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Antena de microfita com substrato metamaterial

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Academic year: 2017

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Antenas de Microfita Com Substrato Metamaterial

Manoel do Bonfim Lins de Aquino

Orientador: Prof. Dr. Humberto C´esar Chaves Fernandes

Disserta¸c˜ao de Mestrado apresentada ao Programa de P´os-Gradua¸c˜ao em Engenharia El´etrica e Computa¸c˜ao da UFRN ( ´Area de concentra¸c˜ao: Engenharia El´etrica) como parte dos requisitos para obten¸c˜ao do t´ıtulo de Mestre em Ciˆencias.

Natal/RN - Brasil

(2)

Aquino, Manoel do Bonfim Lins de.

Antenas de microfita com substrato metamaterial / Manoel do Bonfim Lins de Aquino - Natal, RN, 2008.

90 f.

Orientador: Dr. Humberto C´esar Chaves Fernandes.

Disserta¸c˜ao (Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Pro-grama de P´os-Gradua¸c˜ao em Engenharia El´etrica.

1. Antenas de microfita - Disserta¸c˜ao. 2. Metamateriais - Disserta¸c˜ao. 3. M´etodo da linha de transmiss˜ao transversa - Disserta¸c˜ao. 4. Miniaturiza¸c˜ao de antenas - Disserta¸c˜ao. I. Fernandes, Humberto C´esar Chaves. II. T´ıtulo.

(3)

Manoel do Bonfim Lins de Aquino

Disserta¸c˜ao de Mestrado aprovada em 19 de novembro de 2008 pela banca exami-nadora composta pelos seguintes membros:

Prof. Dr. Humberto C´esar Chaves Fernandes (orientador) . . . DEE/UFRN

Prof. Dr. La´ercio Martins de Mendon¸ca (examinador interno) . . . DEE/UFRN

Prof. Dr. Sandro Gon¸calves da Silva (examinador interno) . . . DEE/UFRN

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(5)

Ao meu orientador e amigo, Dr. Professor Humberto C´esar Chaves Fernandes.

Aos colegas Davi Bibiano, Richardson, Roberto, Aline, Sousa, Jo˜ao Cl´eber, pela ajuda.

Aos demais colegas de p´os-gradua¸c˜ao, pelo companheirismo, cr´ıticas e sugest˜oes.

`

A Indira e fam´ılia pela convivˆencia e amizade durante a gradua¸c˜ao e mestrado. `

A minha fam´ılia pelo apoio durante esta jornada, em especial aos irm˜aos Cleilson e Cle-vanir que sempre me incentivaram na vida acadˆemica.

`

A minha esposa Justina pelo amor e compreens˜ao.

`

(6)

Este trabalho apresenta a an´alise te´orica e num´erica dos parˆametros de uma antena de microfita tipo patch retangular sobre substrato metamaterial. Para isso, ´e aplicada a teoria de metamateriais - MTM, em conjunto com o m´etodo da Linha de Transmis-s˜ao Transversa - LTT, para a caracteriza¸c˜ao das grandezas do substrato e obten¸c˜ao das equa¸c˜oes gerais dos campos eletromagn´eticos. ´E realizado um estudo acerca da teoria de metamateriais com o intuito de obter seus parˆametros construtivos, os mesmos s˜ao caracterizados atrav´es de tensores permissividade e permeabilidade. Essa teoria ´e apli-cada ao m´etodo da Linha de Transmiss˜ao Transversa chegando-se `as equa¸c˜oes gerais para os campos eletromagn´eticos da antena. Em seguida s˜ao utilizados princ´ıpios da teoria eletromagn´etica para obter-se caracter´ısticas como: freq¨uˆencia de ressonˆancia complexa, diagramas de radia¸c˜ao e largura de banda. S˜ao simulados diferentes configura¸c˜oes de metamateriais e antenas com o intuito de miniaturizar as dimens˜oes f´ısicas e aumentar a largura de banda das mesmas, os resultados s˜ao apresentados atrav´es de gr´aficos. A an´alise te´orica computacional deste trabalho se mostra precisa, em compara¸c˜ao a outros, podendo ser empregado em dispositivos que utilizem metamateriais como substratos. Ao final s˜ao apresentadas conclus˜oes e sugest˜oes para trabalhos futuros.

(7)

This paper presents a theoretical and numerical analysis of the parameters of a rectan-gular microstrip antenna with metamaterial substrate. The metamaterial (MTM) theory was applied along with Transverse Transmission Line (LTT) method to characterize sub-strate quantities and obtain the general equations of the electromagnetic fields. A study on metamaterial theory was conducted to obtain the constructive parameters, which were characterized through permittivity and permeability tensors to arrive at a set of elec-tromagnetic equations. Elecelec-tromagnetic principes are used to obtained parameters such as complex resonance frequency, bandwidth and radiation pattern were then obtained. Different metamaterial and antenna configurations were simulated to miniaturize them physically and increase their bandwidth, the results of which are shown through graphics. The theoretical computational analysis of this work proved to be accurate when com-pared to other studies, and may be used for other metamaterial devices. Conclusions and suggestions for future work are also proposed.

(8)

Sum´ario p. iii

Lista de Figuras p. vi

Lista de Tabelas p. ix

Lista de abreviaturas e siglas p. x

Lista de s´ımbolos p. xi

1 Introdu¸c˜ao p. 1

2 Teoria de Antena p. 4

(9)

2.6.5 T´ecnicas de Alimenta¸c˜ao . . . p. 17 2.6.6 M´etodos de An´alise . . . p. 20 2.6.7 M´etodos de Onda Completa . . . p. 22 2.7 Conclus˜oes . . . p. 23

3 Substrato Metamaterial p. 24

3.1 Defini¸c˜ao de Metamateriais Esquerdinos . . . p. 25 3.2 Superf´ıcie de Impedˆancia Reativa . . . p. 31 3.3 Metamaterial Planar com Uma Camada . . . p. 31 3.4 Conclus˜oes . . . p. 32

4 M´etodo da Linha de Transmiss˜ao Transversa - Aplicado a

Metama-teriais p. 34

4.1 Introdu¸c˜ao . . . p. 34 4.2 Desenvolvimento dos Campos Transversais . . . p. 35 4.3 Conclus˜oes . . . p. 44

5 Campos Eletromagn´eticos na Antena de Microfita Retangular Com

Substrato Metamaterial p. 45

5.1 Introdu¸c˜ao . . . p. 45 5.2 Antena de Microfita Retangular com Substrato Metamaterial . . . p. 46 5.3 Determina¸c˜ao das Equa¸c˜oes dos Campos Eletromagn´eticos . . . p. 47 5.4 Aplica¸c˜ao Das Condi¸c˜oes de Contorno e Determina¸c˜ao das Constantes

Desconhecidas . . . p. 51 5.5 Aplica¸c˜ao das Condi¸c˜oes de Contorno Magn´eticas e Determina¸c˜ao da

(10)

6 Diagrama de Radia¸c˜ao p. 60 6.1 Introdu¸c˜ao . . . p. 60 6.2 Campos Distantes . . . p. 60 6.2.1 Princ´ıpio de Equivalˆencia dos Campos . . . p. 64 6.2.2 Campos Tangenciais `a Fita . . . p. 67 6.2.3 Campos Distantes para uma Antena Retangular de Microfita . . . p. 67 6.3 Conclus˜ao . . . p. 68

7 Resultados p. 70

7.1 Introdu¸c˜ao . . . p. 70 7.2 Resultados da Freq¨uˆencia de Ressonˆancia Complexa da antena de

Mi-crofita Retangular com Substrato Metamaterial . . . p. 72 7.2.1 Redu¸c˜ao das Dimens˜oes F´ısicas de Antenas Usando Metamateriais p. 72 7.2.2 An´alise da Largura de Banda Atrav´es dos Tensores

Permissivi-dade e PermeabiliPermissivi-dade . . . p. 74 7.3 Diagramas de Radia¸c˜ao para Antenas de Microfita com Substrato

Meta-material . . . p. 76 7.4 Resultado Experimental . . . p. 77 7.5 Conclus˜ao . . . p. 78

8 Conclus˜oes p. 79

Bibliografia p. 81

Apˆendice A -- Demonstra¸c˜ao do M´etodo da Linha de Transmiss˜ao

(11)

2.1 Etapas da radia¸c˜ao em uma antena. . . p. 6 2.2 Densidade superficial de fluxo de potˆencia para as regi˜oes definidas pelos raios: Rcp=

0,62

q

D3

λ eRcd=2D 2

λ . . . p. 8 2.3 Campos distantes no sistema de coordenadas esf´ericas para um dipolo Hertzano.. . . p. 9 2.4 Diagramas de irradia¸c˜ao, l´obulos principal e secund´arios. (a) Diagrama de irradia¸c˜ao

linear; (b) diagrama de irradia¸c˜ao polar. . . p. 11 2.5 Perda de retorno e largura de banda, para uma antena com freq¨uˆencia central em 500

Hz. . . p. 14 2.6 (a) Polariza¸c˜ao el´ıptica. (b) Polariza¸c˜ao linear horizontal, caso particular de (a). (c)

Polariza¸c˜ao linear vertical, tamb´em, caso particular de (a). . . p. 14 2.7 Antena de microfita convencional. . . p. 16 2.8 Formas comuns de patchs. . . p. 16 2.9 Alimenta¸c˜ao via linha de microfita. . . p. 18 2.10 Alimenta¸c˜ao via conector coaxial. . . p. 18 2.11 Alimenta¸c˜ao via acoplamento por abertura. . . p. 19 2.12 Alimenta¸c˜ao via acoplamento por proximidade. . . p. 19 2.13 Modelo da linha de transmiss˜ao: (a) efeito franja com um incremento ∆l; (b)

dis-tribui¸c˜ao do campo el´etrico ao longo da antena. . . p. 21 2.14 Circuito equivalente para antena de microfita, pelo modelo da linha de transmiss˜ao. . p. 21 3.1 Diagrama de permissividade - permeabilidade e ´ındice de refra¸c˜ao (CALOZ; ITOH,

2000). . . p. 25 3.2 Diagrama mostrando os vetores de pointing, de onda el´etrico e magn´etico em materiais

(12)

SRR - split ring resonator, constru´ıdo com an´eis circulares em (b) e (c) Metamaterial

TW-SRR, formado pela jun¸c˜ao das estruturas TW e SRR. . . p. 27 3.5 Modelo de circuito equivalente do SRR, (a) SRR configura¸c˜ao dupla e (b) configura¸c˜ao

simples. . . p. 29 3.6 Resultados te´oricos computacionais para uma estrutura TW-SRR, permeabilidade. . p. 29 3.7 Resultados te´oricos computacionais para uma estrutura TW-SRR,

per-missividade. . . p. 30 3.8 Metamateriais (pλg) constru´ıdos apenas com metais comuns e diel´etricos, (a) ε

-negativo/µ-positivo, (b)ε-positivo/µ-negativo e (c) estrutura SRR-TW (SHELBY et

al., 2001). . . p. 30 3.9 Estrutura RIS . . . p. 32 3.10 Metamaterial planar com uma camada, constru´ıdo a partir de uma arranjo de

estru-turas TW e SRR. . . p. 32 5.1 Fluxograma descritivo das etapas a serem realizadas nesse cap´ıtulo. . . p. 46 5.2 Antena retangular de microfita com substrato metamaterial. . . p. 46 5.3 Se¸c˜ao transversal de uma antena de microfita com patch de larguraW. . . p. 47 5.4 Vista superior de uma antena de microfita com patch de larguraW e comprimentol.. p. 47 5.5 Se¸c˜ao transversal de uma antena retangular de microfita com patch de larguraW. . . p. 50 6.1 Ressoador de aberura. . . p. 61 6.2 Equivalˆencia dos campos. No gr´afico (a)~E1eH~1s˜ao os campos gerados pelas fontes e

campos~Ee~Hna superf´ıcie~S1. Em (b)~Ese~Hss˜ao os campos gerados pelas densidades

de corrente el´etrica e magn´etica~Js eM~s, respectivamente.. . . p. 64 6.3 Campos distantes no sistema de coordenadas esf´ericas. . . p. 68 7.1 Antena retangular de microfita com substrato metamaterial. . . p. 71 7.2 Vista da se¸c˜ao transversal da antena retangular de microfita com substrato metamaterial. p. 71

(13)

7.5 (a) permissividade para estrutura TW e (b) permeabilidade para estrutura SRR em

fun¸c˜ao da freq¨uˆencia. . . p. 73 7.6 Freq¨uˆencia de ressonˆancia em fun¸c˜ao do comprimento l do patch para o diel´etrico

ε=2,2 e os MTM’s 1 e 2. . . p. 74 7.7 Largura de banda em fun¸c˜ao da freq¨uˆencia de ressonˆancia, para o diel´etrico com

εr=2,2 e MTMεx1=εy1=εz1=4,4;µx1=µy1=µz1=1. . . p. 74 7.8 (a) permissividade para estrutura TW e (b) permeabilidade para estrutura SRR em

fun¸c˜ao da freq¨uˆencia. . . p. 75 7.9 Largura de banda em fun¸c˜ao da freq¨uˆencia de ressonˆancia (a) MTM 1 e 2 (b) MTM

3 e 4. . . p. 76 7.10 Largura de banda em fun¸c˜ao da freq¨uˆencia de ressonˆancia (a) MTM 1 e 3 (b) MTM

2 e 4. . . p. 76 7.11 (a) diagrama de radia¸c˜ao plano E(θ=0 e 90<φ<90) e (b) diagrama de radia¸c˜ao

plano H(φ=0 e 0<θ<180) para a freq¨uˆencia 1 GHz. . . p. 77 7.12 (a) permeabilidade e (b) permissividade para o substrato TW-SRR constru´ıdo em

laborat´orio. . . p. 77 7.13 Resultado experimental para antena supracitada - freq¨uˆencia de ressonˆancia 2,5 GHz. p. 78

(14)
(15)

IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers, p. 4

MTM Metamaterial, p. 24

ME Materiais Esquerdinos - Left Handed, p. 25

MD Materiais Destros - Right Handed, p. 26

TW Fio Fino de Metal - Thin Wire, p. 28

SRR Ressoador de Anel Partido - Split Ring Ressonator, p. 28 TW-SRR Ressoador de Anel Partido e Fio Fino de Metal - Thin Wire

and Split Ring Ressonator,

p. 29

RIS Superf´ıcie de Impedˆancia Reativa - Reactivate Impedance Sur-face,

p. 31

(16)

η Impedˆancia Intr´ınseca do Espa¸co Livre, p. 9

k N´umero de Onda, p. 9

r Raio para o Sistema de Coordenadas Esf´erica, p. 9

~

℘ Vetor de Poynting Complexo, p. 10

Prad Potˆencia M´edia Radiada pela Antena, p. 10

~

ds Vetor Diferencial de Superf´ıcie, p. 10

Re℘~ Densidade Superficial de Potˆencia Irradiada, p. 10

U Intensidade de Radia¸c˜ao, p. 10

P(θ,φ) Padr˜ao de Radia¸c˜ao, p. 10

F(θ,φ)dB Padr˜ao de Radia¸c˜ao em dB, p. 11

P(θ,φ) Padr˜ao de Potˆencia, p. 11

F(θ,φ)dB Padr˜ao de Potˆencia em dB, p. 11

D Diretividade, p. 12

G Ganho de Potˆencia, p. 12

Za Impedˆancia de Entrada, p. 12

ROE Rela¸c˜ao de Onda Estacion´aria, p. 13

Γ Coeficiente de Reflex˜ao, p. 13

PR Perda de Retorno, p. 13

LB Largura de Banda, p. 13

~

E Vetor Campo El´etrico, p. 35

j N´umero Imagin´ario Unit´ario, j=√1, p. 35

ω Freq¨uˆencia Angular Complexa, p. 35

µ Permeabilidade Magn´etica, p. 35

~

H Vetor Campo Magn´etico, p. 35

(17)

µzz Permeabilidade Magn´etica Relativa na Dire¸c˜ao z, p. 36

µ0 Permeabilidade Magn´etica no Espa¸co Livre, p. 36

εxx Permissividade El´etrica Relativa na Dire¸c˜ao x, p. 36

εyy Permissividade El´etrica Relativa na Dire¸c˜ao y, p. 36

εzz Permissividade El´etrica Relativa na Dire¸c˜ao z, p. 36

ε0 Permissividade El´etrica no Espa¸co Livre, p. 36

ˆ

x Versor na Dire¸c˜ao x, p. 36

ˆ

y Versor na Dire¸c˜ao y, p. 36

ˆ

x Versor na Dire¸c˜ao z, p. 36

ki N´umero de Onda da En´esima Regi˜ao Diel´etrica, p. 40

γ Constante de Propaga¸c˜ao na Dire¸c˜ao y, p. 44

αn Vari´avel Espectral na Dire¸c˜ao x, p. 44

βk Vari´avel Espectral na Dire¸c˜ao z, p. 44

t Operador Transversal, p. 90

αn Vari´avel Espectral na Dire¸c˜ao x, p. 96

(18)

Introdu¸c˜

ao

O eletromagnetismo vem recebendo grande aten¸c˜ao por grupos de pesquisa ao redor do mundo devido a demanda por novos dispositivos de telecomunica¸c˜oes que transmitam dados a velocidades cada vez mais altas, exigindo o desenvolvimento de novos circuitos integrados e materiais de alta eficiˆencia. Em decorrˆencia dessa demanda, novos materi-ais s˜ao desenvolvidos no sentido de possibilitar mecanismos de controle e propaga¸c˜ao de ondas eletromagn´eticas. Nesse contexto, as antenas de microfita s˜ao introduzidas como alternativa vi´avel de transmiss˜ao e recep¸c˜ao de microondas, podendo ser utilizadas em conjunto com metamateriais para novos sistemas - Comunica¸c˜ao via sat´elite, telefonia m´ovel, redes Wireless. Avan¸cos significativos vˆem ocorrendo tanto na an´alise das ante-nas de microfita, como no desenvolvimento de novos materiais - PBG (Photonic Band Gap), ferritas, metamateriais. Essas antenas s˜ao estruturas que consistem em um patch condutor sobre um substrato diel´etrico e um plano de terra na parte inferior, (BAHL; BHARTIA, 2001). O substrato tem papel importante no desempenho da estrutura, como o aumento da largura de banda e eficiˆencia, podese utilizar materiais com e sem perdas -semicondutores, ferritas e mais recentemente metamateriais. Nessa disserta¸c˜ao metamate-riais formados por diel´etricos e condutores devidamente arranjados (estruturas peri´odicas) s˜ao utilizados como substratos com o objetivo de desenvolver antenas de alta eficiˆencia e tamanhos reduzidos.

(19)

Nesse trabalho ´e utilizado o M´etodo da Linha de Transmiss˜ao Transversa - LTT (FERNANDES, 1984) em conjunto com Garlekin, caso particular do m´etodo dos Momen-tos (SANTOS, 2005), que s˜ao m´etodos de an´alise rigorosa no dom´ınio espectral. Aquele consiste em se obter os componentes dos campos el´etrico e magn´etico em fun¸c˜ao dos componentes transversais no dom´ınio da transformada de Fourier - DTF (BRACEWELL, 1965). O mesmo foi utilizado em v´arios trabalhos (SANTOS, 2005), (SILVA, 1999), e, em compara¸c˜ao com outros m´etodos dinˆamicos apresenta alta eficiˆencia, al´em de importantes simplifica¸c˜oes alg´ebricas das equa¸c˜oes envolvidas no processo. O que gera redu¸c˜ao de esfor¸cos computacionais.

O trabalho est´a distribu´ıdo em oito cap´ıtulos, buscando-se abordar todo o referen-cial te´orico para o estudo da estrutura e equacionamento matem´atico e, em seguida, apresentar uma an´alise dos resultados obtidos na caracteriza¸c˜ao da antena. A principal contribui¸c˜ao do trabalho ´e o desenvolvimento das equa¸c˜oes gerais de campos para um ressoador de microfita com metamaterial. Constituindo-se um importante avan¸co nos estudos do eletromagnetismo, uma vez que, os estudos sobre MTM aplicado `a antenas planares ainda s˜ao prematuros.

Primeiramente, ´e apresentado no cap´ıtulo 2 a teoria de antenas, conceitos e grandezas essenciais para caracteriza¸c˜ao e estudo. Apresenta-se, tamb´em, o ressoador de microfita - situando-o no contexto hist´orico, aplica¸c˜oes, formas e principais m´etodos e modelos de alimenta¸c˜ao e an´alises.

No cap´ıtulo 3 descreve-se as estruturas metamateriais, apresenta-se o estudo geral do ´ındice de refra¸c˜ao, permeabilidade e permissividade. S˜ao definidos os principais tipos de metamateriais, descrevendo-se suas estruturas, equacionamentos e curvas caracter´ısticas. Em seguida, no cap´ıtulo 4 ´e desenvolvido um equacionamento rigoroso para os ressoa-dores retangulares de microfita com substrato metamaterial, atrav´es do m´etodo da Linha de Transmiss˜ao Transversa e da teoria de metamateriais. Essas equa¸c˜oes constituem-se na alma do trabalho, pois ´e o ponto de partida para todo o desenvolvimento anal´ıtico.

(20)

No cap´ıtulo 6, baseado no m´etodo LTT e na condi¸c˜ao de fase estacion´aria, ´e desen-volvida a teoria de campos distantes para um ressoador de fenda e em seguida generalizado para antenas de microfita (OLIVEIRA, 1996).

Os resultados num´ericos para a antena de microfita com substrato metamaterial s˜ao apresentados no cap´ıtulo 7. Faz-se compara¸c˜oes com outros autores e an´alises dos resul-tados obtidos.

(21)

Teoria de Antena

2.1

Introdu¸c˜

ao

S˜ao apresentados neste cap´ıtulo conceitos e grandezas essenciais para caracteriza¸c˜ao e estudos de antenas. Em seguida ´e feita uma abordagem sobre antena de microfita - as-pectos hist´oricos, vantagens, limita¸c˜oes, principais aplica¸c˜oes. S˜ao apresentados tamb´em, os principais m´etodos de alimenta¸c˜ao e an´alises de antenas de microfita.

2.2

Defini¸c˜

ao

Antenas s˜ao estruturas met´alicas projetadas para radiar e receber energia eletromag-n´etica. Constituem-se em elementos essenciais para qualquer sistema de comunica¸c˜ao sem fios, realizando a interface entre o guia de onda e o espa¸co livre. Uma defini¸c˜ao oficial do IEEE para antenas ´e dada em Strutzman and Thiele (STUTZMAN; THIELE, 1998), como segue: ”That part of a transmitting or receiving system that is designed to radiate

or receive electromagnetic waves”. Ou seja, ´e o dispositivo respons´avel por transmitir e

receber ondas eletromagn´eticas.

2.3

Processo de Radia¸c˜

ao na Antena

Para entender como ocorre a radia¸c˜ao na antena, primeiro precisa-se conhecer o fenˆo-meno da radia¸c˜ao eletromagn´etica.

·~E =ρ

(22)

×~E=µ ∂

∂tH~ Lei de Faraday, (2.2)

×H~ =~J+~JD Lei de Amp´ere. (2.3) Partindo-se das equa¸c˜oes de Maxwell 2.1 a 2.3. Considere uma estrutura geom´etrica irradiante δ eletricamente condutora excitada por uma fonte de tens˜ao senoidal V(t) = V0sen(2πf). O processo de irradia¸c˜ao para δ, pode ser resumido em 4 etapas:

(I) Em conseq¨uˆencia deV(t), surgem correntes da formaI(t) =I0sen(2πf+φ)que fluem pela estrutura com densidade superficial ~J(x,y,z,t)h A

m2 i

, tal fluxo implica na ocor-rˆencia de cargas el´etricas em movimento no interior da estrutura δ, com densidade volum´etrica ρ(x,y,z,t)hmC3

i

;

(II) Em conseq¨uˆencia de 2.1 ´e gerado um campo el´etrico~Eρ(x,y,z,t) devido `a densidade volum´etrica de cargas ρ(x,y,z,t)hmC3

i

. Por sua vez, de 2.3 um campo magn´etico

~

HJ(x,y,z,t)´e estabelecido devido `a densidade superficial de corrente ~J(x,y,z,t); (III) De 2.2, ´e originado ~EH(x,y,z,t) devido a varia¸c˜ao de HJ(x,~ y,z,t) no tempo. Assim,

somando-se as contribui¸c˜oes dos campos el´etricos ~EH e ~Eρ, chega-se a ~E(x,y,z,t), que por seu turno, d´a origem `a densidade superficial de corrente de deslocamento

~

JD(x,y,z,t) =εt~E(x,y,z,t);

(IV) A partir de2.3, ~HD(x,y,z,t)´e estabelecido em decorrˆencia de ~JD(x,y,z,t).

As etapas (III) e (IV) repetem-se recursivamente, de sorte que, para cada recurs˜ao existe uma correspondˆencia un´ıvoca entre o instante t e as coordenadas espaciais(x,y,z). Observa-se ainda que, o campo ~EH(x,y,z,t) ´e continuamente regenerado por H~D(x,y,z,t),

diferentemente de ~Eρ(x,y,z,t), pois esse apresenta valores significativos apenas nas proxi-midades do irradiador (regi˜ao de campos pr´oximos) (FERNANDES; FRANCO, 2002).

A radia¸c˜ao numa antena pode ser explicada atrav´es da figura 2.1 a qual mostra uma fonte de tens˜ao conectada a uma linha de transmiss˜ao. Aqui pode-se evidenciar as etapas descritas acima: a fonte conectada `a estrutura irradiante δ estabelece uma tens˜aoV(t) = V0sen(2πf). Conforme descrito em (I), tem-se uma corrente do tipoI(t) =I0sen(2πf+φ), que flui porδ com densidade superficialJ(x,~ y,z,t)hmA2

i

, esse fluxo geraρ(x,y,z,t)hmC3 i

(23)

densidade superficial de corrente~J(x,y,z,t),HJ~ (x,y,z,t)´e estabelecido. De (III), A varia¸c˜ao de ~HJ(x,y,z,t) no tempo leva `a forma¸c˜ao de ~EH(x,y,z,t), somando-se os componentes

~

EH(x,y,z,t) e ~Eρ(x,y,z,t) chega-se ao campo el´etrico total ~E(x,y,z,t), o qual d´a origem `a densidade de corrente de deslocamento J~D(x,y,z,t). Por fim, conforme (IV), H~D(x,y,z,t)

´e estabelecido devido a JD(x,~ y,z,t). Desde que seja mantida a fonte de tens˜ao as etapas acima acontecem ciclicamente e a radia¸c˜ao ´e estabelecida.

Figura 2.1: Etapas da radia¸c˜ao em uma antena.

(24)

2.4

Campos no Espa¸co

As caracter´ısticas e o relacionamento entre os campos ~E(r,θ,φ,t) e ~H(r,θ,φ,t) apre-sentam diferentes comportamentos a depender da distˆanciardo ponto P(θ,φ,t)`a antena. Tal comportamento peculiar depende especificamente da rela¸c˜ao ente r e λ, definindo duas regi˜oes b´asicas de irradia¸c˜ao denominadas de campos pr´oximos (rλ) e campos distantes (rλ).

2.4.1

Regi˜

oes de Campos Pr´

oximos

Esta regi˜ao ´e definida como a parte no espa¸co ℜ3 onde a distˆanciar entre a antena e qualquer ponto P(θ,φ,t) pertencente a regi˜ao, ´e tal que rλ - empiricamente adota-se a distˆancia de r<0,62

q

D3

λ , onde D´e a maior dimens˜ao f´ısica da antena eλ ´e o compri-mento da onda irradiada). Nessa regi˜ao E~θ e H~φ est˜ao defasados no tempo, tornando o fluxo de potˆencia nas extremidades do ressoador altamente reativo. Fisicamente significa a existˆencia de ondas estacion´arias no interior desta regi˜ao, que faz com que a energia irradiada flua para frente e para traz. Ou seja, nessa regi˜ao h´a a tendˆencia de manter confinada a potˆencia fornecida pela antena sem irradi´a-la para frente, exceto no seu limite externo - in´ıcio da denominada zona intermedi´aria de Fresnel

0,62

q

D3

λ <r< 2D2

λ

aqui, come¸ca a haver irradia¸c˜ao efetivamente, conforme figura 2.2.

2.4.2

Regi˜

ao de Campos Distantes - Regi˜

ao de Fraunhofer

A regi˜ao de Fraunhofer ´e a regi˜ao no espa¸co ℜ3 na qual a distˆanciar entre a antena e qualquer pontoP(θ,φ,t)pertencente a regi˜ao, ´e tal que rλ (empiricamente adota-se a distˆancia de 2Dλ2). Nessa regi˜ao E~θ e H~φ est˜ao em fase no tempo - nessas condi¸c˜oes a onda eletromagn´etica irradiada possui seus campos ~E e ~H relacionados da mesma forma que numa onda plana incidente. Portanto, a energia eletromagn´etica ´e efetivamente ir-radiada atrav´es do espa¸co ℜ3 em conseq¨uˆencia do alinhamento de fase entre E~

θ e H~φ (FERNANDES; FRANCO, 2002).

2.4.3

Campos Distantes para um Dipolo Hertziano

(25)

Figura 2.2: Densidade superficial de fluxo de potˆencia para as regi˜oes definidas pelos raios: Rcp=0,62

q

D3 λ eRcd=2D

2 λ .

vertical ´e dada pelo eixo y´e a horizontal pelo plano xz, θ e φ s˜ao os ˆangulos de eleva¸c˜ao e azimute respectivamente. Assim xy ´e o plano de eleva¸c˜ao (φ =0) ou plano-E, o qual cont´em o vetor campo el´etrico na dire¸c˜ao de m´axima propaga¸c˜ao. Enquanto xz´e o plano azimutal θ = π2

- Plano-H, onde ocorre a dire¸c˜ao de m´axima propaga¸c˜ao do vetor campo magn´etico (BALANIS, 1997).

Considerando, ainda, um dipolo Hertziano (com comprimento L e diˆametro menor que um comprimento de onda) e assumindo-se que uma corrente I(0) flui atrav´es de seu comprimento. Se o dipolo ´e colocado na origem, ao longo do eixo ”y”, ent˜ao conforme (BALANIS, 1997), pode-se escrever:

Eθ = jη

KI(0)Le−jkrsenθ 4πr

1+ 1

jkr− 1 (kr)2

, (2.4)

Er =ηI(0)Le−

jkrcosθ

(2πr)2

1+ 1

jkr

, (2.5)

Hφ = jKI(

0)Le−jkrsenθ 4πr

1+ 1

jkr

(26)

Figura 2.3: Campos distantes no sistema de coordenadas esf´ericas para um dipolo Hertzano.

com,

Hr=0 Hθ =0 Eφ =0.

Para a regi˜ao de campos distantes os termosr2 er3 podem ser desprezados, assim as equa¸c˜oes 2.4 a 2.8 podem ser escritas como:

Eθ = jηKI(

0)Le−jkr

4πr senθ, (2.7)

Hφ = jKI(

0)Le−jkr

4πr senθ, (2.8)

Er=0, (2.9)

sendo:

η - Impedˆancia intr´ınseca do espa¸co livre;

k= 2λπ - N´umero de onda;

r - Raio para o sistema de coordenadas esf´erica.

Assumindo-se que os camposEθ eHφ variam senoidalmente com o tempo, percebe-se que: as fun¸c˜oes 2.7 e 2.8 s˜ao transversais entre si; a rela¸c˜ao Eθ

Hφ =η=120π- ´e a impedˆancia

(27)

magnitude dos camposEθ e Hφ ´e inversamente proporcional ao raior. A dire¸c˜ao de Eθ e Hφ, ´e definida pelo vetor de Poynting ao longo de r, e indica a dire¸c˜ao de propaga¸c˜ao da onda. O vetor de Poynting ´e dado por (BALANIS, 1997)

~

℘= 1

2

~E×H~∗

Var m2

. (2.10)

2.5

Parˆ

ametros de Antenas

Do vetor de Poynting complexo chega-se `apotˆencia m´edia irradiada pela antena:

Prad =

ZZ

s

℘radds~ =

Z 2π

0 Z π

0 ℘rad

r2senθdθdφ [W], (2.11) na qual:

~

ds=r2senθdθdφrˆ - Vetor diferencial de superf´ıcie;

℘rad=Re

~

℘ hW

m2 i

- Vetor de Poynting m´edio, que determina a densidade superficial de potˆencia irradiada.

O termo ℘radr2

h

W rad2

i

´e denominado intensidade de radia¸c˜ao, e mede a potˆencia irradiada pela antena por unidade de ˆangulo s´olido, ou ainda, densidade s´olido-angular de potˆencia irradiada. Assim aintensidade de radia¸c˜ao de uma antena ´e definida por:

U=℘radr2

W rad2

. (2.12)

Padr˜ao de radia¸c˜aoF(θ,φ)de uma antena ´e uma express˜ao anal´ıtica que define a intensidade normalizada do campo el´etricoEθ(θ,φ)resultante em cada ponto da superf´ıcie esf´erica Se de raiore em cujo centro encontra-se a antena:

F(θ,φ) = Eθ(θ,φ) Eθmax

, (2.13)

sendo Eθmax o valor m´aximo de Eθ(θ,φ) que ocorre para a particular dire¸c˜ao (θ,φ) = (θmax,φmax)do espa¸coℜ3sendoθ

maxeφmaxos valores para os ˆangulosθ eφ que maximizam

(28)

F(θ,φ)dB=20 log|F(θ,φ)|, (2.14) por seu turno o padr˜ao de potˆencia de uma antena ´e dado por 2.15:

P(θ,φ) =|F(θ,φ)|2, (2.15) logo seu valor em Decib´eis ´e 2.16:

P(θ,φ)dB=10 log|F(θ,φ)|2=20 log|F(θ,φ)|, (2.16) donde temos a seguinte equivalˆencia:

P(θ,φ)dB=F(θ,φ)dB. (2.17)

Figura 2.4: Diagramas de irradia¸c˜ao, l´obulos principal e secund´arios. (a) Diagrama de irradia¸c˜ao linear; (b) diagrama de irradia¸c˜ao polar.

Considerando o diagrama de irradia¸c˜ao da figura 2.4, pode-se extrair as seguintes propriedades:

• L´obulo principal- ocorre na dire¸c˜ao que cont´em a maior concentra¸c˜ao de potˆencia irradiada, l´obulos secund´arios - todos os que n˜ao s˜ao principal.

• HPBW (Half Power Beam Width), largura de feixe com centro no m´aximo de

F(θ,φ)dB, para a qual a potˆencia irradiada ca´ı `a metade. Tal grandeza ´e tamb´em

conhecida como ˆangulo de meia potˆencia.

• FNBW (First Null Beam Width), largura de feixe com centro no m´aximo de

(29)

A diretividade de uma antena ´e um ´ındice que mede a “habilidade” em concentrar a potˆencia irradiada na dire¸c˜ao de m´axima propaga¸c˜ao. Ou seja, mede a capacidade de concentrar energia dentro de um ˆangulo s´olido.

D=Umax Umed =

a, (2.18)

na qual: Ωa=R2π

0 Rπ

0 P(θ,φ)senθdθdφ[sr]- ˆAngulo s´olido de feixe;

Umax - Valor m´aximo da intensidade de radia¸c˜ao;

Umed - Intensidade de radia¸c˜ao caso a potˆencia fosse irradiada uniformemente em

todas as dire¸c˜oes no ℜ3, ou seja, ´e a intensidade de radia¸c˜ao resultante de um irradiador isotr´opico.

Ganho de potˆencia ´e a raz˜ao entre a m´axima densidade superficial de potˆencia irradiada℘rad(θmax,φmax) pela antena e℘radmed = 4πPer2 caso a antena fosse um irradiador

isotr´opico com 100% de eficiˆencia(η =1, Pa=Pe)e alimentado por uma potˆencia Pe.

G=℘rad(θmax,Pe φmax)

4πr2

=η℘rad(θmaxPa ,φmax)

4πr2

=ηD, (2.19)

Portanto, o ganho de potˆenciaGde uma antena, ser´a no m´aximo igual `a sua diretividade. Ademais, 10 logG define o parˆametro dBi, ganho em dB em rela¸c˜ao a um irradiador isotr´opico. No entanto, devido a essa estrutura ser fisicamente irrealiz´avel, ´e comum utilizar-se o parˆametro dBd - ganho em rela¸c˜ao ao dipolo de meia onda.

A impedˆancia de entrada de uma antena ´e a apresentada `a linha de transmiss˜ao que a alimenta ou `a estrutura de acoplamento que a une `a linha de transmiss˜ao.

Za=Va Ia

=Ra+jXa [Ω], (2.20)

sendo Ra a resistˆencia de radia¸c˜ao e Xa a reatˆancia pr´opria.

Rela¸c˜ao de onda estacion´aria (ROE), ´e a rela¸c˜ao entre o sinal incidente e o refletido, sendo um parˆametro de suma importˆancia para os sistemas de comunica¸c˜ao, pois a medida que essa taxa come¸ca a crescer aumenta as perdas do sistema.

ROE =Vmax Vmin

= Imax Imin

=1+Γ

1Γ, (2.21)

(30)

Γ= ZL−Z0 ZL+Z0

. (2.22)

A Perda de retorno indica a propor¸c˜ao entre a potˆencia incidente e a refletida, definida como:

PR=20 logΓ [dB], (2.23)

Tanto a perda de retorno quanto o coeficiente de onda estacion´arias, s˜ao excelentes ´ındices para a determina¸c˜ao da performance de antenas, sendo aceito na pr´atica, valores

menores que 1,3 para esse e acima de -10dB para aquele.

A Largura de banda ´e a faixa na qual a antena opera satisfazendo determinados parˆametros de performance. A largura de banda (LB), pode ser especificada:

(I) Sob forma percentual (utilizado quando a largura de banda ´e muito menor que a freq¨uˆencia central):

LB= Fs−Fi Fc

, (2.24)

na qual:

FS - Freq¨uˆencia superior; Fi - Freq¨uˆencia inferior; Fc - Freq¨uˆencia central;

(II) Pelo posicionamento de freq¨uˆencias (Fs e Fi) - utilizado quandoFs ´e maior igual ao

dobro de Fi:

LB= Fs Fi

. (2.25)

(31)

Figura 2.5: Perda de retorno e largura de banda, para uma antena com freq¨uˆencia central em 500 Hz.

(32)

2.6.1

Introdu¸c˜

ao

Nesta se¸c˜ao s˜ao abordadas as principais caracter´ısticas acerca das antenas de microfita com patch retangular, de modo a produzir subs´ıdios para os estudos dos cap´ıtulos poste-riores. Primeiramente ser´a feita uma introdu¸c˜ao sobre aspectos hist´oricos, exemplificando as vantagens e limita¸c˜oes em seu uso. Depois s˜ao discutidas as principais t´ecnicas de alimenta¸c˜ao eletromagn´etica. Finalmente, s˜ao mostrados os m´etodos de an´alise de maior aplica¸c˜ao `as antenas de microfita.

2.6.2

Aspectos Hist´

oricos

O conceito de irradiadores em microfita surgiu em 1953, por´em as primeiras antenas pr´aticas foram desenvolvidas a partir de 1970 por Howell e Munson (BAHL; BHARTIA, 2001). A partir de ent˜ao foram desenvolvidas antenas e arranjos de microfita explorando suas vantagens, tais como: pequeno volume, peso reduzido, configura¸c˜ao planar, compa-tibilidade com circuitos integrados, baixo custo de fabrica¸c˜ao e a possibilidade de atuar com freq¨uˆencia dual.

2.6.3

Linha de Microfita

A linha de microfita ´e uma estrutura n˜ao-homogˆenea com o modo de propaga¸c˜ao h´ıbrido n˜ao-TEM. O substrato concentra predominantemente as linhas dos campos eletro-magn´eticos. Quanto maior a permissividade el´etrica relativa do substrato(εr), maior ser´a a concentra¸c˜ao de energia nesta regi˜ao. V´arios dispositivos podem ser fabricados uti-lizando linhas de microfita entre eles est˜ao os ressoadores, antenas, filtros, acopladores direcionais e divisores de potˆencia. As antenas de microfita apresentam v´arias aplica¸c˜oes tais como: comunica¸c˜ao via sat´elite, radares, telemetria em m´ısseis, sensoriamento remoto, comunica¸c˜oes m´oveis, etc.

A antena de microfita na sua forma mais simples ´e composta de um elemento met´alico

(patch) depositado sobre um substrato (diel´etrico) que por sua vez est´a sobre um plano

de terra (uma fina camada met´alica), como mostra a figura 2.7.

(33)

Figura 2.7: Antena de microfita convencional.

geral para facilitar a an´alise te´orica s˜ao comumente escolhidas as formas mostradas na figura 2.8. A forma do elemento met´alico influencia na distribui¸c˜ao de corrente e por conseq¨uˆencia na distribui¸c˜ao dos campos na superf´ıcie da antena. Logo, a irradia¸c˜ao pode ser determinada atrav´es da distribui¸c˜ao de campo entre o patch met´alico e o plano de terra, bem como, em termos de distribui¸c˜ao de corrente de superf´ıcie no patch.

Figura 2.8: Formas comuns de patchs.

2.6.4

Vantagens e Limita¸c˜

oes das Antenas de Microfita

As antenas de microfita apresentam algumas vantagens quando comparadas com as antenas convencionais usadas para microondas (BAHL; BHARTIA, 2001), tais como:

• Baixo peso e configura¸c˜ao fina;

• Polariza¸c˜oes linear e circular s˜ao poss´ıveis com alimenta¸c˜ao simples;

(34)

• Linhas de alimenta¸c˜ao e redes de casamento de impedˆancia podem ser fabricadas simultaneamente com a estrutura da antena.

Entretanto, apresentam algumas limita¸c˜oes:

• Largura de banda limitada;

• Baixo ganho (6 dB);

• Excita¸c˜ao de ondas de superf´ıcie;

• A utiliza¸c˜ao de substratos com alta constante diel´etrica ´e prefer´ıvel, pois facili-tam a integra¸c˜ao com MMIC’s (Circuitos Integrados Monol´ıticos de Microondas) entretanto, substratos com altas constantes diel´etricas possuem largura de banda estreita e baixa eficiˆencia de irradia¸c˜ao, decorrente da alta concentra¸c˜ao dos campos em torno da regi˜ao de alta permissividade.

Existem muitas formas de diminuir o efeito dessas limita¸c˜oes, como por exemplo, a redu¸c˜ao da excita¸c˜ao de ondas de superf´ıcie atrav´es da utiliza¸c˜ao de substratos PBG, redu¸c˜ao do acoplamento entre o patch e plano de terra utilizando-se materiais magn´etico-diel´etrico - com valor moderado de permissividade e permeabilidade alta(µ>ε) (MOSAL-LAEI; SARABANDI, 2004). Um aumento na largura de banda pode ser obtido, tamb´em, com antenas de patchs empilhados ou com multicamadas diel´etricas.

2.6.5

ecnicas de Alimenta¸c˜

ao

(35)

Alimenta¸c˜ao por Linha de Microfita

Nesta t´ecnica, uma linha de microfita conecta o patch `a extremidade da antena como mostra a figura 2.9, as vantagens em se usar tal processo ´e a facilidade de constru¸c˜ao, pois ´e implementado diretamente sobre o substrato, al´em de se integrar facilmente a circuitos impressos.

Figura 2.9: Alimenta¸c˜ao via linha de microfita.

Alimenta¸c˜ao Coaxial

Essa t´ecnica ´e muito comum em estruturas de microfita como visto na figura 2.10. O condutor interno do conector coaxial transp˜oe o diel´etrico e ´e soldado ao patch, enquanto o outro condutor (externo) ´e soldado diretamente ao plano de terra. A principal vantagem aqui, ´e que a alimenta¸c˜ao pode ser feita em qualquer local do patch, f´acil fabrica¸c˜ao e tem baixos esp´urios de radia¸c˜ao. Entretanto, imp˜oe limita¸c˜oes `a largura de banda.

Figura 2.10: Alimenta¸c˜ao via conector coaxial.

Acoplamento por Abertura

(36)

atrav´es de um slot (abertura) no plano de terra, como visto na figura 2.11.

Figura 2.11: Alimenta¸c˜ao via acoplamento por abertura.

Esse arranjo permite uma otimiza¸c˜ao independente do mecanismo de alimenta¸c˜ao e do elemento de irradia¸c˜ao. O n´ıvel de acoplamento ´e determinado atrav´es do formato e localiza¸c˜ao da abertura. Como o plano de terra separa o patch da linha de alimenta¸c˜ao, as radia¸c˜oes superiores s˜ao minimizadas. As desvantagens dessa t´ecnica s˜ao: dificuldade de fabrica¸c˜ao devido `as m´ultiplas camadas, e baixa largura de banda.

Acoplamento por Proximidade

Essa t´ecnica de alimenta¸c˜ao consiste em uma linha de alimenta¸c˜ao colocada entre dois substratos diel´etricos, conforme figura 2.12 o patch ´e colocado sobre o substrato superior, enquanto que o plano de terra ´e colocado sob o substrato inferior. As principais vantagens nessa t´ecnica ´e que elimina a radia¸c˜ao de alimenta¸c˜ao superior e oferece alta largura de banda. O casamento de impedˆancia ´e atingido variando-se a largura da linha de transmiss˜ao e espessura dos substratos.

(37)

A tabeta 2.1 faz uma s´ıntese das t´ecnicas exploradas acima, mostrando as principais caracter´ısticas, vantagens e limita¸c˜oes (BAHL; BHARTIA, 2001).

Caracter´ısticas Linha de Microfita

Alimenta¸c˜ao Coaxial

Acoplamento por Aber-tura

Acoplamento por Proximi-dade

Esp´urios de Radia¸c˜ao

Maior Maior Menor M´edio

Confiabilidade ´Otima Boa (a de-pender da solda)

Boa Boa

Fabrica¸c˜ao F´acil F´acil Dif´ıcil Dif´ıcil Casamento

de Impedˆan-cia

F´acil F´acil F´acil F´acil

Largura de Banda

2-5% 2-5% 2-5% 13%

Tabela 2.1: Tabela comparativa entre as diversas t´ecnicas de alimenta¸c˜ao.

2.6.6

etodos de An´

alise

Os principais m´etodos de an´alise de antenas de microfita s˜ao: o da linha de trans-miss˜ao, o modelo da cavidade, ambos aproximados e os de onda completa - dentre os quais incluem-se o M´etodo da Linha de Transmiss˜ao Equivalente - LTE ou M´etodo da Imitˆancia, o M´etodo dos Potenciais Vetoriais de Hertz e o M´etodo da Linha de Transmis-s˜ao Transversa - LTT, o qual ser´a usado neste trabalho. Esses baseiam-se em equa¸c˜oes diferenciais integrais e utilizam-se do m´etodo dos momentos e de fun¸c˜oes de base para determinar as solu¸c˜oes.

Modelo da Linha de Transmiss˜ao (LT)

(38)

campos de fuga (de franja) nas bordas do patch. Esses efeitos de franja tˆem como carac-ter´ıstica armazenar energia, logo s˜ao modelados por capacitores(C). Por outro lado, uma parte desses campos irradia potˆencia no espa¸co o que ´e representado por uma condutˆan-cia (G) em paralelo com (C). Em seguida os campos se propagam atrav´es do patch at´e a outra extremidade onde, devido as dimens˜oes finitasW e l ultrapassam o limite f´ısico do patch. Aqui mais uma vez aparece o efeito dos campos de fuga, e s˜ao modelados como visto anteriormente por uma associa¸c˜ao paralelo de (C) e(G). O processo descrito acima causa um acr´escimo el´etrico nas dimens˜oes do patch e ´e modelado acrescentando-se ao comprimento l o fator∆l em ambos os lados do patch, dessa forma tem-se as dimens˜oes efetivas. A figura 2.13.b mostra a distribui¸c˜ao do campo el´etrico ao longo da antena, que pode ser aproximada pela express˜ao E0cos(πx/l). Assim as condi¸c˜oes de contorno s˜ao satisfeitas, o campo el´etrico ´e m´aximo nas bordas e nulo no centro da antena (l/2)

Figura 2.13: Modelo da linha de transmiss˜ao: (a) efeito franja com um incremento ∆l; (b) distribui¸c˜ao do campo el´etrico ao longo da antena.

Conforme descrito acima a antena pode ser modelada atrav´es do circuito da figura 2.14, os seus parˆametros e as dimens˜oes s˜ao dados pelas equa¸c˜oes abaixo.

Figura 2.14: Circuito equivalente para antena de microfita, pelo modelo da linha de transmiss˜ao.

∆l=0,412h

εre f f+0,3

W

h +0,264

εre f f−0,258

W h +0,8

, (2.26)

(39)

εe f f =

εr+1 2 +

εr−1 2

1+12 h W

−1/2

, (2.28)

Fr= c

2√εe f f

m

L

2

+n W

21/2

, (2.29)

sendo Fr a freq¨uˆencia de ressonˆancia. Os ´ındices m e n representam os modos de

propa-ga¸c˜ao na antena,

W = c

2Fr

r

(εr+1) 2

, (2.30)

C=εW l

h . (2.31)

Modelo da Cavidade

O Modelo da Cavidade pode manipular qualquer geometria de patch, tratando a antena como sendo uma cavidade com paredes ressonantes, onde na base e no topo h´a paredes el´etricas e nas laterais paredes magn´eticas. Os campos na antena s˜ao considerados como sendo os campos na cavidade, dessa forma ser˜ao expandidos em termos de modos ressonantes na cavidade, na qual cada modo tem a sua freq¨uˆencia de ressonˆancia dada pela equa¸c˜ao 2.32 (BALANIS, 1997).

Frmnp= 1 2π√µε

r

h

2

+nπ L

2

+pπ W

2

, (2.32)

sende ca velocidade da luz. Os ´ındices m,n, prepresentam os modos de propaga¸c˜ao. Embora esse modelo seja relativamente simples de implementar e aplicar a diversos formatos de antenas, h´a algumas limita¸c˜oes em seu uso, principalmente devido `as apro-xima¸c˜oes iniciais. Dessa forma, esse modelo n˜ao oferece um resultado satisfat´orio para antenas com substratos mais espessos, com patch empilhados e arranjos de antenas.

2.6.7

etodos de Onda Completa

(40)

substratos anisotr´opicos. Assim, a an´alise a partir de um m´etodo rigoroso ´e imprescind´ıvel para a precis˜ao dos resultados com substratos metamateriais. ´E sabido que o modo de propaga¸c˜ao da microfita se modifica devido `a interface diel´etrico-ar, tornando-se um modo h´ıbrido n˜ao-TEM. Logo, o m´etodo de an´alise deve considerar a natureza h´ıbrida dos modos de propaga¸c˜ao, por esse motivo tais m´etodos s˜ao chamados de an´alise dinˆamica ou de onda completa. Os mais relatados na literatura s˜ao: o M´etodo da Linha de Transmiss˜ao Equivalente - LTE ou M´etodo da Imitˆancia, o M´etodo dos Potenciais Vetoriais de Hertz e o M´etodo da Linha de Transmiss˜ao Transversa - LTT. Esse ser´a utilizado ao longo deste trabalho, com uma nova formula¸c˜ao para metamateriais. Por esse motivo ´e desnecess´ario apresent´a-lo neste momento, pois ´e detalhado com todo o formalismo matem´atico no cap´ıtulo 4

2.7

Conclus˜

oes

(41)

Substrato Metamaterial

O eletromagnetismo vem recebendo grande aten¸c˜ao por grupos de pesquisa ao redor do mundo devido `a gama de aplica¸c˜oes pr´aticas que esses estudos possibilitam. Os avan¸cos gerados pelas grandes guerras mundiais e pela guerra fria, impulsionam a demanda por materiais e abrem uma nova ´area de trabalho em eletromagnetismo. Tal avan¸co levou ao desenvolvimento de materiais artificiais com caracter´ısticas diel´etricas e magn´eticas desej´aveis. Atualmente meios de fabrica¸c˜ao e t´ecnicas inovadoras vˆem possibilitando a fabrica¸c˜ao de materiais com caracter´ısticas que n˜ao podem ser encontradas na natureza (SUDHAKARAN, 2006). Tais materiais s˜ao chamados metamateriais - MTM. Esses tam-b´em, podem ser definidos como estruturas eletromagn´eticas efetivas, homogˆeneas, arti-ficiais, com propriedades incomuns que n˜ao s˜ao encontradas em materiais na natureza (CALOZ; ITOH, 2000). Uma estrutura homogˆenea efetiva ´e aquela em que o compri-mento m´edio estrutural de c´elula p (Fig. 3.4) ´e muito menor que um comprimento de onda guiada λg. Assim, esse comprimento m´edio de c´elula deve ser pelo menos menor

que um quarto de comprimento de onda - p< λg

4. Essa condi¸c˜ao de referˆencia p= λg

4 ser´a denominada como o limite de homogeneidade efetiva, para garantir que os fenˆomenos espalhamento/difra¸c˜ao sucumbir˜ao frente `a refra¸c˜ao quando uma onda se propaga dentro do meio metamaterial.

Os principais parˆametros constitutivos s˜ao a permissividade ε e a permeabilidade µ, relacionados ao ´ındice de refra¸c˜ao n dado por (CALOZ; ITOH, 2000):

n=±√µrεr, (3.1)

na qual µr e εr s˜ao respectivamente a permeabilidade e permissividade relativas,

(42)

sinais para µ eε - (+,+), (+,-), (-,+) e (-,-), que s˜ao ilustrados no diagrama da Fig. 3.1. Enquanto as trˆes primeiras combina¸c˜oes s˜ao bem conhecidas em materiais tradicionais, a ´

ultima (-,-) com permissividade e permeabilidade simultaneamente negativas ´e uma nova classe de materiais os “materiais canhotos” ou do inglˆes left-handed.

Figura 3.1: Diagrama de permissividade - permeabilidade e ´ındice de refra¸c˜ao (CALOZ; ITOH, 2000).

3.1

Defini¸c˜

ao de Metamateriais Esquerdinos

Estes materiais como uma conseq¨uˆencia de seus duplos parˆametros negativos mostra-dos na figura 3.1, s˜ao caracterizamostra-dos por fase e velocidade de grupo antiparalelas ou ´ındice de refra¸c˜ao negativo, equa¸c˜ao 3.1. Os materiais esquerdinos (ME) s˜ao claramente meta-materiais de acordo com a defini¸c˜ao dada na se¸c˜ao anterior, uma vez que s˜ao artificiais, efetivamente homogˆeneos (p<λg

4) e possuem caracter´ısticas n˜ao usuais como o ´ındice de refra¸c˜ao negativo.

Estes materiais foram inicialmente propostos por Viktor Vaselago em 1968 (VESE-LAGO, 1968) onde pela primeira vez ambos os parˆametros diel´etricos -permissividade ε

(43)

campo magn´etico e o vetor de onda obedecem `a regra da m˜ao esquerda ao contr´ario de materiais naturais, cujos vetores obedecem `a regra da m˜ao direita e possuem parˆametros de material positivos. Os materiais com parˆametros positivos s˜ao nomeados “materiais destros” (MD). A Fig. 3.2 mostra a dire¸c˜ao dos vetores desses materiais. Pode-se observar que o vetor de pointing e o vetor de onda est˜ao em dire¸c˜oes opostas no metamaterial ME, enquanto obedecem `a mesma dire¸c˜ao no caso dos materiais MD.

Figura 3.2: Diagrama mostrando os vetores de pointing, de onda el´etrico e magn´etico em materiais comuns (a) e metamateriais left-handed (b).

Os ME possuem caracter´ısticas n˜ao usuais como: lei de Snell, radia¸c˜ao e efeito Doppler, reversos (VESELAGO, 1968). A Fig. 3.3 mostra as dire¸c˜oes de propaga¸c˜ao de onda usando diagramas de raios para o material convencional MD e o ME, quando uma onda incide obliquamente no material. Pode-se observar que no material natural a refra¸c˜ao da onda na primeira interface ´e para cima em rela¸c˜ao `a normal, enquanto no material artificial ´e para baixo.

Figura 3.3: Diagrama de raios mostrando a dire¸c˜ao de propaga¸c˜ao de onda (a) material natural, (b) metamaterial left-handed.

(44)

pode-LAGO, 1968), “infelizmente,..., n´os n˜ao conhecemos sequer uma substˆancia que possa ser isotr´opica e possuir permeabilidade negativa” de fato nenhum LH foi descoberto em seu tempo.

Foram necess´arios mais de 30 anos - ap´os publicado seu artigo, para desenvolver o primeiro metamaterial ME e demonstr´a-lo experimentalmente. Esse material n˜ao foi uma substˆancia natural como esperava-se, mas uma estrutura efetivamente homogˆenea e artificial - um metamaterial, constru´ıdo por Smith e seus colaboradores na Universidade da Calif´ornia em S˜ao Diego (SMITH et al., 2000b). Essa estrutura foi proposta por Pendry et al. na Faculdade Imperial, Londres (PENDRY, 2000). Prendy introduziu o tipo plasm´atico ε-negativo/µ-positivo e ε-positivo/µ-negativo mostrado na Fig. 3.4, que podem ser projetados em freq¨uˆencia plasm´atica na faixa de microondas. Ambas as estruturas possuem um tamanho m´edio de c´elula p muito menor que o comprimento de onda guiada λg (p≪λg) sendo assim uma estrutura artificial, efetivamente homogˆenea,

com caracter´ısticas incomuns, logo um metamaterial.

Figura 3.4: Estrutura TW - Thin Wire, constru´ıdo com fios finos de metal em (a); estrutura SRR - split ring resonator, constru´ıdo com an´eis circulares em (b) e (c) Metamaterial TW-SRR, formado pela jun¸c˜ao das estruturas TW e SRR.

O metamaterial descrito na Fig. 3.4(a) ´e o fio fino de metal (thin-wire - TW). Se a excita¸c˜ao do campo el´etrico ~E ´e paralela ao eixo dos fios (~E||y), induz-se uma corrente ao longo desses e se estabelece um momento de dipolo el´etrico equivalente, e esse metamate-rial exibe uma fun¸c˜ao de freq¨uˆencia do tipo plasm´atica para a permissividade da seguinte forma (PENDRY, 2000),

εr(ω) =1−

ωpe2

ω2+ζ2+j

ζ ω2pe

ω(ω2+ζ2), (3.2)

na qualω2

pe=

r

2πc2

p2ln(p r)

(45)

el´etrica, ajustado na faixa de GHz; ξ = ε0( pωpe

r )

2

πσ (σ - condutividade do metal) ´e o fator de amortecimento devido `as perdas do metal. Pode-se notar nessa formula que:

Re(εr)<0 ω2<ωpe−ξ2, (3.3)

desde que ξ2=0, tem-se:

Re(εr)<0 ω2<ωpe. (3.4) Por outro lado a permeabilidade ´e simplesmente µ =µ0, uma vez que n˜ao h´a presen¸ca de material magn´etico e o momento de dipolo magn´etico n˜ao ´e gerado. Deve-se notar que os fios s˜ao considerados muito maiores que um comprimento de onda (teoricamente ao infinito), o que significa que s˜ao excitados em freq¨uˆencias situadas bem abaixo de sua primeira ressonˆancia.

O metamaterial descrito na Fig. 3.4(b) ´e o ressoador de anel partido (split-ring

res-onator - SSR). Se a excita¸c˜ao do campo magn´etico ~H ´e perpendicular ao plano dos an´eis

(H~ z)induz-se uma corrente na malha fechada e se estabelece um momento dipolo mag-n´etico, e esse metamaterial exibe uma fun¸c˜ao de freq¨uˆencia do tipo plasm´atica para a permissividade como se segue (PENDRY, 2000),

µr(ω) =1

2(ω2ω2 0m) (ω2ω2

0m)2+ (ωζ)2

+j Fω

2ζ

(ω2ω2

0m)2+ (ωζ)2

, (3.5)

sendo F =πr p

2

(r - raio interno do anel menor), ω0m=c

r

3p

πln2drs3 (d - largura dos an´eis, s - espa¸co radial entre os an´eis) a freq¨uˆencia de ressonˆancia magn´etica, que pode ser ajustada para GHz; ζ = 2rpRµ

0 (R

- resistˆencia do metal por unidade de comprimento)

´e o fator de compensa¸c˜ao devido `as perdas. Deve-se notar que a estrutura SRR possui uma resposta magn´etica - apesar de n˜ao incluir materiais condutores magn´eticos, devido `a presen¸ca de momentos de dipolos magn´eticos artificiais gerados pelos an´eis ressoadores. A equa¸c˜ao 3.6 revela que uma faixa de freq¨uˆencia pode existir quando Re(µr)<0,

Re(µr)<0 ⇒ ω0m<ω<

ω0m

1F, (3.6)

na qual ωpm ´e a freq¨uˆencia plasm´atica magn´etica. Uma diferen¸ca essencial entre as

(46)

c

πln 2drs3 (PENDRY, 2000).

O circuito equivalente do SRR ´e mostrado na Fig. 3.5 (PENDRY, 2000). Na configu-ra¸c˜ao de anel duplo Fig. 3.5(a), o acoplamento capacitivo e indutivo entre os an´eis maior e menor ´e modelado por uma capacitˆancia de acoplamento (Cm) e um transformador n. Na configura¸c˜ao de anel simples Fig. 3.5(b), o modelo do circuito ´e um simples RLC com freq¨uˆencia ressonante ω0=√1LC. O SRR duplo ´e essencialmente equivalente ao SSR simples se o acoplamento m´utuo ´e fraco, porque as dimens˜oes dos dois an´eis s˜ao muito pr´oximas, assim L1≈L2 ≈L e C1≈C2 ≈C resultando em uma freq¨uˆencia ressonante combinada pr´oxima a do SRR simples com as mesmas dimens˜oes, por´em com um maior momento magn´etico devido a maior densidade de corrente.

Figura 3.5: Modelo de circuito equivalente do SRR, (a) SRR configura¸c˜ao dupla e (b) configura¸c˜ao simples.

Uma forma de utilizar essas estruturas (thin-wire - TW e split-ring resonator - SSR) em conjunto, ´e formar um substrato TW-SRR que consiste da jun¸c˜ao de ambas as estru-turas em um ´unico diel´etrico com as estruturas dispostas em lados opostos do substrato Fig. 3.4(c), resultados para esse substrato podem ser vistos nas Fig. 3.6 e 3.7.

Freqrência Hz

Figura 3.6: Resultados te´oricos computacionais para uma estrutura TW-SRR, permeabilidade.

(47)

Figura 3.7: Resultados te´oricos computacionais para uma estrutura TW-SRR, permissivi-dade.

Figura 3.8: Metamateriais (pλg) constru´ıdos apenas com metais comuns e diel´etricos, (a)ε-negativo/µ -positivo, (b)ε-positivo/µ-negativo e (c) estrutura SRR-TW (SHELBY et al., 2001).

Os metamateriais descritos s˜ao bi-anisotr´opicos e caracterizados por tensores permis-sividade e permeabilidade uniaxiais (SMITH et al., 2000a):

µ =µ0

  

µxx 0 0

0 µyy 0

0 0 µzz

  

(3.7)

ε=ε0

  

εxx 0 0

0 εyy 0

0 0 εzz

  

(3.8)

A estrutura mostrada na Fig. 3.4(c) pode apresentar caracter´ısticas de material es-querdino monodimensional, uma vez que apenas uma dire¸c˜ao ´e permitida para o par

(~E, ~H), assim tem-se: εxx(ω<ωpe)<0 ouεxx(ωωpe)>0; εyy=εzz>0; µxx(ω0m<ω <

ωpm)<0 ou µxx(ω0m≥ω ≥ωpm)>0; µyy=µxx>0. J´a a estrutura da Fig. 3.8(c) pode

(48)

µzz>0para ω0m≥ω ≥ωpm; µyy>0(SMITH et al., 2000a). Tal fato ocorre, pois o vetor ~

E ´e direcionado ao longo dos fios - obrigatoriamente em uma ´unica dire¸c˜ao. Nada obsta, que o vetor H~ varie em duas dimens˜oes, desde que ao longo dos an´eis quadrados.

3.2

Superf´ıcie de Impedˆ

ancia Reativa

Uma alternativas para as estruturas SRR-TW, ´e usar uma superf´ıcie de impedˆancia reativa (RIS) como substrato. Essas estruturas podem ser projetadas para possuir a propriedade de refletir a potˆencia total: como um condutor puramente el´etrico (PEC

- perfectly electric conductor) ou um condutor puramente magn´etico (PMC - perfectly

magnetic conductor) e, ao mesmo tempo, ser capaz de armazenar energia el´etrica ou

magn´etica (SARABANDI et al., 2006).

A estrutura RIS, ´e formada por uma camada capacitiva impressa em um dos lados de um substrato diel´etrico separada por um plano de terra met´alico - do lado oposto `a camada capacitiva - no substrato diel´etrico. A freq¨uˆencia de ressonˆancia da superf´ıcie depende: do valor dos elementos capacitivos; da distˆancia entre a camada capacitiva e a superf´ıcie met´alica e da permissividade da camada diel´etrica. A constru¸c˜ao de uma RIS pode ser feita usando capacitores integrados dispostos de forma peri´odica. A Fig. 3.9 mostra um arranjo peri´odico de dipolos cruzados, os quais se acoplam atrav´es de capacitores integrados em suas termina¸c˜oes. Essa estrutura tem o comportamento de uma PEC. Tal estrutura ´e equivalente a um circuito LC paralelo no qual a impedˆancia ´e sempre reativa. A utiliza¸c˜ao dessa estrutura como substrato diel´etrico, consiste em empilhar a RIS sob a estrutura desejada melhorando o seu desempenho.

3.3

Metamaterial Planar com Uma Camada

(49)

Figura 3.9: Estrutura RIS

Figura 3.10: Metamaterial planar com uma camada, constru´ıdo a partir de uma arranjo de estruturas TW e SRR.

3.4

Conclus˜

oes

(50)
(51)

etodo da Linha de Transmiss˜

ao

Transversa - Aplicado a

Metamateriais

4.1

Introdu¸c˜

ao

No estudo das linhas de transmiss˜ao planares, sobretudo em linhas de microfita para altas freq¨uˆencias, ´e necess´ario a an´alise dos campos eletromagn´eticos atrav´es de m´etodos rigorosos, os quais consideram a natureza h´ıbrida dos modos de propaga¸c˜ao, pois esses se modifica devido `a interface diel´etrico-ar tornando-se um modo h´ıbrido n˜ao TEM. Tais m´etodos s˜ao chamados de an´alise dinˆamica ou de onda completa, como o M´etodo da Linha de Transmiss˜ao Equivalente - LTE ou M´etodo da Imitˆancia, o M´etodo dos Poten-ciais Vetoriais de Hertz e o M´etodo da Linha de Transmiss˜ao Transversa - LTT. Esses em particular, fazem a mudan¸ca para o dom´ınio espectral como forma de simplificar a an´alise da estrutura. Outro motiva¸c˜ao ´e que a maior parte do desenvolvimento alg´ebrico independe da geometria analisada, sendo a fun¸c˜ao de base (respons´avel por representar as caracter´ısticas f´ısicas da estrutura) escolhida de acordo com a geometria. O objetivo deste cap´ıtulo ´e desenvolver as equa¸c˜oes dos campos eletromagn´eticos pelo m´etodo da Linha de Transmiss˜ao Transversa - LTT (FERNANDES, 1984) no dom´ınio da transformada de Fourier (DTF) (BRACEWELL, 1965).

(52)

Nessa se¸c˜ao os campos para a regi˜ao do substrato metamaterial de uma antena de mi-crofita com Patch retangular s˜ao determinados. As equa¸c˜oes gerais dos campos - equa¸c˜oes finais do m´etodo LTT - s˜ao obtidas a partir das equa¸c˜oes de Maxwell. Partindo-se das equa¸c˜oes 4.1 e 4.2,

×~E=jω µH,~ (4.1)

×H~ = jωε~E, (4.2)

os vetores campo el´etrico e magn´etico s˜ao decompostos nas suas trˆes componentes: fazendo,

~

H=H~y+H~t=H~xxˆ+H~yyˆ+H~zz,ˆ (4.3)

~

E=~Ey+~Et =~Exxˆ+~Eyyˆ+~Ezz,ˆ (4.4)

e

∇=∇y+∇t=∇t+ ∂

∂yyˆ=

∂ ∂xxˆ+

∂ ∂yyˆ+

∂zz,ˆ (4.5)

com

~

Ht =~Hx+Hz~ - Campo magn´etico na dire¸c˜ao transversa, (4.6)

~Et =~Ex+~Ez - Campo el´etrico na dire¸c˜ao transversa, (4.7)

e finalmente,

t = ∂

∂xxˆ+

∂zz.ˆ (4.8)

Para o caso do metamaterial temos:

µ =µ0

  

µxx 0 0

0 µyy 0

0 0 µzz

  

(53)

ε=ε0

  

εxx 0 0

0 εyy 0

0 0 εzz

  

. (4.10)

Substituindo (4.3) a (4.5) em (4.2), tem-se:

∂ ∂xxˆ+

∂ ∂yyˆ+

∂ ∂zzˆ

×(Hx~ xˆ+Hy~ yˆ+Hz~ z) =ˆ jωε0

  

εxx 0 0

0 εyy 0

0 0 εzz

       

~Exxˆ ~ Eyyˆ ~Ezzˆ

    , (4.11) ou ∂

∂xH~yzˆ−

∂xH~zyˆ−

∂yH~xzˆ+

∂y~Hzxˆ+

∂z~Hxyˆ−

∂zH~yxˆ (4.12) = jωε0(~Exεxx+~Eyεyy+~Ezεzz),

separando-se as componentes transversais x e z de 4.12, tem-se:

∂xH~yzˆ−

∂yH~xzˆ+

∂yH~zxˆ−

∂zH~yxˆ= jωε0(~Exεxx+~Ezεzz), (4.13)

reescrevendo,

∂yH~zxˆ−

∂ ∂yH~xzˆ

+

∂xH~yzˆ−

∂ ∂zH~yxˆ

= jωε0(~Exεxx+~Ezεzz), (4.14)

como:

∂yH~zxˆ−

∂ ∂yH~xzˆ

= ∂

∂yyˆ×~Ht, (4.15)

e

∂ ∂xHy~ zˆ−

∂ ∂zHy~ xˆ

(54)

∂yyˆ×~Ht

+∇t×Hy~

= jωε0(~Exεxx+~Ezεzz), (4.17)

que resulta em

~

Ex+~Ez=

1

jωε0(εxx+εzz)

t×H~y+

∂yyˆ×H~t

, (4.18)

ou utilizando a equa¸c˜oes 4.7 e 4.18,

~ Et=

1

jωε0(εxx+εzz)

t×H~y+

∂yyˆ×H~t

. (4.19)

Substituindo 4.4 a (4.5) em 4.1, tem-se:

∂ ∂xxˆ+

∂ ∂yyˆ+

∂ ∂zzˆ

×(~Exxˆ+~Eyyˆ+~Ezz) =ˆ −jω µ0

  

µxx 0 0

0 µyy 0

0 0 µzz

        ~ Hxxˆ ~ Hyyˆ

~ Hzzˆ

    , (4.20) ou ∂ ∂x~Eyzˆ−

∂ ∂x~Ezyˆ−

∂ ∂y~Exzˆ+

∂ ∂y~Ezxˆ+

∂ ∂z~Exyˆ−

∂z~Eyxˆ (4.21) = jω µ0(H~xµxx+H~yµyy+~Hzµzz),

separando as componentes transversais x ez de 4.21, tem-se:

∂ ∂x~Eyzˆ−

∂ ∂y~Exzˆ+

∂ ∂y~Ezxˆ−

∂z~Eyxˆ= jω µ0(Hx~ µxx+Hz~ µzz), (4.22)

reescrevendo,

∂ ∂x~Eyzˆ−

∂ ∂z~Eyxˆ

+

∂ ∂y~Ezxˆ−

∂ ∂y~Exzˆ

(55)

como:

∂ ∂y~Ezxˆ−

∂ ∂y~Exzˆ

= ∂

∂yyˆ×~Et, (4.24)

e

∂ ∂x~Eyzˆ−

∂ ∂z~Eyxˆ

=∇t×~Ey, (4.25)

ent˜ao,

∂ ∂yyˆ×~Et

+∇t×~Et

= jωε0(~Hxµxx+H~zµzz) (4.26)

que resulta em,

~

Hx+H~z=

1

jω µ0(µxx+µzz)

t×~Ey+

∂ ∂yyˆ×~Et

, (4.27)

ou utilizando a equa¸c˜oes 4.6 e 4.27,

~ Ht=

1

jω µ0(µxx+µzz)

t×~Ey+

∂ ∂yyˆ×~Et

. (4.28)

Para ~Et, substituindo 4.28 em 4.19, tem-se:

jωε0(εxx+εzz)~Et =∇t×Hy~ +

∂ ∂yyˆ×

1

−jω µ0(µxx+µzz)

t×~Ey+ ∂

∂yyˆ×~Et

, (4.29) ou

jωε0(εxx+εzz)E~t=∇t×H~y+

1

−jω µ0(µxx+µzz)

∂ ∂yyˆ×

t×~Ey+

∂ ∂yyˆ×~Et

(56)

ˆ

y× (∇t×~Ey) =yˆ×

∂ ∂xxˆ+

∂ ∂zzˆ

×~Eyyˆ

=yˆ×

∂xxˆ×~Eyyˆ+

∂zzˆ×~Eyyˆ

(4.31)

=yˆ×

∂ ∂x~Eyzˆ−

∂ ∂z~Eyxˆ

(4.32)

=yˆ×

∂x~Eyzˆ−yˆ×

∂z~Eyxˆ (4.33)

= ∂

∂x~Eyxˆ+

∂z~Eyzˆ (4.34)

=∇t~Ey, (4.35)

e

ˆ y×

∂ ∂yyˆ×~Et

=yˆ×

∂yyˆ×(~Exxˆ+~Ezz)ˆ

=yˆ×

∂yyˆ×~Exxˆ+

∂yyˆ×~Ezzˆ

(4.36)

=yˆ×

y~Exzˆ+

∂ ∂y~Ezxˆ

(4.37)

=

∂y~Exxˆ−

∂y~Ezzˆ (4.38)

=

∂y~Et, (4.39)

(57)

jωε0(εxx+εzz)~Et=∇t×Hy~ +

1

−jω µ0(µxx+µzz)

∂ ∂y

t~Ey

∂y~Et

, (4.40)

ou

−jω µ0(µxx+µzz)[jωε0(εxx+εzz)~Et] = (4.41)

−jω µ0(µxx+µzz)∇t×H~y+

∂y∇t~Ey−

∂2

∂y2~Et,

ω2µ0(µxx+µzz)ε0(εxx+εzz)~Et+

∂2

∂y2~Et =−jω µ0(µxx+µzz)∇t×H~y+

∂y∇t~Ey, (4.42)

ou ainda,

ω2µ0(µxx+µzz)ε0(εxx+εzz) +

∂2

∂y2

~ Et =

∂y∇t~Ey− jω µ0(µxx+µzz)∇t×H~y, (4.43)

mas:

∂2

∂y2 =k 2

y, (4.44)

k20=ω2µ0ε0, (4.45)

k2=ω2µε, (4.46)

logo, substituindo 4.44 a 4.46 em 4.43, tem-se:

[k20(µxx+µzz)(εxx+εzz) +k2y]~Et=

∂y∇t~Ey− jω µ0(µxx+µzz)∇t×H~y, (4.47)

(58)

~Et = 1 [k2

0(µxx+µzz)(εxx+εzz) +k2y]

∂y∇t~Ey−jω µ0(µxx+µzz)∇t×Hy~

. (4.48)

Para Ht~ , substituindo 4.19 em 4.28, tem-se:

−jω µ0(µxx+µzz)Ht~ =∇t×~Ey+

∂ ∂yyˆ×

1

jωε0(εxx+εzz)

t×Hy~ + ∂

∂yyˆ×Ht~

, (4.49) ou

−jω µ0(µxx+µzz)H~t=∇t×~Ey+

1 jωε0(εxx+εzz)

∂ ∂yyˆ×

t×H~y+

∂yyˆ×H~t

, (4.50)

utilizando 4.35 e 4.39, mudando ~E por H~, e substituindo em 4.50, tem-se:

−jω µ0(µxx+µzz)H~t =∇t×~Ey+

1

jωε0(εxx+εzz)

∂ ∂yyˆ×

t×H~y−

∂ ∂y~Ht

, (4.51) ou

−jω µ0(µxx+µzz)(jωε0(εxx+εzz))Ht~ +

∂2

∂y2~Ht (4.52)

= jωε0(εxx+εzz)∇t×~Ey+

∂ ∂y∇tH~y,

ou

∂2

∂y2+ω

2µ

0(µxx+µzz)ε0(εxx+εzz)

~

Ht= jωε0(εxx+εzz)∇t×~Ey+

∂y∇tH~y, (4.53)

substituindo 4.44 a 4.46 em 4.53,tem-se:

[k20(µxx+µzz)(εxx+εzz) +k2y]H~t= jωε0(εxx+εzz)∇t×~Ey+

∂y∇t~Hy, (4.54)

ent˜ao,

~ Ht =

1 [k2

0(µxx+µzz)(εxx+εzz) +k2y]

jωε0(εxx+εzz)∇t×~Ey+

∂ ∂y∇tH~y

(59)

Da equa¸c˜ao 4.48 tem-se:

~

Et =~Ex+~Ez=

"

1 [k2

0(µxx+µzz)(εxx+εzz) +k2y]

# (4.56) ∂ ∂y ∂ ∂xxˆ+

∂ ∂zzˆ

~

Eyjω µ0(µxx+µzz)

∂ ∂xxˆ+

∂ ∂zzˆ

×Hy~

,

ou

~

Et=~Ex+~Ez=

"

1 [k2

0(µxx+µzz)(εxx+εzz) +k2y]

#

(4.57)

∂2

∂y∂x~Eyxˆ+

∂2

∂y∂z~Eyzˆ+jω µ0(µxx+µzz)

xHy~ zˆ+

∂ ∂z~Hyxˆ

,

ent˜ao,

~ Ex=

1 [k2

0(µxx+µzz)(εxx+εzz) +k2y]

∂2

∂y∂x~Ey+jω µ0µxx

∂z~Hy+jω µ0µzz

∂ ∂zH~y

, (4.58) e

~ Ez=

1 [k2

0(µxx+µzz)(εxx+εzz) +k2y]

∂2

∂y∂z~Ey−jω µ0µxx

∂x~Hy−jω µ0µzz

∂ ∂x~Hy

. (4.59)

De maneira an´aloga, para a equa¸c˜ao 4.55, tem-se:

~

Ht=Hx~ +~Hz=

"

1 [k2

0(µxx+µzz)(εxx+εzz) +k2y]

# (4.60) ∂ ∂y ∂ ∂xxˆ+

∂ ∂zzˆ

~

Hy+jωε0(εxx+εzz)

∂ ∂xxˆ+

∂ ∂zzˆ

×~Ey

,

ou

~

Ht=H~x+H~z=

"

1 [k2

0(µxx+µzz)(εxx+εzz) +k2y]

#

(4.61)

∂2

∂y∂xH~yxˆ+

∂2

∂y∂zH~yzˆ+jωε0(εxx+εzz)

∂ ∂x~Eyzˆ−

∂ ∂z~Eyxˆ

,

Imagem

Figura 2.2: Densidade superficial de fluxo de potˆencia para as regi˜oes definidas pelos raios: R cp = 0, 62 q D 3 λ e R cd = 2D 2 λ .
Figura 2.3: Campos distantes no sistema de coordenadas esf´ericas para um dipolo Hertzano.
Figura 2.4: Diagramas de irradia¸c˜ ao, l´obulos principal e secund´arios. (a) Diagrama de irradia¸c˜ ao linear; (b) diagrama de irradia¸c˜ ao polar.
Figura 2.5: Perda de retorno e largura de banda, para uma antena com freq¨ uˆencia central em 500 Hz.
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