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Espécies de Triatominae (Hemiptera: Reduviidae) do Estado do Maranhão, Brasil.

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Academic year: 2017

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Espécies de Triatominae (Hemiptera: Reduviidae)

do Estado do M aranhão, Brasil

Triato minae sp e cie s (He mip te ra: Re d uviid ae )

in Maranhão State , Brazil

1 Dep artam en to d e Pa t ologia , N ú cleo d e Pa t ologia Trop ica l e M ed icin a Socia l, Un iv ersid a d e Fed era l d o M a ra n h ã o. Pra ça M a d re Deu s 2, Sã o Lu ís, M A 65025- 560, Bra sil. 2 Fu n d ação Nacion al d e Sa ú d e. Ru a 5 d e Ja n eiro s/no, Sã o Lu ís, M A

65040- 450, Bra sil.

José M a n u el M a cá rio Reb êlo 1

Vera Lú cia Lop es d e Ba rros 1

W a lt er Ara ú jo M en d es 2

Abst ract T h is p a p er p rov id es a ch eck list of 15 k n ow n sp ecies of t h e Tria t om in a e su b fa m ily in M aran h ão St at e. On t h e coast al São Lu ís Islan d t h ere are a t ot al of 10 sp ecies associat ed w it h syl-v a t ic a rea s (Era t yru s m u cro n a t u s, Psa m m o le st e s t e rt iu s, Pa n st ro n gylu s d ia si)a n d p eriu rb a n an d u rban areas (Pan stron gylu s gen icu latu s, Pan stron gylu s lign ariu s, Rh od n iu s n asu tu s, Rh od -n iu s -n e gle ct u s, Rh o d -n iu s p ict ip e s, Rh o d -n iu s ro b u st u sa n d Tr ia t o m a ru b ro fa scia t a ).T h e la st w a s fou n d on ly on Sã o Lu ís Isla n d , w h ile t h e ot h ers h a ve a lso b een fou n d in la n d . Th e follow in g w ere n ot fou n d i n t h e coa st a l a rea :Pa n st ro n gylu s m e gist u s, Tr ia t o m a b ra silie n sis, Tr ia t o m a m a cu la ta , Tria to m a p se u d o m a cu la taa n d Rh o d n iu s b re th e si.T h ese w ere fou n d m a in ly on t h e “Ch ap ad as”an d “Ch ap ad ões”a reas in t h e east ern an d sou t h ern p art s of t h e St at e.

Key words Triat om in ae; Ch agas Disease; In sect Vect ors

Resumo Cerca d e 15 esp écies d e Tria t om in a e sã o d e con h ecid a ocorrên cia n o Est a d o d o M a ra -n h ão. N a Ilh a d e São Lu ís, z o-n a d o lit oral, d ez esp écies já foram e-n co-n t rad as associad as às áreas silv est res:Era tyru s m u cron a tu s, Psa m m olestes tertiu s, Pa n stron gylu s d ia si,e à s h a b it a ções d a s áreas u rban as e p eriu rban as:Pan stron gylu s gen icu latu s, Pan stron gylu s lign ariu s, Rh od n iu s n a-su t u s, Rh o d n iu s n e gle ct u s, Rh o d n iu s p ict ip e s, Rh o d n iu s ro b u st u se Tr ia t o m a r u b ro fa scia t a . Est a ú lt im a t em sid o en con t ra d a ex clu siv a m en t e n a Ilh a d e Sã o Lu ís, a o p a sso q u e a s d em a is t a m bém ocorrem n o in t erior d o Est a d o. N a z on a lit orâ n ea , n ã o fora m en con t ra d a s:Pan stron gy -lu s m egistu s, Tria to m a b ra silien sis, Tria to m a m a cu la ta , Tria to m a p seu d o m a cu la tae Rh o d n iu s b reth esi,a s q u a is sã o en con t ra d a s n a s á rea s m a is seca s d a s z on a s q u e form a m a s ch a p a d a s e os ch a p a d ões d o Su d est e e Su l d o Est a d o.

(2)

Introdução

Co m exceçã o d o gên ero Lin sh cost eu se a lgu

-m as esp écies d o gên ero Triatom a, os triatom

í-n eo s sã o exclu sivo s d o Novo Mu í-n d o, d istri-b u in d o -se d esd e o s Esta d o s Un id o s a té a Ar-gen tin a, sen d o m ais d iversos n a região n eotro-p ical (Len t &ameotro-p; Wygodzin sky, 1979; Alen car, 1980). A su b fa m ília su b d ivid e-se em cin co trib os, 14 gên eros e cerca d e 115 esp écies d escritas ( Ju r-b erg & Galvão, 1997).

A im p ortân cia ep id em iológica d o gru p o re-sid e n a tra n sm issã o d o Tryp a n osom a cru z ia o h om em . Em b ora tod as as esp écies d e triatom ín eo s seja m veto res em p o teín cia l d este p ro to -zo á rio, a p en a s a q u ela s q u e co lo n iza m n o d o-m icílio e o u p erid o o-m icílio reú n eo-m co n d içõ es n ecessá ria s p a ra tra n sm itir a d o en ça d e Ch a-ga s h u m a n a . Neste a sp ecto, o s gên ero s d e m a ior im p ortâ n cia ep id em iológica sã o: Pa n s -tron gylu s, Triatom a eRh od n iu s.

No Bra sil, d a s 41 esp écies d e tria to m ín eo s co n h ecid a s, a p en a s n ove d esta ca m -se co m o veto res d a d o en ça d e Ch a ga s: T. in fest a n s, P. m egist u s, T. b ra silien sis T. p seu d om a cu la t a , T. v itticep s, T. sord id a, T. ru brofasciata, R. n eglec-tu s(Corrêa, 1968) e R. p rolixu s, en con trad a n

a-tu ra lm en te in fecta d a n o Am a zo n a s, Pa rá , Mi-n as Gerais e São Pau lo (Ferraz et al., 1975).

Ap esa r d a gra n d e im p o rtâ n cia d o s tria to -m ín eo s co -m o veto res d a d o en ça d e Ch a ga s, d oen ça en d êm ica em vá ria s regiões d o Bra sil, in clu in d o o Nord este, p ou co se sab e a resp eito d a fau n a d o Maran h ão, ten d ose con h ecim en -to ap en as d o trab alh o d e Brazil et al. (1985), o qu al ap resen ta d ad os sob re a d istrib u ição e in -fecção d os triatom ín eos d a Ilh a d e São Lu ís.

Neste estu d o, d em on stram -se algu n s d ad os p re lim in a re s so b re a d ive rsid a d e e p a d rã o d e d istrib u içã o d o s tria to m ín e o s n o Esta d o d o Maran h ão.

M et odologia

O p resen te estu d o co n sistiu d e u m leva n ta -m en to d as esp écies d e Triato-m in ae q u e se d is-trib u em n o Estad o d o Maran h ão, ten d o p or b a-se d a d o s fo rn ecid o s p ela Fu n d a çã o Na cio n a l d e Sa ú d e (FNS-MA), sen d o co m p lem en ta d o com in form ações relatad as n a literatu ra.

A segu ir faz-se u m b reve com en tário sob re o s a sp ecto s físico clim a to ló gico s d o Ma ra -n h ão, p ara m elh or com p ree-n são d o p ad rão d e d istrib u ição d esses red u víd eos n o Estad o.

O Esta d o d o Ma ra n h ã o, co m u m a su p erfí-cie d e 328.663 km2o u 3,86% d o territó rio n a

-cio n a l, lo ca liza -se n o No rd este Ocid en ta l d o

Bra sil, en tre 01o01’ e 10o21’ 07” LS e 41o48’

30” e 48o50’ 51” LW. Na su a p arte seten trion al

p o ssu i 640 km d e co sta . Cerca d e 1.365 km d o seu território faz fron teira, a Leste, com o Esta-d o Esta-d o Piau í, sep aran Esta-d o-se Esta-d ele p elo Rio Parn aí-b a ; a No roeste, sã o 798 km d e fron teira com o Esta d o d o Pa rá , o Rio Gu ru p i m a rca n d o a re-gião lim ítrofe en tre os d ois Estad os. A Su d oeste, a lin h a fro n teiriça co m o Esta d o d e To ca n -tin s é d e 1.060 km e o Rio Man oel Alves Gran d e con stitu i a lin h a d ivisória (IBGE, 1984).

O clim a p red om in an te é o q u en te e ú m id o, a p resen ta n d o d u ra n te to d o o a n o tem p era tu -ra s eleva d a s, em m éd ia 27oC, co m p eq u en a s

variações. Na zon a q u e in clu i as regiões ecoló-gicas d a Pré-Am azôn ia e d a Baixad a Ocid en tal, a Oeste d o Rio Mearim , é on d e d om in a o clim a trop ical su p erú m id o ou equ atorial, com ín d ice p lu viom étrico elevad o, em torn o d e 2.000 m m a n u a is d e ch u va s, e tem p era tu ra m éd ia a n u a l d e 25oC, co m esta çã o seca p o u co n ítid a . No

resto d o Esta d o, d istin gu em -se d u a s esta çõ es b em d efin id as: u m a seca, d e ju lh o a d ezem b ro, e ou tra ch u vosa, d e jan eiro a ju n h o. No Leste e Su d este d o Esta d o, n a s Zo n a s d o s Cerra d o s e Ch ap ad ões, os ín d ices p lu viom étricos são m ais b aixos, ch egan d o a 1.200 m m an u ais d e ch u vas (IBGE, 1984).

O relevo é m od erad o, com altitu d es m éd ias va ria n d o en tre 200 m e 400 m , ten d o o p o n to m a is a lto – o Mo n te Mea rim – en tre a s Serra s d a Ca n ela e Negra , n a ca b eceira d o Rio Mea -rim , com cerca d e 1.300 m d e altitu d e.

As b a cia s h id ro grá fica s m a is im p o rta n tes são as d o: 1) Gu ru p i, com cerca d e 40.000 km2

d e su p erfície, ten d o o Gu ru p i co m o p rin cip a l rio, co m 800 km d e exten sã o ; 2) Tu ria çu , co m 32 km2d e su p erfície, a No ro este d o Esta d o, ten d o o rio d e m esm o n o m e cerca d e 700 km d e exten são; 3) Golfão Maran h en se, com p reen d en d o os segu in tes rios: Mearim , Grajaú , Pin -d aré, Mu n im e Itap ecu ru ; 4) Parn aíb a, q u e faz, em tod a su a exten são, fron teira com o Piau í e o Maran h ão, p ossu in d o d ois aflu en tes p elo lad o m aran h en se – rios d as Balsas (720 km ) e d a Ba-b ilôn ia (311 km ) (IBGE, 1984).

O Estad o d o Maran h ão é rico em ecossistem as florísticos, p od en d ose d estacar as segu in -tes zon as ecológicas (Figu ra 1):

Zona do Lit oral

(3)

o-m in a o-m n o lito ra l o rien ta l d o Esta d o e sã o a p rin cip al atração d o Parqu e Nacion al d os Len -çóis Maran h en ses.

Pré-Amazônia

Ocu p a a p arte cen troocid en tal d o Estad o, in -clu in d o a s á rea s d o Méd io Gra ja ú e p a rte d o Vale d o Rio Pin d aré; é o d om ín io d as florestas, origin alm en te rep resen tad as p elas castan h eira (Bert h ollet ia ex celsaH .B.K.), serin gu eira (He -v ea b ra silien sisMu ell. Arg.), p iq u iá (Asp id os -p erm a sessilifloru m Mart.), cam u ru , m u m u ru , p erob a (Asp id osp erm a p olyn eu ronMu ll. Arg.),

ja ca ra n d á (M a ch a eriu m v illosu m Vo g.). Na s

áreas d e con cavid ad e, as rep resen tan tes são as p alm eiras d e ju çara (Eu terp e ed u lisMart.) e b u -riti (M au ritia vin iferaMart.).

Zona dos Cocais

Ocu p a o cen tro-orien tal, n otad am en te os vales d os rios Ita p ecu ru e Mea rim . É o d om ín io d a s Ma ta s d o s Co ca is, d esta ca n d o -se o b a b a çu a l (Orb ign ya m a rt ia n aB.R.), secu n d a d o p o r o u -tra s p a lm e ira s, co m o tu cu m (Ba ct ris set osa

Mart.) e m arajaíb a.

Nas d u as ú ltim as zon as, as form ações vege-tais d esen volvem -se sob re sed im en tos d a For-m ação Itap ecu ru d o Cretáceo In ferior, con stitu íd o d e a ren ito s fin o s, reco b rin d o a s fo rm a -ções m ais an tigas.

Na regiã o d e co n ta to en tre a Zo n a d o s Co -ca is e d o s Cerra d o s, n o Va le d o Pa rn a íb a , p re-d om in am as florestas m istas – Floresta Estacio-n a l PereEstacio-n ifólia Ab erta com Ba b a çu , Ca rEstacio-n a ú b a (Cop ern icia p ru n ifera (Mill.) Moore) e Man ch as d e Cerrad os.

Os cerrad os ocu p am gran d e p arte d o terri-tório m aran h en se, recobrin do toda a região ori-en tal e m erid ion al d o Estad o, form an d o d u a s zon as d istin tas: os Ch ap ad ões e os Cerrad os.

Zona dos Cerrados e dos Chapadões

Estão p resen tes n as n ascen tes d os rios Grajaú e Mearim e n os altos cu rsos d os rios d as Balsas e Pa rn a íb a . Nessa vegeta çã o, d esta ca m se ca -p otão, -p equizeiro (Caryocar brasilien sisCam b.), ja to b á (Hym en a ea cou rb a ril Lin .), a n d iro b a

(Ca ra p a gu ia n en sisAu b l.) etc. Os sed im en to s

d essa s á rea s p erten cem à s fo rm a çõ es Co rd a , Sa m b a íb a , Ped ra d e Fo go e Pia u í, d e o rigem m a is a n tiga (Ca rb o n ífero -Ju rá ssico ), e a lgu n s trech os d as form ações Pastos Bon s e Sard in h a.

Man ch as d e caatin gas p od em ser ob servadas n o Baixo Parn aiba, form an do zon as de con -ta to co m a Flo res-ta Peren ifó lia Ab er-ta d a Ba

i-xad a Orien tal e com o Cerrad o n as p roxim id a-d es a-d o Pia u í; n ã o a p resen ta a b u n a-d â n cia a-d e ca ctá cea , q u e d á o a sp ecto r u d e à vegeta çã o n ord estin a, sen d o d om in ad o p elo sab iá, o p au -d’a rco (Tecom a h ep t a p h yllaMa rt.), a ca tin ga

-d e-p orco, a aroeira e o jatob á, en tre ou tros.

Zona do Planalt o

Con stitu i o p rolon gam en to d os ch ap ad ões d o Estad o d e Goiás.

Fig ura 1

Distrib uição d o s Triato minae no Estad o d o Maranhão , d e aco rd o co m a zo na e co ló g ica.

Rio Gur

upi

Rio Pind

aré

Rio G

raja u

Rio M

e arim

Rio Ita p ecu

ru

Rio Pa

rnaíb

a

Rio M

unim

Rio To

c an tin s

O ceano Atlântico

1

1 2

7

4

3

5

6

Pará

Piauí

To cantins

Maranhão

1 – Lito ral: E. m ucro na t us, P. d ia si, P. lig na rius, P. g e nicula t us, P. t e rt ius, R. na sut us, R. ne g le ct us, R. p ict ip e s, R. ro b ust us, T. rub ro fa scia t a .

2 – Baixad a: E. m ucro na t us, P. lig na rius, P. t e rt ius.

3 – Ce rrad o : P. d ia si, P. m e g ist us, R. ne g le ct us, R. p ict ip e s, R. ro b ust us, T. p se ud o m a cula t a .

4 – Co cais: R. na sut us, R. ne g le ct us, R. p ict ip e s.

5 – Chap ad õ e s: P. m e g ist us, R. b re t he si, R. na sut us, R. ne g le ct us, R. p ict ip e s, T. b ra silie nsis, T. m a cula t a , T. p se ud o m a cula t a .

6 – Planalto : P. g e nicula t us, P. m e g ist us, R. ne g le ct us, R. p ict ip e s, T. b ra silie nsis, T. p se ud o m a cula t a .

(4)

Resultados e discussão

São 15 as esp écies d e Triatom in ae assin alad as n o Estad o d o Maran h ão: Erat yru s m u cron at u s

(Stal, 1859); Psam m olestes tertiu s (Len t & Jurberg, 1965); Pan stron gylu s d iasi (Pin to & Len t, 1946); Pa n st ron gylu s gen icu la t u s (La treille, 1811); Pa n st ron gylu s lign ariu s ( Walker, 1837); Pan s -t ron gylu s m egis-t u s (Bu rm eister, 1835); Rh od

-n iu s b ret h esi (Ma tta , 1919); Rh od n iu s n a su t u s

(Sta l, 1859); Rh od n iu s n eglect u s (Len t, 1954); Rh od n iu s p ictip es (Stal, 1872); Rh od n iu s robu s-tu s (Larrousse, 1927); Triatom a brasilien sis (Nei

-va, 1911); Triatom a m acu lata (Erickson , 1848); Triatom a p seu d om acu lata (Correa & Esp in ola,

1964); Triatom a ru brofasciata(De Geer, 1773).

En tre as esp écies in crim in ad as com o veto-res d a d o en ça d e Ch a ga s n o Bra sil, cin co sã o en con trad as n o Maran h ão: P. m egistu s, T. brasi-lien sis, T. p seu d om acu lata, T. ru brofasciata e R. n eglect u s.Esta s esp écies a p resen ta m p a d rã o d e d istrib u ição d iverso n o exten so território d o Estad o.

Na Ilh a d e São Lu ís, algu m as esp écies estão in tim am en te associad as aos am b ien tes silves-tres (E. m u cron atu s, P. d iasie P. tertiu s), ou tras

são en con trad as associad as com as h ab itações p eriu rb an as (P. gen icu latu s, R. n eglectu s, R. ro-b u st u s) e u rb a n a s (P. lign a riu s, R. n a su t u s, R. p ict ip es, T. ru b rofa scia t a). Nã o o co rrem n esta

zon a, P. m egistu s, T. brasilien sis, T. m acu lata, T. p seu d om acu lata e R. breth esi, en con tradas ap

e-n as e-n o ie-n terior d o Estad o.

E. m u cron a t u s d istrib u i-se n o s Esta d o s d o

Am azon as, Pará e Mato Grosso. No Maran h ão, é en con trad a n a Zon a d a Baixad a Ocid en tal, a exem p lo d e P. t ert iu s.Esta ú ltim a esp écie tem registro n o Estad o d o Mato Grosso e, n o Mara-n h ã o, a ssocia -se com Mara-n iMara-n h os d e xexéu – Ca ci -cu s cela (Lin .). Associa-se tam b ém com n in h os

d e a ves d a fa m ília Fu rn a riid a e e Psitta cid a e, n ã o ten d o im p o rtâ n cia n a ep id em io lo gia d a d oen ça d e Ch agas (Alen car, 1980).

P. m egistu s tem am p la d istrib u ição n o

Bra-sil, ocorren d o d esd e o Rio Gran d e d o Su l até o Pará (Alen car, 1980; Sch ofield , 1985). É, ju n ta-m en te cota-m T. in festan s,a esp écie m ais im p

or-tan te n a tran sm issão d e Ch agas n o Brasil. Exis-tem registros d e su a ocorrên cia tam b ém n a Ar-gen tin a, Paragu ai e Bolívia. No Maran h ão, tem sid o en con trad a, p rin cip alm en te, n as áreas se-ca s d a Zo n a d o s Ch a p a d õ es d o Ba ixo Ba lsa s e do Alto Itap ecuru. Esta esp écie p ode circular em am b ien te p erid om iciliar e se ap roxim ar d o h o-m eo-m , even tu alo-m en te in vad in d o as h ab itações d estes (Garcia-Zap ata & Marsd en , 1986) e for-m an d o colôn ias p erfor-m an en tes (Barreto, 1979;). No Estad o d o Pará, colon iza, p ara su gar, em

tod os os ecótop os p eritod om iciliares, on tod e en con -tra o cã o, ga to, roed ores, ca b ra , ga lin h a s, e n o in trad om icílio, m ais in ten sam en te n o qu arto e n os d ep ósitos, on d e en con tra o h om em (Alen car, 1987). Nas áreas silvestres, p od e ser en con -trad a em cop as d e p alm eira m acau b eira (Len t & Wygod zin sky, 1979). No seu a m b ien te n a tu -ra l, tem d esen vo lvid o h á b ito m a rsu p ió filo e d en d rífilo (Alen ca r, 1987). Em Go iá s, p o u ca s n in fa s tem sid o en co n tra d a s d en tro d e ca sa (Garcia-Zap ata & Marsd en , 1986).

P. gen icu latu sfoi en con trad a em São Lu ís e

Im p era triz, n a Am a zô n ia Ma ra n h en se. É u m a esp écie essen cia lm en te silvestre, viven d o co -m u -m en te e-m to ca s d e ta tu s, e-m to d a a regiã o n eotrop ical. Existe registro d e ocorrên cia d esta esp écie ta m b ém n a co p a d e p a lm eira (Len t & Wygo d zin sky, 1979), p o d en d o a li d esen vo lver h á b ito q u irop tófilo. Os a d u ltos p od em in va n -d ir ecótop os artificiais.

P. lign a riu sé co m u m n o No rte d o Esta d o, in clu in d o a Baixad a Ocid en tal, e, n a Ilh a d e São Lu ís, é a esp écie d e d istrib u ição m ais h om ogê-n ea.

P. d iasi d istrib u i-se d esd e o Estad o d a Bah ia a té Sã o Pa u lo, e ta m b ém em Min a s Gera is e Goiás. No Maran h ão, os p ou cos registros assi-n alam su a p reseassi-n ça assi-n a Ilh a d e São Lu ís e Zoassi-n a d os Cerrad os d o Alto Mu n im .

R. n eglect u sé u m a esp écie típ ica d as

sava-n as d o Brasil cesava-n tral, d istrib u isava-n d o-se sava-n os Esta-d os Esta-d a Bah ia, Min as Gerais, São Pau lo, Goiás e Mato Grosso. É orn itófila, en con trad a em p al-m eiras d e al-m acau b eira, ou ricu ri, b u riti, b ab açu associad a aos n in h os d e aves, An n u m biu s an -n u m bi. In fectse e é cap az d e colon izar as h

a-b itações h u m an as (Len t & Wygod zin sky, 1979). No Ma ra n h ã o, tem sid o en co n tra d a d esd e a Zon a d o Plan alto, ao Su l, até a Ilh a d e São Lu ís, p a ssa n d o p ela s Zo n a s d o s Ch a p a d õ es, Cerra -d os e Cocais, n ão sen -d o en con tra-d a n as áreas d e in flu ên cia am azôn ica, com o Pré-Am azôn ia m aran h en se e Baixad a Ocid en tal.

R. robu stu s, R. p ictip es eR. n asu tu s restrin

gem se a o No rte d o Bra sil (Len t & Wygo d -zin sky, 1979; Alen car, 1980).

R. rob u st u s d istrib u i-se n o s Esta d o s d o

Am a zo n a s e Pa rá . É o rn itó fila e se in fecta (Alen car, 1980). No Maran h ão, tem sid o en con -trad a n a Zon a d os Cerrad os d o Nord este d o Es-tad o e n a Ilh a d e São Lu ís.

(5)

R. n a su t u s esten d e su a d istrib u içã o n u m a faixa m ais am p la, d esd e o Estad o d o Pará até o Rio Gra n d e d o No rte, p a ssa n d o p elo Pia u í e Cea rá ; n o Ma ra n h ã o, o co rre n a Ilh a d e Sã o Lu ís, Zon a d o Litoral, associad a com n in h os d e p om b os n o in tra e p erid om icílios; p od e ser en -con trad a n os ecótop os artificiais. Ao -con trário d e seu s co n gên eres, q u e p en etra m n a s á rea s m a is seca s d o Su l d o Esta d o, esta esp écie tem sid o en con trad a com m ais freq ü ên cia, n a p or-ção cen tro-n orte, in clu in d o as áreas am azôn i-ca s e o s Ch a p a d õ es d o Alto Ita p ecu ru , Zo n a d os Cocais e Ilh a d e São Lu ís. No Ceará, in fec-ta -se em fec-ta xa s m u ito b a ixa s (1,3%) (Alen ca r, 1987); associa-se com aves em ab rigos sem id o-m iciliares e n in h os silvestres, coo-m o-m arsu p iais, roed ores e m orcegos.

T. p seu d om acu lata ocorre em tod os os

estd os n orestd estin os, n ão ten estd o registro ap en as p a-ra Sergip e. Fo i a ssin a la d a ta m b ém em Min a s Gerais e Goiás. É en con trad a em ecótop os n a-tu rais e artificiais e, m esm o n ão sen d o u m a es-p écie tra n sm issora h a b itu a l, es-p od e, oca sion a l-m en te, ad en trar n os d ol-m icílios e vir a ad qu irir esta q u alid ad e. É orn itófila, associan d o-se fre-q ü en tem en te com n in h os d e N im bu s satu rn u s

e com galin h eiros (Alen car, 1980). No d om icí-lio, p od e ser en con trad a n os d iversos côm od os e telh a d o s. No Ma ra n h ã o, tem o co rrên cia co -n h ecid a -n o i-n terior, em tod as as zo-n as ecológi-ca s, n ã o sen d o en co n tra d a a p en a s n a Ilh a d e São Lu ís e d em ais áreas litorân eas.

T. m acu lata tem sid o en con trad a em Rorai-m a , Go iá s e Ma ra n h ã o. É essen cia lRorai-m en te sil-vestre e orn itófila, m as p od e ser en con trad a n o p erid o m icílio (Alen ca r, 1980). No Ma ra n h ã o, tem se registro d e su a o co rrên cia n o s Ch a p a -d ões -d o Alto Itap ecu ru .

R. bret h esi foi assin alad a n as áreas ú m id as

d o Brasil: n o Am azon as e Pará, associad a com ro ed o res. No Ma ra n h ã o, tem sid o en co n tra d a em á rea s m a is seca s, n o ta d a m en te n a s Zo n a s d os Ch ap ad ões d o Baixo Balsas e d o Alto Itap e-cu ru .

T. brasilien sis é o p rin cip al vetor d e Ch agas n o p o lígo n o d a seca . Tem a m p la d istrib u içã o n o n ord este b rasileiro, ocorren d o em tod os os Estad os, n ão ten d o registro ap en as p ara Sergi-p e (Sch ofield , 1985). É en con trad a tam b ém em Min a s Gera is e Goiá s. No Ma ra n h ã o, é en con -trad a n a Zon a d os Ch ap ad ões, n o Mu n icíp io d e São Fran cisco d o Maran h ão, n as p roxim id ad es d o Méd io Parn aíb a. Ocorre em ecótop os n atu -rais e artificiais, ap resen tan d o os m ais d iversos h áb itos: q u irop terófilo, d en d rífilo, orn itófilo e ro d en tó filo. Po d e a ta ca r o h o m em e a n im a is d u ran te o d ia, q u an d o fam in ta. No d om icílo, a p re fe rê n cia é m a io r p o r ga lin h a , ga to, ca b ra ,

cã o, su ga n d o m en os o ra to, o p orco, o m a rsu -p ial e o b oi (Alen car, 1980).

T. ru brofasciatap od e ser en con trad a em

to-d a a região costeira to-d os tróp icos, in tim am en te a sso cia d a co m o ro ed o r Ra t t u s ra t t u s ra t t u s, tra n sm itin d o -lh e o Tryp a n osom a con orrh in i

(Esp ín ola & Diotaiu ti, 1991). Am b os p rovavel-m en te forarovavel-m in trod u zid os n o con tin en te arovavel-m e-rican o oriu n d os d a Ín d ia. Em b ora seja u m a es-p écie altam en te d om iciliar, é con sid erad a co-m o veto r secu n d á rio d e Ch a ga s n o Bra sil. Na Ilh a d e São Lu ís, tem sid o en con trad a n as áreas u rb a n a s, in clu sive fo rm a n d o co lô n ia s d en tro d os d om icílios, esp ecialm en te n os b airros p e-riféricos d a cap ital d o Estad o, São Lu ís.

A fau n a d e triatom ín eos n o Estad o d o Ma-ran h ão tem sid o m u ito p ou co estu d ad a d e fato e os d ad os d isp on íveis n os m ostram a existên -cia d as esp écies listad as n este trab alh o e p ara a s q u a is p ro cu ra m o s fa ze r u m a b re ve d e scri-ção d e su a d istrib u iscri-ção n o Estad o. En tretan to, se gu n d o Bra zil et a l. (1985) e Ma rsd en et a l. (1994), p od em ser en con trad as ain d a n o Mara-n h ã o a s esp écies R. p rolix u s, T. in fest a n s eT. sord id a ,eleva n d o p a ra 18 o n ú m ero d e esp é -cies p resen tes n o Estad o.

Do q u e foi exp osto, p od em os con clu ir q u e as esp écies d o gên ero Rh od n iu s ap resen taram

m aior e m ais u n iform e d istrib u ição n o Estad o d o Maran h ão. Aq u elas p erten cen tes ao gên ero

Pan stron gylu s m ostraram m aior afin id ad e com

(6)

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Imagem

Fig ura 1

Referências

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