0.0001), ainda,

o t est e a post eriori (Dunn) demonst rou diferença significat iva ent re Lót ico e Transição (p <

0.001) e Transição e Lênt ico (p <0.001), e não significat ivos para Lót ico e Lênt ico (P > 0.05)

(Figura 13 - C). M aiores valores foram encont rados com Lagoa I (14,2 ± 4,2), com diferenças

est at íst icas significat ivas (M ann-Whit ney, p = 0.0032) (Figura 13

D).

Figura 13 – Valores m édios (± desvio padrão) de com prim ent o padrão das espécies de pequeno port e: (A) reservat ório, (B) lagoas e espécies de médio port e: (C) reservat ório e (D) lagoas.

Lót ico foi a est ação de amost ragem que apresent ou uma menor amplit ude de

variação na abundancia m édia ao longo do ano, com o maior valor obt ido no mês de

agost o/ 10 (7,8). Para Transição o valor mais elevado foi regist rado em fevereiro/ 11 (18,0) e

para o t recho Lênt ico em out ubro/ 10 (15,1) e fevereiro/ 11 (13,6), em t odos os t rechos não

foram evidenciadas diferenças est at íst icas significat ivas ent re os meses quant o a essa

variável, Lót ico (p = 0.6755), Transição (p = 0.6263) e Lênt ico (p = 0.8797) (Kruskal-Wallis)

(Figura 14

A).

E s ta ç õ e s d e a m o s tr a g e m

L ó t ic o T r a n s iç ã o L ê n t ic o

C om pr im ent o padr ão m édi o ( c m ) 0 2 4 6 8 1 0 1 2 1 4 1 6 1 8 2 0 2 2 2 4 A B C

E s ta ç õ e s d e a m o s tr a g e m

L a g o a I L a g o a I I

C om pr im ent o padr ão m édi o ( c m ) 0 2 4 6 8 1 0 1 2 1 4 1 6 1 8 2 0 2 2 2 4

E s ta ç õ e s d e a m o s tr a g e m

L ó t ic o T r a n s iç ã o L ê n t ic o

C om pr im ent o padr ão m édi o ( c m ) 0 2 4 6 8 1 0 1 2 1 4 1 6 1 8 2 0 2 2 2 4 A B A

E s ta ç õ e s d e a m o s tr a g e m

L a g o a I L a g o a I I

(40)

A Lagoa I apresent ou uma maior variação nos valores abundancia média ao longo do

ano, com um expressivo aument o a part ir do mês de agost o, at ingindo o maior valor em

fevereiro/ 11 (35,8). A Lagoa II obt eve uma maior est abilidade na abundancia média ao longo

do ano, com maiores valores t ambém em fevereiro/ 11 (11,2). Ambas as lagoas

apresent aram diferenças est at íst icas não significat ivas ao longo do ano, Lagoa I (p = 0.5721)

e Lagoa II (p = 0.9117) (Kruskal-Wallis) (Figura 14

B).

O mês de junho/ 10 apresent ou menores valores quant o à biomassa para os t rechos

Lót ico (89,3) e Lênt ico (333,3), no geral observa-se uma t endência de valores menores para

essa variável no mês de fevereiro/ 11. Diferenças est at íst icas não significat ivas foram obt idas

para as t rês est ações ent re os meses, lót ico (p = 0.4905), t ransição (p = 0.7618) e lênt ico (p =

0.6625) (Kruskal-Wallis) (Figura 14

C).

Observa-se na Lagoa I um aument o nos valores na biomassa média a part ir do mês de

out ubro/ 10, alcançando o maior valor em fevereiro/ 11 (2074,3), enquant o que para Lagoa II,

os valores se mant iveram const ant es durant e o período, com um sut il aument o no mês de

out ubro (471,0). Am bas apresent aram diferenças est at íst icas não significat ivas ent re os

meses, Lagoa I (p = 0.9512) e Lagoa II (p = 0.7369) (Kruscal-Wallis) (Figura 14

D).

Figura 14 – Valores m édios de abundância ao longo do período de est udo (m eses) para (A) reservat ório, (B) Lagoas e biomassa média para (C) - reservat ório e (D) - lagoas.

A B

(41)

Para as espécies de pequeno port e do reservat ório, o t recho Lót ico obt eve uma

maior amplit ude nos valores de compriment o padrão médio ent re os meses, com as maiores

médias em abril/ 10 (14,6) e out ubro/ 10 (12,9). Os t rechos Transição e Lênt ico apresent aram

uma variação menos expressiva nos valores de compriment o padrão médio, com exceção do

mês dezembro/ 10, com valores mais alt os para Transição (11,4) e valores mais baixos para

Lênt ico (5,3). O mês de fevereiro apresent ou valores semelhant es para t odos os t rechos.

Todas as est ações apresent aram diferenças est at íst icas significat ivas ent re os meses

(Kruskal-Wallis, p < 0.0001), para o t recho Lót ico o t est e a post eriori de Dunn evidenciou

diferenças est at íst icas significat ivas (p < 0.001) ent re o mês de junho quando comparado

com abril e out ubro; fevereiro quando comparado com abril e agost o para o t recho

Transição ent re o mês de abril e os meses de agost o, out ubro e dezembro e para o t recho

Lênt ico ent re o mês de dezembro quando comparado com abril, junho, agost o e out ubro,

bem como ent re os meses de abril e fevereiro (Figura 15

A).

Em ambas as lagoas, as espécies de pequeno port e apresent aram menores valores no

mês de junho/ 10, Lagoa I (8,8) e Lagoa II (6,3) e maiores valores em agost o/ 10 Lagoa I (11,6)

e Lagoa II (10,0). Ambas obt iveram diferenças est at íst icas significat ivas ent re os meses,

Lagoa I (p < 0.0001) e Lagoa II (p = 0.0085) (Kruscal-Wallis), ainda para Lagoa I o t est e a

post eriori de Dunn evidenciou diferenças est at íst icas significat ivas (p < 0.001) ent re o mês de

agost o e os meses de abril e junho e na Lagoa II ent re os meses de junho e agost o (Figura 15

B).

Para as espécies de médio port e do reservat ório, houve uma t endência de

diminuição ao longo dos meses no compriment o padrão médio, com menores valores em

fevereiro/ 11, Lót ico (14,7), Transição (9,4) e Lênt ico (11,5), com diferenças est at íst icas

significat ivas para t odas as est ações (p < 0.0001) (Kruscal-Wallis). Para o t recho Lót ico o

t est e de múlt iplas comparações (Dunn) apresent ou diferenças est at íst icas não significat ivas

ent re t odos os meses (p > 0.05), para o t recho Transição diferenças est at íst icas significat ivas

(p < 0.001) foram obt idas ent re o mês de fevereiro/ 11 quando comparado com os meses de

abril, junho, agost o, out ubro e dezembro/ 11 e para Lênt ico diferenças est at íst icas

significat ivas (p < 0.001) ent re o mês de fevereiro/ 11 quando comparado com os meses de

junho, agost o e out ubro/ 11, e dezem bro/ 11 quando com parado com agost o e

(42)

As espécies de médio port e das lagoas t ambém apresent aram uma t endência de

diminuição nos valores de compriment o padrão médio ao longo dos meses, com menores

valores em fevereiro/ 11, Lagoa I (11,9) e Lagoa II (10,7), com diferenças est at íst icas

significat ivas para ambas as lagoas ent re os meses (p < 0.0001) (Kruskal-Wallis). O t est e de

comparações múlt iplas (Dunn) evidenciou diferenças est at íst icas significat ivas (p < 0.001) na

Lagoa I para os m eses de junho quando comparado com fevereiro, agost o quando

comparado com fevereiro e dezembro, out ubro quando comparado com fevereiro e

dezembro quando comparado com fevereiro e para a Lagoa II no mês de abril quando

comparado com fevereiro e dezembro, junho quando comparado com fevereiro e

dezem bro, agost o quando comparado com dezem bro e fevereiro e out ubro quando

comparado com dezembro (Figura 15

D).

Figura 15 – Valores de compriment o padrão médio para as espécies de pequeno port e, reservat ório (A), lagoas (B) e médio port e reservat ório (C) e lagoa (D).

Atributos ecológicos

O t recho Transição apresent ou o maior valor quant o à riqueza específica para o

reservat ório (18,1 ± 3,3), com diferenças est at íst icas significat ivas ent re os t rechos (Anova

A B

C

(43)

one-w ay, p = 0.0398), a análise de comparações múlt iplas (Tukey) evidenciou diferen ças

est at íst icas significat ivas (p = 0.001) apenas ent re Lót ico e Transição (Figura 16

A).

Valor sut ilment e mais elevado na diversidade foi obt ido para o t recho Transição (2,2

± 2,0), com diferenças est at íst icas não significat ivas ent re as amost ras (Anova one-w ay, p =

0.1962) (Figura 16

B).

O t recho Lót ico obt eve o maior valor quant o à equit abilidade (0,82 ± 0,04), seguido

de Transição (0,79 ± 0,05) e Lênt ico (0,76 ± 0,05), a análise variância (Anova one-w ay)

apresent ou diferenças est at íst icas não significat ivas ent re os t rechos (p = 0.0532) (Figura 16

C).

Quant o à dom inância, o padrão opost o foi obt ido em relação à equit abilidade, com

maiores valores no t recho Lênt ico (0,87 ± 0,05), seguido de Transição (0,86 ± 0,03) e Lót ico

(0,81 ± 0,07), com valores est at ist icament e não significat ivos (Anova one-w ay, p = 0.3052)

(Figura 16

D).

Figura 16 – Valores médios e desvio padrão dos at ribut os ecológicos do reservat ório, (A) riqueza específica, (B) diversidade de Shannon, (C) equit abilidade de Pielou e (D) dom inância.

E s ta ç õ e s d e a m o s tr a g e m

L ó tic o T r a n s iç ã o L ê n tic o

R iquez a es pec íf ic a m édi a 8 1 0 1 2 1 4 1 6 1 8 2 0 2 2 2 4 A

B C

A C

E s t a ç õ e s d e a m o s t r a g e m

L ó t ic o T r a n s iç ã o L ê n t ic o

D iv e rs id a d e ( b it s .in d )

- 1 0 - 5 0 5 1 0 1 5

E s ta ç õ e s d e a m o s tr a g e m

L ó tic o T r a n s iç ã o L ê n tic o

E q u it a b ilid a d e ( P ie lo u )

0 ,6 8 0 ,7 0 0 ,7 2 0 ,7 4 0 ,7 6 0 ,7 8 0 ,8 0 0 ,8 2 0 ,8 4 0 ,8 6 0 ,8 8

E s ta ç õ e s d e a m o s tr a g e m

L ó tic o T r a n s iç ã o L ê n tic o

D om inânc ia ( S im ps on)

0 ,7 2 0 ,7 4 0 ,7 6 0 ,7 8 0 ,8 0 0 ,8 2 0 ,8 4 0 ,8 6 0 ,8 8 0 ,9 0 0 ,9 2 0 ,9 4 0 ,9 6

A B

(44)

Lagoa II apresent ou o maior valor na riqueza específica média (16,0 ± 5,0), com

diferenças est at íst icas não significat ivas ent re as lagoas (t est e t , p = 0.4969) (Figura 17

A).

Lagoa II obt eve maiores valores quant o à diversidade de Shannon (1,4 ± 1,1) e

equit abilidade (0,78 ± 0,09), com valores est at íst icos não significat ivos para as duas variáveis

ent re as lagoas (t est e t , p = 0.1712 e 0.1158, respect ivament e) (Figura

17 B e C).

Para a dominância de Simpson, valor sut ilment e mais elevado foi obt ido na Lagoa I

(0,82 ± 0,75), t ambém com valores est at íst icos não significat ivos (t est e t , p = 0.2454) (Figura

17

D).

Figura 17 – Valores médios e desvio padrão dos at ribut os ecológicos das lagoas, (A) riqueza específica, (B) diversidade de Shannon, (C) equit abilidade de Pielou e (D) dom inância de Sim pson.

Na análise t emporal dos at ribut os ecológicos, o t recho Lênt ico apresent ou o menor

valor quant o à riqueza específica no mês de junho/ 10 (7,0) e o maior valor no mês

out ubro/ 10 (17,0), enquant o que os maiores valores de Transição e Lênt ico foram

observados em abril/ 10 (22,0) e dezembro/ 10 (20,0), respect ivament e (Figura 18 - A).

E s ta ç õ e s d e a m o s tr a g e m

L a g o a I L a g o a I I

R iquez a es pec íf ic a m édi a 8 1 0 1 2 1 4 1 6 1 8 2 0 2 2

E s ta ç õ e s d e a m o s tr a g e m

L a g o a I L a g o a I I

D iv er s idade ( bi ts . i nd)

0 , 0 0 , 5 1 , 0 1 , 5 2 , 0 2 , 5 3 , 0

E s ta ç õ e s d e a m o s tr a g e m

L a g o a I L a g o a II

D om inânc ia ( S im ps on)

- 0 ,2 0 ,0 0 ,2 0 ,4 0 ,6 0 ,8 1 ,0 1 ,2 1 ,4 1 ,6 1 ,8

E s ta ç õ e s d e a m o s tr a g e m

L a g o a I L a g o a I I

E qui tabi li dade ( P iel ou)

0 , 5 5 0 , 6 0 0 , 6 5 0 , 7 0 0 , 7 5 0 , 8 0 0 , 8 5 0 , 9 0

A B

(45)

Quant o à diversidade de Shannon, t recho Lót ico apresent ou o menor valor em

junho/ 10 (1,4) e maior em dezembro/ 10 (2,4); Transição obt eve o valor mais elevado em

junho/ 10 (2,5) e para Lênt ico o menor valor foi observado em fevereiro/ 10 (1,7) (Figura 18

B).

A equit abilidade do t recho Lót ico apresent ou um aument o gradat ivo ao longo do ano

alcançando os maiores valores em dezembro/ 10 (0,88), Transição obt eve o maior valor

t ambém em dezembro/ 10 (0,85) e em Lênt ico os maiores valores foram obt idos em

junho/ 10 e agost o/ 10 (0,83 e 0,82, respect ivament e) (Figura 18

C).

O menor valor quant o à dominância para o t recho Lót ico foi obt ido no mês de

junho/ 10 (0,68) e o m aior valor em dezembro/ 10 (0,89); no t recho Transição o m ês de

junho/ 10 apresent ou o maior valor (0,90) e no t recho Lênt ico os menores valores foram

obt idos em out ubro/ 10 e fevereiro/ 11 (0,75 e 0,76, respect ivament e) (Figura 18

D).

M enores valores na diversidade e equit abilidade no mês junho deve-se a baixa riqueza de

espécies com o predomínio de S. insculpt a.

Figura 18 – Valores absolut os dos at ribut os ecológicos do reservat ório, (A) riqueza específ ica, (B) diversidade de Shannon, (C) equit abilidade de Pielou e (D) dominância de Simpson.

A B

(46)

Lagoa I apresent ou uma diminuição expressiva na riqueza específica no mês de

fevereiro/ 11 (7,0), enquant o que a Lagoa II obt eve uma condição opost a para esse mês com

um valor de 23,0para esse at ribut o (Figura 19

A).

A mesma t endência foi observada quant o à diversidade para Lagoa I, com o menor

valor em fevereiro/ 1 (2,38), enquant o que o maior valor para a Lagoa II foi obt ido em

abril/ 10 (2,88) (Figura 19

B).

Os menores valores quant o a equit abilidade para a Lagoa I foram obt idos nos meses

de abril/ 10 e fevereiro/ 11 (0,60 e 0,55, respect ivament e), a Lagoa II apresent ou uma

t endência semelhant e na equit abilidade em relações aos at ribut os ant eriores cit ados, com

uma diminuição nos valores a part ir do mês de abri/ 10 (0,93) e um aument o no mês

fevereiro/ 11 (0,76) (Figura 19

C).

Um a t endência no aument o da dom inância ao longo do ano pode ser observada em

Lagoa I, com o maior valor obt ido em fevereiro/ 11 (0,85), já em Lagoa II uma diminuição

para esse at ribut o pode ser observado ao longo no ano, alcançando o menor valor em

fevereiro/ 11 (0,55) (Figura 19

D).

Figura 19 – Valores absolut os dos at ribut os ecológicos das lagoas, (A) riqueza específica, (B) diversidade de Shannon, (C) equit abilidade de Pielou e (D).

A B

Imagem

Figura 2  –  Vist a parcial da porção lót ica do reservat ório de Jurum irim  localizada no m unicípio de  Angat uba - SP, na zona de desem bocadura do rio Paranapanem a no reservat ório de Jurumirim
Figura 3  –  Vist a parcial do t recho t ransição localizado no m unicípio de Paranapanem a -SP
Figura 4  –  Vist a parcial do t recho lênt ico do reservat ório de Jurum irim  localizado no m unicípio de  Arandu  –  SP
Figura 5  –  Vist a parcial da Lagoa Coqueiral (Lagoa I) em  período seco, na zona de desem bocadura do  rio Paranapanema no reservat ório de Jurumirim
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