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Imaginário urbano e conjuntura no Rio de Janeiro.

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Academic year: 2017

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DOI: 10.7213/urbe.7787

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ISSN 2175-3369

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Brasilmar Ferreira Nunes[a], Heitor Vianna Moura[b]

Urban imaginary and conjuncture in Rio de Janeiro

[⁷] Doutor em So⁹iologi⁷ pel⁷ Université de Pi⁹⁷rdie Jules Verne UPJV , Fr⁷nç⁷, professor titul⁷r d⁷ Universid⁷de de Br⁷síli⁷ UnB no Progr⁷m⁷ de Pós-Gr⁷du⁷ção em So⁹iologi⁷ PPGSOL , pesquis⁷dor do CNPq e d⁷ F⁷perj, Rio de J⁷neiro, RJ - Br⁷sil, e-m⁷il: ⁸nunes@un⁸.⁸r

[⁸] Mestr⁷ndo do Progr⁷m⁷ de Pós-Gr⁷du⁷ção em So⁹iologi⁷ d⁷ Universid⁷de de São P⁷ulo USP , São P⁷ulo, SP - Br⁷sil, e-m⁷il: heitorvi⁷nn⁷@hotm⁷il.⁹om

Resumo

A Região Metropolit⁷n⁷ do Rio de J⁷neiro vem ⁷tr⁷vess⁷ndo ⁹onjuntur⁷ f⁷vorável, in⁹lusive por ter sido ⁷ es⁹olhid⁷ p⁷r⁷ sedi⁷r gr⁷ndes eventos glo⁸⁷is nos próximos ⁷nos. A metrópole pol⁷riz⁷ região ri⁹⁷ em re⁹ursos n⁷tur⁷is petróleo , e re⁹e⁸e vultosos investimentos industri⁷is e em infr⁷estrutur⁷ ur⁸⁷n⁷ que ⁷lter⁷rão su⁷ lógi⁹⁷ esp⁷⁹i⁷l. Som⁷m-se ⁷ ess⁷ ⁹onjuntur⁷ ⁷s políti⁹⁷s de segur⁷nç⁷ p’⁸li⁹⁷, que ⁷lter⁷m o p⁷r⁷digm⁷ de metrópole violent⁷ que ⁷ ⁹⁷r⁷⁹terizou ness⁷s ’ltim⁷s dé⁹⁷d⁷s. O presente ⁷rtigo – ⁹om ⁹⁷ráter de ens⁷io – pro⁸lem⁷tiz⁷ ess⁷ ⁹onjuntur⁷. O pressuposto é que, em r⁷zão desses f⁷tores, ⁷ im⁷gem d⁷ metrópole vem se modifi⁹⁷ndo positiv⁷mente. Metodologi⁹⁷mente, ⁷ tr⁷t⁷mos primeiro ⁹omo um fenô-meno m⁷⁹rosso⁹i⁷l e, posteriormente, refletimos so⁸re seus pro⁸lem⁷s intr⁷ur⁸⁷nos estrutur⁷is que inter-ferem no im⁷ginário que se tem so⁸re el⁷. Teori⁹⁷mente fizemos uso de estudos históri⁹os, demográfi⁹os, e⁹onômi⁹os e so⁹i⁷is ⁹uj⁷ síntese ⁷uxili⁷ n⁷ ⁹onstrução de interpret⁷ções so⁸re ⁷ re⁷lid⁷de metropolit⁷n⁷ hoje e su⁸sidi⁷m ⁷s reflexões ⁷present⁷d⁷s.

Palavras-chave: Rio de J⁷neiro. Evolução demográfi⁹⁷. E⁹onomi⁷ ur⁸⁷n⁷. Políti⁹⁷ ur⁸⁷n⁷. Cultur⁷ ur⁸⁷n⁷.

Abstract

The Metropolitan Region of Rio de Janeiro goes through favorable situation including has been chosen to host global events in the coming years. The metropolis polarizes a region rich in natural resources (oil) and is also receiving substantial industrial investments and in urban infrastructure that will change her spatial logic. It is also added the security policies that is changing the paradigm of violent metropolis characterized in recent decades. This article – with character test – is trying to discuss this conjuncture. The premise is that, because of

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Antecedentes históricos e aspectos atuais da cidade do RJ

A ⁹id⁷de do Rio de J⁷neiro foi ⁹⁷pit⁷l do Br⁷sil dur⁷nte qu⁷se dois sé⁹ulos - , qu⁷ndo g⁷r⁷ntiu qu⁷tro modelos de ⁹⁷pit⁷lid⁷de : C⁷pit⁷l d⁷ Colôni⁷, C⁷pit⁷l do Reino Unido, C⁷pit⁷l )mperi⁷l e C⁷pit⁷l Repu⁸li⁹⁷n⁷, viven⁹i⁷ndo nesses momen-tos tr⁷nsform⁷ções ur⁸⁷n⁷s, um⁷s m⁷is, outr⁷s me-nos, signifi⁹⁷tiv⁷s. (istori⁷dores s⁷lient⁷m que só podemos f⁷l⁷r em ⁹⁷pit⁷lid⁷de qu⁷ndo um ⁹entro ur⁸⁷no ⁷present⁷ ⁹ondições de influen⁹i⁷r um de-termin⁷do esp⁷ço inserido num Est⁷do; nesses ⁹⁷-sos, ⁷ ⁹id⁷de ⁷present⁷ri⁷ ⁹⁷p⁷⁹id⁷de de estrutur⁷r e est⁷⁸ele⁹er hier⁷rqui⁷s no interior do território que el⁷ pol⁷riz⁷; ⁷ ⁷nálise dess⁷ ⁹⁷pit⁷lid⁷de teri⁷ que ⁷rti⁹ul⁷r ⁷ rede so⁸re ⁷ qu⁷l o ⁹entro ur⁸⁷no se ⁷rti⁹ul⁷ à su⁷ periferi⁷ num⁷ lógi⁹⁷ hierárqui⁹⁷

B)CAL(O, .

Veremos ⁷ seguir que o Rio de J⁷neiro o⁹up⁷ im-port⁷nte posição, sej⁷ n⁷ hier⁷rqui⁷ d⁷ rede ur⁸⁷n⁷ ⁸r⁷sileir⁷, sej⁷ n⁷ pol⁷riz⁷ção de popul⁷ção e de ⁷ti-vid⁷des e⁹onômi⁹⁷s. Ess⁷ posição ⁹ert⁷mente tem rel⁷ção ⁹om ⁷ função de ⁹⁷pit⁷l que exer⁹eu, so⁸re-tudo ⁷o longo dos sé⁹ulos X)X e XX. Desde ⁷ tr⁷ns-ferên⁹i⁷ d⁷ ⁹⁷pit⁷l do vi⁹e-rein⁷do de S⁷lv⁷dor d⁷ B⁷hi⁷ p⁷r⁷ o Rio de J⁷neiro em , ⁹onsolid⁷-se o ⁹⁷ráter ⁹entr⁷l que ⁷ ⁹id⁷de vinh⁷ ⁷ssumindo ⁹omo

cabeça e lócus ⁷rti⁹ul⁷dor dos v⁷stos domínios

por-tugueses n⁷ Améri⁹⁷. Em , ⁹omo result⁷do de dinâmi⁹⁷s políti⁹⁷s n⁷ Europ⁷ envolvendo Portug⁷l, ⁷ ⁹id⁷de se torn⁷ri⁷ Corte e C⁷pit⁷l d⁷ mon⁷rqui⁷ e do império português, tr⁷zendo-lhe visi⁸ilid⁷de plen⁷ de⁹orrente d⁷ s’⁸it⁷ importân⁹i⁷ políti⁹⁷ que ⁷dquiriu, ou sej⁷, ⁹⁷so ’ni⁹o d⁷ primeir⁷ ⁹⁷pit⁷l ex-tr⁷europei⁷ de um⁷ mon⁷rqui⁷ o⁹ident⁷l.

Introduzindo a questão

Nosso intuito é el⁷⁸or⁷r um re⁹orte ⁷n⁷líti⁹o so⁸re ⁷ ⁹id⁷de do Rio de J⁷neiro RJ e su⁷ região metropolit⁷n⁷ RMRJ num⁷ perspe⁹tiv⁷ ⁸idimen-sion⁷l. Por um l⁷do, pro⁹ur⁷mos ⁹onsider⁷r ⁷ ⁹id⁷-de ⁹omo um⁷ tot⁷lid⁷⁹id⁷-de port⁷dor⁷ ⁹id⁷-de um⁷ dimen-são sim⁸óli⁹⁷ própri⁷. A ⁹id⁷de será então tr⁷t⁷d⁷ ⁷ p⁷rtir de um⁷ perspe⁹tiv⁷ ⁷⁸r⁷ngente, utiliz⁷ndo d⁷ represent⁷ção que el⁷ detém e que f⁷z del⁷ um⁷ d⁷s prin⁹ip⁷is metrópoles ⁸r⁷sileir⁷s e ⁹ontinent⁷l. Nesse nível, o que está em questão é a cidade lid⁷

⁹omo um ⁸lo⁹o homogêneo ⁹om su⁷ dinâmi⁹⁷ demográfi⁹⁷, e⁹onômi⁹⁷ e ⁹ultur⁷l. Por outro l⁷do, tent⁷remos per⁹e⁸er o seu interior, ⁹⁷pt⁷ndo pro-⁸lem⁷s que se repetem ⁷o longo de su⁷ históri⁷ ⁹⁷-r⁷⁹teriz⁷ndo em diferentes situ⁷ções não ⁷pen⁷s ⁷ ⁹id⁷de do Rio de J⁷neiro, m⁷s t⁷m⁸ém ⁷ su⁷ região metropolit⁷n⁷: periferiz⁷ção, violên⁹i⁷ et⁹. ques-tões que na cidade dão-lhe um⁷ im⁷gem p⁷rti⁹ul⁷r.

Nesse segundo nível, está em questão ⁷ heteroge-neid⁷de de seus pro⁹essos so⁹i⁷is, físi⁹os e ⁹ultu-r⁷is, ⁹ujo tr⁷t⁷mento tem rel⁷ção estreit⁷ ⁹om dife-rentes instân⁹i⁷s do poder p’⁸li⁹o e ⁷ ⁹id⁷de.

Tr⁷t⁷r a cidade ⁹omo um todo e posteriormente

entr⁷r n⁷s su⁷s p⁷rti⁹ul⁷rid⁷des, pro⁹ur⁷ndo per-⁹e⁸er os fenômenos que ⁷⁹onte⁹em na cidade, nos

p⁷re⁹e um enfoque pertinente. Esse per⁹urso ⁷n⁷lí-ti⁹o permitirá deline⁷r, p⁷r⁷ ⁷lém de ⁷spe⁹tos neg⁷-tivos, os imp⁷⁹tos de fenômenos ⁹onjuntur⁷is posi-tivos ⁷tu⁷is que podem ser ⁹⁷pit⁷liz⁷dos ⁷ seu f⁷vor. Com t⁷l o⁸jetivo, es⁹olhemos ⁷s dimensões popu-l⁷⁹ion⁷l e e⁹onômi⁹⁷ que exprimem ⁷ importân⁹i⁷ d⁷ ⁹id⁷de e de su⁷ região metropolit⁷n⁷ t⁷nto p⁷r⁷ sediment⁷r um⁷ im⁷gem ⁹omo p⁷r⁷ ⁷pont⁷r rumos que poss⁷m vir ⁷ ser per⁹orridos pelo RJ.

the city into consideration like a macrosocial phenomena and after we reϔlect about its intraurban structural

problems that interfere in the imaginary people have about it. Theoretically, we use historical, demographic, economic and social studies whose synthesis give us the support in the construction of interpretations about the

metropolitan reality today and provide us the subsidies in the reϔlections presented here

Keywords: : Rio de Janeiro. Demographic trends. The urban economy. The urban policy. The urban culture.

¹ A ⁹ondição de ex-⁹⁷pit⁷l do Br⁷sil, su⁷ ⁹⁷pit⁷lid⁷de , definid⁷ por Giulio Arg⁷n ⁹omo ⁷ ⁹⁷p⁷⁹id⁷de e função de represent⁷r ⁷

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metropolit⁷n⁷. Por outro l⁷do, há ⁷ind⁷ o ⁹ontrole pel⁷ ordem p’⁸li⁹⁷ n⁷s f⁷vel⁷s d⁷ ⁹id⁷de ⁷té então n⁷s mãos dos grupos ⁷rm⁷dos do tráfego de drog⁷s; isso f⁷z que ⁷ ⁹id⁷de e ⁷ su⁷ região metropolit⁷n⁷ ⁷tr⁷vesse período de expe⁹t⁷tiv⁷s positiv⁷s, ⁷o l⁷do de ⁷lgum⁷s ⁹⁷r⁷⁹terísti⁹⁷s que perm⁷ne⁹em, ⁹omo ⁷ ⁹⁷p⁷⁹id⁷de de ⁷tr⁷ir ⁹orrentes migr⁷tóri⁷s e seu peso rel⁷tivo n⁷ represent⁷ção sim⁸óli⁹⁷ d⁷ so⁹ie-d⁷de ⁸r⁷sileir⁷.

Com ⁸⁷se nesses ⁷spe⁹tos ger⁷is, nos deteremos n⁷s dinâmi⁹⁷s demográfi⁹⁷s, e⁹onômi⁹⁷ e ⁹ultur⁷l dis⁹ernindo ⁷lgum⁷s impli⁹⁷ções ⁷pont⁷d⁷s pel⁷ ⁷tu⁷l ⁹onjuntur⁷.

Dinâmica demográfi ca

A dinâmi⁹⁷ demográfi⁹⁷ qu⁷ndo ⁷n⁷lis⁷d⁷ em rel⁷ção à rede ur⁸⁷n⁷ reflete ⁷ importân⁹i⁷ de de-termin⁷do ⁹entro ur⁸⁷no. Consider⁷ndo dinâmi⁹⁷s distint⁷s, o seu ritmo tem forte indutor n⁷ esfer⁷ e⁹onômi⁹⁷ e no emprego , qu⁷lifi⁹⁷ndo o pro⁹esso de ur⁸⁷niz⁷ção. No ⁹⁷so ⁸r⁷sileiro, os estudos de-mográfi⁹os ⁷pont⁷m que um⁷ d⁷s ⁹⁷r⁷⁹terísti⁹⁷s m⁷r⁹⁷ntes do pro⁹esso de ur⁸⁷niz⁷ção ⁷o longo do período - foi ⁷ ⁹on⁹entr⁷ção progressiv⁷ d⁷ popul⁷ção ur⁸⁷n⁷ em ⁹id⁷des ⁹⁷d⁷ vez m⁷iores; em ger⁷l nossos ⁹entros industri⁷is m⁷is import⁷n-tes. As ⁹⁷us⁷s desse pro⁹esso são ⁹onsensu⁷is entre os demógr⁷fos: um forte ⁹res⁹imento popul⁷⁹ion⁷l que ⁷liment⁷v⁷ o fluxo migr⁷tório oriundo de áre⁷s rur⁷is, ⁷ssim ⁹omo o ⁹res⁹imento veget⁷tivo d⁷ po-pul⁷ção residente em ⁹id⁷des.

Como result⁷do, ⁷ distri⁸uição d⁷ popul⁷ção ⁸r⁷sileir⁷ entre muni⁹ípios ⁹l⁷ssifi⁹⁷dos por t⁷m⁷-nho nos ’ltimos ⁷nos ⁷pont⁷ que qu⁷nto m⁷is elev⁷d⁷ ⁷ popul⁷ção, m⁷is elev⁷dos são os indi-⁹⁷dores de ⁹res⁹imento popul⁷⁹ion⁷l. Ou sej⁷, os menores muni⁹ípios do p⁷ís ⁹om ⁷té . h⁷⁸i-t⁷ntes pr⁷ti⁹⁷mente perm⁷ne⁹em estáveis n⁷ p⁷r-ti⁹ip⁷ção n⁷ popul⁷ção tot⁷l ⁷o longo dos ⁷nos ⁹ensitários: de um⁷ p⁷rti⁹ip⁷ção nul⁷ em , ⁷l-⁹⁷nç⁷ , % em , e , % em . Em ⁹ontr⁷-p⁷rtid⁷, ⁷queles muni⁹ípios ⁹om m⁷is de . h⁷⁸it⁷ntes for⁷m os que m⁷is p⁷rti⁹ip⁷r⁷m no tot⁷l d⁷ popul⁷ção ⁸r⁷sileir⁷, ⁹om dest⁷que p⁷r⁷ os que ⁷present⁷m m⁷is de . h⁷⁸it⁷ntes. Estes ⁹ontri⁸uí⁷m ⁹om , % d⁷ popul⁷ção ⁸r⁷-sileir⁷ em e ⁷l⁹⁷nç⁷m em o per⁹entu⁷l Como ⁹onsequên⁹i⁷ desse ⁷to re⁷l, ⁷ ⁹id⁷de

⁷ssu-miu ⁷ essên⁹i⁷ de su⁷ ⁹ondição de ⁹⁷pit⁷l. Em , deixou de ser ⁷ ⁹⁷pit⁷l do Br⁷sil Rep’⁸li⁹⁷, m⁷nten-do ⁷ função de ⁹⁷pit⁷l m⁷nten-do Est⁷m⁷nten-do d⁷ Gu⁷n⁷⁸⁷r⁷ ⁷té

, qu⁷ndo houve ⁷ fusão ⁹om o ⁷ntigo Est⁷do do Rio de J⁷neiro, torn⁷ndo-se ⁹⁷pit⁷l do ⁷tu⁷l Est⁷do homônimo. Por outro l⁷do, ⁷ su⁷ ⁸⁷se produtiv⁷ so-fre os imp⁷⁹tos dess⁷s ⁷lter⁷ções políti⁹⁷s, ⁷ssim ⁹omo d⁷s ⁹rises que o Br⁷sil ⁷tr⁷vess⁷ n⁷ segund⁷ met⁷de do sé⁹ulo XX, ⁷⁹entu⁷dos ⁹om ⁷ perd⁷ d⁷ ⁹ondição de ⁹⁷pit⁷l d⁷ Rep’⁸li⁹⁷.

Desde su⁷ fund⁷ção em , ⁷ ⁹id⁷de do Rio de J⁷neiro p⁷ssou por diferentes pro⁹essos de in-tervenção em seu esp⁷ço físi⁹o. P⁷rti⁹ul⁷rmente, o governo Pereir⁷ P⁷ssos, no iní⁹io do sé⁹ulo XX ⁷ , deu iní⁹io ⁷ gr⁷ndes reform⁷s ur⁸⁷-nísti⁹⁷s que m⁷r⁹⁷m o seu ingresso n⁷ modernid⁷-de. Um⁷ gestão polêmi⁹⁷ que redefine o sentido de ⁹⁷pit⁷l exer⁹ido pel⁷ ⁹id⁷de, provo⁹⁷ndo gr⁷ndes tr⁷nsform⁷ções no esp⁷ço ur⁸⁷no de então. Com Pereir⁷ P⁷ssos, ⁷ ⁹id⁷de ⁷⁸sorveu ⁷ lógi⁹⁷ d⁷ refor-m⁷ ur⁸⁷n⁷, p⁷r⁷digrefor-m⁷ d⁷ modernid⁷de, ⁹⁷r⁷⁹teri-z⁷ndo diferentes governos lo⁹⁷is, ⁷ m⁷iori⁷ ⁷pen⁷s f⁷zendo uso de um im⁷ginário o⁸reirist⁷, ⁹om ⁹on-sequên⁹i⁷s so⁸re ⁷ dinâmi⁹⁷ territori⁷l d⁷ ⁹id⁷de. Assim, sej⁷ n⁷ produção do território pelo ⁷terr⁷-mento de m⁷ngues e f⁷ix⁷s litorâne⁷s p⁷r⁷ ⁷⁸er-tur⁷ de ⁷venid⁷s, sej⁷ pel⁷ derru⁸⁷d⁷ de morros ⁷mpli⁷ndo territórios ur⁸⁷nizáveis, ou ⁷ ⁷⁸ertur⁷ de t’neis, ⁹onstrução de pontes e gr⁷ndes estrutu-r⁷s p⁷r⁷ d⁷r lug⁷r ⁷ gr⁷ndes ⁷venid⁷s, o f⁷to é que histori⁹⁷mente ⁷ ⁹id⁷de vem sendo sempre ⁷lvo de gr⁷ndes o⁸r⁷s ur⁸⁷nísti⁹⁷s. Ou sej⁷, di⁷nte d⁷s difi⁹uld⁷des té⁹ni⁹⁷s, que ⁷ engenh⁷ri⁷ e ⁷ ⁷rqui-tetur⁷ tiver⁷m que resolver em ⁹onjunto, ⁷ ⁹id⁷de sempre enfrentou des⁷fios em su⁷ ur⁸⁷niz⁷ção

P)N(E)RO, .

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RM o⁸serv⁷d⁷s, sete ⁹res⁹er⁷m m⁷is de %: dest⁷que p⁷r⁷ Br⁷síli⁷ DF e Belém PA , que ⁹res-⁹er⁷m ⁷m⁸⁷s % nesse período; Curiti⁸⁷ PR , que ⁷umentou su⁷ popul⁷ção em %; e Goiâni⁷ GO , ⁹om ⁹res⁹imento de %. As outr⁷s qu⁷tro RM ⁹res⁹er⁷m m⁷is de %. Entret⁷nto, n⁷ dé⁹⁷d⁷ seguinte, ou sej⁷, entre - , ⁷pen⁷s du⁷s RM ⁷tingir⁷m ⁹res⁹imento de % DF e Goiâni⁷ , ⁹in⁹o ⁹res⁹er⁷m entre % e % e du⁷s não ⁷tin-gir⁷m %, ⁷ s⁷⁸er, ⁷s RM do Rio de J⁷neiro % e de Porto Alegre % .

No ⁹ômputo ger⁷l d⁷ distri⁸uição d⁷ popul⁷ção ⁸r⁷sileir⁷ pel⁷s áre⁷s metropolit⁷n⁷s T⁷⁸el⁷ , p⁷ss⁷mos de três pontos per⁹entu⁷is ⁷⁹im⁷ do ⁹res-⁹imento ⁸r⁷sileiro p⁷r⁷ meio ponto ⁷⁸⁷ixo .

Est⁷ qu⁷se est⁷⁸ilid⁷de d⁷ p⁷rti⁹ip⁷ção d⁷s re-giões metropolit⁷n⁷s n⁷ popul⁷ção tot⁷l do p⁷ís se m⁷nifest⁷ de form⁷ distint⁷, quer ⁹onsideremos o muni⁹ípio n’⁹leo, quer su⁷s periferi⁷s. P⁷r⁷ os n’⁹leos, temos um de⁹rés⁹imo n⁷s t⁷x⁷s de ⁹res⁹i-mento de , p⁷r⁷ , , enqu⁷nto que n⁷s perife-ri⁷s, o fenômeno é inverso, de , p⁷r⁷ , . )sso indi⁹⁷ que ⁷ ur⁸⁷niz⁷ção d⁷s du⁷s ’ltim⁷s dé⁹⁷d⁷s do sé⁹ulo XX se ⁹⁷r⁷⁹terizou por forte ⁹res⁹imento d⁷s periferi⁷s metropolit⁷n⁷s, fenômeno que deve ter se repetido n⁷ dé⁹⁷d⁷ seguinte T⁷⁸el⁷ . Em outr⁷s p⁷l⁷vr⁷s, noss⁷ metropoliz⁷ção ⁷ind⁷ ⁹onti-nu⁷ se ⁹⁷r⁷⁹teriz⁷ndo pel⁷ ur⁸⁷niz⁷ção d⁷ po⁸re-z⁷ SANTOS, , pois, no ger⁷l, os muni⁹ípios de , % do tot⁷l, pr⁷ti⁹⁷mente tripli⁹⁷ndo su⁷

⁹ontri⁸uição p⁷r⁷ o tot⁷l de popul⁷ção ur⁸⁷n⁷ em ⁷nos, num⁷ ⁹l⁷r⁷ indi⁹⁷ção de que se viven⁹i⁷ n⁷s ’ltim⁷s dé⁹⁷d⁷s forte ⁹on⁹entr⁷ção popul⁷⁹io-n⁷l n⁷s gr⁷ndes ⁹id⁷des e n⁷s noss⁷s metrópoles

MART)NE; M⁹GRAN(A(AN, , p. .

A T⁷⁸el⁷ ⁷present⁷ ⁷ distri⁸uição d⁷ popul⁷ção ⁸r⁷sileir⁷ por t⁷m⁷nho d⁷ popul⁷ção muni⁹ip⁷l nos ⁷nos ⁹ensitários de ⁷ , permitindo visu⁷liz⁷r ⁷ tendên⁹i⁷ de fort⁷le⁹imento dos n’⁹leos ⁹om m⁷is de mil h⁷⁸it⁷ntes – ⁹ontri⁸uí⁷m ⁹om , % d⁷ popul⁷ção ur⁸⁷n⁷ do p⁷ís em , ⁷l⁹⁷nç⁷ndo em o m⁷r⁹o de , %. Se tom⁷rmos ⁷s ⁹id⁷-des ⁹om m⁷is de mil h⁷⁸it⁷ntes, o fenômeno se repete, em⁸or⁷ ⁹om ⁹res⁹imentos rel⁷tivos um pou⁹o menores no fim do período. O ’ltimo ⁹enso de ⁹onferiu importân⁹i⁷ ⁷o ⁹onjunto d⁷ rede ur⁸⁷n⁷ ⁸r⁷sileir⁷, dest⁷⁹⁷ndo ⁷s ⁹⁷pit⁷is region⁷is, em espe⁹i⁷l do Nordeste, Norte e Centro-oeste, ⁷s ⁹id⁷des médi⁷s e ⁷s ⁷glomer⁷ções ur⁸⁷n⁷s não me-tropolit⁷n⁷s no Sul e Sudeste, indi⁹⁷ndo diluição e fort⁷le⁹imento d⁷ tendên⁹i⁷ à ⁹on⁹entr⁷ção ur⁸⁷n⁷ d⁷ popul⁷ção ⁸r⁷sileir⁷.

O⁸serv⁷ndo ⁷tent⁷mente o fenômeno, outros ⁷spe⁹tos se dest⁷⁹⁷m. Por exemplo, entre ⁷s regiões metropolit⁷n⁷s RM ⁸r⁷sileir⁷s em , tod⁷s tiver⁷m redução rel⁷tiv⁷ n⁷s t⁷x⁷s de ⁹res-⁹imento popul⁷⁹ion⁷l ⁹onsider⁷ndo ⁷ dé⁹⁷d⁷ de

e ⁷ de . Entre e , dentre ⁷s

Tabela 1- Distribuição da população brasileira por tamanho da população do Município de 1950 a 2010

1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010

Até 2.000 0 0,03 0,1 0,07 0,06 0,1 0,1

De 2.001 a 5.000 0,51 1,41 2,34 1,84 1,67 2,55 2,19

De 5.001 a 10.000 5,12 6,87 8,22 5,84 5,23 5,53 4,48

De 10.001 a 20.000 17,28 17,15 17,36 13,16 12,56 11,59 10,35

De 20.001 a 50.000 40,16 33,44 26,45 22,06 19,06 16,92 16,43

De 50.001 a 100.000 16,14 13,41 11,05 13,16 13,19 12,33 11,7

De 100.001 a 500.000 10,95 12,91 15,46 19,51 21,83 23,34 25,46

Mais de 500.000 9,85 14,78 19,03 24,37 26,39 27,64 29,29

Fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE, 2010.

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mud⁷nç⁷ n⁷s t⁷x⁷s demográfi⁹⁷s ⁹oin⁹ide ⁹om o fim de mil⁷gre e⁹onômi⁹o n⁷ segund⁷ met⁷de dos ⁷nos , ⁷ dé⁹⁷d⁷ perdid⁷ de e o iní-⁹io de super⁷ção d⁷ forte ⁹rise e⁹onômi⁹⁷ já n⁷ dé⁹⁷d⁷ de .

Esses d⁷dos demográfi⁹os nos mostr⁷m que o Rio de J⁷neiro e su⁷ região metropolit⁷n⁷ gu⁷rd⁷m rel⁷tiv⁷ ⁹⁷p⁷⁹id⁷de de ⁷tr⁷ção de popul⁷ção, indi-⁹⁷ndo que, ⁷pes⁷r de ter deix⁷do de ser ⁹⁷pit⁷l po-líti⁹⁷ do p⁷ís, perm⁷ne⁹e, ⁹inquent⁷ ⁷nos depois, ⁹omo segund⁷ metrópole n⁷⁹ion⁷l. Aind⁷ que o ritmo de ⁹res⁹imento do muni⁹ípio sede d⁷ região metropolit⁷n⁷ ⁷presente t⁷x⁷s inferiores às d⁷ su⁷ periferi⁷, ele é ⁷ind⁷ positivo, mesmo lev⁷ndo em ⁹ont⁷ o reorden⁷mento d⁷ popul⁷ção por todo o território n⁷⁹ion⁷l o⁸serv⁷do n⁷s ultim⁷s dé⁹⁷d⁷s. Outro ⁷spe⁹to que mere⁹e dest⁷que é ⁷ ⁹⁷p⁷⁹id⁷de de ⁷tr⁷ção de fluxos migr⁷tórios pel⁷s gr⁷ndes ⁹id⁷-des do p⁷ís que tem g⁷r⁷ntido est⁷⁸ilid⁷de ⁷o longo do tempo, mesmo se ⁹ert⁷s ⁹onjuntur⁷s ⁷lterem por períodos ⁹urtos ⁷s dinâmi⁹⁷s históri⁹⁷s. )sso se deve, espe⁹i⁷lmente, às ⁷tivid⁷des e⁹onômi⁹⁷s que nel⁷s se d⁷s periferi⁷s metropolit⁷n⁷s ⁸r⁷sileir⁷s são

⁹⁷ren-tes em qu⁷lid⁷de de vid⁷ ur⁸⁷n⁷ .

A p⁷rtir desses d⁷dos, podemos ⁹onsider⁷r que ⁷ ur⁸⁷niz⁷ção ⁸r⁷sileir⁷ se f⁷z por um movimento duplo: de um l⁷do, diluição de pequenos n’⁹leos pelo território; de outro, m⁷⁹iç⁷ ⁹on⁹entr⁷ção d⁷ popul⁷ção nos m⁷iores ⁹entros que são ⁷queles ⁹om m⁷is ⁹⁷p⁷⁹id⁷de de ⁷tr⁷ção, so⁸retudo pelo poten⁹i⁷l de empreg⁷⁸ilid⁷de.

P⁷r⁷ ⁷ RMRJ, os d⁷dos ⁷pont⁷m que dos . . h⁷⁸it⁷ntes em el⁷ ⁷l⁹⁷nç⁷ em , . . h⁷⁸it⁷ntes, tot⁷liz⁷ndo . . em . D⁷dos so⁸re su⁷ dinâmi⁹⁷ popul⁷⁹ion⁷l, ⁹on-sider⁷ndo o seu n’⁹leo ⁹entr⁷l e ⁷ su⁷ periferi⁷ são t⁷m⁸ém revel⁷dores do p⁷drão desse ⁹res⁹imento. P⁷r⁷ ⁷ áre⁷ ⁹entr⁷l d⁷ região metropolit⁷n⁷, ⁷ t⁷x⁷ de ⁹res⁹imento popul⁷⁹ion⁷l entre e foi , , enqu⁷nto su⁷ periferi⁷ ⁹res⁹i⁷ , ; en-tre e , ⁷s t⁷x⁷s o⁸serv⁷d⁷s no n’⁹leo for⁷m de , e d⁷ periferi⁷ foi de , e fin⁷lmen-te, entre e , o n’⁹leo ⁹res⁹e , e su⁷ periferi⁷ , BAER)NGER, . Esse ritmo de

Tabela 2 - Taxa de crescimento populacional das Áreas Metropolitanas do Brasil (1991, 2000, 2010)

População Total Taxa de crescimento

Sigla Área metropolitana  1991 2000 2010 1991 / 2000 2000 / 2010

BA AM de Salvador - Bahia 2.496.521 3.021.572 3.458.571 21% 14%

CE AM de Fortaleza - Ceará 2.401.878 2.984.689 3.530.942 24% 18%

DF Região Integrada de Desenvolvimento do D.F e Entorno 1.601.094 2.051.146 2.570.160 28% 25%

GO AM de Goiânia - Goiás 1.230.445 1.639.516 2.052.896 33% 25%

MG AM de Belo Horizonte - Minas Gerais 3.515.542 4.349.425 4.874.042 23% 12%

PA AM de Belém - Pará 1.401.305 1.795.536 2.042.417 28% 13%

PE AM de Recife - Pernambuco 2.919.979 3.337.565 3.690.547 14% 10%

PR AM de Curitiba - Paraná 2.061.531 2.726.556 3.129.269 32% 14%

RJ AM do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro 9.814.574 10.894.156 11.703.788 11% 7%

RS AM de Porto Alegre - Rio Grande do Sul 3.230.732 3.718.778 3.958.985 15% 6%

SP AM de São Paulo - São Paulo 15.444.941 17.878.703 19.683.975 15% 10%

  Total 46.118.542 54.397.642 60.695.592 18% 11,50%

Brasil 146.917.459 169.590.693 190.755.799 15% 12%

Fonte: INSTITUTO DE PESQUISA ECONOMICA APLICADA - IPEA, 2010.

Até o momento, não estão disponíveis os d⁷dos des⁷greg⁷dos p⁷r⁷ o Censo de , porém ⁹onsider⁷mos ⁷qui que ⁷s tendên⁹i⁷s

o⁸serv⁷d⁷s se m⁷ntêm.

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⁷nte⁹edên⁹i⁷ , por su⁷ vez, orientou-se pelo o⁸je-tivo de pro⁹eder à ⁷nálise d⁷ ⁹onfigur⁷ção e gr⁷n-des tendên⁹i⁷s d⁷ rede ur⁸⁷n⁷ do Br⁷sil, enfo⁹⁷n-do tr⁷nsform⁷ções no pro⁹esso de ur⁸⁷niz⁷ção e de ⁹res⁹imento demográfi⁹o, ⁸em ⁹omo mud⁷nç⁷s fun⁹ion⁷is e esp⁷⁹i⁷is no sistem⁷ de ⁹id⁷des do p⁷ís, ⁸⁷se⁷do n⁷s tr⁷nsform⁷ções e⁹onômi⁹⁷s n⁷s dé⁹⁷d⁷s de e . C⁷⁸e lem⁸r⁷r que, t⁷nto os estudos d⁷ Regi⁹ ⁹omo o tr⁷⁸⁷lho do )pe⁷ ⁹onside-r⁷m ⁷ ur⁸⁷niz⁷ção ⁹omo síntese de um longo pro-⁹esso de mud⁷nç⁷ territori⁷l no p⁷ís, induzido pel⁷ dinâmi⁹⁷ de lo⁹⁷liz⁷ção d⁷s ⁷tivid⁷des e⁹onômi⁹⁷s.

Comp⁷r⁷ndo os dois estudos, podemos ⁹on⁹luir que ⁷ posição dos prin⁹ip⁷is ⁹entros ur⁸⁷nos do p⁷ís pou⁹o se ⁷lterou n⁷s ’ltim⁷s dé⁹⁷d⁷s. Se ⁹ontr⁷pu-sermos o Regi⁹ de ⁷o tr⁷⁸⁷lho re⁷liz⁷do pelo )pe⁷ em , ⁷m⁸os termin⁷m por ⁷pont⁷r posi-ções simil⁷res entre ⁷s gr⁷ndes ⁹id⁷des do Br⁷sil . Ou sej⁷, ⁷ ⁹⁷p⁷⁹id⁷de de pol⁷riz⁷ção d⁷ rede ur⁸⁷n⁷ n⁷⁹ion⁷l é um fenômeno que m⁷ntém ⁹ert⁷ est⁷⁸i-lid⁷de, no ⁹urto e médio pr⁷zo e se ⁷poi⁷ em pro-⁹essos e⁹onômi⁹os ger⁷is que forne⁹em ⁷ ⁸⁷se p⁷r⁷ su⁷ sustent⁷ção. São pro⁹essos ⁷mplos, de n⁷turez⁷ m⁷⁹roe⁹onômi⁹⁷ e que m⁷ntêm tendên⁹i⁷s no ⁹ur-to e médio pr⁷zo, que se ⁷liment⁷m de dinâmi⁹⁷s region⁷is espe⁹ífi⁹⁷s ⁷uxili⁷ndo ⁷s tendên⁹i⁷s de impl⁷nt⁷m e que não são f⁷⁹ilmente des⁷tiv⁷d⁷s em

r⁷zão de ⁹rises esporádi⁹⁷s, ⁹⁷r⁷⁹teriz⁷ndo rel⁷tiv⁷ est⁷⁸ilid⁷de n⁷s t⁷x⁷s de ⁹res⁹imento popul⁷⁹ion⁷l. )sso f⁷z ⁹om que o p⁷pel o⁹up⁷do por el⁷s, t⁷nto n⁷ distri⁸uição d⁷ popul⁷ção, qu⁷nto n⁷ ger⁷ção de ri-quez⁷s, sej⁷ rel⁷tiv⁷mente estável.

Dinâmica econômica e centralidade espacial do Rio de Janeiro

Estudos so⁸re ⁷ hier⁷rqui⁷ d⁷ rede ur⁸⁷n⁷ ⁸r⁷-sileir⁷ n⁷s du⁷s ’ltim⁷s dé⁹⁷d⁷s indi⁹⁷m que ⁷s po-sições de noss⁷s prin⁹ip⁷is metrópoles no ranking

n⁷⁹ion⁷l se m⁷ntêm pr⁷ti⁹⁷mente in⁷lter⁷d⁷s. Tomemos dois desses tr⁷⁸⁷lhos: os estudos do )BGE-Regi⁹ e do )pe⁷/Uni⁹⁷mp.)E.Nesur/)BGE

e vej⁷mos ⁹omo se situ⁷ ⁷ RMRJ em ⁷m⁸os. O Regi⁹ ⁷pli⁹⁷ um⁷ metodologi⁷ que eviden⁹i⁷ ⁷ org⁷niz⁷ção d⁷ rede ur⁸⁷n⁷, su⁷s ⁹entr⁷lid⁷des e áre⁷s de influên⁹i⁷ dos ⁹entros, fund⁷ment⁷is p⁷r⁷ o pl⁷nej⁷mento est⁷t⁷l e de⁹isões qu⁷nto à lo⁹⁷li-z⁷ção dos investimentos em ⁷tivid⁷des e⁹onômi⁹⁷s de produção, ⁹onsumo priv⁷do e ⁹oletivo, e impl⁷n-t⁷ção de serviços p’⁸li⁹os e priv⁷dos em ⁸⁷ses territori⁷is. O estudo do )pe⁷ ⁹om um⁷ dé⁹⁷d⁷ de

Tabela 3 - Crescimento absoluto e relativo das regiões metropolitanas e outras aglomerações urbanas, Brasil década de 1980 e 1990

Tipo de Grande Concentração Urbana Taxa de Crescimento Anual

Incremento absoluto (em 000s)

1980 - 1991 1991 - 2000 1980 - 1991 1991 - 2000

Regiões Metropolitanas (8) 2,0 1,99 8387 8290

Núcleos das RMs 1,36 1,1 3612 2693

Periferia das RMs 2,79 3,68 4775 5597

Outras aglomerações metropolitanas (17) 3,31 2,79 3942 3675

Outras aglomerações não metropolitanas (35) 3,21 2,33 4367 3435

Fonte: Fundação IBGE apud BAENINGER, 2010; TORRES, 2002.

A sigl⁷ Regi⁹ se refere ⁷os estudos desenvolvidos pelo )BGE p⁷r⁷ ⁷ identifi⁹⁷ção d⁷s Regiões de )nfluên⁹i⁷ d⁷s ⁹id⁷des, tendo o m⁷is

re⁹ente sido divulg⁷do em outu⁸ro de )BGE, .

O )pe⁷ pu⁸li⁹ou em ⁹onjunto ⁹om ⁷ Uni⁹⁷mp-)E e )BGE-Nesur estudo so⁸re ⁷ ⁹⁷r⁷⁹teriz⁷ção e tendên⁹i⁷s d⁷ rede ur⁸⁷n⁷ do Br⁷sil, enfo⁹⁷ndo ⁷s tr⁷nsform⁷ções no pro⁹esso de ur⁸⁷niz⁷ção e no pro⁹esso de ⁹res⁹imento demográfi⁹o )pe⁷/Uni⁹⁷mp.)E.Nesur/

)BGE, .

Apes⁷r de metodologi⁷s diferen⁹i⁷d⁷s, nosso interesse n⁷ ⁹ontr⁷posição de um e outro estudo é o⁸serv⁷r o result⁷do no que se

(7)

sistem⁷s n⁷⁹ion⁷is tendem ⁷ se tr⁷nsform⁷r em um ’ni⁹o sistem⁷ em es⁹⁷l⁷ mundi⁷l e que, no nosso ⁹⁷so, vem sendo ⁹om⁷nd⁷do por São P⁷ulo .

Port⁷nto, se ⁷ntes ⁷ hier⁷rqui⁷ de ⁹id⁷des no Br⁷sil se f⁷zi⁷ ⁷tr⁷vés de noss⁷ rede intern⁷ e d⁷ importân⁹i⁷ de seus respe⁹tivos ⁹entros no ⁹enário n⁷⁹ion⁷l, ⁹⁷d⁷ vez m⁷is o que p⁷ss⁷ ⁷ ter peso é ⁷ posição d⁷ ⁹id⁷de no ⁹enário intern⁷⁹ion⁷l e seus diversos sistem⁷s n⁷⁹ion⁷is . A ⁷⁸ertur⁷ e⁹onô-mi⁹⁷ dos ⁷nos , ⁷ est⁷⁸iliz⁷ção e⁹onômi⁹⁷ por qu⁷se du⁷s dé⁹⁷d⁷s e ⁷ rev⁷loriz⁷ção monetári⁷ ⁹onstituem elementos fund⁷ment⁷is p⁷r⁷ ⁷ nov⁷ inserção d⁷ e⁹onomi⁷ ⁸r⁷sileir⁷ no ⁹enário inter-n⁷⁹ion⁷l, f⁷tos que irão imp⁷⁹t⁷r positiv⁷mente o território d⁷ áre⁷ de influên⁹i⁷ d⁷s du⁷s metrópoles n⁷⁹ion⁷is. Ao mesmo tempo, o Rio de J⁷neiro form⁷ ⁹om São P⁷ulo um m⁷⁹roeixo ur⁸⁷no de peso, pois junt⁷s ⁹onstituem um mer⁹⁷do ⁹onsumidor ⁷mplo e diversifi⁹⁷do ⁹on⁹entr⁷ndo signifi⁹⁷tivo volume de popul⁷ção e ⁷tivid⁷des e⁹onômi⁹⁷s.

O est⁷do do Rio de J⁷neiro ⁷present⁷ o º m⁷ior P)B do p⁷ís, riquez⁷ de ⁷proxim⁷d⁷mente ⁸ilhões de re⁷is, sendo ⁷ ⁷tivid⁷de de servi-ços ⁷ preponder⁷nte % do tot⁷l . Dest⁷⁹⁷-se ⁷í ⁷ posição do muni⁹ípio do Rio de J⁷neiro, que o⁹up⁷ o primeiro lug⁷r no ranking est⁷du⁷l, sendo

⁷ ⁷dministr⁷ção p’⁸li⁹⁷ m⁷is import⁷nte – , % do v⁷lor ⁷greg⁷do de serviços do muni⁹ípio em . Dest⁷⁹⁷m-se ⁷ind⁷ ⁹omér⁹io e serviços de tr⁷nsporte e ⁷rm⁷zen⁷gem , % ; e os serviços prest⁷dos às empres⁷s , % . Assim, ⁷pes⁷r de flutu⁷ções ligeir⁷s n⁷ p⁷rti⁹ip⁷ção muni⁹ip⁷l n⁷ form⁷ção do P)B est⁷du⁷l , % em e , % em , ⁷ ger⁷ção de riquez⁷ ⁹ontinu⁷ fortemen-te pol⁷riz⁷d⁷ pelo muni⁹ípio do Rio de J⁷neiro e su⁷ região metropolit⁷n⁷, mesmo ⁹om o g⁷nho de importân⁹i⁷ d⁷ zon⁷ petrolífer⁷ de C⁷mpos/M⁷⁹⁷é tr⁷nsform⁷ções n⁷ rede ur⁸⁷n⁷ d⁷s m⁷⁹rorregiões

do p⁷ís. Em ⁷m⁸os os estudos, São P⁷ulo se dest⁷-⁹⁷ ⁹omo ⁷ prin⁹ip⁷l metrópole, seguid⁷ pelo Rio de J⁷neiro; n⁷ série históri⁹⁷ d⁷ Regi⁹, o Rio de J⁷neiro domin⁷ ⁷ segund⁷ posição, ⁷gor⁷ dividindo ess⁷ po-sição ⁹om Br⁷síli⁷ .

C⁷⁸e ress⁷lt⁷r que ⁷ industri⁷liz⁷ção ⁸r⁷silei-r⁷ ⁷ p⁷rtir d⁷ dé⁹⁷d⁷ de e, p⁷rti⁹ul⁷rmente, n⁷s ’ltim⁷s dé⁹⁷d⁷s, ⁷tr⁷vessou mud⁷nç⁷s qu⁷n-do lid⁷s region⁷lmente. A des⁹on⁹entr⁷ção d⁷s unid⁷des industri⁷is, então ⁸⁷se⁷d⁷s no ⁹entro--sul, deve ser lid⁷ ⁹omo result⁷do de estr⁷tégi⁷s territori⁷is de desenvolvimento que repetir⁷m n⁷s metrópoles region⁷is ⁷ lógi⁹⁷ ⁷ntes o⁸serv⁷-d⁷ p⁷r⁷ o p⁷ís, ou sej⁷, prioriz⁷r⁷m ⁹ertos ⁹entros ur⁸⁷nos em ⁹⁷d⁷ região. Assim, se ⁷ntes tính⁷-mos um⁷ e⁹onomi⁷ ⁹entr⁷liz⁷d⁷ no Sudeste São P⁷ulo, Rio de j⁷neiro e Belo (orizonte , ⁷s dem⁷is metrópoles region⁷is p⁷ss⁷r⁷m t⁷m⁸ém ⁷ sedi⁷r unid⁷des industri⁷is.

Mesmo ⁹om esse pro⁹esso de des⁹on⁹entr⁷ção ⁹on⁹entr⁷d⁷ d⁷ ind’stri⁷ no território n⁷⁹ion⁷l, ⁷s políti⁹⁷s industri⁷is ⁷dot⁷d⁷s p⁷r⁷ ⁷s m⁷⁹rorregi-ões tiver⁷m no Rio de J⁷neiro ⁷lguns import⁷ntes projetos , em⁸or⁷ ⁷ p⁷rti⁹ip⁷ção rel⁷tiv⁷ do muni-⁹ípio no tot⁷l d⁷ produção industri⁷l do p⁷ís tenh⁷ se reduzido propor⁹ion⁷lmente em f⁷⁹e d⁷s t⁷x⁷s o⁸serv⁷d⁷s em outros est⁷dos d⁷ feder⁷ção )pe⁷/ Uni⁹⁷mp.)E.Nesur/)BGE, , p. . Neste es-tudo o Rio de J⁷neiro, junt⁷mente ⁹om São P⁷ulo, pel⁷ su⁷ inserção no sistem⁷ mundi⁷l de ⁹id⁷des, é tr⁷t⁷do ⁹omo metrópole glo⁸⁷l. V⁷le insistir nes-se ⁷spe⁹to, pois um⁷ vez que noss⁷ ind’stri⁷ nes-se ⁷⁸re p⁷r⁷ o exterior no iní⁹io dos ⁷nos , nos-s⁷ rede ur⁸⁷n⁷ redefine su⁷s inter-rel⁷ções ⁷ p⁷r-tir d⁷ ⁹⁷p⁷⁹id⁷de que detém de se ⁷rti⁹ul⁷r glo⁸⁷l-mente. Signifi⁹⁷, port⁷nto, que no limite, os vários

Sem menosprez⁷r su⁷ importân⁹i⁷, ⁷ posição de Br⁷síli⁷, ⁹ert⁷mente, é ⁸enefi⁹i⁷d⁷ pel⁷ ênf⁷se que ⁷ pesquis⁷ dá à função de gestão feder⁷l do território.

A sigl⁷ Regi⁹ se refere ⁷os estudos desenvolvidos pelo )BGE p⁷r⁷ ⁷ identifi⁹⁷ção d⁷s Regiões de )nfluên⁹i⁷ d⁷s ⁹id⁷des, tendo o m⁷is

re⁹ente sido divulg⁷do em outu⁸ro de )BGE, .

¹⁰ Not⁷d⁷mente no período d⁷ ⁷mpli⁷ção d⁷ refin⁷ri⁷ de Duque de C⁷xi⁷s, ⁷ moderniz⁷ção do Porto do Rio de J⁷neiro e ⁷ ⁹onstrução d⁷ Usin⁷ Atômi⁹⁷ de Angr⁷ dos Reis, ⁷lém do in⁹entivo à ind’stri⁷ n⁷v⁷l.

¹¹ O Rio de J⁷neiro ⁷p⁷re⁹e ⁹omo um ⁹entro de segund⁷ ordem ⁷o l⁷do de Buenos Aires e Cid⁷de do Méxi⁹o n⁷ Améri⁹⁷ L⁷tin⁷,

Joh⁷nnes⁸urgo n⁷ Áfri⁹⁷, (ong Kong, M⁷nilh⁷, B⁷n⁹o⁹ e Seul n⁷ Ási⁷ )pe⁷, , p. .

(8)

⁹id⁷des mundi⁷is, t⁷is ⁹omo telemáti⁹⁷, pesquis⁷ e desenvolvimento P&D , ⁹onsultori⁷ de negó⁹ios, gestão empres⁷ri⁷l e fin⁷n⁹eir⁷ e serviços de tr⁷ns-portes intern⁷⁹ion⁷is e ind’stri⁷ ⁹ri⁷tiv⁷.

Por outro l⁷do, um⁷ import⁷nte fonte de ge-r⁷ção de emprego e rend⁷ no mundo glo⁸⁷liz⁷do é o turismo. Tr⁷t⁷-se de um setor ⁹uj⁷ moderni-z⁷ção, ⁷o ⁹ontrário de outros, induz o ⁹res⁹imen-to do emprego dire⁹res⁹imen-to e indire⁹res⁹imen-to , o que o ⁹res⁹imen-torn⁷ estr⁷tégi⁹o n⁷s políti⁹⁷s de in⁹entivo ⁷o empre-go, so⁸retudo ur⁸⁷no. P⁷r⁷ o ⁹⁷so ⁸r⁷sileiro, o Rio de J⁷neiro é o segundo m⁷ior destino do tu-rismo n⁷⁹ion⁷l e intern⁷⁹ion⁷l M)N)STÉR)O DO TUR)SMO, , f⁷vore⁹endo políti⁹⁷s volt⁷d⁷s p⁷r⁷ o setor n⁷ ⁹id⁷de.

A so⁹ied⁷de metropolit⁷n⁷ fluminense se ⁹⁷r⁷⁹-teriz⁷ ⁷ind⁷ pel⁷ presenç⁷ de um⁷ ⁸uro⁹r⁷⁹i⁷ que mesmo ⁹om ⁷ tr⁷nsferên⁹i⁷ d⁷ ⁹⁷pit⁷l p⁷r⁷ Br⁷síli⁷ ⁷ind⁷ f⁷z d⁷ ⁹id⁷de um import⁷nte n’⁹leo ⁸uro⁹rá-ti⁹o, ⁷lém de um⁷ ⁹ultur⁷ popul⁷r ⁹om elev⁷do po-ten⁹i⁷l de ⁹ri⁷tivid⁷de. São esfer⁷s distint⁷s que, no ⁹onjunto, ⁷liment⁷m dimensões do ⁹⁷pit⁷l sim⁸óli-⁹o d⁷ ⁹id⁷de. Esse ⁹⁷pit⁷l sim⁸ólisim⁸óli-⁹o disput⁷ esp⁷ço n⁷ represent⁷ção d⁷ n⁷ção f⁷⁹ilit⁷do pel⁷s redes de TV e de mídi⁷ em ger⁷l presentes n⁷ ⁹id⁷de.

D⁷d⁷ ⁷ ⁹onform⁷ção físi⁹⁷ do sítio d⁷ ⁹id⁷de mont⁷nh⁷s, pr⁷i⁷s, florest⁷s e ⁷ su⁷ dinâmi⁹⁷ de o⁹up⁷ção, temos um ⁷m⁸iente que ⁷proxim⁷ fisi⁹⁷-mente o po⁸re, ⁷ ⁹l⁷sse médi⁷ e o ri⁹o, ger⁷ndo um ⁹otidi⁷no pe⁹uli⁷r. Ess⁷ ⁹onvivên⁹i⁷ n⁷ ⁹id⁷de ger⁷ tensões é ⁹l⁷ro, m⁷s t⁷m⁸ém produz nov⁷s so⁹i⁷⁸i-lid⁷des que termin⁷m por definir o modo de ser ⁹⁷rio⁹⁷. As tent⁷tiv⁷s de ultr⁷p⁷ss⁷r ⁷ visão du⁷list⁷ d⁷ so⁹ied⁷de lo⁹⁷l, resquí⁹io de um⁷ so⁹iologi⁷ dos ⁷nos , se refletem n⁷ ⁹ons⁹iên⁹i⁷ que o ⁹⁷rio-⁹⁷ de ⁹l⁷sse médi⁷ ou ⁷lt⁷ está ⁷dquirindo so⁸re o ⁷⁸⁷ndono d⁷s políti⁹⁷s p’⁸li⁹⁷s sofrido pel⁷s f⁷ve-l⁷s ⁷o longo de dé⁹⁷d⁷s.

no norte do est⁷do, que não ⁷me⁷ç⁷ ess⁷ hegemo-ni⁷ SEPLAG/CEPERJ, .

Ess⁷ ⁹omposição do P)B est⁷du⁷l e ⁷ p⁷rti⁹ip⁷-ção d⁷ região metropolit⁷n⁷ imp⁷⁹t⁷m o mer⁹⁷do de tr⁷⁸⁷lho. Os d⁷dos ⁷pont⁷m que % dos em-pregos form⁷is ⁷li estão ⁷lo⁹⁷dos no setor serviços que som⁷dos ⁷os % no ⁹omér⁹io ⁹ont⁷⁸iliz⁷m % do emprego form⁷l no setor ter⁹iário . A in-d’stri⁷ é responsável por % do emprego form⁷l, p⁷rti⁹ip⁷ção ess⁷ que deverá se ⁷lter⁷r em ⁷nos próximos, pois há gr⁷ndes investimentos sendo im-pl⁷nt⁷dos no est⁷do e n⁷ su⁷ região metropolit⁷n⁷

sider’rgi⁹⁷s, ind’stri⁷s do r⁷mo petrolífero, n⁷v⁷l, ⁷utomo⁸ilísti⁹o et⁹. f⁷zendo do Rio de J⁷neiro e su⁷ região metropolit⁷n⁷ import⁷nte polo e⁹onômi⁹o, expli⁹⁷ndo ⁸o⁷ p⁷rte d⁷s r⁷zões pel⁷s qu⁷is su⁷ po-pul⁷ção ⁹res⁹e.

O potencial de polarização da RMRJ

A ⁷tu⁷l inserção d⁷ e⁹onomi⁷ ⁸r⁷sileir⁷ n⁷ di-nâmi⁹⁷ glo⁸⁷l, o prin⁹ip⁷l fo⁹o de din⁷mismo p⁷r⁷ ⁷s metrópoles, se ⁸⁷sei⁷ n⁷ produção e ⁹omer⁹i⁷-liz⁷ção de comodities, entre ⁷s qu⁷is predomin⁷m

⁷tivid⁷des ter⁹iári⁷s ⁸enefi⁹iári⁷s d⁷ integr⁷ção glo⁸⁷l )pe⁷/Uni⁹⁷mp.)E.Nesur/)BGE, . N⁷s metrópoles São P⁷ulo e Rio de J⁷neiro, so⁸retudo se inst⁷l⁷m os n’⁹leos de⁹isórios dos m⁷iores gru-pos e⁹onômi⁹os ⁹om negó⁹ios no p⁷ís, sendo priori-tári⁷s in⁹lusive p⁷r⁷ sedi⁷r seus ⁹entros de pesqui-s⁷ . No ranking d⁷s m⁷iores empres⁷s do p⁷ís

d⁷ revist⁷ EXAME p⁷r⁷ , por exemplo, entre ⁷s dez m⁷iores, ⁹in⁹o têm sede no Rio de J⁷neiro, um⁷ posição de dest⁷que que se m⁷ntém histori⁹⁷mente há dé⁹⁷d⁷s EXAME, . As du⁷s metrópoles são prioriz⁷d⁷s n⁷s de⁹isões lo⁹⁷⁹ion⁷is de ind’s-tri⁷s intensiv⁷ em te⁹nologi⁷ e serviços típi⁹os de

¹ No ranking dos ⁹in⁹o m⁷is import⁷ntes ⁹entros ter⁹iários do est⁷do do Rio de J⁷neiro, ⁷lém do muni⁹ípio ⁹⁷pit⁷l ⁷p⁷re⁹em em

ordem de importân⁹i⁷ Duque de C⁷xi⁷s, Niterói, São Gonç⁷lo e Nov⁷ )gu⁷çu, todos n⁷ RMRJ.

¹ No Rio de J⁷neiro en⁹ontr⁷-se ⁹er⁹⁷ de % d⁷s ⁹inquent⁷ m⁷iores empres⁷s est⁷t⁷is, empreg⁷ndo ⁹er⁹⁷ de % dos tr⁷⁸⁷lh⁷-dores dess⁷s empres⁷s por exemplo, Petro⁸r⁷s, Petro⁸r⁷s Distri⁸uidor⁷, Em⁸r⁷tel, Furn⁷s, BNDES et⁹. .

¹ Su⁷ importân⁹i⁷ glo⁸⁷l é ⁷test⁷d⁷ em um estudo pu⁸li⁹⁷do e produzido em n⁷ e pel⁷ renom⁷d⁷ revist⁷ Foreign Policy so⁸re

⁷s ⁹id⁷des glo⁸⁷is. São P⁷ulo e Rio de J⁷neiro são ⁷s ’ni⁹⁷s ⁹id⁷des ⁸r⁷sileir⁷s que figur⁷m no ranking ⁹om ⁹id⁷des, o⁹up⁷ndo,

respe⁹tiv⁷mente, ⁷ ª e ⁷ ª posição. N’meros, que ⁷pes⁷r do de⁹rés⁹imo nos ’ltimos qu⁷tro ⁷nos, ⁷present⁷m um poten⁹i⁷l de ⁹res⁹imento surpreendente, um⁷ vez que um estudo pu⁸li⁹⁷do e produzido pel⁷ mesm⁷ revist⁷ ⁹it⁷ ⁷s mesm⁷s ⁹id⁷des entre ⁷s

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diferentes governos, ⁷ m⁷iori⁷ ⁷pen⁷s f⁷zendo uso de um im⁷ginário o⁸reirist⁷, sem m⁷iores ⁹onse-quên⁹i⁷s so⁸re ⁷ dinâmi⁹⁷ territori⁷l ⁹⁷r⁷⁹teriz⁷d⁷ por fortes disp⁷rid⁷des.

Contri⁸uír⁷m p⁷r⁷ isso um sítio privilegi⁷do, ⁷propri⁷do pelo ⁹⁷pit⁷l imo⁸iliário que se firmou ⁷o longo do tempo e ⁷ presenç⁷ de um setor industri⁷l que surge ⁷ p⁷rtir do sé⁹ulo X)X e que ⁷o longo do sé⁹ulo XX foi se esp⁷lh⁷ndo pelos seus su⁸’r⁸ios. Ess⁷ lógi⁹⁷ territori⁷l fez ⁹om que o uso do termo su⁸’r⁸io pel⁷ popul⁷ção do Rio de J⁷neiro modi-fi⁹⁷sse o sentido ⁷o longo do pro⁹esso de exp⁷nsão d⁷ ⁹id⁷de. Entre ⁷s vári⁷s ⁹onot⁷ções que ⁷dquiriu o termo, ⁹⁷⁸e lem⁸r⁷r o f⁷to de que su⁸’r⁸io foi utiliz⁷do qu⁷se que ex⁹lusiv⁷mente p⁷r⁷ se referir ⁷ ⁸⁷irros ferroviários e popul⁷res; So⁷res ⁷pud FERNANDES, , p. verifi⁹ou que não se denomin⁷ su⁸’r⁸io onde não há trem, mesmo que sej⁷m áre⁷s periféri⁹⁷s , ⁹om ⁸⁷ix⁷ densid⁷de popul⁷⁹ion⁷l e outr⁷s ⁹⁷r⁷⁹terísti⁹⁷s própri⁷s ⁷os su⁸’r⁸ios em ger⁷l.

Ess⁷ exp⁷nsão pel⁷ áre⁷ físi⁹⁷ d⁷ ⁹id⁷de d⁷s unid⁷des f⁷⁸ris levou junto t⁷m⁸ém ⁷ ⁹l⁷sse ope-rári⁷ que, n⁷ medid⁷ do possível, i⁷ residindo pró-ximo d⁷s fá⁸ri⁹⁷s. T⁷l dinâmi⁹⁷ no sé⁹ulo XX foi ⁹⁷r⁷⁹teriz⁷ndo diferentes áre⁷s d⁷ metrópole, um⁷ vez que diversifi⁹⁷v⁷ t⁷nto os p⁷drões de mor⁷di⁷, ⁹omér⁹io e infr⁷estrutur⁷ entre os diferentes ⁸⁷ir-ros, ⁷o mesmo tempo em que diferen⁹i⁷v⁷ ⁷ repre-sent⁷ção d⁷ ⁹id⁷de entre seus h⁷⁸it⁷ntes ou p⁷r⁷ o ⁹onjunto do p⁷ís: Zon⁷ Sul, Zon⁷ Norte, su⁸’r⁸io, B⁷ix⁷d⁷ e ⁷tu⁷lmente Zon⁷ Oeste p⁷ss⁷m ⁷ ser-vir de p⁷râmetros p⁷r⁷ sistem⁷s ⁹l⁷ssifi⁹⁷tórios de ⁹l⁷sse so⁹i⁷l e status, sugerindo um ethos

espe⁹í-fi⁹o de seus mor⁷dores. Se n⁷ Zon⁷ Sul d⁷ ⁹id⁷de ⁷ presenç⁷ de um sítio ur⁸⁷no pleno em serviços ⁹orro⁸or⁷ ⁹om ⁷ noção de modernid⁷de , ⁷ Zon⁷ Norte e o su⁸’r⁸io ⁹om su⁷ ⁸⁷ix⁷d⁷ ⁹ostum⁷m ser ⁷sso⁹i⁷dos ⁷o tr⁷di⁹ion⁷lismo e ⁷o ⁷tr⁷so , im⁷-gem m⁷r⁹⁷d⁷ pelo dis⁹urso d⁷ priv⁷ção de equi-p⁷mentos ur⁸⁷nos e de ⁹omport⁷mentos tidos ⁹omo exóti⁹os e m⁷rgin⁷is . Segundo C⁷rneiro , p. , esse dis⁹urso de ex⁹lusão, reforç⁷-do pel⁷ ⁷p⁷ti⁷ ⁸uro⁹ráti⁹⁷ e inép⁹i⁷ ⁷dministr⁷tiv⁷ V⁷le ⁹onsider⁷r ⁷ind⁷ que ⁷ ⁹omplexid⁷de

d⁷ vid⁷ n⁷ metrópole torn⁷ o ⁷m⁸iente de inte-r⁷ção ⁷li m⁷is ⁷tr⁷tivo do que em ⁹entros meno-res. Ou sej⁷, há um⁷ ur⁸⁷nid⁷de que qu⁷lifi⁹⁷ ⁷ vid⁷ so⁹i⁷l n⁷s metrópoles e seduz o indivíduo, d⁷d⁷ ⁷ diversid⁷de de vín⁹ulos possíveis de se-rem viven⁹i⁷dos . Esse ⁷rgumento, utiliz⁷do por Èmille Durkheim e pelos intele⁹tu⁷is d⁷ Es⁹ol⁷ de Chi⁹⁷go, ⁹omo Wirth em seu ens⁷io O ur⁸⁷nismo ⁹omo modo de vid⁷ , n⁷ vir⁷d⁷ do sé⁹u-lo X)X p⁷r⁷ o sé⁹usé⁹u-lo XX, é ⁷dequ⁷do p⁷r⁷ expli-⁹⁷r ⁹ert⁷s expli-⁹⁷r⁷⁹terísti⁹⁷s de noss⁷s metrópoles. A disponi⁸ilid⁷de de serviços ⁹oletivos s⁷’de, edu⁹⁷ção, h⁷⁸it⁷ção, l⁷zer, e mesmo poten⁹i⁷l de empreg⁷⁸ilid⁷de, dentre outros ⁹ontinu⁷ ⁹olo-⁹⁷ndo noss⁷s metrópoles em posição privilegi⁷d⁷ em ⁹omp⁷r⁷ção ⁷ ⁹id⁷des menores, ⁷gindo ⁹omo f⁷tores de ⁷tr⁷ção que ⁷ ⁹id⁷de detém.

E os problemas permanecem “na cidade”

)remos nos deter so⁸re ⁷s ⁹ondições ger⁷is d⁷ ⁹id⁷de, p⁷rti⁹ul⁷rmente ⁷s ⁹⁷r⁷⁹terísti⁹⁷s que form⁷m p⁷rte de su⁷ im⁷gem neg⁷tiv⁷. Aqui o que está em questão são ⁷spe⁹tos que ⁷tingem o mor⁷dor na cidade no seu ⁹otidi⁷no ur⁸⁷no, num

território ⁹om forte heterogeneid⁷de físi⁹⁷, so⁹i⁷l, ⁹ultur⁷l, e⁹onômi⁹⁷.

O esp⁷ço metropolit⁷no do Rio de J⁷neiro se es-truturou ⁹om um⁷ ⁹id⁷de ⁹entr⁷l Rio de J⁷neiro , que ⁷ p⁷rtir de diferentes pl⁷nos ur⁸⁷nísti⁹os ⁷o longo do sé⁹ulo XX tr⁷nsformou-se no sím⁸olo d⁷ n⁷ção, t⁷l qu⁷l ⁷ ⁸⁷ndeir⁷ ou o hino n⁷⁹ion⁷l, ⁹on-⁹entr⁷ndo investimentos em ⁷lgum⁷s de su⁷s áre⁷s tom⁷d⁷s ⁹omo vitrine p⁷r⁷ t⁷l propósito. Nesse sen-tido, ⁷ ⁹id⁷de teve no governo Pereir⁷ P⁷ssos ⁷ ⁷ ini⁹i⁷tiv⁷ de gr⁷ndes reform⁷s ur⁸⁷nísti-⁹⁷s que m⁷r⁹⁷r⁷m o seu ingresso n⁷ modernid⁷de. Um⁷ gestão polêmi⁹⁷ que redefiniu o sentido de ⁹⁷-pit⁷l que ⁷ ⁹id⁷de exer⁹i⁷, e que provo⁹ou gr⁷ndes tr⁷nsform⁷ções no esp⁷ço ur⁸⁷no. Podemos ⁹onsi-der⁷r que, ⁹om ess⁷ gestão, ⁷ ⁹id⁷de ⁷⁸sorveu ⁷ ló-gi⁹⁷ d⁷ reform⁷ ur⁸⁷n⁷ que foi ⁹⁷r⁷⁹teriz⁷ndo seus

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dest⁷⁹⁷mos ⁷ expulsão de ⁹⁷pit⁷is produtivos d⁷ áre⁷, ⁷ preferên⁹i⁷ de multin⁷⁹ion⁷is em inst⁷l⁷rem es⁹ritórios e unid⁷des f⁷⁸ris em São P⁷ulo, Curiti⁸⁷, S⁷lv⁷dor et⁹. A RMRJ ⁹ontinuou ⁷ind⁷ ⁹omo o se-gundo polo e⁹onômi⁹o do p⁷ís, porém sem o din⁷-mismo que se o⁸serv⁷v⁷ em ⁷lgum⁷s outr⁷s ⁹⁷pi-t⁷is est⁷du⁷is.

Ness⁷ im⁷gem violent⁷ e neg⁷tiv⁷ de dé⁹⁷-d⁷s, terí⁷mos que entender o porquê de o Rio de J⁷neiro ⁹ontinu⁷r ⁷tr⁷indo novos h⁷⁸it⁷ntes, p⁷rti⁹ul⁷rmente os de ⁸⁷ix⁷ qu⁷lifi⁹⁷ção profis-sion⁷l . Fluxos migr⁷tórios são ⁹onjuntos de in-divíduos à pro⁹ur⁷ de inserção n⁷ lógi⁹⁷ s⁷l⁷ri⁷l--monetári⁷. A possi⁸ilid⁷de re⁷l e/ou poten⁹i⁷l de empreg⁷⁸ilid⁷de n⁷ metrópole em ⁹omp⁷r⁷-ção às ⁹id⁷des pequen⁷s ou mesmo à áre⁷ rur⁷l do Br⁷sil são ⁹on⁹ret⁷s. Aqui, o Rio de J⁷neiro de-tém forte poder de ⁷tr⁷ção. Além disso, o ⁷⁹esso ⁷ serviços ⁹oletivos p⁷r⁷ p⁷r⁹el⁷s d⁷ popul⁷ção, mesmo se qu⁷lit⁷tiv⁷mente ruins, é m⁷is v⁷nt⁷-joso do que o seu ⁷⁹esso n⁷s áre⁷s rur⁷is ou de n’⁹leos menores esp⁷lh⁷dos pelo território n⁷-⁹ion⁷l. É import⁷nte ress⁷lt⁷r que ⁷ idei⁷ de que f⁷lt⁷m projetos so⁹i⁷is n⁷s f⁷vel⁷s não se ⁹onfir-m⁷ n⁷ práti⁹⁷. Eles são muitos e qu⁷se sempre ⁹onvivem de m⁷neir⁷ ⁹⁷óti⁹⁷. O que é re⁷l é ⁷ des-⁹ontinuid⁷de e fr⁷gment⁷ção e ⁷ ⁸⁷ix⁷ qu⁷lid⁷de d⁷s políti⁹⁷s e serviços p’⁸li⁹os à disposição d⁷-quel⁷s popul⁷ções so⁸reposição de ⁷ções, ⁷ções simultâne⁷s não ⁹oorden⁷d⁷s, v⁷zios territori⁷is d⁷s ⁷ções et⁹. (ENR)QUES; RAMOS, .

T⁷is ⁷spe⁹tos nos ⁷uxili⁷m, por exemplo, n⁷ reflexão so⁸re ⁷s f⁷vel⁷s, estigm⁷tiz⁷d⁷s pel⁷ violên⁹i⁷ ur⁸⁷n⁷, lid⁷s em ger⁷l ⁹omo fonte dos de⁹orrente de políti⁹⁷s p’⁸li⁹⁷s que privilegi⁷m

sempre ⁷ Zon⁷ sul d⁷ ⁹id⁷de , dá suporte à relevân-⁹i⁷ do lo⁹⁷l de mor⁷di⁷ n⁷ ⁹onstituição de identi-d⁷de de grupos so⁹i⁷is n⁷ ⁹iidenti-d⁷de.

Atu⁷lmente, ⁷ ⁹id⁷de se exp⁷nde p⁷r⁷ onde está previsto, por exemplo, ⁷ inst⁷l⁷ção d⁷ infr⁷-estrutur⁷ dos Jogos Olímpi⁹os, ⁹om o estoque de equip⁷mentos ⁹oletivos que ⁷ ⁷⁹omp⁷nh⁷ metrô, ⁷⁸ertur⁷ de t’neis, moderno sistem⁷ de tr⁷ns-porte ⁹oletivo vi⁷ ôni⁸us et⁹. . Esse volume de investimento vem hoje, som⁷do ⁷o seu pro⁹esso de o⁹up⁷ção, fort⁷le⁹endo ⁷ ⁹l⁷ssifi⁹⁷ção intern⁷ que dest⁷⁹⁷ e v⁷loriz⁷ os ⁸⁷irros B⁷rr⁷ d⁷ Tiju⁹⁷ e Re⁹reio em detrimento de outros, t⁷is ⁹omo B⁷ngu, Curi⁹i⁹⁷, G⁷rdêni⁷ Azul, Re⁷lengo e P⁷⁹iên⁹i⁷, me-⁹⁷nismo simil⁷r ⁷o que ⁷⁹onte⁹eu histori⁹⁷mente entre Zon⁷ Sul e Zon⁷ Norte .

Somou-se ⁷ind⁷, p⁷r⁷ fort⁷le⁹er esse qu⁷dro, o desgoverno de políti⁹os lo⁹⁷is ⁷liment⁷do dur⁷nte dé⁹⁷d⁷s pelos su⁹essivos imp⁷sses entre o governo est⁷du⁷l/lo⁹⁷l e o governo feder⁷l e ⁷s disput⁷s en-tre grupos do ⁹rime org⁷niz⁷do . G⁷nh⁷ visi⁸ilid⁷-de o f⁷to visi⁸ilid⁷-de que o ⁷⁸⁷ndono d⁷s áre⁷s pre⁹⁷riz⁷d⁷s d⁷ ⁹id⁷de terminou por ⁹ri⁷r territórios v⁷zios de poder p’⁸li⁹o, o que permitiu ⁷o ⁹rime org⁷niz⁷-do o⁹up⁷r o terreno. Disso result⁷ que ⁷ violên⁹i⁷ ur⁸⁷n⁷ p⁷ssou ⁷ o⁹up⁷r ⁷ ⁹en⁷ midiáti⁹⁷ ⁹otidi⁷n⁷ ⁹onsolid⁷ndo im⁷gem neg⁷tiv⁷ d⁷ metrópole t⁷nto intern⁷ qu⁷nto extern⁷mente . Em médio pr⁷zo, ess⁷ situ⁷ção foi deterior⁷ndo ⁷ qu⁷lid⁷de de vid⁷ p⁷r⁷ o ⁹onjunto d⁷ metrópole, ⁷⁹entu⁷ndo fenôme-nos típi⁹os d⁷s gr⁷ndes ⁹id⁷des do ⁹h⁷m⁷do ter⁹ei-ro mundo : periferiz⁷ção, f⁷veliz⁷ção, violên⁹i⁷ et⁹. Os efeitos neg⁷tivos dess⁷ situ⁷ção for⁷m vários, e

¹ N⁷ Zon⁷ Oeste, segundo o Censo de , nos ⁷nos o⁹orreu um⁷ explosão de mor⁷di⁷s em f⁷vel⁷s n⁷ B⁷rr⁷ d⁷ Tiju⁹⁷ e

J⁷⁹⁷rep⁷guá: em os mor⁷dores nesses ⁷ssent⁷mentos represent⁷v⁷m % d⁷ popul⁷ção tot⁷l d⁷ região, p⁷ss⁷ndo p⁷r⁷ %

em em r⁷zão de in⁹rementos de mil pesso⁷s CUN(A; PEDRE)RA, .

¹ Nesse sentido, v⁷leri⁷ um⁷ investig⁷ção m⁷is dedi⁹⁷d⁷ so⁸re os efeitos d⁷s políti⁹⁷s p’⁸li⁹⁷s, que em ⁹erto sentido vis⁷m inserir t⁷l esp⁷ço ur⁸⁷no em um⁷ nov⁷ ⁹onfigur⁷ção ⁹entr⁷l d⁷ ⁹id⁷de, fort⁷le⁹endo um⁷ ⁷lo⁹⁷ção sim⁸óli⁹⁷ de ⁷lguns de seus ⁸⁷irros, que

os ⁷sso⁹i⁷m à zon⁷ m⁷is ⁷⁸⁷st⁷d⁷ d⁷ ⁹id⁷de, ⁷ Zon⁷ Sul CECC(ETTO; FAR)AS, .

¹ O est⁷do do Rio de J⁷neiro e ⁷ ⁹id⁷de do Rio de J⁷neiro dur⁷nte dé⁹⁷d⁷s sempre m⁷nteve um⁷ rel⁷ção de oposição ⁷o governo ⁹en-tr⁷l ou, qu⁷ndo não, de disput⁷s entre o governo muni⁹ip⁷l e est⁷du⁷l. Só re⁹entemente esse qu⁷dro se ⁷lterou p⁷r⁷ um⁷ ⁷li⁷nç⁷ entre os três níveis de governo.

⁰ A violên⁹i⁷ ur⁸⁷n⁷ no Br⁷sil é um fenômeno que ⁷l⁹⁷nç⁷ pr⁷ti⁹⁷mente tod⁷s ⁷s prin⁹ip⁷is ⁹id⁷des do p⁷ís e não é privilégio do Rio de J⁷neiro. Apes⁷r disso, há ⁹ert⁷ ênf⁷se midiáti⁹⁷ so⁸re os f⁷tos que ⁷li o⁹orrem.

(11)

ur⁸⁷nid⁷de e ⁹id⁷d⁷ni⁷. Romper ⁹om t⁷is pers-pe⁹tiv⁷s nos permitiri⁷ p⁷ss⁷r d⁷ etnogr⁷fi⁷ do en⁹l⁷ve à so⁹iologi⁷ d⁷s ⁹ultur⁷s ur⁸⁷n⁷s .

A políti⁹⁷ de segur⁷nç⁷ p’⁸li⁹⁷ represent⁷d⁷ pel⁷s Unid⁷des de Polí⁹i⁷ P⁷⁹ifi⁹⁷dor⁷ UPP vem sendo ⁷ form⁷ en⁹ontr⁷d⁷ p⁷r⁷ intervir e ⁹om⁸⁷-ter o ⁹rime org⁷niz⁷do que se esp⁷lhou pel⁷s áre⁷s f⁷vel⁷d⁷s do Rio de J⁷neiro, retom⁷ndo e devol-vendo ess⁷s áre⁷s ⁷o ⁹ontrole est⁷t⁷l, re⁹uper⁷n-do o monopólio re⁹uper⁷n-do uso d⁷ forç⁷. São estr⁷tégi⁷s de p⁷⁹ifi⁹⁷ção e ⁹ontrole de áre⁷s domin⁷d⁷s há pelo menos du⁷s dé⁹⁷d⁷s por grupos ⁹riminosos org⁷-niz⁷dos e ⁷rm⁷dos que ⁹ontrol⁷v⁷m ⁷ rotin⁷ d⁷s f⁷vel⁷s. Pel⁷s UPPs se pro⁹ur⁷ re⁹uper⁷r esp⁷ços p’⁸li⁹os d⁷ metrópole, tr⁷zendo de volt⁷ ⁷os ele-mentos ⁹onstitutivos de su⁷ identid⁷de ⁷s form⁷s de so⁹i⁷⁸ilid⁷de ger⁷d⁷s pelo modelo de ur⁸⁷niz⁷-ção que el⁷s represent⁷m.

Se ⁸em ⁹onduzid⁷, ess⁷ políti⁹⁷ de segur⁷nç⁷ deverá ⁷lter⁷r ⁷ lógi⁹⁷ de regul⁷ção so⁹i⁷l em ⁷m-⁸ientes em que ⁷s regr⁷s er⁷m dit⁷d⁷s por grupos p⁷r⁷lelos; grupos estes que interferi⁷m no fun⁹io-n⁷mento d⁷ m⁷iori⁷ dos serviços ur⁸⁷nos p’⁸li⁹os ou priv⁷dos, n⁷s rel⁷ções ⁹omer⁹i⁷is e imo⁸iliári⁷s, n⁷ ofert⁷ ou regul⁷ção de esfer⁷s e ⁸ens ⁹ultur⁷is ⁹oletivos e, frequentemente, n⁷s rel⁷ções priv⁷d⁷s entre mor⁷dores ou mesmo dentro d⁷s f⁷míli⁷s

(ENR)QUES; RAMOS, .

Se tom⁷rmos ⁷s UPPs ou, por exemplo, ⁷ lo-⁹⁷liz⁷ção d⁷ infr⁷estrutur⁷ físi⁹⁷ onde o⁹orre-rão os próximos gr⁷ndes eventos, veremos que são prioriz⁷d⁷s áre⁷s restrit⁷s do n’⁹leo ⁹entr⁷l e p⁷rte d⁷ Zon⁷ Oeste d⁷ ⁹id⁷de que ⁹ert⁷mente irão v⁷loriz⁷r esse território induzindo futuros deslo⁹⁷mentos d⁷ popul⁷ção m⁷is po⁸re p⁷r⁷ ⁷s periferi⁷s . Atu⁷ndo em ⁹onjunto ⁹om o mer⁹⁷do imo⁸iliário, t⁷is políti⁹⁷s poderão f⁷vore⁹er um⁷ dinâmi⁹⁷ espe⁹ul⁷tiv⁷ que se isol⁷d⁷s de refor-m⁷s estrutur⁷is, tenderi⁷m ⁷ um⁷ expulsão ⁸r⁷n-⁹⁷ dess⁷ popul⁷ção, ⁹omprometendo m⁷is ⁷ind⁷ o direito à ⁹id⁷de p⁷r⁷ ⁹ert⁷s ⁹⁷m⁷d⁷s. Assim, p⁷r⁷ os gr⁷ndes eventos e ⁷ políti⁹⁷ ur⁸⁷n⁷ que deles ⁷dvém serão ne⁹essári⁷s flexi⁸ilid⁷de e ⁷gi-lid⁷de nos pro⁹essos de⁹isórios, ⁷o ris⁹o de neg⁷r pro⁸lem⁷s ur⁸⁷nos. Se n⁷ origem ⁷s f⁷vel⁷s for⁷m

⁹onstituíd⁷s por popul⁷ções ex⁹luíd⁷s – por di-ferentes r⁷zões – do ⁷⁹esso à ⁹id⁷de, hoje já são p⁷rte ⁹onstitutiv⁷ d⁷ identid⁷de lo⁹⁷l de t⁷l m⁷nei-r⁷ que é impossível im⁷gin⁷r o Rio de J⁷neiro sem su⁷s f⁷vel⁷s e tod⁷ ⁷ energi⁷ que d⁷li ⁸rot⁷ e que enrique⁹e ⁷ ⁹ultur⁷ metropolit⁷n⁷. Como es⁹reve Sérgio M⁷g⁷lhães do )AB/RJ, refletindo so⁸re ⁷ ⁹onjuntur⁷ ⁷tu⁷l no Rio de J⁷neiro:

[...] o ur⁸⁷nist⁷ in⁹orpor⁷ ⁷ diversid⁷de esp⁷⁹i⁷l ⁹omo v⁷lor. Não m⁷is um⁷ só form⁷ ur⁸⁷n⁷ – ⁷ d⁷ perfeição – m⁷s t⁷nt⁷s qu⁷nt⁷s ⁷s ⁹ondições espe-⁹ífi⁹⁷s, históri⁹⁷s, geográfi⁹⁷s e ⁹ultur⁷is promo-verem. A multipli⁹id⁷de morfológi⁹⁷ ⁹ert⁷men-te será um⁷ riquez⁷ d⁷s ⁹id⁷des MAGAL(ÃES,

, p. .

Evidente que há pro⁸lem⁷s nesses ⁷m⁸ientes de f⁷vel⁷s, so⁸retudo se, ⁹omo é re⁹orrente em textos ⁷⁹⁷dêmi⁹os, ⁷s olh⁷rmos ⁹omo ⁷lgo exte-rior à ⁹id⁷de. V⁷l⁷d⁷res ⁷rgument⁷ so⁸re os dogm⁷s que ⁷s ⁹iên⁹i⁷s so⁹i⁷is utiliz⁷m p⁷r⁷ tr⁷tá-l⁷s: en⁹⁷rá-l⁷s ⁹omo fenômeno espe⁹ifi⁹o dentro d⁷ ⁹id⁷de, visão re⁹orrente entre geógr⁷-fos, ur⁸⁷nist⁷s, jurist⁷s, demógr⁷geógr⁷-fos, ⁷ntropólo-gos e so⁹iólo⁷ntropólo-gos. Ou então tr⁷tá-l⁷s ⁹omo lócus d⁷

po⁸rez⁷, o território ur⁸⁷no dos po⁸res, susten-t⁷do nos ⁷nos pel⁷ teori⁷ d⁷ m⁷rgin⁷lid⁷de, sim⁸oliz⁷ndo território dos pro⁸lem⁷s so⁹i⁷is. Ou ⁷ind⁷, ⁷ f⁷vel⁷ tr⁷t⁷d⁷ ⁹omo fenômeno homo-gêneo e não diverso ⁹omo é ⁷ su⁷ re⁷l ⁹ondição, o que lev⁷ ⁷ ⁹onsiderá-l⁷s tod⁷s idênti⁹⁷s, ⁷⁸str⁷in-do ⁷ histori⁹id⁷de de ⁹⁷d⁷ um⁷ PRETECE)LLE; R)BE)RO, . Esse dogm⁷tismo o⁸s⁹ure⁹e ⁷ n⁷turez⁷ heterogêne⁷ d⁷s f⁷vel⁷s e in⁹lusive de um⁷ metrópole ⁹omo o Rio de J⁷neiro onde ⁹oe-xistem m’ltiplos modos de vid⁷ ⁹onstituindo o elemento dinâmi⁹o d⁷ vid⁷ so⁹i⁷l. Assim, ⁷ ques-tão de fundo será tr⁷t⁷r o universo d⁷s f⁷vel⁷s ⁹omo heterogêneo e diferen⁹i⁷do, sej⁷ fisi⁹⁷men-te, sej⁷, so⁸retudo, n⁷s mod⁷lid⁷des de org⁷niz⁷-ção ⁹oletiv⁷ e de ⁹onstituiorg⁷niz⁷-ção de um ⁹⁷pit⁷l so⁹i⁷l que lhe é próprio, tr⁷nspondo ⁷ oposição entre

A esse respeito ver )s⁷⁷⁹ Joseph : L´athlète moral et l´enquêteur modeste, ⁹onforme ⁷ ⁸i⁸liogr⁷fi⁷.

(12)

ur⁸⁷nos. Ess⁷ ⁹omp⁷ti⁸ilid⁷de políti⁹⁷ vem g⁷r⁷ntin-do ⁷ implement⁷ção de projetos ur⁸⁷nos n⁷ região metropolit⁷n⁷. Além disso, ⁷ retom⁷d⁷ d⁷ industri⁷li-z⁷ção est⁷du⁷l por meio d⁷ impl⁷nt⁷ção de nov⁷s in-d’stri⁷s de ⁸⁷se e de ⁸ens duráveis ⁹om fortes efeitos multipli⁹⁷dores. A impl⁷nt⁷ção do Polo Sider’rgi⁹o no Distrito de S⁷nt⁷ Cruz, fili⁷is de multin⁷⁹ion⁷is do ⁷utomóvel, ⁷ ⁷mpli⁷ção do porto de )t⁷gu⁷í, todos n⁷ região metropolit⁷n⁷, são ⁷ções ⁹om fortes imp⁷⁹tos so⁸re o emprego e rend⁷ n⁷ RMRJ.

A re⁹ente re⁷liz⁷ção d⁷ Conferên⁹i⁷ d⁷ ONU, R)O+ , ⁷ sede de ⁷lguns dos jogos e ⁷ fin⁷l d⁷ Cop⁷ do Mundo de Fute⁸ol , ⁷ es⁹olh⁷ d⁷ ⁹id⁷de p⁷r⁷ sede dos Jogos Olímpi⁹os , entre outros, ⁹olo⁹⁷m ⁷ ⁹id⁷de no ⁹entro d⁷ im⁷gem intern⁷⁹io-n⁷l do p⁷ís e ⁹⁷pit⁷nei⁷m um⁷ série de medid⁷s de políti⁹⁷ ur⁸⁷n⁷ que estão ⁷lter⁷ndo ⁷ p⁷is⁷gem tr⁷-di⁹ion⁷l d⁷ ⁹id⁷de. Em r⁷zão desses eventos se im-pl⁷nt⁷m projetos de revit⁷liz⁷ção de ⁷ntig⁷s áre⁷s degr⁷d⁷d⁷s d⁷ ⁹id⁷de nos moldes do que ⁷⁹onte⁹eu em outr⁷s metrópoles esp⁷lh⁷d⁷s pelo pl⁷net⁷; ou mesmo se ⁷mpli⁷ ⁷ ofert⁷ de infr⁷estrutur⁷ p⁷r⁷ ⁷ exp⁷nsão do sitio ur⁸⁷no p⁷r⁷ ⁷ região d⁷ B⁷rr⁷ d⁷ Tiju⁹⁷. Dest⁷que-se o pl⁷no ⁹omplexo de regener⁷-ção de territórios degr⁷d⁷dos n⁷ áre⁷ do porto e no-v⁷s áre⁷s de exp⁷nsão do te⁹ido ur⁸⁷no. O fenôme-no não é origin⁷l: gr⁷ndes eventos mundi⁷is vêm, nos ’ltimos tempos, desenvolvendo estr⁷tégi⁷s de sustent⁷⁸ilid⁷de que ⁸us⁹⁷m m⁷ximiz⁷r seu im-p⁷⁹to positivo e dur⁷douro n⁷ vid⁷ e n⁷ e⁹onomi⁷ d⁷s ⁹id⁷des em de⁹orrên⁹i⁷ dos fortes investimen-tos ne⁹essários p⁷r⁷ su⁷ ⁷ re⁷liz⁷ção . O result⁷do p⁷r⁷ ⁷ ⁹id⁷de se m⁷nifest⁷ n⁷ esfer⁷ m⁷teri⁷l – re-des de tr⁷nsporte, equip⁷mentos de l⁷zer e turismo, inst⁷l⁷ções esportiv⁷s et⁹. que se in⁹orpor⁷m à vid⁷ d⁷ ⁹id⁷de – e n⁷ esfer⁷ im⁷teri⁷l – ⁹om efeitos são ⁷ ⁹id⁷de enqu⁷nto esp⁷ço políti⁹o em f⁷vor do

marketing ur⁸⁷no e d⁷ ⁹id⁷de espetá⁹ulo .

Elementos conclusivos: conjuntura de euforia

Nosso propósito foi refletir so⁸re ⁷ RMRJ, metró-pole que, por vári⁷s r⁷zões, ⁷tr⁷vess⁷ momento de eufori⁷ . P⁷l⁹o de re⁹entes e de futuros eventos glo-⁸⁷is, ⁷ metrópole re⁹uper⁷ dimensões de su⁷ histó-ri⁹⁷ ⁹⁷pit⁷lid⁷de, hoje dividindo ess⁷ represent⁷ção ⁹om outr⁷s metrópoles do p⁷ís. São três ⁷s r⁷zões que estão n⁷ ⁸⁷se desse momento ⁷tu⁷l: ⁷ disponi-⁸ilid⁷de de re⁹ursos n⁷tur⁷is petróleo ; ⁷ ⁷tr⁷ção do fluxo de turismo n⁷⁹ion⁷l e intern⁷⁹ion⁷l; e os gr⁷ndes eventos intern⁷⁹ion⁷is previstos p⁷r⁷ os próximos ⁷nos. São dimensões ⁹om forte imp⁷⁹to de médio e longo pr⁷zo n⁷ e⁹onomi⁷ e n⁷ so⁹ied⁷-de metropolit⁷n⁷ e vêm monopoliz⁷ndo os esforços d⁷s políti⁹⁷s ur⁸⁷n⁷s lo⁹⁷l, est⁷du⁷l e feder⁷l.

O est⁷do do Rio de J⁷neiro é o prin⁹ip⁷l produ-tor de petróleo no p⁷ís e teve ⁷ su⁷ ⁹⁷p⁷⁹id⁷de ⁷m-pli⁷d⁷ ⁹om o pré-s⁷l que explor⁷ o re⁹urso n⁷s pl⁷t⁷form⁷s m⁷rinh⁷s. Em se tr⁷t⁷ndo de energi⁷ não renovável, o petróleo ⁷tu⁷ de form⁷ de⁹isiv⁷ n⁷ ⁹onfigur⁷ção d⁷s v⁷nt⁷gens ⁹ompetitiv⁷s de regiões e p⁷íses P)QUET, . Nesse sentido, o est⁷do do Rio de J⁷neiro se ⁸enefi⁹i⁷ mesmo se su⁸metido ⁷ pressões políti⁹⁷s p⁷r⁷ ⁷ redistri⁸uição dos lu⁹ros de su⁷ explor⁷ção . (⁷veri⁷ ⁷ p⁷rtir dos royalties d⁷

ex-plor⁷ção, forte ⁹⁷p⁷⁹id⁷de de investimento por p⁷rte do governo est⁷du⁷l; d⁷í ⁷ importân⁹i⁷ d⁷ integr⁷ção entre governo lo⁹⁷l e est⁷du⁷l. Atu⁷lmente, ⁷ ⁹id⁷de ⁷l⁹⁷nç⁷, depois de dé⁹⁷d⁷s, ess⁷ h⁷rmoni⁷ políti⁹⁷ entre os três níveis de governo, o que vem f⁷⁹ilit⁷n-do ⁷ disponi⁸ilid⁷de de re⁹ursos p⁷r⁷ investimentos

Pro⁹essos que tiver⁷m ⁹omo prin⁹ip⁷is ⁹ríti⁹os ⁷ )ntern⁷⁹ion⁷l Situ⁷⁹ionist⁷, ⁹uj⁷s ⁹ríti⁹⁷s à espet⁷⁹ul⁷riz⁷ção ur⁸⁷n⁷ se dest⁷⁹⁷m n⁷

o⁸r⁷ de Guy De⁸ord , em que ele defende ⁷ p⁷rti⁹ip⁷ção ⁷tiv⁷ dos ⁷tores em todos os ⁹⁷mpos d⁷ vid⁷ so⁹i⁷l em detrimento d⁷

p⁷ssivid⁷de domin⁷nte.

O Rio de J⁷neiro é hoje um⁷ d⁷s dez ⁹id⁷des m⁷is dinâmi⁹⁷s do mundo segundo o m⁷is re⁹ente Global Metro Monitor, pu⁸li⁹⁷ção ⁹onjunt⁷ d⁷

London S⁹hool of E⁹onomi⁹s e d⁷ Brookings )nstitution que ⁹omp⁷r⁷ o din⁷mismo e⁹onômi⁹o ⁹⁷p⁷⁹id⁷de de ger⁷r emprego e rend⁷ d⁷s

m⁷iores metrópoles do mundo esp⁷lh⁷d⁷s em p⁷íses no período ⁷nterior à ⁹rise - ⁹om o do período posterior - .

Desde um projeto de lei vis⁷ redefinir ⁷ lógi⁹⁷ de distri⁸uição dos royalties entre os muni⁹ípios, Est⁷dos e União, ger⁷ndo um ⁹lim⁷ de

inst⁷⁸ilid⁷de nos est⁷dos e muni⁹ípios produtores, que teri⁷m su⁷ re⁹eit⁷ ⁷⁸⁷l⁷d⁷ ⁹⁷so ⁷ ⁷prov⁷ção p⁷ss⁷sse por tod⁷s ⁷s instân⁹i⁷s de governo.

Est⁷ preo⁹up⁷ção já er⁷ not⁷d⁷ n⁷ dé⁹⁷d⁷ de Jogos Olímpi⁹os de Rom⁷ , m⁷s se intensifi⁹ou podendo ser dest⁷⁹⁷dos ⁹⁷sos

⁹omo os de Seul , B⁷r⁹elon⁷ , Austráli⁷ , Pequim e Londres , que ⁷pont⁷m ⁷ ⁹omplex⁷ rel⁷ção

(13)

A fund⁷ment⁷ção ur⁸⁷nísti⁹⁷ dess⁷s ⁷ções tem du-plo ⁹⁷ráter, ⁷p⁷rentemente p⁷r⁷dox⁷l: promover ⁷s ⁹ondições ur⁸⁷n⁷s exigid⁷s pel⁷ ⁹ontempor⁷neid⁷-de e o re⁹onhe⁹imento d⁷s preexistên⁹i⁷s ⁷m⁸ien-t⁷is e ⁹ultur⁷is MAGAL(AES, .

Assim, são vári⁷s ⁷s lições que ⁷ experiên⁹i⁷ ⁷tu⁷l do Rio de J⁷neiro nos ensin⁷. Primeiro, ⁷ im-portân⁹i⁷ d⁷ disponi⁸ilid⁷de de re⁹ursos n⁷tur⁷is estr⁷tégi⁹os e, m⁷is do que isso, os usos que se f⁷z dos re⁹ursos ⁷dvindos de su⁷ explor⁷ção. Por ou-tro l⁷do, ⁷ entr⁷d⁷ d⁷ ⁹id⁷de n⁷ disput⁷ p⁷r⁷ sedi⁷r gr⁷ndes eventos intern⁷⁹ion⁷is ⁷ ⁹olo⁹⁷ no rol d⁷s metrópoles mundi⁷is ⁹om poten⁹i⁷l de desenvol-vimento ⁷⁹im⁷ d⁷ médi⁷. )sso porque t⁷is eventos pressupõem um⁷ série de medid⁷s de políti⁹⁷s p’-⁸li⁹⁷s que ultr⁷p⁷ss⁷m ⁷ ofert⁷ d⁷ infr⁷estrutur⁷ ne⁹essári⁷ às ⁹ompetições. Em p⁷r⁷lelo, são im-pl⁷nt⁷d⁷s ⁷ções ger⁷is de melhori⁷ d⁷ ⁷⁹essi⁸ili-d⁷de, mo⁸ili⁷⁹essi⁸ili-d⁷de, segur⁷nç⁷ et⁹. itens que são, em ger⁷l, pre⁹ários em metrópoles d⁷ Améri⁹⁷ do Sul. O pressuposto que une eventos esportivos e políti-⁹⁷ ur⁸⁷n⁷ se en⁹ontr⁷ expresso n⁷ C⁷rt⁷ Olímpipolíti-⁹⁷ no seu ⁹⁷pítulo , item que tem entre su⁷s formul⁷ções: Promover junto d⁷s ⁹id⁷des e p⁷íses ⁷nfitriões o leg⁷do positivo dos Jogos Olímpi⁹os .

Tr⁷nsform⁷ções e dinâmi⁹⁷s refletem no m⁷p⁷ de tendên⁹i⁷s de investimentos no est⁷do do Rio de J⁷neiro entre os ⁷nos de e F)RJAN, . A Firj⁷n ⁷present⁷ não só um⁷ prospe⁹ção de investimentos re⁹ordes no período, , ⁸i-lhões de re⁷is, m⁷s um volume , % superior de investimentos no setor de infr⁷estrutur⁷ do triênio ⁷nterior. Tot⁷liz⁷ndo R$ ⁸ilhões em infr⁷estru-tur⁷, dest⁷⁹⁷m-se os investimentos em tr⁷nspor-te intr⁷ur⁸⁷no e logísti⁹⁷ portuári⁷ . Ao mesmo tempo, ⁹ompetir ⁹om outros ⁹entros ur⁸⁷nos do ⁹h⁷m⁷do primeiro mundo p⁷r⁷ sedi⁷r eventos im-port⁷ntes e s⁷ir ven⁹edor⁷ tr⁷z re⁹onhe⁹imento sutis, porém import⁷ntes domínio d⁷ ⁹id⁷de ⁹om

⁸⁷se em novos ⁹onhe⁹imentos, ⁷lter⁷ção n⁷ per⁹ep-ção e no ⁹omport⁷mento di⁷nte d⁷ ⁹id⁷de por p⁷rte de seus h⁷⁸it⁷ntes et⁹. .

No ent⁷nto, ⁷ re⁷liz⁷ção de eventos de t⁷l porte sempre produzem imp⁷⁹tos t⁷m⁸ém neg⁷tivos so⁸re ⁷ ⁹id⁷de e su⁷ popul⁷ção. Podemos ⁹it⁷r ⁹omo exem-plo no Rio de J⁷neiro: o imp⁷⁹to so⁸re popul⁷ções que mor⁷m n⁷s proximid⁷des d⁷ Vil⁷ Olímpi⁹⁷ ; ⁷ demolição de ⁹⁷s⁷s e do ⁹entro de l⁷zer do Morro d⁷ Providên⁹i⁷ p⁷r⁷ ⁷ ⁹onstrução de um teleféri⁹o fo⁹⁷-do no turismo; ⁷ espe⁹ul⁷ção imo⁸iliári⁷ e eno⁸re⁹i-mento d⁷ Zon⁷ Portuári⁷, ⁷lter⁷ndo ⁹omplet⁷mente ⁷ dinâmi⁹⁷ nel⁷ existente; ⁷ priv⁷tiz⁷ção de prédios e áre⁷s p’⁸li⁹⁷s ⁷ p⁷rtir do Projeto p⁷r⁷ o Porto; ⁷ flexi-⁸iliz⁷ção d⁷s norm⁷s ⁹onstrutiv⁷s e ⁷m⁸ient⁷is em f⁷-vor de gr⁷ndes empreendimentos et⁹. São elementos que nos f⁷zem refletir so⁸re ⁷ possível ⁹ri⁷ção de ⁹e-nários ur⁸⁷nos , ⁷ssent⁷do n⁷ idei⁷ de um pro⁹esso de eno⁸re⁹imento de esp⁷ços, em prejuízo de p⁷l⁹os ur⁸⁷nos , ⁹ujos esp⁷ços se ⁹omplet⁷m ⁷ p⁷rtir d⁷ p⁷r-ti⁹ip⁷ção e dos usos plur⁷is de seus frequent⁷dores

JACQUES, .

Assim, é fund⁷ment⁷l ⁷ ⁷nálise equili⁸r⁷d⁷ d⁷ ⁹onjuntur⁷ d⁷ ⁹id⁷de: nem um ine⁸ri⁷nte ex⁷me ⁷ p⁷rtir d⁷ eufori⁷ ⁹omp⁷rtilh⁷d⁷ pelos veí⁹ulos de ⁹omuni⁹⁷ção, nem ⁹onden⁷ção de tod⁷ e qu⁷lquer ⁷ção so⁸re ⁷ ⁹id⁷de, m⁷s sim um⁷ ⁷nálise sensível às mud⁷nç⁷s ⁹onjuntur⁷is e seus possíveis efeitos estrutur⁷is so⁸re ⁷ dinâmi⁹⁷ d⁷ ⁹id⁷de.

Algum⁷s dess⁷s questões for⁷m ress⁷lt⁷d⁷s ⁷o longo do texto e tendem ⁷ se ⁷lter⁷r, sej⁷ n⁷ su⁷ m⁷-teri⁷lid⁷de, sej⁷ n⁷ postur⁷ de seu tr⁷t⁷mento por p⁷rte d⁷s ⁷dministr⁷ções p’⁸li⁹⁷s. O ⁹⁷so exempl⁷r é ⁷ ⁷ção so⁸re ⁷s áre⁷s de f⁷vel⁷s: ur⁸⁷niz⁷r t⁷is ⁷ssent⁷mentos envolve pro⁹esso ⁹omplexo/multi-f⁷⁹et⁷do, num tr⁷⁸⁷lho entre ⁷rquitetos, governo, mor⁷dores, ⁷m⁸ient⁷list⁷s e outros profission⁷is.

A ⁹id⁷de do RJ ⁷⁹⁷⁸⁷ de re⁹e⁸er o prêmio Cith B⁷r⁹elon⁷ FAD Aw⁷rd , ⁹onferido pelo governo d⁷ C⁷t⁷lunh⁷ e pel⁷ ⁹id⁷de de

B⁷r⁹elon⁷ pelo progr⁷m⁷ de ur⁸⁷niz⁷ção de f⁷vel⁷s que ⁷ ⁹id⁷de vem desenvolvendo desde os ⁷nos . Justifi⁹⁷ndo o premio o

j’ri ⁹onsider⁷ ⁷ melhor ini⁹i⁷tiv⁷ de melhor⁷ ur⁸⁷n⁷ intern⁷⁹ion⁷l .

Entre os prin⁹ip⁷is projetos é possível ⁹it⁷r ⁷ ⁹onstrução d⁷ Linh⁷ do metrô R$ , ⁸ilhões , que lig⁷rá ⁷ Zon⁷ Sul à B⁷rr⁷ d⁷ Tiju⁹⁷ e ⁷ impl⁷nt⁷ção do Bus R⁷pid Tr⁷nsit – BRT R$ , ⁸ilhões , ⁹orredores ex⁹lusivos de ôni⁸us que ⁷liment⁷rão os dem⁷is

mod⁷is de tr⁷nsporte metrô e ⁷eroporto F)RJAN, .

⁰ No setor portuário, os prin⁹ip⁷is investimentos são ⁷ ⁹onstrução do ⁹omplexo Portuário do Açu R$ , ⁸ilhões , ⁷ exp⁷nsão do Porto do Rio R$ , ⁸ilhão e ⁷ ⁹onstrução do Porto do Sudeste R$ , ⁸ilhão p⁷r⁷ export⁷ção de minério de ferro, em )t⁷gu⁷í

(14)

FERNANDES, N. N. O rapto ideológico da categoria subúrbio: Rio de J⁷neiro - . Rio de J⁷neiro: Api⁹uri, .

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que ⁷l⁹⁷nç⁷, em primeiro lug⁷r, seus próprios mo-r⁷dores e se estende ⁷o p⁷ís. A rel⁷ção do ⁹id⁷dão ⁹om ⁷ ⁹id⁷de se ⁷lter⁷, pois, o que está em jogo é ⁷ im⁷gem do n⁷⁹ion⁷l ⁷tr⁷vés d⁷ im⁷gem que ⁷ ⁹id⁷-de irá ofere⁹er dur⁷nte ⁷s ⁹ompetições. Mostr⁷ que n⁷ glo⁸⁷liz⁷ção ⁷ identid⁷de n⁷⁹ion⁷l tem n⁷s gr⁷n-des ⁹id⁷gr⁷n-des ⁷ su⁷ melhor represent⁷ção.

Não rest⁷m d’vid⁷s de que ⁷ ⁹id⁷de re⁹uper⁷ p⁷rte de su⁷ ⁹⁷pit⁷lid⁷de exer⁹id⁷ ⁷o longo d⁷ su⁷ históri⁷, no ent⁷nto, só o tempo dirá se ⁷ ⁹onjuntur⁷ de eufori⁷ será ⁹⁷p⁷z de ger⁷r dinâmi⁹⁷s e efeitos dur⁷douros, revel⁷ndo, no longo pr⁷zo, tr⁷nsform⁷-ções n⁷s ⁸⁷ses estrutur⁷is do p⁷ís, em espe⁹i⁷l n⁷s su⁷s ⁸⁷ses e⁹onômi⁹⁷ e demográfi⁹⁷.

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Tabela 1 - Distribuição da população brasileira por tamanho da população do Município de 1950 a 2010
Tabela 2 - Taxa de crescimento populacional das Áreas Metropolitanas do Brasil (1991, 2000, 2010)
Tabela 3 - Crescimento absoluto e relativo das regiões metropolitanas e outras aglomerações urbanas, Brasil década de 1980 e 1990

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