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Suicídio e tentativas de suicídio: características epidemiológicas no município de Belo Horizonte Brasil, 1971-81.

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Academic year: 2017

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SUICÍDIO E TENTATIVAS DE SUICÍDIO

C A R A C T E R Í S T I C A S E P I D E M I O L Ó G I C A S NO M U N I C Í P I O D E B E L O H O R I Z O N T E B R A S I L , 1971-81

P. S. C. MIRANDA * — E. A. QUEIROZ **

R E S U M O — E s t u d o r e t r o s p e c t i v o d e s c r i t i v o d o s s u i c í d i o s e t e n t a t i v a s d e suicídio n o m u n i c í p i o d e Belo H o r i z o n t e , n o p e r í o d o 1971-81, b a s e a d o em d a d o s oficiais. A n a l i s a - s e a evolução d e a l g u m a s c a r a c t e r í s t i c a s epidemiológicas l i g a d a s à p o p u l a ç ã o e ao t e m p o .

Suicide and attempt suicide: epidemiological characteristics i n the city of Belo Horizonte, Brazil, from 1971 to 1981.

SUMMARY — B a s e d in official d a t a it w a s m a d e a n epidemiological r e t r o s p e c t i v e d e s c r i t i v e s t u d y a b o u t evolution of s u i c i d e a n d a t t e m p t s u i c i d e i n t h e c i t y of Belo H o r i z o n t e , B r a z i l . T h i s s t u d y i n c l u d e s t h e t r e n d s of some e p i d e m i o l o g i c a l c h a r a c t e r s for t h i s c a u s e of d e a t h from 1971 to 1981, w h i c h a r e : c h r o n o l o g i c d i s t r i b u t i o n , s e x a n d a g e d i s t r i b u t i o n , m e t h o d s of suicide a n d a t t e m p t s u i c i d e .

N a sociedade ocidental, o tema 'suicídio' ainda provoca certo incomodo, a p e s a r d o s inúmeros e i m p o r t a n t e s t r a b a l h o s desenvolvidos desde os e s t u d o s clássicos de D u r k h e i m e F r e u d n . 1 3 . T a l v e z a r a z ã o desse incomodo a d v e n h a do fato de que, como salienta Coelho 10, 'o suicídio põe em j o g o , n e c e s s a r i a m e n t e , a c o n s i d e r a ç ã o do o r g a -nismo social como um t o d o ' . Mesmo nos h o m e n s de ciência a ocorrência de suicídios e t e n t a t i v a s p r o v o c a sentimentos de i n c a p a c i d a d e , incompetência, fragilidade. A busca do conhecimento s o b r e o t e m a t o r n a - s e um mecanismo de s u p e r a ç ã o .

P r e t e n d e m o s iniciar o nosso t r a b a l h o por p e s q u i s a s q u a n t i t a t i v a s , com o objetivo de o b t e r m o s uma dimensão do problema. N o E s t a d o de S ã o P a u l o e s t u d o s epidemio-lógicos vêm sendo r e a l i z a d o s j á há a l g u m t e m p o ; p o d e m o s citar os desenvolvidos por B a r b o s a i e, p o s t e r i o r m e n t e , por Mello J o r g e 19, que permitiram um q u a d r o d a evolução do suicídio no município de S ã o P a u l o , entre 1959 e 1975. C a s s o r l a ? - 9 no município de C a m p i n a s ( S P ) desenvolveu um dos mais profundos e s t u d o s s o b r e suicídio entre jovens. M a i s recentemente V a n s a n2 4

descreveu a s v a r i a ç õ e s d o s m é t o d o s utilizados p a r a suicídio no município de Ribeirão P r e t o . Em Belo Horizonte somente encon-t r a m o s encon-t r a b a l h o mais a b r a n g e n encon-t e nos esforços de Lippi e c o l . l8

. Objetivamos, p o r t a n t o , a v a n ç a r estes e s t u d o s em nosso E s t a d o , iniciando por Belo Horizonte, cidade que a p r e s e n t a s e m e l h a n ç a s com S ã o P a u l o e o u t r a s g r a n d e s m e t r ó p o l e s e com a s quais poder-se-ia fazer relações, t i r a r hipóteses e conclusões, mesmo s a b e n d o d o s p r o b l e m a s de c o m p a r a r r e a l i d a d e s d i v e r s a s . P r o c u r a m o s com este estudo conhecer as principais c a r a c t e r í s t i c a s epidemiológicas do suicídio e t e n t a t i v a s de suicídio em a n o s recentes, b u s c a n d o d e s t a c a r s u a distribuição na p o p u l a ç ã o , por sexo, faixa e t á r i a e meios utilizados.

* P r o f e s s o r A s s i s t e n t e d o D e p a r t a m e n t o d e M e d i c i n a P r e v e n t i v a e Social d a F a c u l d a d e d e M e d i c i n a d a U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d e M i n a s G e r a i s ( U F M G ) ; ** P r o f e s s o r A d j u n t o do D e p a r t a m e n t o de F a r m a c o l o g i a d o I n s t i t u t o d e Ciências Biológicas d a U F M G .

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M A T E R I A L E MÉTODOS

Produzimos e s t e estudo baseando-nos em dados oficiais secundários da Superintendência de Estatística e Informação da Secretaria de Planejamento do E s t a d o de Minas Gerais ( S E I - S E P L A N / M G ) , dentro de projeto desenvolvido conjuntamente ao Ministério da Justiça e IBGE no período em estudo. A partir de 1982, as informações passaram a ser consolidadas por órgão da Secretaria d e Segurança-MG, sofrendo alterações em seu processo de registro, o que n o s levou a abandonar os dados a partir d e s s a data por dificuldades metodológicas de comparabilidade.

Buscamos junto ao Ministério da J u s t i ç a / I B G E as bases metodológicas do estudo com o objetivo de vermos os conceitos empregados para definir um ato como suicídio ou tenta-tiva de suicídio. Infelizmente, não conseguimos ter acesso> a este material, o que é prejudicial mas não invalida o estudo retrospectivo desde que a conceituação tenha sido mantida. Que-ríamos salientar que, além dessas limitações, conhecemos outras próprias dos estudos retrospectivos e dos valores culturais da sociedade que, em geral, levam a graves problemas de sub-registro no tocante a suicídios e tentativas. No entanto, se queremos realizar estudos retrospectivos devemos contar com essas limitações.

R E S U L T A D O S E COMENTÁRIOS

Coeficiente de mortalidade por suicídio — N a t a b e l a 1 a p r e s e n t a m o s o coeficiente de

m o r t a l i d a d e por suicídio em Belo Horizonte em t r ê s anos do período em estudo e sua distribuição por sexo. O b s e r v a m o s que houve a u m e n t o no coeficiente global do a n o de 1981; pelos d a d o s d a t a b e l a 5 concluimos que houve a u m e n t o p r o g r e s s i v o no período 1976-1981. N a distribuição por sexo fica evidente que o a u m e n t o do coeficiente de m o r t a l i d a d e total o b s e r v a d o foi devido ao a u m e n t o do coeficiente p a r a o sexo masculino, j á que aqueles c o r r e s p o n d e n t e s ao sexo feminino mantiveram-se estáveis nos t r ê s a n o s em d e s t a q u e Em média, s ã o eles 2 a 3 vezes m a i o r e s do que os c o r r e s p o n d e n t e s p a r a as mulheres.

Mello J o r g e 19 a p r e s e n t a p a r a a cidade de S ã o P a u l o , um valor de 5,28 suicídios p o r 100000 h a b i t a n t e s em 1975, m o s t r a n d o , ao c o n t r á r i o de Belo Horizonte, queda no coeficiente de m o r t a l i d a d e por suicídio no período 1960/1975. E s t a tendência à queda do suicídio em S ã o P a u l o t a m b é m fora n o t a d a por B a r b o s a i, entre 1959 e 1968. Q u a n d o c o m p a r a m o s o d a d o de 1976 com o de o u t r o s países, a p r e s e n t a d o s por Mello J o r g e 19, v e m o s que Belo Horizonte a p r e s e n t a um coeficiente próximo a de países como H o l a n d a (9,2 por 100000 h a b i t a n t e s , em 1974) e N o r u e g a (9,9 por 100000 h a b i -t a n -t e s , em 1975). Mui-to dis-tan-te dos coeficien-tes a p r e s e n -t a d o s pela H u n g r i a (38,4 por

100000 h a b i t a n t e s , em 1975) e D i n a m a r c a (23,8 suicídios por 100000 h a b i t a n t e s , em 1974), países e u r o p e u s com os mais altos índices de suicídio.

N a tabela 1 t a m b é m a p r e s e n t a m o s a evolução do n ú m e r o de suicídios, em Belo Horizonte, distribuido por sexo. N e s t a distribuição o sexo masculino a p r e s e n t a em média 2-3 vezes m a i s suicídios que o feminino. C a s s o r l a S , calcula p a r a o Brasil a relação de 3 p a r a 1; Mello J o r g e 19 e B a r b o s a i a p r e s e n t a m relação semelhante à e n c o n t r a d a em Belo Horizonte, p a r a o município de São P a u l o . T a n t o n a Suécia como nos E s t a d o s Unidos 16.22 t a m b é m a s relações suicídio entre h o m e n s / m u l h e r e s estão dentro d a e n c o n t r a d a p a r a Belo Horizonte.

Na I n g l a t e r r a e P a í s de Gales essa e r a a s i t u a ç ã o e n c o n t r a d a n a s d é c a d a s de 1940/50. N a d é c a d a de 50, o coeficiente de suicídio entre mulheres a u m e n t o u e n q u a n t o

Anos

N" óbitos/suicídio Coef. Mortalidade p/100000 hab.

Anos Mase. F e m . Total Masc. Fem. Total

1971 73 36 109 12,2 5,1 8,8

1976 74 41 115 11,5 5,4 8,5

1981 115 44 159 16,6 5,1 10,7

(3)

entre homens diminuiu. E n t r e os anos de 6 0 / 7 0 o coeficiente caiu em a m b o s os sexos e s t a n d o a relação na d é c a d a de 70 em t o r n o de 1,6:1 com coeficiente maior,

ainda, entre o sexo masculino, s e g u n d o B r o w n 6. Dyck e c o l .1 2

, em t r a b a l h o recente, publicaram r e s u l t a d o s p a r a o C a n a d á como um todo semelhantes àqueles e n c o n t r a d o s por nós em Belo H o r i z o n t e : a t a x a de suicídio entre os homens foi maior 2 a 3 vezes que a t a x a d a s mulheres e a u m e n t o u no período 19711981, e n q u a n t o a feminina p e r -maneceu estável.

Coeficiente de mortalidade por suicídio por faixa etária — Os d a d o s constantes d a

t a b e l a 2 nos a p r e s e n t a m as seguintes informações: 1. os m a i o r e s coeficientes de mor-t a l i d a d e por suicídio, em Belo Horizonmor-te e n c o n mor-t r a m - s e n a s faixas e mor-t á r i a s de 15 a 24 a n o s (média 14,6/10 5 h a b ) e de 25 a 44 a n o s (média 1 4 , 7 / 1 0 5 h a b ) . No período em estudo houve um crescimento do coeficiente n a faixa e t á r i a de 25 a 44 a n o s ; 2. o coeficiente de m o r t a l i d a d e p a r a m e n o r e s de 15 a n o s vem m a n t e n d o - s e baixo e c o n s t a n t e ; 3. n a faixa e t á r i a de ' 6 0 e + ' houve a u m e n t o do coeficiente, porém os valores e n c o n t r a d o s e s t ã o muito a b a i x o dos e n c o n t r a d o s p a r a a p o p u l a ç ã o n a faixa etária de 15 a 44 a n o s .

C o r r o b o r a n d o a s informações o b t i d a s pelos cálculos dos coeficientes podemos ver, n a tabela 3, que a distribuição percentual dos suicídios verificados em Belo

(-) 15 anos 1 5 - 24 2 5 - 44 45 - 59 60 e +

Anos N'.' Coef Coef N? Coef Coef Coef

Suic Mort Suic Mort Suic Mort Suic Mort Suic Mort

1971 3 0,6 48 17,2 42 13,2 12 9,5 2 3,3

1976 2 0,4 33 10,6 52 14,6 18 13,1 2 2,8

1981 4 0,8 59 16,2 68 16,5 18 11,8 6 6,9

Tabela 2 — Coeficiente de mortalidade por suicídio (X10 ) por faixa-etária, Belo Horizonte, Brasil, 1911-1981. Fonte: SEI-SEPLAN/MG - Campanhas Estatísticas (Suicídios e Tenta-tivas), 1971-81, Belo Horizonte, MG. Suic, suicídios; Coef Mort, coeficiente de mortalidade.

F a i x a Etária

Suicídio

p / faixa Total de Menos de 15 a 24 25 a 44 45 a 59 60 e + Idade

etária suicídios 15 anos anos anos anos anos ignorada

Anos Nv % No N? N<? Nv

Suic % Suic % Suic % Suic % Suic % Suic %

1971 109 100 3 2,7 48 44,0 42 38,5 12 11,0 2 1,8 2 1,8

1972 81 100 2 2,5 23 28,4 39 48,1 12 14,8 4 4,9 1 1,2

1973 108 100 — — 38 35,3 49 45,4 15 13,9 4 3,7 2 1,8

1974 130 100 2 1,5 41 31,5 56 43,1 15 11,5 13 10,0 3 2,3

1975 89 100 1 1,1 29 32,5 35 39,3 12 13,5 10 11,2 2 2,2

1976 115 100 2 1,7 33 28,7 52 45,2 18 15,6 2 1,7 8 7,0

1977 131 100 6 4,6 46 35,1 53 40,5 12 9,2 10 7,6 4 3,0

1978 138 100 52 37,7 49 35,5 19 13,8 11 8,0 7 5,1

1979 115 100 3 2,6 42 36,5 47 40,9 13 11,3 7 6,1 3 2,6

1980 142 100 55 38,7 49 34,5 21 14,8 17 12,0 — —

1981 156 100 4 2,6 59 37,8 68 43.6 18 11,5 6 3,8 1 0,6

Total 1314 100 23 1,8 466 35,5 539 41,0 167 12,7 86 6,5 33 2,5

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Horizonte, entre 1971 e 81 a p o n t a a faixa e t á r i a de 25 a 44 anos como sendo respon-sável por 4 1 % dos suicídios no município e próximo a este valor e n c o n t r a - s e a faixa de 15 a 24 anos, que a p r e s e n t o u o valor médio de 3 5 , 5 % .

C a s s o r l a ? encontrou, em C a m p i n a s , n u m a a m o s t r a de suicídios o c o r r i d o s entre 1957 e 1976, que 3 2 % destes auto-extermínios se deram em m e n o r e s de 25 a n o s . A c o m p a r a b i l i d a d e com S ã o P a u l o , capital, t o r n a - s e p r e j u d i c a d a com respeito à esta faixa e t á r i a de 15 a 24 a n o s devido à diversidade no a g r u p a m e n t o etário a p r e s e n t a d o

n a s referências c o n s u l t a d a s . Puffer 2 1

, citado por Cassorla, a p r e s e n t a p a r a S ã o P a u l o , no período 1962-64 um coeficiente de suicídio, n a faixa e t á r i a de 15 a 24 a n o s , da ordem de 6,6 p o r 100000 h a b i t a n t e s .

Brooke 5, citado por C a s s o r l a , registrou os coeficientes de suicídio em diversos países e u r o p e u s , n a faixa e t á r i a de 15 a 24 a n o s , p a r a o a n o de 1969. Neste r e g i s t r o salienta-se a Checoslováquia com coeficiente próximo a 19,0 por 100000 h a b i t a n t e s e H u n g r i a com 18,5 por 100000. Holinger 15 a p r e s e n t a p a r a os E s t a d o s Unidos, naquela faixa e t á r i a (de 15-24 a n o s ) e ano de 1975, o valor de 11,8 por 100000 h a b i t a n t e s , sendo que naquela época esta c a u s a de m o r t e j á e s t a v a em terceiro l u g a r entre a s

principais c a u s a s de m o r t e s . P a r a o C a n a d á Dyck e c o l .1 2

e n c o n t r a r a m a u m e n t o s p r o g r e s s i v o s d a s t a x a s de suicídios entre os homens n a s faixas e t á r i a s de 15-24 e 25-34 a n o s . Como p o d e m o s ver nesta faixa e t á r i a dos 15 a 24 a n o s , Belo Horizonte assemelha-se aos países de altos índices de suicídios, superior mesmo a o s E s t a d o s Unidos.

Vale a i n d a d e s t a c a r nesta a b o r d a g e m que, em média 7 6 % dos óbitos por suicídios em Belo Horizonte se d ã o entre 15 e 44 anos, atingindo p o r t a n t o , uma p o p u l a ç ã o jovem e p r o d u t i v a .

No tocante a faixa e t á r i a até 15 anos, nossos d a d o s c o m p a r a m - s e a o s de Shaffer 23 m o s t r a n d o que o coeficiente de m o r t a l i d a d e por suicídio nesta faixa e t á r i a mantém-se baixo e c o n s t a n t e em o u t r o s países do m u n d o . T a m b é m Holinger 15, t e n d o por referência os d a d o s de Estatística Vital dos E s t a d o s Unidos p a r a os a n o s 1961-1975 m o s t r a que o coeficiente de m o r t a l i d a d e entre 4-14 a n o s era, em 1961-1975, d a o r d e m de 0,5 por 100000 h a b i t a n t e s .

Meios utilizados em suicídios verificados — N a tabela 4 a p r e s e n t a m o s a distribuição, em

n ú m e r o s a b s o l u t o s e percentuais, dos suicídios verificados em Belo Horizonte no período de 1971-81 por meio utilizado. A fonte p e s q u i s a d a n ã o d i s p u n h a da distri-buição dos meios por sexo ou faixa etária, impedindo p o r t a n t o maior a p r o f u n d a m e n t o da questão. Como se p o d e o b s e r v a r , o principal meio utilizado p a r a suicídio é por a r m a de fogo. D u r a n t e t o d o o período a n a l i s a d o com exceção dos anos de 1977 e 78 este foi o meio mais u s a d o nos auto-extermínios verificados. O s e g u n d o principal método e m p r e g a d o a p o n t a p a r a o envenenamento por s u b s t â n c i a s tóxicas.

No Brasil, C a s s o r l a7

verificou, em estudo realizado em C a m p i n a s no período de 1957 a 76, que o envenenamento foi o método m a i s comum em mulher e a m o r t e por d i s p a r o de a r m a de fogo, o m a i s u s a d o entre os homens. Mello J o r g e 19, m o s t r a que em mulheres, em S ã o P a u l o entre 1960-75, o envenenamento foi o método mais e m p r e g a d o e, de 1965 até 1978, os homens têm o p t a d o preferencialmente pelo uso de a r m a de fogo. V a n s a n 24 em estudo realizado em Riberão P r e t o , com d a d o s do período de 1953-1976, m o s t r a que o principal meio utilizado pelas mulheres n a a m o s t r a e s t u d a d a foi o e n v e n e n a m e n t o ; no sexo masculino foi a a r m a de fogo, com exceção do período 1968 a 1971 em que este m é t o d o foi deslocado p a r a s e g u n d o l u g a r pelo envenenamento por s u b s t â n c i a s sólidas e líquidas.

W e e d 25; nos E s t a d o s U n i d o s , encontrou que o principal meio e m p r e g a d o é

t a m b é m a a r m a de fogo. S e g u n d o B e s k o w2

, n a Suécia, o envenenamento está aumen-t a n d o s e n d o o principal méaumen-todo uaumen-tilizado pelo sueco u r b a n o ; na p o p u l a ç ã o r u r a l é

ainda a a r m a de fogo o método mais e m p r e g a d o . N a índia, s e g u n d o B h a t i a3

o enforcamento é o método mais e m p r e g a d o , seguido pelo e n v e n e n a m e n t o . Glausiusz 14, citando E. Stengel, m o s t r a que em estudo n a série histórica de 195565 n a G r ã B r e -t a n h a e P a í s de G a l e s o envenenamen-to man-teve-se em primeiro l u g a r como ' c a u s a

mortis' em suicídios verificados.

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Kelação tentativas de suicídios/suicídios verificados — Se os suicídios verificados

e x p r e s s a m a m o r t a l i d a d e por este fenômeno, a s t e n t a t i v a s de suicídio d ã o uma dimen-s ã o da ' m o r b i d a d e ' por dimen-suicídio na dimen-sociedade e nodimen-s d e dimen-s p e r t a m p a r a a expredimen-sdimen-sividade

e complexidade do t e m a e s t u d a d o . N a t a b e l a 5 essa relação está r e p r e s e n t a d a p a r a Belo Horizonte, no período e s t u d a d o (197181). A análise desta t a b e l a permite o b s e r -var, t a m b é m , a v a r i a ç ã o n a série histórica, d o s suicídios verificados e t e n t a t i v a s r e g i s t r a d a s . P e l o e s t u d o d a tabela verificamos q u e : 1. a relação média de t e n t a t i v a s de suicídio/suicídios verificados em Belo Horizonte no período em q u e s t ã o é d a ordem de 5,5 p a r a 1,0; 2. esta relação obteve seu valor máximo no a n o de 1975, caindo g r a d a t i v a m e n t e e a t i n g i n d o um valor mínimo em 1980; 3. a relação média é signifi-cativamente maior entre mulheres (11,7/1,0) que entre h o m e n s ( 2 , 5 / 1 , 0 ) ; 4. a relação p a r a o sexo masculino cresce entre 71 e 75, decrescendo daí, a l c a n ç a n d o o valor r e g i s t r a d o de 0,7 p a r a 1981; 5. a relação p a r a o sexo feminino m a n t é m - s e elevada entre 1972 e 1978, a p r e s e n t a n d o a p a r t i r daí u m a q u e d a sensível.

Relação N ' de Tenta-Número de Tentativas Tenta-Número d e Suicídios t i v a s / N ' de Suicídios

Anos Masc. Fem. Total Masc. F e m . Total Masc. Fem. Total

1971 141 272 413 73 36 109 1,9 7,6 3,8

1972 155 364 519 57 24 81 2,7 15,1 6,4

1973 227 457 684 71 37 108 3,2 12,3 6,3

1974 214 632 846 77 53 130 2,9 11,9 6,5

1975 336 824 1160 52 37 89 6,4 22,2 13,0

1976 297 707 1004 74 41 115 4,0 17,2 8,7

1977 282 714 996 91 40 131 3,1 17,8 7,6

1978 300 743 1043 101 37 138 2,9 20,1 7,5

1979 110 162 272 83 32 115 1,3 5,0 2,3

19S0 75 80 155 97 45 142 0,7 1,7 1,0

1981 174 18 192 115 41 156 1,5 0,4 1,2

Total 2311 4973 7284 891 423 1314 2,5 11,7 5,5

Tabela 5 — Número de suicidios por ano e sexo e sua relação, em Belo Horizonte, Brasil, 1911-1981. Fonte: SEI-SEPLAN/MC - Campanhas Estatísticas (Suicídios e Tentativas), 1911-81, Belo Horizonte, MG.

A análise dos d a d o s m o s t r a t a m b é m que, em t e r m o s absolutos, houve aumento do número de t e n t a t i v a s de suicídio no período 1971-1975, estabilização no período 1975-1978 e q u e d a a b r u p t a nos a n o s de 1979 a 1981. H a v e m o s de n o t a r que o número de tentativas entre a s mulheres chegou a ser menor que o c o r r e s p o n d e n t e masculino ( t a b e l a 5, a n o 1981). Já o n ú m e r o de suicídios, nos parece, segue t r a j e t ó r i a p r ó p r i a . N ã o há v a r i a ç ã o significativa p a r a o sexo feminino, m a s em relação a o s homens há a u m e n t o do número de suicídios a p a r t i r de 1977 (ver também a discussão anterior s o b r e coeficiente de m o r t a l i d a d e ) . Convém salientar que provocou g r a n d e s u r p r e s a a queda no número de t e n t a t i v a s entre 1978 e 1979 porém, em virtude de e s t a r m o s t r a b a l h a n d o com d a d o s secundários, em estudo retrospectivo, n ã o tendo acesso à metodologia e m p r e g a d a no t r a b a l h o de coleta e r e g i s t r o dos d a d o s , vimo-nos impe-didos de t e s t a r m o s a s hipóteses a v e n t a d a s p a r a o fenômeno. De qualquer m a n e i r a , o valor médio p a r a a relação é b a s t a n t e indicativo da dimensão do problema e s t u d a d o .

C o m p a r a n d o com o u t r o s registros, mais fidedignos, e n c o n t r a m o s que a relação

é bem superior à e n c o n t r a d a p á r a Belo Horizonte. S e g u n d o Glausiusz 14

(7)

C a s s o r l a8

comenta com muita p r o p r i e d a d e a s limitações dos d a d o s sobre tenta-tivas de suicídio e, consultando diversos a u t o r e s , encontrou que a relação t e n t a t i v a / suicídio verificado v a r i a v a entre 7 a 100 t e n t a t i v a s p o r suicídio. Com respeito à

distribuição e n t r e sexos, C a s s o r l a8

fala entre 3 a 4 t e n t a t i v a s p a r a c a d a óbito no sexo masculino e 25 a 30 t e n t a t i v a s p a r a morte, entre a s mulheres. iNos E s t a d o s

Unidos, s e g u n d o B h a t i a3

, a s m u l h e r e s t e n t a m 3 vezes mais suicídio que o homem,

porém o homem m o r r e t r ê s vezes mais por suicídio. Glausiusz 1 4

citando Stengel — c o n s i d e r a d o por seus e s t u d o s 'Attempted Suicide' (1958) e 'Suicide and Attempted Suicide' (1964) como um d o s mais i m p o r t a n t e s p e s q u i s a d o r e s do t e m a — afirma que a s t e n t a t i v a s de suicídio p r e d o m i n a m no sexo feminino e que este b u s c a métodos

m e n o s violentos. B l a c k4

encontrou, entre adolescentes, que a t e n t a t i v a de suicídio é maior no sexo feminino que no masculino, porém que a m o r t a l i d a d e por suicídio é maior entre adolescentes masculinos na p r o p o r ç ã o de 2 : 1 . S e g u n d o esta a u t o r a , n a s tentativas, a s j o v e n s u s a m m é t o d o s m e n o s violentos como envenenamento por d r o g a s , e n q u a n t o os adolescentes masculinos tentam o suicídio por a r m a s de fogo, enforca-mento ou p u l a n d o de locais altos.

Tentativas de suicídio verificadas par faixa etária — Na t a b e l a 6 a p r e s e n t a m o s a

distribuição d a s t e n t a t i v a s de suicídio em n ú m e r o a b s o l u t o e percentual por g r u p o s etários. S u a análise permite a s seguintes o b s e r v a ç õ e s : 1. a faixa etária em que é mais frequente a tentativa de suicídio em Belo Horizonte é a de 15-24 anos, fenômeno n o t a d o p a r a t o d o s os a n o s do período em estudo, s e n d o os valores extremos encont r a d o s 5 5 % e 6 5 % ; 2. a s e g u n d a faixa eencontária em imporencontância n a incidência de encont e n encont a -tiva de suicídio é a compreendida entre 25-44 a n o s , s e g u n d a posição esta o c u p a d a t a m b é m em t o d o o período e s t u d a d o e, os valores e x t r e m o s que definem a p a r t i c i p a ç ã o deste g r u p o etário na incidência de tentativa de suicídio em Belo Horizonte, foram 2 4 % e 3 2 % ; 3. em síntese, p r a t i c a m e n t e , 9 0 % d a s t e n t a t i v a s de suicídio em Belo Horizonte se dá entre 15-44 a n o s ; 4. q u a n d o confrontamos os d a d o s da tabela 6 com os d a s t a b e l a s 2 e 3, podemos afirmar que e s t á entre a faixa etária de 15-44 anos a p o p u l a ç ã o de maior risco a t e n t a r suicídio e alcançar este i n t e n t o ; conviria salientar que, em Belo Horizonte, o contingente populacional presente na faixa etária de 15-24 a n o s ( 2 4 % ) é menor que entre 25-44 anos ( 2 9 % ) , o que nos levaria à hipótese de que n a q u e l a faixa etária (entre 15-24 a n o s ) o risco e n c o n t r a d o seria ainda maior.

Glausiusz 14 c o m e n t a n d o o clássico Stengel, diz que este a u t o r afirma ser a popu-lação que t e n t a o suicídio diferente d a p o p u l a ç ã o que se suicida. Os que tentam, g e r a l m e n t e s ã o m a i s j o v e n s . L e v y i ? esclarece um pouco mais esta discussão, citando

F a i x a Etária

Anos Total

( — ) 15 anos 15-24 anos 25-44 anos 45-49 anos 60 e + anos Ignorado

Anos Total No % No % No % No % No % No %

1971 413 30 7.3 250 60,5 104 25,2 19 4,6 6 1,4 4 1,0

1972 519 18 3,5 293 56,4 154 29,7 17 3,3 6 1,2 31 5.9

1973 684 19 2,7 399 58,3 204 29,8 31 4,5 7 1,1 24 3,6

1974 846 63 7,4 475 56,1 275 32,5 18 2,1 6 0,7 9 1,2

1975 1160 36 3,1 702 60,5 357 30.8 33 2,8 17 1,5 15 1,3

1976 1004 21 2,1 630 62,7 309 30,8 26 2,6 5 0,5 13 1,3

1977 996 70 7,0 620 62,2 258 25,9 25 2,5 7 0,7 16 1,7

1978 1043 37 3,5 687 65,9 258 24,7 40 3,8 6 0,6 15 1,5

1979 272 22 8,1 153 56,2 71 26,1 17 6,2 7 2,6 2 0,8

1980 155 — — 86 55,5 49 31,6 13 8,4 6 3,9 1 0,6

1981 192 3 1,6 177 60,9 62 32,3 7 3,6

3 1,6

Total 7284 319 4,4 4412 60,6 2101 28,8 246 3,4 73 1,0 133 1,8

(8)
(9)

o mesmo Stengel e dizendo que n ã o se pode s e p a r a r uma coisa da outra, pois o suicídio é a t o complexo que ocorre n a vida, não simplesmente como manifestação de doença mental, desordem social ou acontecimento isolado mas, sim, como processo cujo término pode ser um a t o fatal e cujos motivos conscientes a l e g a d o s s ã o a p e n a s os últimos fatores d e s e n c a d e a n t e s de uma multiplicidade p r e g r e s s a

Meios utilizados em tentativas de suicídio verificados — N a t a b e l a 7 e s t u d a m o s a

distribuição d a s t e n t a t i v a s de suicídio no período em questão, em Belo Horizonte, c o r r e -l a c i o n a n d o - a s a o s m é t o d o s uti-lizados. E n c o n t r a m o s q u e : 1. o m é t o d o preferido em t e n t a t i v a s de suicídio é o de envenenamento por s u b s t â n c i a s tóxicas sólidas ou

líqui-d a s ; 2. o s e g u n líqui-d o meio e m p r e g a líqui-d o s ã o os classificalíqui-dos como ' o u t r o s ' e a terceira escolha é a a r m a b r a n c a ; 3. a a r m a de fogo, que está entre o primeiro e s e g u n d o l u g a r nos m é t o d o s escolhidos em suicídios verificados, somente ocupa a q u a r t a posição n a s t e n t a t i v a s de suicídio. Observa-se que os m é t o d o s de ' e n v e n e n a m e n t o ' e de ' a r m a b r a n c a ' geralmente permitem a r e v e r s ã o do q u a d r o , fato que explicaria a relação t e n t a t i v a / s u i c í d i o verificado.

Seria i n t e r e s s a n t e se n a consulta a o s d a d o s d a fonte s e c u n d á r i a p e s q u i s a d a fosse possível d e s t a c a r a correlação 'meio u s a d o na t e n t a t i v a x sexo'. Isto n ã o foi possível. N o s s a hipótese é a de que estes métodos reversíveis são, geralmente, utili-z a d o s m a i s pelo sexo feminino que pelo masculino. Glausiusutili-z 14 c o m e n t a n d o Stengel, diz que realmente n a s t e n t a t i v a s de suicídio há a p r e d o m i n â n c i a de métodos m e n o s

violentos e B l a c k4

, em e s t u d o com adolescentes, informa que a s t e n t a t i v a s entre o sexo feminino s ã o feitas por meios menos violentos e de maior reversibilidade.

Conclusões — O e s t u d o d a s c a r a c t e r í s t i c a s epidemiológicas d o s suicídios e t e n t a t i v a s

de suicídio em Belo Horizonte entre 1971-81 nos forneceu a s seguintes conclusões: a. o coeficiente de m o r t a l i d a d e por suicídio a u m e n t o u no p e r í o d o ; b. o sexo masculino a p r e s e n t o u maior coeficiente no período e s t u d a d o , m o s t r a n d o t a m b é m que este índice está em crescimento; c. o sexo feminino se a p r e s e n t a com coeficiente t r ê s vezes menor que o masculino e estável no período em q u e s t ã o ; d. o maior coeficiente de m o r t a -lidade esteve n a faixa e t á r i a de 25 a 44 a n o s e a p r e s e n t a - s e em crescimento no p e r í o d o ; e. a faixa e t á r i a de 15-24 a n o s a p r e s e n t o u - s e , também, com valores muito altos e no a n o de 1981 chegou ao nível d o s países e u r o p e u s com maior coeficiente de m o r t a l i d a d e por suicídio; f. na faixa e t á r i a de 'até 15 a n o s ' o coeficiente de m o r t a -lidade vem m o s t r a n d o - s e c o n s t a n t e ; g. n a de ' + d e 6 0 ' , a p e s a r de a p r e s e n t a r valores b a i x o s de coeficiente, está em crescimento; h. o meio mais utilizado nos suicídios verificados foi por d i s p a r o de a r m a de fogo e o s e g u n d o método mais u s a d o foi envenenamento por s u b s t â n c i a s tóxicas líquidas e s ó l i d a s ; i. a relação média entre t e n t a t i v a s de suicídio e suicídio verificado foi de 5,5:1,0, relação esta significativamente maior no sexo feminino (11,7:1,0) que no masculino ( 2 , 5 : 1 , 0 ) ; j . a faixa etária em que é mais frequente a tentativa de suicídio é a de '15 a 24 a n o s ' ; k. o método mais u s a d o em t e n t a t i v a s de suicídio é o de envenenamento por s u b s t â n c i a s tóxicas sólidas e líquidas.

R E F E R Ê N C I A S

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Referências

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