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Comparação entre registros de dados primários, Declarações de Nascidos Vivos e Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos da Região de Saúde de Diamantina Minas Gerais

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Academic year: 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE M INAS GERAIS FACULDADE DE M EDICINA

PROGRAM A DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

DAISY DE REZENDE FIGUEIREDO FERNANDES

Comparação entre registros de dados primários, Declarações de

Nascidos Vivos e Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos da

Região de Saúde de Diamantina – M inas Gerais

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DAISY DE REZENDE FIGUEIREDO FERNANDES

Comparação entre registros de dados primários, Declarações de

Nascidos Vivos e Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos da

Região de Saúde de Diamantina – M inas Gerais

Tese apresent ada ao Programa de Pós-Graduação da Faculdade de M edicina da Universidade Federal de M inas Gerais na modalidade Doutorado Int erinst itucional (DINTER), com o requisit o parcial para obt enção do título de Doutor em Ciências da Saúde.

Área de Concent ração: Saúde da Criança e do Adolescent e

Orient ador: Dr. Eugênio M arcos Andrade Goulart

Coorient adora: Drª . M aria da Conceição Just e Werneck Côrt es

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE M INAS GERAIS

Reitor: Prof. Clélio Campolina Diniz

Pró-Reitor de Pós-Graduação: Prof. Ricardo Sant iago Gom ez

Pró-Reitor de Pesquisa: Prof. Renato de Lim a Santos

FACULDADE DE M EDICINA

Diretor da Faculdade de M edicina: Prof. Francisco José Penna

Coordenador do Centro de Pós-Graduação: Prof. M anoel Ot ávio da Cost a Rocha

Chefe do Departamento de Pediatria: Profª. Benigna M aria de Oliveira

PROGRAM A DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE:

SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Coordenadora: Profª . Ana Cristina Simões e Silva

Colegiado

Profª . Ana Crist ina Simões e Silva

Prof. Eduardo Araújo de Oliveira

Prof. Alexandre Rodrigues Pereira

Prof. Jorge Andrade Pinto

Profª . Ivani Novato Silva

Prof. M arcos José Burle de Aguiar

M aria Cândida Ferrarez Bouzada Viana

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7 Est a t ese é frut o de um grande t rabalho desenvolvido ao longo de anos. Não é result ado apenas

de um esforço individual. Foi const ruída a part ir de cont ribuições significat ivas recolhidas durant e os quat ro anos de dout orament o, contribuições est as fornecidas de maneira dedicada, incondicional e honest a por todos que dela part iciparam.

Est ou cert a de que é impossível list ar t odos que de uma forma ou de out ra me ajudaram nest a t rajet ória, ent ret anto preciso ext ernar meu agradecim ent o a t odos. Assim, o farei de forma colet iva, buscando não correr o risco de deixar de agradecer a nenhuma das M arias ou Josés que part iciparam, pois sem qualquer um deles, esse t rabalho não t eria sido possível.

A Deus, present e em cada um dos momentos da minha vida, mot ivo maior do meu ser.

A meus familiares, sem vocês eu jamais conseguiria.

Aos meus orient adores, Prof. Dr. Eugênio Goulart e Profª. Drª. Conceição W erneck que, mais que orient adores, foram amigos nest e período. Tiveram o carinho e a dedicação de me most rar as direções a serem exploradas, est imulando-me a buscar, a aprender, a trilhar meu próprio caminho.

A cada uma das mães, crianças, prof issionais da saúde, gest ores e colegas de t rabalho que contribuíram para que esse t rabalho pudesse ser realizado. Est as pessoas me permit iram a oport unidade de conhecer melhor a realidade do Vale do Jequit inhonha e de aprender o quant o podemos fazer.

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RESUM O

O objet ivo dest e est udo foi comparar os dados obt idos por ent revist as sobre condições mat er nas, obst ét ricas e infant is dos nascim ent os de 2009, com aqueles cont idos nas Declarações de Nascidos Vivos – DN e no banco de dados do módulo regional do Sist ema de Informações sobr e Nascidos Vivos – SINASC da Região de Saúde de Diamant ina – RSD. As comparações iniciais foram em r elação ao quant it at ivo de DN emit idas nas inst it uições hospit alares e, ou Car t órios de Regist ro Civil e os par t os hospit alares e domiciliares ident ificados. As demais f oram r elat ivas à complet ude e à fidedignidade dos dados das ent r evist as com aqueles das DN e do m ódulo regional do SINASC (Art igo 1). A sit uação da escolaridade mat erna e sua associação com as condições dos nasciment os t ambém foram analisadas (Art igo 2). As DN emit idas no período foram localizadas, t ranscr it as ou copiadas, organizadas por ordem cronológica de ocorr ência dos part os e definida uma amost ragem repr esent at iva por município. Um inst rument o de colet a de dados f oi elaborado, o cronograma de visit as domiciliares para ent revist as foi est abelecido e a colet a de dados ocorr eu em domicílio ou Unidades Básicas de Saúde – UBS e est abelecim ent os hospit alares, par a algumas sit uações. A Superint endência Regional de Saúde de Diamant ina – SRSD disponibilizou os dados cont idos no módulo r egional que faziam part e da amost ra dest e t rabalho. Os dados foram ar mazenados, analisados e comparados ut ilizando-se o soft w are Epi Info 6.04. As variáveis foram est udadas a part ir da dist ribuição de fr equência, medidas de t endência cent ral e de dispersão. Para análise da associação ut ilizou-se o Test e do Qui-quadrado, o Test e Exat o de Fisher e a Razão de Chances (Odds Rat io). No período f oram emit idas 2.353 DN que provavelment e r eflet iram a t ot alidade dos nasciment os. Das 728 DN da amost ra, o preenchim ent o de campos como ignorado ou em branco prat icament e inexist iram (0,3% a 1,3% e 0,1% a 5,5%). Na análise comparat iva dos dados f oram considerados 694 ent r evist as e regist ros (95,3%). Na concordância das ent r evist as com as DN as maiores inconsist ências foram sit uação conjugal, escolaridade, númer o de filhos nascidos mort os, núm ero de consult as de pr é-nat al e raça/ cor. Ent re as DN e os dados do módulo regional do SINASC f oram a ocupação habit ual e o ender eço r esidencial. Ent re as ent r evist as e os dados do módulo regional do SINASC foram sit uação conjugal, escolaridade, ocupação habit ual, ender eço residencial, núm ero de consult as de pré-nat al e raça/ cor. A análise da associação ent r e escolaridade mat erna e condições obst ét ricas, mat ernas e inf ant is dem onst rou associação est at ist icam ent e significat iva ent r e t er cursado o ensino f undam ent al incomplet o e ser mult ípara (OD=3,00; p=<0,001), t er t ido part o vaginal (OD=2,29; p=<0,001) e fora do ambient e hospit alar (OD=11,19; p=0,006), não cumprir o calendário mínimo de consult as pré-nat al (OD=1,87; p<0,001) e r esidir na zona rural (OD=3,24; p=<0,001). Em r elação ao SINASC, são incont est áveis os esforços empr eendidos para f azer dest e, um Sist ema de Informações em Saúde de excelência. É possível afirmar, com t oda cert eza, que grande part e dos desafios já foram cum pridos. A emissão da DN nas inst it uições hospit alares e locais onde os part os ocorrem t ornou-se uma rot ina e a ident ificação de dados regist rados em branco ou considerados equivocadam ent e com o ignorados prat icam ent e inexist em. Como próximo desafio, rest arão os regist ros e as t ranscrições fiéis dos dados para os formulários e dest es, para os módulos regionais, est aduais e nacional do Sist ema. A DN at ual, frut o de um processo cont ínuo de alt erações sofridas ao longo do t empo com inclusões, subst it uições e modificações, assim como a diversidade de pr ofissionais que passaram a ser aut orizados a emit i-la é a pr ova concr et a dest a busca incessant e. Lacunas ainda exist em, mas o desenvolvim ent o de est udos como est e ora apresent ado, que monit oram a qualidade dos dados produzidos em t er mos de cober t ura, complet ude e fidedignidade, que t r azem informações confiáveis e que r eflet em uma realidade r egional se conf iguram como uma import ant e propost a para o seu aprimorament o.

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ABSTRACT

The aim of t his st udy w as t o compar e t he dat a obt ained by int erview s on mat ernal, obst et ric and infant condit ions birt hs 2009 w it h t hose cont ained in t he Birt h Cer t ificat es and dat abase of regional module Informat ion Syst em on Live Birt hs t he Diamant ina Healt h Region. Init ial compar isons w er e on t he quant it at ive t he Birt h Cert ificat es issued in hospit als and, or t he Civil Regist r y and hospit al and hom e birt hs ident if ied. The ot hers w er e on t he complet eness and reliabilit y of dat a from int er view s w it h t hose of Birt h Cer t ificat es and regional module Informat ion Syst em on Live Bir t hs (Art icle 1). The sit uat ion of mat ernal schooling and it s associat ion w it h t he condit ions of t he birt hs w er e also analyzed (Art icle 2). The Birt h Cer t ificat es issued during t he period w er e locat ed, t ranscribed or copied, arranged in chronological order of occurr ence of birt hs and defined a represent at ive sample by cit y. A dat a collect ion inst rument w as developed, t he schedule of home visit s for int erview s w as est ablished and dat a collect ion occurr ed at home or Basic Healt h Unit s and hospit als, f or some sit uat ions. The Regional Superint endent of Healt h Diamant ina available t he dat a cont ained in t he regional module t hat w er e part of t he st udy sample. Dat a w er e st or ed, analyzed and com pared using Epi Info 6.04. The variables w ere analyzed from t he frequency dist ribut ion, measur es of cent ral t endency and dispersion. To analyze t he associat ion used t he Chi- square, Fisher Exact Test and Odds Rat io (OD). W ere issued in t he period 2.353 Birt h Cer t ificat es w hich probably r ef lect ed all t he birt hs. Of t he 728 Birt h Cer t ificat es sample, filling in fields as unknow n or blank w er e f ew (0.3 % t o 1.3 % and 0.1 % t o 5.5 %). In t he comparat ive analysis of t he dat a records and 694 int erview s (95.3 %) w er e consider ed. In int er view s w it h t he agr eem ent of t he major inconsist enci es t he Birt hs Cert ificat es w ere marit al st at us, educat ion, number of st illbirt h, number of prenat al consult at ions and race/ color. Bet w een Birt h Cert if icat es and dat a from regional module Infor mat ion Syst em on Live Birt h w ere t he usual occupat ion and resident ial address. Bet w een int erview s dat a from r egional module Infor mat ion Syst em on Live Birt h w er e mari t al st at us, educat ion, usual occupat ion, home address, number of pr enat al consult at ions and race/ color. Analysis of associat ion bet w een mat er nal educat ion and obst et r ic , mat ernal and infant condit ions show ed a st at ist ically signif icant associat ion bet w een having at t ended incomplet e primar y educat ion and be mult iparous (OD = 3.00, p = < 0.001), having had vaginal deliver y (OD = 2,29 , p = < 0.001 ) and out side t he hospit al (OD = 11.19, p = 0.006), did not m eet t he minimum schedule of pr enat al visit s (OD = 1.87, p < 0.001 ) and r eside in rural (OD = 3.24, p = <0.001). Regarding Infor mat ion Syst em on Live Birt h are undeniable t he effort s t o make t his an Inf ormat ion Syst em for Healt hcar e Excellence. You can say w it h all cert aint y t hat many of t he challenges have been m et . The issue of t he Bir t h Cert ificat es in hospit al w here birt hs occur has becom e a rout ine and ident ificat ion dat a regist er ed in blank or w rongly regarded as pract ically non-exist ent inst it ut ions and ignored. As t he next challenge w ill r emain t he r ecords and fait hful t ranscript ions of t he dat a for t hese for ms and for r egional, st at e and nat ional modules of t he syst em. The curr ent Birt h Cer t ificat es, t he result of a cont inuous process of changes experienced over t im e w it h addit ions, replacem ent s and modif icat ions, as w ell as diversit y prof essionals becam e aut horized t o issue it is concr et e proof of t his relent less pursuit . Gaps st ill exist , but t he development of st udies like t his one pr esent ed her e, w hich monit or t he qualit y of t he dat a generat ed in t erms of coverage, complet eness and reliabilit y, bringing reliable inf ormat ion and t hat reflect a r egional realit y act as an import ant proposal for improvement .

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Pág.

Figura 1 Fluxogram a da dist ribuição dos form ulários, coleta e

t ransferência dos dados da Declaração de Nascido Vivo (DN)

22

Figura 2 M apa dos municípios da Região de Saúde de Diam ant ina,

localização dos hospit ais.

54

Quadro 1 Dist ribuição das publicações por descrit or, base de dados e ano

de publicação na revisão sobre relat o dos pesquisadores a respeit o da qualidade dos dados disponibilizados pelo SINASC e, ou cont idos nas DN para seus est udos.

30

Quadro 2 Crit érios utilizados para inclusão e exclusão das publicações na revisão sobre relat o dos pesquisadores a respeit o da qualidade dos dados disponibilizados pelo SINASC e DN para seus est udos.

31

Quadro 3 Caract eríst icas dos art igos selecionados e principais relat os dos pesquisadores sobre a qualidade dos dados disponibilizados pelo SINASC e DN para seus estudos.

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LISTA DE TABELAS

Art igo Pág.

Tabela 1 1 Concordância ent re dados da ent revist a com a Declaração de Nascido Vivo (DN), da Declaração de Nascido Vivo com o m ódulo regional e da ent revist a com o módulo regional, para as variáveis relacionadas à m ãe. Região de Saúde de Diamant ina – M inas Gerais, 2009.

72

Tabela 2 1 Concordância ent re dados da ent revist a com a Declaração de Nascido Vivo (DN), da Declaração de Nascido Vivo com o m ódulo regional e da ent revist a com o módulo regional, para as variáveis relacionadas à gest ação e part o. Região de Saúde de Diam ant ina – M inas Gerais, 2009.

73

Tabela 3 1 Concordância ent re dados da ent revist a com a Declaração de Nascido Vivo (DN), da Declaração de Nascido Vivo com o m ódulo regional e da ent revist a com o módulo regional, para as variáveis relacionadas ao recém-nascido. Região de Saúde de Diam ant ina – M inas Gerais, 2009.

74

Tabela 1 2 Escolaridade m at erna e condições obst ét ricas de 728 mães da

Região de Saúde de Diamant ina, M inas Gerais, Brasil, 2009.

91

Tabela 2 2 Escolaridade m at erna e condições m at ernas e dos recém

-nascidos de 728 mães da Região de Saúde de Diamantina, M inas Gerais, Brasil, 2009.

92

Tabela 3 2 Associação ent re as condições obst ét ricas e a escolaridade m at erna de 728 m ães, na Região de Saúde de Diam antina, M inas Gerais, Brasil, 2009.

93

Tabela 4 2 Associação ent re as condições mat ernas e dos recém -nascidos e

a escolaridade mat erna de 728 mães, na Região de Saúde de Diam ant ina, M inas Gerais, Brasil, 2009.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AC/ M FC - Anom alia Cromossômica/ M alformação Congênit a BVS - Bibliot eca Virt ual em Saúde

CGIAE - Coordenação Geral de Inform ações e Análise Epidem iológica

CNDSS - Comissão Nacional sobre Det erm inant es Sociais da Saúde

COEP-UFM G - Comit ê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de M inas Gerais CSDH - Com mission on Social Det erm inant s of Health

DASIS - Depart am ent o de Análise de Sit uação de Saúde

DATASUS - Depart am ent o de Inform át ica do Sist em a Único de Saúde DN - Declaração de Nascido Vivo

ECLAM C - Est udo Colaborat ivo Latino-Americano de M alform ações Congênitas FIBGE - Fundação do Inst ituto Brasileiro de Geografia e Est at íst ica

GEVIM S - Grupo de Est at íst icas Vit ais do M inist ério da Saúde IBGE - Inst it ut o Brasileiro de Geografia e Est at íst ica IDHM - Índice de Desenvolvim ent o Humano M unicipal IES - Inst it uições de Ensino Superior

LILACS - Lit erat ura Latino-Am ericana e do Caribe em Ciências da Saúde M EDLINE - M edical Lit erat ure Analysis and Ret rieval Syst em Online OM S - Organização M undial de Saúde

ONU - Organização das Nações Unidas PDR - Plano Diret or de Regionalização

PNUD - Program a das Nações Unidas para o Desenvolviment o RSD - Região de Saúde de Diamant ina

SciELO - Scient ific Elet ronic Library Online

SECADI - Secr et aria de Educação Cont inuada, Alfabet ização, Diversidade e Inclusão SES/ M G - Secret aria de Est ado de Saúde de M inas Gerais

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SINASC - Sist em a de Inform ações sobre Nascidos Vivos SIS - Sist em as de Inform ação em Saúde

SPSS - St at ist ical Package for Social Science

SRSD - Superint endência Regional de Saúde de Diam antina SUS - Sist em a Único de Saúde

SVS/ M S - Secret aria de Vigilância em Saúde do M inist ério da Saúde TCLE - Term o de Consent im ento Livre e Esclarecido

UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura UTI - Unidade de Terapia Int ensiva

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SUM ÁRIO

Pág.

Int rodução 16

Revisão da lit erat ura 27

Objet ivos 51

M ét odos 53

Result ados e Discussão 60

Art igo 1 – Comparação ent re regist ros de dados prim ários, Declarações de Nascidos Vivos e Sist em a de Informações sobre Nascidos Vivos da Região de Saúde de Diam ant ina – M G.

62

Art igo 2 – Escolaridade m at erna e condições obst ét ricas, mat ernas e infant is na Região de Saúde de Diamantina, M G.

83

Considerações finais 105

Apêndices 108

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6

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O int eresse dos hom ens pela cont agem da população hum ana é evident e desde épocas rem ot as. Há regist ros de censos realizados há m ais de 2.000 anos ant es da Era Crist ã na China, post eriorm ent e no Egit o, na Grécia, em Rom a e at é m esm o na Judéia, onde nasceu o m enino Jesus. As funções prim ordiais dos censos eram est abelecer o quant it at ivo de hom ens para o recrut am ent o dos exércit os, bem como para o pagam ent o de impost os1.

Em relação aos regist ros civis, que t am bém propiciavam a cont agem populacional, Telarolli Júnior2 descreve que a verdadeira origem dest es deve ser represent ada pelas anot ações eclesiást icas, que eram feit as pelos párocos das igrejas cat ólicas. Salient a que não se inscreviam nest es os fat os vit ais, m as sim , as dat as das cerim ônias correspondent es aos bat ism os, m at rimônios e ent erros. Est e aut or salient a que est es regist ros eram falhos em qualidade e quant idade por não haver regulam ent os pré-est abelecidos para as suas inscrições, pela ausência de regist ros relat ivos a m em bros de out ras religiões e pela exigência de pagam ent o ao clero.

No Brasil, durant e o período imperial, apenas os assent am ent os paroquiais t inham reconhecim ent o, ent ret ant o com o Decret o nº 9.886 de 1888 ficou regulam ent ada a obrigat oriedade do regist ro público de nascim ent os, casam ent os e óbit os3. A propost a para os nascim ent os seria o regist ro de t odos aqueles que acont ecessem no im pério, a bordo de navios de guerra ou m ercant es em viagem ou m esm o nos acam pam ent os do Exércit o em cam panha. Est a nova propost a, em busca do regist ro da t ot alidade dos nascim ent os, t ambém não se concret izou plenament e3-4.

Cont ribuições para est e insucesso não falt aram : o em penho da igreja cat ólica pelo bat ism o em det rim ent o ao regist ro civil, pagam ent o para a efet ivação dos regist ros, gerando inviabilidade para as fam ílias m ais num erosas, isenção do em olum ent o som ent e para aqueles que conseguissem provar pobreza not ória, ocorrência de filhos ilegít im os e o int eresse dest e fat o não se t ornar público, a prioridade do pai para a comunicação do

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nascim ent o e event ual post ergação dest e at o, a dist ância geográfica ent re as m oradias e os cart órios dent re out ras sit uações4-5. A falt a de adesão da população e do clero à nova inst it uição favoreceu o sub-regist ro por décadas2.

Decorridos m uit os anos, houve m udanças na legislação e nos procedim ent os sobre regist ros civis que proporcionaram alt erações import ant es nest e cenário. Um a das principais foi a modificação da ót ica sobre o regist ro de nascim ent os. O procedim ent o que inicialm ent e cont inha um valor puram ent e legal, passa a ser vist o com o um a font e est at íst ica preciosa para o planejam ent o, execução e avaliação das at ividades assist enciais e sanit árias brasileiras2,3,6. Encont ram os est a realidade no est udo desenvolvido por Vict orio Barbosa7 no município de São Paulo, onde o aut or reconhece a im port ância e ut ilidade dos dados de est at íst ica vit al e sua ínt im a ligação com os indicadores de saúde, com a organização e o funcionam ent o dos serviços de saúde publica. O m esm o propõe algum as sugest ões de m elhoria na colet a, apuração e análise dos dados e indica as vant agens em t orná-los m ais ágeis, fidedignos e com paráveis nas diferent es divisões polít ico-administ rat ivas da comunidade.

Telarolli Junior2 m enciona que o regist ro civil t ornou-se um a prát ica comum ent re os brasileiros, em bora o sub-regist ro fosse bast ant e acent uado em diversas regiões do país m esm o após 50 anos de sua secularização. O est udo de Saade8 vem ao encont ro dest a afirm at iva ao ident ificar em vários m unicípios do int erior de M inas Gerais e do Espírit o Sant o, índices de sub-regist ro de at é 70% do t ot al de nascim ent os.

Um m arco im port ant e em busca de m elhorias e padronizações das est at íst icas vit ais para diversos países foi a publicação, em 1953, do docum ent o da Organização das Nações Unidas - ONU int it ulado “ Principles for a vit al st at ist ics syst em . Recomendat ions

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No Brasil, um marco import ant e foi a Reform a Adm inist rat iva Federal de 1967. De acordo com Baldijão10, est a ocasionou mudanças expressivas no papel do Est ado, sendo a t ransform ação do Inst it ut o Brasileiro de Geografia e Est at íst ica – IBGE em Fundação do Inst it ut o Brasileiro de Geografia e Est at íst ica - FIBGE um a delas. O eixo principal era a reform ulação da m áquina administ rat iva governam ent al, visando modernizar seus inst rum ent os e dinamizar o seu funcionam ent o, sendo que a propost a para a FIBGE seria t ornar a est rut ura adm inist rat iva m ais ágil e flexível para a produção de dados est at íst icos.

Na década de 70, ficou a cargo da referida fundação a responsabilidade pela produção das est at íst icas vit ais do país. Em busca de dados m ais det alhados e cont ínuos, est a decidiu por padronizar a colet a dos dados sobre óbit o, nascim ent o e casam ent o junt o aos cart órios e em nível nacional10. Apesar dos esforços em preendidos, os dados sobre nascim ent o não ret rat avam a realidade, principalm ent e em t erm os quant it at ivos, t endo com o principal fat or colaborador as om issões dos regist ros civis e daqueles realizados fora do ano de nascim ent o. Out ro fat or lim it ador foram as inform ações prest adas no m om ent o do regist ro de m aneira verbal e sem a necessidade de com provação legal do nascim ent o e, port ant o, com ausência de dados im port ant es e confiáveis para est udos cient íficos e epidem iológicos11-13.

Com o objet ivo de solucionar t ais quest ões e aum ent ar a confiabilidade dos dados, em 1989 o M inist ério da Saúde designou especialist as da área para compor o Grupo de Est at íst icas Vit ais do M inist ério da Saúde – GEVIM S e assim , obt er assessoram ent o nessa área específica14-15. Um a das prioridades do grupo foi a criação de um sist em a de inform ação sobre os nascidos vivos “ ainda que corresse o risco de, em algum a m edida,

est ar duplicando a t arefa já realizada pelo IBGE, com os dados provenient es dos cart órios

(M ello-Jorge, 2007, p.649)” .

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de experiências exit osas de out ros países e de alguns est ados brasileiros, que ut ilizavam um a declaração ou um cert ificado de nascim ent o com inform ações sobre o part o, a gravidez, a m ãe e o recém -nascido. Inicialm ent e foi denominado como Declaração de Nascim ent o e post eriorm ent e com o Declaração de Nascido Vivo – DN e cont inha alguns dados que eram exigidos para o Regist ro Civil de Nascim ent o e out ros, considerados im port ant es para t raçar o perfil epidem iológico dest e event o13.

Im port ant e dest acar que a obrigat oriedade da em issão da DN pelos hospit ais e out ras inst it uições de saúde e, ou Cart órios de Regist ro Civil som ent e se t ornou um a im posição legal, ao ser prom ulgado no país em 1990, o Est at ut o da Criança e do Adolescent e13,18 que prevê no art igo 10: “ Os hospit ais e dem ais est abelecim ent os de

at enção à saúde de gest ant es, públicos e privados, são obrigados a [...] IV. fornecer

declaração de nascim ent o onde const em , necessariam ent e, as int ercorrências do part o e

do desenvolvim ent o do neonat o (Brasil, 2010, p.14)” .

Com o propósit o de descent ralizar o processam ent o das inform ações e o uso dos dados para ações de vigilância à saúde dos recém -nascidos, no m esm o período em que foi inst it uída a DN foi t ambém est abelecido um fluxo para as inform ações10-19. Ent ret ant o, som ent e em 2000, ocorreu a regulam ent ação das rot inas de colet a de dados, do fluxo e da periodicidade do envio das inform ações para o nível cent ral20. Em 2003, est a norm at ização foi revist a e adapt ada à nova sist em at ização do M inist ério da Saúde13,21.

(22)

As Secret arias M unicipais de Saúde, gest oras do SINASC no âm bit o municipal, t êm ent re out ras at ribuições a responsabilidade pela colet a, processam ent o, consolidação, avaliação e t ransferência dos dados das DN provenient es das unidades not ificant es e not ificadores. No est ado de M inas Gerais, est es dados são t ransferidos no início de cada m ês subsequent e à ocorrência dos nascim ent os para as Superint endências ou Gerências Regionais de Saúde, que são as gest oras regionais do SINASC e que os consolidam e os t ransferem para o âm bit o est adual (inform ação verbal)* . Em seguida, a Secret aria de Est ado de Saúde de M inas Gerais – SES/ M G consolida e avalia os dados recebidos e os rem et e para a SVS/ M S, que é a gest ora do m ódulo nacional do SINASC. Ao receber os dados das Secret arias Est aduais de Saúde, a Coordenação Geral de Inform ações e Análise Epidem iógica (CGIAE), do Depart am ent o de Análise de Sit uação de Saúde (DASIS) da SVS/ M S faz um a crít ica dos m esm os, consolidando-os e form ando a base nacional de dados sobre nascim ent os, de acesso público22,23 (Figura 1).

O Sist em a assegura aos gest ores est aduais, do dist rit o federal, dos m unicípios e aos chefes de Dist rit os Sanit ários Especiais Indígenas a geração e m anut enção do cadast ro de acesso à ret roalim ent ação dos dados e, port ant o, a ut ilização dos m esm os de acordo com o int eresse de cada um a das part es23-25.

A disponibilidade das inform ações do SINASC fez dele um inst rum ent o indispensável para o set or saúde, sendo que a descent ralização dos processam ent os agilizou o acesso oport uno das inform ações no nível local, possibilit ando avaliar diret a e indiret am ent e a qualidade da assist ência prest ada à saúde e, consequent em ent e, a m anut enção ou a reest rut uração dos program as e m odelos de at enção à saúde 19,25,26.

Ent ret ant o, assim com o é passível de ocorrer em qualquer out ro sist em a de inform ação, o SINASC pode est ar com prom et ido, ent re out ros m ot ivos, por sub-regist ro e baixa qualidade do preenchim ent o da DN, o que, por conseguint e, pode int erferir na fidedignidade das inform ações, além de desest rut urar t odos os serviços e ações criadas a part ir dele.

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(24)

23 Diant e dest a possibilidade, est a pesquisa foi desenvolvida com o intuit o de

comparar os dados obt idos por entrevist as sobre condições m at ernas, obst ét ricas e infantis dos nascimentos de 2009, com aqueles contidos nas Declarações de Nascidos Vivos – DN e no banco de dados do m ódulo regional do Sist em a de Inform ações sobre Nascidos Vivos – SINASC na Região de Saúde de Diam antina – RSD.

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21. Brasil. M inist ério da Saúde. Secret aria de Vigilância em Saúde. Port aria nº 20, de 03.10.2003. Regulament a a colet a de dados, fluxo e periodicidade de envio das inform ações sobre óbitos e nascidos vivos para os Sist em as de Informações em Saúde – SIM e Sinasc. Diário Oficial da União, de 09.10.2003.

22. Brasil. M inist ério da Saúde. Secret aria de Vigilância em Saúde. Portaria nº 116, de 11.02.2009. Regulament a a colet a de dados, fluxo e periodicidade de envio das inform ações sobre óbitos e nascidos vivos para os Sist em as de Informações sob gest ão da Secret aria de Vigilância em Saúde.

23. Brasil. M inist ério da Saúde. Secret aria de Vigilância em Saúde. Depart am ent o de Análise de Sit uação de Saúde. M anual de Instruções para o preenchimento da

Declaração de Nascido Vivo. Brasília: M inist ério da Saúde, 2011.

24. Brasil. M inist ério da Saúde. Secret aria de Vigilância em Saúde. Depart am ent o de Vigilância Epidem iológica. Guia de vigilância epidemiológica. 7. ed. Brasília: M inist ério da Saúde, 2009. 816 p.

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26. Brasil. M inist ério da Saúde. Organização Pan-americana de Saúde. Rede Int eragencial de Informação para a Saúde - Ripsa. Indicadores básicos para a

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- 2

7

-2

7

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No Brasil, a cada ano, nascem aproxim adam ent e 2.800.000 crianças1. As inform ações sobre esse quant it at ivo podem ser obt idas por diferent es sist em as de inform ação. Dest acam -se os censos populacionais ou ocasionais realizados pelo Inst it ut o Brasileiro de Geografia e Est at íst ica – IBGE e as declarações de nascim ent os que int egram o Sist em a de Inform ação sobre Nascidos Vivos – SINASC2,3.

O SINASC, implant ado a part ir de 1990, é compost o por um conjunt o de ações relat ivas à colet a, codificação, processam ent o de dados, fluxo, consolidação, avaliação e divulgação de inform ações sobre nascidos vivos ocorridos no país. A colet a dos dados t ant o para part os ocorridos em est abelecim ent os de saúde (set ores público e privado) quant o fora dos est abelecim ent os de saúde, em domicílio, em via pública ou out ro local é de responsabilidade dos m unicípios3-5.

O inst rum ent o ut ilizado para est e procedim ent o é um form ulário denominado Declaração de Nascidos Vivos – DN, que deve ser preenchido logo após o nascim ent o. A responsabilidade pelo preenchim ent o varia conform e o local de ocorrência do part o.

Na vigência de circunst âncias onde não seja m ais possível a em issão da DN, com o crianças que faleceram sem gerar o docum ent o por ocasião de seu nascim ent o e que foram conhecidas t ardiam ent e pelo Sist em a de Saúde, deverá ser em it ida a Declaração de Nascido Vivo Epidem iológica. Est a é de responsabilidade das Secret arias M unicipais de Saúde com carát er adm inist rat ivo de am plit ude exclusivam ent e gerencial e não pod e ser considerada com o um docum ent o hábil para fins legais, m as com o um a ferram ent a de suport e à busca at iva de nascim ent os5.

Pelo expost o, fica evident e a preocupação do governo federal com a redução do sub-regist ro de nascim ent os e a possibilidade de acesso do brasileiro a um docum ent o para a lavrat ura da Cert idão de Nascim ent o pelos Cart órios de Regist ro Civil. Observa-se ainda a produção e disponibilidade, em nível nacional, de inform ações sobre a ocorrência dos nascim ent os, caract eríst icas m at ernas, da gest ação, do part o e do recém -nascido e o

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conhecim ent o do perfil dos recém -nat os em relação ao peso ao nascer, condições de vit alidade, prem at uridade, dist ribuição espacial e t em poral, dent re out ros aspect os.

Apesar dos esforços em preendidos pelas t rês esferas de governo para a m anut enção e aprim oram ent o do SINASC e da incont est ável im port ância dos dados gerados, est e Sist em a não se efet ivou de m aneira hom ogênea em t odo o t errit ório brasileiro6. Em 2000, um a década após a im plant ação do Sist em a, ainda havia discrepância ent re o percent ual de nascidos vivos inform ados em relação aos est im ados. Os est ados da Paraíba, M aranhão e Pará apresent aram subnot ificação superior a 25% e os est ados do Am azonas, Tocant ins, Rondônia, Alagoas, Bahia, Ceará, Piauí, Rio Grande do Nort e, Pernam buco, M at o Grosso, Goiás e M inas Gerais ent re 10 e 25%, enquant o o Dist rit o Federal apresent ou cobert ura de not ificações acim a de 110%. Todos os dem ais est ados at ingiram 90% ou m ais, de cobert ura de not ificação7.

Em 2010, houve um aum ent o expressivo na coincidência ent re os dados inform ados e os est im ados, em bora alguns est ados ainda apresent aram im port ant es discordâncias como o M aranhão, Am azonas e Roraim a8. Ainda hoje, est udos cient íficos m encionam fragilidades das inform ações regist radas no Sist em a, t ant o do pont o de vist a quant it at ivo quant o qualit at ivo9-11 .

Considerando est e pressupost o, foi realizada a análise dos art igos cient íficos publicados nos últ imos cinco anos (período de 2008 a 2012) result ant es de pesquisas desenvolvidas no Brasil e que ut ilizaram o SINASC e, ou a DN com o font es de dados secundários, objet ivando avaliar a qualidade das inform ações por int erm édio dos indicadores de cobert ura, com plet ude e fidedignidade dest as font es secundárias.

Para a ident ificação das publicações, foi realizada um a busca nas bases de referências bibliográficas M edical Lit erat ure Analysis and Ret rieval Syst em Online – M EDLINE, Lit erat ura Lat ino-Am ericana e do Caribe em Ciências da Saúde – LILACS e

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Exclusivam ent e para a base M EDLINE, o descrit or “ Brasil” t am bém foi ut ilizado. Os idiomas buscados incluíram o port uguês, inglês e espanhol.

Foram ident ificados inicialm ent e 316 t rabalhos. A Quadro 1 apresent a as publicações ident ificadas por descrit or, base de dados e ano de publicação.

Quadro 1. Dist ribuição das publicações por descrit or, base de dados e ano de publicação na revisão sobre relat o dos pesquisadores a respeit o da qualidade dos dados disponibilizados pelo SINASC e, ou cont idos nas DN para seus est udos.

Descrit or Base de dados Ano de publicação

2008 2009 2010 2011 2012 Tot al M edline 05 05 02 05 03 20 SINASC Lilacs 07 11 10 08 10 46 SciELO 16 18 15 15 00 63 M edline 04 03 05 07 02 21 DN Lilacs 06 05 09 10 04 34 SciELO 01 02 00 00 00 03 M edline 07 08 07 05 01 28 NV* Lilacs 19 16 22 19 11 87 SciELO 02 03 06 03 00 14

Tot al 67 70 76 72 31 316

* Nascim ent os Vivos

A dist ribuição das publicações pelas bases de dados M EDLINE, LILACS e SciELO foi respect ivam ent e 69 (21,8%), 167 (52,8%) e 80 (25,4%). Para o s descrit ores “ SINASC” e “ Nascim ent os Vivos” , as t rês bases de dados apresent aram o m esm o quant it at ivo ou seja, 129 publicações para quaisquer dest es t erm os.

As publicações dos quat ro prim eiros anos m ant iveram um quant it at ivo est ável e as do últ imo ano um com port am ent o diferenciado, com queda acent uada. M ediant e a m agnit ude do SINASC em fornecer um cenário epidem iológico das condições m at ernas e infant is, era de se esperar um aum ent o das produções que ut ilizassem est e sist em a ou as DN como font e secundária em seus est udos.

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consideradas as publicações originais realizadas no Brasil e excluídos art igos de revisão, m et a-análise, cart as, com ent ários, edit oriais, inform es, m anuais, monografias, resum os de t rabalhos apresent ados em event os, dissert ações e t eses, chegando-se ao núm ero de 90 art igos cient íficos que ut ilizaram o SINASC e, ou DN como font es de dados. Após a leit ura na ínt egra e a análise dos art igos, foram ident ificados 22 que ut ilizaram o SINASC e,ou DN com o objet ivo de avaliar a qualidade das inform ações ut ilizando os indicadores de cobert ura, complet ude e fidedignidade dest as font es secundárias. Os crit érios de exclusão e inclusão das publicações est ão dem onst rados na Quadro 2.

Quadro 2. Crit érios ut ilizados para inclusão e exclusão das publicações na revisão sobre aut ores que ut ilizaram o SINASC ou a DN como font e de dados em seus est udos.

Publicações Quant it at ivo

N % Excluídas

- Art igo de revisão 03 0,9 - Art igos onde o SINASC e, ou DN foram ut ilizados com o

font es de dados, sem o objet ivo de avaliar a cobert ura,

com plet ude e, ou fidedignidade dos m esm os 66

20,9

- Em duplicat a 122 38,6

- Inform e 01 0,3

- M anual 04 1,3

- M onografia 01 0,3

- Não at endiam especificam ent e ao t em a de int eresse 92 29,1 - Resum o expandido 01 0,3

- Tese 04 1,3

Incluídas

- Art igos onde o SINASC e, ou DN foram ut ilizados com o font es de dados, com o objet ivo de avaliar a cobert ura,

com plet ude e, ou fidedignidade dos m esm os 22

7,0

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Foi criado um banco de dados at ravés do soft w are Epi Info 6.0413, onde as referências ident ificadas foram arm azenadas.

A part ir da releit ura dos t rabalhos selecionados, fez-se o levant am ent o dos seguint es aspect os: ident ificação dos periódicos, vinculação laboral ou acadêm ica dos aut ores, caract eríst icas das inst it uições execut oras dos est udos, abrangência geográfica, aspect os ét icos, aut orias, anos das publicações, locais de est udo, ano/ período de colet a dos dados, t am anho das casuíst icas, parâm et ros avaliados (cobert ura, complet ude e fidedignidade), m ét odos ut ilizados, variáveis analisadas e principais result ados dos est udos.

O conceit o adot ado para cobert ura, foi aquele descrit o por Souza14 que se refere à capacidade de obt enção da t ot alidade dos event os ocorridos em um a região delim it ada em um det erm inado espaço de t em po. A avaliação do grau de cobert ura nest e caso foi realizada pela comparação ent re duas bases de dados onde um a foi considerada com o sendo confiável14-15. A análise do preenchim ent o das DN, em especial a m ensuração da frequência de inform ações em branco e ignoradas, foi ut ilizada para a avaliação da com plet ude das inform ações. A concordância, a consist ência ou a plausibilidade dos result ados foi ut ilizada para a avaliação da fidedignidade das inform ações, considerando-se o paream ent o das inform ações cont idas nas DN com as inform ações de out ros sist em as de inform ações, de pesquisas ou da ut ilização de um a DN cont role14-15.

Os art igos incluídos nest e est udo foram publicados em oit o periódicos, com m aior concent ração no Cadernos de Saúde Pública (36,4%). Dest acaram -se ainda Ciência e Saúde Colet iva (18,2%), Pediat ria (9,1%), Revist a Brasileira de Saúde M at erno Infant il (9,1%), Revist a de Saúde Pública (9,1%) e Revist a Brasileira de Epidem iologia (9,1%). Os dem ais periódicos foram represent ados por um a única publicação dent re os 22 selecionados.

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ent re os periódicos, houve m aior concent ração na área de Saúde Colet iva para a divulgação de est udos avaliat ivos da qualidade dos dados do SINASC e, ou DN. O idiom a predom inant e foi o port uguês (95,4%) seguido do inglês (4,6%).

Quant o à vinculação laboral ou acadêm ica dos aut ores, a m aioria est ava associada exclusivam ent e a inst it uições de ensino (31,8%). Para os dem ais, as vinculações est iveram associadas ao ensino e assist ência (27,3%), ensino e pesquisa (22,8%), ensino, assist ência e gest ão (9,1%), ensino, assist ência e pesquisa (4,5%) e assist ência, pesquisa e gest ão (4,5%).

A m aioria dos est udos foi realizada por Inst it uições de Ensino Superior – IES localizadas na região sudest e do país. Por conseguint e, a m aioria dos aut ores t am bém se encont rava vinculada a inst it uições dest a região. Por cert o, a concent ração de 62,5% das IES nest a localização geográfica favoreceu est a sit uação16. A elevada t axa de t rabalhos produzidos por inst it uições de ensino em det rim ent o de inst it uições de gest ão, pesquisa e assist ência, evidencia o cumprim ent o das diret rizes e bases da educação nacional17, onde a educação superior t em por finalidade “ incent ivar o t rabalho de pesquisa e invest igação cient ífica, visando o desenvolvim ent o da ciência e da t ecnologia e da criação e difusão da cult ura, e, desse m odo, desenvolver o ent endim ent o do hom em e do m eio em que vive” (Brasil, 2013f, Art . 43, Cap. IV.)

O m aior quant it at ivo dos est udos (n=12) fez um a abordagem em âm bit o m unicipal. O Est ado que despont ou com m aior frequência nos est udos foi Pernambuco (37,5%) e a região foi a Sudest e, com das 22 publicações. Est udos de m aior abrangência com o os nacionais, não ocorreram durant e o período est udado.

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(36)

Quadro 3 – Caract eríst icas dos art igos cient íficos que ut ilizaram o Sist ema de Informação sobre Nascidos Vivos – SINASC e,ou Declaração de Nascido Vivo – DN como font e de dados e avaliaram a qualidade das informações dest as font es secundárias.

Aut oria, ano publicação

Periódico de publicação

Local de est udo, ano / período de est udo, t amanho da casuíst ica

Parâmet ros avaliados

M ét odo ut ilizado para avaliação da cobert ura, com plet ude ou fidedignidade

os dados da DN e,ou SINASC

Variáveis analisadas nas DN e, ou SINASC

Result ados principais em relação às DN e, ou SINASC

Guerra et al. 200820

Cad. Saúde Pública

Rio de Janeiro-RJ 2004

651 regist ros

Compl et ude Fidedignidade

Proporção de campos assinalados como ignorado das variáveis das DN

Comparação ent r e variáveis da DN e pront uários hospit alares de recém-nascidos e suas mães

AC/ M FC*

Escolaridade mat erna Idade mat erna Est ado civil NV* e NM * Tipo gest ação Consult as pré-nat al Duração da gest ação Tipo de part o Índices de Apgar Peso ao nascer

- em relação às AC/ M FC* , percent uais de informações ignoradas f oram no geral inexist ent es excet o para aquelas do aparelho digest ivo (5,6%) e do pé (1,4%), os percent uais de concordância para as agrupament os em dois dígit os foram maiores quando com parados com os de t rês dígit os;

- as medidas para as infor mações mat ernas e dos recém-nat os f oram consideradas como quase perf eit as excet o para escolaridade mat erna, consult as pré-nat al, duração da gest ação e est ado civil. Righet t o et al.

200821

Pediat ria (São Paulo)

Ribeirão Pr et o-SP 2000-2003 6.418 regist ros

Compl et ude Fidedignidade

Proporção de campos em branco e ignorado das variáveis das DN

Comparação ent r e variável sobre AC/ M FC* das DN e pront uários hospit alares de recém-nascidos

AC/ M FC* - em 0,27% do cam po 34 das DN est avam em branco ou regist rado com o ignorado; - 16 regist ros nas DN indicando presença de anomalia congênit a em desacordo com o regist ro present e nos pront uários; - 275 registros nas DN indicando ausência de anomalia congênit a apesar da descrição de alguma anomalia congênit a nos pront uários.

Drum ond et al. 200822

Rev . Saúde Pública

M unicípios de M inas Gerais 2001

SINASC 298.515 r egist ros SIH* 237.441 regist ros

Cobert ura Comparação ent r e númer o de nascidos vivos do SINASC e part os r egist rados no SIH*

Número de nascim ent os - pequenas proporções de subnot ificações de nasci dos vivos no SINASC, inferiores a 5%, em municípios de port es int erm ediários e pequenos. A presença de subnot ificação no SINASC em municípios de grande port e parece im provável; - O SIH* apresent ou-se com o import ant e indicador de subnot ificação de nascidos vivos.

(37)

Quadro 3 – cont inuação

Luquet t i e Koifman 200923

Cad. Saúde Pública

Campinas-SP 2004

SINASC 91 regist ros ECLAM C* 168 regist ros

Cobert ura Fidedignidade

Comparação ent r e variável sobre AC/ M FC* do SINASC com os dados do ECLAM C*

Escolaridade mat erna Ocupação mat erna Duração da gest ação Tipo de gest ação Sexo

Índices de Apgar AC/ M FC*

- subnot ificação de 46,8% para o conj unt o dos casos de anomalias congênit as e de 36,4% para as anomalias congênit as maiores;

- na análise da confiabilidade da codificação das anomalias congênit as, observou-se, para t rês e quat ro dígit os da CID-10* , um coeficient e kappa de 0,77 e 0,55, respect ivament e.

Silva et al. 200924

Cad. Saúde Pública

M aracanaú-CE 2000-2003 11.127 regist ros

Cobert ura Linkage ent re o SINASC e o SIM *

Número de nascim ent os - presença de 69 regist ros de DN duplicados;

- presença de 03 DN sem nom e da mãe; - inexist ência de DN em 92 sit uações de óbit o;

- resgat e de 17 DN que não se encont ravam no banco do SINASC. Cost a e Frias

200925

Cad. Saúde Pública

Pernambuco 1996-2005

quant it at ivo de regist ros não infor mado mas referent e a 177 municípios

Compl et ude Proporção de campos em branco e ignorado das variáveis do SINASC

Escolaridade mat erna Est ado civil

NV* e NM * Consult as pré-nat al Semanas de gest ação Término da gest ação Tipo de part o Sexo

Índices de Apgar Peso ao nascer Raça/ cor

- variáveis relacionadas às crianças e at ribut os mat ernos: increm ent o no percent ual de preenchim ent o > 95% para a maioria das variáveis.

- variável sexo, t érmino da gest ação e t ipo de part o se mant iveram >95%desde o início do período est udado;

- raça/ cor, est ado civil, escolaridade mat erna, semanas de gest ação e consult as pré-nat al apresent aram t endência crescent e ;

- índices de Apgar apresent aram os menores percent uais de preenchim ent o; - NV* e NM * poucos m unicípi os at ingiram o escor e desejado.

Geremias et al. 200926

Rev. Bras Epidemiol.

São Paulo-SP 2006

84.846 regist ros

Compl et ude Cobert ura

Proporção de campos em branco e ignorado da variável sobre AC/ M FC* do SINASC Linkage ent re o SINASC e o SIM *

AC/ M FC* - do t ot al da coort e, 12,8% apresent aram-se com o ignorados ou em branco (não preenchi dos) no cam po referido podendo ser consi derada como de qualidade razoável;

- do t ot al de 731 recém -nascidos port adores de def eit o congênit o, 92 (12,6%) t inham est e regist ro na DN e DO* , 548 (75,0%) apenas na DN e 91 (12,4%) apenas na DO* .

(38)

Quadro 3 – cont inuação

Luquet t i e Koifman 201027

Cad. Saúde Pública

Belo Horizont e-M G Campinas-SP Forianópolis-SC João Pessoa-PB Joinville-SC Salvador-BA São Paulo-SP 2004 e 2007 27.945 regist ros 2004 25.905 regist ros 2007

Cobert ura Comparação ent r e variável sobre AC/ M FC* do SINASC e dados do ECLAM C*

AC/ M FC* - em 2004 o SINASC apresent ava baixa sensibilidade em r elação à informação sobre AC/ M FC* , com pel o menos 40% de subnot ificação. O perfil de not ificação não melhorou significat ivam ent e em 2007.

Paes e Sant os 201028

Cad. Saúde Pública

Região Nordest e 2000

quant it at ivo de regist ros não infor mado mas referent e a 188 microrregiões

Cobert ura Comparação ent r e dados do Laborat ório de Est udos Demográficos, SINASC e IBGE*

Número de nascim ent os - boa part e das microrregiões da Bahia, Paraíba, Sergipe e Pernam buco apresent aram cobert uras  80% (boa e muit o boa);

- as microrregiões de Alagoas, Ceará e Rio Grande do Nort e regist raram cobert uras < 80% (regulares);

- microrregiões do Piauí e do M aranhão sit uaram-se em sua maioria em um pat amar i nferior a 70% (deficient es). Vanderlei et al.

201029

Rev. Bras. Saúde M at ern. Infant .

Recife-Pernambuco 1995-2006 5.286 regist ros

Compl et ude Proporção de campos assinalados como ignorado de variáveis do SINASC

Escolaridade mat erna Idade mat erna NV* e NM * Consult as pré-nat al Semanas de gest ação Tipo de part o Sexo

Índices de Apgar Peso ao nascer

- quant o á i nfor mação ignorada, houve elevado percent ual nos anos de 1995 a 1997 para a variável NM *e em 1995 para a variável consult as pré-nat al;

- predomínio de 1% de informação ignorada, reflet indo excel ent e qualidade de preenchim ent o do SINASC i nst it ucional.

Galera et al. 201030

Pediat ria (São Paulo)

M at o Grosso 2005-2006 2.750 regist ros

Compl et ude Fidedignidade

Proporção de campos em branco e ignorado da variável sobre AC/ M FC* das DN Comparação ent r e variável sobre AC/ M FC* da DN e avaliação genét ico-clínica dos recém-nascidos.

AC/ M FC* - em relação aos 63 casos ident ificados de anomalia congênit a, 23 regist ros (36,5%) est avam corret os, 17 regist ros (27,0%) incorret os e 23 regist ros (36,5%) est avam em branco.

(39)

Quadro 3 – cont inuação

Frias et al. 201031

Cad. Saúde Pública

Pernambuco 1991-2004 (1ª et apa) 2000-2005 (2ª et apa)

quant it at ivo de regist ros não infor mado mas referent e a 185 municípios

Cobert ura Comparação ent r e SINASC e IBGE*

Número de nascim ent os - na série t emporal da cobert ura est i mada de nascidos vivos, os valores variaram ent re 98% e 88%;

- os result ados observados na análise por t riênios indicam que grande part e da população resident e em Pernam buco t em informações adequadas de nasci ment os.

Nunes et al. 201032

Cien. Saude Colet iva

Cam pos dos Goyt acazes-RJ

1999-2004 63 regist ros

Compl et ude Fidedignidade

Proporção de campos em branco da variável sobre AC/ M FC* das DN Comparação ent r e variável sobre AC/ M FC* da DN e pront uários hospit alares dos recém-nascidos port adores de fissuras do lábi o/ palat o.

AC/ M FC*

(casos de fissuras do lábio e, ou do palat o)

- dos 60 pacient es avaliados, 32 (53,3%) t inham regist ro na DN de fissuras orais, 27 (45,0%) não t inham regist ro na DN de fissuras orais e 1 (1,7%) t inha o regist ro em branco;

- houve apenas 25% das DN coincidindo com o t ipo de fissura que o pacient e apresent ava;

- no campo dest inado à inserção do código do CID-10* , 100% das DN est avam em branco.

Ferreira et al. 201133

Cien. Saude Colet iva

Jabot ão dos Guararapes-PE

2004 184 regist ros

Cobert ura Linkage ent re o SINASC e o SIM *

Número de nascim ent os - inicialment e o procediment o (linkage) não conseguiu i dent ificar 64 (34,78%) DN nos regist ros de m ort es;

- após busca no SINASC e de pront uários hospit alares, const at ou-se a localização de 15 + 07 DN que não haviam sido encont radas;

- de um t ot al de 49 DO* não em parelhadas, f oram localizados 33 pront uários onde cinco referiam óbit os neonat ais nas DO* e óbit os fet ais nos pront uários, impossibilit ando o r esgat e das mesmas.

(40)

Quadro 3 – cont inuação

M ascarenhas e Gom es 201134 Cien. Saude Colet iva Teresina-PI 2002 967 regist ros

Compl et ude Fidedignidade

Proporção de campos em branco e ignorado das variáveis do SINASC

Concordância ent re variáveis do SINASC e livros de regist ros ou pront uários hospit alares

Escolaridade mat erna Idade mat erna Est ado civil NV* e NM * Consult as pré-nat al Duração da gest ação Tipo de part o Sexo Peso ao nascer

- as variáveis encont ravam-se preenchidas com mai or frequência no SINASC; - a qualidade do preenchim ent o do SINASC foi considerada excelent e e do SINASC inst it ucional boa, para a maioria das variáveis;

- a concordância dos dados do SINASC foi classificada com o excel ent e para as variáveis idade, est ado civil, NV*, t ipo de part o, sexo e peso ao nascer; com o boa para NM * ; ruim para escolaridade e consult as e mínima, para duração da gest ação.

Silva et al 201135

Rev Esc. Enferm . USP

Paraná 2000-2005

quant it at ivo de regist ros não infor mado mas referent e a 399 municípios

Compl et ude Proporção de campos em branco e ignorado de variáveis da SINASC

Escolaridade mat erna Idade mat erna Ocupação mat erna Est ado civil NV* e NM * Consult as pré-nat al Duração da gest ação Tipo de gest ação Tipo de part o Local ocorrência part o Sexo

Índices de Apgar Raça/ cor Peso ao nascer AC/ M FC

- de modo geral, conclui-se que a qualidade preenchiment o melhorou para t odas as variáveis do SINASC principalment e a part ir de 2003;

- Em 2005, excet o para ocupação da mãe, t odas as out ras variáveis t iveram qualidade excelent e, ou seja, percent ual de não declaração m enor que 1%; - para o conjunt o das Regionais a variável ocupação da mãe oscilou de qualidade regular a ruim com percent ual de não declaração de 9,38% em 2000, e de 6,60% em 2005 dest acando-se ent re as demais variáveis.

Schimid e Silva 201136

Rev . Saúde Pública

Sergipe 2006

19.502 regist ros

Cobert ura Comparação SINASC e IBGE* Número de nascim ent os - os result ados sugerem valores mínim os de sub-regist ro do SINASC.

Barbuscia e Rodrigues-Júnior 201137

Cad. Saúde Pública

Ribeirão Pr et o-SP 2000-2007

SINASC 138.601 r egist ros SIM * 2.092 regist ros

Compl et ude Cobert ura

Proporção de campos em branco e ignorado das variáveis do SINASC e do SIM * e Linkage ent re o SINASC e o SIM *

Escolaridade mat erna Idade mat erna NV* e NM * Duração da gest ação Tipo de gest ação Tipo de part o Sexo Peso ao nascer

- observou-se que exist e uma t endência de aum ent o da qualidade do preenchi ment o. M enos de 10% de DN apr esent aram campos sem inf ormação durant e t odo o período, excet o para filhos t i dos mort os, com aproxi madament e 15% de DN sem informação em 2002 e 2003;

- os campos NV* e NM * f oram os que apresent aram maiores pr oporções de ausência de i nfor mação na DN.

(41)

Quadro 3 – cont inuação

Guimarães et al. 201118

Rev Bras. Cresciment o

Desenvolvim ent o

Hum.

M inas Gerais 1998 a 2005

quant it at ivo de regist ros não infor mado mas referent e a 38 municípios

Compl et ude Proporção de campos em branco e ignorado das variáveis das variáveis do SINASC

Escolaridade mat erna Idade mat erna Est ado civil NV* e NM* Consult as pré-nat al Duração da gest ação Tipo de gest ação Tipo de part o Sexo

Índices de Apgar Raça/ cor Peso ao nascer

- verificou-se para o conjunt o dos municípios, preenchiment o adequado (90% - 100%) para a maioria das variáveis present es na DN;

- o maior incr em ent o no grau de preenchi ment o da DN f oi verificado na variável raça/ cor;

- em relação ao pr eenchi ment o das caract eríst icas mat ernas com exceção para a idade mat erna, t odas as out ras variáveis apresent aram m elhoria da complet ude; - t odas as variáveis relat ivas à gest ação e ao part o apr esent aram preenchim ent o adequado para t odos os m unicípi os. Nhoncanse e M elo

201238

Cien. Saude Colet iva

São Carlos-SP 2003-2007 15.249 regist ros

Compl et ude Fidedignidade

Proporção de campos preenchi dos, não preenchidos, em branco e ignorado e da concordância ent re os dados da DN, DO* e pront uários hospit alares;

Comparação ent r e dados da variável sobre AC/ M FC* da DN arquivados em papel e aqueles publicados pelo DATASUS* ;

AC/ M FC* - ident ificadas incongruências ent r e os dados das DN arquivados em papel e os publicados pelo DATASUS* ;

- a análise dos t rês docum ent os e a com paração com os dados publicados pelo SINASC explicit ou pr oblemas ref erent es à acurácia em relação às DN como font e de informação sobr e os defeit os congênit os; - o pront uário foi mais sensível para o regist ro de def eit os congênit os que a DN; - a análise dos pront uários e das DO* most r ou alt o índice de concordância de informações. Por out ro lado, a com paração ent r e DO* e DN confirmou a subnot ificação dos def eit os congênit os nas DN.

(42)

Quadro 3 – cont inuação

M endes et al. 201239

Rev. Bras. Saúde M at ern. Infant .

Pernambuco 2004-2005 SINASC 30.184 SIM * 3.267

Compl et ude Fidedignidade

Proporção de campos em branco e ignorado das variáveis do SINASC e do SIM * e Linkage ent re o SINASC e o SIM *

Escolaridade mat erna Idade mat erna Duração da gest ação Tipo de gest ação Tipo de part o Sexo Raça/ cor Peso ao nascer

- o linkage realizado ent re os óbit os fet ais e nasci dos vivos ident ificou 31 erros de classificação;

- o SINASC apresent ou um grau de com plet ude de 99,2%, com exceção das variáveis: inst rução da mãe (98,4%) e raça/ cor (97,1%);

- foi possível resgat ar um consi derável número de cam pos não preenchidos, de maneira mais significat iva do SINASC para o SIM * , embora est e últ im o t enha increm ent ado ao SINASC 64 regist ros referent es à raça/ cor e 29 para inst rução da mãe;

- após o linkage f oi possível alcançar um grau de compl et ude de 99,7%, em ambos os sist emas.

Guimarães et al. 201240

Rev. Bras Epidemiol.

Rio de Janeiro-RJ 2005-2006 170 regist ros

Compl et ude Fidedignidade

Proporção de campos em branco e ignorado e

Concordância ent re variáveis da SINASC e da base de dados de uma UTI* neonat al pública

Escolaridade mat erna Idade mat erna NV* e NM* Consult as pré-nat al Duração da gest ação Tipo de part o Sexo

Índices de Apgar Raça/ cor Peso ao nascer

- a com plet ude no SINASC variou de 91,8% (Apgar 1º minut o) a 100% (sexo, part o e idade mat er na);

- a concordância f oi consi derada boa a excelent e para Apgar 1º minut o, t ipo de part o, idade mat erna, Apgar 5º minut o, sexo e consult as de pré-nat al; mas apenas razoável para idade gest acional e peso ao nascer.

(43)

42 Cost a e Frias25 em 2009 descreveram que a avaliação da qualidade das

inform ações pela cobert ura, era o asp ect o m ais cont em plado em pesquisas sobre o SINASC. A análise dos est udos para o quinquênio 2008-2012 apontou mudança nest e parâmet ro, vist o que avaliação da qualidade do SINASC e, ou DN pela complet ude dos dados foi a mais cont emplada nest a revisão da literat ura. Foram encont rados 14 (63,6%) est udos que utilizaram o parâm et ro da complet ude, nove (40,9%) que ut ilizaram a fidedignidade e 10 (45,5%), a cobert ura dos dados.

Para a avaliação pela complet ude, alguns est udos consideraram o quantit ativo dos regist ros em branco32, out ros consideraram som ent e aqueles assinalados como ignorado20,29, out ros consideraram os regist ros em branco e incorret o30 e para os dem ais, foram consideradas as situações em branco e ignorado18,21,25,26,34,35,37-40.

Os t rabalhos que classificaram os result ados de seus est udos conform e valores de incomplet ude, basearam -se ou na classificação sugerida por M ello Jorge et al.41 onde o preenchim ento foi considerado como excelent e (percent ual de branco/ ignorado <10%), bom (percent ual de branco/ ignorado ent re 10% e 29,9%) ou ruim (percent ual de branco/ ignorado > 30%) ou na classificação propost a por Romero e Cunha42 que consideraram excelent e, quando a variável apresent ava m enos de 5% de preenchiment o incomplet o, bom (5% a 10%), regular (10% a 20%), ruim (20% a 50%) e muito ruim (m ais de 50%). Som ent e no est udo de Silva e colaboradores35 a classificação foi diferenciada em relação aos dem ais t rabalhos. Est es aut ores consideraram que o SINASC do Paraná

apresent a uma m elhor realidade em relação a out ros est ados brasileiros e assim ,

julgaram necessário est abelecer um crit ério próprio com pont os de cort e abaixo dos

padrões ant eriores. A classificação considerou com o qualidade excelent e quando o

percent ual de não declaração foi inferior a 1%; qualidade boa ent re 1% e 2,99%;

qualidade regular de 3% a 6,99% e qualidade ruim , percent ual de não declaração igual

ou superior a 7%.

Imagem

Figura 1 – Fluxograma da dist ribuição dos formulários, colet a e t ransf er ência dos dados da Declaração de Nascido Vivo (DN)  Font e: Adapt ado de Brasil, 2009 22  e 2011 23 .
Figura 2.  M apa dos municípios da Região de Saúde de Diamant ina, localização dos hospit ais
Tabela 1   –  Concor dância ent r e dados da ent revist a com  a  Declaração  de Nascido  Vivo (DN), da Declaração  de  Nascido  Vivo  com   o  módulo  regional  e  da  ent r evist a  com   o  módulo  regional,  para  as  variáveis  relacionadas à mãe
Tabela 2   –  Concor dância ent r e dados da ent revist a com  a  Declaração  de Nascido  Vivo (DN), da Declaração  de  Nascido  Vivo  com   o  módulo  regional  e  da  ent r evist a  com   o  módulo  regional,  para  as  variáveis  relacionadas à gest açã
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