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Comparação de diferentes métodos lactacidêmicos e glicêmicos de determinação do limiar anaeróbio em eqüinos

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS

CÂMPUS DE JABOTICABAL

COMPARAÇÃO DE DIFERENTES MÉTODOS LACTACIDÊMICOS E

GLICÊMICOS DE DETERMINAÇÃO DO LIMIAR ANAERÓBIO EM

EQÜINOS

Otavio Augusto Brioschi Soares

Médico Veterinário

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS

CÂMPUS DE JABOTICABAL

COMPARAÇÃO DE DIFERENTES MÉTODOS LACTACIDÊMICOS E

GLICÊMICOS DE DETERMINAÇÃO DO LIMIAR ANAERÓBIO EM

EQÜINOS

Otavio Augusto Brioschi Soares

Orientador: Prof. Dr. Antonio de Queiroz Neto

Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – Unesp, Câmpus de Jaboticabal, como parte das exigências para a obtenção do título de Mestre em Medicina Veterinária.

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Soares, Otavio Augusto Brioschi

S676c Comparação de diferentes métodos lactacidêmicos e glicêmicos de determinação do limiar anaeróbio em eqüinos / Otavio Augusto Brioschi Soares. – – Jaboticabal, 2008

xv, 65 f. : il. ; 28 cm

Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, 2008

Orientador: Antonio de Queiroz Neto

Banca examinadora: José Corrêa de Lacerda Neto, Benedito Sérgio Denadai

Bibliografia

1. Eqüinos. 2. Limiar anaeróbio. 3. Testes de desempenho. I. Título. II. Jaboticabal-Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias.

CDU 619:612.2:636.1

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DADOS CURRICULARES DO AUTOR

OTAVIO AUGUSTO BRIOSCHI SOARES – Nascido no interior paulista, na cidade de

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por tudo.

A toda a minha família, Fernanda, Lia e Pai, Avos Santa e Angelico, Jaime e Cida, Tios Beto e Aracy e filhos: Vi, Lisa, Lu, Nino e Bisna, minha preferida, Tios Luis e Sonia e filhos (e netos): Paula (e João Felipe), Cristina (e Francisco), Chico e Lu, Tios Roberto e Vera e filhos: Léo e Zu, minha outra preferida, Tios Ayrton e Vera e filhos: Thais e Fred; Cleide e família; por todos os momentos;

A FCAV por me mostrar caminhos;

Ao Prof. Dr. Antonio de Queiroz Neto, ao Prof. Dr. José Correa de Lacerda Neto e respectivas equipes, Bel, Fabiana, Eduardo, Flora, Guilherme, Raphael, Anelize, Rebeca, Bunda, Muraka, Marco, Andrey, Carla, Roseli, Felipe, Samira, Raquel, Débora, Lina, Roseli, Deco, Diogo, Wando, Bruna, Topera, por terem concebido, apoiado e realizado todas as idéias expostas neste trabalho;

Aos meus amigos da graduação que persistem, Grico e Gordo, Tchola e Longa, Kstanha e Gema, Gozado e Quaida, pela força contínua; aos novos e velhos da República Mata Bixera, Bamby, Batata, Deny, Fui Eu, Cadu, Cervo, Mininão, Bernento, Gozo, Lirou, Pistol, Teta, Pedala e outros, pelas tradições mantidas que eu tanto adoro; A todos os amigos que juntamente com Tiziu, Trocinho, Vinte e Picolino fazem de Jaboticabal, uma cidade sui generis;

Aos meus amigos do Hospital Veterinário da AMAN, praças e oficiais, personificados nas figuras do Major Henrique, Major Henriques, Tenente Cembranelli, Sargento Célio Fernandes, Cabo Ricardo e Cabo Roberto pelo apoio sem o qual, não seria possível a dedicação a este trabalho, e a outros companheiros de farda, Tenentes Marinato e Izabela Mendes, pelas boas conversas;

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SUMÁRIO

I. INTRODUÇÃO ... 1

1.Testes de desempenho ... 1

2.Geração de energia muscular no exercício ... 2

3.Limiar anaeróbio (LA) ... 3

4.Métodos de determinação do LA ... 6

II. METODOLOGIA ... 11

1.Animais e manejo ... 11

2.Delineamento experimental ... 11

3.Métodos de determinação do LA ... 13

3.1.Teste de intensidade progressiva (V2, V4, LAI e LAI0,5) ... 13

3.2.Teste do Lactato Mínimo (Lacmin) ... 14

3.3.Teste da Máxima Fase Estável do Lactato (MFEL) ... 14

3.4.Limiares glicêmicos ... 15

4.Análise estatística ... 15

III.RESULTADOS ... 18

1.Lactacidemia ... 18

2.Glicemia ... 36

IV.DISCUSSÃO ... 43

1.Teste de intensidade progressiva (V2, V4, LAI e LAI0,5) ... 43

2.Teste do Lactato Mínimo (Lacmin) ... 45

3.Teste da Máxima Fase Estável do Lactato (MFEL)... 46

4.Comparação entre os testes ... 47

5.Limiares glicêmicos ... 49

V.CONCLUSÕES ... 51

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LISTA DE ABREVIATURAS

ATP – Adenosina trifosfato

GLICGlicmin - Glicemia associada ao Glicmin

GLICLGI– Glicemia associada ao Limiar glicêmico individual

Glicmin – Limiar glicêmico associado ao Lacmin

LA – Limiar anaeróbio

LACLacmin– Lactacidemia associada ao Teste do lactato mínimo

LACLAI – Lactacidemia associada ao Limiar anaeróbio individual

LACLAI0,5 - Lactacidemia associada ao LAI0,5

Lacmin – Teste do lactato mínimo

LACMFEL – Lactacidemia associada ao Teste da máxima estável do lactato

LAI – Limiar anaeróbio individual

LAI0,5 – Limiar anaeróbio individual proposto por BALDARI & GUIDETTI (2000)

LGI – Limiar glicêmico individual

MFEL – Máxima fase estável do lactato

NADH2 – Nicotinamida adenina dinucleotídeo em sua forma reduzida

O2máx– Consumo máximo de oxigênio

V2– Velocidade em que a lactacidemia é 2,0 mmol/l

V4– Velocidade em que a lactacidemia é 4,0 mmol/l

VGlicmin – Velocidade associada ao Glicmin

VLacmin– Velocidade associada ao Teste do lactato mínimo

VLAI – Velocidade associada ao Limiar anaeróbio individual

VLAI0,5 – Velocidade associada ao LAI0,5

VLGI – Velocidade associada ao Limiar glicêmico individual

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Duração e velocidade de cada estágio do teste de intensidade progressiva,

realizado para aferimento do Limiar Anaeróbio pelos métodos da Velocidade em que a lactacidemia é 2,0 (V2), 4,0 mmol/L (V4) e dos Limiares Anaeróbios Individuais (LAI e

LAI0,5) ... 17

Figura 2. Figura representativa de duas seções do teste da Máxima Fase Estável do

Lactato (MFEL), uma realizada na velocidade associada à MFEL (VMFEL) e outra em uma velocidade maior ... 20

Figura 3. Figura representativa do cálculo das Velocidades em que a lactacidemia é 2,0

(V2) e 4,0 mmol/L (V4)) ... 23

Figura 4. Gráfico das médias e desvios-padrão das concentrações de lactato plasmático

observadas em eqüinos da raça Puro Sangue Árabe submetidos a esforço de intensidade progressiva em esteira rolante de alto desempenho ... 24

Figura 5. Figura representativa do cálculo do Limiar Anaeróbio Individual (LAI) ... 25

Figura 6. Figura representativa do Teste do Lactato Mínimo (Lacmin) ... 27

Figura 7. Gráfico das médias e desvios-padrão das concentrações de lactato plasmático

observadas em eqüinos da raça Puro Sangue Árabe submetidos ao protocolo do Teste do Lactato Mínimo em esteira rolante de alto desempenho ... 28

Figura 8. Gráfico das lactacidemias associadas ao vários testes de aferição do Limiar

Aneróbio em eqüinos: Limiares anaeróbios individuais (LAI e LAI0,5), Teste do lactato

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Figura 9. Gráfico das velocidades associadas ao vários testes de aferição do Limiar

Anaeróbio em eqüinos: Velocidade em que a lactacidemia é 2,0 (V2) e 4,0 mmol/L (V4),

Limiares anaeróbios individuais (LAI e LAI0,5), Teste do lactato mínimo (Lacmin) e

Máxima Fase Estável do Lactato (MFEL). ... 33

Figura 10. Gráfico da correlação de Spearman entre as VMFEL e VLacmin ... 34

Figura 11. Diagrama de concordância de BLANT & ALTMAN comparando velocidades

preditas pelos métodos da Máxima fase estável do lactato (MFEL) e Teste do lactato mínimo (Lacmin). ... 35

Figura 12. Gráfico das médias e desvios-padrão das glicemias de eqüinos da raça Puro

Sangue Árabe submetidos a esforço de intensidade progressiva em esteira rolante de alto desempenho ... 37

Figura 13. Gráfico das médias e desvios-padrão das glicemias de eqüinos da raça Puro

Sangue Árabe submetidos ao Teste do Lactato Mínimo (Lacmin) em esteira rolante de alto desempenho ... 38

Figura 14. Gráfico das glicemias associadas ao Limiar Glicêmico Individual (LGI) e ao

Glicmin ... 40

Figura 15. Gráfico das velocidades associadas ao Limiar Glicêmico Individual (LGI), ao

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Lactacidemias (mmol/l) obtidas em vários testes de velocidades constantes

para mensuração da Máxima Fase Estável do Lactato (MFEL), em eqüinos da raça Puro Sangue Árabe. Em evidencia as velocidades (VMFEL), sua média e desvio-padrão.... .... 21

Tabela 2. Lactacidemias (LACLAI e LACLAI0,5) e velocidades (VLAI e VLAI0,5) associadas

aos Limiares Anaeróbios Individuais, suas médias e desvios-padrão ... 26

Tabela 3. Lactacidemias (LACLacmin) e velocidades (VLacmin) associadas ao Teste do

lactato mínimo (Lacmin), suas médias e desvios-padrão ... 29

Tabela 4. Velocidades V2; V4; VLAI; VLAI0,5, VLacmin e VMFEL, associadas respectivamente

aos limiares V2; V4; LAI; LAI0,5; Lacmin e MFEL, suas médias e desvios-padrão ... 30

Tabela 5. Médias e desvios-padrão das lactacidemias e velocidades associadas aos

cinco diferentes protocolos de mensuração do Limiar Anaeróbio: Velocidade em que a lactacidmeia é 2,0 (V2) e 4,0 mmol/L (V4), Limiares anaeróbio individuais (LAI e LAI0,5),

Teste do lactato mínimo (Lacmin) e Máxima fase estável do lactato (MFEL)...31

Tabela 6. Comparação entre as glicemias (mg/dl) obtidas no Limiar Glicêmico Individual

(GLICLGI) e no Glicmin (GLICGlicmin)... . 39

Tabela 7. Comparação entre as velocidades (m/s) associadas aos limiares glicêmicos,

Limiar glicêmico individual (VLGI) e Glicmin (VGlicmin), e a Máxima fase estável do lactato

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COMPARAÇÃO DE DIFERENTES MÉTODOS LACTACIDÊMICOS E GLICÊMICOS

DE DETERMINAÇÃO DO LIMIAR ANAERÓBIO EM EQÜINOS

RESUMO

O esporte eqüestre vem exigindo um grau crescente de profissionalismo no mundo todo. Testes de desempenho, como a aferição do Limiar anaeróbio (LA), inserem-se neste contexto. Este trabalho comparou sete protocolos de mensuração do LA, cinco lactacidêmicos (V2, V4, LAI, LAI0,5, Lacmin) e dois glicêmicos (LGI e Glicmin).

Todos foram comparados a Máxima fase estável do lactato (MFEL), protocolo padrão de aferição do LA. Catorze eqüinos Puro Sangue Árabe foram utilizados, entre machos e fêmeas. As médias e desvios-padrão das velocidades associadas aos testes foram: V2 = 9,49 ± 0,83 m/s, V4 = 10,83 ± 0,71 m/s, VLAI = 9,62 ± 0,91 m/s, VLAI0,5 = 10,21 ±

0,80 m/s, VLacmin = 7,49 ± 0,55 m/s, VLGI = 7,69 ± 1,68 m/s, VGlicmin = 8,31 ± 1,64 m/s e

VMFEL = 6,06 ± 0,51 m/s. Somente a VLacmin não diferiu da VMFEL, além de obter

correlação significativa com a mesma de ρ = 0,76 (Correlação de Spearman). A Tendência e os Limites de Concordância entre a VLacmin e a VMFEL foram de 1,43; 0,79 e

2,05. Além de predizer velocidades diferentes da VMFEL, os limiares LAI, LGI e Glicmin

apresentaram dificuldades operacionais. As diferenças entre as velocidades preditas pelos protocolos V2, V4, LAI e LAI0,5, LGI e Glicmin a VMFEL podem ser parcialmente

explicadas por variações de composição de protocolo e dificuldades operacionais. Apesar de não diferirem estatisticamente, as VLacmin e as VMFEL apresentaram baixa

concordância, o que provavelmente pode ser melhorado com ajustes finos no protocolo do Lacmin.

Palavras-chave: eqüinos, limiar anaeróbio, testes de desempenho, limiar de lactato,

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COMPARISON BETWEEN LACTACIDEMIC AND GLICEMIC METHODS FOR

ANAEROBIC THRESHOLD ASSESMENT

SUMMARY

Equestrian sports are demanding a growing degree of professionalism all over the world. Performance tests, as Anaerobic threshold (AT) assessment, are inserted in that context. The present study compared seven protocols for anaerobic threshold assessment: five of them using the lactacidemia (V2, V4, IAT, IAT0.5 and Lacmin) and

two glicemia (IGT and Glicmin). All of them were compared to the Maximal Lactate Steady State (MLSS), the gold standard for AT assessment. Fourteen Arabian horses, males and females were submitted to the protocols. Velocity means and standard deviation associated to each protocol were: V2 = 9.49 ± 0.83; V4 = 10.83 ± 0.71; VIAT =

9.62 ± 0.91; VIAT0,5 = 10.21 ± 0.80; VLacmin = 7.49 ± 0.55; VIGT = 7.69 ± 1.68; VGlicmin =

8.31 ± 1.64 e VMLSS = 6.06 ±0.51. Only VLacmin did not differ from VMLSS, moreover, they

correlate significantly with ρ = 0.76 (Spearman correlation). Bias ant Limits of Agreement of the two methods were 1.43; 0.79 and 2.05. Besides they predicted different velocities when compared to VMLSS, IAT, IGT and Glicmin showed operational difficulties. The

differences between the velocities associated with the several protocols and the VMLSS

could be partially attributed to protocol components variations and some operational difficulties. Regardless the statistical equality, VLacmin and VMLSS revealed poor

agreement, what could probably be improved with adjustments in the Lacmin protocol.

Keywords: equines, anaerobic threshold, performance tests, lactate threshold, maximal

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I. INTRODUÇÃO

1. Testes de desempenho

A prática de esportes eqüestres vem se difundindo em nosso meio, demandando assim, maiores recursos e esforços de diferentes partes do chamado Complexo Agronegócio do Cavalo. Eqüinos são tratados como atletas, portanto, devem seguir esquemas profissionais de dieta e treinamento. Um dos elementos desse profissionalismo consiste na execução de testes para a avaliação do desempenho do atleta.

As exigências básicas para a realização destes testes com atletas, humanos ou eqüinos, são a padronização e a repetibilidade. Para melhor comprimento destes quesitos, faz-se necessária a utilização de uma esteira rolante sob condições laboratoriais (SLOET & CLAYTON, 1999). Na medicina humana, esteiras rolantes motorizadas vêm sendo utilizadas há muitos anos para o estudo da fisiologia do exercício e biomecânica, com o propósito de aprofundar o conhecimento de características específicas da locomoção, do treinamento e da reabilitação para o exercício (BARREY et al., 1993). Este tipo de equipamento, pelo exposto anteriormente, revolucionou o estudo do cavalo em exercício (BOFFI, 2007).

Como citado por PERSSON (1983), no primeiro trabalho publicado sobre cavalos em esteira rolante, PERSSON (1967) estudou a resposta cardiovascular de eqüinos frente à prática de esforço físico.

Atualmente, o emprego de esteiras rolantes de alto desempenho ou de alta velocidade se torna fundamental para estudos de fisiologia do exercício, pois, desta forma, tem-se o controle das condições ambientais e da intensidade de exercício. Suprimem-se assim, variáveis como temperatura ambiente, estado do solo e no caso de eqüinos um importante fator que contribui para a variação dos dados: o cavaleiro.

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conhecidos fora do meio acadêmico (BAS, 2000), embora sejam comprovadamente realizáveis (LINDNER, 2000).

2. Geração de energia muscular no exercício

Como ressalta MUÑOZ et al. (1999), o sucesso do eqüino atleta está intimamente ligado à relação entre a capacidade das vias oxidativa e glicolítica do indivíduo. Sendo assim, o estudo da fisiologia muscular durante o exercício torna-se necessário para o melhor treinamento dos atletas, passando obrigatoriamente pela compreensão dos mecanismos de geração de energia no músculo, incluindo as duas vias citadas.

Todos os indivíduos em exercícios utilizam em um primeiro momento a energia armazenada nos estoques intramusculares de ATP e creatina fosfato, fase esta chamada de fase alática da produção anaeróbia de energia. Após esta fase inicial, a energia requerida pelo exercício pode ser provida pela via glicolítica e pela via aeróbia, sendo que esta última utiliza primeiramente glicogênio e em seguida lipídeos como substratos (SPURWAY, 1992).

Qual via predominará em determinado momento depende da intensidade e duração do exercício. MUÑOZ et al. (1998) ressaltam que a via glicolítica é um mecanismo reconhecidamente importante para geração de energia muscular durante o exercício em eqüinos, principalmente em esforços de alta intensidade e curta duração. Adicionalmente, EATON (1994) relata que a medida que a intensidade do exercício aumenta, uma maior quantidade de lactato é produzida, pois a proporção de energia suprida pela via glicolítica é maior.

Há alguns anos pensava-se que o aumento da intensidade do exercício levaria a um ponto em que quantidades insuficientes de oxigênio estariam disponíveis para a fosforilação oxidativa e moléculas de NADH2 seriam reoxidadas por meio da

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Apesar de alguns pesquisadores ainda defenderem o modelo previamente explanado (WASSERMAN et al, 1999), trabalhos recentes apontam não somente a falta de oxigênio, mas o aumento do fluxo da glicose e o recrutamento de fibras musculares tipo IIx, que produzem energia pela via anaeróbia como mecanismos responsáveis pelo acúmulo de lactato (ANTONUTTO & DI PRANPERO, 1995; BILLAT, 1996). Entende-se por estes trabalhos mais recentes que a via anaeróbia indica a produção de energia sem a participação de oxigênio e não necessariamente a não disponibilidade do mesmo. O fato do acúmulo de lactato dar-se em intensidades abaixo da O2máx reforça

esta hipótese (SVEDAHL & MACINTOSH, 2003).

O lactato produzido então pela via glicolítica tem dois destinos no organismo. Acumula-se no próprio músculo ou é removido pelos cotransportadores H+ -monocarboxilato para o sangue (POOLE & HALESTRAP, 1993). Transportado para o sangue, este lactato é carreado para tecidos aeróbios como o fígado, coração, hemácias e outras fibras musculares, onde é metabolizado aerobiamente ou ressintetizado a novas unidades de carboidratos (SPURWAY, 1992). BOFFI (2007) relata que em exercícios moderados, o lactato produzido por fibras tipo II (anaeróbias), é consumido por fibras do tipo I (aeróbias), coração ou metabolizado no fígado de eqüinos.

Como ressaltam PHILIP et al. (2005), há vários trabalhos que sugerem uma associação entre o acúmulo de lactato nas fibras musculares e a indução da fadiga. Entretanto, os mesmos autores relatam que, recentemente, acredita-se que o lactato possui mínimo envolvimento como causador da fadiga muscular e na verdade, poderia contribuir para o retardamento da mesma.

3. Limiar anaeróbio (LA)

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equipe nos anos 20 do século passado e popularizado por WASSERMAN & MCLLROY (1964), WASSERMAN & WHIPP (1975) e WASSERMAN et al. (1990).

Este limiar, popularmente chamado de Limiar Anaeróbio (LA), é um parâmetro que vem sendo utilizado para a determinação da intensidade do exercício em programas de treinamento de atletas da espécie humana (OLIVEIRA et al., 1994), pesquisas na área de fisiologia do exercício (MCLELLAN & JACOBS, 1989; SIMÕES et al. 1998) e, mais recentemente, mostra-se uma importante ferramenta para o treinamento de cavalos atletas (EVANS et al., 1993; TRILK et al., 2002; FERRAZ et al., 2006).

De acordo com MYERS & ASHLEY (1997), poucas áreas da ciência do exercício geraram tantos relatos científicos, editoriais e debates quanto o estudo do LA e, apesar de alguns relatos chegarem a questionar sua existência, o LA ainda é um parâmetro largamente utilizado no mundo todo.

O LA é atualmente definido como a intensidade do exercício, envolvendo uma grande massa muscular, em que a mensuração do consumo de oxigênio não condiz com todo o requerimento de energia (SVEDAHL & MACINTOSH, 2003).

O LA pode ser determinado utilizando-se variáveis ventilatórias (RIBEIRO et al., 1986), metabólicas (HECK et al., 1985; MCMORRIS et al., 2000) ou cardíacas (CONCONI et al., 1982). Uma das formas de se calcular tal limiar se faz por meio de determinações lactacidêmicas, referindo-se ao ponto em que o estado estacionário dinâmico entre a produção e a remoção do lactato deixa de existir, por excesso de produção, e a concentração plasmática do lactato começa a crescer exponencialmente.

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Segundo LINDNER & BOFFI (2007), o lactato sangüíneo pode ser utilizado na mensuração da capacidade competitiva atual (LINDNER, 2000), potencial atlético (CORROUCE, 1997) e efetividade de treinamento (LINDNER, 1997; citado por LINDNER & BOFFI, 2007) em cavalos.

DENADAI et al. (2000) ainda sugerem que, para humanos, a utilização do lactato sangüíneo para a individualização da intensidade do esforço é tão ou mais adequado do que a porcentagem do consumo máximo de oxigênio ( O2máx), uma variável

ventilatória amplamente utilizada. Ademais KOHRT et al. (1989) relataram que em acompanhamentos da capacidade aeróbia feitos em períodos superiores a seis ou oito meses, o O2máx passa a modificar-se muito pouco, deixando de apresentar a

sensibilidade adequada, ao contrário do lactato sangüíneo. Este fato relatado por KOHRT et al. (1989) é justificado por DENADAI et al. (2000) pelo fato de que mesmo continuando a existir adaptações periféricas (musculoesqueléticas), o O2máx pode não

melhorar, já que as adaptações centrais (sistema cardiovascular e respiratório) ocorrem em menor amplitude; por outro lado, como a resposta do lactato sangüíneo depende mais das modificações periféricas, este índice ainda pode continuar apresentando sensibilidade, mesmo após um período longo de treinamento.

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Apesar de vários métodos serem propostos, o LA determinado pela lactacidemia é um bom indicador do desenvolvimento de acidose metabólica mesmo em indivíduos não sensíveis a outros indicadores como o O2máx (WASSERMAN et al., 1990).

4. Métodos de determinação do LA

Um dos populares métodos de determinação do LA é a chamada Máxima Fase Estável do Lactato (MFEL) e é definido como a máxima intensidade do exercício em que a concentração de lactato não aumenta além da concentração obtida no começo de um exercício de carga constante (TEGBUR et al., 1993). Em outras palavras, a intensidade de exercício em que há um estado estacionário dinâmico entre a produção e a remoção do lactato sangüíneo (HECK et al., 1985). Apesar de ser um procedimento que consome tempo, é considerado um excelente meio para se determinar o LA (SVENDAHL & MACINTOSH, 2003).

De acordo com SVEDAHL & MACINTOSH (2003), outras metodologias de aferição do LA como a velocidade em que a lactacidemia é 4,0 mmol/L (V4), proposta

por MADER et al. (1976), o Limiar Anaeróbio Individual (LAI), proposto por STEGMANN et al. (1981) e o Teste do Lactato Mínimo (Lacmin), proposto por TEGTBUR et al. (1993), são estimadores rápidos do MFEL, o qual é considerado quase como sinônimo de Limiar Anaeróbio pelos autores. Além disso, outros autores tomam como base de comparação o valor do MFEL quando querendo comparar outras metodologias (AUNOLA & RUSKO, 1992).

Originalmente descrito por MADER et al. (1976), o método da V4, assume como

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foram incapazes de sustentar intensidades de exercícios na qual se alcançavam lactacidemias de 4 mmol/L (FOXDAL et al, 1996) e casos em que não houve correlação significativa entre o MFEL e lactacidemia de 4 mmol/L (r=0,57) (AUNOLA & RUSKO, 1992). Embora HECK et al., (1985), tenham proposto a utilização da V4, os mesmos

mostram que a concentração de lactato correspondente a esta intensidade pode variar entre 3-5,5 mmol/L. Apesar das críticas, este método produz uma estimativa do LA muito objetiva e prática, porém não tão precisa.

Em cavalos, embora não tenhamos encontrado na literatura nenhum trabalho que a justifique, a interpretação de que o LA ocorre aos 4 mmol/L de lactacidemia começou a ser empregada há mais de duas décadas (PERSSON, 1983, citado por LINDNER & BOFFI, 2007) e também é considerada verdadeira por vários pesquisadores. LINDNER (1996), baseados nos trabalhos de MADER et al. (1976), determinaram a MFEL de eqüinos como sendo entre 1,5 e 2,5 mmol/L.

Mais um método de aferição do LA, o Limiar Anaeróbio Individual (LAI), baseia-se na cinética do lactato sangüíneo durante um exercício com cargas progressivas. Foi introduzido por STEGMANN et al. (1981) por que os autores ressaltaram que, embora a concentração de lactato no LA seja aproximadamente 4 mmol/L, os mesmos encontraram uma variação individual muito grande (1,5-7,0 mmol/L), propondo então, a aferição de um limiar individualizado. Neste método, o LA pode ser determinado visualmente em um gráfico contendo as variáveis lactacidemia e cargas, ou através de algoritmos computacionais (PRUSACZYK et al., 1993).

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GUIDETTI (2000), propuseram uma metodologia que apesar de considerar variações individuais, assume parâmetros mais objetivos e práticos para a mensuração do LAI, chamada daqui por diante de LAI0,5.

Muito da literatura relacionada a atletas humanos relata o LAI como sendo a intensidade de exercício em que a performance é máxima e pode ser mantida por pelo menos 50 minutos (LOAT & RHODES, 1997).

Há ainda outro método de determinação do LA, o Teste do Lactato Mínimo (Lacmin), o qual consiste do momento em que a concentração de lactato plasmática é mínima antes de um exercício com cargas progressivas e após indução de hiperlactacidemia (TEGTBUR et al., 1993). Indução esta que, apesar de vários protocolos serem propostos, na espécie humana, não influi no resultado final do LA (SMITH et al., 2002). Um dos pontos controversos deste método é a influência que ele sofre da velocidade escolhida para se iniciar a fase de cargas progressivas do teste (CARTER et al., 1999). Apesar disso, SVENDAHL & MACINTOSH (2003) ressaltam que o Lacmin é um método válido de estimativa do MFEL. Em estudo recente, GONDIM et al. (2007), demonstraram ser aplicável a metodologia do Lacmin para cavalos, em teste a campo.

De acordo com SIMÕES et al. (1998), para humanos, apesar dos métodos do LAI, V4 e Lacmin resultarem em valores de limiar de lactacidemia estatisticamente

diferentes, as velocidades e freqüências cardíacas correspondentes ao limiar não possuem diferenças. Baixa correlação entre os mais variados métodos de mensuração do LA vem sendo relatada (FERNANDEZ GUERRA et al., 1996).

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9

vez que as catecolaminas, o glucagon, o cortisol e o hormônio do crescimento, que estão aumentados no exercício, contribuem para o aumento da glicemia.

SIMÕES et al. (1999) demonstraram que a glicemia apresenta aumento ao longo do exercício de cargas progressivas a medida que as intensidades acima do LA são atingidas. Adicionalmente, o mesmo estudo comprovou ser possível predizer o LA a partir do comportamento da curva glicêmica. O mesmo autor preconiza que a sustentação teórica da metodologia do limiar glicêmico deve-se ao fato de que em intensidades sub limiares, a atividade glicogenolítica não está tão elevada e a captação de glicose pelas células sobrepõe a produção de glicose pelo fígado. Ato contínuo, ao se atingir intensidades supra limiares durante o teste, ocorre aumento pronunciado da liberação de catecolaminas, potencializando tanto a glicogenólise hepática quanto a produção de lactato. A partir daí, a glicemia apresenta elevação semelhante à da lactacidemia (SIMÕES, 2000).

No que se refere à prescrição de intensidade de treinamento, a determinação do LA torna-se particularmente importante, pois, registra velocidades em que se podem manter intensidades de exercício aeróbio máximas, sem que o domínio do exercício anaeróbio seja adentrado. Desta forma, conseguem-se seções de treinamento intensas, de duração relativamente alta (AUNOLA & RUSKO, 1992).

Tratando-se de atletas da espécie eqüina, pesquisadores respeitados tem sugerido um programa de treinamento à velocidade correspondente ao V2 (velocidade

do cavalo em que sua lactacidemia atinge 2,0 mmol/L) por 45 minutos, três vezes por semana (TRILK et al., 2002). No Laboratório de Fisiologia do Exercício da FCAV – Unesp - Jaboticabal, por exemplo, trabalhou-se eqüinos em esteira rolante na velocidade correspondente a 80% da V4 por 50 minutos, três vezes por semana e bons

resultados foram obtidos, sem nenhum caso de injúria musculo-esquelética (FERRAZ, 2006).

(25)

10

Acredita-se assim que parte dessas aparentes incongruências seja devida ao pouco estudo, em eqüinos, dos métodos para determinação do LA.

Desta maneira, o objetivo geral do presente estudo foi a comparação de oito protocolos diferentes de mensuração do Limiar Anaeróbio: o método da V2, da V4, os

Limiares Anaeróbios Individuais (LAI e LAI0,5), o Teste do Lactato Mínimo (Lacmin) e os

limiares glicêmicos (LGI e Glicmin). Todos tiveram como base de comparação a Máxima Fase Estável do Lactato (MFEL), considerada o método mais fidedigno de mensuração do LA.

Como objetivos específicos, o presente trabalho teve a investigação da exeqüibilidade dos Limiares Anaeróbios Individuais (LAI e LAI0,5) e glicêmicos (LGI e

(26)

11

II. METODOLOGIA

1. Animais e manejo

Foram utilizados quatorze eqüinos Puro Sangue Árabe, fêmeas e machos castrados, com idade 11,41 ± 3,98 anos e peso de 381,85 ± 22,88 kg, da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - UNESP, Jaboticabal e também animais de propriedades particulares. Exames clínicos, hematológicos e bioquímicos foram realizados. Os resultados destes exames compuseram um quadro mínimo de saúde para a participação destes animais no experimento.

Os animais permaneceram em regime de pasto no Setor de Eqüideocultura do Departamento de Zootecnia da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - UNESP, Jaboticabal, com sal mineral e suplementação com feno de Cynodon dactylon

à vontade. Adicionalmente, forneceu-se concentrado em cochos individuais duas vezes ao dia. O consumo de energia e nutrientes foi proporcional ao peso metabólico (P0,75kg) de cada animal, seguindo as tabelas de exigência do National Research Council (1989).

Os cavalos foram casqueados e ferrageados a cada 35 dias. Foram utilizados como endo e ectoparasiticidas, respectivamente, ivermectina e cipermetrina, no início do experimento e quando necessário.

Todos os procedimentos descritos aqui que envolveram animais foram aprovados pela CEBEA (comissão de ética e bem estar animal) da FCAV-UNESP - Jaboticabal, protocolo nº 002508-04.

2. Delineamento experimental

(27)

12

promover adaptações músculo-esqueléticas, e treinamento físico específico, que visou promover adaptações cardiovasculares. Para prescrição de intensidade do treinamento foi realizado o Teste do Lactato Mínimo (Lacmin), detalhado a seguir. No programa de treinamento geral os animais foram exercitados três dias por semana, montados, percorrendo uma média de 8 km em velocidades que intercalavam os andamentos passo e trote. Já no treinamento específico, os animais foram submetidos a passagens com aquecimento de 10 minutos a 4 m/s, períodos de 5 a 15 minutos na intensidade correspondente ao Lacmin e posterior desaquecimento em esteira rolante de alto desempenho1. Os programas de treinamento físico geral e específico aconteceram simultaneamente durante todo o período de 60 dias.

Nos dias de testes, os animais eram alimentados três horas antes do início do mesmo. Os testes foram realizados na seguinte ordem: teste de intensidades progressivas, Teste do Lactato Mínimo e Máxima Fase Estável do Lactato, com seis dias de intervalo entre eles.

Para obtenção de amostras de sangue para as dosagens lactacidêmicas e glicêmicas os animais foram submetidos à tricotomia, preparação asséptica e venocateterização2 da jugular. Para facilitar as colheitas de sangue com o animal em movimento foi acoplado ao cateter um tubo extensor3. Dez mililitros de sangue foram colhidos e distribuídos em tubos a vácuo4 contendo anticoagulante EDTA e fluoreto de sódio 1 % para as dosagens glicêmicas5, realizadas por método cinético. Ato contínuo, vinte e cinco microlitros de sangue foram colhidos por meio de pipeta apropriada e analisados em um lactímetro6. Não foi utilizado nenhum produto lisante de células, portanto as lactacidemias aqui encontradas são plasmáticas. Após cada colheita o cateter e o tubo extensor foram lavados com solução de heparina a 2,5%.

1

Esteira rolante Galloper® Sahinco LTDA, Palmital-SP, Brasil.

2

Cateter InsyteTM 14GA X 1,75IN – 2,1 X 45mm – 330ml/min – BD®. 3

10 Fr5 x 60 cm BD®.

4

Vacutainer System.

5

Kit Labtest, Lagoa Santa –MG, Brasil.

6

(28)

13

3. Métodos de determinação do LA

3.1. Teste de intensidade progressiva (V2, V4, LAI e LAI0,5)

Este teste foi utilizado para a mensuração da V2, V4, LAI e LAI0,5 . Este teste foi

utilizado em experimentos prévios no Laboratório de Fisiologia do Exercício da FCAV – Unesp – Jaboticabal (FERRAZ, 2003/2007) com pequenas diferenças. Após 5 minutos de aquecimento a 4 m/s a esteira foi inclinada a 5% e as velocidades foram aumentadas, a cada 2 minutos, para 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 e 13 m/s, até a não sustentação e amostras foram colhidas quinze segundos antes do final de cada estágio. A não sustentação do exercício caracterizou-se pela falta de sincronismo do andamento do animal com o deslocamento da esteira rolante. Posteriormente foi realizado um desaquecimento ativo a 3 m/s por 20 minutos. Amostras de sangue foram colhidas com 2, 5, 10 e 20 minutos de desaquecimento. O esquema de cargas e tempos de cada estágio está esquematizado na figura 1. O tempo total do teste foi de 43 minutos.

A V4, como proposta por MADER et al. (1976), é calculada por meio da plotagem

das velocidades e das lactacidemias em um gráfico, aproxima-se então uma curva de tendência para essa plotagem e por meio de equação exponencial estima-se a velocidade em que a lactacidemia é 4,0 mmol/L (V4). Do mesmo modo, a V2, índice que

tem como base os achados de LINDNER (1996), pôde ser encontrada como sendo o ponto onde a lactacidemia é de 2,0 mmol/L.

O LAI, como proposto por STEGMANN et al. (1981), é calculado por meio da plotagem dos tempos de exercício e recuperação pela lactacidemia, traça-se então uma reta paralela ao eixo das ordenadas a partir do ponto mais alto de lactacidemia durante o exercício progressivo. A partir do ponto onde esta nova reta cruza a curva de recuperação, é traçada uma reta que tangencia a curva de exercício progressivo. Este ponto de tangência é considerado o LAI. Estima-se, então, a lactacidemia e a velocidade associadas ao LAI (LACLAI e VLAI).

O LAI0,5, de acordo com BALDARI & GUIDETTI (2000), é considerado a

(29)

14

sendo o segundo aumento maior ou igual ao primeiro. Assim, calcula-se a lactacidemia e a velocidade associadas ao LAI0,5 (LACLAI0,5 e VLAI0,5).

3.2. Teste do Lactato Mínimo (Lacmin)

Após 5 minutos de aquecimento (v = 4 m/s, sem inclinação), provocou-se hiperlactacidemia ao se colocar o animal para galopar, com a esteira inclinada a 10%, na maior velocidade possível, até a não sustentação do exercício. Depois disso o animal foi colocado a velocidade de 4 m/s e, após dois minutos da primeira redução da concentração de lactato, submeteu-se o animal ao teste de velocidades progressivas com coleta de sangue em cada estágio, similarmente ao teste de intensidade progressiva (estágio inicial de 5 m/s e acréscimo de 1 m/s a cada 2 minutos). Os dados deste teste progressivo foram colocados em gráfico e o ponto no qual a concentração de lactato apresentou uma inflexão, calculada por meio da derivada zero da equação ajustada, foi considerado o Lacmin. Estimou-se assim, a lactacidemia e a velocidade associadas ao Lacmin (LACLacmin e VLacmin). Este teste foi criado para humanos

(TEGTBUR et al., 1993) e foi utilizado para eqüinos por GONDIM et al. (2007) com um protocolo significantemente diferente do aqui exposto.

3.3. Teste da Máxima Fase Estável do Lactato (MFEL)

Os cavalos foram submetidos a várias sessões de exercício com pelo menos dois dias de descanso entre elas, com intensidade constante e duração de 30 minutos. Amostras sangüíneas foram coletadas no início e a cada 5 minutos do teste. Esta metodologia segue preconizações da ciência esportiva humana (SVEDAHL & MACINTOSH, 2003) e assemelha-se a utilizada em eqüinos por LINDNER (1996). A primeira sessão foi de intensidade igual a VLacmin e as outras com intensidades

progressivamente menores em 5% do valor da VLacmin até se chegar a uma intensidade

máxima na qual não há mudança na lactacidemia de mais de 1 mmol/L nos últimos 20 minutos da sessão. Desta forma, a velocidade associadas ao MFEL (VMFEL) e a média

(30)

15

3.4. Limiares glicêmicos

Dois limiares glicêmicos foram calculados. Para tal, como preconizado por SIMÕES (2000), assumiu-se como limiar glicêmico o ponto de menor glicemia durante os testes de intensidade progressiva e do Lactato Mínimo (Lacmin). Pôde-se assim calcular as glicemias e velocidades associadas ao teste de intensidade progressiva, chamado aqui de Limiar Glicêmico Individual (GLICLGI e VLGI) e ao teste do Lacmin ,

chamado aqui de Glicmin (GLICGlicmin e VGlicmin).

4. Análise estatística

Para comparação das lactacidemias do teste de intensidade progressiva (LACLAI

e LACLAI0,5) foi usado o teste “t” de Student pareado.

Para a comparação das velocidades nos limiares obtidos pela lactacidemia, foi realizada análise de variâncias em ranques para medidas repetidas (Friedman RM ANOVA on Ranks) com posterior teste de Dunn para comparações versus um controle (VMLLS), já que estas tiveram comportamento divergente da normalidade mesmo após

sofrer transformações. Para métodos cuja velocidade no limiar não diferiu da VMFEL, foi

calculado o índice de correlação de Spearman (ρ) e sua significância, além de aplicado o método de investigação de concordância de BLAND & ALTMAN (1986) para métodos de mensurações clínicas. Este método prevê o cálculo da Tendência (Bias), ou média das diferenças entre os métodos e os Limites de Concordância de 95 %, os quais refletem a extensão em qual é esperado que se diferencie as velocidades associadas ao limiar, quando medidas pelas duas metodologias.

Para comparação das glicemias associadas aos dois limiares glicêmicos foi utilizado o teste “t” de Student pareado e, para a comparação entre as velocidades nos limiares glicêmicos e a VMFEL foi realizada análise de variância para medidas repetidas

(31)

16

variável velocidade apresentou-se altamente instável, com Coeficiente de Variação maior que 30%.

Todas as comparações estatísticas tiveram como índice de significância 5% (p<0,05) e foram realizadas pelos programas computacionais SigmaStat 3.17 e SAS Enterprise Guide 2.1.48.

7

Systat Software, Inc., San José, CA, USA.

8

(32)

17

Figura 1. Du cada estágio do teste de intensidade progressiva, realizado para

aferimento do Limiar Anaeróbio pelos métodos da Velocidade em que a lactacidemia é 2,0 (V2),

4,0 mmol/L (V4) e dos Limiares Anaeróbios Individuais (LAI e LAI0,5).

Tempo (minutos)

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44

V

e

locidade (m.

s

-1 )

2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

(33)

18

III. RESULTADOS

1. Lactacidemia

A figura 2 mostra uma figura representativa da Máxima Fase Estável do Lactato (MFEL). A tabela 1 traz as concentrações plasmáticas de lactato obtidas nas várias seções de testes de intensidade constante, para obtenção da MFEL. Em evidência estão as velocidades associadas à MFEL (VMFEL), que foram em média e desvio padrão

6,06 ± 0,51 m/s. Foram necessárias de duas a quatro seções por animal, em média 2,79. A lactacidemia nos últimos vinte minutos variou entre 0,74 ± 0,33 e 1,69 ± 0,93 mmol/L e teve média de 0,84 ± 0,20 mmol/L.

As concentrações de lactato plasmático obtidas para cada animal no protocolo de intensidade progressiva podem ser observadas no apêndice 1. A figura 3 mostra uma figura representativa utilizada para obtenção da V2 e V4. Gráfico das lactacidemias

médias e suas respectivas velocidades é mostrado na figura 4. A figura 5 mostra uma figura representativa utilizada para obtenção do LAI. Foi possível calcular a V2, a V4 e o

LAI0,5 para todos os animais, já o cálculo do LAI não foi possível para quatro animais

pois, mesmo aos 20 minutos de recuperação (última mensuração), a lactacidemia ainda era maior que a última lactacidemia em exercício, o que impossibilita a criação da reta (a), conforme figura 5.

A V2 e V4 encontradas foram em média e desvio-padrão 9,49 ± 0,83 e 10,83 ±

0,71 m/s respectivamente.

A tabela 2 mostra as lactacidemias (LACLAI e LACLAI0,5) e velocidades (VLAI e

VLAI0,5) associadas ao LAI e ao LAI0,5, que foram em média 2,15 ± 0,88; 2,90 ± 0,77

mmol/l e 9,62 ± 0,91; 10,21 ± 0,80 m/s. As lactacidemias dos limiares do protocolo de intensidade progressiva (LACLAI e LACLAI0,5) não diferiram entre si, porém diferiram

estatisticamente de 4,0 mmol/L. A LACLAI não diferiu de 2,0 mmol/L, já a LACLAI0,5 sim.

(34)

19

média e desvio-padrão 1,23 ± 0,64 mmol/l e 7,49 ± 0,55 m/s. O pico de lactacidemia (4,89 ± 1,79 mmol/L) foi atingido com uma velocidade média de 9,35 ± 0,34 m/s a 10% de inclinação da esteira, após 2,14 ± 0,95 minutos do fim do galope máximo. Findo o galope, a lactacidemia começou a cair após 4,14 ± 0,95 minutos e o teste incremental foi iniciado após 5,86 ± 0,53 minutos. Uma figura demonstrativa deste protocolo é caracterizada na figura 6. Gráfico das médias e desvios-padrão das lactacidemias e suas respectivas velocidades é mostrado na figura 7.

Na tabela 3 podem ser observadas as lactacidemias e velocidades associadas aos Lacmin (LACLacmin e VLacmin).

A tabela 4 mostra as velocidades V2, V4, VLAI, VLAI0,5, VLacmin e VMFEL, associadas

respectivamente aos limiares V2; V4; LAI; LAI0,5; Lacmin e MFEL, suas médias e

desvios-padrão.

As médias das lactacidemias e velocidades associadas às diferentes metodologias são mostradas na tabela 5. Gráfico das lactacidemias associadas aos diferentes limiares de lactato são mostradas na figura 8. Na figura 9 são confrontadas as velocidades associadas a estes limiares.

Todos os métodos, exceto o Lacmin, produziram velocidades associadas ao limiar diferentes estatisticamente da VMFEL.

A correlação entre as VMFEL e VLacmin foi significante (p<0,05). O coeficiente de

correlação de Sperman (ρ) entre as velocidades foi de 0,76. Gráfico desta correlação pode ser visto na figura 10.

A Tendência (Bias) e os Limites de Concordância de BLAND & ALTMAN (1986) entre as VMFEL e VLacmin foram de 1,43; 0,79 e 2,05. Um diagrama de concordância de

(35)

20

Tempo (min)

0 5 10 15 20 25 30 35

Lac

tac

idemia (

m

mol/l)

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5

V = VMFEL

V > VMFEL

Figura 2. Figura representativa de duas seções do teste da Máxima Fase Estável do Lactato (MFEL),

uma realizada na velocidade associada à MFEL (VMFEL) e outra em uma velocidade maior.

(36)

21

Tabela 1. Lactacidemias (mmol/l) obtidas em vários testes de velocidades constantes para mensuração

da Máxima Fase Estável do Lactato (MFEL), em eqüinos da raça Puro Sangue Árabe. Em

evidencia as velocidades (VMFEL), sua média e desvio-padrão.

Animal Seção Vel

(m/s) Basal Aquec 5 10 15 20 25 30

VMFEL

(m/s)

1

1 5,10 0,25 0,30 0,55 0,47 0,60 0,82 0,90 1,12

5,10

2 5,80 0,36 0,26 1,04 1,10 1,43 1,91 2,76

2

1 6,00 0,40 0,26 0,40 0,36 0,38 0,35 0,38 0,57

6,30

2 6,30 0,30 0,17 0,27 0,22 0,35 0,35 0,50 0,57

3 6,70 0,27 0,19 0,42 0,42 0,55 0,72 0,96 1,81

3

1 5,50 0,27 0,24 0,33 0,36 0,47 0,62 0,85 1,01

6,20

2 5,90 0,27 0,19 0,27 0,39 0,49 0,49 0,76 1,03

3 6,20 0,46 0,25 0,43 0,70 0,79 0,84 1,06 1,44

4 6,60 0,36 0,34 0,42 0,56 0,60 0,87 1,08 1,66

4

1 6,30 0,29 0,18 0,31 0,31 0,47 0,67 0,85 1,26

6,30

2 6,70 0,38 0,30 0,40 0,41 0,60 0,96 1,63

3 7,10 0,40 0,28 0,55 0,51 0,72 1,41 2,07 3,41

5

1 5,70 0,40 0,28 0,40 0,28 0,52 0,57 0,92 0,95

6,00

2 6,00 0,37 0,21 0,35 0,42 0,48 0,60 0,84 1,22

3 6,40 0,39 0,33 0,54 0,64 1,03 1,29 2,25 3,38

6

1 5,60 0,24 0,17 0,36 0,56 0,83 0,76 0,91 1,43

5,60

2 6,00 0,29 0,19 0,67 1,06 1,54 1,61 2,02 2,58

3 6,30 0,36 0,57 0,80 1,17 1,41 2,02 2,70 3,86

7

1 6,50 0,34 0,34 0,78 0,86 0,98 1,15 1,21 1,87

6,50

(37)

22

Animal Seção Vel

(m/s) Basal Aquec 5 10 15 20 25 30

VMFEL

(m/s)

8

1 5,20 0,23 0,15 0,41 0,52 0,55 0,61 0,82 0,97

5,20

2 5,50 0,31 0,15 0,44 0,50 0,57 0,92 1,14 1,84

9

1 6,40 0,40 0,19 0,45 0,52 0,73 0,73 1,06 1,31

6,40

2 6,80 0,32 0,21 0,78 1,01 1,28 1,67 2,30

10

1 6,30 0,23 0,17 0,34 0,39 0,56 0,74 0,96 1,30

6,30

2 6,70 0,41 0,22 0,67 1,02 1,51 2,00 3,08

11

1 5,70 0,30 0,19 0,36 0,42 0,50 0,72 0,96 1,21

5,70

2 6,00 0,33 0,23 0,63 0,73 0,97 1,30 1,86

3 6,70 0,32 0,38 0,69 0,77 0,97 1,74 2,91

12

1 5,80 0,28 0,21 0,32 0,36 0,41 0,47 0,58 0,71

6,10

2 6,10 0,28 0,18 0,37 0,48 0,51 0,62 0,78 0,98

3 6,50 0,36 0,19 0,59 0,55 0,72 1,03 1,34 2,11

13

1 6,60 0,27 0,27 0,37 0,45 0,45 0,55 0,62 0,72

7,00

2 7,00 0,36 0,23 0,40 0,36 0,38 0,48 0,68 1,05

3 7,40 0,30 0,26 0,48 0,47 0,57 0,79 1,29 1,96

4 8,00 0,51 0,42 0,65 0,63 0,76 0,94 1,49 2,51

14

1 6,20 0,48 0,26 0,31 0,33 0,41 0,50 0,83 1,34

6,20

2 6,60 0,40 0,31 0,52 0,65 0,90 1,51 1,67 2,21

3 8,00 0,56 0,60 0,81 0,85 1,07 1,89 3,10 4,33

Média 6,06

DP 0,51

Vel - Velocidade

(38)

23

Velocidade (m/s)

4 6 8 10 12 14

Lact

acidem

ia (mmol

/l

)

0 2 4 6 8 10

V4 V2

Figura 3. Figura representativa do cálculo das Velocidades em que a lactacidemia é 2,0 (V2) e 4,0 mmol/L

(39)

24

velocidade (m/s)

4 6 8 10 12 14

lactacidem

ia (mm

o

l/

l)

0 2 4 6 8 10 12 14

y = 0,035e0,439x R2 = 0,99

Figura 4. Gráfico das médias e desvios-padrão das concentrações de lactato plasmático observadas em

eqüinos da raça Puro Sangue Árabe submetidos a esforço de intensidade progressiva em

(40)

25

Tempo (minutos)

3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41

La

c

ta

c

id

e

m

ia

(mmo

l/l)

0 2 4 6 8 10 12

a

b

LAI

Figura 5. Figura representativa do cálculo do Limiar Anaeróbio Individual (LAI). Pode-se ver a reta (a)

paralela ao eixo das ordenadas criada a partir da lactacidemia mais alta em exercício, a reta (b)

que parte do ponto de intersecção entre (a) e a curva de recuperação, e o LAI. Nota-se que se a

curva de recuperação não atingir valores menores que a última lactacidemia obtida em

(41)

26

Tabela 2. Lactacidemias (LACLAI e LACLAI0,5) e velocidades (VLAI e VLAI0,5) associadas aos Limiares

Anaeróbios Individuais, suas médias e desvios-padrão.

Animal LACLAI (mmol/l) VLAI (m/s) LACLAI0,5 (mmol/l) VLAI0,5 (m/s)

1 2 7,90 3,29 9,00

2 1,6 10,00 4,66 11,00

3 - . 3,14 11,00

4 2,75 11,00 2,75 11,00

5 0,8 8,20 2,12 10,00

6 - . 3,17 10,00

7 - . 3,86 11,00

8 3,7 9,90 2,35 9,00

9 2,1 9,90 2,29 10,00

10 2 9,60 2,45 10,00

11 3,29 10,00 2,15 9,00

12 2 9,80 2,17 10,00

13 1,3 9,90 2,52 11,00

14 - . 3,71 11,00

Média 2,15 9,62 2,90 10,21

(42)

27

Tempo (min)

0 5 10 15 20 25 30

Lact

aci

demi

a (mmol

/l

)

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0

Inclinação (%)

0 10 5

Velocidade (m/s)

4

4 Max 5 6 7 8 9 10 11

Figura 6. Figura representativa do Teste do Lactato Mínimo (Lacmin). Notam-se quatro fases distintas: a

primeira de aquecimento (5 min; 4 m/s; 0%); a segunda de provocação de acidose lática (tempo

máximo, velocidade máxima, 10%); a terceira de volta a queda da lactacidemia (6 a 8 minutos;

4m/s; 5%) e a quarta de intensidade progressiva (2 minutos por estágio, estágio inicial de 5 m/s

(43)

28

Velocidade (m/s)

5 6 7 8 9 10 11

Lact

a

cidemia (mmol/

l)

0 1 2 3 4 5 6 7

Figura 7. Gráfico das médias e desvios-padrão das concentrações de lactato plasmático observadas em

eqüinos da raça Puro Sangue Árabe submetidos ao protocolo do Teste do Lactato Mínimo

(44)

29

Tabela 3. Lactacidemias (LACLacmin) e velocidades (VLacmin) associadas ao Teste do Lactato Mínimo

(Lacmin), suas médias e desvios-padrão.

Animal LACLacmin (mmol/l) VLacmin(m/s)

1 1,99 7,40

2 0,55 7,48

3 0,51 6,88

4 0,69 7,71

5 0,82 7,13

6 0,95 7,09

7 1,60 8,03

8 0,75 6,55

9 1,35 8,00

10 1,66 7,88

11 0,90 6,92

12 1,04 7,28

13 2,71 8,30

14 1,73 8,23

Média 1,23 7,49

(45)

30

Tabela 4. Velocidades V2; V4; VLAI; VLAI0,5, VLacmin e VMFEL, associadas respectivamente aos limiares V2;

V4; LAI; LAI0,5; Lacmin e MFEL, suas médias e desvios-padrão. O único método cujas

velocidades não diferiram estatisticamente da VMFEL foi o Lacmin (Teste de Dunn para

comparações versus um controle, p<0,05).

Animal V2 (m/s) V4 (m/s) VLAI (m/s) VLAI0,5 (m/s) VLacmin (m/s) VMFEL (m/s)

1 7,22 8,92 7,90 9,00 7,40 5,10

2 9,86 10,86 10,00 11,00 7,48 6,30

3 10,34 11,43 . 11,00 6,88 6,20

4 10,38 11,68 11,00 11,00 7,71 6,30

5 9,81 11,15 8,20 10,00 7,13 6,00

6 9,07 10,56 . 10,00 7,09 5,60

7 9,75 11,11 . 11,00 8,03 6,50

8 8,72 10,16 9,90 9,00 6,55 5,20

9 9,12 10,86 9,90 10,00 8,00 6,40

10 9,59 10,75 9,60 10,00 7,88 6,30

11 9,13 10,31 10,00 9,00 6,92 5,70

12 9,72 11,03 9,80 10,00 7,28 6,10

13 10,43 11,68 9,90 11,00 8,30 7,00

14 9,74 11,12 . 11,00 8,23 6,20

Média 9,49 10,83 9,62 10,21 7,49 6,06

(46)

31

Tabela 5. Médias e desvios-padrão das lactacidemias e velocidades associadas aos cinco diferentes

protocolos de mensuração do Limiar Anaeróbio: Velocidade em que a lactacidmeia é 2,0 (V2) e

4,0 mmol/L (V4), Limiares anaeróbio individuais (LAI e LAI0,5), Teste do Lactato Mínimo (Lacmin)

e Máxima Fase Estável do Lactato (MFEL).

Metodologia Lactacidemia (mmol/l) Velocidade (m/s)

V2 - 9,49 ± 0,83

V4 - 10,83 ± 0,71

LAI 2,15 ± 0,88 9,62 ± 0,91

LAI0,5 2,90 ± 0,77 10,21 ± 0,80

Lacmin 1,23 ± 0,64 7,49 ± 0,55

(47)

32

LAI LAI0,5 Lacmin MLSS

Lac

tac

idemia (mmol/l)

0 1 2 3 4 5

Figura 8. Gráfico das lactacidemias associadas ao vários testes de aferição do Limiar Aneróbio em

eqüinos: Limiares Anaeróbios Individuais (LAI e LAI0,5), Teste do Lactato Mínimo (Lacmin) e

(48)

33

V2 V4 LAI LAI0,5 Lacmin MLSS

V

e

loci

dade (m/

s

)

4 6 8 10 12 14

Figura 9. Gráfico das velocidades associadas ao vários testes de aferição do Limiar Anaeróbio em

eqüinos: Velocidade em que a lactacidemia é 2,0 (V2) e 4,0 mmol/L (V4), Limiares Anaeróbios

Individuais (LAI e LAI0,5), Teste do Lactato Mínimo (Lacmin) e Máxima Fase Estável do Lactato

(MFEL). O único método cujas velocidades não diferiram estatisticamente da VMFEL foi o Lacmin

(49)

34

Ranque da VMLSS

0 2 4 6 8 10 12 14 16

Ranque da V

Lac

m

in

0 2 4 6 8 10 12 14 16

y = 0,768x + 1,733 R2 = 0,584

Figura 10. Gráfico da correlação de Spearman entre as VMFEL e VLacmin. A correlação entre as variáveis foi

significante (p<0,05) e o coeficiente de correlação de Sperman foi ρ = 0,76, indicando boa

(50)

35

Média das velocidades entre MFEL e Lacmin (m.s-1)

5,6 5,8 6,0 6,2 6,4 6,6 6,8 7,0 7,2 7,4 7,6 7,8

Di

fe

rença na veloci

dade

entre Lacmi

n

e MFE

L

(m.

s

-1 )

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0

Figura 11. Diagrama de concordância de BLANT & ALTMAN comparando velocidades preditas pelos

métodos da Máxima Fase Estável do Lactato (MFEL) e Teste do Lactato Mínimo (Lacmin). A

linha sólida representa a Tendência (Bias) ou média das diferenças entre as metodologias. As

linhas pontilhadas representam os Limites de Concordância de 95 % entre as duas

metodologias, e refletem a extensão em qual é esperado que se diferencie as velocidades

(51)

36

2. Glicemia

Os resultados das glicemias obtidos para cada instante em cada animal no protocolo de intensidade progressiva pode ser visto no apêndice 3. Já no apêndice 4 pode-se observar as glicemias encontradas nos diferentes eqüinos no protocolo do Teste do Lactato Mínimo. Gráfico da média das glicemias no teste de intensidade progressiva é mostrado na figura 12, enquanto gráfico da média das glicemias no protocolo do Teste do Lactato Mínimo pode ser observado na figura 13. Seguindo as orientações de SIMÕES (2000), o limiar glicêmico pode ser calculado para treze dos quatorze eqüinos, tanto no protocolo de intensidade progressiva, quanto no protocolo do Teste do Lactato Mínimo. Isto se deveu a existência de dois valores de glicemia mínimos idênticos para duas velocidades diferentes. A tabela 6 e a figura 14 comparam as glicemias associadas aos limiares glicêmicos (GLICLGI e GLICGlicmin). Já a tabela 7 e

a figura 15 mostram a comparação entre as velocidades associadas aos limiares glicêmicos (VLGI e VGlicmin) e as velocidades associadas ao MFEL (VMFEL). As médias e

desvios-padrão das glicemias associadas aos dois limiares glicêmicos LGI e Glicmin foram 76,40 ± 20,52 e 89,58 ± 20,78 mg/dl e não diferiram estatisticamente. Já as médias e desvios-padrão das velocidades associadas a estes limiares (VLGI e VGlicmin),

(52)

37

Tempo (minutos)

-5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

Gli

c

emi

a

(mg/

dl

)

40 60 80 100 120 140 160 180 200 220

Figura 12. Gráfico das médias e desvios-padrão das glicemias de eqüinos da raça Puro Sangue Árabe

(53)

38

0 5 2 4 6 8 10 12 14 16

Glic

emia

(mg/d

l)

50 60 70 80 90 100 110 120 130

Aquecimento Vel Max

D D

Intensidade progressiva

Tempo (minutos)

Figura 13. Gráfico das médias e desvios-padrão das glicemias de eqüinos da raça Puro Sangue Árabe

submetidos ao Teste do Lactato Mínimo (Lacmin) em esteira rolante de alto desempenho.

Notam-se quatro fases distintas do teste: a primeira de Aquecimento (0 a 5 min); a segunda

de provocação de hiperlactacidemia (Vel Max); a terceira de desaquecimento (D) e a quarta

(54)

39

Tabela 6. Comparação entre as glicemias (mg/dl) obtidas no Limiar Glicêmico Individual (GLICLGI) e no

Glicmin (GLICGlicmin). Médias com letras iguais denotam falta de diferença estatística (Teste “t”

de Student pareado, p<0,05).

Animal GLICLGI(mg/dl) GLICGlicmin (mg/dl)

1 112,47 99,99

2 80,92 73,55

3 59,50 115,83

4 - 71,89

5 52,06 95,03

6 54,54 86,77

7 58,67 120,65

8 94,01 68,59

9 88,06 -

10 92,82 84,29

11 57,84 75,25

12 103,53 53,71

13 60,32 104,12

14 78,50 114,87

Média 76,40A 89,58A

(55)

40

LGI Glicmin

Glic

emia

(mg/d

l)

40 60 80 100 120 140

A

A

Figura 14. Gráfico das glicemias associadas ao Limiar Glicêmico Individual (LGI) e ao Glicmin. Médias

(56)

41

Tabela 7. Comparação entre as velocidades (m/s) associadas aos limiares glicêmicos, Limiar Glicêmico

Individual (VLGI) e Glicmin (VGlicmin), e a Máxima Fase Estável do Lactato (VMFEL). Letras diferentes a frente

das médias denotam diferença estatisticamente significativa (Teste de Duncan, p<0,05).

Animal VLGI (m.s-1) VGlicmin (m.s-1) VMFEL (m.s-1)

1 8,00 7,00 5,10

2 6,00 8,00 6,30

3 5,00 7,00 6,20

4 - 10,00 6,30

5 8,00 7,00 6,00

6 10,00 9,00 5,60

7 6,00 9,00 6,50

8 8,00 9,00 5,20

9 10,00 - 6,40

10 9,00 9,00 6,30

11 7,00 4,00 5,70

12 9,00 9,00 6,10

13 5,00 10,00 7,00

14 9,00 10,00 6,20

Média 7,69A 8,31A 6,06B

(57)

42

LGI Glicmin MFEL

V

e

loci

dade (m/

s

)

3 4 5 6 7 8 9 10 11

A A

B

Figura 15. Gráfico das velocidades associadas ao Limiar Glicêmico Individual (LGI), ao Glicmin e a

Máxima Fase Estável do Lactato (MFEL). Letras diferentes acima dos boxes denotam

(58)

43

IV. DISCUSSÃO

1. Teste de intensidade progressiva (V2, V4, LAI e LAI0,5)

Os valores médios e desvios-padrão da concentração de lactato sanguíneo encontrados em cavalos da Raça Puro Sangue Árabe em repouso por THOMASSIAN et al. (2005) foram de 1,7 ± 0,1 mmol/L. Já PICCIONE et al. (2004), trabalhando com Árabes e Anglo-árabes, encontraram valores basais de 0,7 ± 0,1 e 0,6 ± 0,1 respectivamente. No presente trabalho a média e desvio-padrão da lactacidemia basal foi de 0,36 ± 0,09 mmol/L.

Os valores basais bem mais baixos podem ser explicados por dois fatores. Primeiramente, THOMASSIAN et al. (2005) utilizaram sangue total enquanto no presente estudo foi utilizada somente a concentração de lactato plasmática já que não era adicionado lisante de células durante a mensuração da lactacidemia. De acordo com THIN et al. (1999), amostras mensuradas sem o uso de lisante produzem lactacidemias menores apesar de não produzirem velocidades associadas ao limiar de lactato diferentes. Estes achados sugerem então que, a concentração de lactato dentro das células sanguíneas é maior que a concentração plasmática nos momentos mensurados. PÖSÖ (1995) sugeriu que cavalos de bom desempenho produzem concentrações sanguíneas de lactato maiores pois tem sua capacidade de transporte desta molécula para os eritrócitos aumentada. E por isso sugere também que testes de desempenho devem ser realizados com concentrações de lactato plasmático, o que refletiria mais fidedignamente a dinâmica músculo/sangue do mesmo.

Ademais, FRANCHINI et al. (2004) demonstraram que a utilização de um aparelho portátil que se utiliza de fitas reagentes9 produz valores diferentes dos valores encontrados pelo lactímetro de mesa elétroenzimático10. Para valores abaixo de 5 mmol/L, nos que se enquadram os valores basais, o analisador de fita os superestima.

9

Accutred, Roche, Brasil.

10

(59)

44

Já que THOMASSIAN et al. (2005) utilizaram o lactímetro de fita isto também ajudaria a explicar a diferença de valores. PICCIONE et al. (2004) apesar de realizar os testes nas mesmas condições de THOMASSIAN et al. (2005), lactímetro portátil e concentrações de sangue totais, encontraram lactacidemias mais próximas das do presente estudo.

Para as lactacidemias durante o teste, PICCIONE et al. (2004) encontraram valores entre 0,8 ± 0,1 e 7,3 ± 2,0 mmol/L e para Anglo-Árabes jovens e 1,1 ± 0,3 e 8,5 ± 0,7 mmol/L para Árabes adultos. THOMASSIAN et al. (2005) encontraram lactacidemias entre 1,7 ± 0,3 e 14,7 ± 3,9 mmol/L. No teste de intensidade progressiva feito em esteira rolante os valores variaram de 0,46 ± 0,16 a 11,65 ± 2,19 mmol/L no presente trabalho, estando de acordo com os dados da literatura.

Quanto as V4, BAS et al. (2000) relatam que dados muito variados podem ser

encontrados na literatura, e citam valores de 8,7 e 9,9 m/s para Trotadores Franceses, 13,8 e 14,0 m/s para PSI e de 5,9 a 11,1 m/s para Standardbreds obtidas por BARREY et al. (1989) como exemplo.

SEEHERMAN & MORRIS (1990), trabalhando com 10 eqüinos, encontraram média das V4 de 5,4 m/s, mas utilizaram inclinação de esteira de 10%, resultando assim

em velocidades de limiar menores.

Um estudo realizado com cavalos árabes com esteira a 6% (THOMASSIAN et al., 2005) reportou média das V4 de 8 m/s. O tempo de treinamento do estudo relatado,

30 dias, provavelmente explica a diferença da média das V4 quando comparadas às

deste trabalho (V4 = 10,83 ± 0,71), que teve treinamento um pouco mais intenso e por

tempo mais prolongado, 60 dias.

Esta comparação de resultados corrobora a literatura, que mostra que o teste de intensidade progressiva é protocolo dependente, ou seja, variações na combinação carga/tempo influem no resultado final, embora este protocolo seja capaz de detectar diferenças entre indivíduos não treinados e treinados (SVEDAHL & MACINTOSH, 2003).

(60)

45

concentração de lactato sanguíneo nos primeiros minutos e posterior diminuição destes valores (RASANEN et al, 1995).

2. Teste do Lactato Mínimo (Lacmin)

O teste do Lacmin mostrou-se exeqüível. O momento de hiperlactacidemia foi efetivo já que a lactacidemia dos animais subiu para 4,89 ± 1,79 mmol/L, muito além do basal. SIGNORI (2004), citado por LINDNER & BOFFI (2007), recomendou que para exercícios de alta intensidade e curta duração, deve-se fazer coletas de sangue em intervalos de 2 minutos até que a lactacidemia volte a cair, o que de acordo com o autor, ocorre ao redor dos 6 minutos após o exercício. No presente estudo, a lactacidemia teve seu pico aos 2,14 ± 0,95 minutos e voltou a cair em média 4,14 ± 0,95 minutos após o galope máximo, corroborando a literatura. O intervalo entre o término do galope máximo e o início do teste incremental foi de 5,86 ± 0,53 minutos em média. Este dado aproxima-se do realizado por TEGTBUR et al. (1993) em seu estudo pioneiro sobre o Lacmin em humanos, em que o intervalo entre a indução da lactacidemia e o início do teste incremental foi de oito minutos.

GONDIM et al. (2007), no único estudo sobre o protocolo Lacmin em eqüinos de nosso conhecimento, encontrou valores de pico e desvio-padrão de 8,20 ± 0,70 mmol/L, os quais estão acima dos encontrados no nosso estudo. Isto poderia ser explicado por dois fatores. Em primeiro lugar, o nível de capacidade anaeróbia genética dos animais estudados, já que o autor supracitado utilizou cinco cavalos, sendo um meio sangue quarto de milha e dois anglo-árabes, cavalos com percentual maior de fibras musculares de contração rápida (MARLIN & NANKERVIS, 2002), o que possibilitaria galope máximo em velocidades muito maiores que as alcançadas no presente estudo. Outro fator seriam as diferenças metodológicas como condições laboratoriais ou de campo, tipo de terreno, condições climáticas, etc.

(61)

46

trabalho de GONDIM et al. (2007), que utilizou cinco animais, se comparado a este provavelmente pela heterogeneidade de raças e tempo de treinamento prévio utilizado pelo pesquisador.

Os valores de VLacmin encontrados foram de 7,49 ± 055 m.s-1 o que são valores

altos se comparados a atletas humanos, mesmo de alto desempenho (HELGERUD et al., 1990). Comparados aos resultados obtidos por GONDIM et al. (2007), 5,76 ± 0,57 m.s-1, os resultados aproximam-se, mas ainda continuam maiores. Isto poderia ser explicado novamente pela genética dos animais, sendo que os animais deste estudo, por serem Puro Sangue Árabe, possuiriam capacidade aeróbia maior (MARLIN & NANKERVIS, 2002).

3. Teste da Máxima Fase Estável do Lactato (MFEL)

As diferenças utilizadas nas velocidades entre as seções foi de 5% da VLacmin.

Estas diferenças de velocidade estão de acordo com as diferenças empregadas por TEGTBUR et al. (1993), de 4,5 a 5,2 % da VLacmin.

Trabalhos contendo testes de intensidade constante com cavalos foram realizados (LINDNER, 1996; GONDIM et al., 2007). O presente trabalho encontrou média das VMLLS e desvio-padrão de 6,06 ± 0,5 m/s, valores menores que 8,1 ±0,5 m/s

achados por LINDNER (1996). Isto poderia ser explicado pela menor inclinação de esteira que o autor utilizou, ou seja, 3%.

Quanto a lactacidemia durante os minutos de não variação de mais de 1 mmol/L, LINDNER (1996) encontrou variação entre 1,5 e 2,5 mmol/L, valores diferentes da faixa entre 0,74 ± 0,33 e 1,69 ± 0,93. Isto pode ser explicado novamente pela utilização da lactacidemia sangüínea pelo autor enquanto o presente estudo utilizou lactacidemia plasmática.

(62)

47

4. Comparação entre os testes

Como já citado, equipes de renome internacional, utilizam valores menores que a V4 para o treinamento de cavalos. Além disso, LINDNER (1996) provou que a

justificativa de que cargas de exercícios em que a lactacidemia é 4,0 mmol/L seria o LA, não se aplica a eqüinos. Os resultados deste experimento vêm a corroborar estes achados.

LINDNER (2000) faz algumas recomendações para testes incrementais para eqüinos. Uma das recomendações não seguidas pelo presente estudo e que de acordo com LINDNER & BOFFI (2007) produz diferenças nas velocidades resultantes é a duração de 5 minutos de cada estágio. Apesar destas recomendações, testes com estágios indo de um a cinco minutos podem ser encontrados na literatura (THOMASSIAN et al., 2005; SMEKAL, 2002) além de testes com distâncias e não tempo fixos (PICCIONE et al., 2004; DAVIE & EVANS, 2000). Estágios com maior duração aumentariam o tempo total do teste, mas certamente produziriam velocidades associadas a limiares lactacidêmicos fixos (V2 e V4) menores (KÖSTER, 1996, citado

por LINDNER & BOFFI, 2007).

O LAI é totalmente protocolo dependente, sendo que o ponto de início do teste de intensidade progressiva (SVEDAHL & MACINTOSH, 2002), duração dos estágios (MCLELLAN et al., 1985) e ponto final do teste (MCLELLAN et al., 1991; URHAUSEN et al., 1993) influem decisivamente no teste. Provavelmente ajustes nestes aspectos do protocolo provocariam melhor predição da MFEL em eqüinos. Outra crítica feita ao LAI refere-se à premissa assumida pelo teste, de que a lactacidemia no LA diminui com o aumento da capacidade aeróbia (STEGMANN, 1981). Contudo, como afirma DENADAI et al. (2004), os mecanismos fisiológicos e provas experimentais de tal fato ainda não estão consolidados.

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