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Aprendizagem de Eletromagnetismo via Programação e Computação Simbólica.

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Academic year: 2017

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(1)

Aprendizagem de Eletromagnetismo via Programa~ao

e Computa~ao Simbolia

LearningEletromagnetismViaProgrammingandSymboliComputation

D. T. Alves

, J. V. Amaral y

, J.F. MedeirosNeto z

UniversidadeFederaldoPara,

Departamentode Fsia,Rua AugustoCorr^ea,1

66075-110, CaixaPostal479,Belem,PA,Brasil

E. S. Cheb-Terrab x

Centre forExperimentalandConstrutiveMathematis

DepartmentofMathematis andStatistis,SimonFraserUniversity

BurnabyMountainCampus,Burnaby,BCCanadaV5A1S6

eUniversidadedo EstadodoRiode Janeiro, InstitutodeFsia,

Rua S~aoFranisoXavier, 524,20550-013Riode Janeiro, RJ,Brasil

Reebidoem20deabril,2002. Aeitoem26dejunho,2002.

Relatamosaexperi^eniadeutilizarprograma~aoemMapleomoferramentade aprendizagemdo

estudantenumursobasiodeteoriaeletromagnetia. Areditamosqueesterelatopossaserutil a

quemdesejarutilizaroomputadoromoinstrumentopedagogionoensinodeFsia.

We desribe anexperieneinusing programming inMaple asa student'stool for thelearning of

introdutoryeletromagneti theory. Webelievethatthispaperanbeofuseforthoseinterested

inusingomputersasapedagogialtool.

I Introdu~ao

Denomina-se omputa~ao algebria (CA) a

mani-pula~ao de smbolos matematios - feita no

omputa-dor-deaordoomasregrasabstratasdamatematia

simbolia. Entre os mais onheidos softwares que

permitem este tipo de manipula~ao est~ao oMaple 1

e

o Mathematia 2

. Nestes sistemas de CA

enontram-se implementadas, por exemplo, regras de algebra,

trigonometria e alulo, de modo que pesquisadores

e estudantes podem derivar, integrar, obter a solu~ao

de equa~oes difereniais, simpliar express~oes,

repre-sentar graamente ampos esalares, vetoriais e

ur-vas parametrias. Alem dos omandos usuais, esses

sistemas de CA permitem um fail e rapido

desen-volvimento de programas matematios, atraves de um

repertorio vasto de fun~oese opera~oes. Poressas

a-raterstias,autiliza~aodaCAtemseintensiadoa

ada dia, assumindo um papel ada vez mais

impor-tantetanto napesquisaquantonaedua~ao[1-9℄.

Pesquisadorese estudantes podem utilizar um

sis-tema de CA basiamente de duas formas: usando os

omandosquejaseenontramdisponveisnosistema,

ouonstruindo(programando)aspropriasferramentas

ou sequ^enia de opera~oes matematias que julguem

neessarias.

Empesquisa podemosusarosomandos e fun~oes

ja implementados na resolu~ao de problemas difeis

de serem resolvidos sem o auxlio da omputa~ao

algebria. Caso neessitemos de ferramentas que n~ao

estejamdisponveis,podemosprogramarnovos

oman-dos, tomando omo base os omandos e fun~oes ja

daniloufpa.br

y

jairamaralyahoo.om.br

z

jfmnufpa.br

x

eterrabem.sfu.a

1

http://www.maplesoft.om

(2)

implementados, uma vez que eles est~ao aessveis ao

usuarionumsistemadeCAtpio,omooMaple. Esta

possibilidadededesenvolverprogramasapartirdosja

existentes e uma pratia usual e que failita

enorme-menteaprograma~aoemCA.

Por outro lado, no proesso de aprendizagem, o

aluno pode usaros omandos e fun~oes ja

implemen-tados, por exemplo, ao explorar a solu~ao de uma

dadaequa~ao,alterandoseuspar^ametroseobtendo

as-simnovas solu~oes. Dessa forma, epossvel examinar

um grande numero de exemplos em urto espao de

tempo. Emadi~ao,muitosdosgraospodem ser

ani-mados, sendoaanima~ao uma ferramenta pedagogia

poderosa, n~ao disponvelnos livros-texto e de grande

valia na ilustra~ao de proessosdin^amios. Esse tipo

deutiliza~aodaCAemedua~aoehojeemdiaomum

[6,7℄. Ousodaprograma~aoemCAomoinstrumento

de aprendizagem, entretanto,ebemmenosdifundido.

Neste trabalho,desrevemosnossa experi^eniaom

ousodosomandosdeMapleebasiamentedasua

lin-guagem de programa~ao omo instrumentos de

apren-dizagem em um urso de introdu~ao a teoria

eletro-magnetia. Tendo emvista estaaprendizagem,

enten-demosqueaprograma~aodeveserfeitapeloaluno(que

atuariaomoagentedeonstru~aodeseuproprio

on-heimento), e n~ao pelo professor. Diferentemente do

pesquisador, que programa objetivando onstruir

fer-ramentasn~ao disponveisnossistemas deCA, oaluno

programavisandoaprender,onstruindooproprio

o-nheimento.

EsteusodaCA gerouum ambiente extremamente

positivodeaprendizado,explorandoaexpress~aode

on-eitosabstratoseasequ^eniaalgortmiadepassosna

resolu~ao de problemas atraves da linguagem de

pro-grama~ao do sistema Maple. Como as linguagens de

omputa~ao s~ao preisas e n~ao ambguas, de aordo

omValente [4℄ oaluno que representa aresolu~ao de

umproblemasegundoumprogramadeomputador,tem

uma desri~ao formal e preisa dessa resolu~ao,

apu-randoseuentendimentosobreaestruturalogiadetoda

uma lasse de problemas semelhantes ao que ele esta

tratando.

Mais ainda, orientar o aluno a se onentrar na

sequ^enia logia que leva a solu~ao de um problema

-apontodeserapazderiarprogramasquesimulem

talsequ^enia-semterquedesviaraaten~aoomevitar

os\errosdeontas",aelerounotavelmenteotempode

matura~ao dosoneitos. As teniasdeprograma~ao

tambem trazem, de um modo geral, um divertimento

onretoparaalunosqueoptaramporareasdei^enias

exatas e tenologias, resultando num inentivo

adi-ional aoproessodeaprendizado. Finalmente,a

pos-sibilidade de experimentar osprogramasfeitos em

di-versos problemas, seguida da orre~ao eajuste desses

programas,ajudouonretamenteaidentiar os

pon-tosn~aoentendidosdateoria. Osuessodeadaajuste

resultou num estmulo onreto e tangvel para ada

passoafrentedadopeloalunonainorpora~aodonovo

onheimento.

Durante o urso implementamos, via CA, varios

programas,dentreosquaisvariossugeridosemedi~oes

modernas de livros destinados ao urso de Fsia de

gradua~ao. Porexemplo, podemos itar o tradiional

Fsia, de Resnik, Hallidaye Krane [10℄, que trazao

nal dos aptulos uma olet^anea de problemas para

seremresolvidosviaprograma~ao 3

.

Quanto a estruturado urso,as aulas para alunos

degradua~aoemQumiaeEngenhariaCivildaUFPA

foramministradasdaformausual,via\quadronegro",

mas om os alunos dispondo de omputadores (tr^es

alunos poromputador, em media), equipados om o

sistema Maple. Os alunos tinham aesso failitado

aos omputadores fora do horario de aula, enquanto

que, durante o tempo de aula, uma parte importante

transorreuomosalunostrabalhandoefetivamenteno

omputador,omoprofessorassistindoosdiversos

gru-pos.

Finalmente,aberessaltarqueaapresenta~aodeste

trabalho n~ao tem por objetivo veriar, em termos

estatstios, a ei^enia pedagogia do uso da

pro-grama~ao via omputa~ao algebria omo ferramenta

de aprendizagem. Isso so poderia ser obtido atraves

darepeti~aodaexperi^eniaomvariasoutrasturmas.

Onossoobjetivoonsisteemmotivaraaplia~aodesta

tenia a quem tiver interesseno uso do omputador

emedua~ao.

Orestantedesteartigoestaorganizadoomosegue.

Nase~aoII,relatamosaexperi^eniaemtrabalharom

alunosque,aoiniodourso,n~aotinhamtidoqualquer

ontatoomumsistemadeCA.Nase~aoIII,damos

al-guns exemplosdametodologiausadadurante ourso.

Nase~aoIV,expomosde maneiraresumidaospontos

queahamosmaisimportantesdestaexperi^enia.

II Primeiras aulas: omandos

basios e no~oes de

pro-grama~ao

Consideremosumprofessorquedaraaulasparauma

turma de gradua~ao, ujos alunos n~ao tenham tido

qualquerontatoprevioomCA. Ele poderia

(3)

tar,nessasondi~oes,qualaviabilidadedeonduzirum

ursobaseadoemomputa~aoalgebria.

Trabalhando omalunosdegradua~ao,totalizando

43 alunos - 29 do urso de Engenharia Civil e 14 do

urso deBahareladoem Qumia,divididosem3

tur-masomerade14alunosemadauma-observamos

que apenas uma aulafoi suiente paraque osalunos

adquirissem erta familiaridade om a sintaxe basia

doMapleeomeassemafazeralulosporsiproprios,

tornando-se aptos a ja utilizar o omputador no

pro-essodeaprendizagem.

Oproedimentoadotadonessaprimeiraaulafoiode

oloaroalunoemontatoomalgunsdosomandose

regrasbasiasdasintaxedoMaple,mostrandotambem

omofazeraluloselementares,usarvariasdasfun~oes

ja implementadas, omo as fun~oes trigonometrias,

os operadores de deriva~ao, integra~ao, et. Tambem

mostramos omo realizar graos em duas e tr^es

di-mens~oes (vide Figs. 1e 7). Ao nal da aula,

sugeri-mos aosalunosveriaromoepossvelexpandir esse

onheimentoatravesdaop~aoHelp,ofereidapelo

sis-tema. Oprofessorpode guiarosalunosnesse primeiro

ontato om o Maple, tomando tambem omo base

as se~oes-guiaparanovosusuarios(New User'sTour),

disponveisnoHelp.

Aposumprimeiroontatoomosomandosea

sin-taxe basia, mostramosao aluno,numa segundaaula,

omoelepodeonstruirferramentasporsiproprio,

uti-lizando a linguagem de programa~ao do sistema. Ao

nal da aula sugerimos varios exerios relaionados

omaonstru~aodepequenosprogramas.

Foram,portanto,neessarias2aulas(2horasada)

para que os alunos adquirissem erta familiaridade

mnimaomosomandosbasiosdoMapleeno~oesde

programa~ao.

Eimportanteressaltarquetaisno~oesja

permitemaoalunorealizaralulos,experimentos

om-putaionais e pequenos programas, uteis no proesso

de aprendizagem. Novasferramentasetenias foram

sendo gradativamente introduzidas durante o urso,

onformeaneessidade.

Oonteudoministrado foiousual, enontradonos

livrossobreoassunto,porexemplo[10,11,12℄. Alguns

exemplos, entretanto, foram extrados de livros mais

avanadosomo,porexemplo,[13℄.

III Aplia~oes a aprendizagem

de eletromagnetismo

Nesta se~ao, expomos varias aplia~oes de

pro-grama~ao via CA na aprendizagem de oneitos

rela-ionadosom a teoriaeletromagnetia, iniiando om

os oneitos de ampos esalares e vetoriais. Numa

primeiraetapadesseproessodeaprendizagem,o

estu-danteeapresentadoasdeni~oesdeampoesalare

ve-torial. Asaber,umampoesalarrealeumafun~ao

que mapeia ada ponto ~r doespao lR 3

num numero

(~r)2lR. Umampovetorialreal~veumafun~aoque

mapeia ada ponto ~r do espao numvetor~v(~r), ujas

omponentes s~aofun~oesreais de~r. Logono iniode

umursobasiodeeletromagnetismo,oalunosedepara

omessesdoistiposdeampo,tantooesalar,atraves

do potenial eletrio V, quanto ovetorial, atravesdo

ampo eletrio ~

E. Numa segunda etapa do proesso,

taisoneitos,aindan~aoamadureidos,podemser

ma-terializados na implementa~ao de uma serie de

exem-plosde tais fun~oes matematias, dispostas em forma

de rotinas omputaionais. Por exemplo, podemos

pedir ao aluno que implemente omputaionalmente

as seguintes fun~oes: (x;y;z) = 1= p

x 2

+y 2

+z 2

,

~v

1

(x;y)=x ^

i+y ^

j,~v

2

(x;y)=y ^

i+x ^

j,~v

3

(x;y)=y ^

i x ^

j

e~v

4

(x;y)=(sen (x)+1) ^

j, queresultam nasseguintes

rotinas:

> phi := (x,y,z)->1/sqrt(x^2+y^2+z^2);

> v1 := (x,y,z)->[x,y,0℄;

> v2 := (x,y,z)->[y,x,0℄;

> v3 := (x,y,z)->[y,-x,0℄;

> v4 := (x,y,z)->[0,sin(x)+1,0℄;

Durante a elabora~ao de tais rotinas, o aluno

amaduree os oneitos de ampo esalar e vetorial,

perebendo que o input das fun~oes , ~v

1 , ~v

2 , ~v

3 e

~v

4

e do mesmo tipo, a saber uma sequ^enia de tr^es

numeros reais x;y;z. Quanto aos outputs, osdo

ope-rador s~aoobjetos tipof(x;y;z), portanto esalares,

enquantoosdosoperadores~v

1 ,~v

2 e~v

3 e~v

4

s~aoobjetos

tipo [f

1

(x;y;z);f

2

(x;y;z);f

3

(x;y;z)℄ 4

, logo vetoriais.

Numatereiraetapa,taisrotinaspodemserusadas,por

exemplo,noaprendizadodo meanismode onstru~ao

degraosdeamposvetoriais. Numprimeiroinstante,

expliamosoneitualmenteomodesenhargraos

as-soiadosaamposvetoriais: paraadaampo,deve-se

esolherumonjunto depontos e,emada ponto,

de-senharovetorassoiado,deaordoomafun~aodada.

Emseguida,pedimosaosalunosque,usandolapise

pa-pel,semqualquerauxliodoomputador,onstruamos

graosparavariosamposvetorias,dentreeles~v

1 ,~v

2 ,

~v

3 e~v

4

,gerandograosrudimentaresparaosreferidos

ampos. Expliamosque,numproedimento

semelhan-te,soquemaiseiente,oomputadorgeraumgrande

(4)

onjuntodepontos 5

ealulaovetorassoiadoaada

ponto. Fazendousodasfun~oes(rotinas)~v

1 ,~v

2 ,~v

3 e~v

4

queelespropriosimplementaramomputaionalmente,

podem agora, usando o omando \eldplot" gerar os

graosbidimensionaismostradosnasFigs. 1,2,3e4:

> fieldplot([v1(x,y,z)[1℄,v1(x,y,z)[2℄℄,x=-1..1,y=-1..1);

> fieldplot([v2(x,y,z)[1℄,v2(x,y,z)[2℄℄,x=-1..1,y=-1..1);

> fieldplot([v3(x,y,z)[1℄,v3(x,y,z)[2℄℄,x=-1..1,y=-1..1);

> fieldplot([v4(x,y,z)[1℄,v4(x,y,z)[2℄℄,x=-1..1,y=-1..1);

d

A proximaetapa doaprendizado onsiste na

om-para~aodosgraosonstrudosomlapisepapel,aos

obtidosviaomputador,resultandonoaperfeioamento

daapaidadedoalunoemdesenharoumesmousara

imagina~aoparavisualizargraosdeamposvetoriais.

Menionaremos agora oproessode aprendizagem

relaionado om as aplia~oes do operador diferenial

~

r. Os oneitos de gradiente, divergente erotaional

frequentemente onfundem os alunos, pois misturam

opera~oesvetoriaisedifereniais. Oproessode

apren-dizagemdautiliza~aoedosigniadofsio-matematio

da atua~ao detal operador pode ser feitoatravesdas

seguintesetapas. Numaprimeiraetapa,asequ^eniade

opera~oes matematiasligadas omaatua~ao do

gra-diente,dodivergenteedorotaionaleexposta,usando,

porsimpliidade,oordenadasartesianas:

~

rf = f

x ^

i+ f

y ^

j+ f

z ^

k; (1)

~

r~v = v

x

x +

v

y

y +

v

z

z

; (2)

~

r~v =

v

z

y v

y

z

^

i+

v

x

z v

z

x

^

j+

v

y

x v

x

y

^

k: (3)

d

Numa segunda etapa, a m de xar as opera~oes

aimadesritas,oalunopodeorganizaros

proedimen-tos matematios em rotinas omputaionais,

onstru-indo rotinas simples, que gerem o gradiente de uma

fun~aoesalar,assimomo odivergentee orotaional

de uma fun~ao vetorial (todos, por simpliidade, em

oordenadas artesianas). Tais omandos,

denomina-dos\grad",\div"e\rot",podemseronstrudosomo

segue 6

:

> grad := f -> [diff(f,x),diff(f,y), diff(f,z)℄;

> div := v -> diff(v[1℄, x) + diff(v[2℄, y) + diff(v[3℄, z);

> rot := v -> [diff(v[3℄, y) - diff(v[2℄, z),

diff(v[1℄, z) - diff(v[3℄, x),

diff(v[2℄, x) - diff(v[1℄, y)℄;

d

5

OspontosgeradospeloMaplenarealiza~aodeumdadograo,podemservisualizados,sendotalvisualiza~aointeressanteparao

aluno.

6

(5)

Ao realizar a tarefa, o aluno deve pereber que,

apesar de onstrudos a partir de um mesmo

ope-rador vetorial, os proedimentos atuam em fun~oes

distintas. O input do omando \grad" sera do tipo

f(x;y;z),enquantooinputdosomando\div"e\rot"

ser~ao fun~oes vetoriais, representadas no Maple por

[f

1

(x;y;z);f

2

(x;y;z);f

3

(x;y;z)℄. Tambemveriaque

osoutputsresultantesdaatua~aodoomando\div"s~ao

objetos tipof(x;y;z), enquanto \grad"e\rot" geram

objetos tipo [f

1

(x;y;z);f

2

(x;y;z);f

3

(x;y;z)℄. Numa

tereiraetapa,oalunotestaasrotinaselaboradas.

Es-olhe varios exemplos simples de ampos esalares e

vetoriais e alula sem o uso do omputador, o

gra-diente, o divergente e o rotaional, omparando em

seguida om os resultados geradospelas rotinas

om-putaionais. A seguirorrige,seneessario,asrotinas,

de modoaforneeremosresultadosorretos. Tal

pro-essoresultanaxa~aodosproedimentosmatematios

por parte do aluno. Numa etapa nal desse ilo de

aprendizagem,relaionadoomaxa~aodasopera~oes

matematias envolvidas, oaluno pode usaras rotinas

poreleonstrudas,ejatestadas,parainiiarumoutro

ilodeaprendizagem,porexemplo,busandoarela~ao

entreodivergenteeorotaionaldeumampovetorial

e oseu omportamento espaial. Neste sentido,

suge-rimos aos alunos a realiza~ao de graos para varios

amposvetoriaise,em seguida,queprourassem

rela-ionarodivergenteeorotaionaldessesampos,

toma-dos na origem (~r = ~

0), om o omportamento

espa-ialdos ampos proximos a esse ponto. Na tabela 1,

enontram-seresumidasalgumasdasobserva~oesfeitas

pelos alunos.

–1

–0.5

0.5

1

y

–1

–0.5

0.5

1

x

Figura1. Graoparaafun~aovetorial~v1(x;y)=x ^

i+y ^

j:

Campo Figura ( ~

r~v)( ~

0) ( ~

r~v)( ~

0 ) Observa~oesdosalunos

~ v

1

1 2

~

0 \todososvetoressaemdaorigem"

~ v

2

2 0

~

0 \vetoresentramesaemdaorigem"

~ v

3

3 0 -2

^

k \vetoresgiramemtornodaorigem"

~ v

4

4 0

^

k \vetoresadireita maioresdoqueaesquerda"

. . . . .

. . . . .

Tabela 1: Naprimeira oluna est~ao identiados varios ampos vetoriais ja denidos no texto. Na segunda oluna enontra-se a

numera~aoorrespondente asguraspresentes notexto. Nastereiraequarta olunasenontram-serespetivamente odivergente e

rotaionaldeadaampo,tomadosnaorigem.Naquintaolunaest~aoasobserva~oesfeitaspelosalunosaoanalisaremoomportamento

dosamposproximosaorigem.

Apos analisarem varios exemplos, os alunos

omeam a pereber que o ~

r ~v(~r) e uma medida

de quanto o ampo vetorial ~v se \espalha" (ou

di-verge)deumpontoemquest~ao[13℄. Demodoanalogo,

perebeque ~

r~v(~r)eumamedidadequantooampo

vetorial ~v \gira ao redor" de um ponto em quest~ao

[13℄. Em seguida, inlumos na disuss~ao os ampos

em 3D 7

eapresentamosformalmente asinterpreta~oes

geometriasdodivergenteedorotaional,relaionadas

om ouxo eairuita~ao dosampos (vide, por

ex-emplo, [11, 12℄ ). Chamou nossa aten~ao o fato de

os alunos, atraves da experimenta~ao omputaional,

inturem previamente tais rela~oes, antes que elas

fos-semdisutidasformalmente.

–1

–0.5

0.5

1

y

–1

–0.5

0.5

1

x

Figura2. Graoparaafun~ao~v2(x;y)=y ^

i+x ^

j:

(6)

–1

–0.5

0.5

1

y

–1

–0.5

0.5

1

x

Figura3. Graoparaafun~ao~v

3

(x;y)=y ^

i+x ^

j:

–1

–0.5

0.5

1

y

–1

–0.5

0.5

1

x

Figura4. Graoparaafun~ao~v4(x;y)=(sen(x)+1) ^

j:

O ilo de aprendizagem do uso e do signiado

dos operadoresdivergente e rotaional, portanto,

pas-soupeloproessode \intui~ao"e\desoberta" do

sig-niadodessesoperadorespormeiodaexperimenta~ao

omputaional. O signiado fsio-matematio da

atua~ao de tais operadores nos ampos eletrio e

magnetio, o que resulta nas equa~oes de Maxwell, e

a proxima etapa do aprendizado. O aluno, ja om

boa perep~ao do signiado de tais operadores, tem

ondi~oes de entender que: (i) ~

r ~

E = =

0

sig-nia que a \medida de quanto o ampo eletrio

es-palha" (ou diverge) de um ponto dado, e dada pela

densidadedearga naqueleponto; (ii)odivergentedo

ampomagnetioserigualazero,emqualquerposi~ao

eem qualquerinstante,india aaus^eniana natureza

da arga magnetia, ou do monopolo magnetio; (iii)

~

r ~

E= ( ~

B=t)signiaquea\medidadequanto

oampoeletriogira"aoredordeumpontoedadapela

varia~aodoampomagnetioomotemponesseponto;

(iv) de modo analogo ~

r ~

B =

0 ~

J +

0

0 (

~

E=t)

signiaque\amedida dequanto oampomagnetio

epelavaria~aodoampoeletrioomotemponaquele

ponto.

Comointuito de estimularosalunos n~ao somente

a hegar num resultado, mas a explorar o resultado

obtido, interpretando-o e veriando suas implia~oes

fsias,sugerimosque,aposaresolu~aodevarios

ios, eles explorassem seus resultados, utilizando as

varias ferramentas existentes no Maple. Para ilustrar

algunsdesses exerios,soliitamosque osalunos

al-ulassem o potenial eletrioV e o ampo eletrio ~

E

gerados por uma esfera isolante de raio R = 1, om

entronaorigemeuniformementearregadaom

den-sidade de arga = 1. Considerando-se V(1) = 0 e

usando-seosistemagaussianodeunidades(4"

0 =1),

obtem-se,em oordenadasesferias:

V(~r) = 8

<

: 2

3 r

2

+2; se r<1

4

3r

; se r1

(4)

~

E(~r) = 8

<

: 4

3

~r; se r<1

4

3 ^ r

r 2

; se r1

(5)

Em seguida, soliitamos que programassem uma

fun~ao esalar que representasse o potenial e outra

fun~ao vetorial que representasseo ampo eletrio do

modeloemquest~ao,emoordenadasartesianas. Como

resultado,obtivemos:

> V := (x,y,z) ->

if evalf(sqrt(x^2 + y^2 + z^2)) < 1 then

-2/3*Pi*(x^2 + y^2 + z^2) + 2*Pi

else

(4*Pi)/3*(1/sqrt(x^2 + y^2 + z^2))

fi;

> E := (x,y,z) ->

if evalf(sqrt(x^2 + y^2 + z^2)) < 1 then

[4*Pi/3*x, 4*Pi/3*y, 4*Pi/3*z℄

else

[4*Pi/3*x/(x^2 + y^2 + z^2)^(3/2),

4*Pi/3*y/(x^2 + y^2 + z^2)^(3/2),

4*Pi/3*z/(x^2 + y^2 + z^2)^(3/2)℄

fi;

Nosproedimentosaima,osmapeamentosVeElevam

tr^esnumerosouvariaveissimboliasdadas-

representa-dosporx,y,z-novalordoamporespetivo.

Ressalta-mosparaosalunosanaturezadiferentedosresultados

detaismapeamentos. Noasodoprograma\V",o

re-sultadoeumesalar,enquantoqueoresultadode\E"

vememformadeumobjetoomestruturadotipo\[,

, ℄",portanto, umvetor. Comtais programasoaluno

pode ter instantaneamente o potenial e oampo em

qualquerpontodoespao,oquepermiteaele,por

ex-emplo, tentar responder, iniialmente sem o

omputa-dor, perguntas sobre oomportamentodesses ampos

num dado ponto, e logo em seguida veriar sua

re-spostaomoprogramafeitoporele.

Usandoarela~ao r= p

x 2

+y 2

+z 2

, podemos

(7)

> V1 := r -> if evalf(r) < 1 then -2/3*Pi*(r^2) + 2*Pi else 4/3*Pi*1/r fi;

> E1 := r-> if evalf(r) < 1 then 4/3*Pi*r else 4/3*Pi/r^2 fi

d

As rotinas V1 e E1 reebem omo entrada um

numero n~ao-negativo r (oordenada radial), gerando,

respetivamente, osvalores do potenial e do modulo

doampoeletrioparaadist^aniadada.

Pedimos aos alunos que, usando lapis e papel,

esboassemosgraosdetaisfun~oes,omparando-os,

em seguida,omosobtidosusandooomando plotdo

Maple (Figs. 5 e 6). O aluno pode ainda fazer, por

exemplo,z=0egerarograodeV(x;y;0),usandoo

omando plot3d(verFig. 7).

1

2

3

4

5

6

0

2

4

6

8

10

r

Figura 5. Graopara opotenialV (eixovertial)omo

fun~ao de r, gerado por uma esfera uniformemente

ar-regadaderaioR=1.

0

1

2

3

4

2

4

6

8

10

r

Figura 6. Graopara omodulodoampo ~

E (eixo

verti-al)omofun~aoder,geradoporumaesferauniformemente

–3

–2

–1

0

1

2

3

x

–3

–2

–1

0

1

2

3

y

1

2

3

4

5

6

Figura 7. Grao para a fun~ao V(x;y;0) para uma

es-ferauniformementearregadaderaioR=1,omentrona

origem. Talgrao,numase~aodeMaple,podesergirado,

permitindoavisualiza~aodaguraporvarios^angulos.

Seguindooursoomessalinhadetrabalho,varios

outros topios foram abordados, inluindo ampos e

poteniais magnetios, hegando ate as equa~oes de

Maxwell. Dando sequ^enia a este trabalho,

onside-ramos o seguinte exerio, inspirado em um

proble-ma sugerido na refer^enia [10℄: partindo dos ampos

~

E = E

m

(sen!t)(senkx) ^

j, ~

B = B

m

(os!t)(oskx) ^

k,

pede-se (a) mostrar que estes satisfazem as eqs. de

MaxwellseE

m

estiverrelaionadoomB

m

demaneira

apropriada e ! estiver relaionada om k tambem de

maneira onveniente e determinar estas rela~oes; (b)

alularovalorinstant^aneodovetordePoynting.

Comeemospelo item (b), porsero mais simples.

Umarotinasimplesparadeterminarovetorde

Poynt-ingedadaabaixo:

> poy := (E,B) -> (1/mu[0℄)*

[ E[2℄*B[3℄ - E[3℄*B[2℄,

E[3℄*B[1℄ - E[1℄*B[3℄,

E[1℄*B[2℄ - E[2℄*B[1℄ ℄;

Aentradadedadosdarotinaaimadeveseresrita

naforma de um parde vetores,sendo queo primeiro

delesdeverepresentar oampoeletrio. Como

exem-plode utiliza~ao darotina aima, determinemoso

ve-tordePoyntingassoiadoaosampos ~

Ee ~

B propostos.

Denindoiniialmente,noMaple,osampos:

(8)

determinamosent~aoovetordePoyntingassoiado:

> poy(E,B);

(1=

0

)[Emsin(kx)sin (!t)Bmos(kx)os(!t); 0; 0℄

Resultousurpreendenteparaosalunosnotarqueum

proedimento destetipopodeserusadopara

determi-narovetordePoyntingassoiadoaqualqueronjunto

( ~

E; ~

B), bastandoparaissomudarapenasaforma

fun-ionalnadeni~aodosampossemterquesedeterna

veria~aodeerrosdeontausuaisaos^omputosfeitos

omanetaepapel. Comomenionadonaintrodu~ao,

issopermitiu ao alunoseonentrarnos oneitos

en-volvidos, deixando o momento de pratiar \ontas a

m~ao" apenas para veriar - em algum momento do

proesso-queoprogramafeitofunionaorretamente.

Oitem(a)podeserresolvidousando-seumarotina

quetesteos amposeletrio ~

E emagnetio ~

B, as

den-sidadesde argaeorrente ~

j dadas,veriando seo

onjuntodestasvariaveiseoun~aosolu~aodasequa~oes

deMaxwell. Arotinaqueexeutataltarefausaos

pro-gramas feitospelos alunos\rot" e\div", usados

ante-riormente,eseesreveemtermosdestesomo:

> maxwell := (E, B, rho, j) ->

if simplify(expand(div(expand(E)) - rho/epsilon[0℄)) = 0

and simplify(div(expand(B))) = 0

and simplify(expand(rot(expand(E)) + diff(expand(B), t))) = [0,0,0℄

and simplify(expand(diff(expand(mu[0℄*epsilon[0℄*E), t) +

expand(mu[0℄*j)-expand(rot(expand(B))))) = [0,0,0℄

then

return "O onjunto dado e soluao das equaoes de Maxwell"

else

return "O onjunto dado NAO e soluao das equaoes de Maxwell"

fi;

d

Narotinaaima, aentradadedadosdeveserfeita

na seguinte sequ^enia: primeiro oampoeletrio,

de-poisomagnetio,aseguiradensidadede argae,por

ultimo, a densidade de orrente. Uma das limita~oes

da rotina aima oorre quando se trabalha om

am-pos gerados por distribui~oes disretasde argas, por

exemplo o ampo de uma arga pontual q loalizada

naorigem: =qÆ(~r). Arotina trabalha deforma

er-rada om distribui~oes deste tipo, sendo tal limita~ao

originadaem suasimpliidade. OsoftwareMaple

per-mite aonstru~ao de rotinasmais omplexas, apazes

detrabalharomexpress~oesdeamposedistribui~oes

deargabem maisompliadas.

Foiinstrutivoressaltarparaosalunosomoa

ons-tru~ao previa dos omandos div e rot tinham agora

usos multiplos, e permitiam expressar as equa~oes de

Maxwell\dentrodeumprograma",demaneiraid^entia

aquelas obtidas om o uso de lapis e papel. O aluno

podeaseguirveriarqueoonjunto ~

E, ~

Bproposto

ini-ialmentenolivro(om=0, ~

j= ~

0eEm,Bm,!,k

ar-bitrarios)n~aoesolu~aodasequa~oesdeMaxwell. Para

istobastouintroduzirnoMapleasorrespondentes

ex-press~oesdos ampos eletrioemagnetio edas

densi-dadesdeargaeorrente:

> E := [0, Em*sin(k*x)*sin(omega*t), 0℄:

> B := [0, 0, Bm*os(k*x)*os(omega*t)℄:

> rho := 0:

Usandooomando\maxwell",obtemos:

> maxwell(E, B, rho, j);

Oonjuntodado N ~

AOesolu~aodas equa~oesde Maxwell

A seguir, sugerimos veriar que, esolhendo as

onstantesEm,Bm, ! ekadequadamente,por

exem-plo: E

m =a=

p

0

0 ; B

m

=a; !=k= p

0

0

,ondeae

umaonstantearbitraria,asnovasfun~oess~aosolu~oes

aeitaveis:

> Em := a/sqrt(mu[0℄*epsilon[0℄):

> Bm := a:

> omega := k/sqrt(mu[0℄*epsilon[0℄):

> maxwell(E, B, rho, j);

Oonjunto dadoe solu~ao dasequa~oesde Maxwell

A ideia motivadora para esta experi^enia

omputa-ional tambem foi que os alunos pudessem onstatar

que os programas onstrudos para resolver problemas

espeos podem tambem ser usados para soluionar,

(9)

x

z

y

Figura8. Guiadeondas.

Vejamos,agora,umexemplomaisomplexo: ondas

eletromagnetiasonnadas nointeriorde umguiade

ondas,onsideradoomoumondutorperfeito(Fig. 8).

As ondi~oes deontornona paredeinterna s~aodadas

por: ~ E jj = ~ 0; B ?

=0: (6)

Conentrando o foo em ondas monoromatias,

propagando-seaolongo dotubo, temosque asformas

generiasde ~

E e ~

B s~aodadaspor[13℄:

~

E(t;x;y;z) = ~

E

0 (x;y)e

i(k z !t)

;

~

B(t;x;y;z) = ~

B

0 (x;y)e

i(k z !t)

;

(7)

onde a nota~ao omplexa foi introduzida, pela

van-tagem que ha em manipular exponeniais em

om-para~ao om senos e ossenos. Os vetores ~ E 0 e ~ B 0

podem ser esritos em termos de suas ompontentes

daseguinteforma:

~ E 0 =E x ^ x+E

y ^ y+E

z ^ z ~ B 0 =B x ^ x+B

y ^ y+B

z ^ z:

(8)

E possvel mostrarque asubstitui~ao de (8) em (7) e

estasnasequa~oesdeMaxwell,resultaemqueas

om-ponentesE x ,E y ,B x ,B y

podemseresritasemtermos

dasomponentesE

z eB

z

,daseguinte forma[13℄:

E x = i ! 2 0 0 k 2 k E z x +! B z y ; (9) E y = i ! 2 0 0 k 2 k E z y ! B z x ; (10) B x = i ! 2 0 0 k 2 k B z x ! 0 0 E z y ;(11) B y = i ! 2 0 0 k 2 k B z y +! 0 0 E z x ;(12)

sendo que as omponentes B

z e E

z

obedeem as

seguintesequa~oesdifereniais:

2 x 2 + 2 y 2 +! 2 0 0 k 2 B z

=0; (13)

2 x 2 + 2 y 2 +! 2 0 0 k 2 E z

=0; (14)

ujas solu~oes devem levar em onsidera~ao as

ondi~oesdeontornodadasem(6).

Eimportantelevar

oalunoaobservarqueaexist^eniadeomponentesde

ampo eletrioe magnetio ao longo da dire~ao z

re-vela queaondaquesepropaganoguia-de-onda n~aoe

transversal 8

. SeE

z

=0aondadenomina-se

transverso-eletria(TE);seB

z

=0,transverso-magnetia(TM).

Num primeiro momento, portanto, o aluno entra

em ontatoom essa sequ^enia logia de ideias a

res-peito do problema da propaga~ao de ondas

eletro-magnetias num guia-de-ondas. Num segundo

mo-mento,taisideias,aindan~aoamadureidas,assimomo

a sequ^enia de opera~oes matematias desritas nas

formulas(9), (10),(11)e(12), podem serorganizadas

peloalunoemrotinasomputaionais. Aelabora~aode

taisrotinaspermiteaoalunoxar,renareamadureer

osoneitos teoriosenvolvidos,assim omo melhorar

seuentendimentosobreasequ^eniadeopera~oesusadas

noproblema. Dessemodo,podemossoliitaraoaluno

que implemente um par de rotinas simples, tais que,

dadasasomponentesB

z eE

z

(solu~oesdasequa~oes

(13)e(14)),sejamgeradasautomatiamenteas

ompo-nentes restantesdosampos ~

E e ~

B. Taisrotinas,aqui

denominadas\guiaE"e\guiaB", esritasomo:

> guiaE := (X,Y) ->

[(I/((omega)^2*mu[0℄*epsilon[0℄-k^2))*(k*diff(X,x)+omega*diff(Y,y)),

(I/((omega)^2*mu[0℄*epsilon[0℄-k^2))*(k*diff(X,y)-omega*diff(Y,x)),X℄

*exp(I*(k*z-omega*t));

> guiaB := (X,Y) ->

[(I/((omega)^2*mu[0℄*epsilon[0℄-k^2))*(k*diff(Y,x)

-(omega)*mu[0℄*epsilon[0℄*diff(X,y)),

(I/((omega)^2*mu[0℄*epsilon[0℄-k^2))*(k*diff(Y,y)

(10)

+(omega)*mu[0℄*epsilon[0℄*diff(X,x)),Y℄

*exp(I*(k*z-omega*t));

d

permitem o alulo automatio, respetivamente, dos

ampos ~

E e ~

B dados em (7). A entrada das rotinas

onsiste das express~oes para E

z e B

z

, representadas,

respetivamente,porXeY.Asadadoprogramaeda

forma\[,,℄",representandoosvetores ~

Eou ~

B parao

modeloemquest~ao.

y

x

z

a

b

Figura9. Guiadeondasretangular.

Num tereiro momento do proesso de

aprendiza-gem sobre o guia-de-ondas, o aluno, apos elaborar as

rotinas \guiaE" e \guiaB", preisa testa-las e

orrigi-las,asoneessario. Paraissoelepodebusarsolu~oes

partiulares simples 9

dessas equa~oes e, em seguida

alular, usando o lapis e o papel, as omponentes

restantes dadas pelas formulas (9), (10), (11) e (12).

Emseguida,deveveriarseosresultadosobtidos

pe-losomandos \guiaE"e\guiaB" est~ao de aordoom

osresultadosqueele proprioalulou. Talproessode

testagemexigetreinodealulos,alemdexartambem

todaasequ^eniamatematiadoproblemaemquest~ao.

Atestagemnaldosomandos\guiaE"e\guiaB"passa

aindapelousodeoutroomandoonstrudopeloaluno,

oomando\maxwell",omoqualsepodeveriar se

o onjunto de ampos obtido satisfaz as equa~oes de

Maxwell. Desse modo espera-se que todo o onjunto

de ampos eletrio e magnetio gerado pelas rotinas

\guiaE"e\guiaB",ujas entradassejam amposE

z e

B

z

quesatisfaamaseqs. (13)e(14),sejatalque:

> maxwell(guiaE(Ez,Bz),guiaB(Ez,Bz),0,[0,0,0℄);

\O onjuntodadoesolu~aodasequa~oesdeMaxwell"

ouseja,satisfaaasequa~oesdeMaxwell. Numquarto

momento, fehando-seoiloiniial deaprendizagem,

osprogramasfeitosetestadospodemserviragorapara

satisfazer a uriosidade do aluno, de modo que ele

possa testar varias solu~oes para ampos eletrios e

magnetios em guias-de-onda, sem o desestmulo de

ter que realizarlongos alulos para testarada ideia.

Comoumexemplo,oalunopodetestartaisrotinaspara

oasodeondastransverso-eletriasnumguiadeondas

retangular, onformemostrado na Fig. 9. Neste aso

E

z

=0,eaeq. (13),resolvidaviametododesepara~ao

devariaveiselevando-se emonsidera~aoasondi~oes

deontornodadasem(6), resultaem[13℄

B

z =B

0 os

mx

a

os

ny

b

; (15)

onde m e n s~ao inteiros n~ao-negativos, e a seguinte

rela~aodeveserobedeida:

k= s

! 2

0

0

2

m 2

a 2

+ n

2

b 2

:

(16)

Usando-seasrotinas\guiaE"e\guiaB",pode-se

alu-lar,apartirdasomponentesE

z eB

z

,osampos ~

E e

~

B. Denimosiniialmente,noMaple, asomponentes

Ez eBz:

> Ez := 0:

> Bz := B[0℄*os((1/Pi*(-n^2*Pi^2+omega^2*mu[0℄*epsilon[0℄*b^2-k^2*b^2)^(1/2)

*a/b)*Pi*x/a)*os(n*Pi*y/b):

Usamosent~aoarotina\guiaE"parageraroampo ~

E ompleto:

> E := guiaE(Ez,Bz);

oquedara:

E:= "

i!B

0 os

mx

a

sin( ny

b )n

(! 2

0

0 k

2

)b

; i!B

0 msin

mx

a

os ny

b

(! 2

0

0 k

2

)b

; 0 #

e i(k z !t)

: (17)

Usandoarotina\guiaB"parageraroampo ~

B ompleto:

9

(11)

> B := guiaB(Ez,Bz);

resultando em:

B := "

ikB

0 msin

mx

a

os ny

b

(! 2

0

0 k

2

)b ;

ikB

0 os

mx

a

sin ny

b

n

(! 2

0

0 k

2

)b

;B

0 os

mx

a

os

ny

b

#

e i(k z !t)

: (18)

As ondi~oesdeontorno(6),que,espeiamentepara esteproblema,podemseresritasomo

E

y

(t;0;y;z)=E

y

(t;a;y;z)=E

x

(t;x;0;z)=E

x

(t;x;b;z)=0 (19)

B

x

(t;0;y;z)=B

x

(t;a;y;z)=B

y

(t;x;0;z)=B

y

(t;x;b;z)=0; (20)

podemserfailmenteveriadasfazendo-se:

> subs(x=0,E[2℄),subs(x=a,E[2℄),subs(y=0,E[1℄),subs(y=b,E[1℄),

subs(x=0,B[1℄),subs(x=a,B[1℄),subs(y=0,B[2℄),subs(y=b,B[2℄);

d

oqueresultaem:

0;0;0;0;0;0;0;0

Isso india que todas asondi~oes s~ao satisfeitas.

Fi-nalizando o proesso de testagem da solu~ao para o

ploblema do guia retangular, o aluno pode apliar o

omando \maxwell",por ele ontrudoem etapa

ante-riordourso,paraveriarqueoonjunto deampos

dadosem (17)e(18)satisfazasequa~oes deMaxwell.

Casoeleproedafazendo:

> maxwell(E,B,0,[0,0,0℄),

obtera:

\OonjuntodadoN ~

AOesolu~aodasequa~oesde

Maxwell"

Talresultadopode,aprinpio, ausarsurpresano

es-tudante. Entretantodeverapereberqueasexpress~oes

(17) e (18), para um k generio, de fato n~ao

satis-fazem as equa~oes de Maxwell. O aluno devera, em

sua testagem, levar em onsidera~ao a rela~ao (16) e

proederatestagemomosegue:

> zz := k =

sqrt(omega^2*epsilon[0℄*mu[0℄-pi^2*(m^2/a^2)+(n^2/b^2)):

> maxwell(subs(zz,E),subs(zz,B),0,[0,0,0℄);

obtendo:

\Oonjuntodadoesolu~aodasequa~oesdeMaxwell"

d

Dessa forma, o alunoteria ompletado atestagem

eaanalise deuma dasinumerassolu~oesrelaionadas

omguias-de-onda. Vale menionarnovamentequetal

proessode investiga~ao e o ultimo estagio de um

i-lo de aprendizado baseado no amadureimento e na

xa~ao de oneitos atravesda onstru~ao de rotinas

omputaionais.

IV Comentarios nais

grama~ao - omo ferramenta auxiliar na

aprendiza-gem,oalunoebeneiado pelofato deossistemas de

CA possurem uma vasta bibliotea de omandos

im-plementados(deriva~ao, integra~ao, et...), o que

per-miteaeleonentrar-semaisdiretamentenosoneitos

teoriosutilizados. Porexemplo,quandooaluno

ons-troiumprogramaquegeraogradientedeumafun~ao,

elepreoupa-seapenasomadeni~aodegradienteem

termosdaatua~aode derivadas(aspetoteoriamente

relevante),emvezdeterquepreoupar-seomterque

programaraopera~aodederiva~aoemsimesmaouom

(12)

usualdeaprendizagemdemaneirapartiularmente

in-teressante. Num primeiro momento, os oneitos s~ao

enuniados e veriados, podendo-se ja fazer uso dos

reursosdisponveisnossistemasdeCA, taisomo

re-ursosgraoseaapaidadedefazerontassimbolias

utilizandoregrasmatematiasabstratas.

Num segundo momento, os oneitos - ainda n~ao

amadureidos - s~ao organizadosem sequ^enias logias

deopera~oes matematias, eorganizadosemformade

rotinas omputaionais, num sistema de CA. Essa

se-gundapartepermiterenar,xar,eateestenderesses

oneitosalemdoslimitesomqueforamapresentados.

Exerita,ainda,outroaspetofundamentaldoproesso

deaprendizagem: odomnioompletodarepresenta~ao

abstratado problema,semoqualeimpossvel

organi-zarosoneitosemrotinasomputaionais.

Entre os estudantes de i^enias exatas e

te-nologias,estaatividadede\programa~ao"tambem

in-lui tipiamente um divertimento e induz a intera~ao

entre alunos, uma vez que a atividade se faz em

pe-quenos grupos. O ingrediente humano adiiona um

aspeto subjetivo positivo e importante a atividade.

Alem disso, oaspetode olabora~ao,t~ao util na

ar-reira ienta, passa a ser um fator importante para

o suesso do grupo, durante as atividades de

pro-grama~ao.

Numtereiromomento,ogrupotestaosprogramas

elaborados,aumentando aompreens~ao dosoneitos,

xandoasideiaseveriandoaneessidadedeorre~ao

dos programas, omparando, nos asos mais simples,

alulosfeitossem ousodoomputador omosfeitos

pelasrotinasimplementadas.

O ilo se feha num quarto momento, quando os

programasfeitosetestados(motivodeorgulhoe

auto-inentivo para os alunos-autores) s~ao repentinamente

perebidos omo potentes ferramentas para satisfazer

auriosidade(investiga~ao)emrela~aoaostemas

rela-ionados. Assim,oalunotemagoraaoportunidadede

imaginarvaria~oes,pratiasouteorias,de topios

es-tudados, sem odesestmulo da perspetivade ter que

realizar \longas ontas passveis de erro" para ada

ideia. O que observamos foi que varios alunos

par-tiram para a experimenta~ao de onjeturas riativas

epossveisderiva~oesteoriasdosoneitos ensinados,

muitas vezes resultando em novasideias, que por sua

vezs~aotambemprogramaveis,reomeandoassimo

i-lo.

Um detalhe adiional - n~ao menos importante

-desteilodeaprendizagemonsistenaveloidadeom

queosalunoss~aoapazesdetestarsuaspropriasideias,

uma vez queoprograma para analisa-las foi feitopor

eles mesmos. A resposta dos programas vem - em

tempo real - quase instantaneamente. Isso permite

onentrar,num lapsopequeno detempo,umnumero

grandederespostas,tratandodiversosaspetosdeum

mesmotema, omoingrediente emoional positivode

Notamosqueestaaumula~aorapidaderesultados

fa-ilitanotoriamenteodesenvolvimentoda\intui~ao"dos

alunosemrela~aoaosassuntosestudados. Este

desen-volvimentorapidodaintui~aonospareeun~aousualse

omparado omo oque oorreem mediaem ilos de

aprendizagemquen~aoinluemaprograma~aodos

on-eitosensinados. Tambemnospareeuaimadamedia

o interesse pelo onteudo da disiplina, assim omo a

preis~aonousodalinguagemmatematia.

Baseadonaexperi^eniaquerelatamos,areditamos

queousodeprograma~aoviaomputa~aosimboliae

umaferramentadegrandevalianosproessosde

apren-dizagem.

Agradeimentos

Os autores agradeem aos professores Jesse

Car-valho Costa, Benedito Ferreira e Manoel Reinaldo

Filho, daUFPA, pelas refer^eniasforneidas.

Agrade-em,espeialmente,aoprofessorLusCrispino(UFPA)

pela leitura rtia deste texto e pelas valiosas

dis-uss~oes sobre o tema. Finalmente, a um

agradei-mento a todos os alunos que partiiparam desta

ex-peri^enia.

Refer^enias

[1℄ M. Lang-Lazi, I. Diospatonyi, D. Petz, Z. Vizian e

G.Fetter,Computerandmultimediainhemial

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(1997);

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edi~ao,

PrentieHall,NewJersey (1999);

[13℄ D. J. GriÆths, Introdution to Eletrodynamis, 3 a

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Tabela 1: Na primeira oluna est~ ao identiados v arios ampos vetoriais j a denidos no texto
Figura 3. Gr ao para a fun ~ ao ~ v
Figura 5. Gr ao para o potenial V (eixo vertial) omo
Figura 8. Guia de ondas.
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Referências

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