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Comparação da desadaptação marginal de infra-estruturas metálicas obtidas com variações na técnica de fundição, revestimentos e material para obtenção dos padrões

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Academic year: 2017

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COMPARAÇÃO DA DESADAPTAÇÃO MARGINAL DE

INFRA-ESTRUTURAS METÁLICAS OBTIDAS COM

VARIAÇÕES NA TÉCNICA DE FUNDIÇÃO,

REVESTIMENTOS E MATERIAL PARA OBTENÇÃO DOS

PADRÕES.

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MICHELE MARQUES ZEQUETTO

COMPARAÇÃO DA DESADAPTAÇÃO MARGINAL DE

INFRA-ESTRUTURAS METÁLICAS OBTIDAS COM

VARIAÇÕES NA TÉCNICA DE FUNDIÇÃO,

REVESTIMENTOS E MATERIAL PARA OBTENÇÃO DOS

PADRÕES.

Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia de Araçatuba, da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, para obtenção do Título de Mestre em Odontologia – Área de Concentração em Prótese Dentária.

Orientadora:Profª Drª. Eulália Maria Martins da Silva

(3)

MICHELE MARQUES ZEQUETTO

NASCIMENTO 09/06/1981 – Birigüi/SP

FILIAÇÃO Carlos Roberto Zequetto

Marise Azevedo Marques

1999 – 2002 Graduação

Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP

27 e 28/07/2005 Exame Geral de Qualificação, em nível de Mestrado, Curso de Pós-Graduação em Odontologia – Área de Concentração em Prótese Dentária da Faculdade de Odontologia de Araçatuba

2004-2005 Curso de Pós-Graduação em Odontologia – Área de

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A força que nos leva ao estudo, a procura pelo aperfeiçoamento e pelo saber se iguala àquela que nos une e nos faz sorrir.

És meu porto seguro e por todo suporte, incentivo, confiança e carinho que me deste, estás, mais uma vez, incluído na minha “história”.

À minha mãe Marise Azevedo Marques

Guerreira, que a cada dia se levanta com mais vontade de lutar. Aquela que assume arduamente as obrigações para proporcionar estudo e direcionamento a seus filhos.

Fusão de amor e perdão.

Capaz de cobrar e ao mesmo tempo incentivar. Obrigada por todo exemplo e alicerce.

Ao meu pai Carlos Roberto Zequetto

Àquele que quando se obtém dez, pede onze; Que questiona um ato que parecia ser perfeito;

Que indaga sobre a posição tomada frente a uma situação; A quem eu agradeço por me fazer buscar mais.

A Herivaldo Lima e Maria Cristina Vieira

Nesta família tão confusa para se explicá-la; Vocês, companheiros dos meus pais,

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Pela indicação do caminho correto a seguir Pelas conversas e desabafos intermináveis Pelos pedidos de força e perseverança atendidos Pela fé que faz o azul do céu cada vez mais lindo...

À minha orientadora

Profª Drª. Eulália Maria Martins da Silva

Acredito que o trabalho de orientação a uma pesquisa requer paciência, disposição e curiosidade.

Encontrei, além destes itens, outros como:

honestidade, determinação, idéias úteis e práticas.

Obrigada, professora, por ampliar meus horizontes e contatos; Pela confiança e credibilidade depositadas em mim;

Por me permitir fazer parte da sua vida e

Por me mostrar que com a pesquisa também se constrói amigos.

Ao doutorando

André Vinícius Marchiori

Meu parceiro, amigo e por que não irmão... Quem conseguirá entender esta nossa relação??? Nossas pesquisas e buscas pelo conhecimento. Idéias, cores e projetos-piloto.

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(9)

admiração que existe entre nós.

Às minhas avós, Zilda Zequetto e Neide de Mello, pelos meus

alicerces formados em base de mimos, carinhos, aconchegos e, muita, muita comida boa.

Ao meu avô, Joel Azevedo Marques, pelo exemplo de

honestidade e trabalho.

Ao Professor Doutor Paulo Henrique dos Santos, pela

análise estatística dos dados deste trabalho, nosso “pergaminho”; pelo auxílio na descrição dos resultados e por toda atenção e boa vontade com que me recebe.

Ao Laboratório de Prótese Simomura, que amigavelmente

abriu as portas para a realização desta pesquisa. A todos os seus funcionários pela atenção e colaboração.

Ao protético Júlio Simomura, por me mostrar a arte em se

confeccionar uma peça protética e por sempre me questionar. Ao protético Mário Simomura pela disposição, atenção, confiança e pelos sábados de

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Ao doutorando Paulo Fukashi Yamaguti, pela colaboração

durante toda a pesquisa com suas idéias, pensamentos, sugestões, disponibilidade e amizade.

Aos colegas do Programa de Pós-Graduação em Odontologia, da Área de Prótese Dentária: Ana Carolina, Carlos, Daniela, Eduardo, José Vitor, Lucas, Marcelo, Manoel e aos colegas das demais áreas do

programa pela maravilhosa convivência, amizade e ensinamentos que, através das nossas conversas e debates, contribuíram grandiosamente para o meu aperfeiçoamento profissional.

Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Odontologia, da Área de Prótese Dentária: Alicio Rosalino Garcia, Eduardo Passos Rocha, Eduardo Piza Pellizer, Eulália Maria Martins da Silva, Humberto Gennari Filho, Marcelo Coelho Goiato, Paulo Renato Junqueira Zuim, Wirley Gonçalves Assunção pela análise minuciosa e

criteriosa dos trabalhos desenvolvidos durante o curso, pelas cobranças, incentivos e ensinamentos que contribuíram para o meu amadurecimento e melhoria dentro desta divina área da pesquisa e acadêmica.

À Faculdade de Odontologias de Araçatuba “Júlio de

Mesquita Filho” – UNESP, representada pelo seu digníssimo diretor Prof. Dr. Paulo Roberto Botacim, pela busca constante de melhorias para nossa

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coordenador, Prof. Dr. Wilson Roberto Pói, pela coragem, determinação e

perseverança como conduz o Programa, zelando para o seu progresso.

Aos Funcionários do Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese, professores, técnicos, secretárias, auxiliares de limpeza, a todos aqueles que nos recebem com um sorriso afetuoso a cada manhã e se colocam à disposição para nos ajudar, contribuindo com o nosso caminhar e amadurecimento pessoal.

Ao Departamento de Prótese Dentária da Faculdade de Odontologia de Bauru – USP, pela gentileza de permitir a realização de uma das etapas deste trabalho em seu laboratório de pesquisa, através do uso do Microscópio Comparador Digital Mitutoyo.

À bibliotecária Ana Cristina Grieger Manzatti, pela correção

das referências deste trabalho, e a todos os funcionários da biblioteca, pela atenção e cuidado como auxiliam e contribuem para o desenvolvimento intelectual dos alunos desta faculdade.

Á professora Luci Haidee Magro, pela carinhosa e cuidadosa

(12)
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imprescindíveis"

(14)

______________________________________________________________________Resumo

(15)

ZEQUETTO, M. M. Comparação da desadaptação marginal de infra-estruturas metálicas obtidas com variações na técnica de fundição, revestimentos e material para obtenção dos padrões. 138f. Dissertação (Mestrado em Prótese Dentária) – Faculdade de Odontologia de Araçatuba – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Araçatuba, 2005.

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______________________________________________________________________Resumo

técnicas de fundição realizadas, desde que as interações e recomendações dos fabricantes dos revestimentos sejam respeitadas.

Palavras-chave: Adaptação marginal (Odontologia). Técnica de fundição

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______________________________________________________________________Abstrac t

ZEQUETTO, M. M. Comparison of the marginal unfit of metallic infrastructures obtained with variations in the casting technique, investments and material for pattern. 138f. Dissertação (Mestrado em Prótese Dentária) – Faculdade de Odontologia de Araçatuba – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Araçatuba, 2005.

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values of marginal fit in both casting techniques, providing the interactions and the recommendations of the investments manufacturers are respected.

Keywords: Marginal adaptation (Dentistry). Dental casting technique.

(20)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Cera escultura Galileo para confecção dos padrões... 67

Figura 2 – Resina acrílica quimicamente ativada, Duralay, para confecção dos padrões... 68

Figura 3 – Revestimento Micro Fine 1700 e seu líquido especial... 69

Figura 4 – Revestimento Termocast e seu líquido especial... 70

Figura 5 – Liga de Ni-Cr Vera Bond II... 71

Figura 6 – Troquel metálico: a= preparo cervical em chanferete; b=preparo cervical em chanfrado; c=base quadrada fixando o troquel com gesso especial e apresentando indexações laterais... 72

Figura 7 – Padrão Inicial sobre o troquel metálico... 73

(21)

remoção dos excessos; a segunda imagem (b), ao padrão sobre o troquel, e a terceira imagem (c) apresenta os padrões prontos para serem incluídos... 75 Figura 10 – Padrões de resina acrílica quimicamente ativada,

Duralay. A primeira imagem (a) é referente à resina acrílica no interior da matriz, sem a remoção dos excessos. A segunda imagem (b), o padrão sobre o troquel, e a terceira imagem (c), os padrões prontos para

serem incluídos... 75 Figura 11 – Conjunto, barra/canal de alimentação e mais 7 padrões

posicionados no anel de silicone de 120 gramas para fundição com os padrões em 45O de inclinação em

relação à superfície oclusal... 77 Figura 12 –. Microscópio Comparador Digital Mitutoyo... 83 Figura 13 – Pontos em negrito demarcando, esquematicamente, o

local da mensuração da desadaptação marginal nas quatro faces (V, L, M, D)... 84 Figura 14 – Esquema da desadaptação marginal mensurada,

distância entre o ponto a e b representa a desadaptação

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Condições de inclusão dos revestimentos... 78 Tabela 2 – Grupos amostrais de estudo... 79

Tabela 3 – Média geral e respectivo desvio padrão das

desadaptações, em mm, de cada material de padrão utilizado, bem como o revestimento e técnica de fundição... 87 Tabela 4 – Média das desadaptações, em mm, das infra-estruturas

metálicas obtidas, com padrões de resina acrílica Duralay, segundo técnica de fundição convencional e revestimentos... 126 Tabela 5 – Média das desadaptações, em mm, das infra-estruturas

metálicas, obtidas com padrões de resina acrílica Duralay,

segundo técnica de fundição rápida e revestimentos... 127 Tabela 6 – Média das desadaptações, em mm, das infra-estruturas

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segundo técnica de fundição rápida e revestimentos... 129 Tabela 8 – Medição da desadaptação marginal em cada ponto nas

infra-estruturas metálicas obtidas com padrões de resina acrílica Duralay, incluído em revestimento Micro Fine 1700, e pela técnica de fundição rápida... 128 Tabela 9 – Medição da desadaptação marginal em cada ponto nas

infra-estruturas metálicas obtidas com padrões de resina acrílica Duralay, incluído em revestimento Termocast e pela técnica de fundição rápida... 131 Tabela 10 – Medição da desadaptação marginal em cada ponto nas

infra-estruturas metálicas obtidas com padrões de resina acrílica Duralay, incluído em revestimento Micro Fine 1700 e pela técnica de fundição convencional... 132 Tabela 11 – Medição da desadaptação marginal em cada ponto nas

(24)

Tabela 12 – Medição da desadaptação marginal em cada ponto nas infra-estruturas metálicas obtidas com padrões de cera escultura Galileo, incluído em revestimento Micro Fine 1700 e pela técnica de fundição rápida... 134 Tabela 13 – Medição da desadaptação marginal em cada ponto nas

infra-estruturas metálicas obtidas com padrões de cera escultura Galileo, incluído em revestimento Termocast e pela técnica de fundição rápida... 135 Tabela 14 – Medição da desadaptação marginal em cada ponto nas

infra-estruturas metálicas obtidas com padrões de cera escultura Galileo, incluído em revestimento Micro Fine 1700 e pela técnica de fundição convencional... 136 Tabela 15 – Medição da desadaptação marginal em cada ponto nas

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Gráfico 1 – Gráfico esquemático da velocidade de aquecimento dos blocos de revestimento: temperatura x tempo, nas técnicas de fundição convencional (linha verde) e rápida (linha azul)... 81 Gráfico 2 – Média da desadaptação marginal, em mm, para cada

técnica de fundição: rápida e convencional, em relação a cada material para padrão: resina e cera... 88 Gráfico 3 – Média da desadaptação marginal, em mm, para cada

técnica de fundição: rápida e convencional, em relação aos revestimentos utilizados: Termocast e Micro Fine 1700... 89 Gráfico 4 – Média da desadaptação marginal, em mm, entre os

materiais para padrão: cera e resina acrílica, em relação aos revestimentos utilizados: Termocast e Micro Fine 1700... 90 Gráfico 5 – Média da desadaptação marginal, em mm, das

(26)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...

27

2. REVISÃO DA LITERATURA...

34

3. PROPOSIÇÃO...

65

4. MATERIAL E MÉTODO...

67

4.1 Materiais Utilizados...

67

4.1.1 Cera...

67

4.1.2 Resina Acrílica...

68

4.1.3 Revestimentos...

69

4.1.3.1 Micro Fine 1700...

69

4.1.3.2 Termocast...

70

4.1.4 Liga Metálica...

71

4.2 Troquel e Matriz...

72

4.3 Obtenção dos Padrões...

74

4.4 Inclusão...

77

4.5 Fundição...

79

4.5.1 Técnica de Fundição Convencional...

80

4.5.2 Técnica de Fundição Rápida...

80

4.6 Desinclusão...

81

4.7 Determinação do Desajuste...

82

4.8 Análise Estatística...

85

5. RESULTADO...

87

6. DISCUSSÃO...

94

7. CONCLUSÃO... 109

REFERÊNCIAS... 112

(27)
(28)

______________________________________________________________Introdução 27

1 INTRODUÇÃO

A

arte da fundição utilizando a combinação de elementos metálicos existe desde as primeiras civilizações.

A preocupação com a reabilitação e reprodução de dentes está registrada nos povos egípcios, que utilizavam dentes extraídos das pessoas mortas ou dentes esculpidos em marfim para substituir aqueles perdidos (RING, 1998), também existem relatos de que múmias foram encontradas e seus dentes molares estavam restaurados em ouro (ALVES, 1964). Schwartz (1948) afirma que o ouro foi um dos primeiros materiais usados em restaurações de cavidades dentárias, provavelmente pelos egípcios, seguido pelos romanos. Noutro continente, os maias, civilização extinta, utilizando instrumentos tais quais aos povos da Idade da Pedra, pois suas ferramentas eram de sílex e suas armas de madeira afiladas com lascas de obsidiana, foram hábeis fundidores de ouro, prata, e em menor medida, o bronze (RING, 1998).

(29)

esse processo, publicando um trabalho em que descreveu o protocolo para a fundição odontológica.

O assunto ganhou destaque no campo das pesquisas, quando em 1910, Van Horn relatou a entusiástica recepção do processo de fundição no meio odontológico, e afirmou que a principal causa de falha numa fundição era um padrão de cera imperfeito. A preocupação pela precisão das peças fundidas levou Van Horn, em 1910, a publicar resultados de sua pesquisa sobre o assunto, mostrando que a pressão exercida sobre o metal líquido não neutralizava a contração de fundição. Em 1940, Lasater aconselhou a plastificação da cera, utilizando calor seco, em forno com temperatura constante, como meio de reduzir as distorções da cera e se obter padrões mais precisos.

De acordo com Skinner e Phillips (1962), a cera é passível de sofrer indução de tensões e isso pode ocorrer devido a sua tendência natural de contrair-se, durante o resfriamento, e passividade ao sofrer alterações durante as etapas, como: moldagem, escultura, adição do canal de alimentação e remoção do padrão do troquel.

(30)

______________________________________________________________Introdução 29

et al., 1999), e também porque pode ser utilizada em todos os tipos de preparos, incluindo aqueles com pinos, sem a ocorrência de distorções.

Castro (1961), Beeson (1963) e Krikos (1968) também admitem o uso da resina acrílica como um substituto da cera à obtenção de padrões para fundição. Afirmam ser menores os perigos de distorção ou fraturas durante os testes na boca e acreditam que a contração de polimerização da resina é compensada quando se adiciona cera ou camadas da mesma resina durante testes ou ajustes do padrão, isto é, uma técnica mista resina acrílica e cera.

Papthanasious, em 1974, afirmou o emprego clínico da resina acrílica ativada quimicamente na fabricação de padrões, pelo método direto ou direto-indireto, ganharia lugar de destaque na rotina odontológica desde então.

No entanto, para que se obtenha uma peça protética com excelência, o padrão deverá ser substituído pelo material restaurador definitivo, utilizando-se um molde do padrão inicial, realizado por um revestimento cujas características são de extrema relevância, a fim de que a peça final apresente acuidade e lisura.

A existência de uma grande diversidade de marcas comerciais de revestimentos tem feito com que as diferenças entre eles despertem interesse, pois a expansão de presa no interior do revestimento pode causar distorções no padrão (EARNSHAW et al., 1997; MOREY; EARNSHAW, 1995).

(31)

higroscópica e térmica do material, dependendo da concentração empregada, com a finalidade de compensar o maior coeficiente de contração de fundição da liga (JOHNSTON et al., 1962; PEGORARO, 1977).

A contração de fundição depende dos materiais envolvidos neste processo, e um assentamento e adaptação marginal aceitáveis poderão ser obtidos pela seleção adequada do tipo de revestimento empregado (VIEIRA, 1979). Considerando o revestimento utilizado, a expansão total deve ser igualada à contração térmica da liga, resultando em alterações dimensionais zero.

As ligas de metais não áureas são efetivamente usadas em Odontologia desde o desenvolvimento da liga de Cr-Co, em 1929, substituindo as ligas de ouro em 80% dos trabalhos de Próteses Parciais Removíveis (PEYTON; CRAIG, 1971). Na França, em 1948, Smith apontou a substituição do cobalto pelo níquel e pequenas proporções de molibdênio, o que deu origem a uma liga Ni-Cr-Mo com ponto de fusão em torno de 1300OC, indicado para trabalhos em próteses parciais fixas. Estas ligas alternativas caracterizam-se por elevada resistência à oxidação e corrosão no meio bucal, baixa densidade e elevada resistência mecânica (EARNSHAW, 1956; EARNSHAW, 1960; LEONARDI; VIEIRA, 1981).

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______________________________________________________________Introdução 31

rápido, porque em 30 minutos obtém-se estruturas metálicas sem perda de qualidade da integridade marginal.

Ao longo do tempo, principalmente durante o período que envolveu a Segunda Guerra Mundial e posterior corrida armamentista na época da Guerra Fria, ocorreram significativos avanços tecnológicos que levaram ao aperfeiçoamento dos processos de fundição. Um destes foi a incorporação da técnica de fundição rápida que resultou na introdução, no mercado, de revestimentos que, segundo os fabricantes, permitiam o uso tanto da técnica de fundição convencional quanto da fundição rápida, proporcionando estruturas de boa qualidade em ambas as situações (MARIOTTO; OLIVEIRA PINTO, 1973).

Para Phillips (1984) o objetivo do processo de fundição odontológica é conseguir, com a maior precisão possível, uma duplicação da estrutura dental perdida. Esta técnica, quando desenvolvida no seu mérito, traz implícita a proposta de precisão, e para Stamenkovic (1989), o sentido precisão deveria traduzir fidelidade quanto aos detalhes de acabamento.

(33)

O uso freqüente do processo de fundição e as pesquisas científicas impulsionam o mercado odontológico a desenvolver novos materiais e técnicas para que as peças fundidas sejam obtidas, cada vez mais, com melhor precisão e qualidade frente às ligas alternativas, mas comparações constantes são necessárias.

(34)

______________________________________________________Revisão da Literatura

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2 REVISÃO DA LITERATURA

O

processo de fundição odontológica foi desenvolvido por Philbrook em 1897, o que proporcionou grandes melhorias na reabilitação de elementos dentais perdidos. No entanto, o processo foi aprimorado e difundido por Taggart (1907), que buscou, por meio da pesquisa, estipular um protocolo do processo de fundição conhecido como “Processo da Cera Perdida”, que permanece quase inalterado desde que foi publicado, sendo utilizado até os nossos dias.

A Odontologia apoiara-se em bases científicas, e pesquisas na área da fundição para próteses dentárias foram se intensificando com o propósito de alcançar melhores resultados, contudo, durante um certo tempo, no Brasil, foram dificultadas, pois para utilizar o revestimento, material indispensável para tal, era necessário pedir autorização ao Governo, uma vez que sua principal aplicação era para a produção de armamentos.

(36)

__________________________________________________Revisão da Literatura 35

armazenamento fosse realmente necessário, baixas temperaturas reduziriam o grau da distorção.

Já Widmer (1959) estudou as propriedades físicas da resina acrílica Duralay e estabeleceu que: 1) a contração de polimerização que ocorreu com a resina foi de aproximadamente 7% do volume; 2) a contração linear da massa variou de 0,13 a 0,28%, dependendo da temperatura e dos tempos utilizados; 3) o padrão de resina se adaptou melhor nas bordas do preparo e reproduziu melhor os detalhes que o padrão de cera; 4) a resina Duralay pode ser usada como material de confecção de padrões para fundição de coroas, porque a quantidade de resíduos após a queima, não impediu o seu uso dentro das temperaturas normalmente empregadas no processo de fundição convencional.

(37)

Estudando os materiais para confecção de padrões, Gallan Júnior et al. (1970) verificaram que o material cera ou resina acrílica quimicamente ativada forneceriam restaurações metálicas fundidas mais precisas. Fundições foram realizadas pela técnica de expansão térmica, utilizando padrões feitos com cera (cera azul, regular, tipo 2, C1I – S. S. White) e com resina acrílica ativada quimicamente (Simplex Transparente – Dental Fillings, Brasil). Avaliaram o desajuste destas fundições de duas maneiras: pela alteração da distância entre dois pontos de referência que, do troquel padrão (um simulacro de um preparo de raiz para núcleo de ouro a pino) eram transferidos para os padrões (de cera e de resina acrílica) e para as incrustações metálicas obtidas após a fundição; e pelo desajuste da fundição de coroas totais, incrustações M.O.D. e incrustações para cavidades de Classe I.

Comparações foram feitas a partir da distância entre os dois pontos de referência. No troquel, nas restaurações fundidas e nos respectivos padrões, imediatamente antes da inclusão dos padrões em revestimento, depois dos padrões terem sido armazenados por 10 minutos, 2 horas e 72 horas; bem como a distância entre estes pontos de referência no troquel de aço e nas restaurações metálicas obtidas.

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__________________________________________________Revisão da Literatura 37

material para confecção do padrão. As incrustações M.O.D. e as coroas totais obtidas com resina acrílica quimicamente ativada apresentaram menores desadaptações em relação àquelas com cera, e nas restaurações de coroas totais as desadaptações foram menores que nas incrustações M.O.D. Contudo, para as incrustações Classe I, a resina acrílica, sendo mais volumosa, não se adaptou na respectiva cavidade, já os padrões de cera, originários destas restaurações, sendo menores, estavam mais folgados, soltos na parede pulpar da respectiva cavidade, promovendo menores desadaptações. Concluíram que a forma do preparo tem grande influência nos resultados, e em determinados casos (coroas totais e M.O.D.) a resina acrílica quimicamente ativada é a melhor escolha, enquanto em outros (cavidades Classe I) a cera promove menores desadaptações.

(39)

expansão higroscópica, e para os demais revestimentos, a expansão de presa de bancada. As aferições das discrepâncias marginais entre as estruturas metálicas obtidas e os troquéis foram realizadas com um microscópio comparador em pontos pré-determinados, no troquel, para cada tipo de preparo. Consideraram clinicamente aceitáveis as discrepâncias que não ultrapassaram o valor de 50µm.

Os autores observaram que para as estruturas metálicas obtidas com T1 não houve diferença significante perante os diferentes tipos de revestimentos utilizados. Encontraram diferença estatisticamente significante de adaptação entre as diferentes áreas avaliadas no troquel. O revestimento Cristobalite produziu estruturas metálicas inaceitáveis para todos os tipos de preparos; enquanto Lustercast e Ceramiglod produziram fundições aceitáveis para os cinco tipos de preparos. Com base nestes resultados, puderam sustentar o conceito de que nenhum nível de expansão dos revestimentos utilizados satisfez totalmente todos os tipos de preparo restaurados por fundições.

(40)

__________________________________________________Revisão da Literatura 39

O autor observou que os resultados de adaptação não variaram com o uso de cera líquida ou plastificada; que a temperatura de inclusão influiu nas dimensões do bloco fundido, isto é, quanto maior a temperatura, maior é a dimensão; o ajuste do bloco fundido não depende apenas das dimensões decorrentes das expansões e contrações dos materiais envolvidos no processo de fundição; e que existe algum fator adicional, parecendo ser irregularidade superficial, que faz os blocos fundidos apresentarem-se mais expandidos. A magnitude de expansão do revestimento de preenchimento influiu nas dimensões do bloco fundido, o revestimento Cristobalite apresentou a maior expansão e o Excelsior, a menor. A decapagem do bloco fundido alterarou a dimensão do mesmo, que foi, no entanto, pequena (0,07%).

(41)

quando se diminuía a quantidade de líquido especial, mas houve um aumento considerável da expansão térmica.

Venturini e Santos Júnior (1978) realizaram uma investigação “in vitro” para determinar o ajuste de blocos metálicos fundidos em preparos intracoronários. Confeccionaram padrões de resina acrílica ativada quimicamente (Palavit G, Texton e Clássico) e padrões de cera azul (tipo II da Kerr) sobre troquéis de gesso (Vel Mix e Silky Rock) e de revestimento (Divestment). Os testes de adaptação foram realizados pela verificação da diferença de peso do conjunto bloco metálico fundido e corpo de prova de aço inoxidável com e sem um meio cimentante. Observaram que a resina acrílica Palavit contribuiu para a obtenção de blocos cuja película do agente cimentante apresentou menor peso (melhor ajuste), enquanto a cera Kerr resultou em um maior peso da película. Os materiais para troquéis estudados apresentaram semelhança quanto ao peso da película do agente cimentante dos blocos metálicos fundidos resultantes.

(42)

__________________________________________________Revisão da Literatura 41

Arruda observou que: 1) quanto à reprodutibilidade dos sulcos do padrão de aço, a resina Duralay apresentou um comportamento melhor que o da cera; 2) quanto à lisura de superfície entre a cera e a resina Duralay, comparadas ao padrão de aço, verificou que a resina Duralay apresentou superfície mais lisa que a da cera; 3) quanto à reprodução de sulcos e lisura de superfície do padrão de aço, por parte dos revestimentos e tendo os moldes de cera e resina como intermediários, verificou, mais uma vez, a superioridade genérica dos moldes de resina Duralay sobre os de cera; 4) quanto à reprodução de pormenores e características da superfície pelas ligas, observou que a resina Duralay tendeu a apresentar maior quantidade de sulcos reproduzidos que a cera.

(43)

entre o revestimento e a liga metálica utilizada. Variáveis como proporção pó/líquido, temperatura do aquecimento e temperatura de fundição demonstraram função importante na adaptação final da peça fundida.

Picichelli et al. (1982) verificaram as diferenças de adaptação de restaurações metálicas fundidas em coroas totais, M.O.D. e cavidade oclusal classe I, confeccionadas em troquéis de gesso Vel-Mix, revestimentos Divestment e Cristobalite para modelos e revestimento DC. As restaurações metálicas fundidas foram confeccionadas com padrões de cera azul e padrões mistos (resina acrílica ativada quimicamente e cera), os quais foram incluídos no revestimento correspondente ao do troquel, e revestimento Cristobalite para os troquéis de gesso Vel-Mix. As restaurações fundidas foram adaptadas aos troquéis metálicos originais e o conjunto foi levado ao microscópio comparador (Gaetner M. 1180, Chicago, USA) com precisão de leitura 0,001 mm.

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__________________________________________________Revisão da Literatura 43

obtidas com padrões de cera proporcionaram melhores valores de adaptação quando construídas em troquéis de revestimento Cristobalite para modelos, seguidos dos revestimentos D.C., Divestment e gesso Vel-Mix. Quando comparados entre si, os padrões mistos obtidos, utilizando-se troquéis de gesso Vel- Mix apresentaram melhores valores de adaptação que aqueles obtidos com padrões de cera, tanto em preparos M.O.D. como em coroas totais. As fundições M.O.D., por sua vez, obtidas com padrões mistos apresentaram valores de adaptação semelhantes àqueles obtidos com a utilização de troquéis de revestimento para modelos.

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Pensando também nas ligas alternativas e nos matérias diretamente ligados nelas para a obtenção de infra-estruturas metálicas, Menezes (1983) avaliou o ajuste cervical de coroas totais fundidas com liga à base de cobre-alumínio (DURACAST MS) obtidas com três tipos de padrões: I- padrão misto de resina acrílica (Duralay) e cera (cera azul); II- padrão misto sem a porção oclusal de resina; III- padrões apenas em cera, incluídos em dois tipos de revestimento: à base de sulfato de cálcio (Cristobalite) e à base de fosfato (Hi-Temp). Mensuraram a desadaptação marginal das coroas metálicas obtidas sobre o troquel metálico 3 vezes em 4 pontos diferentes. Ele encontrou os valores, em média aritmética para cada grupo de: Grupo I: 81.58µm e 67.11µm; Grupo II: 100.6µm e 92.28µm; e Grupo III: 93.80µm e 81.52µm para os revestimentos Cristobalite e Hi-Temp respectivamente.

Concluiu que, ao fundir a liga de cobre-alumínio, utilizando tanto o revestimento Cristobalite quanto o revestimento Hi-Temp, o melhor ajuste cervical para as coroas totais foi obtido com o padrão misto de resina e cera, seguido do padrão de cera e padrão misto sem a porção oclusal em resina. O revestimento Hi-Temp permitiu, independentemente do tipo de padrão utilizado, melhor ajuste cervical que os fornecidos pelo revestimento à base de sulfato de cálcio.

(46)

__________________________________________________Revisão da Literatura 45

redução de bolhas positivas; porém, se comparada à espatulação mecânica, esta se mostrou mais efetiva. Concluíram que, quanto maior a quantidade de líquido especial na proporção pó/líquido, menor quantidade de bolhas podem ser observadas, e o uso de antibolhas sobre a superfície do padrão de cera foi muito efetivo na diminuição de incidência delas.

Zeltser et al. (1985) realizaram um estudo com o objetivo de avaliar a adaptação de padrões de cera removidos do troquel para inclusão, após serem submetidos à aplicação de pressão depois da remodelagem. Foram confeccionados troquéis de gesso, duplicando um troquel metálico mestre, e padrões de cera foram obtidos sobre cada troquel pela técnica de mergulho, realizando-o duas vezes em cera tipo C para inlays (Sybron/Kerr, Romulus, Mich) a 75OC, a espessura do padrão foi aumentada com mistura de cera tipo C e folhas de cera para fundição, e um anel de escultura com uma faca contornou o padrão e a base encerada, dando forma e homogeneidade ao padrão.

(47)

Os autores encontraram desadaptações de 29µm, 56µm, 19µm; respectivamente para as cargas de 0g; 250g; 1000g; com isso verificaram maiores desadaptações para cargas de 250g e as diferenças entre 0 e 1000g não foram significantes, e constataram maiores deformações plásticas na primeira vez do ciclo de cargas que na segunda vez. Concluíram que a remoção do padrão do troquel causa alterações dimensionais, dependendo da carga aplicada antes da remoção, e atribuíram a variação de adaptação ao aumento da adesão do padrão de cera para o troquel e mudanças nas propriedades mecânicas da cera.

Fernandes et al. (1989) realizaram um trabalho com o objetivo de avaliar a expansão linear de presa normal para três revestimentos fosfatados manipulados com diferentes concentrações do líquido especial: 100%, 75%, 50% e 25%, e um revestimento à base de gesso; bem como expansão linear de presa higroscópica e a temperatura máxima durante a reação dessas presas. Determinaram a temperatura exotérmica máxima do revestimento em função da reação e presa normal com um termômetro digital.

(48)

__________________________________________________Revisão da Literatura 47

expansão de presa normal e o Hi Heat, a menor. Hi Heat e Hi Temp apresentaram expansão de presa higroscópica maiores em relação à expansão de presa normal, enquanto Ceramigold e Multi Vest não tiveram diferenças significativas.

Com relação à proporção de líquido especial, o revestimento Ceramigold expandiu o dobro com 50% quando comparado com 25%. Com 75%, o Ceramigold e o Hi Temp apresentaram os melhores resultados, enquanto Multi Vest, os piores de expansão de presa normal. Com 50%, os resultados foram praticamente iguais e com 25% as alterações não foram significantes. Para a temperatura máxima do revestimento, Multi Vest apresentou a maior temperatura (63,42ºC), e o revestimento aglutinado por gesso, a menor.

Luk e Darvell (1991) avaliaram o uso do líquido especial que acompanha os revestimentos fosfatados. De acordo com o fabricante, o líquido especial é usado para aumentar as expansões do revestimento, de presa e térmica; e quanto maior as concentrações usadas, maiores serão as expansões. Nesse trabalho constataram que os revestimentos deveriam possuir resistência suficiente para suportar o impacto do metal fundido, e observaram que a resistência de compressão durante o aquecimento do revestimento foi afetada por transformações térmica da sílica e do material aglutinante.

(49)

radicular provisório. O processo convencional de fundição demoraria aproximadamente três horas. Os autores utilizaram o revestimento fosfatado (Jelenko – Dental Health Products, Armonk, N. Y.) e 50% de líquido especial. O revestimento foi vazado num anel metálico de fundição e o tempo de espera da presa foi de 15 minutos. O anel foi levado a um forno pré-aquecido em 700º C por 15 minutos, e a seguir procedeu-se a fundição, utilizando a liga de ouro tipo III. Segundo os autores, a técnica de fundição rápida pode ser utilizada com sucesso para confecção de núcleos, mas sugeriram mais pesquisas a respeito.

(50)

__________________________________________________Revisão da Literatura 49

conjunto padrão de cera-revestimento também foi maior com o uso de três ou duas tiras de amianto em relação a uma ou sem a tira de amianto.

Alves Rezende et al. (1992) estudaram a adaptação dos revestimentos à base de quartzo (Higroterm), cristobalita (Cristobalite) e fosfato (Muster), em contato com a cera azul para incrustações Kerr e resina acrílica Acrilay, empregados como materiais de modelo nas fundições. Os corpos de prova foram obtidos com uma matriz metálica de 28mm de diâmetro interno e 5mm de altura, e um lado da matriz estava em contato com uma placa de vidro, obtendo uma superfície espelhada e outra superfície esculpida. A seguir, pincelava-se o agente umectante, vazava-se os revestimentos e sobre eles uma cobertura com gesso pedra em cor contrastante, para facilitar a avaliação do ângulo de contato formado pelos revestimentos sobre a cera ou resina. Para avaliação dos ângulos utilizaram um microscópio Carl Zeiss e verificaram que os revestimentos à base de quartzo e cristobalita proporcionam melhor adaptação aos materiais de modelo (cera e resina acrílica), e as adaptações dos revestimentos estudados foram melhores sobre a cera que sobre a resina, e as superfícies espelhadas ofereceram melhores adaptações ao revestimento que as esculpidas.

(51)

assentamento na técnica de fundição convencional quando o revestimento à base de fosfato foi utilizado, e a técnica de fundição rápida apresentou os melhores resultados quando o revestimento fosfatado foi empregado, porém, apresentou uma diferença de 0,148mm para o assentamento dos padrões.

(52)

__________________________________________________Revisão da Literatura 51

As restaurações metalocerâmicas termocicladas resultaram em uma maior abertura marginal e toda a perda de adaptação ocorreu durante a primeira termociclagem da liga. Nenhuma perda adicional de adaptação ocorreu com o resfriamento e subseqüente termociclagem quando estes passos foram completados depois do tratamento térmico inicial, e uma significante redução na distorção ocorreu quando a termociclagem inicial foi completada antes das espécies serem resfriadas, não havendo mudanças detectadas como resultado de uma subseqüente termociclagem ou resfriamento. As restaurações que foram resfriadas e então oxidadas pela manipulação convencional tiveram maiores desadaptações que a dos outros grupos. Observaram uma melhor adaptação marginal das restaurações metalocerâmicas quando a termociclagem inicial foi completada antes do polimento das espécies. Concluíram que a melhoria na adaptação marginal de fundições metalocerâmicas pode advir da completa desinclusão e, depois, então, do tratamento térmico de oxidação na temperatura normal da liga.

(53)

confeccionar restaurações implanto-retidas, com maior precisão e versatilidade em relação ao processo de fundição. Adicionalmente, esta máquina pode ser utilizada para realizar várias restaurações ao mesmo tempo, aumentando a eficiência e diminuindo o custo.

(54)

__________________________________________________Revisão da Literatura 53

contração dos padrões e não para compensar problemas mais sérios de distorções dos padrões.

Por outro lado, também puderam ver que, dentro da primeira hora, as mudanças foram significantes, o que ressalta a importância de se incluir os padrões tão logo possível e, preferencialmente, dentro da primeira hora pós– remoção do troquel. Constataram, também, que a contração dos padrões de cera foi significantemente maior em relação aos padrões feitos em Duralay e Molidux; porém, não a contra-indicam, sendo considerada suficientemente estável como material para confecção de padrões se sua manipulação for apropriada. Por último, os autores ressaltaram a necessidade de estudos para se avaliar a relevância clínica destes achados.

(55)

marginal quando comparados aos padrões de cera e resina acrílica autopolimerizável.

(56)

__________________________________________________Revisão da Literatura 55

mostrou forte correlação com a desadaptação diametral e muito fraca com a desadaptação axial.

Konstantoulakis et al. (1998) foram os primeiros a estudarem a desadaptação marginal de coroas totais na técnica de fundição rápida. Compararam a técnica de fundição convencional, que requer, em média, de 2 a 4 horas para execução; e a técnica de fundição rápida, requerendo, em média, 30 a 45 minutos. Para tal os autores dividiram o trabalho em três etapas; sendo a primeira, a mensuração do intervalo de tempo requerido para cada revestimento alcançar a temperatura máxima de exotermia durante a reação de presa; a segunda, a determinação da discrepância marginal de adaptação de coroas totais fundidas pelas técnicas em questão; e a terceira, a determinação da rugosidade das coroas metálicas obtidas.

Os autores utilizaram os revestimentos Complete (Jelenko) = CP; Ceramigold (Whip Mix) = CG; Cera-Fina (Whip Mix) = CF; e Power Cast (Whip Mix) = PC. Determinaram a temperatura de exotermia máxima com inserção de um termômetro calibrado com 1O C colocado no centro do anel de fundição e marcando a temperatura a cada dois minutos, no início, e a cada um minuto, quando se aproximava da temperatura máxima. Encontraram as médias de temperatura de CP = 61.5o C; CG = 55.4o C; CF = 57.1o C; PC = 68,6o C.

(57)

mensurados (Traveling stereomicroscope, Alemanha) a partir da distância entre a margem da cera e a margem do troquel com ausência do anel espaçador; incluídos e realizada a eliminação da cera, nas técnicas de fundição convencional e rápida, fundidos com liga de prata-paládio. Obtidas as estruturas metálicas, elas foram assentadas no troquel metálico sob carga de 2kg/10 segundos. Eles mensuraram a discrepância marginal entre a margem da estrutura metálica e a margem do troquel, e subtraindo esta da primeira mensuração, obtiveram o valor da discrepância marginal. O uso do espaçador permitiu detectar discrepâncias de expansão e contração da área marginal.

Na terceira etapa avaliaram a rugosidade superficial nas duas técnicas de fundição por meio do Surftest (Mitutoyo, Japão) e microscopia eletrônica de varredura.

Os autores não encontraram diferenças estatísticas de discrepância marginal para todos os revestimentos testados quando comparados às técnicas de fundição rápida e convencional, como também a média de rugosidade superficial não apresentou diferenças. Para a técnica de fundição rápida constataram que o revestimento Power-Cast apresentou melhor resultado, seguido do Ceramigold, Complete e Cera-Fina. Concluíram que uma aceitabilidade clínica de coroas completas fundidas pode ser obtida com a técnica rápida se as condições de aquecimento forem selecionadas para cada revestimento.

(58)

__________________________________________________Revisão da Literatura 57

Analisaram as resinas: Adapta-Folie (BEGO, Germany); Delrin (Du Pont de Nemours Deutschland, Germany); Erkolen (Erkodent, Germany); Hostalen (Hoechst, AG); Lexan (GE Plastics, Canada); Lupolen (BASF AG, Alemanha); Novolen (BASF AG, Alemanha); Palavit G (Heraeus Kulzer, Alemanha); Palavit GCG (Heraeus Kulzer, Alemanha); Pattern Resin (G.C. Dental Products, Japão); Plexiglas (Röhm, Alemanha); Polyman (A. Schulman. Alemanha); Polystyrol (BASF AG, Alemanha); Ultramid (BASF AG, Alemanha) e Visio Form (ESPE Dentalmedizin, Alemanha), antes do processo de fundição, e o metal após a fundição para determinar diferenças na estrutura superficial. A mensuração foi realizada utilizando-se rugosímetro (modelo S8P, Feinprüf Perthen GmbH – Alemanha). Para isso confeccionaram um corte piramidal nas superfícies dos espécimens para leitura, sempre no mesmo local, utilizando o procedimento do corte calibrador, um método óptico 3-D de análise das condições superficiais para anotações paralelas.

Como a superfície de uma fundição dental é determinada por componentes do revestimento, a concentração do líquido especial e metal a ser fundido foram mantidos constantes, sendo utilizado o revestimento Ceramigold (Whip Mix Corporation, Alemanha).

(59)

(6,6µm e 1,1µm), Polyman (6,9µm e 1,1 µm) e Palavit G (8,1 µm e 1,3 µm). Os autores acreditam que as estruturas superficiais das resinas livres de resíduos de queima examinadas estiveram num limite aceitável para técnica de fundição dental, e que a aplicação destas resinas na fundição é recomendável, podendo substituir as ceras ou combinações ceras/resinas.

(60)

__________________________________________________Revisão da Literatura 59

podem levar à melhora nos resultados. Quanto ao sentido de leitura da desadaptação não foi encontrada diferença estatisticamente significante.

Takahashi et al. (1999) desenvolveram um dispositivo para mensurar a expansão de presa interna dos revestimentos fosfatados e estimar o efeito que os diferentes materiais para padrão poderiam ter no interior do revestimento durante a expansão de presa.

Eles utilizaram o revestimento GC VEST C (Taisei Dental Mfg Co Ltda) para inclusão e cera dura, cera macia e resina acrílica autopolimerizável como materiais para padrão. Para todos os materiais encontraram expansão vertical (2,26% -2,73%) maior que expansão horizontal (0,09% - 1,50%). A cera dura apresentou expansão horizontal maior na região cervical (1,39%) que na região oclusal, devido ao maior volume do material; pouca expansão horizontal ocorreu na resina acrílica, em função de sua rigidez, e na cera macia a expansão foi praticamente igual em toda sua extensão ocluso-cervical. Concluíram que o revestimento fosfatado promove expansão de presa não uniforme, principalmente no sentido horizontal.

(61)

O autor confeccionou padrões de cera para coroas totais e realizou a inclusão utilizando revestimento fosfatado (Complete, J. F. Jelenko). Dividiu sua amostra em três grupos: grupo I, para o qual aguardou 15 minutos de espera de presa de bancada e, em seguida, levou a um forno a 704°C, mantendo essa temperatura por 15 minutos; grupo II, cujo tempo de espera foi de 30 minutos e, em seguida, mantido por mais 30 minutos no forno a 704°C; grupo III, o tempo de espera de presa de bancada de 60 minutos e, após, levado a um forno a temperatura ambiente, elevada a 648°C em 30 minutos e mantida por 60 minutos.

Ele observou que o diâmetro externo das coroas foi ligeiramente maior nas peças fundidas que nos padrões de cera e esse aumento não foi estatisticamente significante entre os grupos estudados. A reprodução dos detalhes marginais foi menor no grupo III que nos grupos I e II, que não exibiram diferenças significantes entre si, porém, o grupo III, apresentou a maior rugosidade superficial. Concluiu então que, as fundições podem ser feitas com sucesso tanto pela técnica de fundição convencional quanto pela rápida e que, um tempo pequeno de presa de bancada (15 minutos) e de forno (15 minutos), apresentam maior risco para fratura do bloco de revestimento, contudo, afirma que mais pesquisas são necessárias porque existem muitas perguntas sem respostas.

(62)

__________________________________________________Revisão da Literatura 61

maior expansão total foi do revestimento Rema Exakt (1,77%) e a menor do Selevest D (0,40%), porém eles afirmam que apenas o revestimento Rematitan Plus (§0,95%) resultou em aceitabilidade clínica da faixa de superestruturas, pois esta liga apresenta uma contração de 0,92%, e a manipulação da expansão total pela alteração da expansão de presa sozinha assume, para os autores, que a proporção do líquido especial não tem efeito na expansão térmica, mas os fabricantes do Rematitan Plus e Rema Exakt sugerem que, com o decréscimo do volume do líquido especial, também haja uma diminuição da expansão térmica.

(63)

Para as três medidas na face vestibular, diferenças significantes foram encontradas em cada cera, sendo que a cera Paraffin 38 demonstrou melhores resultados em nível de adaptação. Concluíram que maior foi a contração de fundição quanto maior foi a temperatura de plastificação da cera, sendo que o grau de expansão de presa foi influenciado pela magnitude do escoamento desta cera e, utilizando-se 100% de líquido especial nos revestimentos, a contração de fundição foi menor.

(64)

__________________________________________________Revisão da Literatura 63

resultados favoráveis também aos outros revestimentos, antes de se abandonar a técnica de fundição convencional.

(65)
(66)

_______________________________________________________________Proposição 65

3 PROPOSIÇÃO

F

rente aos constantes avanços e inovações tecnológicas que ocorrem na minuciosa área da fundição odontológica, buscando novos materiais que se adaptem às ligas alternativas, e sabendo da real peculiaridade existente com a interação destes materiais e técnicas utilizadas, este estudo tem a proposta de:

Comparar dois materiais para confecção de padrões, cera e resina acrílica quimicamente ativada, avaliando qual deles resultará em infra-estruturas metálicas com melhores resultados de adaptação marginal;

Comparar dois diferentes revestimentos, um aglutinado por fosfato e isento de Ca (Termocast) e outro à base de cerâmica granulada (Micro Fine 1700), para inclusão dos padrões de cera e resina acrílica quimicamente ativada, avaliando qual deles promoverá melhores resultados de adaptação marginal;

(67)
(68)

_______________________________________________________Material e Método 67

4 MATERIAL E MÉTODO

4.1 Materiais utilizados:

4.1.1 Cera

FIGURA 1 – Cera escultura Galileo para confecção dos padrões.

(69)

4.1.2 Resina acrílica quimicamente ativada

FIGURA 2 – Resina acrílica quimicamente ativada, Duralay, para confecção

dos padrões.

(70)

_______________________________________________________Material e Método 69

4.1.3 Revestimentos

4.1.3.1 Revestimento Micro Fine 1700

FIGURA 3 – Revestimento Micro Fine 1700 e seu líquido especial.

Revestimento à base de cerâmica granulada para altas temperaturas de fusão e fundição rápida - Micro fine 1700 (Talladium do Brasil, Curitiba, Paraná, Brasil).

Consistência... 22ml líq para 90g de pó Tempo de trabalho... 6 minutos a 72o F ou 22oC Tempo de presa inicial... 9 minutos a 72o F ou 22oC Tempo de presa final... 15 minutos a 72o F ou 22oC Expansão de presa... 1,4%

Expansão térmica... 1,8% Expansão total... 3,2%

(71)

4.1.3.2. Revestimento Termocast

FIGURA 4 – Revestimento Termocast e seu líquido especial.

Revestimento aglutinado por fosfato, isento de Ca, para fundições em altas temperaturas – Termocast (Polidental, São Paulo, Brasil)

Consistência... 16ml/100g Tempo de trabalho... 2 a 4 minutos Tempo de presa (23o C)... 6 minutos Expansão de presa... 1,25% Expansão higroscópica... 1,50% Expansão térmica (700o a 1000o C)... 1,25%

Expansão total 4%

(72)

_______________________________________________________Material e Método 71

4.1.4 Liga Metálica

FIGURA 5 – Liga de Ni-Cr Vera Bond II.

Liga de Ni-Cr Vera Bond II (Aalba Dent, Cordelia, U.S.A.) 75.55% Ni……… 3.50% Si 11.50% Cr……… 4.25% Nb 3.50% Mo... 2.25% Al Resistência à tração, psi (MPA)... 119.000(821) Resistência ao escoamento, psi (MPA)... 111.000(766) Elongação %... 4

Dureza ... 195(Vickers) Densidade, g/cm3... 8,0

(73)

4.2 Troquel e matriz

Um troquel metálico foi obtido com a moldagem (Silicone de adição Elite Double17, Zhermack, distribuído por Labordental Ltda, São Paulo, Brasil) e duplicação do troquel metálico desenvolvido por Yamaguti (2002), apresentando preparo cervical em chanfrado na face vestibular e nos terços vestibulo-proximais, e chanferete nas demais faces. Optou-se pelo uso de troquéis metálicos para preservar a integridade do preparo, particularmente as margens, durante os procedimentos laboratoriais (FUSAYAMA, 1959; MARKLEY; KRUG, 1969).

O troquel foi fixado em gesso especial tipo IV (Durone – Dentsply Latin Americana, Ind. Com. Ltda), numa base quadrada de plástico rígido de 20 x 20 mm e 50mm de altura, e se realizou indexações (guias) nas suas laterais (Figura 6).

a

b

c

FIGURA 6 – Troquel metálico: a= preparo cervical em chanferete; b=preparo

(74)

_______________________________________________________Material e Método 73

Confeccionou-se um padrão com base de resina acrílica e enceramento correspondente ao de uma estrutura metalo-cerâmica, diretamente sobre o troquel metálico, isolado com vaselina sólida branca (Indústria Farmacêutica Rioquímica Ltda) (Figura 7).

FIGURA 7 – Padrão inicial sobre o troquel metálico.

O conjunto troquel metálico/padrão inicial foi moldado com silicone de compensação (Zetaplus – Zhermack, distribuído por Labordental Ltda, São Paulo, Brasil), originando uma matriz.

(75)

c b

a

FIGURA 8 – Matriz em silicone para confecção dos padrões. A primeira

imagem (a) apresenta o anel de plástico, mantendo as partes da matriz unidas; a segunda imagem (b) é uma vista superior desta matriz e a terceira imagem (c) mostra as partes da matriz separadas.

4.3 Obtenção dos padrões

(76)

_______________________________________________________Material e Método 75

FIGURA 9 – Padrões de cera escultura Galileo. A primeira imagem é

referente à cera no interior da matriz, sem a remoção dos excessos; a segunda imagem, ao padrão sobre o troquel; e a terceira imagem apresenta os padrões prontos para serem incluídos.

Para os padrões de resina acrílica quimicamente ativada Duralay (Reliance Dental Mfg. Co, Chicago, USA) foram realizadas a mesma seqüência, porém, utilizando resina acrílica Duralay na sua fase plástica. Após a polimerização desta resina, a matriz foi aberta e o conjunto troquel/padrão em resina acrílica foi removido. A seguir, foram feitos os recortes dos excessos e a correção do selamento marginal por meio da técnica de Nealon, como descrito por Alves Rezende et al. (1992) (Figura 10).

FIGURA 10 - Padrões de resina acrílica quimicamente ativada, Duralay.

(77)

Imediatamente à obtenção dos padrões, estes foram fixados em uma barra de cera unida ao canal de alimentação, originando uma estrutura em forma de “T”, que foi confeccionada com bastões de cera Babinete n°5 (Ceras Babinete Ltda, Ind. Bras.), e esta, na base formadora de cadinho, com cera rosa n°9 (Wilson-Ind. Com. Art. Dent. Ltda-Brasil).

Em cada barra de cera foram fixados sete padrões com 45O de inclinação em relação à superfície oclusal. A fixação foi realizada sempre na região correspondente à cúspide vestibular, ficando a face palatina voltada para o exterior e a face vestibular para o interior do anel de silicone.

Cada conjunto foi incluído, utilizando anel de silicone para fundição de 120 gramas (anel no5 - OGP Produtos Odontológicos – Brasil), previamente vaselinado (vaselina sólida branca , Indústria Farmacêutica Rioquímica Ltda).

Os padrões mantiveram uma distância de 6 mm da borda superior dos anéis, e antes da inclusão, receberam a aplicação de uma solução redutora de tensão superficial Anti-bolhas Padron (Kota Ind. Comércio Ltda) e secagem com leves jatos de ar (LACY et al., 1985).

(78)

_______________________________________________________Material e Método 77

FIGURA 11 - Conjunto, barra/canal de alimentação e mais 7

padrões posicionados no anel de silicone de 120 gramas para fundição com os padrões em 45O de inclinação em relação à superfície oclusal.

4.4 Inclusão

(79)

Tabela 1 – Condições de inclusão dos revestimentos Revestimento Líquido

Especial (%)

Pó/Líquido Ambiente

durante a presa

Micro Fine 1700 75% 120g/21ml líquido especial e 8ml água destilada

Pressão 35 psi

Termocast 100% 120g/20,05ml líquido especial Pressão 35 psi

Com o intuito de se obter uma superfície mais lisa na peça fundida, após inclusão dos padrões, o anel foi mantido numa panela de pressão (EDG Equipamentos, São Carlos, São Paulo, Brasil), com 110 Kgf/cm2, por 5 minutos. Depois disso, o anel foi retirado e o tempo de presa de bancada à pressão ambiente foi aguardado (JOHNSON, 1992; JUSZCZYK, 2000).

(80)

_______________________________________________________Material e Método 79

Tabela 2 – Grupos amostrais de estudo

Grupos

Interação

Grupo 1 (P1R2T2) Padrão de Cera

Revestimento Micro Fine 1700 Técnica de Fundição Rápida

Grupo 2 (P1R1T2) Padrão de Cera

Revestimento Termocast Técnica de Fundição Rápida

Grupo 3 (P1R2T1) Padrão de Cera

Revestimento Micro Fine 1700 Técnica de Fundição Convencional

Grupo 4 (P1R1T1) Padrão de Cera

Revestimento Termocast

Técnica de Fundição Convencional

Grupo 5 (P2R2T2) Padrão de Resina

Revestimento Micro Fine 1700 Técnica de Fundição Rápida

Grupo 6 (P2R1T2) Padrão de Resina

Revestimento Termocast Técnica de Fundição Rápida

Grupo 7 (P2R2T1) Padrão de Resina

Revestimento Micro Fine 1700 Técnica de Fundição Convencional

Grupo 8 (P2R1T1) Padrão de Resina

Revestimento Termocast

Técnica de Fundição Convencional

4.5 Fundição

(81)

centrífuga armada com 3 voltas (EDG Equipamentos, São Carlos, São Paulo, Brasil).

Foram realizadas as seguintes técnicas de fundição (Gráfico 1):

4.5.1 Técnica de Fundição Convencional: 60 minutos foram aguardados para presa do revestimento. Em seguida, este foi levado ao forno que estava em temperatura ambiente e foi aquecido escalonadamente a 14,7OC/minuto até atingir a temperatura de 250OC, e permaneceu nesta temperatura por 30 minutos. Num segundo estágio de forno, a temperatura subiu escalonadamente 21,1OC/minuto até alcançar 950OC e permaneceu nesta temperatura mais 30 minutos, para então se proceder a fundição.

(82)

_______________________________________________________Material e Método 81

5

15

30 40 50

80 90 100 120

50

100

150

250

750

950

min.

o

C

GRÁFICO 1 – Gráfico esquemático da velocidade de aquecimento dos blocos

de revestimento: temperatura (ºC) x tempo (min.), nas técnicas de fundição convencional (linha verde) e rápida (linha azul).

4.6 Desinclusão

(83)

Não foi realizado procedimento de usinagem para adaptação. Somente bolhas positivas foram removidas com broca de carboneto de tungstênio n°2 (Carbide –SSWhite Artigos Dentários Ltda), quando necessário.

4.7 Determinação do desajuste marginal

(84)

_______________________________________________________Material e Método 83

FIGURA 12 - Microscópio Comparador Digital Mitutoyo.

As estruturas metálicas foram identificadas por números ordinais na porção oclusal, indicando o padrão, o revestimento e a técnica de fundição com as quais foram confeccionadas. Elas eram escolhidas ao acaso para se realizar as mensurações da desadaptação cervical e, após, eram separadas de acordo com seu grupo; isto para evitar qualquer tendenciosidade.

(85)

FIGURA 13– Pontos em negrito demarcando, esquematicamente, o local da

mensuração da desadaptação marginal nas quatro faces (V, L, M, D.)

M D

V

(86)

_______________________________________________________Material e Método 85

Yamaguti

a b

FIGURA 14 – Esquema da desadaptação marginal mensurada: distância entre o

pontoa e b representa a desadaptação marginal.

4.8 Análise Estatística

Os resultados obtidos foram analisados pela Técnica de Análise de Variância – ANOVA (Analisys of Variance), que permitiu comparar os grupos, considerando a dispersão (Variância) dos valores dentro de cada grupo e entre os grupos.

(87)
(88)

_______________________________________________________________Resultado 87

5 RESULTADO

A

s médias gerais de desadaptação marginal encontradas para as infra-estruturas metálicas em relação ao troquel metálico, segundo o material para confecção do padrão, revestimento e técnica de fundição utilizados neste trabalho estão representadas na Tabela 3.

Tabela 3– Média Geral e respectivo desvio padrão das desadaptações, em µm,

de cada material de padrão utilizado, bem como o revestimento e técnica de fundição.

Técnica de

fundição

Material de confecção do

padrão

Revestimento Micro-fine 1700

Revestimento Termocast

Convencional Cera 86,0A, a ± 0,0583 104,4 B, a ± 0,0523

Resina 185,3 B, b ± 0,1334 57,4A, a ± 0,0284

Rápida Cera 59,4A, a ± 0,0521 166,9B, b ± 0,0431

Resina 55,4A, a ± 0,0189 55,6A, a ± 0,0343

Letras maiúsculas distintas entre si representam a análise na coluna, e letras minúsculas distintas representam a análise na linha, com diferença estatisticamente significante para p<0,05.

As médias de desadaptação marginal das infra-estruturas metálicas para cada tipo de material para o padrão estudado, segundo a técnica de fundição e revestimentos empregados, estão apresentadas nas tabelas de 4 a 7, que estão posicionadas no capítulo dos anexos.

(89)

0 50 100 150

Rápida

Técnica de fundição

Material para padrão x Técnica de

fundição

Resina Cera D E S A D A P T A Ç Ã O ( µ m )

b b

b a

Convencional

Letras minúsculas distintas entre si representam diferença estatisticamente significante para p<0.05

GRÁFICO 2 – Média da desadaptação marginal, em µm, para cada técnica de

fundição: rápida e convencional, em relação a cada material para padrão: resina e cera.

O grupo das infra-estruturas metálicas obtidas com padrões de resina acrílica apresentaram uma média de desadaptação (55,5) estatisticamente menor (p<0.05) à média dos padrões de cera (113,1) quando estes foram fundidos pela técnica de fundição rápida, e pela técnica de fundição convencional não apresentaram diferenças estatisticamente significantes.

(90)

_______________________________________________________________Resultado 89 0 50 100 150 Rápida Convencional

Técnica de fundição

Técnica de fundição x Revestimentos

Termocast Micro Fine D E S A D A P T A Ç Ã O (µm )

d a

c b

Letras minúsculas distintas entre si representam diferença estatisticamente significante para p<0.05

GRÁFICO 3 - Média da desadaptação marginal, em µm, para as técnicas de

fundição: rápida e convencional, em relação aos revestimentos utilizados: Termocast e Micro Fine 1700.

Quando foi utilizado o revestimento Micro Fine 1700, obteve-se infra-estruturas com médias de desadaptações (57,4) estatisticamente menores (p<0.05) que ao se usar o revestimento Termocast (111,2) e a técnica de fundição rápida; contudo, o revestimento Termocast apresentou média de desadaptação (80,9) estatisticamente menor (p<0.05) quanto ao revestimento Micro Fine 1700 (135,6) na técnica de fundição convencional.

(91)

0 20 40 60 80 100 120 140

Termocast Micro Fine

Revestimento

Revestimento x Material para padrão

Cera Resina D E S A D A P T A Ç Ã O ( µ m )

a

d c b

Letras minúsculas distintas entre si representam diferença estatisticamente significante para p<0.05

GRÁFICO 4 - Média da desadaptação marginal, em µm, entre os

materiais para padrão: cera e resina acrílica, em relação aos revestimentos utilizados: Termocast e Micro Fine 1700.

Frente à utilização do revestimento Termocast, o grupo de infra-estruturas metálicas obtidas com padrões de resina acrílica apresentou uma média de desadaptação (56,5) estatisticamente menor (p<0.05) que o grupo de padrões de cera (135,6). Já quando utilizado o revestimento Micro Fine 1700, o grupo das infra-estruturas metálicas obtidas com padrões de cera apresentaram uma média de desadaptação (72,7) estatisticamente menor (p<0.05) que a média dos padrões de resina (120,3).

(92)

_______________________________________________________________Resultado 91

0

50

100

150

200

D e sa da pt a çã o ( µ m )

Resina

Cera

Material para Padrão

Material para padrão x Revestimento x Técnica

de fundição

Termocast/Rápida Termocast/Convencional MicroFine/ Rápida MicroFine/Convencional b b a b

a a a a

Letras minúsculas distintas entre si representam diferença estatisticamente significante para p<0.05

GRÁFICO 5 - Média da desadaptação marginal, em µm, das infra-estrutras

metálicas, analisando os materiais para padrão: cera e resina acrílica, em relação os revestimentos: Termocast e Micro Fine 1700; e as técnicas de fundição: rápida e convencional.

As infra-estruturas metálicas obtidas com padrões de resina acrílica apresentaram média de desadaptação marginal menor ao se utilizar o revestimento Micro Fine 1700 pela técnica de fundição rápida (55,4), seguida pelo revestimento Termocast utilizando a mesma técnica (0,0556), e novamente o revestimento Termocast, mas pela técnica de fundição convencional (57,4), sendo que o revestimento Micro Fine 1700, por meio da técnica de fundição convencional, apresentou a maior desadaptação marginal (185,3) estatisticamente significante (p<0.05) em relação aos grupos anteriores.

(93)

pela técnica de fundição convencional (86,0). Estes valores estão estatisticamente diferentes em relação ao revestimento Termocast pela técnica de fundição convencional (104,4) e revestimento Termocast em técnica de fundição rápida (166,9), pois apresentaram os maiores valores de desadaptação marginal.

As infra-estruturas metálicas obtidas com o grupo 2 (59,4) não apresentaram valores médios de desadaptação marginal estatisticamente significantes em relação ao grupo 6 (55,4), nem aos grupos 5 (55,6) e 7 (57,4). Houve diferença apenas em relação ao grupo 8, que apresentou média de desadaptação maior.

As infra-estruturas obtidas com o grupo 4 (86,0) não apresentaram valores médios de desadaptação marginal estatisticamente significantes em relação ao grupo 6 (55,4), nem aos grupos 5 (55,6) e 7 (57,4). Houve diferença quanto ao grupo 8, que apresentou média de desadaptação maior.

As infra-estruturas metálicas obtidas com o grupo 3 (104,4) apresentaram valores médios de desadaptação marginal maiores, estatisticamente significantes (p<0.05) em relação aos grupos 6 (55,4); 5 (55,6) e 7 (57,4); contudo, não apresentaram diferenças estatisticamente significantes em relação ao grupo 8 (185,3).

(94)

________________________________________________________________Discussão

Referências

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