• Nenhum resultado encontrado

Bionomia e chave para imaturos e adultos de Simulium (Diptera: Simuliidae) na Amazônia Central, Brasil.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Bionomia e chave para imaturos e adultos de Simulium (Diptera: Simuliidae) na Amazônia Central, Brasil."

Copied!
24
0
0

Texto

(1)

1. Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Coordenação de Pesquisas em Entomologia,  Caixa Postal 478, 69011­970 Manaus, AM, Brasil, E­mail: nhamada@inpa.gov.br 

2 . Department of Entomology, Clemson University Clemson, SC 29634, USA, E­mail: 

padler@clemson.edu zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

I N T R O D U Ç Ã O 

Os  t r a b a l h o s realizados com 

(2)

têm se restringido, em geral, a aspectos  ecológicos e biológicos de espécies  individuais (Dellome Filho, 1978,1983;  Gorayeb & Pinger, 1978; Gorayeb &  Mok, 1982; Lacey & Lacey, 1983;  Hamada, 1989; 1993a, 1993b, 1998;  Alencar, 1998; Hamada & McCreadie,  1999). Trabalhos taxonômicos  envolvendo espécies da Amazônia Cen­ tral foram realizados por Cerqueira &  Nunes de Mello (1967, 1968), Py­ Daniel (1983) e Hamada & Adler  (1998a; 1998b; 1999).  A nomenclatura de Simuliidae  nos níveis genérico e subgenérico é  controversa na região Neotropical no  momento (Coscarón, 1990; Crosskey  &  H o w a r d , 1997;  P y ­ D a n i e l &  Sampaio, 1994). Essa situação gera  confusão para pessoas não informadas  s o b r e a  t a x o n o m i a do  g r u p o ,  principalmente quanto à utilização de  nomes diferentes, que se aplicam, em  r e a l i d a d e , a uma única  e n t i d a d e  específica. Py­Daniel & Sampaio  ( 1 9 9 4 )  s u g e r e m que todos os 

subgêneros Neotropicais dezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Simulium

sejam elevados à categoria genérica.  E n t r e t a n t o ,  c o m o este  g ê n e r o é  cosmopolita e estes autores não o  revisaram amplamente, nós preferimos  assumir uma posição conservadora,  seguindo a última lista mundial de  espécie para Simuliidae de Crosskey  & Howard  ( 1 9 9 7 ) ,  a s s i m  c o m o  diversos pesquisadores que trabalham  com o grupo na região Neotropical 

(e.g. Coscarón et ai, 1999; Miranda 

Esquivei & Munoz de Hoyos, 1995;  Moreira & Sato, 1996; Grillet &  Barreras, 1997; Shelley et ai, 1997).  Há grande probabilidade de Simulium

não ser monofilético, entretanto, uma  revisão criteriosa desse  g ê n e r o é  n e c e s s á r i a  a n t e s de se  p r o p o r  mudanças nomenclaturais, que possam  gerar outros grupos parafiléticos, além  de  p r o m o v e r  i n s t a b i l i d a d e  taxonômica. 

Nove espécies de Simuliidae 

{Simulium cauchense  F l o c h & 

A b o n n e n c , Simulium daltanhani Hamada & Adler, Simulium goeldii Cerqueira & Nunes de Mello,

Simu-lium maronien.se Floch & Abonnenc,  Simulium perflavum Roubaud, Simu-lium quadrifidum Lutz, SimuSimu-lium rorotaense Floch & Abonnenc, Simu-lium trombetense Hamada, Py­Daniel  & Adler e Simulium "6­B1") foram  registradas anteriormente nos igarapés  locais (Cerqueira & Nunes de Mello,  1968; Dellome Filho, 1978; Hamada,  1993a;  H a m a d a & Adler, 1998a,  1998b).  F ê m e a s de Simulium

argentiscutum Shelley & Luna Dias  têm sido coletadas na região, picando  seres humanos (Py­Daniel, 1983), mas  até o momento não se tem registro de  seus imaturos nos cursos d'agua na  área de estudo.  O presente trabalho tem como  objetivo fornecer dados bionômicos,  de  d i s t r i b u i ç ã o e  c h a v e s de  i d e n t i f i c a ç ã o das  e s p é c i e s de  Simuliidae coletadas até o momento  na Amazônia Central, servindo de  subsídios para futuros trabalhos de  ecologia envolvendo comunidades de 

insetos aquáticos na região. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

M A T E R I A L Ε   M É T O D O S 

(3)

Presidente Figueiredo, Manacapuru,  Careiro da Várzea, Novo Airão e  Itacoatiara. Essa área é denominada  no presente trabalho como Amazônia  Central.  A amostragem foi realizada no  período de março a agosto de 1996,  entretanto, coletas adicionais foram  realizadas em 1997 e 1998 para a  obtenção de espécimes para estudos  taxonômicos. Foram avaliados oito  parâmetros físico­químicos dos cursos  d ' a g u a para a  c a r a c t e r i z a ç ã o do  criadouro de cada espécie, no caso de  espécies raras a caracterização se torna  limitada devido ao baixo número de  l o c a i s  a v a l i a d o s . A  l a r g u r a ,  profundidade, velocidade e vazão da  água foi estimada utilizando­se uma  régua de metal (Craig, 1987). O pH  foi avaliado com um pHmetro Cole  Parmer (pHTestr 2) e a temperatura da  água foi medida com um termômetro  de mercúrio de escala de 0­50°C. A  média dos parâmetros físico­químicos  do habitat foram comparadas por meio  do teste Kruskall­Wallis e Dunn (Ζar ,  1996). A presença de represamento  d'agua, a montante do local amostrado  e o tipo de  v e g e t a ç ã o (floresta,  c a m p i n a , área  d e s m a t a d a / a b e r t a )  c i r c u n d a n d o a área  e s t u d a d a foi  avaliada visualmente, e categorizadas  n o m i n a l m e n t e .  E s s e s  p a r â m e t r o  nominais foram comparados por meio  de um teste G, ajustado com a  correção de William (Zar, 1996). 

As figuras que ilustram esse  t r a b a l h o foram  r e a l i z a d o s com o  auxílio de uma câmara clara, acoplada  ao microscópio estereoscópico ou  óptico, dependendo do tamanho da  estrutura a ser ilustrada. Fotografias  foram realizadas por meio de uma  câmara Nikon, acoplada à ocular do  microscópio ótico. As espécies foram  identificadas utilizando­se os trabalhos  de  C e r q u e i r a &  N u n e s de Mello 

(1968); Coscarón (1990); CoscarónzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA et ai. (1996); Dellome Filho (1978);  Floch & Abonnenc (1946); Hamada &  Adler (1998b) e Shelley & Luna Dias  (1980). Espécies do grupo Simulium perflavum foram identificadas em  nível citotaxonômico (Hamada &  Adler, 1999), utilizando­se a técnica  de Rothfels & Dunbar (1953).  Amostras de todas as espécies  e x a m i n a d a s estão  d e p o s i t a d a s na  Coleção de Invertebrados do Instituto  Nacional de Pesquisas da Amazônia 

(ΓΝΡΑ) , Manaus, AM. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

R E S U L T A D O S 

Onze espécies de Simuliidae fo­ ram coletadas, na fase de larva e/ou  p u p a , em um  t o t a l de 79  l o c a i s  a m o s t r a d o s nos seis  m u n i c í p i o s  (Tab.l). Simulium argentiscutum foi  coletada apenas no estágio adulto, de  fêmeas picando seres humanos durante  o  p e r í o d o de  a m o s t r a g e m , no  m u n i c í p i o de  I t a c o a t i a r a .  D e s s a  forma, larvas, pupas e machos dessa  espécie, utilizadas na confecção das  c h a v e s de  i d e n t i f i c a ç õ e s são  provenientes da Coleção de Simuliidae  do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de  Janeiro (pupas) e de coletas no rio  Mamoré (larvas, pupas e adultos ­ Mirante da Cachoeira, Guajará­Mirim,  Rondônia, Brasil, IX/1999, Cols. N.  Hamada & U.C.Barbosa). 

(4)

Tabela 1.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Locais de coleta dezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Simulium spp. (Diptcra: Simuliidae) na Amazônia Central, Brasil, 

Março a Agosto de 1996. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Número  Número 

E s p é c i e s  c o l e t a d a s '  d e 

c o l e t a s  do  i g a r a p é 

Locais de coleta  D a t a  C o l e t o r e s  E s p é c i e s  c o l e t a d a s ' 

C A R E I R O  D A  V Á R Z E A 

R a m a l do  C o b r a , estrada do Purupurú. S e g u n d a ponte  d e  m a d e i r a  0 3 ° 2 3 ' S ;  5 9 ­ 3 8 ' W .  0 8 . 0 3 . 9 6  N H  1. 3, 6 

Ramal do  C o b r a , estrada do Purupurú.  0 8 . 0 3 . 9 6  NH  1. 3, 6. 7  Primeira ponte  d e  m a d e i r a .  0 3 ° 2 3 " S : 59° 38'W.  0 8 . 0 3 . 9 6  NH 

I T A C O A T I A R A 

70  Rod.  A M 0 1 0  F a z e n d a Aruanâ,  i g a r a p é próximo 

a o curral.  0 3 " 0 0 ' S ; 59° 49'W.  2 7 . 0 5 . 9 6  NH;LA 

1 , 7 

71  R o d .  A M 0 1 0  F a z e n d a Aruanã, próximo à 

plantação  d e pupunha.  0 3 ° 0 0 ' S ; 59° 49'W.  2 8 . 0 5 . 9 6  NH:LA 

3, 4 

7 2  Rod.  A M 0 1 0 Ramal do Mirapocuzinho. sítio de D. Belinha.  0 2 ­ 5 8 ' S ;  5 9 ­ 0 4 ­ W .  2 8 . 0 5 . 9 6  NH;LA 

7 3  E s t r a d a para Itapiranga,  M a d e r e i r a Mil. 

0 3 ° 0 5 ' S ;  5 9 ° 6 0 ' W .  2 8 . 0 5 . 9 6  NH;LA 

5, 7 

74  Rod.  A M 0 1 0 ,  r a m a l  S ã o  G e r a l d o , próximo à 

fazenda Aruanâ.  0 3 ° 0 0 ' S ;  5 8 ° 4 9 ' W .  2 8 . 0 5 . 9 6  NH;LA 

7 5  Rod.  Α Μ 0 Ί 0 ,  r a m a l Nova  v i d a . próximo à 

fazenda Aruanâ.  0 3 ­ 0 0 ' S ;  5 8 ° 4 9 ' W .  2 8 . 0 5 . 9 6  NH;LA 

5, 7 

7 6  Rod.  A M 0 1 0 , ramal Nova vida, próximo à 

f a z e n d a Aruanâ.  0 3 ° 0 0 ' S ; 58»49'W.  2 8 . 0 5 . 9 6  N H . L A 

1 0  7 7  Rod.  A M 0 1 0 . ramal Nova vida km 8, próximo à  f a z e n d a Aruanâ.  0 3 ° 0 0 " S ; 58° 49'W. 

R o d .  A M 0 1 0 ,  i g a r a p é próximo à lagoa do  V a l e 

2 8 . 0 5 . 9 6  NH;LA  1, 3, 6 

o ^  11  7 8  d o s Inocentes, fazenda Aruanã.  0 3 ° 0 0 ' S ; 

5 8 ° 4 9 ' W . 

2 9 . 0 5 . 9 6  N H ; L A zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAd, ύ 

1 2  7 9  Rod.  A M 0 1 0 ,  d e p o i s  d a fazenda Puna  0 2 ° 5 5 ' S ; 

5 8 ° 5 7 ' W .  2 9 . 0 5 . 9 6  N H . L A 

6, 7, 8 

M A N A U S 

13  Rod.  A M 0 1 0  k m  5 1 , Igarapé ­  k m 8,  C I G S . 

0 2 ­ 4 5 ' S ;  5 9 ­ 5 1 ' W .  1 8 . 0 3 . 9 6  NH 

1, 5. 7 

1 4  Rod.  A M 0 1 0 km  2 4 , Igarapé  1 0 0 0 , Reserva 

D u c k e .  0 2 ­ 5 7 ' S ; 59­57zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA' ν ν . 1 9 . 0 3 . 9 6  NH 

3. 4. 8 

1 5  Rod.  A M 0 1 0  k m  2 4 , Igarapé  7 0 0 ,  R e s e r v a 

D u c k e .  0 2 " 5 7 ' S :  5 9 ­ 5 7 ' W .  1 9 . 0 3 . 9 6  Ν Η 

3, 4 

1 6  Rod.  A M 0 1 0 km  2 4 , Igarapé I, Reserva  D u c k e . 

0 2 ° 5 7­S ;  5 9 ° 5 7 ' W .  1 9 . 0 3 . 9 6  NH 

(5)

17  Rod.  Α Μ 0 Ί 0  k m  2 4 , Igarapé  A c a r á , R e s e r v a  D u c k e .  0 2 ° 5 7zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA' S : 59° 57· νν. 1 9 . 0 3 . 9 6  N H  3,  4 , 

R o d .  A M 0 1 0 km  2 4 , Igarapé Barro  18  4 0  B a n c o ,  R e s e r v a  D u c k e .  0 2 ° 3 4 ' S : 

6 0 ° 0 7 ' W .  0 1 . 0 4 . 9 6  N H ;  F F X F  3 , 4 

1 9 

20 

41 

4 2 

C i d a d e  d e  D e u s ,  M a n a u s , antes da  entrada  p a r a o  S a b i a I ­  R e s e r v a  D u c k e .  0 3 ° 0 0 ' S ;  5 9 ° 5 6 ' W . 

R a m a l entre  P u r a q u e q u a r a e Jorge  Teixeira,  M a n a u s .  0 3 ° 0 2 ' S ;  5 9 ° 5 3 ' W . 

0 1 . 0 4 . 9 6  N H ;  F F X F  1 , 5, 7,  1 2 

2 5 . 0 4 . 9 6 

21 

2 2 

23 

4 3 

45 

R a m a l entre  P u r a q u e q u a r a e  J o r g e  Teixeira,  M a n a u s .  0 3S0 2 ' S ;  5 9S5 3 ' W . 

R a m a l entre  P u r a q u e q u a r a e  J o r g e  Teixeira,  M a n a u s .  0 3 ° 0 2 ' S ;  5 9 ° 5 3 ' W . 

R a m a l entre  P u r a q u e q u a r a e  J o r g e  Teixeira,  M a n a u s .  0 3 ° 0 2 ' S ;  5 9 ° 5 3 ' W . 

2 5 . 0 4 . 9 6 

2 5 . 0 4 . 9 6 

2 5 . 0 4 . 9 6 

N H  N H  N H  1, 4  1 , 3, 7 

Antes  d a entrada do  r a m a l  p a r a a Praia  2 4  4 6  D o u r a d a  ( I g a r a p é  T a r u m ã ) ,  M a n a u s . 

0 3 ° 0 r S ;  6 0 ° 0 4 ' W .  0 2 . 0 5 . 9 6 

N H 

25 

2 6 

47 

4 8 

C a c h o e i r a  d a s  A l m a s ,  M a n a u s .  0 3 ° 0 0 ' S ;  6 0 ° 0 3 ' W . 

V i v e n d a do Pontal,  M a n a u s .  0 2 ° 5 7 ' S ; 

6 0 ° 0 4­W .  0 2 . 0 5 . 9 6 

R a m a l  e m frente ao sítio  L o b a t o ,  2 7  4 9 próximo à entrada  d a  V i v e n d a  V e r d e , 

M a n a u s .  0 2 " 5 8 ' S ;  6 0 ° 0 4 ' W .  0 2 . 0 5 . 9 6 

N H  3, 5 

R a m a l do Riacho  E c o l ó g i c o , entrada  2 8  5 0  p a r a a Trigolar,  C h á c a r a  S ã o 

S e b a s t i ã o ,  M a n a u s .  0 2 ° 5 8 ' S ;  6 0 ° 0 3 ' W .  0 2 . 0 5 . 9 6  N H  3, 4 

R o d .  A M 0 1 0 km  2 4 , Igarapé Barro  2 9 51  B a n c o ,  a b a i x o  d a piscina,  á r e a  a b e r t a , 

R e s e r v a  D u c k e .  0 2 ° 5 7 ' S ;  5 9 ° 5 7 ' W .  0 9 . 0 5 . 9 6  N H 3,  4 , 8 

30 

31 

52 

53 

Rod.  A M 0 1 0 km  3 0 ,  C a c h o e i r a no  Igarapé  L e ã o .  0 2 ° 4 9 ' S ;  5 9 ° 5 8 ' W . 

Rod.  A M  0 1 0 í.a  i g a r a p é  d e p o i s do 

Igarapé  Á g u a  B r a n c a , no ramal  Á g u a  B r a n c a I.  0 2 ° 4 9 ' S ;  5 9 ° 5 8 ' W . 

0 9 . 0 5 . 9 6  N H  1 ,  2 , 3, 7 

0 9 . 0 5 . 9 6  N H  5, 7 

R o d .  A M  0 1 0  2 .s  i g a r a p é  d e p o i s do 

3 2  5 4 Igarapé  Á g u a  B r a n c a , no  r a m a l  Á g u a 

B r a n c a I.  0 2 ° 4 9 ' S ; 59° 58·\ΛΛ  0 9 . 0 5 . 9 6  N H  5, 7 

33  Rod.  A M  0 1 0  4

5. i g a r a p é  d e p o i s do 

Igarapé  Á g u a  B r a n c a , no ramal  Á g u a 

B r a n c a I.  0 2 M 9 ' S ;  5 9 ° 5 8 ' W .  1 7 . 0 5 . 9 6  N H  5, 7 

R o d .  A M  0 1 0  7C. i g a r a p é  d e p o i s do 

3 4  5 6 Igarapé  Á g u a  B r a n c a , no ramal Água 

B r a n c a I.  0 2 ° 4 9 ' S ;  5 9 " 5 8 ' W .  1 7 . 0 5 . 9 6  N H 

3 5  H W  A M  0 1 0  6

8.  i g a r a p é  d e p o i s do 

Igarapé  Á g u a  B r a n c a , no ramal  Á g u a 

B r a n c a I.  0 2 ° 4 9 ' S ;  5 9 ° 5 8 ' W .  1 7 . 0 5 . 9 6  N H  1 , 2 , 3 , 4 

Z F 3  k m  4 1 ,  R e s e r v a  1 5 0 1  I N P A / P D B F F ,  3 6  6 0  i g a r a p é na linha  J , próximo ao 

(6)

Z F 3  k m  4 1 ,  R e s e r v a  1 5 0 1  I N P A / P D B F F , 

3 7  6 1  i g a r a p é na  l i n h a  J ,  p r ó x i m o  a o  2 0 . 0 5 . 9 6  N H  3 ,  4 , 8  a c a m p a m e n t o  0 2 ­ 2 5 ' S ;  5 9 ° 4 3 ' W . 

Z F 3  k m  4 1 ,  R e s e r v a  1 5 0 1  I N P A / P D B F F , 

3 8  6 2  i g a r a p é  f o r m a d o  p e l a  j u n ç ã o  d e  d o i s  2 0 . 0 5 . 9 6  N H  8 , 1 2  p e q u e n o s .  0 2 ° 2 5 ' S ;  5 9 ° 4 3 ' W 

­f l  Z F 3  k m  4 1 .  R e s e r v a  1 5 0 1  I N P A / P D B F F . „  „ „ . uu . 

3 9  6 3  02 ° 2 5 ' S ;  5 9 ­ 4 3 ' W .  2 1 . 0 5 . 9 6  N H 4 

.n  Z F 3  k m  4 1 ,  R e s e r v a  1 5 0 1  I N P A / P D B F F . 0. MU 

40 64  0 2 ­ 2 5 ' S ;  5 9 ° 4 3 ' W .  2 1 . 0 5 . 9 6  N H  1 2 

R o d .  A M 0 1 0  k m  3 0 ,  r a m a l  Á g u a  B r a n c a II, 

4 1  6 5  I g a r a p é  M a t r i n x ã ,  G r e e n ­ P a r k .  0 2 ­ 5 1 ' S ;  5 9 °  2 3 . 0 5 . 9 6  N H  1 , 2  5 1 ' W . 

R o d .  A M 0 1 0  k m  3 0 ,  r a m a l  Á g u a  B r a n c a II, 

4 2  6 6  I g a r a p é  P u r a q u e q u a r a ,  G r e e n ­ P a r k . 0 2 ­ 5 1 ' S ;  2 3 . 0 5 . 9 6  N H  2 , 4  5 9 ° 5 1 ' W . 

R o d .  A M 0 1 0  k m  3 0 ,  R a m a l  Á g u a  B r a n c a II, 

4 3  6 7  p e q u e n a  e s t r a d a à  e s q u e r d a  d o  r a m a l  p a r a  2 3 . 0 5 . 9 6  N HzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA \o

o  G r e e n ­ P a r k .  0 2 ° 5 1 " S ;  5 9 ° 5 1 ' W . 

R o d .  A M 0 1 0  k m  3 0 ,  R a m a l  Á g u a  B r a n c a II, 

4 4  6 8  p e q u e n o  i g a r a p é no  A q u á r i o  P r e s t i g e .  2 3 . 0 5 . 9 6  N H  1 , 7  0 2 ° 5 1 ' S ;  5 9 ­ 5 1 " W . 

4 5  8 0  R e s e r v a  D u c k e ,  I g a r a p é  L i m p o ,  S a b i á I. 

^ 0Ό  0 3 ° 0 0 ' S ;  5 9 ­ 5 6 ' W .  J U . U b . S b  N H  3 , 4 

R a m a l  p a r a  S a n t a  E t e l v i n a ,  p r ó x i m o  a o  s i t i o 

4 6  8 1  F o r t a l e z a ,  i g a r a p é  s e d i m e n t a d o .  0 2 ­ 5 9 ' S ;  3 0 . 0 5 . 9 6  N H  5 9 ° 5 8 ' W . 

R o d .  A M 0 1 0 ,  r a m a l  p r ó x i m o  a o  p o s t o 

4 7  8 2  r o d o v i á r i o ,  t r i b u t á r i o  d o  I g a r a p é  A c a r á .  3 0 . 0 5 . 9 6  N H  0 2 ­ 5 7 ' S ;  5 9 ­ 5 9 ' W . 

M A N A C A P U R U 

R o d .  A M 3 5 2  e s t r a d a  p a r a  N o v o  A i r ã o 

4 8 9  p r ó x i m o à  e s t r a d a  p a r a  M a n a c a p u r u .  2 3 . 0 3 . 9 6  N H  0 3 ° 1 3 ' S ;  6 0 ° 3 9 ' W . 

4 9  1 0  R o d .  A M 3 5 2  e s t r a d a  p a r a  N o v o  A i r ã o ­ „ n, qR Νμ 7 

a u  d e p o i s  d o  p o n t o  # 9 .  0 3 = 1 3 ^ : 6 0 ­ 3 9 ^ .zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA tá.uó.vb  N H 

R o d .  A M 3 5 2  e s t r a d a  p a r a  N o v o 

5 0 11  A i r ã o d e p o i s  d o  p o n t o  # 1 0 .  0 3 ° 1 3 ' S ;  2 3 . 0 3 . 9 6  N H 

6 0 ­ 3 9 ' W . zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

• 4 1?  R o d .  A M 3 5 2  e s t r a d a  p a r a  N o v o  A i r ã o MM  1 , 2 , 3 

d e p o i s  d o  p o n t o  # 1 1 .  0 3 ­ 1 3 ' S ;  6 0 ° 3 9 ' W .  ",Ud,sc N" 

N O V O  A I R Ã O 

c o  . .  R o d .  A M 3 5 2  e s t r a d a  p a r a  N o v o  A i r ã o .  „ .  . „  _ · _  . ,u  1 , 6 

1 4  0 3 ­ 1 3 ' S ;  6 0 ­ 4 0 ' W . U.OJ.yb  N H 

(7)

P R E S I D E N T E  F I G U E I R E D O 

R o d .  B R 1 7 4  k m  1 0 7 ,  p e q u e n o  i g a r a p é na  5 4  1 6  f a z e n d a  S a n t a  C l a u d i a , próximo à fonte. 

0 2 ° 0 2 ' S ;  6 0 ° 0 0 ' W .  2 5 . 0 3 . 9 6 

N H ; 

F F X F  4 , 8 

5 5 

R o d .  B R 1 7 4  k m  1 0 7 ,  C a c h o e i r a  d a  f a z e n d a  S a n t a  C l a u d i a .  0 2 " 0 2 ' S ;  6 0 ° 0 0 ' W . 

2 5 . 0 3 . 9 6  F F X F N H ;  3, 8 

5 6  18  C a c h o e i r a  d a  O n ç a .  0 2 ° 0 2 ' S ;  6 0 ° 0 2 ' W .  2 5 . 0 3 . 9 6  F F X F N H ;  2 , 3, 7, 

57  19  R o d .  A M 2 1 0  k m  1 0 ,  p a r a  B a l b i n a . 0 2 " 5 0 · 5 ;  6 0 ° 1 0 " W .  2 5 . 0 3 . 9 6  F F X F N H ; 

58  2 0 

E s t r a d a  n ã o  p a v i m e n t a d a  e n t r e  P r e s i d e n t e  F i g u e i r e d o e  e s t r a d a  p a r a  B a l b i n a ,  p r ó x i m o ao  c e m i t é r i o . 02° 02'S;  6 0 ° 3 9 ' W . 

2 5 . 0 3 . 9 6  F F X F N H ;  5, 7 

R o d .  B R 1 7 4 km  1 3 4 ,  r a m a l  p a r a a  5 9  2 1  C o m u n i d a d e  C a s t a n h a l ,  I g a r a p é  C a n o a s . 

0 1 " 4 9 ' S ;  6 0 " 0 4 ' W . 

2 6 . 0 3 . 9 6  0 1 . 0 5 . 9 7 

N H : 

F F X F  2 ,  1 0 , 11 

60  22 

R o d .  B R 1 7 4  k m  1 1 7 ,  p e q u e n o tributário  d a  m a r g e m  e s q u e r d a do rio Urubuí,  a b a i x o  d a  C a c h o e i r a  I r a c e m a .  0 la° 9 ' S ; 

6 0 ° 0 3 ' W . 

2 6 . 0 3 . 9 6  F F X F N H ; 

R o d .  B R 1 7 4  k m  1 1 7 ,  t r i b u t á r i o do rio  2 3 Urubuí,  p o n t e  d e  m a d e i r a no  r a m a l  p a r a a 

C a c h o e i r a  I r a c e m a .  0 1 ° 5 9 ' S ;  6 0 ° 0 3 ' W . 

2 6 . 0 3 . 9 6  F F X F N H ;  3 ,  4 ,  8 , 9 

R o d .  B R 1 7 4  k m  1 1 3 , tributário do  i g a r a p é  6 2  2 4  L a j e s ,  b a l n e á r i o do Sr Almir.  0 1 " 5 9 " S ; 

6 0 ° 0 1 ' W .  2 6 . 0 3 . 9 6 

N H : 

F F X F  4, 9 

6 3  2 5 

R o d .  B R 1 7 4 km  1 0 8 , tributário do rio  Urubuí,  2 0 0 m  d a  e n t r a d a  p a r a  t a n q u e s  d e  p i s c i c u l t u r a  a b a n d o n a d o s . 

0 2 ° 0 1 ' S ; 6 0 ° 0 2 ' W . 

2 6 . 0 3 . 9 6  F F X F N H ;  1 ,  7 ,  8 , 9 

64  C a c h o e i r a  O r q u í d e a ,  I g a r a p é do  V e a d o . 0 2 ° 0 2 ' S ;  6 0 ° 3 9 ' W .  2 7 . 0 3 . 9 6  F F X F N H ;  3, 4, 

R o d .  B R 1 7 4  k m  9 7 ,  C a c h o e i r a  d a  6 5  2 7  S U F R A M A , tributário  d a  m a r g e m  d i r e i t a 

do rio  U r u b u .  0 2ο0 9 · 3 ; 5 9 ° 5 7 · ν ν . 

2 7 . 0 3 . 9 6  F F X F N H :  4 , 8 

R o d .  B R 1 7 4  k m  1 0 9 ,  C a c h o e i r a  6 6  2 9  C r i s t a l i n a ,  4 5 minutos  d e  c a m i n h a d a  d a 

c a s a do Sr.  N e z i n h o .  0 2 ° 2 8 ' S ;  6 0 ° 0 1 ' W .  2 8 . 0 3 . 9 6 

N H ;  F F X F 

R o d .  A M 2 1 0  k m 6,  p e q u e n o  i g a r a p é  6 7  3 0  a c i m a  d a  c a v e r n a  M a r u a g a . 02"02'S; 

5 9 ° 5 8 ' W .  2 8 . 0 3 . 9 6 

N H ;  F F X F 

R o d .  A M 2 1 0  k m  6 ,  p e q u e n o  i g a r a p é ,  p r ó x i m o  a o  i g a r a p é  # 3 0 .  0 2S0 2 ' S ; 

5 9 « 5 8 ' W .  2 8 . 0 3 . 9 6 

N H ; 

F F X F  3,  4 ,  7 , 

6 9 

7 0 

3 2 

3 3 

R o d .  A M 2 1 0  k m  1 2 ,  C a c h o e i r a  S a n t u á r i o .  0 2 ° 0 3 ' S ;  5 9 ° 5 5 ' W . 

R o d .  A M 2 1 0  k m  2 0 ,  I g a r a p é da  O n ç a .  0 2 ° 0 2 ' S ;  5 9 ° 5 0 ' W . 

2 8 . 0 3 . 9 6 

2 8 . 0 3 . 9 6 

N H ;  F F X F 

N H ;  F F X F 

1 , 3, 9 

3,  8 , 9 

R o d .  A M 2 1 0  k m  5 8 ,  I g a r a p é  P e d r a  3 4  F u r a d a ,  p r ó x i m o a  U H E  B a l b i n a . 01° 52'S; 

5 9 ° 5 8 ' W . 

(8)

R o d .  A M 2 1 0  k m  5 8 ,  p e q u e n o  i g a r a p é  N H.  72  3 5  p r ó x i m o  a o  i g a r a p é  P e d r a  F u r a d a . 29.03.96  FV ­ yF  3 , 4 , 8 

0 105 2 ' S ;  5 9 ° 5 8 ' W . 

7„  U H E  B a l b i n a ,  r a m a l  p a r a  C a c h o e i r a 0Q  n„zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAQR  N H ; _ , 

/á db  M o r e n a  0 2 ° 0 5 ' S ;  5 9 ° 2 0 ' W .  ^ a . u j . a b ρρ χρ d,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 4

7.  ,7  R o d .  A M 2 1 0 ,  r a m a l do  k m  1 7 ,  C a c h o e i r a  N H ; a 

' *  M a r i c o l a .  0 2 ° 0 2 ' S ;  5 9 » 5 2 ' W .zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA  < Í » . U J . » O ΡΡΧ Ρ « 

R o d .  A M 2 1 0 ,  r a m a l do  k m  1 7 ,  p e q u e n o NH.  7 5  3 8  i g a r a p é  p r ó x i m o à  C a c h o e i r a  M a r i c o t a .  2 9 . 0 3 . 9 6  p p v p 3, 8 

0 2 ° 0 2 ' S ;  5 9 ° 5 2 ' W . 

7 (. o n  R o d .  A M 2 1 0 ,  r a m a l do  k m  1 7 ,  1 o .  i g a r a p é 0Q noQR  N H : 

° J8  q u e  c r u z a o  r a m a l .  0 2 ° 0 2 ' S ;  5 9 ° 5 2 ' W . ρ ρχρ 

U H E  B a l b i n a ,  r a m a l  p a r a  C a h o e i r a 

7 7  1 1 8  M o r e n a ,  C a c h o e i r a do  B o t o ,  0 2 ° 0 5 ' S ;  1 0 . 0 8 . 9 6 ΡΡ"Ρ  1 , 2 , 8 , 9 

5 9 ° 2 0 ' W . : 1 

U H E  B a l b i n a ,  r a m a l  p a r a  C a c h o e i r a 

7 8  1 1 9  M o r e n a ,  f a z e n d a  L i n d o  A m a n h e c e r .  1 0 . 0 8 . 9 6  P P Y P 4 · 8 

0 2 ° 0 5 ' S ;  5 9 ° 2 0 ' W . 

U H E  B a l D i n a ,  r a m a l  p a r a  C a c h o e i r a Νμ.  7 9  1 2 0  M o r e n a ,  s e g u n d a  p o n t e de  m a d e i r a ,  1 0 . 0 8 . 9 6  P F Y ' P 

d e p o i s do  p o n t o n.  1 1 9 .  0 2 » 0 5 ' S ;  5 9 ° 2 0 ' W .  ί" ' "Τ |" 

Nota: Rod. = rodovia; BR = rodovia federal; A M = rodovia do estado do A m a z o n a s ; U H E = Usina hidroelétrica; INPA = Instituto Nacional de Pesquisas d a Amazônia; P D B F F = Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais. Data = dia/mês/ano; Coletor, FFXF = Francisco F.Xavier Filho, L A = Luís Aquino, NH = N e u s a Hamada.

* Espécies coletadas nos igarapés: 1 = Simulium quadrifidum; 2 = Simulium cauchense; 3 = Simulium goeldii; 4 =

Simulium " 6 - B 1 " ; 5 = Simulium daltanhani; 6 = Simulium "A"; 7 = Simulium perflavum; 8 = Simulium rorotaense; 9

= Simulium trombetense, 10 = Simulium maroniense, 11 = Simulium iracouboense, 12 = larvas imaturas de S.

goeldii, S. " 6 - B 1 " e/ou S. "A".

i g a r a p é s foram:zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA S. cauchense, S. daltanhani, S. goeldii, Simulium

iracouboense Floch & Abonnenc, S. maroniense, S. perflavum, S. quadrifidum, S. rorotaense, S. trombetense, S.  " 6 ­ B 1 " e S.  " A " .  Simulium maroniense foi identificada 

c o m o  p e r t e n c e n t e ao  c i t o t i p o D  (Hamada & Adler, 1999). 

Nas Figuras 1 e 2, apresentamos  as espécies de Simuliidae coletadas  nos igarapés, as condições médias  ( ±e r r o  p a d r ã o ) e a  p r o p o r ç ã o de  o c o r r ê n c i a de  a c o r d o com os  diferentes parâmetros avaliados. As  e s p é c i e s S. maroniense e S.

iracouboense não foram incluídas nos 

gráficos, uma vez que ocorreram 

apenas em um igarapé. 

Os resultados sugerem que cada  espécie ocupa uma faixa característica  dentro da disponibilidade de habitat,  p o d e n d o , por  e x e m p l o , serem  c a r a c t e r i z a d a s  c o m o  e s p é c i e s de  floresta (S. goeldii, S.  " 6 ­ B 1 " , S.

rorotaense e S. trombetense), de 

a m b i e n t e  p e r t u r b a d o ,  g e r a l m e n t e  associados a represamentos artificiais  de água (S. perflavum e S. daltanhani) ou ocupando habitats intermediários 

(S. quadrifidum, S. "A"). 

Chave de identificação para  machos 

1. Espécies amarelas ou laranjas... 2 

(9)

®

be zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA be 

Φ 

cd 

abe 

Ô ABC A 

ab V a Λ φ 

1 2  3 4 5 6 7 8

J I I L 

1  2 3 4 5 6 7 8

­*  f t

 ΐ Τ 

1 2 3 4 5 6 7 

© ι 

5 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

- be  ­c 

_Α 

ac A 

Ι ? 

Τ 

a 8 3  a zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

- I * »

1

 « s 

ι ι ι ι 1 1 1 1

Τ 2 3 4 5 6 7 8 9 

Espécie 

Figura 1.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Valores médios dos parâmetros físico­químicos dos igarapés onde as espécies de  simulídeos foram coletadas na Amazônia Central, Brasil, a) largura (m); b) profundidade (m);  c) velocidade (ms"1

); d) vazão (m3

s"'); e) temperatura (*C); f) pH. Notas: espécie, 1 = 5. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

quadrifidum, 2 = 5. cauchense, 3 = 5. goeldii, 4 = 5.  " 6 ­ B 1 " , 5 = 5. daltanhani, 6 = 5. "A", 7 

(10)

α . 

σ 

k_ 

σ 

_çr> zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

<υ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

1 0 0

8 0 +

6 0

4 0

-2 0

0

ι 

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

I

τ 1 4 5 6

E s p é c i e 

8

Com represamento O Sem represamento 

« 5

Ω ­ Ο  L_ 

σ  σ » 

a>  χ » 

Floresta  c a m p i n a  ι ι  A g r i c u l t u r a / 1—1 Desmatamento 

Figura 2.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Distribuição de espécies de simulídeos (Diptera: Simuliidae): a) em igarapés com e  sem represamento; b) e em três tipos de uso da terra na Amazônia Central, Brasil. Notas: Τ  = 

total de igarapés amostrados (n = 79); espécies, 1 = 5.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA quadrifidum; 2 = 5. cauchense; 3 = S. goeldii; 4 = 5.  " 6 ­ Β Γ ; 5 = 5. daltanhani; 6 = 5. "A"; 7 = 5. perflavum;  8 = 5 . rorotaense; 9 =

(11)

2. Escudo com 1 par de bandas 

submedianas prateadas (Fig. 4) zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

S. iracouboense

2 ' . Escudo sem 1 par de bandas 

submedianas 3  3.  A n t e n a s (Fig. 11) e  p e r n a s 

m e d i a n a s  ( F i g . 13) sem  r e g i õ e s  escuras S. perflavum 3 ' . Antenas (Fig. 12) e pernas  m e d i a n a s  ( F i g . 14) com  r e g i õ e s 

escuras 4  4. Todos os tergitos abdominais 

com manchas amarelo­alaranjadas, 

espécimes grandes S. trombetense zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

4\ Nem todos os tergitos abdominais 

com manchas amarelo­alaranjadas,  espécimes de tamanho mediano ... 

S. maroniense e S. rorotaense

5. Escudo com 1 par de manchas  submedianas prateadas (Figs. 6,8,10).. 6 

5 \ Escudo sem manchas  submedianas prateadas aparentes 8 

6. Manchas submedianas do es­ c u d o com área basal  g r o s s a ,  conectadas à banda lateral prateada  (Fig.6) S. argentiscutum

6'. Manchas submedianas no es­ cudo com área basal fina (Figs. 8, 10),  sem conexão com a banda lateral  prateada 7  7. Escudo com 1 par de manchas  submedianas finas e alongadas (Fig. 8)  S. quadrifidum 7'. Escudo com 1 par de manchas  submedianas cuneiformes (Fig. 10)  S. cauchense 8. Espécimes grandes (> 2,0mm),  distimero com 2 a 3 espinhos (Fig. 15)  S. daltanhani

8 ' . Espécimes pequenos (< 2,0  m m ) , distimero com 1 espinho ... 

S. goeldii, S. "6­B1", S.  " A " zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Chave de identificação para  fêmeas  1— Espécies amarelas ou laranjas ....  2  Γ ­ Espécies negras 5  2 — Escudo com 1 par de bandas  submedianas prateadas (Fig. 3) ....  S. iracouboense

2 ' ­ Escudo sem  b a n d a s 

submedianas 3  3 — Antena com  f l a g e l ò m e r o s 

basais alargados (Fig. 11), antenas e  pernas medianas sem mancha escura  (Fig. 13) S. perflavum

3 ' ­  A n t e n a com  f l a g e l ò m e r o s  basais não alargados (Fig. 12); antenas  e pernas medianas com mancha escura  (Fig. 14) 4  4 — Projeção do lobo anal, em vista  lateral, 1,2 a 1,3 vezes tão longa  quanto a largura basal (Fig. 16)  S. trombetense

4 ' ­ Projeção do lobo anal, em  vista lateral, 1,9 vezes tão longa  quanto a largura basal (Fig. 17) 

S. maroniense e S. rorotaense 5 - Com padrão distinto no es­

cudo (Figs. 5, 7, 9) 6  5' ­ Sem padrão distinto no es­

cudo 8  6 —  E s c u d o com 1 par de 

manchas cuneiformes, submedianas  (Fig. 9) S. cauchense

6 ' ­  E s c u d o sem 1 par de  manchas cuneiformes, com padrão no 

escudo diverso (Figs. 5, 7) 7  7 ­ Escudo negro, com 1 par de 

bandas longitudinais (Fig. 7), submedianas  e prateadas S. quadrifidum

7' ­ Escudo acinzentado, com  padrão do escudo como na Fig. 5 

(12)

8 — Espécimes grandes (corpo =  1,9­2,4 mm), órgão sensorial do palpo  o c u p a n d o  m a i s da  m e t a d e do 

segmento que ocupa (Fig. 18) zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

S. daltanhani

8'­ Espécimes pequenos (corpo  = 1,5­1,75 mm), órgão sensorial do  palpo ocupando menos da metade do  segmento que ocupa (Fig. 19) 

S. "6­B1", S. "A" e S. goeldii zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Chave de identificação para pupas 

1 ­  E s p é c i e s com quatro  filamentos  b r a n q u i a i s ; tubérculos  cefálicos ponteagudos (Fig. 20) 2 

1'­ Espécies com mais de quatro  filamentos branquiais; tubérculos  cefálicos não ponteagudos (Figs.  2 1 ­

23) 3  2­  R a m o s  p r i m á r i o s  d o s 

filamentos branquiais se bifurcando  mais da metade do comprimento total 

do filamento (Figs. 24­25) 

S. cauchense V —  R a m o s  p r i m á r i o s  d o s 

filamentos branquiais se bifurcando  próximo da base (Figs. 26­27) 

S. quadrifidum

3 — Espécies com 6 filamentos 

branquiais 4  3 ' ­  E s p é c i e s com  m a i s de 6 

filamentos branquiais 7  4 — Casulo em forma de bota 

(Fig. 32), brânquias mais curtas que o  comprimento do corpo 

S. argentiscutum

4'­ Casulo em forma de chinelo (Fig.  34), brânquias tão longas ou mais longas 

que o comprimento do corpo 5  5­  T u b é r c u l o s  c e f á l i c o s  pequenos, não em forma de duna  (Figs. 21­22, ), brânquias delgadas 

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

f \ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Π

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

V / 

Figuras 3­10. Escudo. Simulium iracouboense fêmea (3) e macho (4). Simulium argentiscutum

(13)

Figuras 11­19.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Antena dezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Simulium perflavum (11) e Simulium rorotaense (12). Perna mediana 

(14)

(diâmetro, χ  = 12μ , η  = 12) (Fig 

35) 6  5 ' ­  T u b é r c u l o s cefálicos 

grandes, em forma de duna, brânquias  grossas (Fig. 36) (diâmetro,~x = 36,8μ , 

η  = 12)zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA S. daltanhani

6 — Filamentos brânquias se  ramificando no mesmo nível, próximo  da base (Figs.  2 9 , 35), tubérculos  cefálicos arredondados, a maioria com  constricção na base (Fig. 21) S. "A"  6'­ Filamentos brânquias não se  ramificando no mesmo nível (Fig. 28),  tubérculos cefálicos retangulares,  dentiformes Fig. 22) S. "6­B1"  7 ­ Espécies com 8 filamentos  branquiais 8  7 ' ­ Espécies com mais de 8 

filamentos branquiais 10  8. ­ Casulo com projeção dorsal 

a n t e r i o r (Fig.  3 3 ) ;  f i l a m e n t o s  branquiais longos (Fig. 30), 1,5 vezes  ou mais o comprimento do corpo 

S. goeldii

8'­ Casulo sem projeção dorsal  a n t e r i o r (Fig.  3 4 ) ,  f i l a m e n t o s  branquiais menores do que 1,5 vezes 

o comprimento do corpo 9  9. — Todos filamentos branquiais 

se originando próximo à base das  brânquias S. perflavum 9' ­ Filamentos brânquias não se  originando na mesma altura (Fig. 31)  S. iracouboense 10­ Espécie com mais de 150  filamentos branquiais (Figs. 37­38)  S. trombetense 10' ­ Espécies com 18 a 21  filamentos branquiais (Figs. 3940) 11 

11 —  F i l a m e n t o s  p r o j e t a d o s 

anteriormente, sem formar uma roseta  na base (Fig. 39) S. rorotaense

11'. — Filamentos originando­se  próximos da base, formando uma  roseta na base (Fig. 40) 

S. maroniense zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Chave de identificação para larvas  (larvas preservadas em Carnoy)  1­ Larvas sem papilas ventrais  posteriores (Fig. 41) 2  1'­ Larvas com papilas ventrais  posteriores (Fig. 42) 7  2 ­ Larvas grandes (> 6,0 mm).... 3 

2 ' ­ Larvas pequenas a medianas 

(< 5,5 mm) 6  3 ­ Histoblasto branquial grande  (> 1,5 mm) (Figs. 43­44) 4  3'­ Histoblasto branquial pequeno  (< 1,5 mm) (Fig. 45) 5  4­ Larvas de coloração verde 

escura; histoblasto branquial in situ com numerosos filamentos finos,  partindo de um tronco grosso (Fig.  4 3 ) ,  d i s s e c a d o com  m a i s de 150  filamentos (Figs. 37­38) 

S. trombetense

4' — Larvas de coloração verde  clara; histoblasto branquial in situ com  filamentos grossos visíveis (Fig. 44),  d i s s e c a d o com 8  f i l a m e n t o s 

S. perflavum

5­ Histoblasto branquial dissecado  com 18­21 filamentos não dispostos em  ângulo aberto (Fig. 39) S. rorotaense 5 ' ­  H i s t o b l a s t o  b r a n q u i a l  d i s s e c a d o com 18­21  f i l a m e n t o s  dispostos em ângulo aberto, ao redor  de uma roseta basal (Fig. 40) 

S. maroniense

(15)

dorsalmente, formando um anel de  coloração escura (Fig. 46); gânglio  subesofageano não pigmentado; sem  setas visíveis no tegumento corporal;  brânquias dissecadas com 8 filamentos 

(Fig. 31) 5*.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA iracouboense

6 ' ­  C á p s u l a cefálica sem  pigmentação definida dorsalmente;  gânglio subesofageano pigmentado 

(Fig.  4 7 ) ; com  s e t a s  v i s í v e i s no  t e g u m e n t o  c o r p o r a l ;  b r â n q u i a s  dissecadas com 6 filamentos 

S. argentiscutum 1 —  G â n g l i o  s u b e s o f a g e a n o 

pigmentado (Fig. 48); fenda guiar em  forma de V; brânquias dissecadas com  6 filamentos grossos (> 30μ ) 

S. daltanhani zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Figuras 20­23. Tubérculos cefálicos da pupa: Simulium quadrifidum (20); Simulium  " A " (21); 

(16)

Figuras 24­34.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Vista parcial dos filamentos brânquias das pupas dezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Simulium cauchense (24­

25) e Simulium quadrifidum (26­27). Filamentos brânquias das pupas de Simulium  " 6 ­ B 1 " (28); 

Simulium  " A " (29); Simulium goeldii (30); Simulium iracouboense (31). Casulo pupal em forma 

(17)
(18)

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(19)
(20)

7 ' ­ Gânglio subesofageano não  pigmentado; fenda guiar arredondada;  b r â n q u i a s  d i s s e c a d a s com 4­8  filamentos delgados (< 25μ ) 8 

8 — Fenda guiar com a porção  apical alargada (Fig. 49); processo  látero mandibular simples; segundo  a r t í c u l o antenal  m e n o r do que o 

primeiro 9  8 — Fenda guiar com a porção  apical não alargada (Fig. 50) processo  látero mandibular bífido ou trífido;  segundo artículo antenal maior do que  o primeiro 10  9 — Larva com porção terminal  de coloração azul escura, ou com  bandas uniformes de coloração escura;  setas pequenas,mas visíveis ao longo  do corpo, raios do leque cefálico sem 

manchas escuras nos ápices dozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA X

A basi­

lar, filamentos branquiais (dissecados)  se ramificando longe da base (Figs.  24­25) S. cauchense

9' ­ Larva sem coloração azul  escura na porção terminal, raios do  l e q u e  c e f á l i c o ,  g e r a l m e n t e com  manchas escuras nos ápices do % basi­ lar, filamentos branquiais (dissecados)  se ramificando próximo da base (Figs.  26­27) S. quadrifidum

10 — Histoblasto dissecado com  8 filamentos branquiais (Fig. 30)  S. goeldii 10'­ Histoblasto dissecado com 6  filamentos branquiais 11  11 ­ Histoblasto dissecado com  filamentos se ramificando à mesma altura,  próximo da base (Figs. 29; 35) S. "A"  11'­ Histoblasto dissecado com  filamentos se ramificando a diferentes 

alturas (Fig. 28) S.  " 6 ­ Β Γ  zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

D I S C U S S Ã O 

Diversos autores têm relatado a  importância de fatores físico­químicos  e da  e s t r u t u r a do  h a b i t a t  n a  d i s t r i b u i ç ã o das  e s p é c i e s (e.g. Grunewald, 1976; Corkum & Currie, 

(21)

habitat alterado, como o ambiente para  a oviposiçao. 

As espécieszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA S. maroniense e S.  iracouboense foram coletadas apenas  no igarapé Canoas, no município de  Presidente Figueiredo, provavelmente  localizado em uma área de transição  entre o vale do Amazonas e o escudo  guianense, uma vez que essas duas  spécies, assim como S. cauchense, são  mais abundantes no escudo guianense  (Py­Daniel, 1983; Coscarón et al.,

1996; Shelley et ai, 1997; Hamada &  Adler, 1998b). 

A distribuição de S. trombetense foi associada às bordas do escudo  guianense (Hamada & Adler, 1998b),  e na  A m a z ô n i a  C e n t r a l só foi  encontrada, até o momento, nas áreas  de transição entre o vale Amazônico e  o referido escudo, no município de  Presidente Figueiredo. As espécies S.

goeldii e S. quadrifidum apresentam 

a m p l a  d i s t r i b u i ç ã o na  r e g i ã o  Amazônica (Crosskey & Howard, 

1997). Simulium perflavum apresenta  ampla distribuição na América do Sul  (Coscarón, 1990), enquanto que S.

daltanhani até o  m o m e n t o só foi 

registrada para a Amazônia Central  (Hamada & Adler, 1998a). 

Simulium  " 6 ­ B 1 " foi coletada 

por Dellome Filho (1978) em quatro  igarapés no município de Manaus, e  ainda não recebeu uma denominação  f o r m a l ,  P y ­ D a n i e l  ( c o m u n i c a ç ã o  pessoal) afirma estar descrevendo essa  espécie, uma vez que Dellome Filho  ( 1 9 7 8 )  d e p o s i t o u os  e s p é c i m e s  estudados na coleção do INPA.

Simu-lium  " A " representa, provavelmente, 

uma espécie nova para a Ciência, não 

registrada anteriormente na região, e  será descrita pelos autores do presente  e s t u d o após  e s t u d o s  c i t o l ó g i c o s . 

Simulium goeldii, S.  " 6 ­ B 1 " e S.  " A " 

formam um  g r u p o de  e s p é c i e s  similares, que podem ser diferenciadas  no estágio de pupa, pelo número e  disposição dos filamentos brânquias e  n o  ú l t i m o  e s t á d i o  l a r v a l ,  a p ó s a  dissecção do histoblasto branquial. 

Simulium argentiscum (espécie . 

antropofílica) tem ampla distribuição  na região Amazônica (Crosskey &  H o w a r d , 1997),  e n t r e t a n t o ,  s e u s  i m a t u r o s , até o  m o m e n t o , foram  e n c o n t r a d o s  a p e n a s no estado de  Rondônia, nos rios Madeira (Shelley  & Luna Dias, 1980) e Mamoré (Py­ Daniel, 1983), cursos d'agua com  grande vazão. Mais amostragens nos  grandes rios nas proximidades de  Manaus serão necessárias para se  entender a biologia e distribuição  dessa espécie de importância médica,  uma vez que ela é coletada picando  seres humanos com certa freqüência,  principalmente na época chuvosa, nos  arredores de Manaus, como Vivenda  Verde, Marchantaria, Puraquequara e  no encontro das águas dos rios Negro  e Solimões (J. Vidal e N. Hamada,  observações pessoais). 

C o m o a área ao sul  d o  r i o  Amazonas foi pouco amostrada, é  provável que mais espécies sejam  adicionadas à lista apresentada aqui,  quando as coletas de Simuliidae forem 

intensificadas nessa região. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

A G R A D E C I M E N T O S 

(22)

1 , 4 3 m m 

Figuras 41­50.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Larvas. Porção terminal do corpo sem papilas ventrais posteriores (41) e com 

papilas ventrais posteriores (42). Histoblasto branquialzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA in situ de Simulium trombetense (43);  Simulium perflavum (44); Simulium rorotaense (45). Vista dorsal da cápsula cefálica de

Simu-lium iracouboense (46). Fenda guiar e gânglio subesofageano pigmentado de SimuSimu-lium argentiscutum (47) e Simulium daltanhani (48). Fenda guiar de Simulium quadrifidum (49) e  Simulium goeldii (50). 

L. Aquino, J.E. Bindá e U.C. Barbosa  (INPA). À M.  M a i a ­ H e r z o g  (FIOCRUZ) e A. Shelley (NHM­Lon­ don), pelo empréstimo de parátipos de 

S. argentiscutum. P.M. Fearnside pela 

revisão do manuscrito. Deyse C.Q.  Santos e Jorge Dácio ilustraram parte 

deste trabalho. Este trabalho foi  parcialmente financiado pelo PPI 1­ 3 4 0 0 ,  P P I 1­3070  ( I N P A ) ,  C N P q  ( 2 0 1 1 6 5 / 9 3 ­ 7 ) .  E s p e c i a l  agradecimento ao Comando Militar da  A m a z ô n i a  ( C M A ) e ao  6o

(23)

na área de  G u a j a r á ­ M i r i m , que 

possibilitou a coleta dezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Simulium argentiscutum. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Bibliografia citada 

A l e n c a r , Y.B.  1 9 9 8 . Alimentação e

determinação biomètrica de larvas de Simulium perflavum Roubaud, 1906 (Diptera: Simuliidae) em igarapés na Amazônia Central, Brasil. Dissertação de 

mestrado, INPA/UA, Manaus, AM, Brasil,  146p. 

Cerqueira, N.L.; Nunes de Mello, J.A. 1967.  Simuliidae da Amazônia 11. Descrição de 

Simulium goeldii sp. n. Amazoniana, 1: 

125­130.  Cerqueira, N.L.; Nunes de Mello, J.A. 1968.  Simuliidae da Amazônia IV. Descrição de  Simulium fulvinotum sp. n. (Diptera,  Nematocera). Amazoniana, 1(3): 205­210.  Ciborowski, J.J.H.; Adler, RH. 1990. Ecologi­

cal  s e g r e g a t i o n of larval black flies  ( D i p t e r a :  S i m u l i i d a e ) in  n o r t h e r n  Saskatchewan, Canada. Can. J. Zooi, 68:  2113­2122.  Corkum, L.D.; Currie, D.C. 1987. Distribu­ tional patterns of immature Simuliidae  (Diptera) in northwestern North America.  Freshwater Biol., 17: 201­221.  Coscarón, S. 1990. Taxonomia y distribution  del subgenera Simulium (Ectemnaspis)

Enderlein (Simuliidae, Diptera, Insecta). 

Iheringia, Ser. Zool., 70:109­170. 

Coscarón, S.; Ibafiez­Bernal, S.; Coscarón­ Arias, C.L. 1999. Revision of Simulium

(Simulium) in the Neotropical realm (In­

secta: Diptera: Simuliidae). Memoirs on

Entomology International, 14: 543­604. 

Craig, D.A. 1987. Some of what you should  know about water or K.I.S.S. for hydro­ d y n a m i c s . Bull. N.A. Benthol. Soc, 35.178­182. 

Crosskey, R.W.; Howard, Τ . M., 1997. A New

Taxonomic and Geografical Inventory of World Blackflies (Diptera:Simuliidae).

Department of Entomology, The Natural  History Museum, London. 144p.  D e l l o m e  F i l h o , J. 1978. Fatores

fisicos-quimicos dos criadouros de Simuliidae (Diptera, Nematocera). Dissertação de 

m e s t r a d o ,  I N P A / F U A ,  M a n a u s ,  A M ,  Brasil, 75 p. 

Dellome Filho, J. 1983. Considerações sobre  os fatores físico­químicos dos criadouros  de Simulium goeldii Cerqueira & Mello,  1967. (Diptera­Simuliidae). Revta Bras.

Ent, 27:155­160. 

Floch, H.; Abonnenc, E. 1946. Simulidesde la  Guyane Francaise. 1. S. guianense Wise 

1911, S. rorotaense n. sp., S. maroniense n. sp. Publ. Inst. Pasteur Guyane Franc,

et. Terr, de L'Inini, 136: 1­20, lOpls. 

Gorayeb, I.S.; Mok, W.Y. 1982. Comparison of  capillary tube and immunodiffusion pre­ cipitin tests in the detection of Simulium

fulvinotum larval predators. Ciência e Cultura, 34: 1662­1668. 

Gorayeb, I.S.; Pinger, R.R. 1978. Detecção de  predadores naturais das larvas de

Simu-lium fulvinotum Cerq. e Mello, 1968 

(Diptera, Nematocera). Acta Amazônica, 8: 629­637. 

Grillet, M.E.; Barreras, R. 1997. Spatial and  temporal abundance, substrate partitioning  and species co­occurrence in a guild of  N e o t r o p i c a l  b l a c k f l i e s  ( D i p t e r a :  Simuliidae). Hydrobiologia, 345(2­3):  197­208. 

Grunewald, J. 1976. The hydro­chemical and  physical conditions of the environment of  the immature stages of some species of the 

Simulium (Edwardsellum) damnosum

complex (Diptera). Tropenmed. Parasito!., 27: 438­454. 

Hamada, N. 1989. Aspectos ecológicos de 

Simulium goeldii (Diptera: Simuliidae) ­

Relação entre substrato e densidade de  larvas. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, 84: 263­ 266. 

H a m a d a , Ν . 1993a.  A s s o c i a t i o n between 

Hemerodromia sp. (Diptera, Empididae) 

and Simulium perflavum  ( D i p t e r a :  Simuliidae) in Central Amazonia, Brazil. 

Mem. Inst. Oswaldo Cruz, 88: 169­170. 

Hamada, N. 1993b. Abundância de larvas de 

(24)

caracterização do seu habitat, em uma  floresta de terra firme, na Amazônia Cen­

tral.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Boi. Mus. Para. Emílio Goeldi, sér.

Zoo/., 9(2): 203­218. 

Hamada, N. 1998. Bionomics of Simulium

perflavum Roubaud (Diptera: Simuliidae) 

in Central Amazonia, Brazil. Rev. Bras. £«/.,41(2­4):523­526. 

Hamada, Ν. ; Adler, P.H. 1998a. A new species  of Simulium (Diptera: Simuliidae) from  open areas in Central Amazonia, Brazil. 

Mem. Inst. Osw. Cruz., 93(3): 317­325. 

Hamada, N.; Adler, P.H. 1998b. Taxonomy of  the Simulium perflavum Species­Group  (Diptera: Simuliidae), with description of  a new species from Brazil. Insecta Mundi,

12: 207­226. 

Hamada, N.; Adler, P.H. 1999. Cytotaxonomy  of four species in the Simulium perflavum Species­Group (Diptera: Simuliidae) from  Brazilian Amazonia. Syst. Entomoi, 24(2):  273­288. 

Hamada, N.; McCreadie, J.W. 1999. Environ­ mental factors associated with the distri­ bution of Simulium perflavum (Diptera:  Simuliidae) among streams in Brazilian  Amazonia. Hydrobiologia, 397: 71­78.  Lacey, L.A.; Lacey, J.M. 1983. Filter feeding of  Simulium fulvinotum (Diptera:Simuliidae)  in the Central Amazon Basin. Quaest. Entomoi., 19: 41­51.  Miranda Esquivei, D.R.; Mufioz de Hoyos, P.  1995. Ectemnaspis o Psilopelmial He ahi  el dilema. Revta Colomb. Entomoi., 21(3): 129­144. 

Moreira, G.R.P.; Sato, G. 1996. Black fly ovi­ position on riparian vegetation of water­ falls in an Atlantic rain forest stream. An.

Soe. Entomoi. Brasil, 25(3): 557­562. 

Py­Daniel, V. 1983. Caracterização de dois  novos subgêneros em Simuliidae (Diptera:  Culicomorpha) Neotropical. Amazoniana, 8(2):159­223. 

P y ­ D a n i e l , V.;  S a m p a i o ,  R . T . M .  1 9 9 4 . 

Jalacingomyia gen.n. (Culicomorpha): a 

r e s s u r r e i ç ã o de  G y m n o p a i d i n a e ; a  eliminação do nível tribal; apresentação de  n o v o s  c a r a c t e r e s e a  r e d e s c r i ç ã o  d o s  e s t á g i o s larval e pupal de Simulium

colombaschense  ( F a b r i c i u s , 1787) 

(Diptera: Simuliidae). Mem. CAICET, IV:  101­148. 

Ross, D.H.; Merritt, R.W. 1987. Factors affect­ ing larval black fly distributions and popu­ lation dynamics. In: Kim, KC; Merritt,  R.W.  ( e d s . ) , Black flies:

Ecology,population management and an-notated world list. The Pennsylvania State 

University, University Park, Pennsylvania,  USA. pp.90­108. 

Rothfels, K.H.; Dunbar, T.W. 1953. The sali­ vary gland chromosomes of the black fly 

Simulium vittatum Zett. Can. J. Zooi,  3 1 : 

226­241. 

Shelley, A.J.; Lowry, C.A.; Maia­Herzog, M.;  Luna Dias, A.P.A.; Moraes, M.A.P. 1997.  Biosystematic studies on the Simuliidae  (Diptera) of the Amazonia onchocerciais  focus. Bull. Nat. Hist. Mus. Lond. (Ent.), 66(1): 1­121. 

Shelley, A.J.; Luna Dias, A.P.A.. 1980.

Simu-lium argentiscutum sp. nov. (Diptera: 

S i m u l i i d a e ) , a  m e m b e r  o f the S.

amazonicum-group of species: description 

of adults, pupa and larva. Mem. Inst.

Oswaldo Cruz, 75: 105­111. 

Zar, H, J. 1996. Biostatistical Analysis. Editora  Prentice­Hall do Brasil, Ltda., Rio de 

Janeiro. 662p. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Imagem

Tabela 1.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA  Locais de coleta dezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA  Simulium spp. (Diptcra: Simuliidae) na Amazônia Central, Brasil,  Março a Agosto de 1996. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXW
Figura 2.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA  Distribuição de espécies de simulídeos (Diptera: Simuliidae): a) em igarapés com e  sem represamento; b) e em três tipos de uso da terra na Amazônia Central, Brasil. Notas: Τ  = 

Referências

Documentos relacionados

sendo que é no acaso de seus acontecimentos que desse modo se (re)constróem os mesmos efeitos de sentido. reconfigurá-las em formas mais simples. tal simplific açã o

Coxa mediana cas- tanho escuro com pruinosidade acinzentada; trocanter, fêmur e tíbia castanho-amarelo, por- ção distai da tíbia um pouco mais escura.. Coxa do par

t proposta a substituição do caráter Ângulo Frontal por lndice Frontal: com o intuito de obter-se uma proporção entre a largura e altura da fronte das

Lista de espécies de Simulium Latreille, 1802 (Diptera: Simuliidae) do estado de Mato Grosso do Sul, Brasil e localidades de ocorrência (numeração das localidades

A cy- togenetic analysis of the Simulium ochraceum spe- cies complex (Diptera: Simuliidae) in Central America. Identification of members of Simulium ochraceum species complex in

27 (one side only): tergite I with 2 long setae; tergite II with 8 setae; tergites III and IV each with 4 anteriorly directed hooks on posterior margin, plus 2-4 small setae; tergite

10: chromosome III, showing standard banding sequence of short arm (top) and long arm (middle) of Simulium quadrifidum and long arm of Simulium cauchense (bottom)

Hamada N and Adler PH (1999) Cytotaxonomy of four species in the Simulium perflavum Species-Group (Diptera: Simuliidae) from Brazilian Amazonia.. Syst