A P L I C A ( : O E S E M D E T E T O R E S D E R A D I A ( : A o I O N I Z A N T E
IFSC-USP
Manoel, Erika Regina
Crescimento de cristais de Hgb, Pbb e Pb1c:Hg1c para
aplica<;:6es em detetores de radia<;:aoionizante/
Erika Regina Manoel.-Sao Carlos. 1997.
78 p .
Disserta<;:ao (Mestrado)- 1nstituto de F isica de Sao Carlos. 1997
A v. D r. C a rlo s B o te lh o . 1 4 6 5 C E P 1 3 5 6 0 -2 5 0 - S a o C a rlo s - S P B ra sil
F o n e (0 1 6 ) 2 7 2 -6 2 2 2 F a x (0 1 6 ) 2 7 2 -2 2 1 8
M E M B R O S D A C O M IS S A O JU L G A D O R A D A D IS S E R T A l;A O D E M E S T R A D O D E E R IK A R E G IN A M A N O E L A P R E S E N T A D A A O IN S T IT U T O D E F IS IC A D E S A O C A R L O S , D A U N IV E R S ID A D E D E S A O P A U L O , E M 0 2 D E O U T U B R O D E 1 9 9 7 .
~\
---~j---~~~~~---P ro f. D r. A n to n iJ C a rlo s H e rn a n d e s/IF S C -U S P~~J~~!1;~~~~~eS/IFSC-USP
~a.O:kc04.
---~
Aos me us pais, Carlos Robet10 e Vera. <I
minha irma Claudia e ao meu noivo
Marcello, pelo amOL carinho. paciencia
e compreensao. que sempre me deram
3.3 Crescimento de iodeto de chumbo e iodeto de chumbo dopado
com iodeto de mercurio 37
3.3.1 0 metodo Bridgman 37
3.3.ii Crescimento de Pbb 37
3.3.iii Crescimento de Pbh:Hgb 41
-+.
Caracteriza<,:ao dos cristais 474.1 Fotoluminescencia 47
4.1.i 0 processo de fotoluminescencia 47
4.1.ii Medidas de fotoluminescencia nos cristais de cx-Hgh 48
4.1.iii Medidas de fotoluminescencia nos cristais de Pbh 52
4.1.iv Medidas de fotoluminescencia nos cristais de Pb12:Hgh 54
4.2 Condutividade eletrica
4.2.i Condutividade eletrica do cx-HgI2
4.2.ii Condutividade eletrica do PbI2
4.2.iii Condutividade eletrica do Pbh:Hgh
4.3 Absor<,:ao6ptica
5. Conclusoes
6. Referencias
F ig u r a 2 - Diagrama de fase do sistema Hg-1, proposto por Dworsky e Komarek e suplementado por Piechotka e Kaldis.
F ig u r a 3 - Dependencia da pressao de vapor com a temperatura
para 0 mercurio (curva a) e para 0 Hgb (curva b, nao calibrada, e curva c).
F ig u r a 5 - Resultado obtido apos urn ciclo do processo de purificayao (P2)
realizado em ampola com base reta.
F ig u r a 6 - Resultado de urn experimento (P4) de purificayao apos
urn ciclo de sublimayao.
F ig u r a 8 - Representayao esquematica do forno de crescimento
de cristais a partir da fase vapor.
F ig u r a 1 0 - Forno de crescimento, desenvolvido para a realizayao deste
trabalho.
F ig u r a 1 1 - Monocristal de iodeto de mercurio (1M2), crescido pelo
metodo PVT, numa ampola com razao de aspecto igual a 5.
F ig u r a 1 2 - Amostras clivadas de monocristal de iodeto de mercurio
(lM6), crescidas em nossos equipamentos.
F ig u r a 1 3 - Dimensao do monocristal visto n a f i g u r a 1 0 , em funyao
do tempo. Medidas nas direyoes: 0 - paralela ao eixo da ampola,
L1 - perpendicular ao eixo da ampola.
F ig u r a 1 5 - Dimensao do cristal em funyao do tempo para urn experimento
em condiyoes de baixa supersaturayao relativa, medida nas direyoes:
= -
paralela ao eixo da ampola e 0 - perpendicular ao eixo da ampola.:'~I :';!.!0 T E e Po. "
F ig u r a 1 6 - Evoluyao do habito cristalino do iodeto de mercurio
em condiyoes de baixa supersaturayao. 35
F ig u r a 1 8 - a) Nucleo sobre superficie do cristal em crescimento;
b) Face do cristal evidenciando as "marcas"de evaporayao do Hgh - condiyao
de equilibrio termodimimico; C) Inclusao. 36
F ig u r a 1 9 - Esquema do equipamento para crescimento de cristais. pelo
metodo Bridgman. 38
F ig u r a 2 2 - Cristal de PbI2 cujo material fonte
e
urn cristal de PbI2,sem impurezas visiveis. 41
F ig u r a 2 3 - Parte interior da amostra Pbh:HgI2 - ICMl com composiyao
nominal de 50000 ppm de iodeto de mercurio. 42
F ig u r a 2 4 -Amostra Pbh:Hgh - rCM2 com composiyao nominal
de 5000 ppm de iodeto de mercurio. 43
F ig u r a 2 5 - Superficie da amostra PbI2:HgI2 - ICMl clivada
(concentrayao nominal = 50000 ppm). 43
F ig u r a 2 6 - Superficie da amostra PbI2:Hgh - ICM2 clivada
(concentrayao nominal = 5000 ppm).
4 4
F ig u r a 2 7 - Superficie da amostra Pbh:Hgh - ICM4 clivada
(concentrayao nominal = 1100 ppm). 44
F ig u r a 2 8 - Superficie da amostra Pbh:Hgh - rCM5 clivada
(concentrayao nominal = 680 ppm). 45
F ig u r a 2 9 - Superficie da amostra Pbh:HgI2 - ICM3 clivada
Figura 31 - Medidas de fotoluminescencia para tres amostras de a-HgI2:
a) semente - obtida no processo de purifica<;:ao,b) IMI - grao de material policristalino obtido pelo metodo PVT, apes dois ciclos de purifica<;:ao
e c) 1M2 - obtida pelo metodo PVT, apes tres ciclos de purifica<;:ao. 49
Figura 32 - Energia dos excitons para 0 iodeto de mercurio. Campo eletrico
aplicado paralelo e
a
45° do eixo c. 51Figura 33- Espectro de fotoluminescencia para duas amostras de Pbh:
IC I - materia-prima como material fonte e IC2 - cristal sem impurezas
visiveis como material fonte. 52
Figura 34- Espectros de luminescencia da amostra IC3, obtidos em quatro
pontos diferentes ao longo do comprimento do cristal (plano perpendicular
ao eixo c). 53
Figura 37 - Comportamento da condutividade eletrica em fun9ao do inverso
da temperatura para urn semicondutor. 56
Figura 39 - Condutividade eletrica no escuro em fun9ao da temperatura para 0
iodeto de mercurio. 59
: • (' V I C 1..1DEB I B l I 0 orE C A ••
F ig u r a 5 0 - Condutividade em fun<;ao do inverso da temperatura para todas
as amostras de PbI2 dopadas. 68
F ig u r a 5 2 - Coeficiente de absor<;ao, it temperatura ambiente, por energia,
T a b e la 1 - Analise semi-quantitativa do Hgb antes e depois da purifica'Yao
e depois do crescimento. 05
T a b e la 7 - Valores de energia da banda proibida obtidos para amostras
Neste trabalho realizamos 0 crescimento de monocristais de a-Hgh e Pbh, utilizados
na confecyao de detetores de radiayao ionizante (raio-x e raio gama)
a
temperaturaambiente, bem como 0 crescimento de Pb12:Hg12 com composiyao nominal de Hgl2
variando de 600 ppm ate 50000 ppm. Utilizamos 0 metodo de sublimayao repetida
para a purificayao do iodeto de mercurio e 0 crescimento do mesmo foi realizado
pelo metodo PVT - "Physical Vapor Transport". Cristais de Pbb e Pb12:Hg12 foram
crescidos pelo metodo Bridgman. Apesar das diferentes estruturas cristalinas do Hgh
e Pbb, encontramos urn limite de solubilidade em tomo de 600 ppm do iodeto de
mercurio no iodeto de chumbo. Atraves das medidas de fotoluminescencia obtivemos
informayoes sobre a pureza e qualidade cristalina das amostras obtidas. A largura da
banda proibida dos cristais foi determinada atraves da absoryao optica, sendo de
2.10 eV para 0 Hgh e por volta de 2.3 eV para 0 Pbh e os cristais de Pbh:Hgb.
Medimos tambem a condutividade eletrica em funyao da temperatura em todas as
amostras. 0 valor da condutividade eletrica
a
temperatura ambiente e de 10-13 0-1-1 H I 10-P n-l -1 Pbl . 10-11 10-14 n -1 - 1
cm para 0 g 2, -~.:: cm para 0 2 e vana entre e ~.:: cm para
os cristais de Pbh:HgI2. Os cristais de HgI2 e Pbh obtidos possuem boa qualidade
cristalina, pureza, altos val ores de largura de banda proibida e baixos val ores de
condutividade eletrica; qualidades necessarias para 0 born desempenho em detetores
de radiayao ionizante.
C.lc;LIOTECA'
In this work we describe the growth of a-Hgh and Pbh single crystals, that are used to produce high energy radiation detectors (x-ray and y-ray) at room temperature, as
well as the growth of PbI2:HgI2 crystals with nominal composition of HgI2 varying
from 600 ppm to 50000 ppm. We used the repeated sublimation method to purify the mercuric iodide, and the growth of this material was done using the "Physical Vapor
Transp0l1" - PVT method. PbI2 and PbI2:Hgh crystals were growth by Bridgman
method. In spite of the difference between the PbI2 and Hgb structures, we found a
solubility limit of about 600 ppm of the mercuric iodide in the lead iodide. Using
photoluminescence measurements we got information about purity and crystalline
quality of the obtained samples. The gap energy of these crystals was determined through optical absorption, these values are 2.1 eV for Hgb and about 2.3 for Pbb
and PbI2:Hgh crystals. We also made measurements of the temperature dependence
of the electrical conductivity in the samples. The electrical conductivity values at
room temperature are about 10-13
0-1
cm-1
for Hgh, about 10-12 0-1 em-I for PbI2 and
in the range of 10-11 to 10-14 0-1 cm-1 for PbI2:Hgh crystals. The Hgh and PbI2
crystals obtained have good crystalline quality, purity, high values of gap energy and
low values of electrical conductivity, those are necessary properties to good
A grande maioria dos detetores nucleares semicondutores em corrente uso san
constituidos de matrizes de silicio e gerrmlnio. A principal caracteristica destes materiais
esta relacionada as suas excelentes propriedades de transporte de carga, que permitem 0
uso de grandes cristais sem excessiva perda de portadores devido a armadilhas ou
recombina<;:ao. Por outro lado, para certas aplica<;:oes, pOl' exemplo, espectroscopia de
raios- X. esses materiais para manterem 0 mesmo desempenho devem ser operados a
baixas temperaturas, para reduzir a corrente de fuga gerada termicamente.
Em principio, urn material semicondutor com uma banda proibida larga (> 1.5 eV)
reduziria a corrente de fuga de modo que 0 usa a temperatura ambiente seria possive!. Em
muitas aplica<;:oes, a conveniencia da opera<;:ao a temperatura ambiente supera
desvantagens de se tel' urn material com uma banda proibida larga, como pOl' exemplo,
uma maior energia necessaria para criar urn par eletron-buraco 1. Em espectroscopia de
raios gama, detetores constituidos de elementos com alto valores de numero atomico (Z)
san evidentemente melhores e a busca de novos materiais para 0 desenvolvimento de
novos detetores tem sido centrada em compostos que incorporem no minimo urn dos
Entre os materiais semicondutores atuais com potencialidade para confec<;:ao de
detetores de radia<;:aoionizante, no intervalo de 0.5 KeV - 1 MeV, que combinam um alto
valor de Z e uma larga banda proibida, 0 iodeto de mercurio na sua fase alfa, a-HgI/, eo
iodeto de chumbo, Pbh san os mais promissores. A grande energia da banda proibida
(2.1 eV para 0 a-Hgh e 2.3 eV para 0 PbI2) destes materiais permitem a sua opera<;:aoa
investigados ate 0 momenta 0 a-HgI2 e a PbI2 ofere cern a maior valor efetivo de Z. Este
fator e importante nas aplica<;oes em que detetores compactos e de espessura minima sao
necessarios para detec<;ao de raios gama e X. No caso especifico do usa destes detetores
em satelites, a miniaturiza<;ao e a simplifica<;ao do sistema de medida sao fatores
Historicamente. a fase de malOr desenvolvimento nas pesqUlsas do iodeto de
mercurio aconteceu na decada de 70, com enfase nos processos de sintese e puritica<;a04.
Por outro lado. no caso do Pbb, apenas recentemente que se iniciou a realiza<;ao de
estudos de suas propriedades fisicas5.
Atualmente, a literatura especializada tern mostrado 0 avan<;o no usa destes
materiais na fabrica<;ao de detetores e, tambem, as diversos problemas tecnologicos
existentes. Os resultados ja obtidos com a- Hgh pelos dois principais grupos de pesquisa
do mundo, de Zurique e da EGG, Santa Barbara, USA 1, tanto na Terra como em
condi<;oes de microgravidade, revelam que alguns desafios tecnologicos ainda persistem,
como por exemplo: crescimento de cristais de grandes dimensoes e com alta qualidade
optica e estrutura!; elimina<;ao e identifica<;ao de impurezas ativas do crista!; otimiza<;ao
de uma liga metalica para fabrica<;ao do contato ohmico de baixo custo, uma vez que 0
mercurio e altamente reativo com a maioria dos materiais utilizados em contatos
Considerando a natureza estrategica destes materiais. principalmente em
dispositivos nucleares de usa militar, as publica<;oes especializadas encontradas sempre
deixam abertas lacunas importantes quando referem-se ao processo de prepara<;ao destes
cristais. Na parte inicial deste trabalho, efetuamos uma breve revisao dos principais
Os objetivos principais desta disserta<;ao sao 0 desenvolvimento de lima
metodologia para a prepara<;ao dos cristais de a-Hgb, Pbb e Pbb dopado com Hgb e a
sua caracteriza<;ao eletrica, estrutural e optica. Os cristais de PbI2 : Hgh foram, pela
primeira vez, preparados e 0 limite de solubilidade determinado.
Uma conseqtiencia importante deste trabalho foi 0 dominio da tecnologia de
prepara<;ao destes materiais, 0 que possibilitou ao Grupo de Crescimento de Cristais,
DC
IFSC, USP, firmar convenios de cooperac;;ao cientifica com instituic;;ao nacional
(INPE/SP) e intemacional (Universidade de Montevideu. Uruguai). Alem dos
pesquisadores envolvidos nestas instituic;;oes, 0 prosseguimento deste trabalho ja
2 - H g lz e P b lz : V m a b r e v e r e v is a o
Varios metodos foram aplicados
a
purificayao do iodeto de mercurio. Os maisimportantes sao:
- s u b l i m a g i i o e m v a c u o : consiste na sublimayao do material de partida em
condiyoes de vacuo dinamico ou estatico, separando 0 HgI2 das impurezas que possuem
pressao de vapor mais baixa;
- r e f i n a m e n t o p a r z o n a : consiste em fundir parte do material e ao mesmo tempo
realizar uma translayao da regiao fundida por toda a sua extensao, segregando as
impurezas para a sua extremidade final.
- r e c r i s t a l i z a c ; : i i o : consiste na precipitayao do HgI2, dissolvido em dimetil
sulf6xido DMSO mais metanol CH30H. Como as impurezas, geralmente, tern uma
solubilidade relativamente grande nessa soluyao, e possivel uma boa eficiencia de
purificayao.
- e l e t r 6 l i s e : aplicayao de eletr6lise em uma soluyao de Hgb-DMSO-CH30R
utilizando-se Hg como anodo e urn cilindro de grafite como catodo. ions de [Hgbr sao
Dentre estes metodos, 0 de sublimayJo em vacuo e 0 mais poderoso-l e 0 malS
Elemento material de Rcfinamcnto Sublimac;ao SublimaC;ao Crescimento Crescimento Crescimento
partida por zona 10ciclos 30 ciclos par vapor sob por solw;:ao par soluc;ao
50ciclos vacuo (material (material nao
dinamico purificado) purificado)
Mg 0.8 <0.1 0.7 <0.1 < 0.1 < 0.1
i O.b
I Si 8.0 6.0 6.0 < ..UJ
< ..\.(J < --\.O
I 811
i
eu 0.9 0.6 0.5 O.--l I OA (l.() 0.8 I
I ,
Ca 6.0 < 1.0 < 1.0 < 1.0 < 1.0 1.0
I
--l.i)
I
Fe 8.0 28.0 <7.0 I <7.0 i < 7.0 < 7.0
I
-.il
I
C 3600 4000 300 100
I 100 200 25C)()
I
I\a 6.0 nd nd nd nd nd nd ;
i K 13.0 nd nd nd
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13 10.0 nd nd nd
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Al 8 A nd nd nd
I
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I
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I
I Pb 1.--l nd nd nd nJ nd
i
T1L: !
mostramos os resultados de uma analise de espectroscopia de massa semi-quantitativa do
iodeto de mercurio antes e depois da purificayao e tambem depois do crescimento.
Schieber et al". em 1974, realizou sublima<;ao do Hgh em ampolas de pyrex
evacuadas e seladas em alto vacuo (10-5 torr). 0 intervalo de temperatura usado no
material fonte foi de 135-200 aCe de 30-120 °C na zona de deposiyao. Como 0 grau de
pureza apos um ciclo de sublimayao nao foi 0 suficiente. mais de tres ciclos foram
realizados. Originalmente. apenas carbono amorfo era apontado como a principal
impureza apos este processo de purificayao. Um tubo longo era utilizado como ampola.
onde a parte que continha 0 residuo (impurezas) era selada apos cada ciclo. Este metodo
nao pode ser considerado completamente eficiente devido
a
presenya de hidrocarbonetosvolateis (ex: CH .•, C . •Hq ) no material. Historicamente, 0 primeiro trabalho a discutir a
dificuldade de remover os hidrocarbonetos por sublimayao foi 0 de Scholz, em 1976.1
A eficiencia do processo de sublimayao na eliminayao de impurezas inorganicas
foi discutida por Nicolau, em 1983 6, utilizando a razao das press6es de vapor P im p:PHgl2
na temperatura de sublimayao. Atraves de analise de "Spark Source Mass Spectrograph'"
(SSMS), ele verificou que a eficiencia era, na realidade. men or que 0 esperado
teoricamente. Isto ocorreu porque muitas impurezas formaram complexos de iodetos
com 0 Hgb, tendo estes complexos pressao de vapor comparavel
a
do iodeto demercurio na temperatura de sublimayao.
Ainda 1983, Lamonds7 introduziu na EG&G Inc., Santa Barbara, CA. USA. a
sublimayao sob vacuo dinamico como metodo para purifica<;ao do HgI2. A eliminayao de
s
ocorre 0 desvio da estequiometria do HgI2, pela perda do iodo. Para compensar as
sublimayao repetida do composto em ampola fechadalJ• Schieber et al. tambem em 199~
I!J . desenvolveram uma metodologia de purificayao baseada em tres etapas: ( 1) ciclos de
varia<;ao entre eles esta. principalmente, associada ao nlunero de passos ( 1 2 _ 2 0s-1 1, 5 0
Em 1986, Nigli et alII rnedirarn a condutividade eletrica em funyao do
Elemento Parte inicial do cristal Parte opaca do cristal Sujeira segregada para a
purificado purificado - regiao final parte final
Ag - 8 ppm 40 ppm I
i i
Ca 1.2 ppm 1.3 ppm 2.5 ppm i
I
I
Cu - 0.5 ppm 8 ppm I
I
Fe - - 100 ppm
I
Mg 1.6 ppm 1.7 ppl11 9 ppl11
Si 10 ppl11 17 ppl11 120 ppl11
por Scholz em 197414, utilizando-se 0 metodo TOM (Temperature Oscilation Method).
fluxo for~ado. Em 1981, Oma1y et all6 mediram a ve10cidade de crescimento da face
espira1 de Burton, Cabrera e Frank17.
de duas zonas. I Este experimento concentrou-se principa1mente no contro1e da
" " • :,; rJ Cif . 0 I 13l. lOT E C A I
espa~o. aceitou a proposta de van der Berg e Schnepp1e18, em 1989: e financiou urn
por sua vez, estava 1igado com a Terra. Em 1990, Piechotka e Ka1dis'9
. de Zurique.
num gradiente de temperatura estatico com pouca chance de nuclea~ao adiciona1.7 Em
- I o d e t o d e c h u m b o - P b h
o
metodo mais utilizado atualmente no crescimento de Pbhe
a fusao. atravesdas tecnicas de Bridgman e zona flutuante, porem tambem podem ser encontrados
relatos de crescimento por soluyao, gel e fase vapor.
Forty 21, em 1960, obteve cristais crescidos por soluyao para observar a sua
decomposiyao. No final da decada de 60 comeyaram as investigayoes da presenya de
politipismo (arranjos diferentes dos aromos na rede cristalina) em Pbh. Em 1970.
Agrawal et al22 reportaram a presenya de politipos 4H, 12R, 10H, l4H e 20H em cristais
crescidos em meio gel, ainda que na maioria dos cristais predominasse 0 politipo 2H.
Levy et al 23, em 1974, estudaram a fotoluminescencia em Pbh de politipos 2H e 4H. Os
resultados obtidos mostraram que a linha mais intensa dos excitons estava localizada em
2.4925 eV para 0 politipo 2H e em 2.5025 eV para 0 4H. Ainda no estudo de politipos.
Chaudhary et al5 mostraram, em 1983, que em cristais crescidos por fusao, 0 politipo
mais estavel
a
temperatura ambiente e 0 2H, enquanto que 0 12R e 0 mais estavel a altastemperaturas. Observaram tambem que as impurezas sao responsaveis pela formayao de
politipos 4H e estas impurezas podem causar transformayoes de politipos mesmo
a
temperatura ambiente.
Em 1993, Eckstein et al 24 reportaram 0 primeiro crescimento de grandes cristais
(7 cm3) por fase vapor. Porem este crescimento foi realizado a temperaturas maiores que
George et al13 mostraram, em 1994, atraves de microscopia de forya atomica
(-4361 .::.. • Hg
LU
a:
:J200
....
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a:
LU
a..
~
LU
....
1 0 0
H g
F ig u r a 2 - Diagrama de fases do sistema Hg-I, proposto por Dworsky e Komarek e suplementado por Piechotka e Kaldis.25
IFSC-LJSP
B:?B\'l:;O DE BISLIOTECA),
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F ig u r a 3 - Dependencia da pressao de vapor com a temperatura para 0 mercurio (curva a) e para 0 HgI2
(curva b, nao calibrada, e curva c).27
SERVll;O D\:: :").[P L lO T E C A ~
Propriedades HgI:
I
[strutura eristalina u - tetragonal - simetria: P4:nme
I
p -ortorrombiea - simetria: eme,{
Panimetros de rede tetragonal ortorrombiea
a=b=4.361 .- ac-~-(C.C_
e = 12.-+50 ' b =""7_.f3~
.-~-
c=I~S-2-Peso molecular 454.45 g/mol I
Ponto de fusao 256.7°C I
I
1
Dilata<;ao termiea ue = 6 x 1( y ' K-I
1
Densidade 6.3 g/emi
I
Constante diektriea £.,//c ::::::3 .3 I
i s " , l / e '" X.3 II
- - 1
Energia da banda proibida (300
1";
2.1 eVI
Conduti\idade eletriea (300 K) ~ 10-13
(0 -1 em') !
I
Atomos par ecia unit<iria 6 I
Mobilidade dos eletrons (300 K) P-d/= 100 (em' V-I S-I)
fle.L= 65 (em: V-I S-I)
Mobilidade dos buraeos (300 K) flh// = 4 (em: V-I S-I)
Momos: I-Pb-I-I-Pb-I. Essa sequencia
e
a mais comum5 ee
chamada politipo 2H,figura0 -
12 H
,
e - P b
4 H
: r"C r"' I' C" ", "f' H V IC [) D F g! n L!.n'f ( G A It
Propriedadcs HgI:
Estrutura eristalina hexagonal - simetria: Poml
Paramctros de rede a = b = 4.557 A.
c=6.979 A.
Peso molecular 461.05 g/mol
Ponto de fusao 402 C(
Dilata~ao tem1iea Qc = 2.1 x 10-' K-I
Q " = 3X 10-5 K-I
Densidade 6 . 1 6 g 1 e m '
Constante diektriea Eo//e ~ 6,2
E.)/e ~ 6.2
Energia da banda proibida (300 K) 2.3 eV
Condutividade eletriea (300 K) _ 10-1 2 (fr! em-I)
Atomos par eela unitaria 3
Mobilidade dos eletrons (300 K) ~tcl/=8(em2V·1 S-I)
:[,C l~ : !c .D
de aproximadamente 5 minutos; e, novamente, lavagem com agua destilada. Ap6s
esta etapa. a ampola foi submetida a urn tratamento em alto vacuo (l0-5 Torr). em
temperaturas de 200 - 300 DC pOl' urn periodo de 6 - 8 horas, para eliminar possiveis
residuos do processo de limpeza anterior e impurezas adsorvidas na parede da
ampola. Conciuida a etapa de limpeza. a ampola era carre gada e 0 material submetido
a urn tratamento em alto vacuo (l0-5 Torr). com aquecimento peri6dico ate a
temperatura de 130 DC aproximadamente. Nesta etapa. principalmente. vapores de
agua e gases adsorvidos no material de partida sao eliminados. Nas ampolas em que
esta t'tltima etapa foi omitida, ocorreu a condensa<;ao de agua no processo de
sublimas;ao, tabela 5. Finalmente, a ampola foi selada e submetida a uma grande
diferens;a de temperatura para a realizayao do processo de sublima<;ao, com % de seu
comprimento dentro de urn fomo resistivo e 0 restante
a
temperatura ambiente.Nestes experimentos. foram utilizados dois tipos de ampola: formato
cillndrico com base r e t a , f i g u r a 5; e formato cillndrico com bulbos nas extremidades.
figura 6. Este segundo tipo possibilita mais de urn cicio de purificas;ao, na mesma
ampola, economizando tempo e material. Para a repetis;ao de urn cicio de sublimayao
realizado em ampolas com base reta, era necessaria a confec<;ao e limpeza de uma
nova ampola, que era carre gada com 0 material sublimado do primeiro cicio,
enquanto que nas ampolas com bulbos tomava-se necessario somente separar estes da
sua extremidade. Esse processo foi realizado rapidamente e sem perda das condis;5es
de vacuo que envolvem 0 material de partida.
Os resultados dos processos de purificas;ao estao na tabela 5, juntamente com
F ig u r a 5 _ Resultado obtido apos urn ciclo do processo de purificas:ao (P2) realizado em ampola com
base reta. Note a quantidade de residuo negro que permanece junto com 0 material de partida na base
da ampola.
F ig u r a 6 _ Resultado de run experimento (P-I) de purificas:ao apos urn cicio de sublimas:ao. l\ote a
cristal, e selado em condiyoes de alto vacuo (10-5 Torr). Nas ampolas contendo
na temperatura desejada de crescimento
e
maior ou igual a 10-2 Torr. esse materialP ( t l ) - ~ ( t )
P ( t l
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2 .6 3 .1 3 .6
mercuno na fase alfa devido
a
alta pressao de vapor do material (10'] Torra
q u a l q u e r o u t r o m e t o d a , i n c l u s i v e c r e s c i m e n t o p o r s o l u y a o 8.
a 4 J j
F i g u r a 8 - Representa<yao esquematica do fomo de crescimento de cristais a partir da fase vapor. a
-saida para 0 controlador de temperatura 1, b - saida do termopar para monitoramento da temperatura
do material fonte. c - sistema de vacuo, d - controlador de temperatura 2, e camera de video CCD, f
-monocristal, g - material fonte, h - monitor de video.
27
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~ '~ .-F ig u r a 1 1 - Monocristal de iodeto de merclirio (1M2), crescido pelo metodo P V T , numa ampola com
razao de aspecto igual a 5. 0 plano de c1ivagem e perpendicular ao eixo cristalografico c e esta
aproximadamente paralelo ao eixo da ampola.
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0°
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8 rn en 6 '5 o "D ,g 4 <fl C a.>8
2 0°o
S E H V IC O D E B IB L !O T E C A ,
direyao paralela ao eixo c = 0,4 W /mK)1, que leva a uma diminuiyao da taxa de
~I ~ 4'>C S I ~ 7 "C
4 6
12 11 10 9 E 8 E-rn 7 'C : Q) ro 6 E 0 5 "0 (/) Q) 4 '0 (/) c 3 Q) E i:5 2 0 0
'C ,:E H V IC O Dr: \3!BLlO"rfCA t
na dire<';30 paralela ao eixo da ampola e 9 Ilm/h na dire<';30 perpendicular.
o
baixo valor da condutividade termica paralela ao eixo cristalognifico c.como ja mencionamos e 0 que leva a uma pequena velocidade de crescimento real e
a
altera<';30 da morfologia extern a do cristal para uma definida condi<';30 de
supersatura<.;ao relativa. Afigura 1 6 mostra, esquematicamente. a evolu<';30 do habito
cristalino com 0 tempo para uma condi<';30 de baixa supersatura<';30 relativa. Em urn
de nossos experimentos de crescimento de crista!. mostrado nafigura 1 7 , obtivemos
como resultado final urn cristal geminado, preparado em condi<.;oes de baixa
supersatura<.;ao aparente, em que as faces tornaram-se arredondadas.
A necessidade de ajuste da supersatura<.;ao relativa durante 0 processo de
crescimento do HgI2 para obten<.;ao de urn cristal de qualidade optica e 0 fator critico
na prepara<.;ao deste material. Grandes altera<.;oes da supersatura<.;ao relativa. apos
uma condi<.;ao de quase equilibrio tennodinamico. levam
a
instabilidade na interfacesolido/vapor e. em casos mais extremos. ao surgimento de nucleos nas faces do
crista!. como mostrado na figura 1 8 .
.E,
portanto. importante salientar que 0desenvolvimento de programas de ajuste das condi<.;oes experimentais e fundamental
para 0 sucesso do crescimento do iodeto de mercllrio de boa qualidade optica e
F ig u r a 1 6 - Evolwrao do habito cristalino do iodeto de merclirio em condi<;;oes de baixa supersatura<;;ao.1
I I
5
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15
20
100 300
literatura12 como responsaveis pela adesao dos cristais de Pbl:> em ampolas de
, ''1 [ H \ . : : r , ; O C ~ 8 ~ S L !(J "T r:C A J
3 . 3 . i i i - C r e s c i m e n t o d e P b h : H g I2
o
processo de crescimento de iodeto de chumbo dopados corn iodeto demercurio
e
similar ao crescimento dos cristais de PbI:> A ampola de quartzo,previamente limpa,
e
canegada com iodeto de chumbo. no formato de p6 ou cristalja
obtido. e com iodeto de mercurio purificado pelo processo de sublimayao repetida, ja
descrito anteriormente. 0 perfil de temperatura utilizado no fOffiO
e
0 mesmo docrescimento de cristais de Pbb, visto que s6 foram utilizadas baixas quantidades de
HgI:>
diferentes (50000 ppm. 5000 ppm. 1100 ppm, 680 ppm e 600 ppm; amostras rCMl.
F i g u r a 2 3 - Pane interior da amostra PbI":HgI" - ICMI com composiyao nominal de 50000 ppm de
iodeto de mercUrio. Note a presenya de uma regiao retangular de colorayao diferenciada no centro da
pane final do crista!. mostrando a segregayao de HgI" na amostra.
I
F
C / ' " . , ~ " , : . : l"F i g u r a 2 4 - Amostra Pblc:Hglc - ICM2 com composiyilO nominal de 5000 ppm de iodeto de mercurio.
Note a presen<;:a de wna regiao vermelha mais intensa na regiao c6nica da ampola. mostrando a
segregayao de Hglc na amostra.
F i g u r a 2 5 - Superficie da amostra Pblc:Hglc - ICMI clivada (concemrayao nominal = 50000 ppm).
••
..,
')0. -'
F i g u r a 2 6 - Superficie da amostra Pb12:Hg12 - ICM2 clivada (concentra~ao nominal = 5000 ppm).
Note a inclusao, alem da fase vermelha segregada vista najigura 2 5 .
F i g u r a 2 7 - Superficie da amostra Pb12:Hg12 - ICM4 clivada Iconcentra~ao nominal
Note a pouca quantidade de fase vem1elha segregada.
~·~·-'t~ rr: (; A I t
F i g u r a 2 8 - Superficie da amostra PbI2:HgI2 - lCM5 clivada (concentracrao nominal = 680 ppm). Note
a pouca quantidade de fase vermelha segregada.
F i g u r a 2 9 - Superficie da amostra Pblo:Hgl: - lCM3 clivada(concemracrao nominal = 600 ppm). ?\Iao
a
I I 7 m mb
' I ~( . ; ', f ~ ; n . " , l:'" ~ ~t(i 'O r E C A ••
4 . 1 - F o t o l u m i n e s c e n c i a
4 . 1 . i - 0 p r o c e s s o d e f o t o l u m i n e s c e n c i a
A excitayao de urn material semicondutor impoe ao sistema uma condiyao de
nao equilibrio. Urn eletron ocupando urn estado de maior energia, do que ocuparia
sob condiyoes de equilibrio, sotre uma transiyao a urn estado vazio de menor energia.
T oda ou a maior parte da diferenya de energia entre os estados pode ser emitida como
radiayao eletromagnetica. Este processo de emissao acopla uma banda estreita de
eletrons termicamente excitados a uma banda estreita de estados vazios. e portanto
produz urn espectro estreito. Quando a excitayao e aptica e a radiayao emitida e luz 0
processo e chamado de fotoluminescencia. Os processos fisicos que caracterizam a
fotoluminencencia saD:
G e r a < ; a o o p t i c a : Os fatons incidentes sobre a superficie do material podem
tel' energia maior ou menor que a energia da banda proibida Eg do semicondutor.
Quando esta energia e maior que Eg , ela e suficiente para excitar portadores da banda
de valencia
a
banda de conduyao. Esse processo e chamado absoryao aptica e gerauma densidade excedente de eletrons e buracos. Se, por outro lado, a energia for
menor que Eg , a transmissao dos fatons atraves do material ocorre sem absoryao.
D i f u s a o e r e l a x a < ; a o : os eletrons e buracos difundem-se para fora do volume
R e c o m b i n a ' ; 3 0 : Interas;ao entre eletrons e buracos do material com emissao
radiativa para retorno ao estado inicial. As recombina<;:oes mais importantes saD:
T r a n s i r ; a o b a n d a - b a n d a : recombinas;ao de eletrons na banda de condu<;:aoe buracos
na banda de valencia sem a intermedias;ao de outro processo, ocorrem a altas
temperaturas ou em semicondutores altamente dopados. T r a n s i r ; a o m e d i a d a p o r
d e f e i t o s ( i m p u r e z a s ) : os portadores excitados saD capturados par niveis de energia de
defeitos (por exemplo, impurezas) existentes na regiao de energia proibida (gap).
T r a n s i r ; a o p o r r e c o m b i n a r ; a o d e e x c i t o n s : excitons saD pares eletron-buraco que se
mantem ligados por fors;as eletricas em semicondutores suficientemente puros. Estes
pares recombinam-se emitindo radias;ao na forma de uma fina linha espectral. Na
presens;a de impurezas, os excitons podem se ligar (excitons ligados) e, na
recombinas;ao, emitir uma linha espectral mais fina e de menor energia que a emitida
pelos chamados excitons livres. Em geral, ambas as linhas (excitons livres e ligados)
podem ser observadas nos materiais.
Medidas de fotoluminescencia realizadas em amostras monocristalinas
pennitem conferir a sua qualidade estrutural e a sua pureza, uma vez que bandas de
fotoluminescencia com energia abaixo da energia da banda proibida SaD devidas a
defeitos na rede e
a
presens;a de impurezas. As bandas existentes logo abaixo daenergia da banda proibida SaDdevidas a excitons livres e ligados.
4 . 1 . i i - M e d i d a s d e f o t o l u m i n e s c e n c i a n o s c r i s t a i s d e a-Hgh
o
procedimento experimental adotado para a realiza<;:ao das medidas defotoluminescencia, em todos os cristais preparados, consistiu da cuidadosa clivagem
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1 .8 2 .0
As medidas de fotoluminescencia foram efetuadas em tres amostras obtidas
de maneira diferentes: semente obtida ao final do segundo ciclo do processo de
purificayao, grao de urn material policristalino proveniente de urn material fonte, que
sofreu dois ciclos de purificayao (1M I ) e monocristal obtido de urn material fonte em
que fmam realizados tres ciclos de purificayao (IM2). As duas ultimas amostras
fmam obtidas pelo metodo PVT, no equipamento ja descrito, e 0 resultado de
fotoluminenscencia obtido pode ser visto nafigura 31. Este resultado nos evidencia a
dependencia da qualidade cristalina com a pureza do material fonte e tambem com 0
controle do processo de preparayao. A banda I, presente em todas as amostras.
e
devida a excitons e e caracteristica dos materiais semicondutores. A banda 2
e.
geralmente, relacionada ao desvio de estequiometria8 e tambem esta presente nas tres
amostras. Aparece intensa nas curvas a e b (semente e amostra 1MI, ambas com
material de partida com baixo grau de pureza) enquanto que em c sua intensidade e
bastante reduzida. A amostra 1M2 foi pre parada com material de partida com grau de
pureza superior as amostras das curvas a e b. A banda 3 e caracteristica de defeitos na
rede. que podem ser causados por impurezas ou deficiencia no processo de
crescimento, e aparece mais intensa na semente, pouco intensa na amostra 1Mlee
inexistente na amostra 1M2. 0 espectro obtido para a amostra 1M2 revela urn
monocristal com 6tima qualidade cristalina e baixa quantidade de impurezas,
mostrando que a realizayao de tres ciclos de purificayao no material de partida e a
obtenyao e crescimento de somente urn nucleo no equipamento de PVT desenvolvido
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F i g u r a 32 - Energia dos excitons para 0iodeto de mercurio. Campo eJetrico aplicado paralelo e
a
45°Pbl
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Energia (eV)
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F i g u r a 3 4 - Espectros de luminescencia da amostra IC3, obtidos em quatro pontos diferentes ao longo
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2 .4 2 .5
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Excitons 15 K
,2.,509 eV
\ t
Pbl "Jlgi '~,,--- C\=60() p p m )r
2.504 eV
248 249 2.50 2.51 2.52 2.53
Regiao
1111sta
R e g i a o
e x t r i n s e c a R e g i a o
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o
0.0 0.5
F i g u r a 3 8 - Tensao versus corrente eletrica para wna amostra de iodeto de mercurio. A linha vennelha
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C o r r e n t e ( 1 0 -11 A )
F i g u r a · U - Tensao versus cOlTente eletrica para uma amostra de PbI, nao dopada. A linha vcnnelha ~
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Corrente (10 -11 A)
F i g u r a 4 4 - Tensao versus corrente eletrica para wna amostra de Pblc dopada com Hglc. A linha
vermelha e um guia para os olhos. evidenciando a caniter 6hmico do contata no intervalo de tensaa
Os valores obtidos para as condutividades eletricas a temperatura ambiente
nos materiais dopados sao mostrados na tabela 6. A dispersao entre os pontos obtidos
chega a tres ordens de grandeza (10-14 a 10-11 0-1 cm-1). A amostra rCM3 contendo
600 ppm de Hgb tern condutividade eletrica 5xlo-14 0-1 cm-1, 0 menor valor obtido
deste conjunto de materiais, e a analise de microscopia optica nao revelou existencia
de segrega~ao ao longo do cristal. Este baixo valor de condutividade
Amostra Concentrayao nominal de Hgh Condutividade eletrica a
emppm temperatura ambiente (D-l
em-I)
ICMI 50000 ~ 10-1 1
ICM2 5000 ~ 5xlO-13
ICM4 1000 ~5xlO-13
ICM5 680 ~ 5xlO-1 2
ICM3 600 ~ 5xl O-I~
eletrica talvez compense a baixa qualidade cristalina do material, como verificado
por fotoluminescencia, no que se refere
a
confec~ao de detetores de radia~aoionizante. As amostras com maiores valores de dopagem, apresentaram uma
oscila~ao entre maiores e menores valores de condutividade eletrica e, portanto,
nenhuma tendencia definida relacionada
a
presen~a de segrega~ao foi constatadanestas amostras. A amostra rCMl, com a maior dopagem e maior quantidade de fase
segregada apresentou a maior condutividade desta serie de materiais. Como 0
segregadas29 "
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103fT ( K ·1 )
F i g u r a 5 0 - Condutividade em funr,;ao do inverso da temperatura para todas as amostras de PbI:
E
g
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sell espectro de transmissao e do valor do indice de refrac;:a032.Quando consideramos
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2.0
2.5
3.0
p u b l i c a d o s .2 6
Amostra Largura da banda proibida (e V)
1M2 - IODETO DE MERCTRlO 2.10 ± 0.02
lC3 - IODETO DE CHUMBO 2.28 ± 0.02
lCMl 2.28 ± 0.02
lCM2 2.28:': 0.02
I
lCM3 2.27 ~ 0.02 i
lCM4 2.30::':: 0.02
Neste trabalho realizamos a implantayao da tecnica de crescimento de cristais a
partir da fase vapor (PVT) nos laboratorios do Grupo de Crescimento de Cristais. IFSC,
USP. bem como a preparayao e urn estudo das propriedades opticas e eletrica dos cristais
de cx-Hgb, Pbb e Pbb: HgI2, com composiyoes nominais de 600 a 50000 ppm.
o
equipamento utilizado para 0 crescimento via fase vapor, totalmente projetado econstruido em nossos laboratorios, possibilitou-nos a preparayao de materiais com aha
pressao de vapor,
a
baixas temperaturas (ate 150°C). Cristais crescidos pelo metodo PVTapresentaram morfologia extema bem definida e nenhuma inclusao macroscopica.
Cristais de Pbb de boa qualidade cristalina foram crescidos pelo metodo de Bridgman,
como tambem cristais de PbI2:Hgb foram, pela primeira vez, preparados. Apesar da
diferenya existente entre as estruturas cristalinas do Pbb e Hgb, encontramos um limite
de solubilidade do segundo no primeiro da ordem de 600 ppm.
A metodologia definida para a purificayao do iodeto de mercurio, atraves de ciclos
de sublimac;ao, mostrou que uma grande quantidade de impurezas, na forma de um
residuo negro e cinza, foram eliminadas, ao menos visualmente. A caracterizac;ao optica e
dos cristais de a-Hgh e Pbh purificados. No caso especifico do iodeto de mercurio
mesmo quando 0 material de partida utilizado era de baixa pureza nominal (2N).
Valores da largura da banda proibida dos materiais nominalmente puros (2.1 0 ±
0.02 eV para Hgb e 2.28
±
0.02 para 0 Pbb), determinados por absoryao optica, foramsimilares aos relatados na literatura. Resultados de condutividade eletrica no escuro a
temperatura ambiente para 0 Hgh (~lO-13 Q-lcm- l) e para 0 Pbh (~1O-12 Q-Icm-I)
encontrados tambem estao em pleno acordo com a literatura e, portanto, acreditamos que
os cristais preparados podem ser utilizados com sucesso na confec<;:ao de detetores de
radia<;:aoionizante.
as resultados de fotoluminescencia dos cristais de Pbh dopados com Hgl2
mostraram que, apesar da grande quantidade de material segregado observada nas
amostras com diferentes composi<;:6es, h:i incorpora<;:ao do iodeto de mercllrio no iodeto
de chumbo. Acreditamos que esta incorpora<;:ao provocou urn rearranjo dos Momos na
estrutura cristalina do Pbh, conhecido como transi<;:aodo politipo 2H para 4H. A elevada
intensidade da banda de fotoluminescencia associada
a
defeitos na rede em relas:aoa
dabanda dos excitons revela que a dopagem do Hgb diminui a qualidade cristalina. Apesar
deste fato, Pbh dopado com 600 ppm de Hgb mostrou urn valor de condutividade eletrica
no escuro,
a
temperatura ambiente, duas ordens de grandeza menor do que 0 PbI2 puro.Talvez a diminui<;:ao da condutividade eletrica possa superar a baixa qualidade cristalina
do material quando do seu uso em detetores de radia<;::loionizante.
Uma consequencia importante deste trabalho foi 0 dominio da tecnologia de
preparaS::lo destes materiais, 0 que possibilitou ao Grupo de Crescimento de Cristais,
(INPE/SP) e intemacional (Universidade de Montevideu, Uruguai). Alem dos
pesquisadores envolvidos nestas instituic;:oes, 0 prosseguimento deste trabalho ja
6 - R e f e r e n c i a s b i b l i o g r a f i c a s
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