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Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Goiás. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas

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(1)

Boletim

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos

Fascículos

a IOF - Alíquotas - Quadro

sinótico

a ICMS - Crédito acumulado

a ICMS - Crédito fiscal

ICMS - IPI e Outros

Fascículo N

o

07/2014

Goiás

/

a

Federal

IPI

Crédito presumido . . . . 01

/

a

Estadual

ICMS

Diferimento . . . . 05

/

a

IOB Setorial

Federal

Industrial - IPI - Estabelecimentos equiparados a industrial por opção . . . . 18

/

a

IOB Comenta

Estadual

ICMS - Regime especial de tributação para o fabricante de biocom-bustível beneficiário do Produzir ou do Fomentar . . . . 19

/

a

IOB Perguntas e Respostas

ICMS

Sped - Danfe - Canhoto . . . . 20

Sped - NF-e - Preenchimento . . . . 20

Sped - NF-e - Preenchimento - Campo “cEAN” . . . . 21

ICMS/GO

Pagamento do imposto - Adicional de 2% na alíquota em favor do Protege Goiás . . . . 21

Documentos fiscais - ECF - Emissão por outro meio devido à furto do equipamento . . . . 21

(2)

Capa:

Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo) 0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no Brasil

Printed in Brazil Boletim IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : crédito presumido....-- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2071-8

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-00509 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81)

2. Brasil : Imposto sobre Produtos

Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

(3)

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

IPI

Crédito presumido

SUMÁRIO 1. Introdução 2. Direito ao crédito 3. Apuração 4. Regime alternativo

5. Utilização do crédito presumido 6. Produtos não exportados 7. Fusão, incorporação ou cisão 8. Exemplo

9. Obrigações acessórias

1. IntrOduçãO

O crédito presumido do IPI para ressarcimento do valor do PIS-Pasep e da Cofins incidente

sobre a aquisição no mercado interno de insumos empregados em pro-dutos exportados foi instituído pela Lei nº 9.363/1996, incor-porada aos arts. 241 a 250 do Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010.

As normas para o cálculo, a utilização e a apresentação de informa-ções relativas ao crédito presumido

obede-cem às disposições da Portaria MF nº 93/2004 e das Instruções Normativas SRF nºs 419 e 420/2004.

(RIPI/2010, arts. 241, 242, 243, 244, 245, 246, 247, 248, 249 e 250; Instrução Normativa SRF nº 419/2004; Instrução Nor-mativa SRF nº 420/2004)

2. dIrEItO aO CrédItO

A pessoa jurídica produtora e exportadora de produtos industrializados nacionais, inclusive nos casos de venda para empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação para o exterior, faz jus ao crédito presumido do IPI, como ressarci-mento do valor do PIS-Pasep e da Cofins incidente sobre as respectivas aquisições, no mercado interno,

de matérias-primas (MP), produtos intermediários (PI) e material de embalagem (ME) para utilização na industrialização de produtos destinados à exportação para o exterior.

O direito ao ressarcimento não se aplica às receitas, da pessoa jurídica, submetidas à apuração dessas contribuições na forma, respectivamente, dos arts. 2º e 3º da Lei nº 10.637/2002 e dos arts. 2º e 3º da Lei nº 10.833/2003, que dispõem sobre a não cumulatividade do PIS-Pasep e da Cofins.

No caso de a pessoa jurídica auferir, concomitan-temente, receitas sujeitas à incidência não cumulativa e cumulativa da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins, inclusive no regime de incidência

mono-fásica, ela fará jus ao crédito presumido do IPI apenas em relação às

recei-tas sujeirecei-tas à cumulatividade dessas contribuições.

(RIPI/2010, art. 241, caput; Portaria MF nº 93/2004, art. 1º, art. 2º e art. 3º, §§ 13 e 14; Ato Declara-tório Interpretativo SRF nº 13/2004)

3. aPuraçãO

O crédito presumido será apurado pela matriz da pessoa jurídica, ao final de cada mês em que houver ocorrido exportação ou venda para empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação.

Para fins de determinação do crédito presumido correspondente a cada mês, o estabelecimento matriz da pessoa jurídica produtora e exportadora deverá:

a) apurar o total, acumulado desde o início do ano até o mês a que se referir o crédito, de MP, PI e ME utilizados na produção;

b) apurar a relação percentual entre a receita de exportação e a receita operacional bruta, acu-muladas desde o início do ano até o mês a que se referir o crédito;

a

Federal

O crédito

presumido será apurado pela matriz da pessoa jurídica, ao final de cada mês em que houver

ocorrido exportação ou venda para empresa comercial exportadora

com o fim específico de exportação

(4)

c) aplicar a relação percentual referida na letra “b” sobre o valor apurado em conformidade com a letra “a”;

d) multiplicar o valor apurado, de acordo com a letra “c”, por 5,37%, cujo resultado correspon-derá ao total do crédito presumido acumulado desde o início do ano até o mês da apuração; e) diminuir, do valor apurado, na forma da letra

“d”, o resultado da soma dos seguintes valo-res de créditos pvalo-resumidos, referentes ao ano--calendário:

e.1) utilizados para dedução do valor do IPI devido;

e.2) ressarcidos;

e.3) com pedidos de ressarcimento já entre-gues à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).

O crédito presumido relativo ao mês será o valor resultante da operação a que se refere a letra “e”.

Nota

No último trimestre em que houver efetuado exportação, ou no último trimestre de cada ano, deverá ser excluído da base de cálculo do crédito presumido o valor de MP, PI e ME utilizados na confecção de produtos não acabados e produtos acabados, mas não vendidos.

O valor excluído no final de um ano será acrescido à base de cálculo do crédito presumido correspondente ao primeiro trimestre em que houver exportação para o exterior (Portaria MF nº 93/2004, art. 3º, §§ 3º e 4º).

Para efeito de apuração do crédito presumido, considera-se: a) receita operacional bruta o produto da venda de produtos

industria-lizados pela pessoa jurídica produtora e exportadora nos mercados interno e externo;

b) receita bruta de exportação o produto da venda, para o exterior e para empresa comercial exportadora com o fim específico de expor-tação, de produtos industrializados pela pessoa jurídica produtora e exportadora;

c) venda com o fim específico de exportação a saída de produtos do estabelecimento produtor vendedor para embarque ou depósito, por conta e ordem da empresa comercial exportadora adquirente.

(RIPI/2010, art. 241, § 2º, e art. 242; Portaria MF nº 93/2004, art. 3º, §§ 1º a 4º, 9º, e art.12)

3.1 Sistema de apuração

A apuração do crédito presumido deverá ser efe-tuada com base em sistema de custos coordenado e integrado com a escrituração comercial da pessoa jurídica que permita, ao final de cada mês, a determi-nação das quantidades e dos valores de MP, PI e ME utilizados na produção durante o período.

A pessoa jurídica deverá manter sistema de con-trole permanente de estoques, no qual a avaliação dos bens será efetuada pelo método da média ponderada móvel ou pelo método denominado “PEPS” (“primeiro que entra, primeiro que sai”).

(Portaria MF nº 93/2004, art. 3º, §§ 5º e 6º)

4. rEGIME altErnatIvO

Alternativamente à apuração do crédito presumido descrito no item 3, é facultado ao estabelecimento produtor e exportador determinar o valor do crédito presumido do IPI na sistemática da Lei nº 10.276/2001 e da Instrução Normativa SRF nº 420/2004.

(Lei nº 10.276/2001; Instrução Normativa SRF nº 420/2004)

4.1 apuração 4.1.1 Base de cálculo

A base de cálculo do crédito presumido será a soma dos seguintes custos, sobre os quais incidiram as contribuições ao PIS-Pasep e à Cofins:

a) de aquisição, no mercado interno, de MP, PI e ME utilizados no processo industrial;

b) de energia elétrica e combustíveis, adquiridos no mercado interno, utilizados no processo in-dustrial; e

c) correspondente ao valor da prestação de ser-viços decorrentes de industrialização por en-comenda, na hipótese em que o encomendan-te seja contribuinencomendan-te do IPI.

Notas

(1) Na impossibilidade de determinação dos custos de energia elétrica e combustíveis, deverá ser aplicado a essas despesas o percentual obtido pela relação entre o custo de produção e a soma dos custos e despesas operacionais do estabelecimento industrial (Instrução Normativa SRF nº 420/2004, art. 6º, § 1º).

(2) Caso o período de faturamento dos custos não coincida com o pe-ríodo de apuração do crédito presumido, a apropriação deverá ser feita pro

rata (Instrução Normativa SRF nº 420/2004, art. 6º, § 2º).

(3) O valor dos custos descritos nas letras “a” a “c” será apropriado até o limite de 80% da receita operacional bruta (Instrução Normativa SRF nº 420/2004, art. 7º, parágrafo único, II).

(RIPI/2010, art. 243, § 1º; Instrução Normativa SRF nº 420/2004, art. 6º, caput, I, II e III, §§ 1º e 2º, e art. 7º, parágrafo único, II)

4.1.2 Fórmula para apuração do valor do crédito presumido

O valor do crédito presumido pelo sistema alter-nativo será determinado mediante a utilização da seguinte fórmula: F = 0,0365 x Rx (Rt - C) onde: a) F é o fator; b) Rx é a receita de exportação; c) Rt é a receita operacional bruta;

d) C é o custo determinado na forma do subitem 4.1.1; e

(5)

e) Rx

(Rt - C) é o quociente, que será reduzido a 5 quando resultar em valor superior.

(RIPI/2010, art. 243, § 2º; Instrução Normativa SRF nº 420/2004, art. 7º, caput, parágrafo único, II)

4.1.3 determinação do valor do crédito presumido

Para apuração do valor do crédito presumido no sistema alternativo, o estabelecimento matriz da pessoa jurídica deverá:

a) apurar o total acumulado dos custos (subitem 4.1.1), desde o início do ano até o mês a que se referir o crédito;

b) apurar o fator a ser aplicado (subitem 4.1.2), considerando os valores da receita operacio-nal bruta, da receita de exportação e dos cus-tos, acumulados desde o início do ano até o mês a que se referir o crédito;

c) aplicar o fator determinado conforme descrito na letra “b” sobre o valor determinado confor-me descrito na letra “a”, resultando o valor do crédito presumido acumulado desde o início do ano até o mês da apuração;

d) diminuir, do valor apurado conforme descrito na letra “c”, o resultado da soma dos seguin-tes valores de créditos presumidos, relativos ao ano-calendário:

d.1) utilizados por intermédio de dedução do valor do IPI devido ou de ressarcimento; e d.2) com pedidos de ressarcimento já

entre-gues à RFB.

O valor do crédito presumido relativo ao mês será o resultante da operação descrita na letra “d”.

Nota

No caso de opção pelo regime alternativo quando do início das ativi-dades da pessoa jurídica, a acumulação dos valores descritos nas letras “a” a “c” bem como a soma descrita na letra “d” aplicam-se a partir do 1º mês abrangido pela opção (Instrução Normativa SRF nº 420/2004, art. 10, § 2º).

(Instrução Normativa SRF nº 420/2004, art. 10, caput, §§ 1º e 2º)

4.1.4 abrangência e formalização

A opção pelo regime alternativo abrangerá: a) todo o ano-calendário;

b) o período remanescente do ano-calendário, na hipótese de exercício quando do início de atividades da pessoa jurídica.

A opção será formalizada diretamente no Demonstrativo de Crédito Presumido de IPI (DCP), correspondente ao último trimestre-calendário do ano anterior. No caso de início de atividade no ano--calendário, a opção será formalizada no primeiro trimestre-calendário de atividades.

(Instrução Normativa SRF nº 420/2004, art. 2º e art. 3º)

5. utIlIzaçãO dO CrédItO PrESuMIdO

O crédito presumido será utilizado pelo esta-belecimento matriz da pessoa jurídica produtora e exportadora para dedução do valor do IPI devido nas vendas para o mercado interno.

O crédito presumido, apurado pelo estabeleci-mento matriz, que não for por ele utilizado poderá ser transferido para qualquer outro estabelecimento industrial ou equiparado a industrial da pessoa jurí-dica para efeito de dedução do valor do IPI devido nas operações de mercado interno.

A transferência será efetuada por intermédio de nota fiscal emitida pelo estabelecimento matriz exclu-sivamente para essa finalidade.

Caso o estabelecimento matriz da pessoa jurídica não seja contribuinte do IPI, a transferência dar-se-á mediante emissão de nota fiscal de entrada pelo esta-belecimento industrial que estiver recebendo o crédito. Na impossibilidade de utilização do crédito presu-mido na forma mencionada, a pessoa jurídica poderá solicitar à RFB o seu ressarcimento em espécie, que será efetuado ao estabelecimento matriz da pessoa jurídica.

O pedido do mencionado ressarcimento será apresentado por trimestre-calendário, conforme esta-belecido pela RFB.

Nota

A Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012 disciplina o ressarcimento e a com-pensação de créditos do IPI mediante utilização do Programa Pedido Eletrônico de Ressarcimento ou Restituição e Declaração de Compensação (PER/Dcomp).

(RIPI/2010, art. 246 e art. 247; Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012; Portaria MF nº 93/2004, art. 4º, §§ 1º a 6º)

6. PrOdutOS nãO ExPOrtadOS

A empresa comercial exportadora que no prazo de 180 dias, contado da data da emissão da nota fiscal de venda pela pessoa jurídica produtora, não houver efetuado a exportação dos produtos para o exterior ficará obrigada ao pagamento das contribui-ções para o PIS-Pasep e da Cofins relativamente aos produtos adquiridos e não exportados, bem como de valor equivalente ao crédito presumido atribuído à pessoa jurídica produtora vendedora.

O valor a ser pago, correspondente ao crédito presumido, será determinado mediante a aplicação do percentual de 5,37% sobre 60% do preço de aquisição dos produtos adquiridos e não exportados.

O pagamento do valor apurado deverá ser efe-tuado até o 10º dia subsequente ao do vencimento do prazo estabelecido para a efetivação da exportação.

(RIPI/2010, art. 249; Portaria MF nº 93/2004, art. 5º, caput, §§ 1º e 2º)

(6)

6.1 revenda no mercado interno

Se a empresa comercial exportadora revender, no mercado interno, os produtos adquiridos para exportação, sobre o valor de revenda serão, também, devidas as contribuições para o PIS-Pasep e a Cofins, a serem pagas nos prazos estabelecidos na legisla-ção específica.

(RIPI/2010, art. 250; Portaria MF nº 93/2004, art. 5º, § 3º)

7. FuSãO, InCOrPOraçãO Ou CISãO

Na hipótese de fusão, incorporação ou cisão total ou parcial, a pessoa jurídica fusionada, incorporada ou cindida deverá apurar o crédito presumido na data do evento.

A referida obrigatoriedade aplica-se, também, à pessoa jurídica incorporadora.

(Portaria MF nº 93/2004, art. 11, caput, § 1º)

8. ExEMPlO

A título de ilustração, vejamos o seguinte exemplo, considerando-se que a apuração seja relativa a crédito presumido do mês de dezembro/2013, por pessoa jurídica não optante pelo regime alternativo descrito no item 4 e partindo-se dos seguintes pressupostos:

1º) total dos insumos utilizados na produção de

outubro a dezembro/2013 R$ 900.000,00 2º) receita operacional bruta do período (outubro

a dezembro/2013) R$ 1.500.000,00 3º) receita de exportação do período (outubro a

dezembro/2013) R$ 525.000,00

Assim, temos:

Relação percentual de que trata a letra “b” do item 3:

Receita de exportação × 100 = x, ou seja, Receita operacional bruta

R$ 525.000,00 × 100 = 35% R$ 1.500.000,00

35% × R$ 900.000,00 = R$ 315.000,00 5,37% × R$ 315.000,00 = R$ 16.915,50

No mencionado exemplo, R$ 16.915,50 corres-ponde ao valor total do crédito presumido acumulado de outubro a dezembro/2013, isto é, até o mês da apuração.

Para conhecer o valor do crédito presumido do próprio mês da apuração (dezembro/2013), o benefi-ciário deve deduzir do total encontrado (R$ 16.915,50)

os valores já apropriados durante o ano-calendário (de que trata a letra “e” do item 3).

9. OBrIGaçõES aCESSórIaS

A empresa comercial exportadora que houver adquirido produtos de pessoa jurídica produtora e exportadora, com o fim específico de exportação, prestará informações referentes às exportações rea-lizadas.

Essas informações deverão ser prestadas por intermédio da Declaração de Informações Econômico--Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), na forma do art. 23 da Instrução Normativa SRF nº 419/2004.

Por outro lado, a pessoa jurídica produtora e exportadora que apurar crédito presumido de IPI como ressarcimento do PIS-Pasep e da Cofins deverá apresentar trimestralmente o DCP, conforme disciplina constante da Instrução Normativa SRF nº 419/2004.

Foram aprovados o programa gerador e as instruções de preenchimento do Demonstrativo do Crédito Presumido, versão 1.2, para utilização na apresentação, na entrega em atraso ou na retificação de demonstrativos.

O DCP é de apresentação obrigatória para as pessoas jurídicas produtoras e exportadoras de pro-dutos industrializados nacionais que apurem crédito presumido de IPI de que tratam a Lei nº 9.363/1996 e a Lei nº 10.276/2001.

O DCP deverá ser apresentado, trimestralmente, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica, até o último dia útil da 1ª quinzena do 2º mês subsequente ao trimestre-calendário de ocorrência dos fatos geradores.

No caso de extinção, incorporação, fusão ou cisão, a pessoa jurídica extinta, incorporadora, incorporada, fusionada ou cindida deverá apresentar o DCP:

a) até o último dia útil do mês de março, quando o evento ocorrer em janeiro; ou

b) até o último dia útil do mês subsequente ao do evento, na hipótese de o mesmo ocorrer em período posterior.

Para a apresentação do DCP, é obrigatória a assi-natura digital do demonstrativo mediante utilização de certificado digital válido.

(Lei nº 9.363/1996; Lei nº 10.276/2001; Instrução Normati-va SRF nº 419/2004; Portaria MF nº 93/2004, arts. 6º e 7º)

(7)

ICMS

Diferimento

SUMÁRIO 1. Introdução 2. Conceito

3. Diferimento como modalidade de substituição tributária

4. Hipóteses de diferimento ou substituição tributária pelas operações antecedentes

5. Operação com produto agropecuário e substância mineral ou fóssil em geral

6. Operação com leite cru ou creme de leite 7. Operação com cana-de-açúcar

8. Operação com álcool carburante 9. Apuração e do pagamento do imposto 10. Escrituração de operações beneficiadas pelo

diferimento ou pelo regime de substituição tributária pelas operações anteriores

11. EFD 12. Penalidades 13. Jurisprudência

1. IntrOduçãO

O ICMS é devido em razão da constituição do fato gerador, determinada pela ocorrência de operação de circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte de natureza intermunicipal ou interes-tadual, ou, ainda, prestação onerosa de serviços de comunicação.

Uma vez constituído o fato gerador e observada a inexistência de benefícios que exonerem o pagamento do imposto, o ICMS, pela regra, passa a ser devido, devendo ser recolhido nos prazos que a legislação estabelecer.

Na hipótese de previsão de diferimento do imposto, no entanto, o ICMS deixa de ser devido no momento da ocorrência de determinado fato gerador e passa a ser devido em momento posterior, determi-nado pela legislação.

Nesta matéria, abordaremos o conceito desse ins-tituto, os aspectos fiscais de sua aplicação e, ainda, a hipótese de sua aplicação conforme previsão da legislação de Goiás.

2. COnCEItO

Diferir significa adiar, postergar. Assim, o instituto do diferimento do pagamento do imposto determina

um adiamento do momento em que o imposto deveria ser recolhido.

Perante a legislação do ICMS do Estado de Goiás, a previsão desse instituto está expressa como substituição tributária pelas operações anteriores, que possui conceito um pouco mais extenso do que o do diferimento, pois, além de adiar o lançamento do imposto para outro momento, determina também que seja recolhido por outro contribuinte.

Nota

Importante ressaltar que, em alguns Estados, podemos encontrar mo-dalidades de diferimento com ou sem substituição tributária, ou seja, o lança-mento do imposto é adiado, porém não ocorre a transferência de responsabi-lidade pelo seu pagamento, devendo o mesmo contribuinte proceder ao re-colhimento, no entanto, em um momento futuro, determinado pela legislação.

3. dIFErIMEntO COMO MOdalIdadE dE SuBStItuIçãO trIButárIa

Na medida em que a legislação altera não somente o momento de lançamento do imposto como também o contribuinte responsável pelo respectivo pagamento, temos caracterizada a substituição tribu-tária, pois o contribuinte originário é substituído por outro, determinado na legislação.

A substituição tributária, ou seja, a transferência de responsabilidade pelo pagamento do imposto de um contribuinte vinculado ao fato gerador para outro, pode ser por operações anteriores, posteriores ou concomitantes.

No caso do diferimento, uma vez que o lança-mento do imposto é adiado, a substituição tributária ocorrerá pelas operações ou pelas prestações an-teriores, pois o contribuinte que irá pagar o imposto em um momento futuro o fará substituindo os contri-buintes que realizaram as operações e prestações já ocorridas.

(CTN/1966, art. 128)

4. HIPótESES dE dIFErIMEntO Ou

SuBStItuIçãO trIButárIa PElaS OPEraçõES antECEdEntES.

A seguir, destacamos as hipóteses de substi-tuição tributária pelas operações internas previstas em Goiás, conforme a determinação do substituto tributário.

(8)

4.1 Industrial

4.1.1 aquisição de matéria prima

São substitutos tributários, assumindo a respon-sabilidade pelo pagamento do imposto devido na operação interna anterior, os estabelecimentos indus-triais na aquisição dos seguintes produtos, efetuada diretamente ao estabelecimento produtor, ou extrator, inclusive de suas cooperativas, para utilização como matéria-prima em processo industrial:

a) ácido graxo e óleo ácido; b) algodão em caroço; c) algodão em pluma; d) ave viva ou abatida;

e) borra de refinação de óleo vegetal;

f) café em coco ou beneficiado, inclusive cafeí-na;

g) cana-de-açúcar; h) carvão vegetal; i) cereais; j) couro bovino;

k) fruto oleaginoso, inclusive caroço, semente e amêndoa;

l) fumo em folha; m) glicerina; n) gordura animal; o) hortifrutícola;

p) leite cru e creme de leite em estado natural, leite em pó e soro de leite em pó;

q) lenha;

r) óleo vegetal, inclusive degomado;

s) rã da espécie “Rana Catesbiana Shaw” (Touro Gigante);

t) resíduo e desperdício da indústria alimentar; u) substância mineral em estado natural.

Excetuada a operação com álcool carburante, a adoção do regime de substituição tributária pela operação anterior é opcional, ficando facultada, ao contribuinte substituído, a emissão do documento fiscal respectivo, a apuração e o pagamento do ICMS devido, conforme o regime normal de tributação.

(RCTE-GO/1997, Anexo VIII, art. 2º, I, § 1º)

4.1.2 relacionado à empresa titular de projeto agroindustrial

São substitutos tributários, assumindo a res-ponsabilidade pelo pagamento do imposto devido na operação interna anterior, os estabelecimentos Industriais, situados em Goiás, da empresa titular do projeto agroindustrial, relativamente ao imposto devido:

a) na operação e prestação praticadas entre os estabelecimentos ao mesmo vinculados, inclu-sive por parceria ou integração;

b) nas seguinte operações, desde que para utili-zação dentro do projeto:

b.1) importação do exterior de matérias-pri-mas, embalagens, produtos intermediá-rios e outros insumos, pelos estabeleci-mentos da empresa industrial e dos pro-dutores integrados ou parceiros;

b.2) aquisição interna de carne e miúdo co-mestível de gado bovino ou bufalino pe-los estabelecimentos da empresa indus-trial.

O imposto da substituição tributária é devido nas saídas tributáveis com os seguintes produtos:

a) aves e suínos vivos, bem como produtos resul-tantes de sua matança ou industrialização; b) carne e miúdo comestível de bovino ou

bufali-no, bem como produtos resultantes de sua in-dustrialização.

O imposto incidente nas operações e prestações deve ser apurado juntamente com aquele devido pelas operações de saídas próprias do estabeleci-mento eleito substituto tributário, resultando em um só débito por período.

Excetuada a operação com álcool carburante, a adoção do regime de substituição tributária pela operação anterior é opcional, ficando facultada, ao contribuinte substituído, a emissão do documento fiscal respectivo, a apuração e o pagamento do ICMS devido, conforme o regime normal de tributação.

(RCTE-GO/1997, Anexo VIII, art. 2º, V, §§ 1º e 3º)

4.1.3 Implantador de projeto industrial relacionado à extração, industrialização e circulação de minério de níquel, cobre e seus derivados

São substitutos tributários, assumindo a respon-sabilidade pelo pagamento do imposto devido na operação interna anterior, os estabelecimentos

(9)

indus-triais que implantarem, no Estado de Goiás, projeto industrial relacionado à extração, industrialização e circulação de minério de níquel, cobre e seus deriva-dos, mediante a celebração de termo de acordo de regime especial com a Secretaria da Fazenda para tal fim, nas seguintes operações e prestações (Lei nº 15.719/2006, arts. 1º e 2º):

a) retorno da mercadoria que tenha sido remeti-da para industrialização, por sua encomenremeti-da e ordem, a outro estabelecimento seu ou de terceiro localizado neste Estado;

b) aquisição de matéria-prima e de material se-cundário e de acondicionamento de outro es-tabelecimento industrial localizado neste Esta-do;

c) aquisição de energia elétrica não destinada à comercialização ou à industrialização.

O imposto incidente nas operações e prestações deve ser apurado juntamente com aquele devido pelas operações de saídas próprias do estabeleci-mento eleito substituto tributário, resultando em um só débito por período.

A substituição tributária aplica-se, inclusive: a) quando se tratar de empresa já instalada no

Estado de Goiás que implementar projeto de expansão, desde que represente aumento de pelo menos 30% em sua capacidade de pro-dução;

b) durante a fase pré-operacional da empresa. Excetuada a operação com álcool carburante, a adoção do regime de substituição tributária pela operação anterior é opcional, ficando facultada, ao contribuinte substituído, a emissão do documento fiscal respectivo, a apuração e o pagamento do ICMS devido, conforme o regime normal de tributação.

(RCTE-GO/1997, Anexo VIII, art. 2º, VI, § 1º)

4.1.4 de veículo automotor beneficiário do Fomentar ou Produzir

São substitutos tributários, assumindo a respon-sabilidade pelo pagamento do imposto devido na operação interna anterior, os estabelecimentos indus-triais de veículo automotor beneficiário dos Programas Fomentar ou Produzir, mediante celebração de termo de acordo de regime especial com a Secretaria da Fazenda, relativamente ao imposto devido na aqui-sição interna de insumo, matéria-prima, inclusive parte, peça e componente, e de material secundário

e de acondicionamento destinados à fabricação ou à comercialização de veículo, excetuada a aquisição de energia elétrica e de combustível e a contratação de serviço de comunicação, quando a aquisição se der:

a) de outro estabelecimento industrial;

b) de empresa comercial importadora, na impor-tação realizada nas modalidades por conta e ordem ou encomenda.

O termo de acordo de regime especial, pode ser revogado pela Secretaria da Fazenda 30 dias após a notificação do contribuinte, sendo-lhe permitida a regularização dentro desse prazo, nos casos de:

a) desistência do projeto;

b) falta de comprovação do início das obras de implantação ou ampliação no prazo estabele-cido no respectivo projeto;

c) infração às suas disposições;

d) existência de crédito tributário inscrito em dí-vida ativa, exceto se o referido crédito estiver com sua exigibilidade suspensa nos termos da lei ou tiver sido efetivada a penhora de bens suficientes para o pagamento do total da dívida.

Excetuada a operação com álcool carburante, a adoção do regime de substituição tributária pela operação anterior é opcional, ficando facultada, ao contribuinte substituído, a emissão do documento fiscal respectivo, a apuração e o pagamento do ICMS devido, conforme o regime normal de tributação.

(RCTE-GO/1997, Anexo VIII, art. 2º, VII e § 5º)

4.1.5 Beneficiário do Programa Produzir - Produtor de grupos geradores de energia elétrica

São substitutos tributários, assumindo a respon-sabilidade pelo pagamento do imposto devido na operação interna anterior, os estabelecimentos indus-triais beneficiários do Programa Produzir - produtor de grupos geradores de energia elétrica, mediante a celebração de termo de acordo de regime espe-cial com a Secretaria da Fazenda, relativamente ao imposto devido nas seguintes operações, o qual deve ser apurado juntamente com aquele devido pelas operações de saídas próprias do estabelecimento, resultando em um só débito por período:

a) no retorno da mercadoria que tenha sido re-metida para industrialização, por sua enco-menda e ordem, a outro estabelecimento seu ou de terceiro localizado neste Estado;

(10)

b) na aquisição em estabelecimento localizado neste Estado de matérias-primas, partes, pe-ças e componentes para aplicação na produ-ção ou para revenda, excetuada a aquisiprodu-ção de energia elétrica e de combustível e a con-tratação de prestação de serviço de comuni-cação.

O termo de acordo de regime especial, pode ser revogado pela Secretaria da Fazenda 30 dias após a notificação do contribuinte, sendo-lhe permitida a regularização dentro desse prazo, nos casos de:

a) desistência do projeto;

b) falta de comprovação do início das obras de implantação ou ampliação no prazo estabele-cido no respectivo projeto;

c) infração às suas disposições;

d) existência de crédito tributário inscrito em dí-vida ativa, exceto se o referido crédito estiver com sua exigibilidade suspensa nos termos da lei ou tiver sido efetivada a penhora de bens suficientes para o pagamento do total da dívida.

Excetuada a operação com álcool carburante, a adoção do regime de substituição tributária pela operação anterior é opcional, ficando facultada, ao contribuinte substituído, a emissão do documento fiscal respectivo, a apuração e o pagamento do ICMS devido, conforme o regime normal de tributação.

(RCTE-GO/1997, Anexo VIII, art. 2º, VIII e § 5º)

4.1.6 Integrante de grupo econômico

São substitutos tributários, assumindo a respon-sabilidade pelo pagamento do imposto devido na operação interna anterior, a pessoa jurídica industria-lizadora integrante de grupo econômico, mediante a celebração de termo de acordo de regime especial com a Secretaria da Fazenda, relativamente ao imposto devido na operação de aquisição interna de matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem, inclusive o retorno em operação interna de mercadoria que tenha sido remetida para indus-trialização por sua conta e ordem.

A substituição tributária:

a) não se aplica à aquisição de energia elétrica e de combustível e à contratação de serviço de comunicação;

b) pode ser estendida às saídas de uma para ou-tra pessoa jurídica integrantes ao grupo eco-nômico;

c) prevalece sobre qualquer outro regime de substituição existente ou que venha a ser insti-tuído para a operação interna.

O imposto devido por substituição tributária deve ser apurado juntamente com aquele devido pelas operações de saídas próprias do estabelecimento, resultando em um só débito por período.

Eventual saldo credor existente na escrituração fiscal da pessoa jurídica remetente, em virtude da extensão da substituição tributária, pode ser transfe-rido para a da adquirente integrante do mesmo grupo econômico.

O termo de acordo de regime especial pode ser revogado pela Secretaria da Fazenda 30 dias após a notificação do contribuinte, permitida a regularização dentro desse prazo, nos casos de:

a) cometimento de infração às disposições le-gais ou às cláusulas do regime especial; b) existência de crédito tributário inscrito em

dí-vida ativa, exceto se o referido crédito estiver com sua exigibilidade suspensa nos termos da lei ou tiver sido efetivada a penhora de bens suficientes para o pagamento do total da dívida.

Considera-se grupo econômico, o conjunto de duas ou mais pessoas jurídicas, ligadas entre si por integração, que produzam e distribuam, no mínimo, 5 diferentes tipos de mercadorias e que apresentem submissão societária, sendo:

a) ligação por integração, a venda de, no míni-mo, 80% (oitenta por cento) da produção da pessoa jurídica industrializadora para outra pessoa jurídica do mesmo grupo econômico; b) diferenciação de mercadorias, a utilização de

pelo menos um insumo diferente, dentre os principais, na produção das mercadorias, de maneira que a distinção não se dê sob a forma de subproduto;

c) submissão societária, a vinculação entre as pessoas jurídicas do grupo econômico de for-ma tal que ufor-ma delas seja subsidiária da outra ou diversas delas sejam subsidiárias integrais da mesma pessoa jurídica.

Excetuada a operação com álcool carburante, a adoção do regime de substituição tributária pela

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operação anterior é opcional, ficando facultada, ao contribuinte substituído, a emissão do documento fiscal respectivo, a apuração e o pagamento do ICMS devido, conforme o regime normal de tributação.

(RCTE-GO/1997, Anexo VIII, art. 2º, IX, § 1º)

4.1.7 Entre estabelecimentos industriais

A substituição tributária aplica-se, também, às sucessivas saídas de um para outro estabelecimento industrial, desde que sejam signatários de regime especial com a Secretaria da Fazenda, podendo ser estendida, também, às saídas de produto agro-pecuário efetuadas por estabelecimento comercial que seja substituto tributário pela operação anterior com destino a estabelecimento industrial, na forma e condições fixadas em regime especial celebrado com a Secretaria da Fazenda.

(RCTE-GO/1997, Anexo VIII, art. 2º, IX, § 2º)

4.2 Comercial

São substitutos tributários, assumindo a res-ponsabilidade pelo pagamento do imposto devido na operação interna anterior, os estabelecimentos comerciais, na aquisição efetuada diretamente ao estabelecimento extrator, de substância mineral em estado natural.

Excetuada a operação com álcool carburante, a adoção do regime de substituição tributária pela operação anterior é opcional, ficando facultada, ao contribuinte substituído, a emissão do documento fiscal respectivo, a apuração e o pagamento do ICMS devido, conforme o regime normal de tributação.

O estabelecimento comercial adquirente de produto agropecuário pode assumir a condição de substituto tributário, mediante celebração de termo de acordo de regime especial para esse fim.

(RCTE-GO/1997, Anexo VIII, art. 2º, II, § 1º e art. 3º)

5. OPEraçãO COM PrOdutO aGrOPECuárIO E SuBStânCIa MInEral Ou FóSSIl EM GEral

Está autorizado o uso de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, previamente emitida pelo destinatário, como documento hábil para acobertar a operação interna de circulação que envolva produto agropecuário e substância mineral ou fóssil, relacionados no tópico 4, nos casos de:

a) aquisição efetuada pela indústria, diretamente do extrator ou produtor;

b) remessa, diretamente do estabelecimento ex-trator ou produtor, inclusive de arroz e feijão, para depósito em armazém-geral ou coopera-tiva da qual o remetente faça parte;

c) aquisição de substância mineral em estado natural efetuada diretamente por estabeleci-mento comercial.

Esta faculdade:

a) pode ser estendida à aquisição de produto agropecuário ou fóssil realizada por estabe-lecimento comercial, mediante celebração de termo de acordo de regime especial;

b) não abrange a operação em que a emissão da nota fiscal correspondente à saída seja feita pelo próprio remetente;

c) exige que a nota fiscal contenha, além das in-dicações previstas na legislação tributária, as seguintes:

c.1) como natureza da operação, as expres-sões:

c.1.1) TRÂNSITO DE PRODUTO AD-QUIRIDO PELA INDÚSTRIA, no caso da aquisição efetuada pela indústria diretamente do produtor ou extrator;

c.1.2) TRÂNSITO DE PRODUTO DESTI-NADO A DEPÓSITO, no caso de remessa diretamente do produtor ou extrator para depósito em ar-mazém-geral ou cooperativa; c.1.3) TRÂNSITO DE SUBSTÂNCIA

MI-NERAL EM ESTADO NATURAL, no caso de aquisição efetuada diretamente por estabelecimento comercial;

c.2) a observação: EMITIDA PARA EFEITO DE TRÂNSITO;

c.3) o número do conhecimento de transporte rodoviário de carga.

O prazo de validade da nota fiscal é o mesmo estabelecido na legislação tributária para os docu-mentos fiscais em geral.

A nota fiscal deve ser registrada no livro próprio, com a indicação do valor da operação igual a zero e na coluna OBSERVAÇÕES anotar o número da nota fiscal de entrada correspondente, bem como os de-mais esclarecimentos necessários.

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Na entrada do produto ou substância no estabele-cimento, o destinatário deve declarar, se for o caso, o teor de umidade, na primeira via do documento fiscal que acobertar a operação, além de afixar ao mesmo uma via do tíquete da balança, hipótese em que, com base no relatório de impureza e umidade do produto ou substância, deve ser emitida Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, contendo, além das indicações previstas na legislação tributária, as seguintes:

a) peso líquido apurado; b) valor da base de cálculo; c) destaque do ICMS devido;

d) número da nota fiscal emitida para efeito de trânsito.

A base de cálculo do imposto é o valor da ope-ração, não podendo ser inferior à pauta de valores elaborada pela Secretaria da Fazenda, vigente no dia da emissão da nota fiscal que acobertou o transporte do produto ou substância.

A nota fiscal deve ser registrada no livro próprio e o imposto nela destacado constitui crédito ao substi-tuto tributário no respectivo período de apuração.

Quando caracterizada a substituição tributária em relação ao imposto incidente na prestação do serviço de transporte correspondente, devem constar, ainda, na nota fiscal emitida para acobertar a aquisição do produto ou substância, os seguintes dados relativos a esse serviço:

a) valor da prestação;

b) base de cálculo do imposto, se diferente do valor da prestação;

c) alíquota aplicável; d) valor do ICMS;

e) referência: O ICMS DEVE SER PAGO PELO EMITENTE DESTA NOTA, NA CONDIÇÃO DE SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO.

Se a nota fiscal que acobertar a operação interna de circulação de produto agropecuário e substância mineral ou fóssil for de emissão do produtor ou da repartição fazendária, o seu registro no livro próprio deve ser com a indicação do valor da operação igual a zero e na coluna OBSERVAÇÕES anotar o número da nota fiscal de entrada correspondente, bem como os demais esclarecimentos necessários.

Até o 5º dia, a contar da data de encerramento do período de apuração, o destinatário deve requerer junto à repartição fiscal, a emissão de Nota Fiscal de

Produtor, englobando as operações efetuadas com cada remetente no período.

Na nota fiscal emitida pelo produtor ou extrator é obrigatório mencionar os números dos seguintes documentos:

a) nota fiscal emitida para acobertar o trânsito do produto ou da substância;

b) nota fiscal emitida no momento da entrada do produto ou da substância no estabelecimento destinatário.

Caso o estabelecimento produtor ou extrator não esteja credenciado a emitir sua própria Nota Fiscal, modelos 1 ou 1-A, o estabelecimento destinatário do produto ou da substância mineral ou fóssil deve emitir Nota Fiscal, modelos 1 ou 1-A, englobando todas as entradas de mercadorias no período, por produtor ou extrator, remetente.

(RCTE-GO/1997, Anexo VIII, arts. 5º, 6º e 7º)

6. OPEraçãO COM lEItE Cru Ou CrEME dE lEItE

São substitutos tributários, assumindo a respon-sabilidade pelo pagamento do imposto devido na operação interna anterior com leite cru ou creme de leite, procedente de estabelecimento produtor ou de associação de que este faça parte, a indústria de laticínios e o posto de resfriamento.

No caso de transferência interna de leite, recebido por posto de resfriamento, destinado a estabeleci-mento industrial de laticínios do mesmo contribuinte, a responsabilidade pelo pagamento do imposto objeto da substituição fica transferida ao estabelecimento da indústria destinatária.

Fica dispensada a emissão de nota fiscal, e res-pectivo conhecimento de transporte, na saída interna de leite cru ou creme de leite, do estabelecimento produtor para o posto de resfriamento ou para o esta-belecimento industrializador.

A indústria de laticínio ou o posto de resfriamento, na condição de substituto tributário, “deve emitir ao final de cada período de apuração, um conhecimento de transporte rodoviário de carga, avulso, englobando todas as prestações de serviços iniciadas em um mesmo município”.

O estabelecimento industrial ou posto de resfria-mento deve registrar, diariamente, as entradas de leite

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cru ou de creme de leite, em LISTA DE RECEBIMENTO, impressa em 3 vias, numerada tipograficamente e autenticada com o código da repartição fiscal de circunscrição do contribuinte substituto, que deve servir de base para a emissão da nota fiscal relativa à entrada dos produtos, devendo constar da lista:

a) o nome do produtor ou da associação, o nú-mero de inscrição estadual e o nome do muni-cípio;

b) a quantidade diária de leite cru (bom e ácido) ou creme de leite recebido de cada produtor ou associação;

c) a data do recebimento;

d) a quota diária atribuída a cada produtor ou as-sociação.

Sem prejuízo das normas relativas à autorização para confecção de documento fiscal, o modelo da LISTA DE RECEBIMENTO deve ser aprovado pelo titular da delegacia fiscal de circunscrição do contri-buinte, antes da sua impressão.

As informações relativas ao produtor, à asso-ciação e ao município podem ser substituídas por código numérico, desde que o contribuinte mantenha à disposição do Fisco, em cada estabelecimento, listagem de códigos dos produtores/associações/ fornecedores, com a indicação do nome do produtor, da associação e do número de inscrição no cadastro estadual e município de localização.

A indústria de laticínios e o posto de resfriamento, quando receberem o produto diretamente do estabe-lecimento produtor ou da associação, ficam obrigados a emitir, no final de cada período de apuração, com base na LISTAGEM DE RECEBIMENTO, uma Nota Fiscal, modelo 1 ou1-A, englobando o valor total dos produtos recebidos.

(RCTE-GO/1997, Anexo VIII, arts. 8º, 9º e 10)

7. OPEraçãO COM Cana-dE-açúCar

São substitutos tributários, assumindo a respon-sabilidade pelo pagamento do imposto devido pelo estabelecimento produtor, na operação interna de aquisição de cana-de-açúcar, para utilização no processo de industrialização, a usina açucareira, a destilaria de álcool e o fabricante de aguardente.

O controle fiscal relativo à entrada de cana-de--açúcar no estabelecimento do substituto tributário deve ser feito de conformidade com o disposto no Capítulo IX do Anexo XIII do RCTE-GO/1997.

Na periodicidade estabelecida na legislação tributária, o imposto devido por substituição deve ser apurado da seguinte forma:

a) pela usina açucareira e pela destilaria de ál-cool, é o valor obtido somando-se o valor do ICMS destacado nas notas fiscais relativas às entradas de cana-de-açúcar, emitidas mensal-mente por fornecedor nos termos do art. 38 do Anexo XIII do RCTE-GO/1997;

b) pelo fabricante de aguardente, é o valor en-contrado somando-se o preço total de cada nota fiscal emitida na entrada, de acordo com o art. 45 do Anexo XIII, do RCTE-GO/1997, aplicando-se sobre o referido valor a alíquota de 17%.

O valor encontrado:

a) constitui crédito ao estabelecimento do substi-tuto e pode ser registrado no livro de Registro de Apuração do ICMS, no quadro CRÉDITO DO IMPOSTO - OUTROS CRÉDITOS;

b) deve ser pago no prazo estabelecido na legis-lação tributária.

(RCTE-GO/1997, Anexo VIII, art. 11)

8. OPEraçãO COM álCOOl CarBurantE

São substitutos tributários, assumindo a respon-sabilidade pelo pagamento do imposto devido na operação interna de aquisição de álcool carburante feita ao estabelecimento de usina ou fabricante, a refinaria de petróleo e suas bases e o distribuidor de combustível autorizado e registrado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), localizados em Goiás.

O imposto sujeito à substituição tributária deve ser calculado sobre a base de cálculo correspondente a 80% do valor da operação de aquisição do produto da usina ou do fabricante, ficando a parcela restante sujeita ao regime normal de tributação no estabeleci-mento remetente.

A usina ou o fabricante beneficiários dos Pro-gramas Fomentar ou Produzir, durante a vigência de

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termo de acordo de regime especial com a Secretaria da Fazenda relativo àquele benefício, ficam dispensa-dos da adoção do regime de substituição tributária.

O estabelecimento substituído remetente deve:

a) emitir nota fiscal, com indicação do valor da mercadoria, deduzindo deste a parcela do ICMS objeto da substituição, correspondente à alíquota de 25% sobre 80% do valor da ope-ração;

b) emitir nota fiscal, com indicação do valor da mercadoria, deduzindo deste a parcela do ICMS objeto da substituição, correspondente à aplicação da alíquota própria para operação interna, sobre 80% do valor da operação; c) informar, no corpo da nota fiscal, o valor da

base de cálculo do ICMS objeto da substitui-ção e do ICMS normal de sua responsabilida-de (sobre 20% do valor da operação), efetu-ando destaque do ICMS sobre o valor total da operação, no mesmo documento, no campo apropriado;

d) debitar-se em sua escrituração fiscal pelo valor do ICMS de sua responsabilidade, que pode ser compensado com créditos oriundos de aquisições de cana-de-açúcar e de outros insumos que lhe assegurem direito ao crédito, segundo as normas comuns de tributação.

O estabelecimento adquirente, substituto tribu-tário, deve:

a) registrar a nota fiscal de aquisição no livro de Registro de Entradas, aproveitando como crédi-to do imposcrédi-to o valor do ICMS nela destacado; b) pagar o imposto devido por substituição

tribu-tária, no prazo estabelecido na legislação tri-butária.

A refinaria de petróleo ou suas bases são subs-titutas tributárias em relação ao imposto incidente na operação anterior interna ou interestadual com álcool etílico anidro combustível (AEAC) e biodiesel (B100) destinados à distribuidora de combustível que promover a saída da gasolina resultante da mistura com o AEAC ou óleo diesel resultante da mistura com B100.

O imposto devido na operação com AEAC ou B100 deve ser pago pela refinaria de petróleo ou suas

bases de uma só vez englobadamente com o imposto retido por substituição tributária incidente sobre as operações subsequentes com gasolina ou óleo diesel até o consumidor final.

O imposto devido na operação interna ou inte-restadual de aquisição de álcool carburante feita ao estabelecimento de usina ou fabricante, a refinaria de petróleo e suas bases e o distribuidor de combustível autorizado e registrado pela ANP, quando a distribui-dora realizar saída isenta ou não tributada de AEAC ou B100, inclusive para a Zona Franca de Manaus e para as Áreas de Livre Comércio, deve ser pago pela distribuidora de combustível em favor da Unidade da Federação remetente do AEAC ou do B100.

Na remessa interestadual de AEAC ou B100, o estabelecimento da distribuidora de combustíveis destinatária deve:

a) registrar, com a utilização do programa de computador aprovado pela Cotepe/ICMS de que trata o § 2º do art. 62 do Anexo VIII, do RCTE-GO/1997, os dados relativos a cada operação;

b) identificar:

b.1) o sujeito passivo por substituição que te-nha retido anteriormente o imposto relati-vo à gasolina “A” ou ao óleo diesel, com base na proporção da sua participação no somatório das quantidades do esto-que inicial e das entradas ocorridas no mês, relativamente a gasolina ‘A’ ou óleo diesel adquiridos diretamente de contri-buinte substituto;

b.2) o fornecedor da gasolina “A” ou do óleo diesel, com base na proporção da sua participação no somatório das quanti-dades do estoque inicial e das entradas ocorridas no mês, relativamente à gasoli-na “A” ou óleo diesel adquiridos de outro contribuinte substituído;

c) enviar as informações a que se referem as le-tras “a” e “b” anteriores, na forma e prazos es-tabelecidos na Subseção I-C (arts. 62 à 62-E), do Anexo VIII, do RCTE-GO/1997.

A refinaria de petróleo ou suas bases, na remessa interestadual de AEAC ou B100, devem efetuar:

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a) em relação às operações cujo imposto re-lativo à gasolina “A” ou ao óleo diesel tenha sido anteriormente retido pela própria refinaria de petróleo ou suas bases, o repasse do va-lor do imposto relativo ao AEAC ou ao B100 devido ao Estado de Goiás, limitado ao valor do imposto efetivamente retido e do relativo à operação própria, até o 10º dia do mês sub-sequente àquele em que tenham ocorrido as operações interestaduais;

b) em relação às operações cujo imposto relati-vo à gasolina ‘A’ ou ao óleo diesel tenha sido anteriormente retido por outros contribuintes, a provisão do valor do imposto relativo ao AEAC ou B100 devido ao Estado de Goiás, limitado ao valor efetivamente recolhido à Unidade da Federação de destino, para o repasse que deve ser realizado até o 20º dia do mês sub-sequente àquele em que tenham ocorrido as operações interestaduais.

Na hipótese da letra “b” anterior, a Unidade da Federação de destino tem até o 18º dia do mês subsequente àquele em que tenham ocorrido as operações interestaduais, para verificar a ocorrência do efetivo pagamento do imposto e se manifestar, de forma expressa e motivada, contra a referida dedu-ção, caso em que o valor anteriormente provisionado para repasse deve ser recolhido em seu favor.

Aplicam-se, no que couber, às disposições conti-das neste artigo, inclusive no tocante ao repasse, os procedimentos previstos na Subseção I-B do Anexo VIII do RCTE-GO/1997.

O disposto neste tópico não prejudica a aplicação da isenção na remessa de AEAC e B100 para comer-cialização ou industrialização na Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio.

Na hipótese de dilação, a qualquer título, do prazo de pagamento do ICMS pela Unidade da Federação de destino, o imposto correspondente ao AEAC ou B100 deve ser pago integralmente ao Estado de Goiás, até o 10º dia do mês subsequente àquele em que tenham ocorrido as operações interestaduais.

O contribuinte que efetuar operações interesta-duais com gasolina resultante da mistura de AEAC com gasolina “A” ou da mistura de óleo diesel com B100, deve efetuar o estorno do crédito do imposto

correspondente ao volume de AEAC ou B100 conti-dos na mistura.

O estorno far-se-á pelo recolhimento do valor cor-respondente ao ICMS em que refinaria de petróleo ou suas bases sejam substitutas tributárias em relação ao imposto incidente na operação anterior interna ou interestadual com AEAC ou B100, que deve ser apu-rado com base no valor unitário médio e na alíquota média ponderada das entradas de AEAC ou B100 ocorridas no mês, observado o § 6º do art. 62-B do Anexo VIII do RCTE-GO/1997.

Os efeitos do estorno estendem-se aos estabe-lecimentos da mesma pessoa jurídica localizados na Unidade da Federação em que ocorreu a mistura da gasolina “C” ou de óleo diesel com B100, na proporção definida na legislação, objeto da operação interestadual.

Devem ser aplicadas as normas gerais pertinen-tes à substituição tributária na operação interestadual, destinada ao Estado de Goiás, com AEHC, sendo que o imposto devido por substituição tributária ao Estado de Goiás deve ser pago no momento da saída da mercadoria do estabelecimento remetente, por meio de GNRE, cuja 3ª via deve acompanhar o transporte da mercadoria e ser entregue ao destinatário.

É substituta tributária, assumindo a respon-sabilidade pelo pagamento do imposto devido na operação interna de aquisição interna de AEAC, feita ao estabelecimento de usina ou fabricante, a empresa comercializadora de etanol autorizada e registrada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP).

Na hipótese de comercialização do AEAC des-tinada à distribuidora de combustível para mistura à gasolina “A”, o imposto devido na operação interna de aquisição do AEAC deve ser pago pela refinaria de petróleo ou suas bases na forma prevista no art. 12-A do Anexo VIII, do RCTE-GO/1997.

Em se tratando de venda à ordem ou venda para entrega futura, devem ser observadas as disposições da legislação tributária previstas para essas opera-ções.

(16)

9. aPuraçãO E dO PaGaMEntO dO IMPOStO

A apuração do imposto devido por substituição tributária relativamente à operação anterior, com exceção da operação com cana-de-açúcar, deve ser feita mediante a escrituração regular dos documentos fiscais no livro Registro de Entradas, hipótese em que o ICMS objeto da substituição deve ser escriturado no campo destinado a OBSERVAÇÕES, do referido livro, totalizando ali os valores registrados a cada período apurado nos termos da legislação tributária.

O imposto devido por substituição tributária pelas operações anteriores pode, excepcionalmente e na forma que dispuser termo de acordo de regime espe-cial celebrado com a Secretaria da Fazenda, ser apu-rado juntamente com aquele devido pela operação de saída própria do estabelecimento eleito substituto, por meio de registro a débito no livro Registro de Apuração do ICMS, resultando um só débito por período nas seguintes aquisições de soja, em estado natural, batida, em vagem ou em grãos.

O prazo para pagamento do imposto devido por substituição é estabelecido na legislação tributária, devendo este ser efetuado através de documento de arrecadação distinto e específico, sob rubrica própria.

Ressalta-se que as disposições do regime de substituição tributária pela operação anterior, relati-vamente à aquisição de produto agropecuário para utilização no processo de industrialização, não se aplicam a contribuinte beneficiário de regime espe-cial cujo termo de acordo disponha de forma diversa quanto à forma de apuração e pagamento do ICMS devido por substituição tributária, hipótese em que deve ser observado, ainda, o seguinte:

a) o imposto devido deve ser pago quando ocor-rer qualquer saída ou evento que impossibilite a ocorrência do fato determinante do seu pa-gamento;

b) o pagamento do imposto, relativo aos pro-dutos adquiridos com substituição tributária, deve ser efetuado com base nas quantidades saídas dos mesmos produtos ou na proporção que representarem nas saídas dos produtos deles resultantes;

c) para os efeitos do inciso anterior, deve ser ob-servada uma alíquota interna não superior a 12% e não inferior a 7%, na forma da legisla-ção tributária;

d) a base de cálculo deve corresponder ao pre-ço corrente da mercadoria, ou de sua similar,

no mercado atacadista do local do estabeleci-mento do substituto tributário;

e) fica dispensado o pagamento do imposto de-vido pelas operações anteriores desde que não haja efetivo aproveitamento do crédito e, cumulativamente:

e.1) a operação ou prestação subsequente, realizada pelo substituto tributário, seja isenta ou não tributada;

e.2) em decorrência dessa operação ou pres-tação, a legislação tributária admita o crédito do imposto relativo às operações e prestações anteriores ou conceda o benefício do seu não estorno.

10. ESCrIturaçãO dE OPEraçõES

BEnEFICIadaS PElO dIFErIMEntO Ou PElO rEGIME dE SuBStItuIçãO trIButárIa PElaS OPEraçõES antErIOrES

O contribuinte que realizar operações beneficia-das pelo diferimento deverá, por ocasião do registro das notas fiscais nos livros Registro de Entradas e Registro de Saídas, utilizar, na coluna “ICMS - Valores Fiscais” e “Operações ou Prestações sem Crédito do Imposto”, a coluna “Outras” para indicar a parcela do imposto diferido.

(RCTE-GO/1997, art. 310, II, “g”, item 2, e art. 316, V, “b”)

11. EFd

Desde janeiro de 2014 todos os contribuintes goianos, exceto as empresas optantes pelo Regime do Simples Nacional (Lei Complementar nº 123/2006) deverão utilizar a EFD para efetuar a escrituração do:

a) livro Registro de Entradas de Mercadorias; b) livro Registro de Saídas de Mercadorias; c) livro Registro de Inventário;

d) livro Registro de Apuração do IPI; e e) livro Registro de Apuração do ICMS; f) Ciap.

No tocante as saídas de mercadorias com diferi-mento do ICMS o emitente do docudiferi-mento fiscal além das demais regras de preenchimento disciplinadas no “Guia Prático da EFD (ICMS/IPI)” deverá efetuar, para obter sucesso em sua validação, o lançamento do documento nos blocos e registros com suas parti-cularidades, como demonstrado no quadro a seguir:

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EFD

Bloco e Objetivo Registros Mínimos

Obrigatórios Descrição Observações 0 - Destina-se às informações

referentes à Abertura do Arquivo Digital e identificação da entida-de (contribuinte)

005 Dados Complementares da

entidade Registro para serem informados o nome fantasia, o Código de Endereçamento Postal (CEP), o en-dereço completo, número de telefone com o DDD, número do fax, se houver e endereço do correio ele-trônico do contribuinte emitente da nota fiscal com diferimento

0100 Dados do Contabilista Registro para informação dos dados referentes à identificação do contabilista responsável pela escri-turação fiscal do estabelecimento

0150 Cadastro de Participante Registro utilizado para informações cadastrais das pessoas físicas ou jurídicas envolvidas na operação 0190 Identificação das Unidades

de Medida Este registro tem por objetivo descrever as unida-des de medida utilizadas na nota fiscal emitida 0200 Tabela de identificação do

item No registro deve ser informada a mercadoria cons-tante da nota fiscal 0450 Tabela de Informação

Com-plementar do Documento Fiscal

Neste Registro serão informados os dispositivos que concedem o diferimento do ICMS/IPI constan-tes do quadro “Dados Adicionais” da nota fiscal.

Nota

Este lançamento irá ensejar também o preenchi-mento do Registro C110

0460 Tabela de Observações do

lançamento fiscal Registro que corresponde ao campo de Observa-ções do Livro Registro de Entrada, Saídas e Apu-ração observando o estabelecido no normativo que ampara o diferimento de cada Unidade da Fede-ração

C - Destina-se às informações constantes dos documentos fis-cais relativos à circulação de mercadorias sujeitas ao ICMS/ IPI, ou seja, a Nota Fiscal, Nota Fiscal Avulsa, Nota Fiscal Eletrô-nica , Nota Fiscal a Consumidor Eletrônica (NFC-e)

100 Nota Fiscal (Código 01), Nota Fiscal Avulsa (Código 1B), Nota Fiscal de Produtor

(códi-go 04) e NF-e (códi(códi-go 55)

Neste Registro serão informados os documentos fiscais dos modelos referidos no quadro “Descri-ção” de maneira detalhada e uma vez que não há destaque de ICMS neste operação no momento da remessa o declarante que promoveu a saída ou en-trada da mercadoria deverá observar as seguintes particularidades:

a) Campo 06 - Código de Situação de Documento Fiscal - utilizar o código 00 para indicar que trata-se de documento regular;

b) Campo 21 - Valor da Base de cálculo do ICMS - manter zerado;

c) Campo 22 - Valor do ICMS - manter zerado. Em relação aos demais campos deste Registro ob-servar as instruções de preenchimento conforme “Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital” e o Ato Cotepe nº 09/2008

110 Informação Complementar da nota fiscal códigos de

do-cumento 01, 1B, 04 e 55

Registro tem por objetivo identificar os dados con-tidos no campo Informações Complementares da nota fiscal, que sejam de interesse do fisco, confor-me dispõe a legislação

170 Itens do Documento Este registro é obrigatório para discriminar os itens da nota fiscal (mercadorias e/ou serviços constan-tes em notas conjugadas), inclusive em operações de entrada de mercadorias acompanhadas de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) de emissão de terceiros Tratando-se de Nota Fiscal Eletrônica de emissão própria não haverá preenchimento deste registro Importante frisar que nas operações com o ICMS suspenso os campos 13, 14 e 15 deverão ficar ze-rados

(18)

11.1 Observações quanto ao Código de Situação tributária (CSt)

Convém ressaltar a importância da informação do CST-ICMS na Escrituração Fiscal Digital (EFD).

Justifica-se esta pelo fato que através da conju-gação desta informação com o preenchimento ou não dos Campos “Valor de Imposto”, “Base de Cálculo” e “Alíquotas, o Programa Validador da EFD interpretará se se trata de uma operação tributada ou não e, com aproveitamento de crédito ou não.

Para documentos Nota Fiscal (Código 01), Nota Fiscal Avulsa (Código 1B), Nota Fiscal de Produtor (código 04) e NF-e (código 55) emitida por terceiros, o CST será informado no campo 10 do Registro C170 e no campo 02 do Registro 190, devendo manter a mesma combinação.

Tratando-se Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) de emis-são própria o CST será informado apenas no campo 02 do Registro C190.

Considerando que o CST é composto de 3 dígitos, sendo o 1º indicador da origem da mercadoria e os 2º e 3º a tributação do ICMS temos que na hipótese das operações amparadas com o diferimento, deve ser utilizado o caractere 0 , se produto nacional e o 50 referente ao tratamento tributário.

Nota

A relação completa de Código de Situação Tributária (CST) encontra-se nos Ajustes Sinief nº 20/2012, cláusula primeira; nº 2/2013; nº 15/2013 e no Convênio s/nº de 15.12.1970, Anexo/CST.

12. PEnalIdadES

A aplicação de penalidades é feita mediante critério discricionário do agente fiscal, que analisa as previsões legais e nelas deve enquadrar o motivo de autuação.

Nota

Ato discricionário é definido como aquele que a administração pública pratica com certa liberdade de escolha, mas pautada em critérios de con-veniência e oportunidade, obedecidos os parâmetros legais. Desta forma,

o contribuinte, ao analisar a penalidade aplicável ao seu caso, deve fazê-lo com certa cautela e considerar que, devido a esse critério discricionário do agente fiscal, pode haver interpretações diversas quanto ao enquadramento do caso à lei. Nada impede, no entanto, que a penalidade imposta seja dis-cutida administrativa e judicialmente, na hipótese de o contribuinte se sentir prejudicado pela interpretação do fiscal.

Ao infrator da legislação tributária do ICMS são cominadas as seguintes penas:

a) multa;

b) proibição de transacionar com os órgãos da administração pública estadual;

c) sujeição a sistemas ou regimes especiais de controle, fiscalização e pagamento do imposto.

Dentre as penalidades previstas no RCTE-GO/1997 destacamos a previsão de multa de 80% do valor do imposto regularmente registrado e apurado em livro próprio, em se tratando de omissão praticada por substituto tributário.

(RCTE-GO/1997, arts. 370 e 371, II)

13. JurISPrudênCIa

Transcrevemos, a seguir, ementas de acórdãos relacionados ao tema, extraídos do site da Secretaria da Fazenda de Goiás, cuja utilização pelo contribuinte não dispensa a pesquisa do texto original publicado em Diário Oficial.

01215/13 Inadmissibilidade da preliminar de nulidade da peça básica arguida pelo sujeito passivo. Arguição pelo Relator. Acolhimento. Mérito. ICMS. Obrigação principal. Prestação de serviço de comunicação. Utilização indevida de diferimento. Reforma da decisão cameral. Procedên-cia parProcedên-cial do auto de infração. I - Tendo a preliminar de nulidade da peça básica, arguida pelo sujeito passivo, sido rejeitada unanimemente no julgamento cameral, não estando a peça recursal em consonância com o disposto no art. 41, II, da Lei nº 16.469/09, acolhe-se a arguição de inadmissibilidade dessa preliminar; II - Declara-se procedente em parte o auto de infração que exige ICMS na prestação de serviço de comunicação, por utilização indevida do diferimento, tendo parte do imposto exigido sido efetivamente alcançado pelo diferimento.

00498/12 ICMS. Obrigação acessória. Exigência de multa formal pela falta de registro de operações de interconexão Bloco e Objetivo Registros Mínimos

Obrigatórios Descrição Observações C - Destina-se às informações

constantes dos documentos fis-cais relativos à circulação de mercadorias sujeitas ao ICMS/ IPI, ou seja, a Nota Fiscal, Nota Fiscal Avulsa, Nota Fiscal Eletrô-nica , Nota Fiscal a Consumidor Eletrônica (NFC-e)

190 Registro Analítico do

Do-cumento Registro onde todos os campos serão de preenchi-mento obrigatório, ainda que com valores zerados. Neste Registro o contribuinte declarante nas ope-rações de entrada e saída informam o Código de Situação Tributária adequada à operação

Referências

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