<
ik
TAXONOMIA
FENÉTICA
DAS
SÉRIES
E
jflauciaridalae
DE
CCAV.
(ASTERACEAE, EUPATORIEAE)
*
JIMI
NAOKI
NAKAJIMA
1
<*
Dissertação apresentada ao Instituto de
Biociências
do Campus de Rio Claro,Universidade
Estadual
Paulista, comoparte dos requisitos para obtenção do
título de Mestre em
Ciências Biológicas
(Área de Biologia Vegetal).
Rio
Claro
Estado
deSão Paulo
Janeiro de 1991
D
TAXONOMIA
FENETICA
DASSCRIES
P ALEACEOAR ISTATAE EPAUCIARISTATAE DE STEVIA CAV. ( ASTER ACEAE
,
EUPATORIEAE)JIMI NAOKI NAKAJIMA
Orientador: REINALDO MONTEIRO
Dissertação apresentada ao Insti¬
tuto de Biociênclas do Campus de
Rio Claro, Universidade Estadual
Paulista, como parte dos requisi¬
tos para obtenção do título de
em Ciências Biológicas
Mestre
(Area de Biologia Vegetal).
Rio Claro
Estado de São Paulo
dezembro de 19S0.
I
"Não
devemos parar de explorar, eo fim de toda nossa exploração
será chegar
ao
ponto de partida econhecer o lugar pela primeira
vez”
.
£
1
i i
AGRADECIMENTOS
Prof. Dr. Relnaltio Monteiro, do Departamento de
Ao
Botânica, UNESP, Rio Claro, pela orientação, incentivo e
aml-2ade durante a realização deste trabalho.
A Coordenador Ia de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Super Ior (CAPES/MEC) pela bolsa de estudos
Ensino concedida
para
o
desenvolvimento deste trabalho.Ao Prof. Dr. Oswaldo Cesar, curador do Herbarium
Rlociarense, pelas facilidades oferecidas para a realização
deste estudo.
Aos curadores dos diversos herbárlos que
gentllmen-cederam
as
exslcatas, sem as quais seria Impossível estete
estudo
taxonêmico.
Prof. Claudio Muller e
às
Profa. Ana OdeteAo dos
Santos Vieira e Marlida Carvalho Dias, do Departamento de
Biologia Animal
e
Vegetal da Universidade Estadual de Londri¬na, Paraná, que ao assumirem minhas tarefas, permitiram o
término deste trabalho.
A
Profa. Eliza Alves Uma, acessoracientífica
doNdcleo de Processamento de Dados da Universidade Estadual de
Paraná, pela iniciação e incentivo
ao uso
doLondrina, pro¬
grama S AS para os estudos fenétlcos aqui real izados
.
Ao Prof. Antonio Furlan do Departamento de Botâni¬
ca, UNESP, Rio Claro, pelas discussSes e sugestões relaciona¬
das ao trabafho e a taxonomla vegetal.
A
todos osmeus
amigos do curso deCiências
Bloló-e do curso de pés-graduação em Ciências Biológicas
gIcas da
UNESP, Rio Claro, por sua paciência, amizade e incentivo du¬
rante a realização deste trabalho.
j i i
A
todos os professores efuncionários
do Institutode Bloclências, UNESP
,
Rio Claro, responsáveis pela minhaf ormação acadêmica, o que permitiu a condução
crítica
destadl ssertação
.
A
todos os professores efuncionários
do Departa¬mento de Biologia Animal e Vegetal e da Universidade Estadual
de Londrina, Paraná, pela
convivência
pacfflca e paciênciadurante a finalização deste trabalho.
Aos Profs. Moacyr Medrl e
José
Antonio Pimenta,do Projeto "Aspectos da Fauna
e
da Flora da Ba-cordenadorescia do Rio Tlbagl", pela compreensão e oportunidade que me
deram em conhecer um pouco
ma
Is
o Brasil.Aos biólogos Dentse Zanchetta, Flavia Cristina
Pln-*
to Garcia,
Heloísa
Caetano de Mello, José Eduardo Lahoz daSilva Ribeiro, Nadja Maria Lesch da Cunha, Roberto Var ja
be-Rosana Romero e Saurla R. Castro, pela amizade, Incen¬ di
an ,
e multas discussões "biológicas" durante a
nossa
convl-tivo
vência
.
Aos
meus
pais, Iwao e Sumlko, e às minhas irmãs,Suzana e Margareth, pela felicidade da
nossa
transcendênciafamiliar, que multo contribuiu para a minha paz de espírito.
E, finalmente, à todas aquelas pessoas, felizes
anónimas, que permitiram o término desta etapa da minha for¬
iV
ÍNDICE
I
página
1. INTRODUÇÃO 01
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .
2.1.
Histórico taxonômlco
dafamília
Asteraceaee da tribo Eupatorleae
D8
08
2.2.
Histórico
taxonômlco de Stevia Cav 182.3. Outras contribuições para o conhecimento
de Stevia Cav 31
2.4. Heterocarpia em Asteraceae e
em
Stevia Cav 373
.
HATER I AL EHETODOS
3.1. Estudos morfológicos. 3333
3.2.
Análises mu
1 11 dlmens
lo na
is
-19 i3. RESULTADOS
3.1. Estudo morfológico de Stevia Cav.
Análise
dos Componentes Principais53
53
3.1.1. Morfologia da conf l
or
escêncIa,
brac-téola e pedlcelos 53
3.1.2. Morfologia das brácteas involucrals 60
3.1.3. Morfologia da corola, androceu e gi¬
neceu
633.1.3. Morfologia do aquSnio 77
3.1.5. Morfologia do papllho 83
3.1.6. Morfologia dos grSos-de-polem 100
3.2. Estrutura taxonômlca de Stevia Cav.
-Análise de Agrupamentos e
Análise
Canónica 1065. DISCUSSÃO E CONCLUSÕES GERAIS
5.1. Stevia Ca
v
.
delimitação e posição taxonômlca. 1371375.2. As séries
a
taxonomia complexacritérios
Inf ragenérIcos
e
151
5.3. Critérios específicos em Stevia Cav.
-análises fenéticas
e os padrões morfológicos... 156implicações evolutivas e
5.3. Heterocarpia
ecológicas.
.
172177
6. RESUMO
7. SUMMARY 179
8. LITERATURA CITAOA 181
9.
APENDICE
197i
1. I NTRODUÇSO
.
A
família
Asteraceae consiste de aproxImadamente1.300 gêneros que
contém
de 18.000 a BO.000 espécies,prlncl-palmente
herbáceas
e arbustivas,com uma
distribuiçãocosmo¬
polita, estando melhor representada
nas
regiões tropicaise
subtropicais (BREMER, 1987). Os
caráteres
que distinguem estafamília
das demaissão
a
presença deuma
lnf 1orescênc
Ia dotipo capítulo, de
um
androceu formado por cinco estamesepl-pétatos
e
sinânteros, que constitui um mecanismo especial deapresentação do grão-de-po Iem,
e
umasérie
desubstâncias
químicas
secundárias
que funcionamcomo
defesa contra aher-blvoria (CRONQUiST, 1981).
Trad I
c
Iona
imentea
famíliaestá
melhor organizadaem
13 tribos<
BENTHAM,
1873a), que permanecem basicamenteas
mesmas
até
os
dias atuais, apesar de algumas modificaçõesI
quanto
ao
ndmero
reconhecível
de tribose também
quantoao
; arranjo em
subfamilies
(CARLQU lST,
1976; WAGENITZ, 1976;seu
JEFFREY, 1978; CRONQUIST, 1981).
A tribo Eupatorleae,
com cerca
de 100 gêneros (queinclui o gênero Stevia), possui distribuição tropical,
com
uma grande representação
na
região Neotropical, onde pode sers-0
tlngue das denials por apresentar
urn
estllete comramos
estlg-mátlÿcos longos e clavados, capítulos homógamos
e
folhas quaseopostas (ROBINSON & KING, 1977). Com base
nos
concel-sempretos
taxonômlcos
tradicionais esta tribo Inclui aproximadamen-2.000 espécies. Entretanto, devido
à
diversidademorfoló-te
glca encontrada na tribo, existem
controvérsias
acerca
dosconceitos genéricos, baseados pr 1
nc
Ipa Imenteem
mlcrocaráte-res,
o que eleva para 180 onémero
de gêneros reconhecidosy
3
ROBINSON, 1985; 1987). (ROBINSON & KING, 1977; KING
de tal dificuldade
na
delimitação gené¬ rica, Steviacom
cerca
de 150-
200 espécies, tem sido segre¬gado na maioria dos sistemas de classificação
como um
dos gê¬neros
mats distintos dentro da tribo Eupatorleae devido èuniformidade morfológica dos capítulos e das flores
(GRAS-y
3
HOFF,1972; KING
&tROBINSON,
1985).Se por um lado
a
uniformidade morfológica dos capi¬tem conferido a natura l I dade do gênero Stevia, por
ou-tulos
tro
o nómero
inconstante de flores por capítuloem
algunses¬
pécimes provocou a criação dos gêneros CronquiBtia (KING,
t
e Metastevia (GRASHOFF, 1975), O que deixa Stevia
como
1968)um grupo parafllético (FUNK, 1985). As distinções entre estes
três
táxons são
feitascom
base pr (nc
I pa Imenteem
mlcrocará-teres, cujas estabilidades ainda
não
estão
bem estabelecidas. Stevia possui uma distribuição ampla,mas
exclusivadas regiões tropicais
e
subtropicais dasAméricas,
abrangendodesde
as
regiões montanhosase
planaltos do sudeste doArlzo-su
I,
ao
sudoeste do Texas (E.U.A.), se estendendo parao
na
1972;
até
o norte do Chile, Argentinae
Uruguai (GRASHOFF,1973; ROBINSON & KING, 1977; MONTEIRO, 1982).
Exclu-WlLLIS,
para
a América
do Sul,o
gênero é abundantena
3
gentlna
e
Paraguai,escasso no
Uruguai, Venezuela e Colômbia,está
bem representado por espécies, nasua
maioria,en-mas
ao
Peru,Bolívia,
Equadore às
regiões sule
centraldêmI
cas
Brasil (ROBINSON, 1930, 1931, 1932)
.
Aindanão
foram ei¬ dotadas espécies para as Gulanas, Antilhas
e
algumas Ilhas doCaribe (KING & ROBINSON, 1975).
As espécies de Stevia possuem
hábitos
e habitatssendo
herbáceas
anuais a perenes, subarbustlvas
e,var
I ados,
algumas vezes, arbustivas, ocupando pri
nc
I paImente regiõesflorestas abertas, margens de rios
ou
encostas, montanhosas,
podendo
ocorrer também
em planíciessecas
(ROBINSON, 1930).As
ca
racterí
stlcas
morfológicas que delimitam estegênero
são
a presença deum
invólucro unlsserlado compostopor cinco brácteas,
com
disposiçãonão
Imbricada, queclrcun-as
flores tubulosas, hermafroditas, sempre emnúmero
anel de pelos dentro do tubo da
de dam
corola; anteras cinco;
um
à
elípticas; clpsela sempreapendI
cu
iadas de forma obovadacom cinco
nervuras
(vértices), fusiformee
de ápice truncado;e papilho composto de páleas
ou
aristasou
ambos (GRASHOFF,1972; KING & ROBINSON, 1987).
Em nenhum outro gênero r
e
Iat I vamente amplonas
As-teraceae a morfologia dos capítulos
é
tão
uniforme e, enquan¬to Isto simplifica
o
reconhecimento dos limites genéricos,del iml tação confere ca r acter
í
stlcas
de pouco auxílio para aespecífica (GRASHOFF, 1972).
Com Isso, historicamente as distinções das espécies
de Stevia
com
frequência se baseiamem
característ
Icas
vege¬tais
como
a disposição, forma, textura, cor epon-tat I
vas
,
das folhas, a presença ou
não
do pecíolo e o tipo de tuaçõesbrac-0
téolas
das i nf lorescênc
las
.
uma
vez
quesuas
variabilidadesnão
são
bem estabelecidas,também
tornamos
limites específi¬cos
imprecisose
confusos, podendo Induzir atémesmo
auma
classificação do gênero
em subdivisões
artificials (ROBINSON,1330; GRASHQFF
,
1372).Devido
ã ausência
decaráteres
diagnósticosestá¬
veis,
vários
autores enfatizaram as diferençasna
estruturado papilho, sendo tal diversidade referida
como
heterocarpla
,
e
é
de tal magnitudeem
Stevia<cerca
deum
terço desuas
es-pécies), que
não
encontra nenhum paralelo dentro dafamília
Asteraceae (GRASHOFF, 1372). Existe
uma
grande variabilidadeinterespec
íf
tca
,
mastambém
i ntraespec ff ica
,
onde frequente¬mente o papilho
é
diferentenos
diversos aquênlos de ummesmo
capítulo.
A heterocarpla I nte respec
f
fIca
podese
manifestar<
b)da seguinte maneira:
<a>
papilho coronlforme, inteiro;papilho escamoso; (c) papilho paleáceo;
e
(d) papilhoarista-do
em
todasas
cinco cipseias.espécies que
se
tornaram defIn
I tivamente hete-Nasou
seja, na heterocarpla Intraespecif
Ica
,
os
pa-r
ocá
rp lcas
,
diferentes cipseias em
um mesmo
capítuloex
lbemPi 1 hos das
marcantes, que
em
seu extremose
manifesta dase¬
guinte forma: quatro das cinco cipseias em cada capítulo per¬
manecem
semelhantes, sendo denominados ade Ifocar
pos,
enquantodiferenças
a
quinta exibe a diferença, sendoa
ma
i s conspícuaa
re-que
de pronunciada
ou
total do papilho, e que denomina-sedução
idlocarpo (ROBINSON, 1330).
Historicamente tais variações morfológicas do papi¬
lho foram reconhecidas
como um caráter taxonômico
importantes
DE CANDOLLE (183B) para delimitar
três séries,
no primeirotratamento taxonômlco de Stevia que reunia todas
as
espéciesconhecidas
até
aquele momento, totalizando 68táxons.
Taltratamento foi
a
base para muitos trabalhos subsequentes,mas
que sofreu emendas
ou
modificações.PosterI
ormente
,
BAKER <1876) relacionandoas
espé-brasileiras de Stevia
também
utilizouas
diferenças docies
papilho para a delimitação de três
séries.
Omitiu asérie
Exaristatae DC.,
mas mantém
Paleaceoaristatae DC.e
separaMult iar istatae DC.
em
duas outras, Pauciaristatae Baker eMult iar istatae DC.
Mais tarde ROBINSON (1930),
em seu
trabalho bemde-sobre
a
heterocarpla paraas
espécies daAmérica
dotalhado
Sul,
com excessSo
do Brasil, Identificou 13 tipos de conjun¬tos de cinco papilhos, e reconheceu que existem distinções
naturais de relativa Importância
taxonômica.
então,
algumas modificaçõesnas divisões
ReaII
zou
,
as
espéciessu
I-amer Icanas
(ROBINSON,Inf ragenérI
cas
para1932) ao criar duas séries, Breviaristatae Rob.
e
EusteviaRob., que
reune
algumasca
r acterí
st Icas
dasséries
Paleaceoa-DC.
e
Pauciaristatae Baker,mas mantém a série
Mul-DC. Tal rearranjo foi realizado devido
à
artlfl-ristatae
t iaristatae
CAN-c
I a Iidade dos conceitos Inf ragenérIcos
adotados por DEDOLLE (1836) e por
BAKER
(1876), quese
basearam exclusiva¬mente
no ndmero
de aristas dos papilhos.GRASHOFF (1972), embora tenha realizado um estudo
bi
oss
Istemát
lco apenss para as espécies dasAméricas
do Nortee Central, reconheceu que para
a
América do Sul existem apa¬rentemente apenas duas séries, hult iar istatae DC.
e
Brevia-Rob., dando desta maneira um outro tratamento
í>
nômlco para estas espécies.
Se por
um
ladoa
distlnçSo entre taisséries
se
ba¬seia nas diferenças de apenas um caráter,
ou
seja,a
estrutu¬ra do papliho, por outro lado as subdivisOes do gênero para a
América
do Nortee
Centralestão
baseadas pr Inc
IpaImenteno
da conflorescência
e no
hábito da espécie, sendo as dl-11 po
ferenças do papliho utilizadas mai
s
frequentementecomo
um
critério taxonômlco
específico.Tais
subdivisões
foram formalizadas aonível
desé¬
ries
e subsóries
por ROBINSON <1930), a partir das categorias*
inf ragenérI
cas
propostas por SCHULTZ-B I PONT I NUS (T&&2T,mas
que foram reconhecidas recentemente por GRASHOFF (1972)
como
apenas três
séries,
Podocephalae,
Corymhosae e Fruticosae.Apesar de existirem estudos
taxonõmicos em
Steviaque tentam verificar a naturalidade dos grupos baseados
nas
distinções do papliho,
conflorescência
ehábito
da planta,em
quase todos
os
países do continente americano, onde o gêneroocorre,
nenhum outro tratamento formal foi realizado com esteexceção
do estudo realizado por MONTEIRO (1982) que trata as espécies dasérie
gênero
no
Brasil desde BAKER (1876),com
Kult iar istatae
,
reconhecendo 16 espécies.Além destes trabalhos existem apenas levantamentos
regionais da tribo Eupatorleae para os estados do Rio Grande
(MALME, 1>31),
Paraná
(MALME, 1933), Rio deX
do Sul JaneI
r
o
(BARROSO, 1957), Santa Catarina (CABRERA & VITTET, 1963) e
São Paulo (ANGELY, 1970),
e
de descriçõs de espéciesnovas
neste período de maIs de 100 anos desde o tratamento de BAKER
(1876) para a
"Flora
Bras IIiens
is"
.
Portanto,o
r econhec Imen¬
to e a identificação das espécies de Stevia para
o
Brasilli-0
Inf ragenór I
cos e
específicosmerecem
uma
revisão
taxo-mltes
nômica moderna,
uma
vez que frequentemente conduzema
dúvidasde I dent IfIcação
.
Isso, o objetivo do presente trabalho foi
o
de Comrealizar um estudo
taxonômlco
fenétlco,através
de umaanáll-morfo lógica comparativa, para
as
espécies das outras duasse
séries
propostas por BAKER <1876), Paleaceoar istatae ePau-bem
como
para as espécies propostasposterlor-c iaristatae
,
mente ao seu trabalho, afim de:
(I) avaliar
os
conceitos morfológicos específicosdo gênero;
<ii) avaliar os conceitos Inf ragenér 1
cos ao
nível
série
paraas
espécies brasileiras, prlnc
ipaImente quantode
ao
valor taxonOmlco da heteroca
r
pIa;(III) avaliar
a
utilização dos ml crocarÿteres
ao
nível
genérico, pa rt Icu
la
rmente quantoX
como
dei imi tadores
aos
gêneros Stevia, Metastevia
e
Cronquistia; e(iv) discutir
a
possível importância evolutivae
ecológica da heterocarpla neste gênero.
8
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1.
Histórico
taxonômlco
dafamília
Asteraceaee
da triboEupatorleae
Apesar do tamanho proporcionalmente maior da
famí-Asteraceae com relação
as
outrasfamílias
dasanglosper-l i
a
mas,
o
seu
reconhecimento é bastante naturale não
ofereceproblemas, devido
às
caracterf
stIcas
morfológicas distintas,já reconhecidas desde
os
tempos de Teophrastus,há
cerca
detrês
séculos
antes de Cristo (CRONQUIST, 1955).Por outro lado, uma
vez
quea família
apresentamo-d-JflcaçOes morfológicas
e
ecológicas complexas,têm
existidocontrovérsias
entre os sinante r0logI stas modernos quanto aoreconhecimento dos
táxons
supragenér Icos
,
bemcomo
quanto èInterpretação das relaçBes de tais
táxons
quandoreconhecl-que podem
não
ser
naturais em todosos
aspectos(CRON-dos
,
OU1ST, 1977).
A classificação das Asteraceae
ao
nível taxonômico
de tribo
se
encontraessenc
laImente dispersana
série
de con¬tribuições que CASSINI
<1820
1823) fez paraos
60 volumesCwAl'i
Çvde
uma
grande enciclopédia francesa organizada por CUVIER1830). Nesta
série
de trabalhos foram reconhecidas 199
e
várias
subtribos (TABELA 1), sendo propostauma
am-tribos
pia
divisão
aonível
genérico, devidoà
rigidez dos conceitosK
e
critérios
taxonfimlcos adotados.)(
despeito desua
perspicá¬cia em reconhecer relaçOes
e
detectaros
caráteres
úteis
-paraos
seus
vários táxons,a sua
abordagem Idloss
Incrát
lca
ea
profusão de
novos nomes
reduziu o Impacto de sua obrae
deidélas
ma
Is
fundamentais. Atualmente, algumas desuas
suas
são
reconhecidascomo
subtrlbos,mas o
esquemabásico
tr I bos
permanece (CRONQUIST, 1955, 1977).
TABELA 1. A classificação da
família
Asteraceaeem
tribos, deacordo
com
os principais sistemas propostos pelosvários autores. Os
nomes
das tribosestão
abrevia¬dos.
CASSINI
(1816-1838)
LESSING (1834)
DE CANDOLLE (1836) (1955)
BENTHAti (1873a, b>
CRONQUIST
CARLQUIST
WAGENITZ(1976), (1976)
JEFFREV (1978) CICHOR.
nuns.
ARCTOT. CICHOR.nuns.
ARCTOT.--
C1CH0R. LACIUCEAE—iF HUTIS.=n fiUTIS. i
ARCTOT. CICH0R1EAE I1UTIS1EAE ARCTOIIDEAE CARLINEAE
-XERANTINEAE CENTAUREAE CARDUEAEECHIKOPSIDEAE
—
1UERNONIEAE ADENOSTYLEAE
EUPATORIEAE-r C1CK0R.
--» IIUTIS.
•
ARCTOT. ARCTOT.EREHOTAHIEAE
CARDUEAE CARDUEAE CARDUEAE
—
ECHINOP. UERNON.CARD. CARDUEAE,
UERNON. UERNON. UERNON. UERNON.
EUPATOR. EUPATOR. EUPATOR. EUPATOR.
-
LIABEAE EUPATOR. LIABEAEí
TUSSILAGINEAEmm-
SENECION. CALEHD.É
SENEC. SENEC.
—
j
_
SENEC. SENEC.ÇALEND.
!5
”•
ASTER.
m
ASTER.m
ASTEÍt.ap
ASTER.ELIANT. AHBROSIEAE
HELIANTHEAE- HEL1ANTH,HELEN1EAE -i-
->
HELIANT. HELIANT.HIT-C
II
SUBFAMILIA ASTEROIDEAE
=
TERCEIRO GRUPO 1NF0RHAL DE HAGENITZ (1976)10
Poste
r
Io
rmente ò estes trabalhos LESSING (1B32)e
DE CANDOLLE (1836 1838) contribuíram de maneira
slgniflcan-te
no
estabelecimento devários
gêneros propondo, entretanto,uma c
Iass
IfIcaçfio simplistae
artificial (BREMER, 1987).As contribuições mats Importantes para
a
compreen-famíila
como
um
todosão
os
trabalhos de BENTHAMsão
da(1873a, 1873b),
influenciados
pelos esquemas de LESSING (l.c.)
e
de DE CANDOLLE (l.c.). A classificação proposta porBent-ham foi,
em
parte, um retornoò
classificação de CASSINI(1820-1823), sendo reconhecidas 13 tribos (TABELA 1), ainda
aceitas
nos
dias de hoje devidoao
prevaIec
imento de seusconceitos taxonômlcos sobre
os
dos demais.Os tratamentos das Asteraceae de BAKER (1876) e de
HOFFMANN (189*1) adicionaram pouco
em
termos de Informações emodificações
nas
classificações propostasaté
aquelemento. Curiosamente,
CRONQUIST
(1977) cita quenão são
conhe-de
mo-cldas as
razões
pelas quais algunss
Inantero
I og l stas modernoso
trabalho de HOFFMANN (1894), queconserva
amalo-pref
erem
ria das circunscrições de
BENTHAM
(1873a, 1873b).A primeira mudança
séria
dasidélas
anterioresso¬
bre as relações evolutivas dentro das Asteraceae foram
os
de SMALL (1919). Entretanto,
ao
aplicarum
prlncf-traba l hospio
errõneo
de que"comum
é
igual a primitivo" e utilizando oconceito de
"Idade e Area"
de WILLIS (1915, 1918 apud BREMER,SMALL (l.c.) Identificou
os
tipos primitivos deestl-1987)
,
corola
e
papilho como aquelesobserváveis
nas
Seneclo-Iete,
neae,
e
sugeriu queo
maior e maIs
amplamente disperso gêneroo maIs antigo da família, sendo este o
caso
de Senecio seriaInfeilzmente, a queda do conceito f Itogeográf I
co
citado L..
removeu
o fundamento deste tratamento, embora sejaii
teressante e
útil
em vários
aspectos <CRONQUIST, 1977).Poster Iormente
,
CRONQUIST <1955) publicouum
traba¬lho
acerca
da fllogeniae
taxonomta das Asteraceae, que deuma maneira ampla é altamente compatível
com as
idélas
de<
1873a,
1873b) ecom
alguns pontos-de-vI sta de SMALL BENTHAM<1919),
mas
quenão
envolvem o conceito de idadee
área<TA-BELA 1). Sem realizar comparações
com
qualquer outrafamília,
postulou
um número
de caracterí
stlcas
primitivase
encontrou-as
em vários
membros das heliantheae, concluindo que trata-seda tribo ancestral, derivando
à
partir desta todas as demais.Além
disso, estabeleceuas
interre
I ações das tribosatravés
de um esquema, e tratou da questão dasfamílias ma
Is
relaclo-seme
i hantes discutindo algumas tendências evolutivasnadas,
<
BREMER,
1987).Até
este momento,em
todasas
classificações pro¬postas
n5o eram
reconhecidas formalmente subfamíllas,mas com
tentativa de explicar a fllogenla das Asteraceae, passa a
a
existir a necessidade de agrupá-las de acordo
com as
tendên¬cias evolutivas
observáveis.
Esta situação permanece
até
o
trabalho de WAGENITZno
qual consldera-se queas
Asteraceaesão
compostasde três grupos informais, um
constituído exc
Ius
I vamente pelas<1976)
,
e os outros dois correspondem aos grupos dos
au-Cichorieae,v
á-citados acima <TABELA 1). Para Isso, baseou-se em
tores
caráteres
morfológicos, pr Inc
I paImente fltoquímicosrIos
<
HEYWOOD eta
I.
,
1977).
0 tratamento de CARLQUIST <1976)
também é
bemsig-nificante para a classificação das Asteraceae,
uma vez
que as *tribos
são
rearranjadas e formalizadas em duassubfamíllas
12
aspectos morfológicos
e
anatômicos, bemcomo as
afinidades-í químicas
e
geográficas.A classificação de CARLQUIST (1976) possui a virtu¬
de de associar todas as tribos radiadas em
uma mesma
subfamf-lia, as Asteroldeae,
com
exceção
das Arctotideae, como temóbvio
por multo tempo, mas possuia
fragilidadeem
não
sido
reconhecer a separação distinta entre
as
Dichorleae de todasas demais tribos da
família
(CRONQUIST, 1977).Aiém
disso,situa
as
EupatorieaeJuntamente
com
as Mutlsleae, Vernonieae*
e Cynareae pertencentes
â
subfamílla
Lactuco I deae,
e não nas
Asteroldeae
como
fez WAGENITZ (1976).Por outro lado, JEFFREY (1978) propõe
uma
classifi-onde
a família é
divididaem
duassubfamílias
contendo cação17 tribos
no
total, ma3com uma
sugestão de queas
Eupato¬rieae
e
as Senecloneae podem formaruma
terceirasubfamílla
devido
às
suas ca
racter ístIcas intermediárias
(TABELA 1).com
todas estas modificações propostas desdetempos dos trabalhos de BENThAM (1873a, 1873b),
as várias
Mesmo
os
e
sistemas de classificação aindamantém suas
13trl-fI
oras
bos
tradicionais.
De acordo comCRONQUIST
(1977) isto seria oconferido peia estabilidade do arranjo dos gêneros
r
esuItadotribos, havendo poucas possibilidades de mudanças
ra-nestas
dicals nos conceitos taxonômlcos ao
nível
de tribona
famí¬
lia.
Tal opinião nôo
é
compartilhada por BREMER (1987)apresenta
uma análise cladfstlca
envolvendo EI táxonsao
que
de tribo
ou
de subtribo,com caráteres
reunidos deto-nível
as fontes de
evidência
disponíveis, destacando-seos
ti¬das
-*ÿ
pos de corola, estllete
e
estames. 0seu
objetivo foi o defamf-í3
de acordo com os
critérios
tradIc
Iona
Imente empregados.Ila,
resultados obtidos demonstram que a classificação das As-Os
teraceae em subfamfllas, tribos
e
subtrlbos aindaé
problemá¬tica, uma vez que as duas
subfamfllas não
representamuma
di¬cotomia basal, sendo as Asteroldeae
um
grupomonofilético
de¬rivado das LactucoJ deae
,
que apresenta-secomo um
grupopara-fI 1ético.
Além
disso, ainda segundo BREMER (1987) dentro decada
subfamfila
as
InterreI açõestambém não são
claras,mas
existe suporte para a hipétese tradicional de que
as
He-como um
grupo monofilético,tenhsK/ÿserv
I donão
de grupo I i antheae
,
para todas as demais tribos da famírla, de acordo
basaI
com
BENTHAM (1873a; 1873b), CARLQUIST (1976) e CRONQUIST (1977).
não
é
discutida nenhuma mudançapossf-Entretanto
,
vel na classificação resultante de
seu
trabalho, mas declara¬do exp l lcI tamente que o ciadograma
não
deveser
tomadocomo
uma hipótese fllogenética precisa das Asteraceae,
mas
simco-uma
hipótese de trabalho que sirvacomo
um esquema dere¬
mo
ferfincla
dtll e
alternativo para aqueles anter
Io
rmente apre¬sentados.
Apesar das dificuldades levantadas neste trabalho,
as tribos Eupatorleae e
as
Vernonieae se posicionam adjacen¬cy
temente nas classificações tradicionais devido às semelhançasmorfológicas óbvias, tais
como
capítulos discóides, floresavermelhadas
ou
pdrpurase
papilho prInc
I pa Imente capilar,sendo a principal distinção baseada pa
r
11cu
la
rmentena
morfo¬logia do estilete (CASSINI, 1881; LESSING, 1838; DE CANDOLLE,
**
v1836; BENTHAM, 1873; HOFMANN, 189*1; CRONQUIST, 1955; CARL-
y
QUIST, 1976).
(£).
Por outro lado, ROBINSON & BRETELL (1973)
utllizan-do-se de
uma
série
decaráteres
mlcromorfo
I óg lcos
das flores propuseram um sistema que colocaem um
grupoas
Vernonleae,Cardueae, Mutisleae, Arctotldeae
e
as lactuceae,LIa beae
,
eem outro as Eupatorleae
Juntamente com
todas as demais tribosfamília.
Tal conceito foi refinadocom
a adição de outrosda
caráteres
morfológicos (WAGENITZ, 197B; ROBINSON, 1977; 1978;1981), formalizados por CARLQUIST (1976)
como
duassubfamí-llas (Asteroitieae
e
Lactuco I deae),
mas
que erroneamente colo¬ca as
EupatorleaeJuntamente com
as Vernonleae (TABELA 1).As opiniões de KING & ROBINSON (1987)
acerca
dasrelações
e
da posição das Eupatorleaena
família,também com
base
nos
mlcrocaraÿteres,
conflltamcom
asvisões
baseadasem
JX
aspectosma
Is conspícuos da morfologia,uma vez
que conside¬ram
que as Eupatorleaenão
são
estreitamente relacionadascom
as
Vernonleae (CARLQUIST, 1976 e predecessores),mas
sim comopertencentes è
subfamílla
Asteroldeae, juntamentecom
as
tri¬ bos Heliantheae, inuleae, Calenduleae, Astereae, AnthemldeaeSenecloneae. Entretanto, ainda permanece o problema da
po-e
siçâo das Eupatorleae dentro desta
subfamílla.
Para estes
mesmos
autores o conceito de CRONQUIST(1955, 1977) de que as Eupatorleae teriam se derivado direta¬
mente das heliantheae pode
ser
considerado parcialmente nulo,devido ô artificialidade de
seus
conceitos tribais. Para elesas Eupatorleae
são
consideradascomo
semelhantesa
todasas
tribos, mas quesão
multo especializadas para servir dema Isancestrais de qualquer outra tribo, e acreditam que a
sua
dedivergência
ocorreu
antes daquela das Heliantheae.em
parteé
confirmada pelo trabalho de BREMERIsso
cons-©
tltuem o grupo-irmão das Astereae, que
coni
untamente seriamum
grupomonofiiétlco
próximo da divergência das Asteroldeae.O problema de
se
estabelecer defIn
itl vamenteas
re-laçfies das Eupatorieae dentro da
família
talvez seja o resul¬tado de
se
tratar deum táxon
comparativamente pouco conheci¬do,
com a ausência
quase que completa decaráteres
diagnóstl-uma
vez
que osma
Isóbvios
possuemuma
distribuição er¬rática
(KING & ROBINSON, 1SB7).-
-cos
,
Pelo histórico
taxonfimlco
da tribo notamos queos
e
naturalistas da Europa doséculo
XVIII jábotânicos
reco-alguns membros das Eupatorieae, tais
como
Eupatoriumnhec I
am
*
L. e Ageratun L. 0 conceito taxonÔmlCO de LINNAEUS (1753) pa~
ambos
os
gêneros era baseadona
presença do capítulodls-r
acólde,
ramos
estlgmátlcos longose brácteas
involucrals desi¬guais.
No período seguinte foram descritos muitos gêneros,
atualmente reconhecidos das Eupatorieae, incluindo o gênero
Stevia descrito por CAVANILLES (1797), existindo
uma
certatendência
em
associara
maioria dos membros das Eupatorieaeaté
o
trabalho de HUMBOLDT, BONPLAND & KUNTH (1818).Entretanto, somente CASSINI (1819) que reconheceu
formalmente tais elementos
como
constituindo a tribo Eupato¬rieae,
Juntamente com
as outras tribosbásicas na
suaclassl-que
se
distingue por apresentarum
capítulo discói-fI cação,
receptáculo raramente paieáceo,
brácteas
Involucrals uni de,
imbricadas e folhas geralmente opostas. O
ca-ou blsserladas,
ráter primário da tribo foi considerado
como
sendo a forma doestllete e
a
tribo reconhecida como pr 1ncl pa1mente americana.CASSINI (1821), tratando
com
algum detalhe as<9
teae, Archetypae
e
Llatrldeae), de acordocom
o
tlpo de papl¬lho e o
ndmero
denervuras
sobrea
cipsela, sendoo
gênero SteviaIncluído
na
seção Agerateae (TABELA 2).(
TABELA 2. A classificação das subtribos de Eupatorieae de
acordo
com os
principais sistemas propostos até omomento. Os asteriscos indicam divisões
no
sistemade DE CANDOLLE (1836), e
os nomes estão como encon¬
trados nos trabalhos.
CASSINI
(1821)
LESSING (1832)
DE CANDOLLE
(1836)
BENTHAH
(18734, b)
KING & ROBINSON
(1887)
EUPATORIEAE
x
AGERATEAE AGERATEAE AGERATEAE AGERATI INAE
€
AGERATEAE
#
ALOMEAE ALGItlEAE P1QUERIEAE 4
ARCHETYPAE
}
EUPATORIEAE ADENOSTVLEAE ADENOSTYLEAE 1? SUBTRIBOSLIATRIDEAE
TUSSILAGINEAE
—
excluídos
x EUTUSSILAGINAE FETASITEAE
de TUSSILAGINEAE
-[[
Eupatorieae
O tratamento de LESSING (1832) Incorporou
nas
Eupa¬torieae alguns membros das Senecioneae e heliantheae,
estabe-formalmente quatro subtribos com base no tipo de
ca-I ecendo
pítulo, presença
e
tlpo de papllho (Alomilnae, Ageratlnae,*
Eupatoriinae e Tuss I I agII nae)
.
Seguindo basicamente o esquemaanterior,'
DE CANDOLLE (1836) adicionouurn
grandendmero
degêneros
novose
a trlbo Eupatorieae foi d Iv
l dI daem
duas sub¬tribos, de acordo
com
o tipo de capítulo (TABELA 2). Nasub-tribo Eupator i I
nae
,
com capítulos homdgamos, foram reconheci¬das três divisões
com
base nas distinções do papllho ( A lo-Agerateae
e
Adenostyleae), c na subtrlboi7
com
capítulos heterógamos, foram reconhecidas duasdlvl-nae
s6es
com
baseem
diferençasna
forma da corola (Petaslleae eEutussllaglneae).
As dltlmas contrIbuI ções
s
I gn IfI cantes duranteo
século
XIX foram os tratamentos de BENTHAM (1873a) eo
de*
HOFFMANN (189*1). A
c a
ra
cte
rí
st Ic a
mats notável de ambos fola
s I
non
imi zação de muitos gênerose
o reestabeIec
Imento,
em
grau, da naturalidade da trlbo Eupatorleae
com a
remo-cer
toção da subtrlbo Tuss 1 I ag I
neae
(KING & ROBINSON, 1987).Em termos da classificação da trlbo nota-se que
uma certa uniformidade quanto aos
vários
táxonsreco-e
x
l steque correspondem basicamente
com as
três subtrlbos nhec Idos,de BENTHAM (1873a), e que
servem
de estrutura para muitostrabalhos subsequentes
com os vários
gêneros (TABELA E):anteras truncadas, cipselas 5-costadas;
1
.
PI quer Ilnae
anteras apendlculadas, cipselas 5-costadas;
e
E. Ageratínae
anteras apendlculadas, cipselas 7 a 10-3. AdenostyI l
nae
costadas
.
De acordo
com
tais conceitos tradicionais, estatrlbo Inclui aproximadamente E.000 espécies dispostas
em
100gêneros, o que representa
cerca
de 10% de toda afamília.
Es-dimensão
impedea
realização de estudos detalhadosefeti-exceto aqueles restritos a determinados gêneros
ou res¬
ta
vos
,
ò
uma
região geográfica, dificultando a compreensão trltosbem
como
deseus
dassuas
relaç&estaxonômicas com
as demais,táxons
.
193E
>
real IzouMa i
s
recentemente, ROBINSON (1913numerosos
trabalhos que tratam das Eupatorleae, incluindo re¬visões
taxonômicas
formais de Eupatorium, Mikania e Stevia,18
série, ROBINSON (1913)
resume os
conceitos genéricosexlsten-na
tribo eJustifica
quesfio
necessários
estudosadlclo-tes
nais, espec1
a
tmente dos maiores gêneros, para se obter linhasgenéricas
conv
1ncentementema
Is
naturais, oplnlSotambém
com¬
partilhada por CRONQUIST (1977), sendo particularmente o
caso
dos
numerosos
membros da tribona América
do Sul, quesão
im¬perfeitamente conhecidos (KING & ROBINSON, 1987).
Poster I ormente
ò
estes tratamentos contlnuaram-se
os
estudos isolados das Eupatorieae agora baseados na"Nova
St nanteroI og I
a"
de KING & ROBINSON (1970), onde foi propostauma
ampla utilização decaráteres
mlcrómorfo lég Icos como
cri¬térios
ou
demarcadorestaxonômlcos ao nível
genérico, que fo¬ram
prevlamente Ignoradosou
analisados supe rf lc
Ia
Imente.
Com1980 apud SCOTT, 1985) questiO"
Isso, KING & ROBINSON
<1970
naram
emuma série
derevisões
parciais das Eupatorleae (ondeexiste
uma contínua
descrição de elementos distintosao nível
genérico
não
esperadose
prevlamente nSo descritos paraáreas
os
limites ea
classificação da triboEupato-neotropicais),
bem
como.
a
c Incunsc
r i ção e delimitação dema
Is
de 100rI
eae
,
gêneros, a partir de
vários
gêneros que consideramcomo
arti¬ficiais, tais
como
Eupatorium, Piqueria, Alomia e Fleishraania(ROBINSON & KING, 1985).
Os estudos destes dois
s
Inantero I og Istas norte-ame¬ricanos culminaram com a publicação de
uma
monografia sobre a(KING & ROBINSON, 1987),
na
qualsão
aceitos 180 gêne-tr I boconsiderados por eles
como
fI I etIcamente equivalentesa
ros
,
outros gêneros da família, dispostos formatmente
em
18sub-trlbos (TABELA S), que representam
as
tendênciasbásicas
datribo
em
termos da morfologia, citologia, químicae
evo-19
lução reticulada que parece
ocorrer
dentro destetáxon.
En¬tretanto, aparentemente tale estudos
não
solucionamos
pro¬blemas das relações taxonômlcas an te rIo rmente levantadas.
2.2.
Histórico taxonõmlco
de steviacav.
LAMARCK
<
1786a
pu
d R OB I NS ON,
1930) aparentementefoi o primeiro
botânico
a
registrar membros do gênero Stevia,porém
Incluídos
em
Eupatoriura L. Em 1797, CAVANILLESclncuns-creveu
Steviacom
basena
descrição detrês
espécies, S-ser-rata, S- salicifolia,
e
S. pedata (transferida posterlormenteFlorestina pedata (Cav.) Cass. apud ROBINSON, 1930) e o
para
com
os gêneros Ageratum MIM. e Eupatoriura L. 0nome
comparafoi dedicado
em memória
de Petri lacobi Stevll,genérico
um
professor de
botânica e
praticante de medicinaem
Valência,Espanha (KING & ROBINSON, 1987). A partir deste momento, Ste¬
via Cav. passa a
ser
definido genericamente,mesmo
sendo ba¬seado
em
materiais pertencentes a dois gêneros bem distintos,e
tratadocomo um
outro membro eupatorídeo.SPRENGEL (1801 apud GRASHOFF, 1972) descreveu
Mus-aparentemente
sem
conhecimento de Stevia Cav., umavez
telia
que a sua
ónlca
espécie, M. eupatoria, foi transferidaposte-para Stevia na primeira contribuição de Wl LLDENOW
rIormente
<1804 apud ROBINSON, 1930) para
a
classificação do gênero.Além
dessa transferência,w
lLLDENOW (l.c.) redescreveu as três espécies de CAVANILLES (1797). Emseus
dois trabalhosWILLDENOW <1807, 1809 apud ROBINSON, 1930) adl~
poster l
ores
,
*- cionou
três
espéciesnovas em
Stevia Cav.Um fato interessante
é
que pratlcamente todosos
das primeiras espécies do gênero que foram criadas
20
•I
o final do século XVIII e início do século XIX
se
rante ba¬
searam
em materiais cultivadosnos
vários
Jardins
botânicos
da Europa e, Infeuzmente, tais materiais cultivados desen¬
volvem diferenças marcantes em relação
às
plantas selvagens,pr I
nc
I pa Imente asherbáceas
(ROBINSON, 1930; GRflSHOFF,
1975).Com Isso, surgiram alguns problemas
nomenc
I aturaIs destnonf-*
mia logo
no início
da classificação destetáxon.
0 tratamento de LAGASCA (1816)
é
de Importânciauma
vez
que ele triplicou ondmero
de espéciescons I deráveI
,
descrevendo 1<1 para
o México,
duas parao
Peru econhecIdas,
para o Chile,
e
consolidouo
conceito genérico de Steviauma
ao descrever
um novo
gênero Palafoxia, a partir deCa
v
.
uma
espécie de CAVAN11LES (1797), de posição incerta.
0 próximo trabalho
no
estudo de Stevia Cav. foio
de HUMBOLDT, BONPL AND & KUNTH (1818), que descreveram
com
de¬talhes 52 espécies, das quais 19 propostas
como
novidades,sendo 15 para o México,
três
paraa
Colômbia euma
parao
Pe¬ru.
Entretanto,várias
destas supostas novidades caíramem
slnonlmla,
com
basenas
descriçõese
na nomenclaturaarbitrá¬
ria.
Além
disso,a
maior parte dos espécimes coletados porHUMBOLDT e BONPL AND e descritos por KUNTH (1818) sâo
os
Indi¬víduos selvagens daqueles cultivados
na
Europa,não
sendoportanto táxons diferentes, restando, então, somente 10 de
suas espécies
novas
(ROBINSON, 1930).Os estudos do gênero
ma
ls
espec i f I camente parao
Brasil começaram
com o
trabalho de HOOKER & ARNOTT (1835,apud ROBINSON, 1930) onde descreveram oito espécies no¬
vas
de Stevia Cav. para o sul do Brasil (S. gratioloidese
S.1836
e Argentina (S. breviaristata
,
S. gilliesii, S.lan-tenuis)
f£s)
permanecem
válidas
atéos
dias de hoje.Neste
mesmo ano,
OE CANDOLLE 0836) foi o primeiroa reunir todas as espécies de Stevia Cav.
,
autor conhecidas
até aquele momento, perfazendo
um
total de 68táxons.
Nestetrabalho
são
citadas 22 espéciesnovas
parao México,
sendoparti
cu
i armente Importante o fato de que chama a atenção paradezena de espécies
novas
paraa
América do Sul,uma
Princ
l-para
o
Brasil (5. oligocephala, S. heptachaeta,
pa Imente S.
lundiana, S- veronicae, S. 1ineari-folia, S. megapot amica
,
S-oxylaena, S. calycína, S. urt icaefol ia)
,
sendo reconhecidastrês categorias Inf ragenér I
cas ao
nível desérie
com basenas
diferenças morfológicas do papllho (TABELA 3). Entretanto,
como
DE CANDOLLE (1836) nâo examinouos
tipos de HUMBOLDT,BONPLAND & KUNTH (1818) multas de
suas
espéciescaem em
slno-nímla (GRASHOFF, 1972).
Além
disso,a
origem geográfica deseu
material é confusa,as suas
descriçõessão
brevese não é
fornecido nenhuma diagnose efetiva para
as
espécies tratadas(ROBINSON, 1930).
Dentro do período de 1836
até
1853 foramadlclona-uma ou ma
is
espéciesnovas
no gênero parao
México
(WAL-das
VI¬
PERS, 1840, 18*13, 18*16
,
18*17; SCHLECHTENDAL, 18*12; NEES &SCHAUER, 18*17) e para o Equador e Colômbia (BENTHAM
,
18*15)também
reconhecidas e descritasvárias
espéciesnovas
sendo
para o Bras lI
.
Curiosamente,
mesmo
tratando das espécies mexica¬nas, SCHLECHTENDAL (18*12) descreveu
uma
espécienova
para o(S. vert ic i1lata)
,
quenão
possui semelhançacom
ne-BrasI I
nhuma citada para o
México.
GARDNER (18*15, 18*16),em
suas
contribuições para á flora do Brasil, descreveu dois
novos
©
hoje;
e
SCHULTZ-BIPONTI NUS (18ÿ5>
propôs quatro epítetosaté
espec
if
Icos
novos
para Steviaao
examinar os materiais cole¬tados
em
Minas Gerais pela expedição botânica de ciaussenno
Brasil, dos quais apenas S. coronata foi devidamente descrita
A
<SCHULTZ-BIPONT I NUS
,
1952), sendoos
demais nomlna nuda.TABELA 3. As
séries
de Stevia Cav. paraas
espécies daAmérl-do Sul
,
de acordocom os
principais tratamentostaxonômlcos
realizadosaté
o momento.ca
í 2 3 4
DE CANDOLLE (1836) BAKER (1876) ROBINSON (1932) GRASHOFF (1972)
Exaristatae
Paleaceoaristataei *Paleaceoaristatae Eustevia
Breviaristatae
Pauciaristatae Breviaristatae'
Hui tiaristatae'
Hui tiaristatae Hultiaristataei Huitiaristatae
1. Exaristatae DC: PAP1LH0 NAO ARISTADO, COH 5-6 PALEAS ESCARIOSAS, LIVRES, PEQUENAS OU FORHAN-DO URA COROA DENTEADA
Paleaceoaristatae DC: PAPILKO COR POUCAS PALEAS CURTAS, ESCARIOSAS E COR 1-5 ARISTAS RÍGIDAS E SERRILHADAS
Kultiaristatae; PAPILHO COR PALEAS AUSENTES OU QUASE NULAS, HAS COR 6-20 ARISTAS
2. Paleaceoaristatae DC; PAPILKO COR PALEAS CURTAS E LARGAS, COH 0-4 PROLONGAMENTOS ARISTADOS
Pauciaristatae BAKER: PAPILHO COR POUCAS CERDAS PALEACEAS, SOLDADAS NA BASE, DAS QUAIS 4-10
COH PROLONGAHENTOS ARISTADOS
faltiaristatae DC: PAPILKO CERDOSO, L1URES NA BASE, COR 18-20 ARISTAS OU RAIS
3. EusteviaROB: PAPILKO SIMÉTRICO, C0HP0ST0 SORENTE DE ESCARAS CURTAS, DESIGUAIS, FREQUENTEREN
TE CONADAS, OU C0HP0ST0 DE POUCAS PALEAS E DE POUCAS ARISTAS, GERALHENTE 3-5
TAO LONGAS QUANTO A COROLA
Breviaristatae ROB:-PAPILKO GERALHENTE NAO SIMÉTRICO, COMPOSTO DE ESCARAS CONSPICUAHENTE DE
SIGUAIS, RARARENTE EXCEDENDO 1/4 DO COMPRIMENTO DA COROLA. ALGUHAS UEZES
UHA OU DUAS ESCARAS RAIS LONGAS TORNAR-SE PEQUENAS ARISTAS OU DESENVOL¬
VER AS VERDADEIRAS ARISTAS
Kultiaristatae DC: PAPILKO SIMÉTRICO E MULTIARISTADO (PELO RENOS NOS ADELFOCARPOS)
,
COH ASARISTAS NORHALHENTE DE 10-20 EH NUHERO E QUASE IGUAIS AO COMPRIMENTO DA COROLA
4. Breviaristatae ROB: PAPILHO COR PALEAS, INTERROMPIDO POR ARISTAS PEQUENAS E IRREGULARES
Kultiaristatae DC: PAPILHO COH 8-25 ARISTAS _
*
A primeira revl3âo de Stevia provida
com
uma
chaveIdentificação para todas
as
espécies tratadas até(23ÿ
é
a
de SCHULTZ-BIPONTINUS (1853). Este trabalhoadl-momento
* ei
ona
quatro espécies e diversas variedadesnovas,
sendo am¬plamente composto de comentários, diagnoses de supostas
novl-/
dades, discussões de slnonlmlaj3
e
observações gerais,mas
aX
sua
nomenclatura éarbitrária
dificultando a compreensão deconceitos
taxonômicos.
Parao
Brasilsão
descritas duasseus
espécIes
,
S. menthaefol ia e S. regnellí. A Importância destaobra
é
que as espéciesestão
arranjadas emséries
esubsé-de acordo
com critérios
diferentes daqueles empregadosr i
es
,
na classificação de DE CANDOLLE (1836),
uma vez
que seutlll-pri ncipalmente das distinções
no
hábito
enas
conflores-zou
cências.
Poster I ormente,
MULLER (1858) simplesmente republi¬cou
"Ipslsllterls"
estemesmo
trabalho.Posterl ormente GRISEBACH (187R, 1873) adicionou
vá¬
rias espécies
ao
gênero, pr lnc
IpaImente baseadasnas
coletasde Lorentz e HI e
r
o)w(n
ymus feitasna
Argentina e sul daBolí¬
via. Entretanto, a sua nomenclatura
também
é arbitrária,uma
vez
que foram utilizadosvários
epítetos específicosante-rlormente publicados, e
a
maioria das espécies propostascomo
novidades entraram
em sinonímla em
trabalhos posteriores.No
mesmo
período, BAKER (1876) apresenta a maior contribuição para o conhecimento das espécies de stevia doBrasil, publicada na volumosa obra
"Flora
BrasI 1 Iensls”
deMartlus, onde descreve detaI hadamente 88 espécies que foram
em
trêstáxons
ao nível
de sériecom
basenas
dlfe-reun
l dasmorfológicas do papllho (TABELA 3). Tais
séries
cor-renças
(1836)
,
respondem com aquelas reconhecidas por DE CANDOLLE
porém
com
algumas modificações, sendo apresentadas desta ma¬(5)
Entretanto, existe
uma
dificuldadena
identificaçãode outros materiais pertencentes
V
este gênero,BAKER (1B7B) examinou
um
pequenonúmero
de amostras parafa-*
uma
vez
queas descrições das espécies
e
utilizou prInc
I pa Imenteca-zer
ráteres
vegetatlvoscomo critérios
específicos.Além
disso,Incluiu elementos estranhos
à
flora brasileiraaparentemente
ao
citar algumas espéciescomo
ocorrendoem território
argen- Itino, possivelmente baseado
nos
trabalhos de HOOKER 6. ARNOTT(1835, 1836).
HIERONYMUS (1897) realizou
o ma
Is
cuidadoso etíeta-estudo, até aquele momento, para
o hemisfério
sul do Ihadocontinente americano,
ca
racter
i zando 50 espéciesnovas
e mul-variedades para
a
Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, tasColômbia
e
Peru. Partlcu
la
rmente parao
Brasilsão
reconhecl-cinco espécies (S. brunetti, S. hyperici foii
ar
S- claus-das)
S. menthaefolia e S. polycephalIa)
,
das quaisas
duasX
seni i»
primeiras foram propostas
como
novidades. Poster I ormente,
ma
Is algumas espéciesnovas
e coloca S. brunettiem
descreve
slnonlmla de S. organensis Gardn. (HIERONYMUS, 1901, 1908).
Apesar de aplicar
um
extensivo conhecimento decam-de estar ciente das
tendências
heter ocá rplcas
deste tá-po,
e de fornecer descrições seguidas de muitos
comentários
xon
,
acerca
das proximidades entre os grupos, os limitestaxonômi-cos
específicos propostos têm permanecido obscuros e Impreci¬sos.
Nota-se que, aparentemente, HIERONYMUS (1901, 1908)es¬
tava
masls
preocupadoem
registrar espécimes individuals doque Indicar
as
característ
lcas
diagnósticas entre asespé-cies. Consequentemente, não forneceu
nem
chave de identifica¬ção,
ou
Ilustrações deseus novos táxons.
Com Isso, seustra-(*•
subsequentes
.
Neste
mesmo
período foram publicados alguns outrosrelacionados
com as
espécies brasileiras. LOEFGREN trabalhos<1897), em um levantamento da
família
Asteraceae parao
Esta¬do de Sfio Paulo, apresentou a
mesma
cha ve-de- ldent l fIcaçãodada por BAKER (1876)
e
forneceu descrições breves das espé¬cies que
ocorrem
neste estado. MALME <1899), através doexame
materiais coletados pela expedição de Regnell
no
Brasil,dos
três
espécies para o gênero, das quaisuma
épro-reconheceu
posta
como
novidade (S. cruziana). GLAZI OU <1905) apresentouuma lista de identificações para
os
espécimes coletados por iele
na
região central do Brasil duranteos anos
de 1861a
na
qualse
encontram sete espécies de Stevia,com
1895,
uma
novidade para este gênero, S. paucirad iata
,
que hoje trata-sede
um
"nomem nudum".
*
A
estes trabalhos, HASSLER <1912)reconheceu
e
descreveu quatro espéciesnovas
parao
Paraguai,Subsequentemente
que
são
bastante distintas de todasas
demais descritasante-r i
o
rmente.
ROBINSON <1930) iniciou a d111
ma
contribuição im¬para o gênero em sua totalidade. Neste trabalho
fo-apresentadas observações gerais
relacionadas
com
aspectosmorfológicos, f itogeogr
áf
lcose
económicos, com extensas dI s-portan ter am
cussões
sobre ohistórico taxonômlco e
sobre a heterocarplaespéc Ie
gênero,
além
de fornecera
descrição deuma nova
Isto
serve
de material intro-X
do
V
para o Brasil, S. ophyophylla.
para
as
revisõestaxonômlcas
que realizou paraa
Ar-onde reconheceu 23 espécies, para o Paraguai
com
1*1dutó
rIogentI
na
,
e
para a América do Norte e central, a sua mats ex¬tensa revisão, sendo reconhecidas
67
espécies agrupadas em(5)
séries
e
subsérles com
basenas
categorias I nf ragenér Icas
* propostas por SGHULTZ-BI PONT I NUS (1853).
Poster Iormente
,
ROBINSON (1931) descreveuuma nova
espécie para o Brasil
<S.
hilarii) e realizourevisões
taxo-para a Colômbia,
com
10 espécies, paraa
nôml cas
venezue
la,
sete espécies e para o Equador, onde reconheceu oito
es-com
pécies
e
observa algumastendências
morfológicasna
estruturado papllho que
permlteÿo
agrupamento das espéciesem
táxons)(
I nf
orma
ls.
Somente um ano depois ROBINSON (1932) formalizou
táxons
sul-ame
rIcanos como
categorias I nf ragenér Icas ao
taIs
nível
de série,também
com
basenas
diferenças do papllho(TABELA 3), mas que apresentam modificações
com
relaçãoèque-las reconhecidas inlcialmente por DE CANDOLLE (1836)
e
porBAKER (1876). Neste mesmo trabalho ROBINSON (l.c.) reconheceu
na
revisão
parao
Peru 2<1 espécies, e paraa
Bolívia
<11,agrupadas nas
três
séries
propostas. Um fato que impressionaque das espécies bolivianas pelo menos 39
são
citadascomo
é
endémicas
à
este país,e
queo
ndmero reconhecível
de espé¬cies pode
v
Ir
a ser
maior.Em todas as revisões publicadas por ROBINSON (1930,
1931, 1932) foram apresentadas chaves de Identificação, des¬
crições
com os
principaiscaráteres
diagnósticos ecomentá¬
rios para as espécies com problemas de delimitação
taxonôml-ca.
Curiosamente, este autornão
realizou nenhum estudo depara
as
espécies brasileiras, multo embora tenha re-rev
Isão
conhecido a ocorrência de algumas delas fora dos limites
orl-glnalmente fornecidos.
Talvez devido a este
notável
trabalho como
gênero,
27
prl
nc
IpaImente levantamentos regionais paraas suas
espécies.CflBRERfl & VITTET (1954) realizaram
um
catálogo da triboEupa-torleae para a Argentina, citando 27 espécies,
e
AR I STEGUIETA(1984) apresenta um levantamento completo do gênero para a
Venezuela.
o Brasil, MALME (1932, 1933)
c
Itou aocorrên-Para
espécies,
no
Rio Grande do Sul e noParaná
de 10e
seiscIa
respectIvamente
,
porém forneceu apenasas
localidades dos ma¬teriais examinados,
sem tratá-los taxonôml
camente.
(1949) apenas citou a ocorrência de
uma
espé-JOLYcie, S. leptophylla
,
consideradacomo
rara para a região-cen¬
tra l do Brasil.
1957, BARROSO forneceu
uma
chave-de-Identifica-Em
ção dos gêneros da
família
Asteraceae paraa
flora do Ita¬tiaia
e
reconheceu duas espécies de Stevia Cav. para estare¬
gião (S. camporum
e
S- menthaefolia),
dandouma
breve descri¬ção
com
oscaráteres
diagnósticos para cadauma
delas.CABRERA & VITTET (1983) realizaram um outro estudo
com
a tribo Eupatorleae, desta vez para o Estado de regionalCatarina, baseado pr Inc Ipa I
men te nos
materiais coleta-Santapor Reltz, Klein e Smith, fornecendo chaves-de-identl fI
-dos
cação para
os
gêneros eas suas
espécies. Reconheceram aexistência de 10 espécies de Stevia
com
descriçõescomparatl-vamente completas, das quais
uma
novidade, S. catharinensis,e
citaram S. sal icifol ia Cav.
como
a espécie lectotíplca parao gênero. Entretanto,
o
tipo corretoé
S. serrata Cav.,uma
vez
que esta espécie dièponfvelno
gênero foi removida para ogênero Xetoligus por RAFINESQUE (1838 apud KING & ROBINSON,