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Petrologia do magmatismo tardi-brasiliano no Maciço São José de Campestre(RN/PB), com ênfase no Plúton Alcalino Caxexa

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Academic year: 2017

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICA

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

PETROLOGIA DO MAGMATISMO TARDI-BRASILIANO NO

MACIÇO SÃO JOSÉ DE CAMPESTRE (RN/PB), COM ÊNFASE

NO

PLÚTON ALCALINO CAXEXA

Autor:

MARCOS ANTONIO LEITE DO NASCIMENTO

Orientador:

Prof. Dr. Zorano Sérgio de Souza

Co-orientador:

Prof. Dr. Antonio Carlos Galindo

Dissertação n

q

15 / PPGG

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICA

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

PETROLOGIA DO MAGMATISMO TARDI-BRASILIANO NO

MACIÇO SÃO JOSÉ DE CAMPESTRE (RN/PB), COM ÊNFASE

NO

PLÚTON ALCALINO CAXEXA

Autor:

MARCOS ANTONIO LEITE DO NASCIMENTO

Dissertação de Mestrado apresentada em 24 de Março de 2000, para a obtenção do título de Mestre em Geodinâmica pelo Programa de Pós-Graduação em Geodinâmica e Geofísica da UFRN.

Comissão Examinadora:

Prof. Dr. Zorano Sérgio de Souza (PPGG/UFRN - orientador)

Prof. Dr. Jaziel Martins Sá (PPGG/UFRN)

Prof. Dr. Herbet Conceição (PPPG/UFBA)

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Tua presença, Debora, é tão sublime quanto o mar e o ar E estar sempre ao teu lado é ser amado Ter pra sempre o teu olhar Que faz meu bem-querer, sustenta meu amor E faz com que a cada dia eu te ame mais ... Sei que a tua boca já beijou a outra que não a minha Sei que já amou a outros quando não me conhecia Mesmo assim, Debora, teu carinho me tomou o peito E hoje sem você não mais consigo ser do mesmo jeito Então dedico a ti esse poema, tentando em versos dizer Que eu te amo tanto Tentando gritar ao mundo Debora, sem você, confesso, eu não vivo Sem você minha vida é um castigo Sem você prefiro a solidão A sete palmos do chão

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“Nenhum homem é uma ilha. Para combater o bom combate precisamos de ajuda” (Paulo Coelho - Diário de um Mago)

Esta frase define a necessidade de todo o ser humano, que é de precisar da ajuda de uma pessoa, mesmo aquele mais solitário. Acho muito difícil escrever esta parte da dissertação, pois como um cara esquecido que sou, temo em omitir nomes de pessoas que foram, são e serão muito importantes para mim. Assim, peço desculpas, a todos que não foram mencionados nesses agradecimentos.

A força e a coragem que utilizo para hoje terminar este trabalho, devo simplesmente a DEUS, àquele que me ajuda em todos os meus caminhos e que me orienta. Obrigado SENHOR pela apoio durante toda a minha vida. Apesar de alguns ainda não compreenderem a importância da Geologia na minha vida, é importante manifestar aqui todos os meus agradecimentos à MINHA FAMÍLIA (Pai, Mãe, Irmãos, Tios, Primos etc). Obrigado pela força dada durante todo o cotidiano e pela paciência de vocês. Mesmo preferindo ir para um local bem melhor, diferente deste que nos encontramos, manifesto minha gratidão à Maria da Conceição. Minha vó, valeu, a senhora é demais!!!

Gostaria de ser grato a todos os professores do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (DG/UFRN) pelo ensinamento e vivência concedido a minha pessoa durante esses anos que estive aqui.

Ao meu orientador, Prof. Dr. Zorano Sérgio de Souza, agradeço a confiança coloca em mim, não somente agora, nesta etapa de pós-graduação. Recordo a primeira vez que você conversou comigo, me convidando a trabalhar em um projeto acadêmico e assim iniciando a minha vida científica. Valeu, professor, pelas discussões sobre o tema petrologia, e mesmo sem notar, por ter me ensinado a ser um pouco mais organizado. Aprendi muito contigo, tanto no âmbito profissional como no pessoal. Ao meu co-orientador, que por muitas vezes se tornava o próprio orientador, Prof. Dr. Antonio Carlos Galindo, gostaria de lhe agradecer por toda a orientação repassada à minha pessoa. Devo a você a grande parte do meu aprendizado sobre as rochas graníticas. Obrigado também pela grande paciência, principalmente durante as leituras de meus textos. A você e Zorano (não necessariamente nesta mesma ordem), muito obrigado por tudo, fico devendo essa.

É necessário deixar aqui meus agradecimentos à você Prof. Dr. Emanuel Ferraz Jardim de Sá, que mesmo não acompanhando meus trabalhos na pós-graduação, me ensinou a lidar com a geologia de uma forma mais coerente. Obrigado pelos seus ensinamentos.

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ambos da UnB, bem como ao Dr. Koji Kawashita e a Ivone Sonoki (todos do CPGeo/USP). Agradeço a obtenção dos dados de química mineral à doutoranda Rielva S. C. do Nascimento (NEG-LABISE/UFPE) e ao Dr. Antonio Carlos Galindo (DG/UFRN).

Estendo meus agradecimentos aos órgãos que financiaram minha pesquisa (FINEP, CNPq e FUNPEC), como também agradeço ao CNPq pela concessão da minha bolsa de mestrado (No proc. 130990/98-1). No que diz respeito ao apoio logístico, fico muito grato ao

Programa de Pós-Graduação em Geodinâmica e Geofísica (PPGG) e ao Departamento de Geologia (DG/UFRN), pelo auxílio em despesas de campo, transporte/combustível e documentação fotográfica, e ainda confecção de seções delgadas, infra-estrutura laboratorial (bússolas, estereoscópios, microscópios petrográficos, microcomputadores, martelos, entre outros).

Aos companheiros de aperreio e sufoco, agradeço a paciência de todos em me aturar durante todas as dificuldades que tive na elaboração deste trabalho, bem como outros do âmbito geológico. Obrigado, à minha turma Debora do Carmo Sousa, Mário Neto Cavalcanti de Araújo, Jesimael Avelino da Silva, Ana Catarina Fernandes Coriolano, Ivaldo Rodrigues da Trindade, Maurício Goes Souza, Flávia Taone de Lira Melo, Cristiano de Andrade Amaral e Ubiraci Manuel Soares. Agradeço também aos numerosos amigos que colecionei durante esses anos geológicos, em especial a Alex Francisco Antunes (valeu amigo!!!), Maria Helena Bezerra Maia de Hollanda, Carlos César Nascimento da Silva, Patrícia Rose de Carvalho Costa, Eugênio Pacelli Dantas, Luciano Henrique de Oliveira Caldas, Rielva Solimairy Campelo do Nascimento, Silvana Diene Souza Barros, dentre muito outros.

Não intimamente ligado a geologia, mesmo assim, é mais do que necessário deixar meus agradecimentos a um estilo de vida e pensamento. Muitas inspirações surgiram por sua causa, nos momentos difíceis e (também) fáceis você me ajudou muito. Então deixo aqui meus sinceros agradecimentos a ti “Rock and Roll”, obrigado pela ajuda.

(6)

Resumo... i

Abstract... iii

Introdução... v

PARTE 1 - REVISÃO DA GEOLOGIA E OBJETIVOS DESTE TRABALHO

CAPÍTULO 1. - GEOLOGIA REGIONAL... 01

1.1 - Introdução... 01

1.2 - O Maciço Rio Piranhas... 01

1.3 - A Faixa Seridó... 04

1.4 - O Maciço São José de Campestre... 05

CAPÍTULO 2. - MAGMATISMO BRASILIANO NO DOMÍNIOSERIDÓ... 09

2.1 - Introdução... 09

2.2 - A Suíte Básica a Intermediária... 12

2.3 - A Suíte Porfirítica... 19

2.4 - A Suíte Leucogranítica... 21

2.5 - A Suíte Alcalina... 22

2.6 - A Suíte Shoshonítica... 23

CAPÍTULO 3. - PROBLEMAS, OBJETIVOS, LOCALIZAÇÃO E METODOLOGIA... 25

3.1 - Problemas e Objetivos... 25

3.2 - Localização da área e vias de acesso... 26

3.3 - Metodologia empregada... 26

PARTE 2 - O PLÚTON CAXEXA E ROCHAS PLUTÔNICAS ASSOCIADAS

CAPÍTULO 4. - MAPEAMENTO GEOLÓGICO E LITOESTRATIGRAFIA... 29

4.1 - Introdução e Metodologia... 29

4.2 - Arcabouço Litoestratigráfico... 30

4.2.1 - Complexo Gnáissico-Migmatítico... 30

4.2.2 - Unidade Metassedimentar... 31

4.2.3 - Plutonismo Brasiliano... 32

4.2.3.1 - Álcali-feldspato granito (Plúton Caxexa)... 32

4.2.3.2 - Anfibólio-biotita granito (Plúton Cabeçudo)...35

4.2.3.3 - Biotita microgranito... 36

4.2.3.4 - Gabronorito a monzonito (Suíte Básica a Intermediária)... 36

4.2.3.5 - Granitóide aluminoso (Tipo-S)... 37

CAPÍTULO 5. - ASPECTOSPETROGRÁFICOS E TEXTURAIS DAS ROCHAS PLUTÔNICAS... 41

5.1 - Introdução... 41

5.2 - Aspectos Gerais e Nomenclatura... 41

5.3 - Descrição Petrográfica... 43

5.3.1 - Álcali-feldspato granito (Plúton Caxexa)... 43

5.3.2 - Anfibólio-biotita granito (Plúton Cabeçudo)... 46

5.3.3 - Biotita microgranito... 49

5.3.4 - Gabronorito a monzonito (Suíte Básica a Intermediária)... 51

(7)

6.1 - Introdução... 59

6.1.1 - Piroxênios... 59

6.1.2 - Anfibólios... 63

6.1.3 - Biotitas... 65

6.1.4 - Plagioclásios... 68

6.1.5 - Granadas... 71

6.1.6 - Titanitas... 74

6.1.7 - Opacos... 76

CAPÍTULO 7. - CONDIÇÕES DE CRISTALIZAÇÃO... 79

7.1 - Introdução... 79

7.1.1 - Geobarometria... 79

7.1.2 - Geotermometria... 81

7.1.3 - Fugacidade de Oxigênio (fO2)... 85

CAPÍTULO 8. - CARACTERIZAÇÃO GEOQUÍMICA... 89

8.1 - Introdução... 89

8.2 - Caracterização Química... 89

8.2.1 - Elementos Maiores e Menores... 89

8.2.2 - Elementos Traços, Terras Raras e Diagramas Multielementares... 96

8.2.2.1 - Elementos Traços... 96

8.2.2.2 - Elementos Terras Raras (ETR)... 99

8.2.2.3 - Diagramas Multielementares... 103

8.3 - Saturação em Alumina e Definição de Séries Magmáticas... 104

8.3.1 - Saturação em Alumina... 104

8.3.2 - Definição de Séries Magmáticas... 105

CAPÍTULO 9. - PETROGÊNESE E AMBIENTE TECTÔNICO... 109

9.1 - Introdução...109

9.2 - Anfibólio-biotita granito (Plúton Cabeçudo) e Biotita microgranito... 110

9.3 - Gabronorito a monzonito (Suíte Básica a Intermediária)... 112

9.4 - Granitóide aluminoso... 114

9.5 - Álcali-feldspato granito (Plúton Caxexa)...114

9.5.1 - Mecanismo Petrogenético... 114

9.5.2 - Discussão sobre a Gênese do Magma Alcalino... 118

9.6 - Ambiente Tectônico... 121

PARTE 3 - INTEGRAÇÃO DOS DADOS E CONCLUSÕES FINAIS

CAPÍTULO 10. - INTEGRAÇÃO DE DADOS E CONCLUSÕES FINAIS... 125

REFERÊNCIAS... 129 ANEXO 01 - MAPA DE AFLORAMENTOSVISITADOS

ANEXO 02 - MAPA DE PONTOS DE AMOSTRAGEM ANEXO 03 - ESBOÇOGEOLÓGICO DA ÁREAESTUDADA

ANEXO 04 - TABELAS DAS ANÁLISESCOMPLETAS DO CAPÍTULO DE QUÍMICAMINERAL ANEXO 05 - ARTIGOSUBMETIDO EM OUTUBRO DE 1999ÀGEOCHIMICABRASILIENSIS E

(8)

CAPÍTULO 1. - GEOLOGIA REGIONAL

Fig. 1.1 - Arcabouço tectono-estratigráfico da Província Borborema e seus limites... 02

Fig. 1.2 - Mapa geológico simplificado da Faixa Seridó com os Maciços Rio Piranhas e São José de Campestre... 05

CAPÍTULO 2. - MAGMATISMO BRASILIANO NO DOMÍNIOSERIDÓ Fig. 2.1 - Mapa geológico do Domínio Seridó com as diferentes suítes magmáticas... 10

Fig. 2.2 - Diagrama Q-A-P normativo com os campos das séries magmáticas... 14

Fig. 2.3 - Diagramas de Harker para as suítes magmáticas... 15

Fig. 2.4 - Diagramas geoquímicos para as suítes magmáticas... 20

Fig. 2.5 - Classificação segundo o diagrama catiônico K-Na-Ca... 21

CAPÍTULO 3. - PROBLEMAS, OBJETIVOS, LOCALIZAÇÃO E METODOLOGIA Fig. 3.1 - Mapa de localização da área... 27

CAPÍTULO 4. - MAPEAMENTO GEOLÓGICO E LITOESTRATIGRAFIA Fig. 4.1 - Isócronas Rb/Sr para o álcali-feldspato granito... 34

Fig. 4.2 - Isócronas Sm/Nd para o álcali-feldspato granito... 35

Fig. 4.3 - Isócronas Sm/Nd para o granitóide aluminoso... 37

CAPÍTULO 5. - ASPECTOSPETROGRÁFICOS E TEXTURAIS DAS ROCHAS PLUTÔNICAS Fig. 5.1 - Diagrama Q-A-P, Q-(A+P)-M e Pl-Px-Hb para as suítes estudadas... 42

Fig. 5.2 - Ordem de cristalização em diferentes estágios para as suítes estudadas... 55

CAPÍTULO 6. - QUÍMICAMINERAL Fig. 6.1 - Diagramas de classificação dos piroxênios para a suíte básica a intermediária... 60

Fig. 6.2 - Diagramas de classificação dos piroxênios para o álcali-feldspato granito... 62

Fig. 6.3a - Diagrama Di-Ac-Hd para o álcali-feldspato granito... 62

Fig. 6.3b - Diagrama Di-Hd com a substituição Mg, Ca e Al por Mn, Fe+2 e Fe+3... 62

Fig. 6.4 - Composição dos anfibólios estudados... 64

Fig. 6.5 - Diagrama de classificação das biotitas trioctaédricas... 65

Fig. 6.6 - Diagrama de classificação das biotitas (AlIVvs. Fe/(Fe+Mg)... 67

Fig. 6.7 - Diagrama discriminante para as biotitas estudadas... 67

Fig. 6.8 - Representação esquemática para as composições dos plagioclásios... 68

Fig. 6.9 - Representação das composições dos plagioclásios no álcali-feldspato granito... 70

Fig. 6.10 - Diagrama Albita-Anortita-Ortoclásio para os plagioclásios estudados... 70

Fig. 6.11 - Vetores de substituição para os plagioclásios no álcali-feldspato granito... 71

Fig. 6.12 - Composição das granadas para o álcali-feldspato granito... 72

Fig. 6.13 - Composição das granadas para o granitóide aluminoso... 74

CAPÍTULO 7. - CONDIÇÕES DE CRISTALIZAÇÃO Fig. 7.1 - Diagrama com as isotermas para o geotermômetro de Zr... 82

Fig. 7.2 - Mapa com a localização das amostras e resultados termobarométricos... 84

Fig. 7.3 - Diagrama do Log fO2vs. temperatura (Wones 1989)... 86

Fig. 7.4 - Projeção do Log fO2-T para cristalização da hedenbergita e andradita... 86

(9)

Fig. 8.3 - Espectros de elementos terras raras para as suítes plutônicas estudadas... 102

Fig. 8.4 - Diagramas multielementar para as suítes plutônicas estudadas... 103

Fig. 8.5 - Representação das rochas estudadas segundo o índice de Shand... 105

Fig. 8.6 - Classificação segundo o diagrama catiônico K-Na-Ca... 105

Fig. 8.7 - Diagramas usados na definição de séries magmáticas... 107

CAPÍTULO 9. - PETROGÊNESE E AMBIENTE TECTÔNICO Fig. 9.1 - Diagrama confrontando elementos incompatível vs. compatível para o anfibólio-biotita granito... 111

Fig. 9.2 - Comparação entre as razões iniciais de Sr no anfibólio-biotita granito e biotita microgranito e as obtidas para rochas similares no Domínio Seridó... 112

Fig. 9.3 - Diagrama confrontando elementos incompatível vs. compatível para as rochas básicas a intermediárias... 113

Fig. 9.4 - Diagramas do tipo Harker para o álcali-feldspato granito... 115

Fig. 9.5 - Diagrama confrontando elementos incompatível vs. compatível para o álcali-feldspato granito... 115

Fig. 9.6 - Modelamento de cristalização fracionada para o álcali-feldspato granito... 118

Fig. 9.7 - Razão inicial de Sr vs. quantidade de Sr ou Rb para o álcali-feldspato granito... 120

Fig. 9.8 - Diagrama Rb/Sr vs. Sr com considerações genéticas para as suítes estudadas.... 122

Fig. 9.9 - Diagrama de ambiente tectônico para as rochas estudadas... 123

Fig. 9.10 - Diagrama multielementar de ambiente tectônico para as suítes estudadas... 124

LISTA DE TABELAS

CAPÍTULO 2. - MAGMATISMO BRASILIANO NO DOMÍNIOSERIDÓ Tabela 2.1 - Correlação entre as principais classificações de rochas plutônicas brasilianas na Província Borborema... 11

Tabela 2.2 - Fontes bibliográficas utilizadas para as diferentes suítes brasilianas... 12

Tabela 2.3 - Parâmetros geoquímicos das diferentes suítes magmáticas brasilianas... 13

CAPÍTULO 4. - MAPEAMENTO GEOLÓGICO E LITOESTRATIGRAFIA Tabela 4.1 - Dados analíticos Rb/Sr (rocha total - RT) para o álcali-feldspato granito... 33

Tabela 4.2 - Dados analíticos Sm/Nd (RT e mineral) para o álcali-feldspato granito... 35

Tabela 4.3 - Dados analíticos Sm/Nd (RT e mineral) para o granitóide aluminoso... 37

CAPÍTULO 5. - ASPECTOSPETROGRÁFICOS E TEXTURAIS DAS ROCHAS PLUTÔNICAS Tabela 5.1 - Composição modal representativa do álcali-feldspato granito... 45

Tabela 5.2 - Composição modal representativa do anfibólio-biotita granito... 47

Tabela 5.3 - Composição modal representativa do biotita microgranito... 50

Tabela 5.4 - Composição modal representativa da suíte básica a intermediária... 52

Tabela 5.5 - Composição modal representativa do granitóide aluminoso... 54

(10)

biotita microgranito, suíte básica a intermediária e granitóide aluminoso... 66

Tabela 6.4 - Médias das análises químicas de plagioclásio de todas as suítes estudadas... 69

Tabela 6.5 - Médias das análises químicas de granada do álcali-feldspato granito e granitóide aluminoso... 72

Tabela 6.6 - Médias das análises químicas de titanita dos álcali-feldspato granito, anfibólio-biotita granito e biotita microgranito... 75

Tabela 6.7 - Médias das análises químicas de opacos dos álcali-feldspato granito, anfibólio-biotita granito, biotita microgranito e suíte básica a intermediária.... 77

CAPÍTULO 7. - CONDIÇÕES DE CRISTALIZAÇÃO Tabela 7.1 - Pressões em kbar para os anfibólio-biotita granito, biotita microgranito, suíte básica a intermediária e ortognaisses... 80

Tabela 7.2 - Temperaturas em qC para os anfibólio-biotita granito, biotita microgranito, suíte básica a intermediária e ortognaisses... 82

Tabela 7.3 - Temperaturas em qC através do Zr para os álcali-feldspato granito, anfibólio-biotita granito, biotita microgranito e suíte básica a intermediária.... 83

Tabela 7.4 - Estimativa da fO2 para os anfibólio-biotita granito e biotita microgranito... 85

Tabela 7.5 - Estimativa da fO2 para o álcali-feldspato granito... 87

CAPÍTULO 8. - CARACTERIZAÇÃO GEOQUÍMICA Tabela 8.1 - Composição química em elementos maiores e traços, e alguns parâmetros geoquímicos representativos do álcali-feldspato granito... 90

Tabela 8.2 - Composição química em elementos maiores e traços, e alguns parâmetros geoquímicos representativos do anfibólio-biotita granito... 92

Tabela 8.3 - Composição química em elementos maiores e traços, e alguns parâmetros geoquímicos representativos do biotita microgranito... 93

Tabela 8.4 - Composição química em elementos maiores e traços, e alguns parâmetros geoquímicos representativos da suíte básica a intermediária... 94

Tabela 8.5 - Composição química em elementos maiores e traços, e alguns parâmetros geoquímicos representativos do granitóide aluminoso... 95

Tabela 8.6 - Comparação média de composição química das suítes estudadas... 96

Tabela 8.7 - Dados de elementos terras raras para o álcali-feldspato granito... 100

Tabela 8.8 - Dados de elementos terras raras para o anfibólio-biotita granito... 100

Tabela 8.9 - Dados de elementos terras raras dos biotita microgranito e granitóide aluminoso... 101

Tabela 8.10 - Dados de elementos terras raras da suíte básica a intermediária... 101

CAPÍTULO 9. - PETROGENÊSE E AMBIENTE TECTÔNICO Tabela 9.1 - Dados analíticos Sm/Nd para as rochas plutônicas estudadas... 111

Tabela 9.2 - Dados analíticos Rb/Sr para os anfibólio-biotita granito, biotita microgranito e álcali-feldspato granito... 112

Tabela 9.3 - Composições químicas dos minerais utilizados no modelamento... 117

Tabela 9.4 - Resultados obtidos no modelamento por cristalização fracionada... 117

(11)

CAPÍTULO 4. - MAPEAMENTO GEOLÓGICO E LITOESTRATIGRAFIA

Foto 4.1 - Bandamento gnáissico (S2+S3) composto por bandas máficas e félsicas... 38

Foto 4.2 - Xistosidade bandada (S2) paralela ao acamamento S0... 38

Foto 4.3 - Boudins sigmoidais de quartzo-feldspato nos micaxistos... 38

Foto 4.4 - Fenocristais milimétricos de granada nas rochas alcalinas... 38

Foto 4.5 - Aspecto de campo das rochas alcalinas (acamamento magmático)... 38

Foto 4.6 - Rochas porfiríticas associadas aos bolsões de material básico (diorítico?)... 38

Foto 4.7 - Dique de biotita microgranito alojado nos ortognaisses... 39

Foto 4.8 - Soleiras de biotita microgranitos alojadas nos micaxistos... 39

Foto 4.9 - Aspecto das rochas da suíte básica a intermediária... 39

Foto 4.10 - Granitóide aluminoso derivado da fusão parcial de micaxistos... 39

CAPÍTULO 5. - ASPECTOSPETROGRÁFICOS E NOMENCLATURA DAS ROCHAS PLUTÔNICAS Foto 5.1 - Paragênese máfica encontrada nas rochas alcalinas do Plúton Caxexa... 57

Foto 5.2 - Cristal de andradita tardi-magmática com hábito intersticial/esquelético... 57

Foto 5.3 - Fenocristal de k-feldspato no Plúton Cabeçudo... 57

Foto 5.4 - Lamelas de biotita parcialmente transformada para epídoto... 57

Foto 5.5 - Processo de esfenitização dos opacos encontrados no Plúton Cabeçudo... 57

Foto 5.6 - Cristal de anfibólio encontrado nas rochas micrograníticas... 57

Foto 5.7 - Cristal de alanita parcialmente alterado nas rochas micrograníticas... 58

Foto 5.8 - Transformação parcial de ortopiroxênio em anfibólio e opacos... 58

Foto 5.9 - Finos cristais de opacos ao longo das clivagens de biotitas e andaluzita... 58

(12)

RESUMO

A área estudada localiza-se na extremidade nordeste da Província Borborema, no denominado Maciço São José de Campestre (RN e PB). Relações de campo e dados petrográficos, geoquímicos e isotópicos permitem individualizar cinco suítes distintas de rochas plutônicas representados por: álcali-feldspato granito (Plúton Caxexa), que constitui o principal alvo desta dissertação, anfibólio-biotita granito (Plúton Cabeçudo), biotita microgranito, gabronorito a monzonito (Suíte Básica a Intermediária) e granitóide aluminoso.

O Plúton Caxexa está lateralmente associado a Zona de Cisalhamento Remígio-Pocinhos, alojado ao longo da interface milonítica entre o substrato gnáissico e os micaxistos. Este plúton corresponde a uma intrusão sintectônica alongada na direção N-S, com cerca de 50 km2 de superfície aflorante. Ele é formado exclusivamente por álcali-feldspato granitos,

tendo como minerais acessórios clinopiroxênio (aegirina-augita e hedenbergita), granada (andradita), titanita e magnetita. Quimicamente, classificam-se como rochas alcalinas de alta sílica (>70% em peso), metaluminosas a fracamente peraluminosas (coríndon normativo <1%), com altos valores de Na2O+K2O (>10%), Sr, razões de #Fe (90-98) e índice agpaítico (0,86-1,00),

e anomalia positiva de Eu.

O Plúton Cabeçudo compõe-se de rochas com textura porfirítica, comumente contendo enclaves magmáticos de composição básica a intermediária, mostrando feições do tipo mingling e mixing. Petrograficamente, é constituído por fenocristais de k-feldspato e plagioclásio como minerais essenciais, além de anfibólio, biotita, titanita e magnetita como acessórios. Quimicamente, mostra características metaluminosas e afinidade com rochas transicionais cálcio-alcalina e alcalina (subalcalina monzonítica). Apresentam espectros de terras raras com anomalia negativa de Eu e conteúdos de terras raras leves e pesadas mais elevados do que as rochas do Plúton Caxexa e do microgranito.

Os microgranitos ocorrem predominantemente na porção centro-leste, sob a forma de diques e soleiras, com espessura decimétrica, alojados principalmente nas ortoderivadas e com menor freqüência nos micaxistos. Seu posicionamento tardio com relação às demais plutônicas é evidenciado através de diques encaixados em rochas dos plútons Caxexa e Cabeçudo. Petrograficamente, são biotita granitos, contendo também titanita, anfibólio, allanita, opacos e zircão como minerais acessórios. Quimicamente, diferem das rochas porfiríticas, por serem peraluminosas, mais evoluídas, e terem espectros de terras raras mais fracionados.

(13)

possivelmente uma série monzonítica (shoshonítica). Os espectros de terras raras possuem anomalia negativa de Eu menos pronunciada e conteúdos de terras raras maiores do que nas outras suítes. Os granitóides aluminosos são volumetricamente restritos, sendo identificados através da forte migmatização em micaxistos que bordejam a suíte básica a intermediária, destacando-se alguns corpos na porção sul da área. Mineralogicamente, são identificados granada, andaluzita, biotita e muscovita, sendo a suíte de característica geoquímica peraluminosa.

Dados isotópicos de Rb-Sr [rocha total (RT)] e Sm-Nd (RT + mineral) permitem estimar a idade mínima de cristalização (578r14 Ma) e a idade de fechamento final do sistema Rb-Sr (536r4 Ma) para o Plúton Caxexa. Os granitóides aluminosos possuem idade Sm-Nd (rocha total + mineral) semelhante a do Plúton Caxexa, com valor de 574r67 Ma. A forte interação de bandas de cisalhamento e diques pegmatíticos, facilitou a abertura do sistema Rb-Sr, impossibilitando a obtenção de idades geocronológicas para o Plúton Cabeçudo e o microgranito.

Dados termobarométricos utilizando o geotermômetro anfibólio-plagioclásio e geobarômetro do Al em anfibólio indicam condições mínimas de 560qC e 7 kbar para o Plúton Cabeçudo, 730qC e 6 kbar para o microgranito e 743qC e 5 kbar para a suíte básica a intermediária. O geotermômetro de Zr mostra temperaturas mais elevadas, de 855qC, 812qC e 957qC, respectivamente, para aquelas suítes, enquanto o Plúton Caxexa apresenta temperaturas da ordem de 757qC. Os plútons Caxexa, Cabeçudo e microgranito cristalizaram-se sob condições de alta fugacidade de oxigênio (precristalizaram-sença de magnetita). Por outro lado, a ocorrência de ilmenita na suíte básica a intermediária indica condições menos oxidantes para a sua evolução.

Relações de campo demonstram o caráter intrusivo dos granitóides em uma crosta continental já relativamente estabilizada. Isto é comprovado por dados petrográficos e geoquímicos, que sugerem um contexto tectônico tardi- ou pós-colisional. Interpreta-se, daí, a geração e posicionamento das suítes granitóides durante os eventos tardios da orogênese brasiliana. Finalmente, o confronte de HNd (600 Ma), TDM e razões isotópicas iniciais de estrôncio (ISr) não

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ABSTRACT

The area studied is located on the north-easternmost portion of the Borborema Province, on the so-called São José de Campestre Massif, States of RN and PB, Northeast Brazil. Field relations and petrographic, geochemical and isotope data permitted the separation of five suites of plutonic rocks: alkali-feldspar granite (Caxexa Pluton), which constitutes the main subject of this dissertation, amphibole-biotite granite (Cabeçudo Pluton), biotite microgranite, gabbronorite to monzonite (Basic to Intermediate Suite) and aluminous granitoid.

The Caxexa Pluton is laterally associated to the Remígio – Pocinhos Shear Zone, with its emplacement along the mylonitic contact between the gneissic basement and the micashists. This pluton corresponds to a syntectonic intrusion elongated in the N-S direction, with about 50 km2 of outcropping surface. It is composed exclusively of alkali-feldspar granites, having

clinopyroxene (aegirine-augite and hedenbergite), andradite-rich garnet, sphene and magnetite. It is classified geochemically as high silica rocks (>70 % wt), metaluminous to slightly peraluminous (normative corindon < 1%), with high total alkalis (>10% wt), Sr, iron number (#Fe=90-98) and agpaitic index (0.86-1.00), and positive europium anomaly.

The Cabeçudo Pluton is composed of porphyritic rocks, commonly containing basic to intermediate magmatic enclaves often with mingling and mixing textures. Petrographically, it presents k-feldspar and plagioclase phenocrysts as the essential minerals, besides the accessories amphibole, biotite, sphene and magnetite. It is metaluminous and shows characteristics transitional between the calc-alkaline and alkaline series (or monzonitic subalkaline). Its REE content is greater than those ones of the Caxexa Pluton and biotite microgranite, and all spectra have negative europium anomalies.

The biotite microgranites occur mainly on the central and eastern portion of the mapped area, as dykes and sheets with decimetric thickness, hosted principally in orthogneisses and micashists. Their field relationships as regards the Caxexa and Cabeçudo plutons suggested that they are late-tectonic intrusions. They are typically biotite granites, having also sphene, amphibole, allanite, opaques and zircon in the accessory assemblage. Geochemically they can be distinguished from the porphyritic types because the biotite microgranites are more evolved, peraluminous, and have more fractionated REE spectra.

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migmatised micashists bordering the gabbronorite pluton. They are composed of almandine-rich garnet, andalusite, biotite and muscovite, and are akin to the peraluminous suites.

Rb-Sr (whole rock) and Sm-Nd (whole-rock and mineral) isotopes furnished a minimum estimate of the crystallization (578±14 Ma) and the final resetting age of the Rb-Sr system (536±4 Ma) in the Caxexa Pluton. The aluminous granitoid has a Sm-Nd garnet age similar to that one of the Caxexa Pluton, that is 574±67 Ma. The strong interaction of shear bands and pegmatite dykes favoured the opening of the Rb-Sr system for the Caxexa Pluton and biotite microgranite.

The amphibole-plagioclase geothermometer and the Al-in amphibole geobarometer indicate minimum conditions of 560°C and 7 kbar for the Cabeçudo Pluton, 730°C and 6 kbar for the microgranite and 743°C and 5 kbar for the basic to intermediate suite. The Zr saturation geothermometer reveals temperatures of respectively 855°C, 812°C and 957°C for those suites, whereas the Caxexa Pluton shows temperatures of around 757°C. The Caxexa, Cabeçudo and microgranites suites crystallized under high fO2 (presence of magnetite). On the other hand, the

occurrence of ilmenite suggests less oxidant conditions in the basic to intermediate suite.

Field relations demonstrate the intrusive character of the granitoids into a tectonically relatively stable continental crust. This is corroborated by petrographic and geochemical data, which suggest a late- or post-collisional tectonic context. It follows that the generation and emplacement of those granitoid suites is related to the latest events of the Brasiliano orogeny. Finally, the relationships between eNd (600 Ma), TDM (Nd) and initial Sr isotope ratio (ISr) do not

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INTRODUÇÃO

A porção NE da Província Borborema tem apresentado uma expressiva evolução do seu conhecimento geológico nos últimos 15 anos. Um grande avanço se verifica na compreensão do magmatismo brasiliano e sua relação com as zonas de cisalhamento de escala litosférica.

Dentre as várias unidades tectônicas desta província, aquela situada a norte do Lineamento Patos tem sido objeto de pesquisas mais intensivas, particularmente na região de ocorrência da clássica Faixa Seridó. Nessa área, os granitóides brasilianos são volumetricamente muito abundantes. Eles truncam tramas plano-lineares prévias de litologias do embasamento gnáissico-migmatítico e de metassedimentos do Grupo Seridó. Portanto, o entendimento desse plutonismo é de fundamental importância para uma melhor definição de um modelo tectônico para a Faixa Seridó, bem como o papel exercido pelos maciços Rio Piranhas e São José de Campestre ao final da orogênese brasiliana.

Nos últimos anos, têm sido reportada a presença de granitóides alcalinos no Maciço São José de Campestre (Araújo et al. 1993; Hollanda et al. 1995; Nascimento et al. 1997), sendo reconhecidos os plútons Serra do Algodão, Serra do Boqueirão, Japi e Caxexa, o último constituindo o alvo do presente trabalho. Desta forma, o estudo visa contribuir para o avanço no conhecimento do plutonismo alcalino da porção oriental da Faixa Seridó, sendo particularmente direcionado a granitóides com paragêneses exóticas do tipo albita + clinopiroxênio + granada.

Na dissertação em lide, procedeu-se a uma subdivisão em três partes. Na primeira, faz-se uma revisão do conhecimento geológico regional, enfatizando o plutonismo brasiliano. São apontados alguns problemas pendentes e situado o Plúton Caxexa no contexto regional, além de citações das metodologias aqui utilizadas. A segunda parte descreve o plúton alcalino Caxexa e demais rochas plutônicas, além de suas encaixantes, com capítulos específicos relativos a dados de campo, petrográficos, texturais, geocronológicos, geoquímicos e geotermobarométricos. A última parte integra as informações precedentes e propõe um modelo de evolução tectônica e petrológica do magmatismo alcalino.

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Parte 1

Revisão da Geologia e

Objetivos deste Trabalho

Capítulo 1

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CAPÍTULO 1

GEOLOGIA REGIONAL

1.1 - Introdução.

O nordeste do Brasil compõe a denominada Província Borborema, termo usado por Almeida et al. (1977) para englobar o conjunto de unidades geológicas estabilizadas ao final da orogênese brasiliana. Seus limites são marcados a norte e leste por bacias costeiras, a oeste pela Bacia do Parnaíba e a sul pelo Cráton São Francisco (fig. 1.1). A luz dos conhecimentos atuais (Jardim de Sá 1994), essa província compreende vastas áreas de rochas gnáissico-migmatíticas de idades Arqueana e Paleoproterozóica, correspondendo ao substrato geológico regional. Elas compõem blocos que separam extensas faixas de rochas supracrustais (metassedimentos e metavulcânicas), cujas idades variam de Paleo a Mesoproterozóicas (Zona Transversal, entre os lineamentos Pernambuco e Patos, Ceará Central e Faixa Seridó) a Neoproterozóicas (NW do Ceará e faixas Sergipana e Riacho do Pontal, as duas últimas no limite sul da província). Duas características marcantes da Província Borborema são o expressivo magmatismo brasiliano e o notável sistema de zonas de cisalhamento, constituindo o último episódio de deformação dúctil regional afetando a região (Jardim de Sá 1994).

A área de trabalho situa-se no extremo NE da Província Borborema, mais precisamente na região denominada por Jardim de Sá (1994) de Faixa Seridó. Entretanto, aqui é aplicada a denominação “Domínio Seridó” para a região compreendida entre o Lineamento Patos (a sul), a Zona de Cisalhamento Portalegre (a oeste), e os sedimentos meso-cenozóicos das bacias Potiguar e Pernambuco-Paraíba (a norte e leste, respectivamente), em virtude da definição de o termo Faixa Seridó confundir com a nomenclatura oferecida ao conjunto de metassedimentos do Grupo Seridó (a conhecida Faixa Seridó).

1.2 - O Maciço Rio Piranhas.

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(20)

Seu embasamento corresponde a rochas de alto grau, representadas por duas associações principais. A mais antiga compreende uma seqüência metavulcanossedimentar formada por anfibolitos e paragnaisses diversos. A mais jovem, volumetricamente dominante, é formada por suítes de rochas metaplutônicas de composição tonalítica a granítica de afinidade cálcio-alcalina e subalcalina (Souza et al. 1993; Jardim de Sá 1994).

Tendo em vista essas variações litológicas, Hackspacher & Sá (1984), Hackspacher et al. (1990) e Dantas et al. (1991) defendem a separação desse embasamento em dois componentes distintos, um denominado de Grupo São Vicente, correspondendo às rochas metavulcanossedimentares provavelmente mais antigas; e o outro, o Grupo Caicó, referido por Legrand et al. (1991b) como Suíte Magmática de Caicó, possuindo composição mais ácida, intrusivo no anterior. Outros autores (Jardim de Sá 1984; Macedo et al. 1991; Souza et al. 1993) utilizam o termo Complexo Caicó para todo o conjunto de unidades que constituem o embasamento gnáissico-migmatítico, em virtude de não haver diferenças de idades significativas entre as unidades mencionadas. Os primeiros dados geocronológicos de ortognaisses do Complexo Caicó referem-se a isócronas Rb-Sr obtidas por Brito Neves et al. (1975) e Pessoa (1976), onde calculou-se uma idade de cerca de 2,7 Ga. Posteriormente, análises de zircão pelos métodos U-Pb (Hackspacher et al. 1990; Dantas et al. 1991; Legrand et al. 1991b), Pb-Pb por evaporação (Macedo et al. 1991; Souza et al. 1993) e Rb-Sr em rocha total de amostras cogenéticas (Souza et al. 1993) apontaram para idades entre 2,23 e 2,15 Ga.

Granitóides intrusivos designados G2 e G3 por Jardim de Sá et al. (1981), com respectivas

idades Paleoproterozóica e Neoproterozóica, ocorrem distribuídos em todo o maciço. Os tipos G2 correspondem a rochas metaplutônicas de composição granítica, subordinadamente

tonalítica a granodiorítica, derivadas de protólitos ígneos com textura porfirítica (atualmente augen gnaisses) ou fanerítica grossa a média. Subordinadamente, ocorrem soleiras de granitos e leucogranitos contendo biotita, granada e muscovita, além de metapegmatitos intrusivos nos gnaisses do embasamento e na Formação Jucurutu (Jardim de Sá 1994). Dados geoquímicos fornecidos por Martin et al. (1990), Medeiros et al. (1991) e Jardim de Sá (1994) identificam suítes alcalinas potássicas, subalcalinas e em menor quantidade cálcio-alcalina com fontes mantélicas que sofreram diferentes graus de contaminação crustal. Dados isotópicos através do método Rb-Sr (Macedo et al. 1984; Jardim de Sá et al. 1987) sugerem idade de 1,95r0,05 Ga para essas rochas. Legrand et al. (1991b) mostram valores semelhantes, da ordem de 1,94r0,12 Ga, utilizando U-Pb em zircões. Jardim de Sá (1994), argumenta que em virtude dessas rochas possuírem um comportamento sintectônico ao evento tangencial D2, o

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entre as épocas de geração dois tipos de ortognaisses (Legrand et al. 1991b). Em relação aos granitóides G3, os mesmos serão descritos com maiores detalhes no capítulo 2.

1.3 - A Faixa Seridó.

Os limites da Faixa Seridó (referida como FSe) são representados a norte pela Bacia Potiguar, a leste pela Zona de Cisalhamento Picuí-João Câmara, a sul pelo Lineamento Patos e a oeste pelo Maciço Rio Piranhas (fig. 1.2). Essa faixa compreende uma seqüência supracrustal dominada por rochas metassedimentares, repousando discordantemente sobre um embasamento gnáissico-migmatítico (Complexo Caicó), sendo ambas as unidades afetadas por grandes estruturas e intenso magmatismo neoproterozóico.

A FSe corresponde a uma mega-seqüência deposicional. Seu posicionamento cronoestratigráfico ainda representa motivo de controvérsias. Segundo Jardim de Sá & Salim (1980), o grupo apresenta-se subdividido em paragnaisses basais, com intercalações de mármores, calciossilicáticas, micaxistos, metavulcânicas e formações ferríferas (Formação Jucurutu), metaconglomerados e quartzitos (Formação Equador) em posição intermediária e no topo micaxistos feldspáticos e aluminosos, apresentando feições sedimentares com características turbidíticas, possuindo subordinadamente intercalações de metavulcânicas, mármores e calciossilicáticas (Formação Seridó). Jardim de Sá (1994) defende um modelo de evolução no qual as três formações fariam parte de um único ciclo de sedimentação de idade Paleoproterozóica. Todavia, Archanjo & Salim (1986) e Caby et al. (1991) propõem a presença de uma discordância entre o Grupo Jucurutu (formações Jucurutu na base e Equador no topo) e o Grupo Seridó, este último com uma fácies conglomerática basal denominada Formação Parelhas. Esse modelo advoga uma idade mais jovem (Neoproterozóica) para a Formação Seridó, permanecendo as formações Equador e Jucurutu com idade Paleoproterozóica.

A obtenção de idades absolutas para o Grupo Seridó tem sido feita indiretamente a partir dos corpos granitóides pré-brasilianos (tipo G2), datados em um intervalo de 2,0 a 1,9 Ga

(22)

Figura 1.2 - Mapa geológico simplificado da Faixa Seridó com os Maciços Rio Piranhas e São José de

Campestre (modificado de Jardim de Sá et al. 1995 e Dantas 1997). O retângulo a sul do MSJC delimita a

área desta dissertação.

1.4 - O Maciço São José de Campestre.

(23)

sedimentos meso-cenozóicos das bacias Potiguar e costeira (fig. 1.2). De acordo com relações de campo (Jardim de Sá et al. 1993) e tratamento digital de imagens de satélite (Amaro 1998) têm-se verificado que as zonas de cisalhamento no MSJC se comportam distintamente daquelas observadas na porção central da FSe. Neste maciço, observa-se uma tectônica transtrativa/transcorrente, onde as estruturas de baixo ângulo são progressivamente verticalizadas aproximando-se de zonas de cisalhamento, diferentemente do que ocorre no Maciço Rio Piranhas. Entre duas zonas de cisalhamento de direção NE e cinemática dextrógira, encontra-se um conjunto de zonas com direção NW originando um mosaico de pequenos blocos retangulares. Essas zonas NW apresentando cinemática sinistrógira podem representar falhas antitéticas em um sistema conjugado com aquelas transcorrências E-W e NE, que ocorrem na Província Borborema (Dantas 1997).

Recentemente, Dantas (1997) e Dantas et al. (1997, 1998), através de mapeamento geológico e estudo isotópicos de Nd apresentaram um contexto mais complexo. Inicialmente, foi reconhecido um núcleo arqueano na porção central do MSJC, formado por ortognaisses, diversos tipos de migmatitos, granulitos e uma seqüência de rochas básicas. Dados U-Pb (em zircão) forneceram idade de 3,4 Ga nos ortognaisses, 3,2 Ga nos migmatitos e em granulitos, e 2,7 Ga em sienitos, sendo que as idades modelo TDM variam de 3,77 a 3,2 Ga. Circundando esse

núcleo, encontram-se rochas metaplutônicas paleoproterozóicas, variavelmente migmatizadas, com composição oscilando de dioritos a granodioritos, além de augen gnaisses e leucogranitos. Dados geocronológicos U-Pb em zircão de granodioritos indicaram idades de cristalização no intervalo de 2,2 a 2,15 Ga. As idades TDM variam de 2,4 a 2,3 Ga para os

terrenos a sul do bloco arqueano e 2,6 a 2,5 Ga para aqueles a oeste. Estas rochas são correlacionadas aos componentes metaplutônicos do Complexo Caicó, discutidos anteriormente (vide Maciço Rio Piranhas).

(24)
(25)

Capítulo 2

(26)

CAPÍTULO 2

MAGMATISMO BRASILIANO

NO DOMÍNIO SERIDÓ

2.1 - Introdução.

A atividade plutônica brasiliana constitui uma das mais importantes feições do Domínio Seridó, sendo representada em toda sua extensão por diversos batólitos, stocks e diques (fig. 2.1). O grande volume e a diversidade deste plutonismo, associado a relativa carência de dados de campo, petrográficos, geoquímicos e geocronológicos, têm dificultado a elaboração de uma classificação mais precisa para as várias suítes brasilianas nesta região.

Uma das primeiras tentativas de classificação foi proposta por Almeida et al. (1967) ao posicionarem as rochas plutônicas da Província Borborema com respeito ao Ciclo Brasiliano: i) granitóides sin-tectônicos, subdivididos nos tipos Itaporanga (porfiríticos) e Conceição (equigranulares); e ii) granitóides tardi-tectônicos, compreendendo os tipos Catingueira e Itapetim. Posteriormente, Brito Neves & Pessoa (1974) e Santos & Melo (1978), também trabalhando na Província Borborema, mais precisamente no Domínio da Zona Transversal, acrescentaram uma gama de dados petrográficos ao estudo de Almeida et al. (1967), todavia mantendo a mesma interpretação em relação ao posicionamento tectônico. Jardim de Sá et al. (1981), agora restringindo-se ao Domínio Seridó, sugeriram uma classificação baseada em parâmetros estruturais, ocasião em que os granitóides relacionados ao evento Brasiliano foram reagrupados nos subtipos Gx (rochas básicas a intermediárias), G3 (granitos e granodioritos

porfiríticos ou equigranulares) e G4 (leucogranitos tardios). Sial (1987) individualizou quatro

grande grupos de granitóides para a Província Borborema, através de dados geoquímicos, classificando-os nos Grupos Cálcio-alcalino Potássico, Cálcio-alcalino, Trondhjemítico e Peralcalino. Jardim de Sá (1994) distinguiu as suítes básica a intermediária, porfirítica e leucogranítica, às quais foram adicionadas rochas com afinidades shoshonítica (Galindo et al. 1997a) e alcalina (Galindo 1993; Araújo et al. 1993; Hollanda et al. 1995; M.A.L. Nascimento et al. 1997). Recentemente, Ferreira et al. (1998) reconheceram nove grupos de granitóides e sienitóides na Província Borborema, de acordo com critérios petrográficos e geoquímicos, sendo constatado no Domínio Seridó cinco tipos distintos, denominados de cálcio-alcalino alto-K com e sem epídoto magmático,peralcalino,shoshonítico e cálcio alcalino peraluminoso.

(27)

Pau dos Ferros Augusto Severo Lajes Caicó Patos Santa Cruz 7°00' S Umarizal Bacia Potiguar Bacia Pernambuco-Paraíba NATAL Açu Ielmo Marinho Portalegre Currais Novos Acari Parelhas

N

0 km 50

Pombal

MRP FSe MSJC

ZCRP Zona de Cisalhamento Remígio-Pocinhos ZCP Zona de Cisalhamento Portalegre

ZCPJC Zona de Cisalhamento Picuí-João Câmara Zona de cisalhamento transcorrente

Zona de cisalhamento contracional

Zona de cisalhamento extensional Cobertura Meso-Cenozóica

Suíte Básica a

Intermediária Suíte Porfirítica Suíte Leucogranítica Suíte Alcalina Suíte Shoshonítica

Ortognaisses tipo G2

Maciço Rio Piranhas

Maciço São José de Campestre

Faixa Seridó Cidade Substrato Gnáissico-Migmatítico Grupo Seridó

MSJC

FSe

MRP

LINEAMENTO PATOS ZCP ZCRP C J P C Z

Nascimento, M.A.L. (2000)

10

2 -

Magmatismo Brasi

liano no

(28)
(29)

dificulta a distinção clara entre as várias suítes. A proposta deste capítulo é sintetizar os dados disponíveis (tabelas 2.2 e 2.3), visando demonstrar as características petrográficas, geoquímicas e geocronológicas de cada suíte. Optou-se por seguir as denominações mais comuns da literatura (Jardim de Sá 1994, Galindo et al. 1997a e b, entre outros), onde termos de conotação petrográfica e geoquímica são utilizados.

Tabela 2.2 - Fontes bibliográficas utilizadas na individualização das diferentes suítes brasilianas, totalizando 217 análises químicas (quantidades entre parênteses).

Suítes Corpos

estudados

Fontes

Básica a intermediária (47) Totoró, Acari, Poço Verde, São João do Sabugi.

Jardim de Sá (1994); Z.S.Souza (dados não publicados). Porfirítica (87) Acari, Monte das Gameleiras,

Patu-Caraúbas.

Jardim de Sá et al. (1986); Galindo (1982, 1993); Jardim de Sá (1994).

Leucogranítica (17) Dona Inês, Picuí, Acari e Monte das Gameleiras.

McMurry et al. (1987a, b); Silva (1993); Galindo (1982); Jardim de Sá (1994).

Alcalina (MSJC - 45) (Umarizal - 11)

Serra do Algodão, Serra do Boqueirão, Japi, Caxexa, Umarizal.

R.S.C. Nascimento (1998); Hollanda (1998); M.A.L. Nascimento et al. (1997); Galindo (1993).

Shoshonítica (10) Quixaba. Galindo (1993); Galindo et al.

(1997a)

Nos ítens seguintes procede-se a descrição petrográfica e geoquímica das diferentes suítes de rochas plutônicas brasilianas. Para evitar repetições, os elementos terras raras são simbolizados por ETR, sendo os leves ETRL, e os pesados ETRP. O número de magnésio, correspondendo a proporção em mol de MgO/FeO, é referido como #Mg.

2.2 - A Suíte Básica a Intermediária.

Ocorre como pequenos plútons isolados ou associados a corpos de granitos porfiríticos. Compreende rochas de composição variando, desde termos gabro/dioríticos até quartzo monzoníticos, de acordo com o diagrama Q-A-P normativo (fig. 2.2). Possuem textura fina a média (ou grossa nos tipos gabróides), equigranular ou inequigranular, estes com fenocristais de plagioclásio. Diferentes fácies (gabros e anfibólio dioritos) eventualmente ocorrem juntos em um mesmo afloramento, podendo tratar-se de diferentes graus de fracionamento de um único magma, ou de líquidos imiscíveis oriundos de um mesmo magma progenitor (Jardim de Sá 1994).

(30)
(31)

anfibólio. Os termos quartzo dioríticos possuem hornblenda como máfico dominante, cuja composição varia de Fe-edenita a hastingsita (A.C. Galindo, comunicação verbal), além de biotita. Subordinadamente, ocorrem microclina e quartzo formando a matriz destas rochas. Outros acessórios comuns são titanita, opacos, zircão e apatita.

Figura 2.2 - Diagrama Q-A-P normativo (Le Maitre 1976) e campos de séries magmáticas (Lameyre &

Bowden 1982) para o magmatismo brasiliano no Domínio Seridó.

Legenda: 2. feldspato granito; 3a. sienogranito; 3b. monzogranito; 4. granodiorito; 6*. quartzo

álcali-feldspato sienito; 7*. quartzo sienito; 8*. quartzo monzonito; 9*. quartzo monzodiorito/quartzo monzogabro;

10*. quartzo diorito/quartzo gabro; 8. monzonito; 9. monzodiorito/monzogabro; 10. diorito/gabro. tr.

trondhjemítico; th. tholeítico; calc. cálcio-alcalino; mz. monzonítico; al. granitóides aluminosos em

províncias alcalinas; alc. alcalino; mob. granitos crustais.

São rochas com certa variação de SiO2 (48-60%), Mg# entre 64 e 11, e razão K2O/Na2O

de 0,3 a 1,5 (tabela 2.3). Diagramas de Harker (fig. 2.3) mostram correlação negativa de TiO2,

Fe2O3t, MgO e CaO, enquanto K2O correlaciona-se positivamente com SiO2. Por seu turno,

Al2O3 possue trajetória particular, inicialmente aumentando até cerca de 55% SiO2, passando a

decrescer a partir deste valor. Os elementos traços Ba, Zr e Rb são claramente incompatíveis, enquanto que os demais estão dispersos nos diagramas. Comparada às outras suítes, a básica a intermediária é mais rica em Fe2O3t, MgO, CaO, TiO2 e P2O5 (fig. 2.3). Os ETR são fraco a

moderadamente fracionados (LaN/YbN=11-70), com anomalia de Eu ligeiramente positiva ou

(32)

Nascimento, M.A.L. (2000) 15 2 - Magmatismo Brasi liano no Domínio Seridó

SiO2(%)

2 4 6 8 10 12 14 16

45 55 65 75 85

Fe2O3t (%)

SiO2(%)

1 2 3 4 5 6 7 8 9

45 55 65 75 85

CaO (%)

SiO2(%)

1 2 3 4 5 6 7 8

45 55 65 75 85

MgO (%)

Figura 2.3a - Diagramas de Harker para elementos maiores, representativos das suítes magmáticas brasilianas.

Alcalina-MSJC Alcalina-Umarizal Leucogranítica Porfirítica Suítes Shoshonítica

Básica a Intermediária

10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

45 55 65 75 85

SiO2(%)

Al2O3(%)

0,50 1,00 1,50 2,00 2,50

62 66 70 74 78 MgO (%)

(33)

Nascimento, M.A.L. (2000) 16 2 - Magmatismo Brasi liano no Domínio Seridó 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0

45 55 65 75 85

SiO2(%)

Na2O (%)

SiO2(%)

K2O (%)

1 2 3 4 5 6 7 8

45 55 65 75 85

0,5 1,0 1,5 2,0 2,5

45 55 65 75 85

TiO2(%)

SiO2(%)

SiO2(%)

P2O5(%)

0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6

45 55 65 75 85

Alcalina-MSJC Alcalina-Umarizal Leucogranítica Porfirítica Suítes Shoshonítica

Básica a Intermediária

(34)

Nascimento, M.A.L. (2000) 17 2 - Magmatismo Brasi liano no Domínio Seridó 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1.000

45 55 65 75 85

Zr (ppm)

SiO2(%)

SiO2(%)

200 400 600 800 1.000 1.200 1.400 1.600 1.800 2.000

45 55 65 75 85

Sr (ppm) Alcalina-MSJC Alcalina-Umarizal Leucogranítica Porfirítica Suítes Shoshonítica

Básica a Intermediária

45 55 65 75 85

SiO2(%)

Ba (ppm) 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500 5.000 50 100 150 200 250 300 350 400

45 55 65 75 85

SiO2(%)

Rb (ppm)

(35)

Nascimento, M.A.L. (2000) 18 2 - Magmatismo Brasi liano no Domínio Seridó 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

45 55 65 75 85

SiO2(%)

Nb (ppm) 10 20 30 40 50 60

45 55 65 75 85

SiO2(%)

Y (ppm) 10 20 30 40 50 60

45 55 65 75 85

SiO2(%)

Th (ppm) 20 40 60 80 100 120

45 55 65 75 85

SiO2(%)

Ni (ppm) Alcalina-MSJC Alcalina-Umarizal Leucogranítica Porfirítica Suítes Shoshonítica

Básica a Intermediária

(36)

subalcalinas?) (fig. 2.4a, b). No diagrama K-Na-Ca (fig. 2.5) essas rochas plotam paralelamente aotrend cálcio-alcalino, sendo as mais pobres em K e mais ricas em Ca dentre todas as suítes estudadas. Tratam-se de rochas essencialmente metaluminosas, com razões A/CNK<1.

As evidências de contaminação e mistura de magmas da suítes básica a intermediária com a porfirítica dificultam a obtenção de datações geocronológicas confiáveis pelo método Rb-Sr (Macedo et al. 1993). Deste modo, comumente se obtêm pseudoisócronas com idades anomalamente elevadas entre 900 e 700 Ma e razões iniciais (ISr) baixas da ordem de 0,706

(Jardim de Sá et al. 1987). Por outro lado, o método U/Pb em zircões fornece idade com maior confiabilidade. Leterrier et al. (1994) obtiveram idade de 579r7 Ma (1V) para dioritos de Acari, enquanto Dantas (1997) reporta idade de 599r16 Ma (1V) para o norito Poço Verde. Datações em monazitas através de microssonda eletrônica para esse mesmo norito forneceram o valor de 555±10 Ma (2V), sendo interpretado como o pico de um evento térmico em fácies granulito que atuou sobre o corpo (Z.S. Souza, em preparação).

2.3 - A Suíte Porfirítica.

É a mais abundante volumetricamente, ocorrendo sob a forma de batólitos isolados ou associados a outros tipos de rochas, em especial àquelas da suíte básica a intermediária. Texturalmente, é representada por uma fácies grossa conhecida como “dente de cavalo”, contendo grandes fenocristais de K-feldspato (até 15 cm de comprimento), com fina borda de plagioclásio sódico. Tais fácies são dominantes na maior parte dos maciços graníticos, tais como nos batólitos Acari (Jardim de Sá et al. 1986), Monte das Gameleiras (Galindo 1982), São José de Espinharas (Jardim de Sá et al. 1987), Patu-Caraúbas (Galindo 1993), Catolé do Rocha-Alexandria, Barcelona, Totoró, Pombal (Archanjo 1993). Outras variedades faciológicas possuem granulação média, com fenocristais de K-feldspato inferiores a 2 cm, presentes nos plútons Picuí (Silva 1993), Patu-Caraúbas (Galindo 1993) e Acari (Jardim de Sá et al. 1986). Petrograficamente, predominam monzogranitos, podendo variar para granodioritos e quartzo monzonitos (fig. 2.2). Dentre os minerais máficos, citam-se biotita e anfibólio (hornblenda hastingsítica a ferro-edenítica), além dos acessórios titanita, epidoto, alanita, zircão, apatita e opacos (magnetita, ilmenita).

A suíte porfirítica é enriquecida em álcalis (K2O+Na2Ot7%), com razão K2O/Na2O

oscilando de 0,9 a 2,0 (tabela 2.3). Em diagramas de Harker (fig. 2.3), Al2O3, CaO, MgO, Fe2O3t,

TiO2 e P2O5 possuem correlação negativa com SiO2. Os elementos traços Ba, Sr, Zr e Ni têm

comportamento compatível, enquanto Rb é ligeiramente incompatível. Concernente aos ETR, os espectros variam de pouco a fortemente fracionados, tendo razões LaN/YbN=20-80 e

(37)

cálcio-alcalina como demonstrado no diagrama K-Na-Ca (fig. 2.5), sendo mais enriquecida em K que a suíte anterior. Representam rochas meta a peraluminosas, com razões A/CNK entre 0,83-1,10.

Figura 2.4 - Diagramas discriminantes geoquímicos para as suítes magmáticas brasilianas. (a)

Log10(K2O/MgO) vs. SiO2 (Rogers & Greenberg 1981); (b) índice de alcalinidade (Wright 1969); (c) R1-R2

(De La Roche et al. 1980); e (d) álcalis total vs. sílica - TAS (Lameyre 1987), com os trends monzonítico (mz),

alcalino (alc), granodiorítico (gd) e trondhjemítico (tr). Em traçejado a divisória dos campos subalcalino e

alcalino (Miyashiro 1978). Segue a legenda da figura 2.3.

A maior quantidade de dados geocronológicos do magmatismo brasiliano refere-se a suíte em lide. Sete amostras da fácies porfirítica grossa do Maciço de Acari definem uma isócrona Rb-Sr (rocha total) com 547r21 Ma (1V), ISr=0,7076r0,0004 e MSWD=0,8 (Jardim de Sá

(38)

isócrona Rb-Sr (rocha total) com 5 amostras (Galindo 1982), forneceu a idade de 547r6 Ma (1V) e ISr=0,7094r0,0001 (2V).

Figura 2.5 - Classificação das suítes

magmáticas brasilianas de acordo com o

diagrama catiônico K-Na-Ca (Barker & Arth

1976). Segue a mesma legenda da fig. 2.3.

2.4 - A Suíte Leucogranítica.

As rochas que compõem esta suíte são encontradas em diversos locais na forma de enxames de diques, soleiras e corpos isolados, exemplificados em Serra Pelada (NW de Ielmo Marinho), Dona Inês e Picuí, ou no contexto dos maciços polidiapíricos Acari, São José de Espinharas e Brejo do Cruz (Jardim de Sá 1994).

Composicionalmente são essencialmente monzogranitos (fig. 2.2), equigranulares ou microporfiríticos, de textura média a fina, com determinadas fácies portando granada (plútons de Picuí, Silva 1993; e Dona Inês, Borges 1996). Plagioclásio (oligoclásio), microclina e quartzo são os minerais essenciais. A mineralogia acessória é composta por biotita (ranfibólio), titanita, epídoto, apatita, zircão, alanita, opacos e turmalina.

Essas rochas mostram estreita variação de SiO2 (68-76%), com altas razões K2O/Na2O

(1,1-2,3%). Em diagramas de Harker (fig. 2.3), apresentam correlação negativa para Al2O3,

Fe2O3t, CaO, MgO, TiO2 e Na2O, ao passo que o K2O apresenta-se disperso. Os elementos

traços compatíveis são Ba, Sr, e Zr, enquanto Rb é incompatível. Características marcantes dos ETR são a forte anomalia negativa de Eu (Eu/Eu*=0,4-0,7), ETRP comparativamente baixos e os mais elevados valores de LaN/YbN (15-135) (tabela 2.3). Geoquimicamente, esta suíte

assemelha-se às porfiríticas, entretanto, com características mais evoluídas (figs. 2.4 e 2.5). Compreendem rochas meta a peraluminosas, com razões A/CNK variando 0,95-1,12.

(39)

475r102 Ma e outra de 544r16 Ma. Borges (1996) acrescentou três amostras às 15 dos autores supracitados, obtendo uma idade de 557r13 Ma, ISr=0,7108r0,0008 e MSWD=2,9. Esta idade foi

considerada como de referência para a cristalização magmática do plúton (Borges 1996).

2.5 - A Suíte Alcalina.

As rochas que compõem esta suíte são representadas no MSJC pelos plútons Serra do Algodão, Serra do Boqueirão, Caxexa e a fácies alcalina do plúton Japi (Araújo et al. 1993; Hollanda et al. 1995; M.A.L. Nascimento et al. 1997). No extremo NW do Maciço Rio Piranhas, ocorre o Granitóide Umarizal (Galindo 1993), representando outro corpo granítico de caráter alcalino, todavia com características petrográficas distintas dos anteriores, sendo possível desta forma individualizar dois conjuntos de rochas alcalinas para o Domínio Seridó.

Os corpos alcalinos do MSJC são formados por álcali-feldspato granitos, com quartzo álcali-feldspato sienitos subordinados e sienogranitos (Galindo et al. 1997b) (fig. 2.2). Já no Granitóide Umarizal, são identificados monzogranitos e quartzo monzonitos (fig. 2.2). As rochas alcalinas do MSJC possuem textura fina, equigranular, e contêm aegirina-augita/augita sódica e hedenbergita, as quais podem se transformar em anfibólio (riebeckita ?). Nos plútons Serra do Algodão, Serra do Boqueirão e Caxexa, ocorre granada rica em moléculas de andradita como mineral máfico. O plagioclásio em geral é bastante sódico (An0-5), sendo mais rico em cálcio

(An>5) quando associado a granada (Nascimento et al. 1998). Os acessórios mais comuns são titanita, apatita, zircão, alanita e óxidos (magnetita e ilmenita). Em Umarizal, as rochas são de textura média, inequigranulares, o plagioclásio é do tipo oligoclásio, e a mineralogia acessória é formada por faialita (Fa98-Fo2) ou hiperstênio, além de hedenbergita, hornblenda

ferro-edenítica, subordinadamente biotita, e eventualmente zircão, apatita, alanita, magnetita e ilmenita (Galindo 1993).

Os plútons alcalinos do MSJC mostram variação na quantidade de sílica (67-77%), com forte enriquecimento em álcalis (Na2O+K2O=8-11%), e acentuado empobrecimento em CaO

(<1,5%) e MgO (<0,5%). São rochas meta a peraluminosas (A/CNK entre 0,86 a 1,09), ricas em Ba e Sr e pobres em Zr, com menores razões LaN/YbN e YbN em relação às alcalinas de Umarizal.

Em diagramas de Harker (fig. 2.3), as alcalinas mostram correlação negativa de Al2O3, F2O3t,

CaO e TiO2, observando-se diferenças sutis entre os corpos do MSJC e os de Umarizal, estes

últimos menos aluminosos e mais ricos em Fe2O3t, CaO e TiO2. Os elementos traços, Ba e Sr são

fortemente compatíveis nas alcalinas do MSJC, e fracamente compatíveis nas alcalinas de Umarizal. Nestas, observam-se concentrações extremamente elevadas de Zr, além de maior fracionamento de ETRL (LaN/YbN=12 a 62). Anomalias positivas de Eu são típicas da fácies

(40)

as alcalinas de Umarizal e aquelas do MSJC, estas situando-se mais próximas à arestra K-Na, a exemplo de suítes alcalinas descritas em outras partes do mundo (Martin et al. 1994), enquanto que as primeiras são ligeiramente mais cálcicas (fig. 2.5).

A idade desse magmatismo ainda é pouco conhecida, sendo melhor representada pelo granitóide de Umarizal através de datação Rb-Sr em rocha total, que forneceu 545r7 Ma (1V), ISr=0,7121r0,0002 e MSWD=0,67 (Galindo et al. 1993). Em virtude desse granitóide não estar

deformado, admite-se um alojamento pós-tectônico, sendo essa idade a de cristalização e colocação do corpo. Para o plúton Serra do Algodão, o plote de três amostras em uma isócrona Rb-Sr (rocha total), forneceu 529r54 Ma (1V), ISr=0,7072r0,0003 e MSWD=0,60, podendo

representar sua idade de cristalização (R.S.C. Nascimento 1998).

2.6 - A Suíte Shoshonítica.

É representada por um corpo alongado na direção NE-SW, de aproximadamente 100 km2, aflorante no extremo NW do Maciço Rio Piranhas, denominado por Galindo (1993) de

Granitóide Quixaba. Caracteriza-se pela presença de duas fácies principais: uma de natureza monzonítica (fácies Quixaba) (fig. 2.2) compreendendo cerca de 90% do corpo, e outra monzodiorítica a quartzo monzodiorítica, esta última contendo rochas da suíte básica a intermediária.

A fácies Quixaba possui textura grossa, com fenocristais euédricos de K-feldspato de até 4 cm, usualmente zonados. São rochas leucocráticas a mesocráticas, com plagioclásio zonado, formando agregados de pequenos cristais de composição An18-14, além de cristais

maiores, isolados, com An38-16. O K-feldspato é a microclina pertítica, com o quartzo

xenomórfico e exibindo extinção ondulante. Anfibólio (hornblenda ferro-edenítica) e biotita são os minerais máficos predominantes, sendo titanita, alanita, zircão, apatita, epídoto e ilmenita os demais acessórios.

As rochas da suíte shoshonítica mostram uma restrita variação de SiO2 (58-60%) e

enriquecimento em álcalis (Na2O+K2O=8-11%), Fe2O3t (4-10%) e CaO (>3%). São rochas

metaluminosas, com razões A/CNK entre 0,82-0,94. Alguns elementos traços também são abundantes, tais como Ba, Sr e Zr (valores acima de 1500, 300 e 600 ppm, respectivamente). Em diagramas de Harker (fig. 2.3), nota-se correlação negativa para Fe2O3t, CaO, MgO, TiO2 e

P2O5, e correlação positiva para Na2O, K2O e Al2O3. Os elementos traços possuem

comportamento compatível para Sr, Y e Nb, enquanto que Rb, Zr e Ba são incompatíveis. Observa-se um enriquecimento em TRL em relação aos TRP (LaN/YbN=12 a 28), e as anomalias

(41)
(42)

Capítulo 3

Problemas, Objetivos,

(43)

CAPÍTULO 3

PROBLEMAS, OBJETIVOS,

LOCALIZAÇÃO E METODOLOGIA

3.1 - Problemas e Objetivos.

A pesquisa bibliográfica apresentada nos capítulos anteriores demonstra a persistência de alguns problemas referentes ao plutonismo alcalino que ocorre no Maciço São José de Campestre. Dentre os pontos pendentes, destacam-se os seguintes:

c. ausência de um estudo mais aprofundado das relações dessas plutônicas alcalinas com as demais rochas magmáticas encontradas no MSJC;

d. escassez de análises mais detalhadas da mineralogia dessas rochas, principalmente no que concerne aquelas com minerais exóticos do tipo hedenbergita, aegirina-augita e andradita;

e. pouco entendimento dos processos petrogenéticos e das fontes envolvidas na geração do magmatismo;

f. necessidade de um melhor entendimento da deformação brasiliana no MSJC, principalmente no que diz respeito ao modo de alojamento dos corpos alcalinos, embora seja atualmente reconhecida a grande importância de estruturas transtracionais e transcorrentes;

g. poucos dados isotópicos e geocronológicos.

Desta forma, a presente dissertação sintetiza os resultados obtidos em um mapeamento geológico na escala de 1:25.000 (anexos 1, 2 e 3), abrangendo uma área com aproximadamente 230 km2. O trabalho enfatiza o estudo petrológico do Plúton Caxexa e

rochas plutônicas associadas, com a finalidade de caracterizar a sua gênese e processos evolutivos. São utilizadas informações obtidas a partir de dados litogeoquímicos, química mineral, geocronológicos (Rb-Sr e Sm-Nd) e isotópicos (Sr e Nd) cuja integração permite uma discussão sobre um modelo evolutivo para o plúton alcalino Caxexa.

(44)

petrográficos, martelos, entre outros) e preparação de amostras para análises geoquímicas e isotópicas (anexo 2). A orientação desta dissertação ficou a cargo do prof. Dr. Zorano Sérgio de Souza e co-orientação do prof. Dr. Antonio Carlos Galindo, além da colaboração dos professores Drs. Maria Helena de Freitas Macedo do DG/CCET/UFRN e Márcio Martins Pimentel do Instituto de Geociências da UnB, da doutoranda Maria Helena Bezerra Maia de Hollanda (IG/UnB) e do Dr. Koji Kawashita (CPGeo/USP).

3.2 - Localização da área e vias de acesso.

A área pesquisada situa-se na porção leste do Estado da Paraíba, abrangendo parte dos municípios de Cacimba de Dentro, Barra de Santa Rosa e Casserengue (fig. 3.1). Está geograficamente limitada pelas coordenadas 6q39’39”, 6q43’50” e 6q50’15”de latitude sul e 35q48’30”, 35q50’22” e 35q55’45” de longitude oeste. O acesso a mesma pode ser feito partindo de Natal (RN) através da BR-101 até a entrada para Monte Alegre (RN), pelas RNs-002, 160, 003 e 093 chegando a Passa e Fica (RN). Já no estado da Paraíba toma-se a PB-105 até a cidade de Casserengue. No interior da superfície estudada são utilizadas estradas carroçáveis e caminhos que interligam lugarejos, fazendas e sítios.

3.3 - Metodologia empregada.

Para a confecção desta dissertação foram realizadas atividades envolvendo trabalhos laboratoriais, alternados com trabalhos de campo. Inicialmente foi realizada uma pesquisa bibliográfica com objetivo de obter um conhecimento prévio dos trabalhos já executados na região. Efetuou-se ainda a interpretação de fotografias aéreas convencionais em escala 1:70.000 e imagens de satélite (escala 1:250.000) com o intuito de aprimorar e detalhar um mapa litológico/estrutural prévio (M.A.L. Nascimento 1998). Procedeu-se, então, a coleta de rochas encontradas na área, com ênfase nas plutônicas brasilianas e suas encaixantes (gnaisses tonalíticos e micaxistos granadíferos), com vistas à preparação de seções delgadas (anexo 1).

(45)

as amostras foram inicialmente preparadas no Laboratório Intermediário de Geocronologia da UFRN, com posterior dosagem no Laboratório de Geocronologia da UnB e no Centro de Pesquisas Geocronológicas da USP. Detalhes das metodologias analíticas se encontram nos respectivos capítulos.

(46)

Parte 2

O Plúton Caxexa e Rochas

Plutônicas Associadas

Capítulo 4

(47)

CAPÍTULO 4

MAPEAMENTO GEOLÓGICO

E LITOESTRATIGRAFIA

4.1 - Introdução e Metodologia.

As unidades litológicas mapeadas foram individualizadas por meio de critérios de intrusão/inclusão (presença de apófises e xenólitos) e características estruturais (foliações e lineações), originadas em diferentes épocas. O mapeamento envolveu o reconhecimento preliminar dos litotipos estudados, tanto para o Plúton Caxexa e demais rochas plutônicas, como também suas encaixantes (anexo 3), sendo então estabelecida uma seqüência cronológica, caracterizada por três unidades litoestratigráficas principais, representadas da base para o topo por: c complexo gnáissico-migmatítico (compondo o substrato regional), por vezes intensamente migmatizado; d unidade metassedimentar (essencialmente micaxistos granadíferos); e e rochas plutônicas, nestas incluindo álcali feldspato granito (Plúton Caxexa), anfibólio biotita granito (Plúton Cabeçudo), biotita microgranito, gabronorito a monzonito (suíte básica a intermediária) e granitóide aluminoso (tipo-S).

Imagem

Figura 1.1 - Arcabouço tectono-estratigráfico da Província Borborema e seus limites (Jardim de Sá 1994)
Tabela 2.2 - Fontes bibliográficas utilizadas na individualização das diferentes suítes brasilianas, totalizando  217 análises químicas (quantidades entre parênteses)
Figura 2.3d - Diagramas de Harker para elementos traços, representativos das suítes magmáticas brasilianas
Figura 2.4 - Diagramas discriminantes geoquímicos para as suítes magmáticas brasilianas
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