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Educação profissional e tecnológica: um estudo da contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniadas na visão dos empresários, bem como, do nível de satisfação dos egressos com a instituição.

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(1)

FACU LDADE BOA V I AGEM

CPPA – CENTRO DE PESQUI SA E PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMI NI STRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

ARNALDO FERNANDO LOPES MAÇAIRA

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA:

um estudo da contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento das

empresas conveniadas na visão dos empresários, bem como, do nível de

satisfação dos egressos com a instituição.

(2)

ARNALDO FERNANDO LOPES MAÇAIRA

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA:

um estudo da contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento das

empresas conveniadas na visão dos empresários, bem como, do nível de

satisfação dos egressos com a instituição.

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Administração da Faculdade Boa Viagem, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre. Área de Concentração: Negócios Internacionais

ORIENTADOR: Prof. JOSÉ RAIMUNDO VERGOLINO, Ph.D.

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“cutter” – M 113 e

Maçaira, Arnaldo Fernando Lopes

Educação Profissional e Tecnológica: um estudo da contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniadas na visão dos empresários, bem como, do nível de satisfação dos egressos com a instituição / Arnaldo Fernando Lopes Maçaira. – Recife: O Autor, 2007.

134 folhas : tab., qua., graf.

Dissertação (mestrado) – Faculdade Boa Viagem. Administração, 2007. Inclui bibliografia, apêndice e anexos.

1. Educação Profissional e Tecnológica 2. Educação 3. Qualificação Profissional 4. Egressos 5. Mercado de Trabalho I. Título

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ARNALDO FERNANDO LOPES MAÇAIRA

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA:

um estudo da contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniadas na visão dos empresários, bem como, do nível de satisfação dos egressos com a

instituição.

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Administração da Faculdade Boa Viagem, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre. Área de Concentração: Negócios Internacionais Aprovado em: ___ / ___ / ___.

BANCA EXAMINADORA

José Raimundo Vergolino – Ph.D. Orientador

Olímpio de Arroxelas Galvão – Ph.D.

(5)

Dedico este trabalho a Associação Educacional Boa Viagem como um todo, especialmente aos seus gestores, e a Faculdade Boa Viagem, em particular, por ter iniciado um projeto da magnitude de um programa de pós-graduação em nível de mestrado stricto sensu, como o Mestrado em Administração, neste caso Turma 1.

Dedico ainda, aos Coordenadores do Curso e aos Docentes de um modo geral, e em especial, aos professores da linha de pesquisa Negócios Internacionais, aos meus orientadores, e também, aos colegas do mestrado, que muito colaboraram para o término desta minha qualificação profissional e para a obtenção desta Certificação Profissional que está sendo concluída neste momento.

Aos meus Pais Elvite e Hebe, e minha Irmã Élia, pela admiração, colaboração de sempre, aprendizado mútuo e dedicação permanente em sermos professores neste Brasil. Vale salientar que a profissão mais nobre e necessária de uma nação.

Aos meus Amados e Queridos Filhos Tália, Vinícius e Ravi, pela emoção permanente de ser Pai e pela oportunidade de ensinar e reaprender a viver com eles, bem como, a Simone, pelo sentimento de respeito por ser a mãe dos meus filhos.

A minha saudosa família portuguesa, com gratidão e apreço.

Ao CEFET/PE e todos os seus funcionários, pelo trabalho e pela oportunidade de crescimento pessoal e profissional, como também, por ter servido como tema da minha dissertação, e que, certamente, também lhe será útil.

(6)

A todos os colegas profissionais de Educação Física, minha formação acadêmica de graduação e especialização, concluída há 15 anos atrás, profissão esta que venho exercendo até o momento na minha vida e que me fez chegar até aqui.

A todos os trabalhadores deste país que tem que matar um leão por dia para sobreviver, lembrando que no momento que se transformar os pensamentos e as atitudes, aprendendo a se trabalhar melhor no coletivo, compreendendo-o e respeitando-o, de forma mais cooperativa e menos competitiva, os resultados alcançados por um grupo, por uma corporação ou qualquer outra instituição serão muito melhores.

(7)

AGRADECIMENTO

Agradeço a todas as pessoas que de uma forma mais significativa ou menos importante, em momentos difíceis ou sutis, pessoas de renome ou que ainda permanecem no anonimato, que por isso mesmo precisam da nossa emoção e do nosso apoio, e que a partir desta troca divina se criam e se recriam as histórias e a própria vida, agradeço a todas elas indiferentemente que acabaram por contribuir para que eu pudesse chegar até aqui, concluindo este mestrado.

(8)

RESUMO

Esta pesquisa tem por objetivo investigar como as empresas conveniadas com o Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco - CEFET/PE, avaliam o desempenho pessoal e profissional apresentado pelos egressos da instituição no ambiente de trabalho e a importância da participação geral desses trabalhadores no desenvolvimento das mesmas, a partir da percepção das suas chefias imediatas e tendo como referência a sua formação profissional. A pesquisa se propõe, ainda, investigar o nível de satisfação dos egressos com o processo de certificação profissional do CEFET/PE e a importância da instituição e da experiência adquirida através da prática profissional exercida no mercado de trabalho para o seu desenvolvimento pessoal e profissional. Tendo como base essas verificações e avaliações, pretendemos, portanto, analisar a contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição a partir dos egressos e na visão dos empresários, empresas estas localizadas na Região Metropolitana do Recife – RMR, aferindo ainda o nível de satisfação dos egressos com a certificação profissional obtida e a importância da instituição e do mercado de trabalho para o desenvolvimento dos egressos como um todo. A presente pesquisa parte do princípio de que o CEFET/PE, ao ser responsável pela oferta e pela promoção de Educação Profissional e Tecnológica – EPT, logo, por formação de capital humano e pela qualificação profissional de jovens trabalhadores que acabam por ingressar no mundo do trabalho em atendimento a demanda produtiva e como mão de obra qualificada que vem a ser requerida pelas empresas, se configura num centro de formação educacional e profissional de referência para o mercado de trabalho local.

(9)

ABSTRACT

The objective of this research is to investigate how the companies associated with the Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco (CEFET-PE) evaluate the personal and professional performances of the students who graduated from the CEFET and entered the workforce. Taking into account the professional development of the students and the viewpoint of their direct managers, the research focuses on the contribution of those students to the development of the companies associated with the CEFET. The research also investigates the level of satisfaction of the students certified by the CEFET-PE, the role of the Center, and the relevance of the work experience for their personal and professional development. This atudy is based on the fact that the CEFET-PE is an educational and professional training center for the local job market. In sum, the Center offers and promotes Professional and Technological Education and qualified labor force required by the job market.

(10)

LISTA DETABELAS

Tabela 1 – Pernambuco: Titulação dos docentes do CEFET/PE (Sede e Unidade de Pesqueira) Setembro/2007...38

Tabela 2 – Pernambuco: Progressão do número de vagas oferecidas pelo CEFET/PE e de inscrições no seu concurso

Setembro/2007...39

Tabela 3 – Pernambuco : Vagas oferecidas em 2007 para os Cursos Técnicos Seqüenciais e a concorrência no mesmo ano

Setembro/2007...40

Tabela 4 – Pernambuco: Vagas oferecidas em 2007 para os Cursos Técnicos Integrados e a concorrência no mesmo ano

Setembro/2007...41

Tabela 5 – Pernambuco: Vagas oferecidas em 2007 para os Cursos Tecnológicos de Nível Superior e a concorrência no mesmo ano

Setembro/2007...42

Tabela 6 – Pernambuco: Vagas oferecidas em 2007 para os cursos técnicos integrados do PROEJA e a concorrência no mesmo ano

Setembro/2007...43

Tabela 7 – Pernambuco: Questionários aplicados

Setembro/2007...67

Tabela 8 – Pernambuco: Caracterização das empresas, segundo o tamanho.

(11)

Tabela 9 – Pernambuco: Caracterização dos egressos quanto ao sexo

Setembro/2007...70

Tabela 10 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto a Certificação Profissional obtida Setembro/2007...72

Tabela 11 – Pernambuco: Indicadores aferidos quanto à avaliação das empresas sobre os egressos Setembro/2007...84

Tabela 12 - Indicador de Desempenho Pessoal – IDP1...86

Tabela 13 - Indicador de Desempenho Profissional – IDP 2...88

Tabela 14 - Indicador de Participação Geral – IPG...90

Tabela 15 – Pernambuco: Indicadores aferidos quanto à avaliação feita pelos egressos Setembro/2007...91

Tabela 16 – Grupo A: Indicador de Satisfação do Egresso – ISE...92

Tabela 17 - Grupo B: Indicador de Satisfação do Egresso – ISE...93

Tabela 18 – Grupo C: Indicador de Satisfação do Egresso - ISE...94

Tabela 19 – Indicador de Satisfação do Egresso – ISE...95

Tabela 20 - Indicador da Importância do CEFET/PE e da Experiência Profissional do Egresso – ICEPE...98

(12)

LISTA DE QUADROS E GRÁFICOS

Quadro 1 – Classificação do SEBRAE...63

Quadro 2 – Escala de referência para valores intermediários...64

Gráfico 1 – Pernambuco: Caracterização das empresas, segundo o ramo de atuação

Setembro/2007...69

Gráfico 2 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto à faixa etária

Setembro/2007...71

Gráfico 3 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao tempo de conclusão do curso

Setembro/2007...73

Gráfico 4 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto à rede de ensino anterior ao CEFET/PE

Setembro/2007...74

Gráfico 5 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao grau de escolaridade atual

Setembro/2007...75

Gráfico 6 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao tempo de trabalho na empresa atual

Setembro/2007...76

(13)

Gráfico 8 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao período de tempo para o 1º emprego

Setembro/2007...78

Gráfico 9 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto à empresa atual corresponder ao 1º emprego do egresso

Setembro/2007...78

Gráfico 10 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao número de empresas trabalhadas anteriormente

Setembro/2007...79

Gráfico 11 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao tempo de experiência profissional

Setembro/2007...80

Gráfico 12 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto à jornada de trabalho

Setembro/2007...81

Gráfico 13 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto ao nível de remuneração

Setembro/2007...82

Gráfico 14 – Pernambuco: Caracterização dos egressos, quanto à contratação dos egressos via CIEE

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LISTA DE SIGLAS

APL Arranjo Produtivo Local.

CEFET/PE Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco. CONFETEC Conferência Nacional de Educação Profissional e Tecnológica DEX/CIEE Diretoria de Extensão/Coordenação de Integração Escola Empresa. EAF’S Escolas Agrotécnicas Federais.

EPT Educação Profissional e Tecnológica.

FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. FUNDEB Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica. FUNDEF Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental.

ICEPE Indicador da Importância do CEFET/PE e da Experiência Profissional do Egresso.

IDP1 Indicador de Desempenho Pessoal do Egresso. IDP2 Indicador de Desempenho Profissional do Egresso. IFE Instituição Federal de Ensino.

INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. IPG Indicador da Participação Geral do Egresso.

(15)

PROEJA Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos, destinado a trabalhadores acima de 21 anos.

PROEP Programa de Expansão da Educação Profissional. RMR Região Metropolitana do Recife.

SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.

SETEC/MEC Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica/Ministério da Educação. Sistema S Senai, Senac, Sesi, Sesc, Sest, Senat, Senar, Sebrae, Sescoop.

UNED’S Unidades de Ensino Descentralizadas.

UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

(16)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 17

CAPÍTULO I 1 EDUCAÇÃO, QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL... 22

1.1 A EDUCAÇÃO COMO FATOR DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E SOCIAL ... 27

1.2 A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – EPT E A NECESSIDADE DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL... 31

CAPÍTULO II 2 O CEFET/PE, O ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS E O MERCADO DE TRABALHO ATUAL ... 37

2.1 A INSTITUIÇÃO E A REDE FEDERAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA... 46

2.2 A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS NO MERCADO DE TRABALHO E NAS EMPRESAS ... 49

CAPÍTULO III 3 OBJETIVOS E METODOLOGIA DO ESTUDO... 53

3.1 OBJETIVO GERAL... 53

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 53

3.3 METODOLOGIA... 55

3.3.1 Indicador de Desempenho Pessoal do Egresso – IDP1... 57

(17)

3.3.3 Indicador de Participação Geral do Egresso – IPG ... 58

3.3.4 Indicador de Satisfação do Egresso – ISE... 59

3.3.5 Indicador da Importância do CEFET/PE e da Experiência Profissional do

Egresso – ICEPE... 61

CAPÍTULO IV

4 ANÁLISES DOS RESULTADOS... 67

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA DE EMPRESAS ... 67 4.2 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA DE EGRESSOS ... 70 4.3 ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS PARA RESPONDER AOS OBJETIVOS DA PESQUISA QUANTO À AVALIAÇÃO FEITA PELAS EMPRESAS SOBRE OS

EGRESSOS ... 84

4.3.1 Resultados acerca dos aspectos que integram o Indicador de Desempenho Pessoal do Egresso – IDP1 e seu resultado final... 85

4.3.2 Resultados acerca dos aspectos que integram o Indicador de Desempenho

Profissional do Egresso – IDP2 e seu resultado final ... 87

4.3.3 Resultados acerca dos aspectos que integram o Indicador de Participação Geral do Egresso – IPG e seu resultado final ... 89

4.4 ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS PARA RESPONDER AOS OBJETIVOS DA PESQUISA QUANTO À AVALIAÇÃO FEITA PELOS EGRESSOS ... 91

4.4.1 Resultados acerca dos aspectos que integram o Indicador de Satisfação do

Egresso – ISE e seu resultado final ... 92

4.4.2 Resultados acerca do dos aspectos que integram o Indicador da Importância do CEFET/PE e da Experiência Profissional do Egresso – ICEPE e seu resultado final .. 96

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ... 100

(18)

APÊNDICE ... 108

APÊNDICE A - Ficha de dados cadastrais da empresa, da chefia imediata e do funcionário egresso do CEFET/PE a ser respondido pelo Departamento de Recursos Humanos da empresa conveniada ... 109

APÊNDICE B - Carta à chefia imediata do funcionário egresso do CEFET/PE... 111

APÊNDICE C – Questionário da chefia imediata do funcionário egreso do CEFET/PE .. 112

APÊNDICE D - Carta ao funcionário egresso do CEFET/PE ... 118

APÊNDICE E – Questionário do funcionário egresso do CEFET/PE...119

APÊNDICE F - Perguntas de qualificação e dados complementares do funcionário egresso do CEFET/PE. ... 128

ANEXO...131

(19)

INTRODUÇÃO

Este estudo nasce com o intuito de verificar como as empresas conveniadas com o Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco - CEFET/PE, responsável pela oferta de Educação Profissional e Tecnológica - EPT, avaliam o desempenho pessoal e profissional dos egressos da instituição no ambiente de trabalho e a importância da participação geral desses trabalhadores no desenvolvimento das mesmas, a partir da percepção das suas chefias imediatas e tendo como referência a sua formação profissional.

Este estudo também se propõe a investigar o nível de satisfação dos egressos com o processo de certificação profissional do CEFET/PE, além de avaliar a importância da instituição e da experiência adquirida através da prática profissional exercida no mercado de trabalho para o desenvolvimento pessoal e profissional dos egressos.

Para alcançar os objetivos acima explicitados foram levados em consideração, durante o transcorrer da pesquisa, três aspectos fundamentais que subsidiaram a análise da contribuição do CEFET/PE para o desenvolvimento das empresas conveniadas com a instituição. Dada a forte concentração espacial dos egressos do CEFET/PE, a pesquisa se concentrou na Região Metropolitana do Recife (RMR), visto que a maioria absoluta das empresas conveniadas nela se localiza.

Os dois primeiros aspectos considerados foram os Indicadores de Desempenho Pessoal e Profissional do Egresso, denominados neste trabalho de IDP1 e IDP2, referentes, respectivamente, aos desempenhos pessoais e profissionais apresentados pelos egressos do CEFET/PE no seu ambiente de trabalho. O terceiro aspecto considerado foi o Indicador da Participação Geral do Egresso, denominado neste trabalho de IPG, que diz respeito à importância da participação geral do egresso do CEFET/PE no desenvolvimento da empresa, tendo como referência a sua formação profissional.

Todos esses três indicadores foram obtidos através de um processo de avaliação de aspectos utilizados para a sua composição e cujo levantamento foi feito a partir da percepção das chefias imediatas dos egressos no ambiente de trabalho das empresas integrantes da amostra da pesquisa.

(20)

trabalho de ISE, enquanto que, para avaliar a importância do CEFET/PE e da experiência adquirida através da prática profissional exercida no mercado de trabalho para o desenvolvimento pessoal e profissional do egresso, foi obtido o Indicador da Importância do CEFET/PE e da Experiência Profissional do Egresso, denominado neste trabalho de ICEPE.

Esses dois indicadores foram obtidos através de um processo de avaliação de aspectos utilizados para a sua composição, levantamento este feito junto aos próprios egressos da instituição e realizado no ambiente de trabalho das empresas integrantes da amostra da pesquisa.

Portanto, o que se pretendeu foi realizar um processo de análise que contempla a avaliação das empresas sobre o CEFET/PE a partir dos egressos, e a avaliação dos egressos em relação à certificação profissional obtida e sobre a importância da instituição e da experiência profissional que tiveram para o seu desenvolvimento como um todo.

A verificação desses aspectos nos dará subsídio para analisar a contribuição do CEFET/PE, enquanto centro de formação e de qualificação profissional, para as empresas que contratam a mão de obra qualificada na instituição em atendimento a demanda produtiva requerida pelo mundo do trabalho, aferindo, ainda, a importância da instituição para os egressos que, ao concluir a sua certificação profissional, estão aptos a ingressar no mercado de trabalho, atestando deste modo o cumprimento pelo CEFET/PE(2006) da sua missão que é: “Promover a Educação Profissional e Tecnológica, através do ensino, pesquisa e extensão, visando a formação de cidadãos éticos, qualificados para o trabalho e socialmente responsáveis”.

É inquestionável a necessidade da expansão da escolaridade, de um modo geral, como elemento estratégico para o desenvolvimento socioeconômico e sustentável do país, bem como a expansão e a importância da qualidade da formação profissional que vem a ser oferecida aos jovens pelas instituições que tem essa missão, como por exemplo, as que promovem a EPT.

Neste caso, o papel do CEFET/PE é absolutamente fundamental considerando a carência do mercado de trabalho local por mão de obra especializada que atenda a crescente e a acelerada evolução tecnológica utilizada nos modernos processos de produção dominantes existentes no país.

Sobre a necessidade de um desenvolvimento equilibrado entre a oferta educacional e profissional em relação ao mundo do trabalho, e de suas distorções, Barros, Henriques e Mendonça (2002, p.16, grifo do autor) explicitam:

(21)

determinante do nível geral da desigualdade salarial observada no Brasil. A comparação internacional nos permite, ainda, reconhecer que essa heterogeneidade educacional aparenta responder, de forma significativa, pelo excesso de desigualdade do país em relação ao mundo industrializado. O processo de desenvolvimento econômico brasileiro nas últimas décadas, no entanto, reforça as conseqüências da heterogeneidade educacional no país. A acelerada expansão tecnológica brasileira, constitutiva de nosso propalado período de ‘milagre’ econômico, esteve sistematicamente associada a um lento processo de expansão educacional. O progresso tecnológico claramente venceu a corrida contra o sistema educacional. Vitória de Pirro, anunciando um triunfo perverso da sociedade brasileira.

O que se espera é que a oferta educacional e o processo de profissionalização no Brasil melhorem com o passar do tempo, objetivando elevar o padrão de desenvolvimento do país como um todo e, assim, mantendo-o nos níveis dos países típicos de desenvolvimento similar ao nosso, e se possível, ultrapassando-os para alcançar os padrões de desenvolvimento dos países mais desenvolvidos do mundo.

É nesta perspectiva que esta pesquisa se realizou, ou seja, buscando avaliar os desempenhos e a participação dos egressos do CEFET/PE nas empresas conveniadas com a instituição e identificando a importância da qualificação profissional que os egressos tiveram e da experiência profissional adquirida no mercado de trabalho para o seu desenvolvimento pessoal e profissional.

A dissertação está estruturada em cinco capítulos, além desta introdução.

No primeiro capítulo, abordamos a importância da educação como fator de desenvolvimento humano e social, bem como da necessidade da qualificação profissional para o desenvolvimento sustentável do país, particularmente, quanto ao fomento e à promoção da Educação Profissional e Tecnológica - EPT.

No segundo capítulo, apresentamos o CEFET/PE e a importância do acompanhamento de egressos no mercado de trabalho e nas empresas como forma de monitorar os egressos frente às necessidades profissionais e tecnológicas do mercado de trabalho atual, objetivando alimentar permanentemente a instituição com essas informações, e deste modo, atualizar o processo de certificação profissional e a estruturação dos currículos de formação dos cursos oferecidos. Neste capítulo, ainda, analisamos a realidade do mercado de trabalho atual e contextualizamos o mundo do trabalho contemporâneo.

(22)

No quarto capítulo, são feitas as análises dos resultados obtidos.

No quinto capítulo, apresentam-se as conclusões e as recomendações finais. Por fim, são apresentados as referências, os apêndices e anexos utilizados.

(23)
(24)

1 EDUCAÇÃO, QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

As evidências relativas aos índices de crescimento econômico e desenvolvimento social daqueles países que investiram fortemente em educação básica, bem como em ciência e tecnologia como forma de qualificar a sua população e de enfrentar os desafios desse novo momento mundial em curso caracterizado pela globalização, estão claramente presentes nos casos de países como a Coréia, Irlanda, Austrália, Japão, China e Índia.

As conseqüências positivas advindas dos investimentos feitos em educação uma, duas e até três décadas atrás, foram à mola propulsora para o crescimento econômico e para o desenvolvimento social desses países. Esses resultados positivos podem ser constatados através dos seus atuais indicadores educacionais, econômicos e sociais, bem como na forma como esse retorno está ocorrendo.

Segundo Pereira (2001, p.11-12), os investimentos em educação são responsáveis por conseqüências positivas tanto para os indivíduos quanto para a sociedade. Ele explica essa questão afirmando:

Os investimentos em educação resultam em dois tipos de efeitos: sociais e privados. Os efeitos sociais são as externalidades decorrentes da educação de um indivíduo que compreendem um vasto número de indicadores socioeconômicos de uma sociedade. Por sua vez, os efeitos privados de uma elevação do nível de educação são os impactos exclusivamente sobre os indivíduos resultantes de um aumento da sua capacidade produtiva e de um melhor estoque de qualificações que, mesmo sendo gerais, os posicionam em situação privilegiada em relação àqueles que não as obtiveram. Estes impactos correspondem ao aumento salarial decorrente da maior produtividade e de uma melhor capacidade de adaptação ao meio em que vive, face [às] constantes e aceleradas mutações técnicas, econômicas e sociais. Exemplo disso, é o reconhecimento por parte do meio empresarial [de] que as pessoas com maior nível de escolaridade podem ser treinadas com menor custo. Há ainda uma série de efeitos de natureza privada, como o aumento da Qualidade de vida advindo de uma utilização mais eficiente dos recursos familiares e da melhor compreensão das informações sobre saúde, nutrição, etc., que dentre outros impactos, podem, num segundo momento, reduzir o tamanho da família e diminuir o tamanho da pobreza.

(25)

ensino médio, que teve como desafio à melhoria na eficiência, na qualidade e na equidade dos sistemas educacionais. (VELOSO; ALBUQUERQUE; SOUZA, et al., 1999).

Puderam ser observadas muitas mudanças no campo educacional, tendo como base legal a Constituição Federal promulgada em 1988, que dedicou um capítulo específico à educação, e, dentre os quais podem ser citados: o processo de descentralização, a vinculação de recursos financeiros específicos, a colaboração entre união, estados e municípios e a democratização da gestão em todos os níveis de organização dos sistemas educacionais. (MELO, 2004).

No bojo dessas mudanças no âmbito educacional foi possível, então, criar uma lei complementar, específica para a educação e com características mais inovadoras, que foi a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, Lei 9.394/96 (Lei Darcy Ribeiro), que acabou por representar um marco e uma diretriz concreta para a implementação dessas novas concepções pedagógicas da educação que estavam emergindo naquele momento e que tiveram como finalidade manter uma maior sintonia com as demandas da sociedade contemporânea.

Um outro instrumento indutor da recente reforma educacional brasileira foi à criação do FUNDEF – Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental, mecanismo de redistribuição do financiamento do Ensino Fundamental para viabilizar a gestão educacional e induzir a cooperação entre as três esferas federativas, como também, mais recentemente, a criação do FUNDEB – Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica, que amplia o FUNDEF na medida que tem como meta financiar toda a Educação Básica, que inclui tanto o ensino fundamental como o ensino médio, já tendo sido, inclusive, regulamentado, sancionado e está em vias de implantação.

Além disso, em 2001, sob a coordenação do INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, e, por intermédio do convênio NUPES-USP/UNESCO, foi elaborado o Plano Nacional de Educação, para atender aos dispositivos legais em vigor, inclusive, com a conseqüente elaboração dos planos estaduais e municipais de educação, e ainda, a criação dos conselhos estaduais e municipais de educação, com representantes da sociedade civil e do poder público, com o objetivo de fiscalizar e operacionalizar as novas diretrizes da educação brasileira que precisam ser implementadas, a partir dos objetivos e das metas educacionais que acabavam de ser estabelecidas naquele momento para as décadas seguintes.

(26)

“diretrizes e metas para os dez anos seguintes, em sintonia com a Declaração Mundial de Educação para Todos”.

Naquela altura, portanto, estabeleceu-se o compromisso de fiscalizar a aplicação dos recursos financeiros repassados pelo Ministério da Educação, para estados, municípios e entidades da sociedade civil responsáveis por gerir todos os programas no âmbito da educação, dentre os quais podem ser citados: a merenda escolar, os livros didáticos, o transporte de alunos e o programa Brasil alfabetizado, entre outros, recursos esses advindos do FUNDEF e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE.

Entretanto, apesar de todos esses avanços, os indicadores relativamente à educação brasileira ainda são insatisfatórios frente à necessidade do país, bem como comparativamente a realidade atual de outros países da comunidade internacional, e principalmente, quanto à necessidade de o Brasil melhorar seu crescimento econômico, gerando desenvolvimento social sustentável e qualidade de vida para a sua população.

Segundo dados da UNESCO (2006), apesar dos grandes investimentos realizados em educação no Brasil o resultado ainda é precário. Observa-se que 72% das crianças de até seis anos não freqüentam creche ou pré-escola e 47 milhões de pessoas acima de 15 anos não conseguem ler e escrever satisfatoriamente. Além disso, apenas 59 de cada 100 alunos que entram na escola concluem seus estudos, apenas quatro em cada 10 estudantes terminam o ensino médio, e ainda, 45% dos alunos do ensino fundamental não tem acesso à biblioteca e 62% não tem acesso à quadra de esportes.

As evidências disponíveis indicam que o problema não reside apenas no acesso de um modo geral, mas também na qualidade da educação que é oferecida em todos os níveis de ensino.

O desafio para esta década, portanto, é dar continuidade ao processo de afirmação e a melhoria da educação brasileira como um todo, ampliando as conquistas alcançadas até aqui e buscando elevar a qualidade da educação oferecida em todos os níveis, objetivando melhorar os indicadores educacionais do país.

(27)

Vale ressaltar que a educação básica deve representar o objetivo central de todo processo de qualificação profissional. Considerando dados de 1990, Vieira e Alves (1995, p. 5-6, grifo do autor), concluem que há pelo menos duas questões importantes a serem tratadas. A primeira diz respeito à qualificação geral do trabalhador que por essa época era bastante reduzida. A segunda diz respeito à inadequação dos cursos profissionais para o mercado de trabalho, cursos estes ministrados para trabalhadores cuja qualificação geral já era reduzida. Nas palavras dos autores:

Os dados sobre o grau de instrução da força de trabalho não são nada animadores. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – 1990 (PNAD/90), 53% da força de trabalho, cerca de 33 milhões de trabalhadores, [tinham] até cinco anos de estudo: segundo análises internacionais, são necessários pelo menos oito anos para se obter os conhecimentos mínimos que possibilitam a eficácia de treinamentos específicos. O país tem, portanto, um enorme obstáculo a vencer: o de qualificar em tempo coerente com as necessidades, os trabalhadores, para assegurar-lhes empregos de qualidade e garantir o sucesso do processo de modernização produtiva. Essa tarefa esbarra na superação dos seguintes pontos de estrangulamento: 1. Os baixos níveis de escolaridade dos trabalhadores; 2. O grande número de jovens egressos a cada ano, do sistema educacional, com preparo inadequado para enfrentar as exigências do mercado de trabalho; 3. A desatualização e ineficiência do sistema de formação profissional para atender com rapidez às mudanças tecnológicas e gerenciais; 4. A inexistência de metodologias (já testadas) de ensino adequadas as novas necessidades do setor produtivo e ao perfil educacional desejado do trabalhador; e por último, 5. A inexistência do componente de qualificação profissional na política pública de combate ao desemprego. Essa realidade acarreta desperdício macroeconômico dos investimentos, devido à má utilização ou sub-utilização da tecnologia instalada e a incapacidade do trabalhador de adequar-se às modernas técnicas de gestão dado seu baixo nível de escolaridade .

É fato que a sociedade brasileira dedicou um grande esforço no sentido de melhorar os níveis de educação básica nas últimas décadas no país e, com efeito logrou-se resultado positivo. No entanto, informações sobre a qualidade e a efetividade dos cursos profissionalizantes, ainda deixam a desejar.

(28)

Todo este processo, que vai da educação básica ao ensino superior, passando pelo campo da Educação Profissional e Tecnológica - EPT, tem como meta oferecer as condições necessárias ao estudante e ao futuro trabalhador para incluir-se profissional e socialmente, permitindo-o contribuir com a sua capacidade intelectual e produtiva para o desenvolvimento sustentável do país.

Para que isto ocorra, porém, é necessário que haja investimentos significativos e efetivos no âmbito da Educação, de um modo geral, e da Educação Profissional e Tecnológica - EPT, em particular, como forma de qualificar seus jovens trabalhadores, bem como toda a mão de obra que hoje está à margem do mercado de trabalho, logo, defasada perante os avanços tecnológicos atuais e, portanto, necessitando de um programa de inclusão profissional e re-inserção produtiva.

Considerando as evidências disponíveis que apontam para a necessidade do país em oferecer uma base educacional e uma formação profissional de qualidade com o objetivo de atender as demandas do mundo do trabalho com geração de emprego e renda, observa-se hoje um esforço do governo federal no sentido de implementar um conjunto de políticas públicas que impulsione o crescimento econômico e promova desenvolvimento social e sustentável no Brasil, e dentre elas pode-se citar o Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, e, no âmbito da Educação, o Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, através dos quais pretende melhorar os dados relativos à educação e aos indicadores sociais no País.

Uma outra possibilidade de se gerar crescimento econômico e desenvolvimento social sustentável com geração de emprego e renda é a valorização e o incentivo aos arranjos produtivos locais - APL’S, ou clusters, que reconhecem o conhecimento, a força de trabalho, a cultura e as

potencialidades regionais nos processos de produção de bens e serviços, seguindo na direção da descentralização produtiva que cria um ambiente econômico favorável ao desenvolvimento de determinadas atividades econômicas. (ALMEIDA, et al, 2003)

Em suma, todo esse processo que vai da escolarização básica, passando pela qualificação profissional dos trabalhadores e sua inclusão profissional no mundo do trabalho, refere-se a um fenômeno que se denomina de circulo virtuoso de desenvolvimento sustentável, que é conseqüência da efetividade no cumprimento das seguintes etapas:

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b) a inclusão profissional desses trabalhadores no mercado de trabalho em atendimento a demanda produtiva requerida pelo mercado de trabalho;

c) o fortalecimento das instituições, públicas e privadas, através da melhoria da qualidade dos desempenhos dos seus funcionários;

d) a conseqüente melhora na prestação dos serviços e nos produtos oferecidos à sociedade de um modo geral pelas empresas;

e) a abertura de novas vagas de trabalho e contratações a partir do processo de crescimento, desenvolvimento e expansão das empresas, tendo como premissa à melhoria no ambiente macro-econômico do país;

f) os conseqüentes ganhos econômicos para as empresas e para os trabalhadores empregados, derivados de todo esse processo;

g) o aumento na arrecadação tributária e na receita do estado e da região, através do aumento dos impostos pagos pelas empresas e pelos seus funcionários.

Por conseguinte, é a geração de um ambiente favorável ao crescimento econômico e ao desenvolvimento social do país, decorrente desses fatores e proveniente, ainda, do aumento na capacidade de investimentos que permitirão à melhoria da qualidade na prestação dos serviços públicos essenciais oferecidos à população, bem como a realimentação dessa grande cadeia produtiva, que acaba por consolidar o desenvolvimento sustentável local, regional e nacional.

1.1 A EDUCAÇÃO COMO FATOR DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E SOCIAL

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Segundo o autor, investir em capital humano gera, conseqüentemente, crescimento econômico, desenvolvimento social e qualidade de vida para a população.

Schultz (1973, p.31-32, grifo do autor), a cerca das conseqüências do investimento em capital humano, esclarece, dizendo que:

Embora seja óbvio que as pessoas adquiram capacidades úteis e conhecimentos, não é óbvio que essas capacidades e esses conhecimentos sejam uma forma de capital, que esse capital seja, em parte substancial, um produto do investimento deliberado, que tem-se desenvolvido no seio das sociedades ocidentais a um índice muito mais rápido do que o capital convencional (não-humano), e que o seu crescimento pode muito bem ser a característica mais singular do sistema econômico. Observou-se amplamente que os aumentos ocorridos na produção nacional têm sido amplamente comparados aos acréscimos de terra, de homens-hora e de capital físico reproduzível. O investimento do capital humano talvez seja a explicação mais consentânea para esta assinalada diferença. Muito daquilo a que damos o nome de consumo constitui investimento em capital humano. Os gastos diretos com a educação, com a saúde e com a migração interna para a consecução de vantagens oferecidas por melhores empregos são exemplo claros. Os rendimentos auferidos, por destinação prévia, por estudantes amadurecidos que vão à escola e por trabalhadores que se propõem a adquirir um treinamento no local de trabalho são igualmente claros exemplos. Não obstante, em lugar algum tais fatores entram nos registros contábeis nacionais. A utilização do tempo de lazer para a melhoria de capacidades técnicas e de conhecimentos é um fato amplamente difundido e, também isto, não se acha registrado. Por estas e outras maneiras, a qualidade do esforço

humano pode ser grandemente ampliada e melhorada e a sua produtividade incrementada. Sustentarei que um investimento desta espécie é o responsável pela maior parte do impressionante crescimento dos rendimentos reais por trabalhador.

Sem embargo, a necessidade de se articular a formação educacional e a qualificação profissional em consonância com as novas tecnologias disponíveis com a finalidade de inserir-se bem no mundo atual globalizado, pode ser corroborada por Gates (1995), que afirma que a educação é sem dúvida o melhor investimento que uma sociedade pode realizar, principalmente, se for oferecida de forma integrada aos recursos tecnológicos hoje acessíveis.

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Ainda segundo Gates (1995), a utilização dos recursos tecnológicos disponíveis nos dias atuais e que estão em permanente aperfeiçoamento é fundamental para impulsionar o desenvolvimento mundial em geral, e pode ser muito útil no processo de educação de toda a população do planeta, contribuindo para a elevação dos padrões educacionais de todas as gerações atuais e futuras.

Portanto, é fundamental que se articulem ao processo de escolarização, da educação básica ao ensino superior, e principalmente, quanto à Educação Profissional e Tecnológica, os recursos tecnológicos hoje disponíveis, para que se potencialize a aprendizagem e se melhore o nível das certificações profissionais oferecidas pelas instituições.

Entretanto, relativamente ao estágio atual do processo de escolarização dos jovens no Brasil, Soares, Carvalho e Kipnis (2003, p.1-2), constatam um quadro ainda insatisfatório, considerando que o país chegou no ano de 2000 com mais de 34 milhões de jovens entre 15 e 24 anos, porém, embora o índice de analfabetismo entre os jovens de 14 a 24 anos tenha sido reduzido de 15,7% para 5,8% entre 1980 e 2000, predominam ainda, na faixa entre 20 e 24 anos, 54,8% de jovens sem escolarização fundamental.

Segundo os autores:

Apesar dos avanços na escolaridade da população brasileira, observa-se que os esforços são prioritariamente direcionados para a população matriculada e/ou em idade escolar compulsória e, dentre essas, o público-alvo do ensino fundamental. A população evadida, a população sem a escolarização fundamental ou média, mesmo que ainda na faixa da escolarização compulsória, não tem sido mobilizada de forma preferencial por meio de campanhas de re-inclusão na vida escolar, através de alternativas escolares mais apropriadas para este segmento. A maioria dos jovens brasileiros, na faixa etária entre 15 e 24 anos, experimenta hoje o pior dos mundos: nem se escolarizou de forma satisfatória para atender aos requisitos das inovações aceleradas, nem conta com possibilidades compensatórias de emprego no mercado de trabalho para suprir suas necessidades de expansão de conhecimentos e de preparação para o mundo do trabalho. Considerando os avanços de cobertura, particularmente, no ensino fundamental, conseguidos na última década, os futuros jovens adultos provavelmente terão oportunidades educacionais maiores que os atuais. Entretanto, os que são hoje jovens possivelmente carregarão por toda a vida, como traço geracional, esse drama pessoal.

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trabalho contemporâneo, que exige um bom nível de escolarização para a inserção e a permanência desses jovens no mercado de trabalho.

Observa-se ainda que, relativamente à educação como fator de desenvolvimento humano e social, existe uma forte relação entre os investimentos feitos no âmbito educacional e o desenvolvimento sócio-econômico dos países, que é corroborado por Barros, Henrique e Mendonça (2002, p.1, grifo do autor), que afirma que:

A sustentabilidade do desenvolvimento socioeconômico está diretamente associada à velocidade e à continuidade do processo de expansão educacional. Essa relação direta se estabelece a partir de duas vias de transmissão distintas. Por um lado, a expansão educacional aumenta a produtividade do trabalho, contribuindo para o crescimento econômico, o aumento de salários e a diminuição da pobreza. Por outro, a expansão educacional promove maior igualdade e mobilidade social, na medida em que a condição de ‘ativo não-transferível’ faz da educação um ativo de distribuição mais fácil do que a maioria dos ativos físicos. Além disso, devemos observar que a educação é um ativo que pode ser reproduzido e geralmente é ofertado à população pobre por intermédio da esfera pública. Essas duas vias de transmissão, portanto, tornam transparente que, do ponto de vista econômico, a expansão educacional é essencial para fomentar o crescimento econômico e reduzir a desigualdade e a pobreza.

Portanto, torna-se indispensável investir fortemente em educação como forma de gerar crescimento econômico, desenvolvimento social e, principalmente, distribuição de renda para a população, já que existem grandes desigualdades e disparidades inter-regionais no país.

Quanto ao papel da educação na diminuição dessas desigualdades sociais no Brasil, Vergolino, et al., (2004) afirmam que a educação tem uma grande participação na aceleração do processo de convergência das rendas per capita e no crescimento econômico das microrregiões

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1.2 A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – EPT E A NECESSIDADE DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

A literatura que trata da análise dos investimentos em educação no país mostra que a Educação Profissional surgiu no Brasil no início do século XIX com a criação do Colégio das Fábricas pelo Príncipe Regente, futuro D. João VI, após a suspensão da proibição no funcionamento das indústrias manufatureiras do país.

Durante o século dezenove foram construídas dez casas de educandos e artífices nas capitais de província, bem como foram criadas sociedades civis para amparo de crianças órfãs e abandonadas, tendo sido as mais importantes os Liceus de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro(1858), Salvador(1872), Recife(1880), São Paulo(1882), Maceió(1884) e Ouro Preto(1886). Além disso, foi criado o tradicional Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, em 1837, para ministrar o ensino secundário regular e servir de referência para os demais estabelecimentos de ensino da época.

No início do século XX, em 1909, o então Presidente Nilo Peçanha implantava 19 Escolas de Aprendizes Artífices destinadas a ministrar o ensino profissional primário gratuito, preferencialmente para os meninos pobres e humildes, em cada uma das capitais dos estados brasileiros. Eram escolas similares aos Liceus de Artes e Ofícios, porém voltadas para o ensino industrial.

Nas décadas de 30 e 40, através da chamada “Reforma Francisco Campos” foi regulamentada a organização do ensino primário, do ensino secundário, do ensino agrícola e do ensino profissional comercial, através das suas respectivas leis orgânicas, bem como, as escolas de aprendizes artífices passaram a ser denominadas de Liceus Industriais, através do decreto-lei n° 4.073, de 30 de janeiro de 1942, chamada de Lei Orgânica do Ensino Industrial, através do qual os Liceus Industriais vieram a se modificar completamente, passando a oferecer o ensino médio e aos poucos foram se integrando como instituições abertas a todas as classes sociais.

Nesta época foram criadas, ainda, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI, em 1942 e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC, em 1946.

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reorganização de todos os países e da reestruturação da economia mundial após a segunda grande guerra. Portanto, o ensino industrial se integrou completamente ao processo de industrialização do país que perdurou pelas décadas seguintes.

Na década de 60 os estabelecimentos de ensino industrial recebem a denominação de Escolas Técnicas Federais. Já na década de 70, através da Lei Federal nº 5.692/71, ocorre um processo de expansão na profissionalização de jovens no nível de ensino do então chamado segundo grau, hoje, ensino médio, como também, começam a ocorrer às primeiras mudanças das Escolas Técnicas Federais para Centros Federais de Educação Tecnológica, tendo sido os três primeiros do país, os estados de Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro.

Nas décadas de oitenta e noventa, a partir da Constituição Federal de 1988 que dedicou um capítulo específico à Educação, e através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, Lei 9394/96 (Lei Darcy Ribeiro), que tratou a Educação a partir da sua especificidade e com exclusividade, é que a Educação Profissional começou a ser mais bem discutida na sociedade brasileira a partir da configuração da identidade do ensino médio como uma etapa de consolidação da educação básica, através da qual objetivava-se preparar o educando para o trabalho e para a cidadania.

Nesse período, portanto, a Educação Profissional e Tecnológica começou a se fortalecer e a se configurar numa modalidade de ensino fundamental para o desenvolvimento nacional, perante, inclusive, a necessidade do país de se integrar à nova ordem mundial que começava a se caracterizar, tendo como cenário a globalização, tendo sido, assim, regulamentada de forma preliminar.

Em 1997, através do Decreto Federal 2.208/97, a Educação Profissional e Tecnológica teve, enfim, seu marco legal regulamentado e estabelecido através de legislação específica, com a posterior criação do Programa de Expansão da Educação Profissional - PROEP.

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De fato, ao longo desses dois séculos de existência, a Educação Profissional e Tecnológica no Brasil foi se aperfeiçoando e se ajustando à necessidade do país e a conjuntura internacional, fruto, inclusive, da transformação da sociedade brasileira, da melhoria do ensino profissionalizante e tecnológico, bem como das novas demandas do mundo do trabalho contemporâneo que requereram melhorias nessa modalidade de ensino.

Na realidade, todo esse processo de mudanças recentes no âmbito da EPT vem ocorrendo em função da necessidade atual do país de expansão dessa modalidade de ensino, já que ela faz parte de um grande esforço nacional e de uma ação estratégica voltada para um projeto nacional de desenvolvimento sustentável. Este projeto tem como meta à elevação do nível de qualificação profissional dos jovens adultos trabalhadores, objetivando atender a demanda produtiva do mercado de trabalho local, regional e nacional, promovendo a inclusão profissional e a geração de renda.

Existem inúmeras instituições e entidades da sociedade que ao longo da evolução da EPT, concomitantemente ao desenvolvimento do país, ofertaram e continuam a promover a profissionalização de jovens e adultos visando seu ingresso no mundo do trabalho. Instituições públicas e privadas, integrantes de redes de ensino públicas e privadas, na esfera municipal, estadual e federal, devidamente reconhecidas e habilitadas vêm implementando seus projetos institucionais voltados à promoção e ao desenvolvimento da EPT.

Dentre elas pode-se citar as instituições que integram o sistema S, bem como as demais instituições que exerceram e continuam a ter grande contribuição na qualificação profissional dos jovens e dos trabalhadores de um modo geral, seja em nível regional ou nacional, instituições estas de caráter técnico, tecnológico e agrícola.

No âmbito do estado de Pernambuco, nomeadamente, pode-se citar, ainda, as tradicionais Escolas Técnicas Professor Agamenon Magalhães e Almirante Soares Dutra, como também, as Escolas Técnicas Agrícolas de Bezerros, Escada, Palmares e do Pajeú.

Relativamente à oferta de formação profissional orientada pelas instituições de Educação Profissional e Tecnológica ematendimento à demanda do mundo do trabalho, Castro (2003, p. 30-31, grifo do autor), afirma que:

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profissionais qualificados. Agora é hora de retroceder e de fazer com que a oferta da formação profissional seja determinada pela demanda. Este princípio tem, entretanto, seus riscos inerentes. Ele pode levar-nos a esquecer tanto dos limites de uma política baseada unicamente na demanda, quanto da necessidade de se olhar dentro da ‘caixa preta’ da formação profissional.

A Educação Profissional e Tecnológica, portanto, tem nos dias atuais um papel muito importante, tornando-se uma necessidade urgente e uma ação estratégica objetivando desenvolver o país nos mais diversos setores produtivos, porém é necessário que ela seja oferecida de forma adequada e compatível com as demandas do mercado de trabalho atual, cada vez mais especializado e exigente.

A qualificação profissional através da EPT integra, portanto, um programa nacional de qualificação profissional, bem como a formação profissional oferecida pelo CEFET/PE tem como meta atender a demanda produtiva local, ou seja, do estado de Pernambuco, conjuntamente com as demais instituições na esfera estadual e no âmbito regional que oferecem essa modalidade de ensino voltada para o trabalho e para a cidadania.

Vale salientar que o estado de Pernambuco está vivendo um momento histórico particular, considerando a implantação de novos e grades investimentos estruturadores, como a Refinaria de Petróleo, o Estaleiro, o Pólo de Poliéster, o Pólo Fármaco-Químico, a Hemobrás, o Pólo Têxtil, o Porto Digital, dentre outros projetos que geram grande impacto na infra-estrutura social e de serviços, provocando expansão da produção, do emprego e da renda na economia do estado.

Esses investimentos deverão ter como conseqüência um impacto muito positivo sobre os mais diversos setores produtivos e as cadeias produtivas já existentes, bem como sobre as novas cadeias que poderão emergir a partir deles. Estes são alguns dos exemplos dos benefícios e das novas oportunidades profissionais que são projetadas a partir do novo conjunto de demandas setoriais e da nova estrutura econômica do estado com a concretização desses grandes projetos, que por sua vez irão gerar grande demanda por mão de obra qualificada.

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São inegáveis a importância e a participação de todas as instituições de ensino no âmbito da EPT no estado de Pernambuco e no País, seja no que se refere ao próprio desenvolvimento do ensino profissionalizante e de sua contribuição na qualificação profissional dos jovens e dos trabalhadores de um modo geral, seja no que se refere à contribuição que vem sendo dada por elas, pelos seus docentes e pelos seus egressos para o desenvolvimento regional e nacional.

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2 O CEFET/PE, O ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS E O MERCADO DE TRABALHO ATUAL

O CEFET/PE é uma Instituição Federal de Ensino – IFE e uma Autarquia Federal que integra a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e como tal está vinculada ao Ministério da Educação - MEC e é supervisionada pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – SETEC.

A instituição foi criada em 23 de setembro de 1909, através do decreto nº 7566, a partir do qual o Presidente Nilo Peçanha fez surgir em cada uma das capitais dos estados do Brasil uma escola de aprendizes artífices, iniciando suas atividades em 16 de fevereiro de 1910 no edifício da escola de aprendizes artífices, situado no bairro do Derby, na cidade do Recife.

A então “Escola de Aprendizes Artífices”, com as denominações sucessivas de “Liceu Industrial de Pernambuco”, “Escola Técnica do Recife”, “Escola Técnica Federal de Pernambuco” e agora “Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco”, ao longo da sua existência, vem procurando servir à região através do cumprimento de sua missão no âmbito do ensino profissional e tecnológico perante a sociedade.

A antiga Escola Técnica Federal de Pernambuco – ETFPE passou a funcionar na nova sede em 17 de janeiro de 1983, situada na Av. Prof. Luis de Barros Freire, nº 500 – Bairro do Curado. A sede atual está implantada num terreno de 130.000m², com área construída de 16.000m².

Em 22 de dezembro de 1998, a ETFPE veio a se tornar Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco - CEFET/PE, em adequação as mudanças que estavam ocorrendo no âmbito da EPT no país, particularmente quanto à transformação das Escolas Técnicas Federais em CEFET’S, adequando o seu organograma a esta nova realidade em abril de 1999.

O CEFET/PE além da sua sede, conta com a unidade de Pesqueira, na cidade de Pesqueira/PE, em funcionamento, e com a unidade de Ipojuca, localizada no litoral sul de Pernambuco, em vias de implantação e funcionamento.

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Relativamente aos docentes do CEFET/PE, incluindo a sede e a unidade de pesqueira, verifica-se a seguinte distribuição quanto à titulação dos seus respectivos professores:

Tabela 1 – Pernambuco: Titulação dos docentes do CEFET/PE (Sede e Unidade de Pesqueira) Setembro/2007

Titulação N

Doutores 26

Mestres 140

Especialistas 201

Graduados 74

Professores com Formação de nível Técnico 10 Fonte: Coordenação de Seleção e Desenvolvimento de Pessoal - CSDP/CEFET/PE.

Para o ingresso dos alunos na instituição é necessário que os candidatos se submetam e sejam aprovados em processo seletivo que o CEFET/PE realiza todos os anos, com a finalidade do preenchimento das vagas disponíveis nas modalidades de ensino e nos cursos que são oferecidos.

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Tabela 2 – Pernambuco: Progressão do número de vagas oferecidas pelo CEFET/PE e de inscrições no seu concurso

Setembro/2007

Ano Número de vagas Número de inscritos

2004 1.487 9.487

2005 1.871 13.386

2006 2.080 20.705

2007 2.120 25.290

Fonte: Comissão de Concurso/CEFET/PE

O CEFET/PE atualmente oferece cursos de formação e de qualificação profissional em quatro modalidades de ensino. Os Cursos Técnicos na modalidade Seqüencial e Integrado, os Cursos Superiores Tecnológicos e os Cursos Técnicos Integrados do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos - Proeja.

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Tabela 3 – Pernambuco: Vagas oferecidas em 2007 para os Cursos Técnicos Seqüenciais e a concorrência no mesmo ano

Setembro/2007

Cursos Técnicos Seqüenciais Vagas oferecidas em 2007 Relação candidatos por vaga

Segurança do Trabalho 88 34,0

Telecomunicações 88 20,4

Química Industrial 96 16,6

Turismo 66 13,6

Eletrônica 68 13,1

Mecânica 128 12,6

Eletrotécnica 192 11,5

Saneamento Ambiental 138 5,7

Edificações 204 5,3

Refrigeração 108 4,6

Fonte: Comissão de concurso/CEFET/PE

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Tabela 4 – Pernambuco: Vagas oferecidas em 2007 para os Cursos Técnicos Integrados e a concorrência no mesmo ano

Setembro/2007

Cursos Técnicos Integrados Vagas oferecidas em 2007 Relação candidatos por vaga

Segurança do Trabalho 76 21,1

Eletrotécnica 80 12,8

Química industrial 80 11,4

Edificações 40 11,3

Saneamento Ambiental 40 9,9

Eletrônica 120 7,2

Mecânica 120 6,5

Fonte: Comissão de concurso/CEFET/PE.

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Tabela 5 – Pernambuco: Vagas oferecidas em 2007 para os Cursos Tecnológicos de Nível Superior e a concorrência no mesmo ano

Setembro/2007

Cursos Tecnológicos Superiores Vagas oferecidas em 2007 Relação candidatos por vaga

Design Gráfico 40 29,6

Análise e Desenvolvimento de Sistemas

40 19,6

Radiologia 40 18,3

Gestão Ambiental 80 10,9

Gestão de Turismo 80 6,6

Fonte: Comissão de concurso/CEFET/PE

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Tabela 6 – Pernambuco: Vagas oferecidas em 2007 para os cursos técnicos integrados do PROEJA e a concorrência no mesmo ano

Setembro/2007

Cursos Integrados do PROEJA Vagas oferecidas em 2007 Relação candidatos por vaga

Eletrotécnica 36 11,6

Mecânica 36 7,1

Refrigeração 36 4,1

Fonte: Comissão de concurso/CEFET/PE

O CEFET/PE dispõe, ainda, de uma diretoria e de uma coordenação que são responsáveis pela integração e articulação da instituição com o mercado de trabalho e com as empresas conveniadas, que são a Diretoria de Extensão – DEX e a Coordenação de Integração Escola Empresa - CIEE.

A DEX e o CIEE são responsáveis pelos convênios estabelecidos entre as empresas e o CEFET/PE, objetivando encaminhar os alunos da instituição para as empresas que ofertam estágios e empregos.

A palavra egresso é originária do latim, e compõe-se de “gressus” que significa “passo”

e “e” que indica “saída, para fora”. Portanto, “e-gresso” é todo aquele que está dando um passo para fora ou saindo de uma instituição.

O egresso, portanto, é considerado todo aquele que efetivamente concluiu as disciplinas regulares com as suas respectivas cargas horárias, bem como realizou o estágio curricular, tornando-se apto a receber o diploma de conclusão do curso e, assim, está com a sua certificação profissional concluída.

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que oferecem, as novas demandas de conhecimento advindas do mercado de trabalho e as inovações tecnológicas que vão sendo implementadas nas empresas.

Portanto, o egresso acaba por tornar-se uma fonte de informações indispensável para manter o intercâmbio e a sintonia entre a instituição responsável pela certificação profissional e o mundo do trabalho em permanente modernização e aperfeiçoamento.

O processo de acompanhamento de egressos de uma instituição torna-se importante, ainda, por permitir identificar, acompanhar, controlar e avaliar a atuação e os desempenhos dos trabalhadores nas empresas, obtendo elementos para diagnosticar a qualidade do ensino e da formação profissional que obtiveram, e deste modo, poder prestar cada vez melhor os seus serviços educacionais e profissionais para com a sociedade. Ou seja, o acompanhamento dos egressos permite avaliar e aprimorar a eficiência da instituição na qualificação de trabalhadores.

Sobre a importância de uma boa interação escola-empresa através do processo de acompanhamento de egressos, como mecanismo para a melhoria da formação profissional oferecida pela instituição, Machado (2001, p.13), afirma que:

A importância está na qualidade e na diversidade de informações, proveniente dos egressos e das empresas, que o acompanhamento de egressos fornece à instituição sobre o mercado de trabalho e, conseqüentemente, as mudanças que estão sendo procedidas, ocasionadas pelo desenvolvimento tecnológico, para a manutenção atualizada do processo ensino-aprendizagem.

O processo de acompanhamento de egressos permite, ainda, a criação de um banco de dados que contém informações atualizadas sobre o perfil dos egressos, os dados pessoais e profissionais dos mesmos, o cadastramento das empresas conveniadas e dos empregadores, além das suas características e demandas profissionais.

Outro objetivo possível é o envio de informações atualizadas quanto a eventos a serem realizados, novos cursos que a instituição venha a oferecer, atividades de extensão e as oportunidades de estágios e empregos encaminhadas à Diretoria de Extensão – DEX e à Coordenação de Integração Escola Empresa – CIEE, por parte das empresas, dos agentes de integração e das agências de recrutamento e seleção de pessoal.

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O momento atual caracterizado por esse cenário induz a uma crescente exigência quanto à qualidade do desempenho no âmbito pessoal e profissional dos trabalhadores, decorrente da necessidade de aumentos da produtividade das empresas e da competitividade entre elas.

Este fato exige grande adaptação na forma de organização do trabalho em todas as esferas e níveis, seja nas grandes corporações, seja nas instituições públicas ou privadas, seja nas estruturas governamentais ou nas pequenas organizações sociais.

Todas estas transformações em curso neste novo século, caracterizado pela globalização do espaço econômico mundial e dos mercados, são resultantes dos avanços tecnológicos em curso e que acabam por caracterizar a chamada terceira revolução industrial.

Sobre a terceira revolução industrial, Rifkin (1995, p.64, grifo do autor), assinala que:

A terceira revolução industrial surgiu imediatamente após a II guerra mundial e somente agora está começando a ter um impacto significativo no modo como a sociedade organiza sua atividade econômica. Robôs com controle numérico, computadores e softwares avançados estão invadindo a última esfera humana – os domínios da mente. Adequadamente programadas, estas novas “máquinas inteligentes” são capazes de realizar funções conceituais, gerenciais e administrativas e de coordenar o fluxo da produção, desde a extração da matéria-prima ao marketing e à distribuição do produto final e de serviços.

Portanto, a partir dessa nova ordem mundial que vem se estabelecendo, a sociedade, o poder público, as instituições de ensino, pesquisa e extensão, e principalmente as empresas, precisam adequar-se, adaptando sua organização de trabalho e os seus sistemas de gestão, onde a prioridade passa a ser o investimento na qualificação profissional dos seus funcionários de forma sistemática e continua com o objetivo de apresentar níveis satisfatórios de desempenho, e conseqüentemente, melhorar a qualidade dos serviços e dos produtos oferecidos.

Entretanto, para que o país possa integrar e interagir de forma satisfatória e segura nessa nova ordem mundial que vem se configurando é preciso oferecer as condições mínimas necessárias ao fortalecimento das instituições e das corporações de um modo geral. Para que isso ocorra é necessário que sejam realizadas inúmeras mudanças e reformas, particularmente, naquelas áreas e setores que interferem diretamente no desempenho das empresas e que acabam por contribuir fortemente para a melhoria da qualidade de vida da população.

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dependentes dessa atmosfera favorável para crescerem e se desenvolverem satisfatoriamente, logo, proporcionando geração de emprego e de renda para os trabalhadores.

2.1 A INSTITUIÇÃO E A REDE FEDERAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

O CEFET/PE é, portanto, uma instituição de ensino profissional e tecnológico que integra a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica.

A instituição ao longo dos seus 98 anos vem procurando exercer o seu papel na formação e na qualificação profissional de jovens e adultos com vistas a atender a demanda do mercado de trabalho local e regional através dos egressos que lá concluem a sua certificação profissional.

Este foi o trabalho realizado pela instituição ao longo do tempo e esta continua sendo a sua missão, ou seja, preparando os seus alunos para o mundo do trabalho.

Entretanto, mais recentemente, considerando todas as mudanças ocorridas no âmbito da Educação Profissional e Tecnológica – EPT, e em conseqüência dos avanços e das transformações ocorridas na sociedade de um modo geral e no mercado de trabalho em particular, a instituição vem buscando se aprimorar perante a atual conjuntura econômica e social do país, especificamente no que se refere à qualidade da mão de obra que é preparada e que vem atender às demandas produtivas requeridas pelas empresas.

Inclusive, este vem sendo também o objetivo da Rede Federal de EPT e da SETEC/MEC, na medida em que busca consolidar as instituições federais como centros de referência quanto ao fomento e a promoção da Educação Profissional e Tecnológica no país.

O CEFET/PE, portanto, considerando esta perspectiva, vem buscando melhorar o padrão do ensino profissional e tecnológico que oferece, objetivando acima de tudo cumprir com a sua missão perante a sociedade.

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trabalho, bem como, a avaliação que os egressos fazem acerca da formação profissional que tiveram e acerca da importância da instituição e da experiência profissional adquirida para o seu desenvolvimento como um todo.

No que se refere à Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, a mesma é composta atualmente por 152 instituições, sendo, uma Universidade Tecnológica Federal – CEFET/PR e seus seis campus vinculados, 33 CEFET’s, 44 UNED’s (Unidades de Ensino Descentralizadas), 36 EAF’s (Escolas Agrotécnicas Federais), 30 Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais, a Escola Técnica Federal de Palmas (TO) e o tradicional Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro.

Ao todo, a Rede Federal atende mais de 250 mil alunos no nível técnico e nos cursos superiores oferecidos nas instituições integrantes da rede.

A Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica dispõe, ainda, de uma grande vantagem comparativa quanto ao atendimento à sociedade e na sua tarefa de preparação dos jovens para o trabalho e para a sua inserção produtiva que é a sua disposição geográfica, considerando a grande presença que tem nas regiões do interior dos estados brasileiros, o que democratiza a sua presença e permite a expansão na oferta dessa modalidade de ensino nas mais diversas e longínquas regiões do país.

A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – SETEC(2006), que supervisiona a rede e está vinculada ao Ministério da Educação – MEC, tem a missão de fortalecer a Educação Profissional e Tecnológica no país e está voltada para um projeto nacional de desenvolvimento sustentável, elevando o nível de qualificação e a escolaridade de jovens e adultos. Para isso, vem procurando realizar um amplo processo de debates com a sociedade visando entre outros aspectos, o aperfeiçoamento da legislação da EPT, a questão das fontes de financiamento para o fomento da EPT, a institucionalização de um subsistema nacional de EPT, a adaptação à implementação do ensino técnico articulado ao ensino médio, a questão da qualidade da certificação profissional nas instituições que promovem a EPT e por fim, a oferta das graduações tecnológicas.

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Tabela 1 – Pernambuco: Titulação dos docentes do CEFET/PE (Sede e Unidade de Pesqueira)                    Setembro/2007  Titulação  N  Doutores  26  Mestres  140  Especialistas  201  Graduados  74
Tabela 2 – Pernambuco: Progressão do número de vagas oferecidas pelo CEFET/PE e de                           inscrições no seu concurso
Tabela 3 – Pernambuco: Vagas oferecidas em 2007 para os Cursos Técnicos Seqüenciais e a                        concorrência no mesmo ano
Tabela 4 – Pernambuco: Vagas oferecidas em 2007 para os Cursos Técnicos Integrados e a                     concorrência no mesmo ano
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Referências

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