• Nenhum resultado encontrado

Uso do ácido tranexâmico no controle do sangramento em cirurgias de escoliose toracolombar com instrumentação posterior.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Uso do ácido tranexâmico no controle do sangramento em cirurgias de escoliose toracolombar com instrumentação posterior."

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

w w w . r b o . o r g . b r

Artigo

original

Uso

do

ácido

tranexâmico

no

controle

do

sangramento

em

cirurgias

de

escoliose

toracolombar

com

instrumentac¸ão

posterior

Vinícius

Magno

da

Rocha

,

Alderico

Girão

Campos

de

Barros,

Cleiton

Dias

Naves,

Nayara

Lopes

Gomes,

Julie

Calixto

Lobo,

Luís

Cláudio

Villela

Schettino

e

Luís

Eduardo

Carelli

Teixeira

da

Silva

InstitutoNacionaldeTraumatologiaeOrtopedia,RiodeJaneiro,RJ,Brasil

informações

sobre

o

artigo

Históricodoartigo:

Recebidoem31dejulhode2013 Aceitoem19demaiode2014

On-lineem3demarçode2015

Palavras-chave:

Ácidotranexâmico Escoliose/cirurgia Tempodesangramento Transfusãodesangue

r

e

s

u

m

o

Objetivo:Acirurgiadeescolioseenvolveelevadaperdasanguíneaenecessita frequente-mentedehemotransfusão.Ocustoeosriscosenvolvidosnousodosanguealogênicotêm motivadopesquisasdemétodoscapazesdereduzirosangramentooperatórionos paci-entes.Umdessesmétodoséousodedrogasantifibrinolíticas,entreasquaisestáoácido tranexâmico(ATX).Oobjetivodesteestudofoiverificarousodessadroganocontroledo sangramentoemcirurgiasdeescolioseidiopática.

Métodos:Estudoretrospectivonoqualforamanalisadososprontuáriosde40pacientes sub-metidosàartrodesetoracolombarporviaposterior.Desses,apenas21usaramoATXeforam relacionadosnogrupoteste.Osdemaisforamrelacionadosnogrupocontrole.Foram com-paradasasmédiasdesangramentoperepós-operatórioeanecessidadedehemotransfusão entreosdoisgrupos.

Resultados:OgrupoqueusouoATXtevesangramentoperoperatóriosignificativamente menordoqueogrupocontrole.Nãohouvediferenc¸asignificativaentreosgruposparao sangramentopós-operatórioeanecessidadedehemotransfusão.

Conclusões:OATXfoieficaznareduc¸ãodosangramentoperoperatório,conforme demos-tradoem outrosestudos.A correlac¸ãoentreoseu usoea reduc¸ãoda necessidade de hemotransfusãoémultifatorialenãopôdeserestabelecidanestetrabalho.Acreditamos queoácidotranexâmicopossaserumrecursoútilemerecemaioratenc¸ãoemséries pros-pectivas,duplo-cegas,randomizadas,comodevidocontroledasvariáveisqueinterferem diretamentenaperdasanguínea.

©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditora Ltda.Todososdireitosreservados.

TrabalhodesenvolvidonoInstitutoNacionaldeTraumatologiaeOrtopedia(Into),RiodeJaneiro,RJ,Brasil. ∗ Autorparacorrespondência.

E-mails:viniciusmagnodarocha@gmail.com,vinimedrj@yahoo.com.br(V.M.daRocha).

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2014.05.007

(2)

Use

of

tranexamic

acid

for

controlling

bleeding

in

thoracolumbar

scoliosis

surgery

with

posterior

instrumentation

Keywords:

Tranexamicacid Scoliosis/surgery Durationofbleeding Bloodtransfusion

a

b

s

t

r

a

c

t

Objective: Scoliosissurgeryinvolvesmajorbloodlossandfrequentlyrequiresblood transfu-sion.Thecostandrisksinvolvedinusingallogeneicbloodhavemotivatedinvestigationof methodscapableofreducingpatients’bleedingduringoperations.Oneofthesemethodsis touseantifibrinolyticdrugs,andtranexamicacidisamongthese.Theaimofthisstudywas toassesstheuseofthisdrugforcontrollingbleedinginsurgerytotreatidiopathicscoliosis.

Methods: Thiswasaretrospectivestudyinwhichthemedicalfiles of40 patientswho underwentthoracolumbararthrodesisbymeansofaposteriorroutewereanalyzed.Ofthese cases,21usedtranexamicacidandwereplacedinthetestgroup.Theotherswereplaced inthecontrolgroup.Themeanvolumesofbleedingduringandaftertheoperationandthe needforbloodtransfusionwerecomparedbetweenthetwogroups.

Results: Thegroupthatusedtranexamicacidhadsignificantlylessbleedingduringthe operationthanthecontrolgroup.Therewasnosignificantdifferencebetweenthegroups regardingpostoperativebleedingandtheneedforbloodtransfusion.

Conclusions: Tranexamicacidwaseffectiveinreducingbleedingduringtheoperation,as demonstratedinotherstudies.Thecorrelationbetweenitsuseandthereductionintheneed forbloodtransfusionismultifactorialandcouldnotbeestablishedinthisstudy.Webelieve thattranexamicacidmaybeausefulresourceandthatitdeservesgreaterattentionin randomizeddouble-blindprospectiveseries,withpropercontrolovervariablesthatdirectly influencebloodloss.

©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublishedbyElsevierEditora Ltda.Allrightsreserved.

Introduc¸ão

Acorrec¸ãocirúrgicada escolioseenvolve importanteperda sanguínea de origem multifatorial. A durac¸ão do procedi-mentocirúrgico,agravidadeeotipodadeformidade,atécnica usada,apressãoarterialmédiaperoperatóriaeasestratégias dehemostasiaestãoentreasvariáveisqueinterferem direta-mentenosangramento.1–6

Nessecenário,anecessidadedehemotransfusõeséuma realidadequepreocupaoscirurgiõeseatraiaatenc¸ãode pes-quisadores. O uso dosangue alogênico com o objetivo de manteraperfusãotecidualeprevenirlesõesdeórgãos-alvo empacientescomperdassanguíneasvultosasnãoéisentode riscos.Atransmissãodedoenc¸asvirais,reac¸õesimunológicas eodecréscimodosfatoresdecoagulac¸ãosãocomplicac¸ões conhecidasdahemotransfusão.1,2,4

Diante dessa realidade, diversas estratégias já foram propostasna tentativade diminuir a dependênciado san-gue alogênico em cirurgias de grande porte, dentre elas o armazenamento de sangue autólogo pré-operatório, a hemodiluic¸ãonormovolêmica,aanestesiahipotensiva,ouso damáquinade recuperac¸ãocelulareousode drogascom propriedades antifibrinolíticas, como a aprotinina, o ácido épsilon-aminocaproicoeoácidotranexâmico(ATX).6–10

OATXéumadrogaantifibrinolíticasintética cujoefeito resultadaformac¸ãodeumcomplexoreversívelcomo plas-minogênioeaplasmina,inibeafibrinóliseeprevinealise docoágulodefibrina,alémdeatuartambémnobloqueio par-cialdaagregac¸ãoplaquetáriainduzidapelaplasmina.11,12Pelo

seubaixocustoeporseusefeitoscolateraispequenos, pes-quisasemdiferentespartesdomundovêmsendofeitasna tentativadeavaliarsuaeficácianocontroledosangramento peroperatórioemcirurgiasdegrandeporte.2,7–12

EmnossoInstitutooATXvemsendorecentementeusado emcirurgiasde escolioseidiopática. Oscirurgiõesapostam nasuaeficáciaemreduzirosangramentodecorrentedoato cirúrgico,esperamummenorriscoparaopacientee, conse-quentemente,umanecessidademenordehemotransfusões.

OobjetivodesteestudofoidocumentarainfluênciadoATX nosangramentoinerenteàscirurgiasdeescolioseidiopática cominstrumentac¸ãoposterioreverificarseareduc¸ão espe-radanosangramentofoicapazdediminuiranecessidadede hemotransfusão.

Métodos

Perfildaamostra

Trata-sedeumestudocoorteretrospectivocom40pacientes, operadosparaacorrec¸ãodeescolioseidiopática,de dezem-brode2012amarc¸ode2013.Otrabalhoobteveaprovac¸ãodo ComitêdeÉticaemPesquisadoCentroondefoifeito (CAAE-15734413.6.0000.5273).

(3)

Tabela1–Critériosdeselec¸ãodaamostra

Critériosdeinclusão Idadeentre10e30anos

Índicedemassacorpóreaentreospercentis5e95paraaidade Escolioseidiopática

Artrodeseposteriorcomfusãodeseisoumaisníveis

Critériosdeexclusão

Pressãoarterialmédiaperoperatóriaqueexcedesse85mmHg Escoliosecongênitaousindrômica

Cirurgiapréviadacolunavertebral

Usodadrogaemdesacordocomoprotocolopadronizado

Dadosanalisados

Foramcoletadosdosprontuáriosdadosconsiderados relevan-tesparaasanálisesestatísticas.Entreessesestão:1)aidade; 2)opesodopacientenaocasiãodacirurgia;3)adurac¸ãodo atocirúrgicodesdeaincisãonapeleatéoseufechamento;4) agravidadedadeformidade;5)osangramentodocumentado noprontuário;e6)ousodatransfusãosanguínea.

Onúmerodeníveisartrodesadosfoiusadocomovariável paraestimaragravidadedasdeformidades.

O sangramento peroperatório estimado no estudo foi aquelecontabilizadonosaspiradoresdesítiocirúrgicodurante oatooperatório,acrescidodosangramentoabsorvidopelas compressas cirúrgicas. Para os cálculos foi considerada a densidade de 1,053 g/mL para o sangue humano e foram descontadas asquantidadesde soluc¸ãosalina usadaspara irrigac¸ãodosítiocirúrgico.

Osangramentopós-operatóriotambémfoiconsideradoe estimadopelodébitodosdrenosavácuoinstaladosno subcu-tâneoduranteasprimeiras24horasdepós-operatório.

Técnicacirúrgica

Trêsequipesparticiparamdascirurgiasdospacientes sele-cionados. Basicamente, a técnica cirúrgica envolveu uma incisãocutâneanalinhamédiasobreosprocessosespinhosos, seguidadadissecc¸ãodepartesmolesatéaexposic¸ão verte-bral.Cuidadosdehemostasiaforamobservados. Liberac¸ões ligamentaresefacetáriasforamfeitasparaoganhode mobi-lidade da colunavertebral, parafusos pediculares ehastes foramusados parapermitir acorrec¸ãoeaestabilizac¸ãoda deformidade.Enxerto autólogooriundodosprocessos espi-nhosos e crista ilíaca foram usados para permitir a fusão vertebral.Drenosdesucc¸ãoavácuoforamposicionadosno subcutâneoafimdepermitirdrenagemadequadadaferida cirúrgicanopós-operatório.

Usodadroga

EmnossoInstitutoseguimosumprotocolonoqualoATXé usadonumadosedeataquede100mg/Kgdepesocorporal administradaduranteos30minutosqueantecedemaincisão dapele.Érespeitadaumadosemáximade2gdadroga.Após aincisãoémantidaumainfusãocontínuade30mg/Kg/haté oterminodoprocedimentocomofechamentodapele.Esse protocolojáfoiusadodeformaseguraemoutroscentros.2,13

Tabela2–Perfildosgruposestudados

Controle ATX p-valor

Númerodepacientes 19 21

Idade(anos) 21,6±8,0 18,0±4,4 0,1463

Peso(kg) 51,8±5,9 55,5±6,1 0,0628

Númerodeníveisfundidos 9,2±2,3 9,4±2,2 0,7624 Tempocirúrgico(h) 4,3±1,4 4,0±1,2 0,5291

Divisãodosgrupos

Entreos40pacientesselecionados,21receberamoATX con-formeoprotocolodeadministrac¸ão(grupodeteste),enquanto osoutros19foramoperadossemousodadroga(grupo con-trole).

Avaliac¸ãodascomplicac¸ões

Ospacientesenvolvidosnoestudopermaneceraminternados porumamédiadecinco diasno pós-operatório.Após esse período,iniciaramacompanhamentoambulatorialperiódico. Foifeitabuscanosprontuáriosdospacientesquereceberamo ATXcomoobjetivodeidentificarpossíveiscomplicac¸ões rela-cionadasaousodadroga,especialmenteaquelasdecorrentes deeventostromboembólicos,comotrombosevenosa,embolia pulmonar,oclusõesarteriais,insuficiênciarenaletc.

Análiseestatística

Osresultadosforamexpressosemmédia±DP(desviopadrão). Para as comparac¸ões,foi usado o teste t de Student ou o deMann-Whitney,quandoapropriado.Ascorrelac¸õesentre asvariáveisdoestudoforamdeterminadas pelocoeficiente de correlac¸ãodeSpearman ouPearson.Asvariáveis nomi-naisforamavaliadaspelotestequi-quadrado.Osresultados estatisticamentesignificativosforamaceitoscomp<0,05.As análisesestatísticasforamfeitascomoprogramaStata11.2 (StataCorp,Texas,USA).

Resultados

Comparac¸ãodosgruposteste(ATX)econtrole

No universo amostral, os grupos estudados foram equipa-ráveisenãohouvediferenc¸asignificativaentreidade, peso corporal,númerodeníveisartrodesadosedurac¸ãodacirurgia (tabela2).

Médiadesangramento

Amédiadaperdasanguínea peroperatóriaentreos pacien-tes quereceberam oATX foi de747,6±265,9mL. Nogrupo controle foide996±342,0mL,com umadiferenc¸a estatisti-camentesignificativa(p=0,01)(tabela3).

(4)

Tabela3–Médiadesangramentodosgruposestudados

Controle ATX

Perdaperoperatória(mL) 996,0±342,0 747,6±265,9 Perdapós-operatória(mL) 410,5±215,2 349,8±268,4 Perdatotal(mL) 1406,5±372,1 1097,3±323,9

Controle ATX

00 10 20 30 40

PVPP (%)

Figura1–Comparativoentreaperdavolêmicapercentual dogrupocontroleedogrupoteste.

Perdavolêmicapercentualperoperatória(PVPP)

Comoavolemiadecada indivíduoéumavariávelatrelada diretamenteaopesocorporal,estimou-seaperdapercentual volêmicaperoperatória(PVPP)decadapacienteconsiderando umamédiade70mLporkgdepesocorporal.Dessamaneira pode-secriarumíndicecapazderelacionarovolumede san-gueperdidonoperoperatórioeavolemiatotalestimada.

Observou-sequeaPVPPdogrupoATX(médiade19,4±7%) foi significativamente menorquandocomparada coma do grupocontrole(médiade27,6±9,4%)(p=0,008)(fig.1).

Observamosaindaumacorrelac¸ãolinearpositivaentrea PVPPeadurac¸ão dacirurgiapara osdois grupos(r=0,369; p=0,0191).

Relac¸ãoentreaPVPPeonúmerodeníveisartrodesados (PVPP/NA)

Outra variável importante foi considerada na análise dos resultados:onúmerodeníveisartrodesados.Emgeral,os paci-entescomcurvasmaisgravesnecessitamdeprocedimentos queenglobemumnúmeromaiordevértebras.Talfatoreflete diretamentenadurac¸ãodoprocedimentocirúrgicoedo san-gramentoperoperatório.Cientesdessarealidade,criamosum índicerelacionandoàPVPPeaonúmerodeníveis artrodesa-dos(PPVP/NA).

ObservamosqueogrupoATXobteveíndicesPVPP/NA sig-nificativamentemenores do queo grupo controle (p=0,01) (tabela4).

Tabela4–Perdavolêmicapercentualperoperatória

Controle ATX p-valor

PVPP(%) 27,6±9,4 19,4±7,0 0,0083

Níveisartrodesados 9,2±2,3 9,4±2,2 0,7624

PVPP/NA 3,2±1,3 2,1±0,6 0,0101

Relac¸ãoentreaPVPP,onúmerodeníveisartrodesadoseo tempocirúrgico

Considerando que a PVPP guarda relac¸ão direta entre o númerodeníveisartrodesadoseotempocirúrgico,aplicamos aregressãolinearparaanalisararelac¸ãoentreousodoATX eoPVPPcontroladoparaonúmerodeníveisartrodesadoseo tempocirúrgico.Verificamosqueousodadrogareduzaperda volêmicapercentualem7,1%(p=0,001).

Necessidadedehemotransfusão

No grupo controle, a média de sangue transfundido foi de 176,3±252,6mL por paciente. No grupo teste foi de 111,1±216,5mL.Anecessidadedetransfusãofoide47,4%no grupocontrole e28,6%nogrupoquerecebeuadroga, com umareduc¸ãodanecessidadedetransfusãoem18,8%.Como testedequi-quadradonãoidentificamosevidênciascapazes derelacionarousodadrogaaessareduc¸ãoparaumnívelde confianc¸ade95%(p=0,220).

Complicac¸õesdecorrentesdousodoATX

Duranteoperíododeacompanhamentopós-operatórionão houvecomplicac¸õesclínicasoucirúrgicasatribuídasaouso doATX.

Discussão

Nossosresultadosmostraram queogrupoqueusouoATX teveumamédiadesangramentoperoperatóriomenor.Outros trabalhos analisaram essa relac¸ão e obtiveram resultados semelhantes.2,8–14

OíndicePVPPseaproximamelhordasconsequências sis-têmicas decorrentes da perda sanguínea do que a análise direta dosangramentoem valores absolutos, pois ao rela-cionarsangramento,volemiaepesocorporalfornecedados maisfidedignosacercadoimpactodaperdasanguíneasobre ahomeostasiadospacientes.Nossosresultadosmostramque o grupoque usouoATX tevemenor PVPPereproduziu os achadosdeoutracoorteretrospectivaqueusouessemesmo índice.13

Aperdapós-operatóriatambémfoimenornogrupoque usouoATX,masessadiferenc¸anãofoirelevante.Emnosso estudo, alguns fatorespodem explicar esses resultados. A meia-vida plasmática da droga é relativamente curta (3,1 horas)eseuefeitonãopodesergarantidoduranteas24horas que sucederam ao procedimento cirúrgico. Além disso, as chancesdeomaterialefluídonodrenotersidoacrescidode seromaeoutrosprodutosdedegradac¸ãotecidualnãoforam levadas emconsiderac¸ão pelos profissionais que fizeram a contabilizac¸ãonosfrascoscoletoresepodeterocorridoviés deaferic¸ão.Apenasumestudodemostroudiferenc¸a significa-tivanosangramentopós-operatórioentregruposqueusaram adrogaegruposqueusaramplacebo.10

(5)

entendemosqueomodelodenossapesquisanãoéomais adequadoparaanalisaressedesfecho.Alémdisso,notamos quenãohouvepadronizac¸ãodosparâmetrosadotadospelas equipescirúrgicaseanestésicasnousodosanguehomólogo ouautólogo.Ousodapressãoarterialmédia(PAM)acimade 85mmHgcomocritériodeexclusãopodenãotersido sufici-enteparaneutralizarainfluênciadosníveistensóricosmais elevadosnosangramentoperoperatório.Acreditamosquea manutenc¸ãodaPAMdentrodeumafaixaseriamaisadequada paracontrolaroimpactodessa variávelsobreaperda san-guínea,comomostramalgumassériespublicadas.3–5,24–26As habilidadestécnicasdecadacirurgiãonocontroleda hemos-tasiaedainstrumentac¸ãopedicularéoutravariávelrelevante quedeveserconsideradaepodeterinterferidonos resulta-dosentreosgrupos,jáquetrêsequipesdiferentesoperaram ospacientesestudados.3,26

Comooriscodecomplicac¸õesinerentesaousodosangue homólogoédiretamenteproporcionalàquantidadede san-gue usada,27,28 adiminuic¸ão da perda sanguínea nogrupo queusouoATXdeveservalorizada.Alémdisso, areduc¸ão naperda sanguíneaperoperatóriatambémpodediminuiro riscodemorte,masessaéumaproposic¸ãoteóricaquenãofoi avaliadaemqualquertrabalho.

Os grupos estudados foram estatisticamente semelhan-tescomrelac¸ãoafaixaetária,pesocorporal,durac¸ãodoato operatórioegravidadedadeformidade,oquediminuiua inter-ferênciadessasvariáveisnoestudo.3–5

Metanálises disponíveis ainda não reuniram números capazes de garantir a seguranc¸a do ATX para uso con-formeoprotocoloapresentado.25,27Nesteestudonãohouve complicac¸ões atribuídas ao uso do ATX. O número de complicac¸ões observadas na literatura até o momento foi ínfimo e comparável ao placebo,26–29 mas a seriedade dos possíveiseventostromboembólicostornamandatórioo acom-panhamentoregulardessespacientes.

O protocolo de uso do ATX analisado neste trabalho já foi aplicado por outros autores, teve sua eficácia com-parada com o placebo e outras drogas antifibrinolíticas e mostrouresultadospromissoresemrelac¸ãoasuaeficáciae seguranc¸a.2,8,14,25,27 Trabalhos queusaram oATX emdoses menoresnãoobtiveramamesma proporc¸ãodereduc¸ãono sangramentoperoperatório.20,23

Conclusão

OusodoATXéumaopc¸ãodebaixocusto,eficazesegurapara reduzir osangramento peroperatóriona cirurgiade escoli-osecominstrumentac¸ãoposterior.Suaeficácianareduc¸ãoda necessidadedehemotransfusãoéumfenômenomultifatorial quenãopôdeserdemonstradonesteestudo.

Ensaiosclínicosprospectivosrandomizados,comodevido cegamentodasequipescirúrgicaeanestésica,sefazem neces-sários para avaliar o impacto do ATX na necessidade de hemotransfusãoecontribuirparaaracionalizac¸ãode proto-coloscadavezmaisefetivosesegurosnousodessadroga.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

r

e

f

e

r

ê

n

c

i

a

s

1.BrecherME,MonkT,GoodnoughLT.Astandardizedmethod forcalculatingbloodloss.Transfusion.1997;37(10):1070–4.

2.DhawaleAA,ShahSA,SponsellerPD,BastromT,NeissG, YorgovaP,etal.Areantifibrinolyticshelpfulindecreasing bloodlossandtransfusionsduringspinalfusionsurgeryin childrenwithcerebralpalsyscoliosis?Spine(PhilaPA1976). 2012;37(9):549–55.

3.GuayJ,HaigM,LortieL,GuertinMC,PoitrasB.Predicting bloodlossinsurgeryforidiopathicscoliosis.CanJAnaesth. 1994;41(9):775–81.

4.HuSS.Bloodlossinadultspinalsurgery.EurSpineJ. 2004;13(1):3–5.

5.HurSR,HuizengaBA,MajorM.Acutenormovolemic hemodilutioncombinedwithhypotensiveanesthesiaand othertechniquestoavoidhomologoustransfusioninspinal fusionsurgery.Spine(PhilaPA1976).1992;17(8):867–73.

6.ImbesiS,NettisE,MinciulloPL,LeoED,SaijaA,VaccaA,etal. Hypersensitivitytotranexamicacid:awidespectrumof adversereactions.PharmWorldSci.2010;32(4):416–9.

7.NeilipovitzDT.Tranexamicacidformajorspinalsurgery.Eur SpineJ.2004;13(1):62–5.

8.YagiM,MachidaM,HasegawaA,NagoshiN,LizukaS,Kaneko S,etal.Doestheintra-operativetranexamicaciddecrease operativebloodlossduringposteriorspinalfusionfor treatmentofadolescentidiopathicscoliosis?Spine(PhilaPA 1976).2012;37(21):1336–42.

9.LenkeLG,O’LearyPT,BridwellKH,SidesBA,KoesterLA, BlankeKM.Posteriorvertebralcolumnresectionforsevere pediatricdeformity.Spine(PhilaPA1976).2009;34(20):2213–21.

10.NeilipovitzDT,MurtoK,HallL,BarrowmanNJ,SplinterWM. Arandomizedtrialoftranexamicacidtoreduceblood transfusionforscoliosissurgery.AnesthAnalg. 2001;93(1):82–7.

11.SethnaNF,ZurakowskiD,BrustowiczRM,BacsikJ,SullivanLJ, ShapiroF.Tranexamicacidreducesintraoperativebloodloss inpediatricpatientsundergoingscoliosissurgery.

Anesthesiology.2005;102(4):727–32.

12.CasatiV,GuzzonD,OppizziM,CossoliniM,TorriG,CaloriG, etal.Hemostaticeffectsofaprotinin,tranexamicacidand epsilon-aminocaproicacidinprimarycardiacsurgery.Ann ThoracSurg.1999;68(6):2252–7.

13.ShapiroF,ZurakowskiD,SethnaNF.Tranexamicacid diminishesintraoperativebloodlossandtransfusionin spinalfusionsforDuchennemusculardystrophyscoliosis. Spine(PhilaPA1976).2007;32(20):2278–83.

14.PinoskyML,KennedyDJ,FishmanRL,ReevesST,AlpertCC, EcklundJ,etal.Tranexamicacidreducesbleedingafter cardiopulmonarybypasswhencomparedtoepsilon aminocaproicacidandplacebo.JCardSurg.1997;12(5):330–8.

15.HenryDA,MoxeyAJ,CarlessPA,O’ConnellD,McClellandB, HendersonKM,etal.Anti-fibrinolyticuseforminimizing perioperativeallogeneicbloodtransfusion.Cochrane DatabaseSystRev.2007;(4):CD001886.

16.HoweC,PaschallC,PanwalkarA,BealJ,PottiA.Predicting bloodlossinsurgeryforidiopathicscoliosis.CanJAnaesth. 1994;41(9):775–81.

17.BaldusCR,BridwellKH,LenkeLG,OkubadejoGO.Canwe safelyreducebloodlossduringlumbarpediclesubtraction osteotomyproceduresusingtranexamicacidoraprotinin?A comparativestudywithcontrols.Spine(PhilaPA1976). 2010;35(2):235–9.

(6)

19.GrantJA,HowardJ,LuntleyJ,HarderJ,AleissaS,ParsonsD. Perioperativebloodtransfusionrequirementsinpediatric scoliosissurgery–Theefficacyoftranexamicacid.JPediatr Orthop.2009;29(3):300–4.

20.CaglarGS,TasciY,KayikciogluF,HaberalA.Intravenous tranexamicaciduseinmyomecomy:aprospective randomizeddouble-blindplacebocontrolledstudy.EurJ ObstetGynecolReprodBiol.2008;137(2):

227–31.

21.UrbanMK,BeckmanJ,GordonM,UrquhartB,Boachie-Adjei O.Theefficacyofantifibrinolyticsinthereductionofblood lossduringcomplexadultreconstructivespinesurgery.Spine (PhilaPA1976).2001;26(10):1152–6.

22.ZuffereyP,MerquiolF,LaporteS,DecoususH,MismettiP, AuboyerC,etal.Doantifibrinolyticsreduceallogeneicblood transfusioninorthopedicsurgery?Anesthesiology.

2006;105(5):1034–46.

23.VermaK,LonnerB,DeanL,VecchioneD,LafageV.Reduction ofmeanarterialpressureatincisionreducesoperativeblood lossinadolescentidiopathicscoliosis.SpineDeformity. 2013;1(2):115–22.

24.TzortzopoulouA,CepedaMS,SchumannR,CarrDB. Antifibrinolyticagentsforreducingbloodlossinscoliosis surgeryinchildren.CochraneDatabaseSystRev. 2008;(3):CD006883.

25.NuttallGA,HorlockerTT,SantrachPJ,OliverWC,Dekutoski MB,BryantS.Predictorsofbloodtransfusionsinspinal instrumentationandfusionsurgery.Spine(PhilaPA1976). 2000;25(5):596–601.

26.GillJB,ChinY,LevinA,FangD.Theuseofantifibrinolytic agentsinspinesurgery.Ameta-analysis.JBoneJointSurg Am.2008;90(11):2399–407.

27.MeunierA,PeterssonA,GoodL,BerlinG.Validationofa haemoglobindilutionmethodforestimationofbloodloss. VoxSang.2008;95(2):120–4.

28.KarkoutiK,DattiloKM.Perioperativehemostasisand thrombosis.CanJAnaesth.2006;53(12):1260–2.

29.ElwatidyS,JamjoomZ,ElgamalE,ZakariaA,TurkistaniA, El-DawlatlyA.Efficacyandsafetyofprophylacticlargedose oftranexamicacidinspinesurgery:aprospective,

Referências

Documentos relacionados

No entanto, maiores lucros com publicidade e um crescimento no uso da plataforma em smartphones e tablets não serão suficientes para o mercado se a maior rede social do mundo

Declaro meu voto contrário ao Parecer referente à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) apresentado pelos Conselheiros Relatores da Comissão Bicameral da BNCC,

Entre as atividades, parte dos alunos é também conduzida a concertos entoados pela Orquestra Sinfônica de Santo André e OSESP (Orquestra Sinfônica do Estado de São

Entretanto, como postulado por Coutinho (2008), essas concessões são limitadas, o que gera outra criação do poder hegemônico: a subversão que pode ser acolhida. Isto é,

Reduzir desmatamento, implementar o novo Código Florestal, criar uma economia da restauração, dar escala às práticas de baixo carbono na agricultura, fomentar energias renováveis

Todavia, nos substratos de ambos os solos sem adição de matéria orgânica (Figura 4 A e 5 A), constatou-se a presença do herbicida na maior profundidade da coluna

Nota: Para localizar informações adicionais sobre os comandos usados neste documento, utilize a Ferramenta Command Lookup (somente clientes registrados).. Diagrama