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Avaliação das ações de saúde bucal no Programa Saúde da Família no distrito de Mosqueiro, Pará.

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Avaliação das ações de saúde bucal

no Programa Saúde da Família no distrito de Mosqueiro, Pará

Evaluation of oral health actions in the Family Health Program

in the Mosqueiro district, Pará State, Brazil

Danielle Tupinambá Emmi 1 Regina Fátima Feio Barroso 2

¹ Programa de Pós-Graduação em Odontologia, Universidade Federal do Pará. Av. Augusto Corrêa 1, Campus Profissional do Guamá. 66075-110. Belém PA. dtemmi@yahoo.com.br ² Departamento de Clínica Odontológica, Universidade Federal do Pará.

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Abstract The extension of Brazil’s Family Health Program Teams through the introduction of Oral Health Teams (OHT) as required by Decree N° 1,444 dated December 28, 2000, was an impor-tant step in the restructuring of the Oral Health-care System, ensuring easier access to good quali-ty dental care and treatm ent for less privileged segments of the population. In the Mosqueiro dis-trict of Pará State, an Oral Health Team was add-ed to the Family Health Program in 2002, work-ing closely with the local com m unity through home calls and school visits, as well as at the Fam-ily Health Unit. In order to assess these Oral Health activities, 103 users of the Family Health Program Unit responded to a questionnaire with closed and semi-open questions in July 2004. The resulting data were tabulated, showing that most of these users were young adult women with high school diplomas but lacking access to higher edu-cation. This public felt that Oral Health quality had improved considerably, being satisfied with the performance of the current team.

Key words Family Health Program, Oral health team, Satisfaction, Oral health actions

Resumo A ampliação das equipes do Programa Saúde da Família (PSF), com a implantação da equipe de saúde bucal (ESB), previsto na Porta-ria 1.444 de 28/12/2000, foi um importante pas-so para a reorganização da atenção à saúde bucal e um maior acesso da população de baixa renda às ações de saúde e tratamento dentário de qua-lidade. No Distrito de Mosqueiro (PA), a ESB foi incluída no contexto do PSF em 2002 e desenvol-ve suas atividades junto à comunidade, com vi-sitas domiciliares, em escolas e na própria Uni-dade Saúde da Família. Com o objetivo de ava-liar as ações de saúde bucal executadas, foi apli-cado um questionário com questões fechadas e semi-abertas para 103 usuários do PSF que fre-qüentaram uma das Unidades Saúde da Família em julho de 2004. Os dados obtidos foram tabu-lados e demonstraram que a maioria dos usuá-rios é de adultos jovens, do gênero feminino e que já concluiu o ensino médio, porém sem acesso ao ensino superior. Este público considera que hou-ve um a m elhora consideráhou-vel na qualidade de saúde bucal, apresentando-se satisfeito quanto a atuação da atual equipe.

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Introdução

O Programa Saúde da Família (PSF) apresenta-se como uma estratégia de reestruturação da aten-ção primária a partir de um conjunto de ações conjugadas em sintonia com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). O principal pro-pósito do PSF é levar a saúde para mais perto da família e, com isso, melhorar a qualidade de vida dos brasileiros.

A estratégia do PSF prioriza as ações de pre-venção, promoção e recuperação da saúde dos indivíduos e da família de forma contínua e inte-gral, do recém-nascido ao idoso, sadios ou

do-entes1 e que deve ser prestado na Unidade Básica

de Saúde ou no domicílio pelos profissionais que compõem as Equipes de Saúde da Família (ESF). Estes profissionais devem criar vínculos de co-responsabilidade de enfrentar os desafios de uma nova produção de saúde, pois as ações prioriza-das pelo programa não devem se restringir ao setor saúde, e sim estar articuladas com diferen-tes setores para intervir nos determinandiferen-tes e con-dicionantes do processo saúde-doença, funda-mentando-se na atenção continuada à popula-ção e vigilância à saúde.

Segundo as diretrizes do programa, a equipe de saúde da família deve estar preparada para o conhecimento da realidade das famílias pelas quais é responsável; a identificação dos problemas de saúde mais prevalentes e situações de risco as quais à população está exposta; a elaboração de um plano com a participação da comunidade para o enfrentamento dos determinantes do processo saúde-doença; a prestação de assistência integral

e o desenvolvimento de ações educativas2.

As equipes de saúde da família trabalham sempre com o território de abrangência defini-do, sendo responsáveis por desenvolver ações de promoção e prevenção de saúde acompanhando a população com alta resolubilidade e custos in-diretos baixos. Os territórios do PSF envolvem o domicílio, as microáreas, creches e escolas. A partir dessa delimitação da área de abrangência é pos-sível identificar, com mais facilidade, os princi-pais problemas de saúde que afetam aquela co-munidade, compreendendo os principais agra-vos da população, permitindo que seja elabora-do diagnóstico e avaliação permanente para pla-nejar e desenvolver ações de saúde coerentes com a realidade vivida.

Para Camargo-Borges e Japur3, conceber o

processo saúde/doença como situado e contex-tualizado e, mais ainda, gerando uma rede de relações em que se constroem necessidades por

meio de um processo dinâmico e dialógico entre as pessoas envolvidas, convida à construção de uma prática mais sensível às interações, à escuta e à permanente negociação entre equipe-comu-nidade. Assim sendo, o diálogo se mostra como a ferramenta-mestra da relação, possibilitando a construção de novos sentidos na especificidade da assistência local desejada.

A saúde bucal, segundo Narvai4, é parte

inte-grante e inseparável da saúde geral do indivíduo e está diretamente relacionada às condições de ali-mentação, moradia, trabalho, renda, transporte, lazer, acesso aos serviços de saúde e à informação. Um levantamento realizado em 1998 pelo Ins-tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Ministério da Saúde constatou que cerca de 29,6 milhões de brasileiros, ou 19,5% da população, nunca foram ao dentista. Nas áreas rurais, esse índice chega a 32%.

Souza5 afirma que, no contexto do PSF, a

saú-de bucal saú-deve ser entendida como objeto saú-de in-tervenção de todos os profissionais da equipe e não exclusivamente dos que trabalham especifi-camente na área odontológica. Incorporar a saú-de bucal no PSF não significa necessariamente incluir o cirurgião-dentista – CD – na equipe mínima constituída por médico, enfermeiro e auxiliar de enfermagem, mas exige articular o tra-balho desses profissionais a uma equipe de saú-de bucal.

As equipes de saúde bucal devem ser prepa-radas para prestar assistência individual e desen-volver ações coletivas, sempre voltando sua atu-ação para a promoção de saúde, controle e trata-mento das doenças bucais.

Para Rabello e Corvino6, mudar o sistema

atual de assistência à saúde significa passar por modificações desde o ensino, que dá ênfase à tec-nologia de equipamentos, às ações centralizadas e altamente especializadas.

Para isso é necessário inicialmente que haja uma modificação no paradigma da prática odon-tológica baseada no modelo cirúrgico-restaura-dor. É preciso, então, que sejam formados clíni-cos gerais com sólidos conhecimentos clíniclíni-cos, mas também de saúde coletiva, para poder aliar a competência técnica ao compromisso social.

Moreira7 ressalta que o CD somente deve ser

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o sucesso dos programas destinados a elevar o

nível de saúde bucal, segundo Volschan et al.8,

depende, fundamentalmente, de recursos huma-nos adequadamente preparados.

A atuação da Equipe de Saúde Bucal (ESB) no Distrito de Mosqueiro (PA)

O Distrito de Mosqueiro é uma ilha localizada a 60 quilômetros de Belém que apresenta, segun-do censo segun-do IBGE de 1991, 18.309 habitantes.

Apresenta equipes de saúde da família há cer-ca de quatro anos nas Unidades Básicer-cas de Saúde dos bairros, prestando atendimento à popula-ção. Em 2002, com base na Portaria 1.444, do Ministério da Saúde, de 28 de dezembro de 2000, foi implantada uma Equipe de Saúde Bucal (ESB) dentro da modalidade I preconizada pelo Minis-tério da Saúde para aumentar as ações de pro-moção, prevenção e procedimentos odontológi-cos, levando ações de saúde bucal diretamente às comunidades. Esta ESB atua fazendo visitas do-miciliares, visitas em escolas e creches, com pales-tras de educação em saúde, procedimentos preventivos, tratamento restaurador atraumático -ART - e alguns procedimentos curativos que são realizados nas crianças em um odontomóvel.

A atenção à população ribeirinha também faz parte das ações da ESB, que desenvolve ativida-des educativa, preventiva e curativa (ART), geral-mente domiciliar, já que é uma clientela que apre-senta dificuldades geográficas de acesso às Uni-dades e ao atendimento.

Todas essas ações foram planejadas após le-vantamento das condições de saúde bucal da po-pulação, realizado em 2002, o que serviu para nor-tear as ações de saúde bucal a serem desenvolvidas de acordo com as necessidades da população.

Passados dois anos da implantação de um planejamento em saúde bucal dentro do Progra-ma Saúde da Família de Mosqueiro (PA), é im-portante avaliar as ações que estão sendo execu-tadas e como estão sendo desenvolvidas pela equi-pe, através da visão e grau de satisfação dos

usu-ários, pois segundo Ware et al.9, a medida de

sa-tisfação do usuário é uma avaliação pessoal dos cuidados e serviços de saúde que são dispensa-dos. Isso implica um julgamento sobre a quali-dade dos serviços ofertados como medida de oti-mização das ações.

Favaro e Ferris10 afirmam que abordar a

sa-tisfação dos usuários implica trazer um julga-mento sobre características dos serviços e, por-tanto, sobre sua qualidade. Assim, a perspectiva

do usuário fornece informação essencial para completar e equilibrar a qualidade dos serviços.

Sobre isso, Esperidião e Trad11 consideram que

todas as pesquisas no âmbito da satisfação do usuário devem propiciar aperfeiçoamento para o cotidiano dos serviços de saúde e avanços sig-nificativos para a gestão dos serviços de saúde.

Segundo Vaitsman e Andrade12, a ampla

uti-lização de pesquisas de satisfação do usuário dão destaque aos pacientes nos serviços e sistemas de saúde, focalizando as distintas dimensões que envolvem o cuidado à saúde, desde a relação pro-fissional-paciente até a qualidade das instalações dos serviços, passando pela qualidade técnica dos profissionais de saúde. Isso é feito por meio da coleta direta de informações junto aos respon-dentes por meio dos questionários.

O termo satisfação está diretamente ligado ao ato de explicar, diz respeito ao atendimento dos desejos, necessidades e expectativas dos usuários que fazem parte de uma comunidade, com a inten-ção de que as necessidades sejam realmente

atendi-das e traduziatendi-das em ofertas de ações e serviços13.

O ato de avaliar acompanha o fazer huma-no. A necessidade de avaliar serviços, em especial os serviços de saúde, além de servir para melho-rar o desempenho dos prestadores de serviço, alavancar a satisfação de funcionários e usuári-os, melhorar o contexto do trabalho e a qualida-de qualida-de vida das pessoas, proporciona melhores resultados em termos de eficiência e eficácia do

sistema14.

Segundo Barbisan et al.15, programas que

vi-sam melhoria da assistência médica e odontoló-gica devem levar em conta as expectativas da po-pulação a respeito do que é oferecido e esperado, visto que a satisfação deve ser usada como medi-da do resultado do atendimento odontológico.

Para Gattinara et al.16, a qualidade dos

servi-ços de saúde pode ser considerada como resulta-do de vários fatores, entre eles competência pro-fissional, acessibilidade, eficácia, eficiência e sa-tisfação do usuário.

Ao avaliar serviços na sua qualidade, é preci-so perguntar quem é o usuário, em que acredita e o que espera do serviço. Uma das questões cionadas à avaliação e à qualidade é aquela rela-cionada ao resultado final, isto é, a satisfação do

usuário17.

Objetivos

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ção municipal do Programa Saúde da Família) no Distrito de Mosqueiro (PA), identificando o grau de satisfação dos usuários quanto às ações de saúde bucal desenvolvidas e em que aspectos a implantação da Equipe de Saúde Bucal trouxe benefícios para população usuária.

Material e métodos

Esta pesquisa foi realizada através de estudo quan-titativo descritivo, uma vez que se busca avaliar objetivamente as ações de saúde bucal desenvol-vidas no Programa Família Saudável - PFS no Distrito de Mosqueiro (PA) através da visão do usuário, com a intenção de melhorar as práticas de atenção à saúde.

Participaram da pesquisa 103 pessoas, todas usuárias do PFS, que freqüentaram a Unidade Saúde da Família de Carananduba, em Mosquei-ro (PA), no mês de julho de 2004. A coleta de dados foi feita através da aplicação de questio-nário com os usuários que aguardavam atendi-mento nos diversos setores da Unidade, que de-pois de esclarecidos sobre a finalidade do estudo, colaboravam espontaneamente respondendo o questionário, após assinar o termo de consenti-mento livre e esclarecido, aprovado pelo Comitê de Bioética do Curso de Odontologia da Univer-sidade Federal do Pará.

O questionário era composto da maior parte das perguntas fechadas e algumas semi-abertas, que eram lidas pela pesquisadora para os entre-vistados. Os dados coletados foram analisados e trabalhados quantitativamente.

Resultados e discussão

Ao avaliar as ações de saúde bucal do Programa Família Saudável de Mosqueiro (PA), foi neces-sário uma análise da satisfação do usuário, pois

os autores Ware et al.9, Favaro e Ferris10, Santos e

Pereira13, Barbisan et al.15, Braga17 são

incontes-táveis em afirmar que a medida da satisfação do usuário é uma avaliação da qualidade dos servi-ços de saúde.

Na análise quanto ao grau de instrução dos usuários (Gráfico 1), verifica-se que a maioria deles já concluiu o ensino médio (37,9%). Porém, é possível verificar também que ainda temos pes-soas sem nenhuma instrução (2,9%), assim como nenhum dos entrevistados cursa ou cursou o ensino superior (0,0%).

Devido a essa variação de escolaridade, é pre-ciso que se saiba trabalhar muito bem a educa-ção em saúde, seja na Unidade ou nas visitas do-miciliares, para que atinja a todos e que todos sejam conscientizados da importância da manu-tenção da saúde bucal, criando vínculos de res-ponsabilidade entre Equipe de Saúde Bucal e a

família. Para isso, segundo Pucca Jr.18, é

necessá-rio que as universidades adéqüem seus currícu-los para que sejam formados excelentes profissi-onais clínicos gerais e com sólidos conhecimen-tos de saúde coletiva, evitando-se a ênfase à tec-nologia de equipamentos e às ações

centraliza-das e altamente especializacentraliza-das6.

O Gráfico 2 mostra o acréscimo dos conhe-cimentos relatados pelos usuários antes e após a inclusão da Equipe de Saúde Bucal na Unidade Saúde da Família de Carananduba, com relação a todos os assuntos relacionados a promoção da saúde bucal. O flúor foi o que apresentou maior percentual de conhecimento por parte dos usuários, com aumento de 280%, seguido do fio dental com aumento de 137,5%. A escovação foi a que apresentou menor percentual de acrésci-mo com apenas 13,7%. É possível observar en-tão que a ESB foi de grande importância ao pas-sar conhecimentos indispensáveis para a popu-lação na manutenção da saúde bucal.

Com relação aos dados referentes à melhora da qualidade de saúde bucal após a inclusão da ESB na Unidade Saúde da Família de Caranan-duba (Gráfico 3), 42,8% dos entrevistados con-sideram que sua saúde bucal e de sua família melhorou muito, enquanto 38,8% relatam ter tido uma melhora razoável. Já 12,6% dos usuários acham que houve pouca melhoria de qualidade e 5,8% consideram, até agora, nenhuma melhora significativa na qualidade de saúde bucal sua ou de sua família.

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Os cuidados de saúde bucal também foram considerados como melhorias por treze entre-vistados, pois assim há um incentivo por parte dos profissionais para os hábitos adequados de higiene bucal, além de estar sendo executado com consciência. A melhora da qualidade de saúde bucal foi mencionada oito vezes, principalmente porque as mães reconhecem que seus filhos não apresentam cáries após os cuidados e orienta-ções constantes passadas pela ESB. Seis pessoas mencionaram que a qualidade do atendimento foi um fator relevante, porém, seis entrevistados consideram que a inclusão da ESB no PSF não influenciou em nada. Dez pessoas não responde-ram a pergunta.

Com os resultados mostrados pelo Gráfico 5, pode-se observar que a maioria dos usuários está muito satisfeita com a ESB da Unidade Saúde da Família de Carananduba, pois 52,4% aferiram nota entre 9 e 10 para a equipe. Já 37,8% se disse-ram satisfeitos com a atuação da CD e ACD, atri-buindo nota entre 6 a 8, enquanto 7,8% conside-ram-se pouco satisfeitos. Apenas 1,9% dos usuá-rios se acham insatisfeitos com a atuação da ESB.

Trad et al.19 afirmam que quanto maior o

nível de informação do usuário sobre objetivos, atividades e regras de funcionamento do PSF, maior o grau de satisfação em relação ao pro-grama. O nível de informação está condicionado pelo grau de escolaridade do usuário e a eficácia das estratégias de comunicação e informação em saúde utilizada pela equipe.

De um modo geral, a população se demons-tra satisfeita com as ações de saúde bucal desen-volvidas pela ESB, quando relata, no momento da aplicação dos questionários, que após a inclu-são da ESB, adquiriu conhecimentos novos sobre saúde bucal, que antes desconhecia, como por exemplo, a importância do flúor e utilização do fio dental. Além disso, as notas atribuídas tam-bém podem expressar a satisfação dos usuários quanto aos serviços dispensados. Estudos como

o de Trad et al.19 também demonstram satisfação

do usuário com as melhorias trazidas pelo PSF.

Goldbaum et al.20 mencionam que a

dinâ-mica estabelecida entre clientela e serviço é reali-mentada pelo grau de resolutividade dos servi-ços de saúde e grau de satisfação do usuário.

Sobre o assunto, Campos21 comenta que, no

campo da qualidade em saúde, trabalha-se com a premissa de que bons processos de trabalho podem levar a bons resultados.

Gráfico 2. Conhecimentos adquiridos sobre saúde bucal antes e após a inclusão da Equipe de Saúde Bucal no PSF. Mosqueiro (PA), 2004.

1. Cárie 2. Escovação 3. Fio dental

4. Flúor

5. Alimentos prejudiciais 6. Escovas individuais 90

80 70 60 50 40 30 20 10 0

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Antes do PSF Após o PSF

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24

57 57

15 24

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17 32

Gráfico 1. Distribuição quanto a escolaridade dos usuários do PSF atendidos pela Equipe de Saúde Bucal. Mosqueiro (PA), 2004.

Sem instrução

Fundamental completo Fundamental incompleto

Médio completo Médio incompleto Superior (0%)

123 123

0,0%

7,8% 32,9%

37,9% 19,4%

2,9%

Gráfico 3. Distribuição quanto a melhora da qualidade de saúde bucal depois da implantação da Equipe de Saúde Bucal. Mosqueiro (PA), 2004.

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123 Sim- pouco

Sim - razoável

Sim - muito Não

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5,8%

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Conclusão

A maioria dos usuários entrevistados é de adul-tos jovens, do gênero feminino e que já concluiu o ensino médio, porém sem acesso ao ensino superior.

Os conhecimentos sobre saúde bucal evoluí-ram, principalmente flúor e fio dental, demons-trando a eficácia do trabalho da ESB, passando informações importantes para manutenção da saúde bucal da população.

A maior parte dos entrevistados mostra-se satisfeita com a qualidade do atendimento pres-tado pela ESB, considerando uma grande me-lhora na qualidade de saúde bucal após a im-plantação da ESB.

As melhorias consideradas de maior impor-tância para a população da amostra são, nessa ordem, as orientações de higiene oral, o maior acesso ao atendimento e as visitas domiciliares.

Os usuários, em sua maioria, consideram-se muito satisfeitos com a atuação da equipe e com as atividades por ela desenvolvidas.

Gráfico 4. Distribuição quanto as melhorias trazidas pela implantação da Equipe de Saúde Bucal no PSF. Mosqueiro (PA), 2004.

30 35

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40 35 30 25 20 15 10 5 0

13

6 10 8

6 38

Visitas em casa Acesso ao atendimento Cuidados de higiene Orientações sobre higiene Qualidade do atendimento Qualidade de saúde bucal Não houve melhora Não respondeu

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Gráfico 5. Distribuição quanto as notas atribuídas pelos usuários para Equipe de Saúde Bucal da Unidade Saúde da Família de Carananduba. Mosqueiro (PA), 2004.

0 a 2 - insatisfeito 3 a 5 - pouco satisfeito 6 a 8 - satisfeito 9 a 10 - muito satisfeito

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Colaboradores

DT Emmi trabalhou na pesquisa, coleta de da-dos, interpretação e análise dos resultada-dos, ela-boração, redação e revisão do artigo. RFF Bar-roso orientou a pesquisa e trabalhou na inter-pretação e análise dos resultados, elaboração, redação e revisão do artigo.

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Artigo apresentado em 03/02/2006 Aprovado em 24/03/2006

Versão final apresentada em 24/04/2006 1.

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Gráfico 1.  Distribuição quanto a escolaridade dos
Gráfico 4.  Distribuição quanto as melhorias trazidas pela implantação da Equipe de Saúde Bucal no PSF

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