• Nenhum resultado encontrado

Consumo de substâncias psicoativas por adolescentes escolares de Ribeirão Preto, SP (Brasil). I - Prevalência do consumo por sexo, idade e tipo de substância.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Consumo de substâncias psicoativas por adolescentes escolares de Ribeirão Preto, SP (Brasil). I - Prevalência do consumo por sexo, idade e tipo de substância."

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

31

Universidade de São Paulo

Faculdade de Saúde Pública

VO LUM E 31

NÚM ERO 1

FEVEREIRO 1997

Revista de Saúde Pública

J O

U

R N

A L O

F P U

B L I C H

E A L T H

© Copyright Faculdade de Saúde Pública da USP. Proibida a reprodução mesmo que parcial sem a devida autorização do Editor Científico. Proibida a utilização de matérias para fins comerciais. All rights reserved.

MUZA, Gilson M., Consumo de substâncias psicoativas por adolescentes escolares de Ribeirão Preto, SP (Brasil).

I - Prevalência de consumo por sexo, idade e tipo de substância. Rev. Saúde Pública, 31 (1): 21-9, 1997.

p. 21-9

Consumo de substâncias psicoativas por

adolescentes escolares de Ribeirão Preto, SP

(Brasil). I - Prevalência do consumo por sexo,

idade e tipo de substância

The consumption of psychoactive substances by adolescents

in schools in an urban area of Southeastern region of Brazil.

I - Prevalence by sex, age and kind of substance

Gilson M . M uza, Heloísa Bettiol, Gerson M uccillo e M arco A. Barbieri

Departamento de Puericultura e Pediatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da

Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto, SP - Brasil (G.M.M., H.B., M.A.B.),

(2)

Consumo de substâncias psicoativas por

adolescentes escolares de Ribeirão Preto, SP

(Brasil). I - Prevalência do consumo por sexo,

idade e tipo de substância*

The consumption of psychoactive substances by adolescents

in schools in an urban area of Southeastern region of Brazil.

I - Prevalence by sex, age and kind of substance

Gilson M . M uza, Heloísa Bettiol, Gerson M uccillo e M arco A. Barbieri

Departamento de Puericultura e Pediatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto, SP - Brasil (G.M.M., H.B., M.A.B.), D epartamento de Geologia, Física e Matemática da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Riberião Preto da Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto, SP - Brasil (G.M.)

Resumo

Introdução A preocupação suscitada quanto ao consumo de substâncias psicoativas pelos

adolescentes tem mobilizado grandes esforços em todo o mundo na produção de conhecimento sobre este fenômeno. Decidiu-se estudar as taxas de prevalên-cia de consumo de substânprevalên-cias psicoativas de uso lícito e ilícito, sua distribui-ção por idade, sexo e a idade da primeira experiência com essas substâncias, entre adolescentes escolares do Município de Ribeirão Preto, SP, Brasil.

Material e Método Um questionário devidamente adaptado e submetido a um teste de

confiabilida-de foi auto-aplicado a uma amostra proporcional confiabilida-de 1.025 adolescentes matri-culados na oitava série do primeiro grau e primeiro, segundo e terceiro anos do segundo grau, das escolas públicas e privadas do município estudado. O questi-onário continha questões sobre o uso de dez classes de substâncias psicoativas, questões demográficas e informações de validação, além de questões de per-cepção e comportamento intrínseco ao consumo de drogas.

Resultados Da amostra 88,9% consumiram bebidas alcoólicas alguma vez na vida; 37,7%

utilizaram o tabaco; 31,1% os solventes; 10,5% os medicamentos; 6,8% a ma-conha; 2,7% a cocaína; 1,6% os alucinógenos e 0,3% consumiu alguma subs-tância a base de opiácios. As taxas de consumo cresceram com a idade, para todas as substâncias; no entanto, o uso de tabaco e de substâncias ilícitas mos-trou uma desaceleração nos anos que compreendem o final da adolescência. Verificou-se que os meninos consumiram mais do que as meninas, exceto para os medicamentos, com as meninas consumindo barbitúricos, anfetaminas e

* Parte da dissertação de mestrado "Estudo de variáveis psicossociais associadas ao consumo de substâncias psicoativas por adolescentes escolares da cidade de Riberião Preto, SP, 1990", apresentada à Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, em 1991.

Correspondência para/Correspondence to: Marco Antonio Barbieri - Departamento de Puericultura e Pediatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Av. Bandeirantes, 3900 - 14049-900 Ribeirão Preto, SP - Brasil. E-mail: mabarbie@fmrp.usp.br Edição subvencionada pela FAPESP. Processo 96/5999-9.

(3)

22 Rev. Saúde Pública, 31 (1), 1997 Consumo de substâncias psicoativas. I - Prevalência.

M uza, G. M . et al.

tranqüilizantes em proporções semelhantes ou maiores que os meninos. A ida-de da primeira experiência mostrou que o acesso às substâncias psicoativas ocorreu em idades bastante precoces.

Conclusões As substâncias psicoativas, sejam lícitas ou ilícitas, são freqüentemente

experi-mentadas na adolescência, tanto pelos meninos como pelas meninas, muitas vezes em idades bem precoces.

Abuso de substâncias, epidemiologia. Adolescência.

Abstract

Introduction Concern over the consumption of psychoactive substances by teenagers has given rise to a great wordwide effort to produce information about this phe-nomenon. This study set out to investigate the prevalence of consumption of legal and illegal psychoactive substances, its distribution by age, sex and age at first experience of them, among teenage pupils in county, Ribeirão Preto, SP, Southeastern Brazil.

Material and Method A self-applicable questionnaire duly adapted and submitted to a reliability test was applied to a proportional sample of 1,025 teenagers enrolled in 8th, 9th, 10th and 11th grads at public and private city schools. The questionnaire con-tained questions about the use of ten classes of psychoactive substances, demo-graphic questions and validation information, as well as questions about the perception and intrinsic behavior related to drug consumption.

Results The sample of 88.9% had consumed alcoholic beverages sometime in their lives, 37.7% had used tobacco, 31.1% solvents, 10.5% medicines, 6.8% mari-huana, 2.7% cocaine, 1.6% hallucinogens, and 0.3% of the sample had con-sumed some opiate substance. The rates of consumption increased with age for all substances; however, the use of tobacco and of illegal substances was less intense during the later years of adolescence. As to sex distribution, boys con-sumed more than girls, except for medicines, with girls consuming barbitu-rates, amphetamines and tranquilizers in proportions similar to or higher than those observed among boys. Age at first experience showed that access to psychoactive substances occurred at very early ages.

Conclusions Experimenting with psychoactive substances, whether legal or illegal, is a frequent phenomenon during adolescence, both among boys and girls, often at very early ages.

Substance abuse, epidemiology. Adolescence.

INTRO DUÇÃO

A adolescência é, de longe, o grupo etário que maior preocupação suscita quanto ao consumo de substâncias psicoativas e tem mobilizado grandes esforços na produção do conhecimento a respeito deste fenômeno.

Nos Estados Unidos (EUA) o projeto “Monitoring the Future” realiza inquéritos nacionais com o pro-pósito de produzir informações a respeito do consu-mo de substâncias psicoativas em aconsu-mostras represen-tativas da população de estudantes “seniors”. Dados proporcionados pelo projeto revelam que o álcool e o tabaco são as duas substâncias mais consumidas,

seguidos pela maconha e os medicamentos (Bachman e col.3, 1981; O’Malley e col.23, 1984; Johnston e

col.14, 1987; Kozel18, 1989).

Outros inquéritos realizados em Ontário (Smart28,

1989), Londres (Swadi29, 1988) e Paris (Kandel e col.15,

(4)

(Loredo-Silva e col.19, 1977; Sarinana e col.26, 1982;

Medina-Mora e Castro21, 1984; Maya-Sanches e

Zavala20, 1986; Pelaez e col.24, 1989; Aquilar2, 1989).

No Brasil, nos últimos anos, grande número de inquéritos epidemiológicos a respeito do consumo de substâncias psicoativas foram realizados (Couto e col.12, 1981; Carlini e col.6, 1986; Carlini-Cotrin7,

1987; Carlini-Cotrin e Carlini8, 1987; Carlini-Cotrin

e Carlini9, 1987). No entanto, a elaboração do

ins-trumento de coleta, a eleição da população-alvo e a forma de apresentação dos dados apreendidos limi-tam o alcance dos resultados, do mesmo modo que dificultam a comparabilidade dos dados.

Com o propósito de minimizar estes problemas e oferecer dados fidedignos à comunidade científica, o CEBRID (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas) tem realizado inquéritos com adolescentes institucionalizados de 10 capitais brasi-leiras e não institucionalizados de algumas capitais. Dois inquéritos, realizados no ano de 1987 (Carlini e col.10, 1989) e em 1989 (Carlini e col.11, 1990),

reve-lam que as bebidas alcoólicas e o tabaco são as duas substâncias mais consumidas pela população de ado-lescentes escolares, seguidos pelos solventes.

O objetivo do presente estudo é proporcionar in-formações a respeito das prevalências de consumo de substâncias psicoativas por uma amostra repre-sentativa dos adolescentes escolares do Município de Ribeirão Preto, SP.

PO PULAÇÃO DE ESTUDO E M ÉTO DO

Do repertório epidemiológico disponível para abordar a questão do consumo de substâncias psicoativas, os estu-dos de corte-transversal, particularmente os inquéritos, co-brem satisfatoriamente os objetivos propostos pelo estudo. A cidade de Ribeirão Preto, local do estudo, localiza-se na região nordeste do Estado de São Paulo, distante cerca de 320 km da capital do Estado. A população estimada para o ano de 1990 era de 432.180 habitantes, com aproximada-mente 60.000 adolescentes com idade entre 13 e 19 anos.

O universo amostral constituiu-se de 21 escolas de primeiro e segundo graus com 12 unidades estaduais, uma municipal e 9 particulares, com 11.250 alunos matricula-dos na oitava série de primeiro grau e primeiro, segundo e terceiro anos do segundo grau da rede pública e privada, o que corresponde aproximadamente à faixa etária de 14 a 18 anos. A escolha dessa faixa etária foi motivada pelo fato de que nessa idade os jovens estariam mais expostos ao hábito de consumir substâncias psicoativas (Carlini e col.10, 1989; Carlini e col.11, 1990; Johnston e col.14, 1987),

o que daria maior consistência às associações que se pre-tendia estudar. Somente foram aceitas as oitavas séries cujos alunos tinham alguma convivência escolar com os alunos do segundo grau, grupo que apresenta uma

dinâ-mica bastante diferente daqueles que não convivem com alunos das séries do segundo grau. Na elaboração da amos-tra utilizou-se o modelo casual, simples e esamos-tratificado com partilha proporcional (Berquó e col4., 1981).

O instrumento utilizado no presente inquérito é uma adaptação do instrumento proposto pela OMS, o “self administered questionary” (Smart e col27., 1980). O

instru-mento é um questionário auto-aplicável constituído de ques-tões classificadas em dois níveis: quesques-tões sobre o uso de dez classes de substâncias psicoativas, questões demográ-ficas e informações de validação (essenciais) e questões de percepção e o comportamento intrínseco ao consumo de drogas (opcionais). As categorias de uso de substâncias psi-coativas investigadas foram “uso na vida” (uso alguma vez na vida), uso no último ano, uso no último mês e uso diário. O instrumento foi adaptado em três estudos-pilotos (quan-do foram identifica(quan-dos e corrigi(quan-dos defeitos que dificulta-vam a compreensão das informações buscadas); em segui-da, foi submetido a um teste de confiabilidade reteste (defi-nido por Almeida-Filho1, 1989, como sendo a consistência

dos resultados obtidos por um mesmo indivíduo quando um instrumento é aplicado em épocas diferentes) com in-tervalo de 15 dias. Maiores detalhes sobre a validação do instrumento estão contidos em trabalho anterior (Muza22,

1991). A coleta de dados foi realizada em regime intensivo durante os meses de março a junho de 1990. Posteriormen-te foram codificados em folha própria e armazenados em microcomputador, através de um banco de dados criado em DBase III. Os dados, imediatamente após coletados, eram conferidos e, após a digitação, submetidos a testes para detecção de erros dessa etapa. Os testes estatísticos foram realizados utilizando-se o qui-quadrado.

RESULTADO S

De um total de 1.125 questionários, 11 foram en-tregues totalmente sem respostas e 89 deles ou não se incluíam na faixa etária dos 13 aos 19 anos, ou possuíam 4 ou mais respostas sobre consumo de subs-tâncias psicoativas em branco, incoerentes ou clara-mente sem um mínimo de fidedignidade. A análise dos resultados se restringe, portanto, a 1.025 adoles-centes escolares com idade entre 13 e 19 anos, ma-triculados nas escolas de primeiro e segundo graus da cidade de Ribeirão Preto-SP.

(5)

24 Rev. Saúde Pública, 31 (1), 1997 Consumo de substâncias psicoativas. I - Prevalência.

M uza, G. M . et al.

A distribuição do consumo de substâncias psico-ativas encontra-se na Tabela 1. Os resultados indicam que dentre as substâncias psicoativas lícitas, as bebi-das alcoólicas são as mais consumibebi-das, com freqüên-cias de uso na vida de 88,9%, seguido pelo tabaco com 37,7%. Entre as substâncias de uso ilícito os solventes são os mais consumidos, com taxas de uso na vida de 31,1%, seguidos pelos medicamentos (10,5%), maconha (6,2%), cocaína (2,7%), alucinó-genos (1,6%) e opiácios (0,3%). Quando considera-das outras categorias de consumo como o uso no últi-mo ano, no últiúlti-mo mês e uso diário, observa-se um decréscimo consistente quando se caminha da cate-goria de uso na vida para a catecate-goria de uso diário.

Outra grande classe de substâncias psicoativas lícitas – o tabaco – mostra taxas bem inferiores às

bebidas alcoólicas, porém são superiores a qualquer uma das substâncias de uso ilícito. Os solventes fo-ram as substâncias psicoativas ilícitas mais consu-midas, com taxas bem maiores que qualquer outra substância desse grupo.

No grupo dos medicamentos estão incluídos os sedativos, os barbitúricos, as anfetaminas, os tran-qüilizantes, os xaropes e os anticolinérgicos. Para esta categoria foi considerado unicamente o uso sem re-ceita e/ou orientação médica. O instrumento de co-leta, nesse particular, especifica claramente a condi-ção de uso não-médico, o que faz crer que as taxas de prevalência obtidas dizem respeito apenas ao uso ilícito dessas substâncias.

O consumo de maconha ocupa a terceira posição entre as substâncias de uso ilícito, cerca de 4,6 vezes

Tabela 2 - Prevalência do consumo de substâncias psicoativas (na vida) entre os adolescentes escolares, segundo o sexo. Ribeirão Preto, SP, 1990.

Table 2 - Prevalence of the consumpti on of psychoactive substance during life among teenage pupil s, by sex. Ribeirão Preto, SP, 1990.

Substâncias Masc Fem Total x2

Álcool n 458/496 450/522 908/1.018 9,91*

% 92,3 86,2 89,2

Tabaco n 212/496 173/522 385/1.018 9,56*

% 42,7 33,1 37,8

Solventes n 207/496 111/521 318/1.017 49,33*

% 41,7 21,3 31,3

Medicamentosa n 29/494 53/520 82/1.014 6,36**

% 5,8 10,2 8,1

Maconha n 50/497 13/524 63/1.018 25,33*

% 10,1 2,5 6,2

Cocaína n 20/493 07/521 27/1.014 7,18*

% 4,1 1,3 2,7

Alucinógenos n 13/497 03/520 16/1.017 6,81*

% 2,6 0,6 1,6

Opiácios n 03/496 0/523 03/1.019 (-)

% 0,6 - 0,3

-a sedativos, xaropes, tranqüilizantes, anfetaminas e anticolinérgicos.

* p < 0,01 ** p < 0,05 (-) não verificado

Tabela 1 - Prevalência do consumo de substâncias psicoativas entre adolescentes escolares. Ribeirão Preto, SP, 1990.

Table 1 - Prevalence of the consumpti on of psychoactive substance among teenage pupils. Ribeirão Preto, SP, 1990.

Substâncias Uso Último Último Uso

na vida ano mês diário

Álcool n 911 827 578 87

% (88,9) (80,7) (56,4) (8,5)

Tabaco n 387 257 162 42

% (37,7) (25,1) (15,8) (4,1)

Solventes n 319 188 34 20

% (31,1) (18,3) (3,3) (1,9)

Medicamentos* n 108 71 23 07

% (10,5) (6,9) (2,2) (0,7)

Maconha n 64 40 18 03

% (6,2) (3,9) (1,8) (0,3)

Cocaína n 28 17 10 02

% (2,7) (1,7) (1,0) (0,2)

Alucinógenos n 16 06 03 02

% (1,6) (0,6) (0,3) (0,2)

Opiácios n 03 02 01 01

% (0,3) (0,2) (0,1) (0,1)

(6)

menor que os solventes. A maconha é outra substância que experimentou um importante decréscimo quando se caminha das prevalências de uso na vida (6,2%) para o uso diário (0,3%). As taxas de prevalência para a co-caína, os alucinógenos e os opiácios mostram-se bas-tante reduzidas (2,7%, 1,6% e 0,3%, respectivamente). A distribuição da prevalência de consumo (na vida) por sexo é mostrada na Tabela 2. Os resultados indicam que existem diferenças estatisticamente significantes para, praticamente, todas as substânci-as, com taxas de prevalência de consumo maiores para os homens, exceto para os medicamentos, mais consumidos pelas mulheres.

A Tabela 3 mostra a distribuição das prevalências de consumo (na vida) de bebidas alcoólicas, tabaco e substâncias psicoativas de uso ilícito, por faixa etária. Os resultados identificam que as taxas de prevalência de uso de todas as substâncias crescem

Tabela 3 - Prevalência do consumo (na vida) de álcool, tabaco e substâncias psicoativas de uso ilícito entre adolescentes escolares, segundo a idade. Ribeirão Preto, SP, 1990.

Table 3 - Prevalence of the consumption of alcohol, tobacco and of il legal psychoactive drugs during l ife among teenage pupils, by age. Ribeirão Preto, SP, 1990.

Substância

Idade (anos) Álcool* Tabaco** Drogas***

13 - 15 n 315/366 90/366 92/363

% 86,1 24,6 25,3

16 - 17 n 407/454 196/455 180/452

% 89,6 43,1 39,8

18 - 19 n 189/202 101/201 90/201

% 93,6 50,2 44,8

Total n 911/1.022 387/1.022 362/1.016

% 89,1 37,9 35,6

* x2= 7,77 p < 0,01 ** x2= 45,77 p < 0,01 *** x2= 27,53 p < 0,01

Tabela 4 - Idade da primeira experiência com as substâncias psicoativas, referida pela amostra de adolescentes escolares. Ribeirão Preto, SP, 1990.

Table 4 - Age at first experience of psychoactive substances reported by the sample of teenage pupils. Ribeirão Preto, SP, 1990.

Substâncias <11 11-13 14-16 17-20

anos anos anos anos

Tabaco n 67 114 189 17

% (17,3) (29,5) (48,8) (4,4)

Álcool n 315 278 287 29

% (34,7) (30,6) (31,6) (3,2)

Solventes n 30 80 193 15

% (9,4) (25,2) (60,7) (4,7)

Medicamentos* n 11 09 68 20

% (10,2) (8,3) (63,0) (18,5)

Maconha n 01 04 41 16

% (1,6) (6,4) (66,1) (25,8)

Cocaína n 0 02 14 11

% (-) (7,4) (51,8) (40,7)

Alucinógenos n 02 01 10 03

% (12,5) (6,3) (62,5) (18,8)

Opiácios n 0 0 02 01

% (-) (-) (66,6) (33,3)

*barbitúricos, tranqüilizantes, xaropes, anfetaminas e anticolinérgicos. (-) não verificado

linearmente com a idade. O crescimento é mais exu-berante em relação ao fumo, chegando próximo a duplicar quando se considera as faixas etárias de 13 a 15 e de 16 a 17 anos.

O mesmo não ocorre com o álcool, onde as taxas de prevalência de consumo já se mostram elevadas nas faixas etárias mais jovens e continuam a crescer, na mesma proporção, em todas as outras faixas etárias. O consumo de substâncias psicoativas ilíci-tas mostra um crescimento importante nas taxas de prevalência, quando se avança da faixa etária dos 13 a 15 anos para a faixa dos 16 a 17 anos.

(7)

26 Rev. Saúde Pública, 31 (1), 1997 Consumo de substâncias psicoativas. I - Prevalência.

M uza, G. M . et al.

A Tabela 4 mostra a idade da primeira experiên-cia com cada uma das substânexperiên-cias estudadas. Os re-sultados identificam que esta amostra de adolescen-tes escolares concentra a primeira experiência com o consumo de todas as substâncias psicoativas nas idades de 14 a 16 anos, exceto para as bebidas alco-ólicas, cuja primeira experiência ocorre, preferencial-mente, antes dos 11 anos de idade.

DISCU SSÃO

As comparações dos resultados obtidos no pre-sente trabalho com outros estudos epidemiológicos realizados em locais e épocas distintas foram feitas levando-se em conta a semelhança do desenho epi-demiológico utilizado naqueles estudos com a me-todologia aqui empregada. A Tabela 5 resume algu-mas informações a respeito da metodologia empre-gada e das taxas de prevalência (uso na vida) das substâncias pesquisadas em cada estudo.

Quando considerado o conjunto dos dados, o per-fil de consumo de substâncias psicoativas pela amos-tra de escolares de Ribeirão Preto é semelhante àquele encontrado para a média de 10 capitais brasileiras (Carlini e col.11, 1990) e pela Cidade do México

(Sarinana e col.26, 1982), onde as substâncias de uso

ilícito mais consumidas são os solventes, com taxas, no entanto, bem inferiores às das bebidas alcoólicas e do tabaco. Por outro lado, nos países mais desen-volvidos, o perfil difere algo desses últimos, onde a substância de uso ilícito mais consumida é a maco-nha (Johnston e col.14, 1987; Swadi29, 1988; Smart28,

1989; Kandel e col.15, 1981).

Embora no presnte estudo tenha sido observado um decréscimo consistente no consumo de substân-cias quando se caminha da categoria de uso na vida para a categoria de uso diário (conforme mostrado na Tabela 1), nota-se, contudo, que o perfil de con-sumo de substâncias se mantém o mesmo em qual-quer categoria considerada.

Se forem observadas as taxas de consumo de substâncias isoladamente, algumas questões impor-tantes emergem. As taxas de prevalência de consu-mo de bebidas alcoólicas pela aconsu-mostra de adolescen-tes escolares de Ribeirão Preto são bastante altas, estão bem próximas dos índices alcançados pela amostra americana e são superiores a todos os de-mais estudos; embora altíssima, a prevalência de 88,9% de uso na vida pode não refletir a magnitude real do consumo, visto que nessa categoria encon-tram-se tanto os experimentadores quanto os usuários intensos. A taxa de 8,5% de uso diário deve ser vista com preocupação, já que nessa categoria pode estar incluído um grande contingente de indivíduos com problemas futuros com o alcoolismo.

A década de 80 mostra um declínio importante no consumo de tabaco em países desenvolvidos como o EUA e Canadá (Kaiserman e Rogers17, 1991). As

ta-xas de consumo de tabaco por adolescentes dos EUA e Paris são bastante altas quando comparadas com as ta-xas de consumo dos adolescentes das amostras brasi-leiras10, 11. Não se pode deixar de destacar, no entanto,

que o consumo de tabaco pelos adolescentes de Ribei-rão Preto é 8 pontos percentuais maior que o consumo da média dos adolescentes de 10 capitais brasileiras.

Tabela 5 - Distribuição das prevalências de consumo de substâncias psicoativas na vida, por ano e localidade (%).

Table 5 - Distribution of the prevalence of the consumption of psychoactive substance during l ife, by year and locati on (%).

Categorias

1 2 3 4 5 6 7

Fontes*

Local EUA Londres Ontário Paris México Brasil Ribeirão Preto

Ano de coleta 1985 1988 1987 1977 1978 1989 1990

Amostra escol. escol. escol. geral escol. escol. escol.

Faixa etária 14-18 11-16 14-18 14-18 14-18 13-18 13-19

N 17.000 3.073 4.267 499 3.408 12.335 1.025

Álcool 92,0 63,3 68,1 80,0 57,2 80,5 88,9

Tabaco 69,0 18,7 24,0 82,0 46,6 29,8 37,7

Maconha 54,0 11,7 15,9 23,0 3,0 3,6 6,2

Anfetaminas 26,0 3,2 3,1 4,0 3,7 4,1 **

Solventes 18,0 11,0 6,1 - 4,4 18,6 31,1

Cocaína 17,0 1,9 3,8 - - 0,8 2,7

Barbitúricos 12,0 - 3,3 6,0 1,5 2,2 **

Tranqüilizantes 12,0 2,7 3,0 6,0 2,2 7,8 **

Alucinógenos 12,0 1,9 - - - 0,7 1,6

Opiácios 10,0 - - - - 0,5 0,3

* Fontes: (1) Johnston e col.14, 1987; (2) - Swadi29, 1988; (3) - Smart28, 1989; (4) - Kandel e col.15, 1981; (5) - Sarinana e col.26, 1982; (6) - Carlini e col.11, 1990; (7)

-Presente estudo

(8)

Embora sejam considerados como substâncias lícitas, o uso intenso de álcool e tabaco guarda uma relação estreita com o uso múltiplo de substâncias psicoativas (Sailey25, 1992), fato a ser acrescentado

ao rol de preocupações suscitadas pelo consumo abusivo de álcool e tabaco.

Dentre as substâncias de uso ilícito, os solventes, que se mantêm consistentemente como os mais con-sumidos nos países do Terceiro Mundo (Carlini e col.10, 1989; Carlini e col.11, 1990; Medina-Mora e

Castro21, 1984; Carlini-Cotrin e Carlini8, 1987;

Bucher e Totugui5, 1987; Godoi13 e col., 1991),

mos-tram índices maiores que qualquer outro estudo aqui analisado.

Quando é possível uma comparação, observa-se que as taxas de consumo de medicamentos no presente estudo são bastante similares aos resulta-dos obtiresulta-dos pela amostra de Londres (Swadi29,

1988), de Ontário (Smart28, 1989) e da Cidade do

México (Sarinana e col.26, 1982), porém, algo

infe-rior à amostra de Paris (Kandel e col.15, 1981) e à

amostra de 10 capitais brasileiras (Carlini e col.11,

1990); contudo, é bastante inferior aos resultados obtidos pela amostra americana (Johnston e col.14,

1987). O fato de aparecer como a segunda substân-cia de uso ilícito mais consumida faz refletir seria-mente sobre a facilidade de acesso da população adolescente a uma quantidade de medicamentos que deveriam ser parcial ou totalmente controlados pe-las autoridades sanitárias.

A maconha mostra taxas de prevalência cerca de duas vezes maior que os estudos latino-americanos, porém são bem menores que as prevalências dos pa-íses desenvolvidos, ostentando uma taxa oito vezes menor que os EUA. O consumo de cocaína pela amostra de Ribeirão Preto, quando pode ser compa-rado, é superado pela amostra americana (Johnston e col.14, 1987) e canadense (Smart28, 1989), porém

se mostra superior à amostra inglesa (Swadi29, 1988)

e é cerca de 3,4 vezes maior que as taxas de consu-mo das capitais brasileiras (Carlini e col.11, 1990).

Os alucinógenos são consumidos numa propor-ção bastante similar àquela da amostra de Londres (Swadi29, 1988), superior cerca de 2,3 vezes as taxas

de prevalência da amostra brasileira (Carlini e col.11,

1990) e cerca de 7,5 vezes menor que as taxas de consumo da amostra americana (Johnston e col.14,

1987). Por último, os opiácios, cujo consumo pela amostra de Ribeirão Preto é bastante baixa, é cerca de 33 vezes menor que o consumo por adolescentes escolares dos EUA (Johnston e col.14, 1987) e 1,6

vezes menor que a amostra de adolescentes escola-res de dez capitais brasileiras (Carlini e col.11, 1990).

Quando das comparações transculturais dos da-dos de prevalências entre as diversas fontes envolvi-das, dois importantes elementos chamam a atenção. O primeiro diz respeito ao perfil de consumo de subs-tâncias psicoativas, onde se identificam dois aspectos do consumo. Um deles é observado nos países desen-volvidos, onde a substância de uso ilícito mais consumida é a maconha; um outro é identificado nos países em desenvolvimento, com os solventes como a substância de uso ilícito mais consumida. Um segun-do elemento surge quansegun-do se propõe examinar com-parativamente o consumo de cada substância. Por este prisma não é possível identificar nenhuma consistên-cia nos dados sobre consumo, que permita visualizar um perfil pertinente ao mundo desenvolvido e um outro pertinente ao mundo em desenvolvimento.

Os dados do presente estudo evidenciam que de-terminadas substâncias são consumidas de modo se-melhante aos países desenvolvidos, ao mesmo tem-po que outras substâncias são consumidas segundo um perfil idêntico ao observado em países em de-senvolvimento.

Apesar da escolha dos artigos citados, a partir de um mesmo desenho metodológico, algumas diferen-ças, mesmo que mínimas, são identificadas no modo de apreensão e apresentação dos dados, o que pode justificar, pelo menos em parte, a mesclagem dos re-sultados observada na análise comparativa.

Ainda coincidente com esses resultados, o con-sumo de medicamentos, como os barbitúricos, tran-qüilizantes e sedativos, ou são mais consumidos pe-las mulheres ou não mostram diferenças significa-tivas (Swadi29, 1988; Kandel e col.15, 1981). Por

outro lado, os resultados alcançados com o tabaco acompanham os mesmos resultados de várias pes-quisas realizadas em países em desenvolvimento, onde os homens consomem significativamente mais que as mulheres (Couto e col.12, 1981; Sarinana e

col.26, 1982; Godoi e col.13, 1991) ou consomem

mais, porém sem diferenças significativas (Carlini e col.8,1987); no entanto, difere do perfil de

consu-mo nos países desenvolvidos, onde o consuconsu-mo de tabaco é maior entre as mulheres (Swadi29, 1988;

Johnston e col.14,1987; Bachman e col.3, 1981).

(9)

28 Rev. Saúde Pública, 31 (1), 1997 Consumo de substâncias psicoativas. I - Prevalência.

M uza, G. M . et al.

col.15, 1981; Smart28, 1989; Swadi29, 1988;

Carlini-Cotrin8, 1987; Maya-Sanches e Zavala20, 1986;

Johnston e col.14, 1987; Couto e col.12, 1981; Sarinana

e col.26, 1982).

Existe um movimento característico da idade do primeiro uso em direção a uma ou outra faixa etária. Além das bebidas alcoólicas, cuja primeira experi-ência ocorre claramente em idades mais precoces, também o tabaco e os solventes evidenciam uma ten-dência em direção às idades mais jovens; o inverso ocorre com a maconha, cocaína e opiácios, onde a primeira experiência tende a ocorrer em idades pos-teriores. Em relação aos medicamentos e aos aluci-nógenos nota-se um balanço quase perfeito em tor-no da faixa etária dos 14 a 16 ator-nos.

Ainda no que concerne à idade do primeiro uso, os resultados aqui apreendidos confirmam aqueles en-contrados por Godoi e col.13 (1991), para todas as

subs-tâncias psicoativas, e os de Bucher e Totuqui5 (1987)

e Kandel e Logan16 (1984) para as substâncias

psicoativas de uso ilícito. O álcool e o tabaco, princi-palmente o álcool, são substâncias mais aceitas soci-almente, havendo poucos esforços no sentido de ini-bir o consumo, o que permite um contato mais preco-ce (antes dos 11 anos) do adolespreco-cente com estas subs-tâncias. Os solventes também são consumidos mais precocemente, não tanto quanto o álcool e o tabaco, por haver um certo controle social e por serem, ao mesmo tempo, de baixo custo e fácil acesso. As de-mais substâncias de uso ilícito têm seu primeiro uso mais tarde, provavelmente pela maior pressão social, maior custo e maior dificuldade de acesso.

Assim, corroborando os achados da literatura, os dados do presente trabalho permitem concluir que as drogas, sejam lícitas ou ilícitas, são freqüentemente experimentadas na adolescência, tanto pelos meni-nos como pelas meninas, muitas vezes em idades bem

precoces; todas as substâncias foram mais consumi-das pelos meninos, exceto os medicamentos, consu-midos pelas meninas em proporções iguais ou maio-res que os meninos.

CO NSIDERAÇÕ ES FINAIS

O consumo de substâncias psicoativas não é re-cente. O conhecimento deste hábito remonta aos sé-culos anteriores, onde sociedades primitivas utiliza-vam-nas de modo ritualístico. As décadas de 60 e 70, no entanto, experimentaram uma verdadeira explosão do consumo de substâncias psicoativas pelos jovens.

O fato de a primeira experiência com drogas ocor-rer freqüentemente na adolescência evidencia a im-portância de se estudar este fenômeno nesse grupo etário. Deve-se considerar, contudo, que a imensa maioria dos jovens o faz na qualidade de experimen-tadores, onde apenas um pequeno contingente tor-nar-se-á o usuário adulto, e um contingente menor ainda desenvolverá problemas associados diretamen-te ao consumo de alguma substância psicoativa.

Deve-se lembrar, contudo, que os resultados aqui apreendidos dizem respeito à amostra de adolescentes escolares estudada, neste momento histórico. Não se pode, sem um mínimo de críticas, transpor os presen-tes resultados para os adolescenpresen-tes da população geral e muito menos para os meninos de rua, cuja realidade difere profundamente da população de escolares.

Compreende-se que o consumo de substâncias psicoativas não é o único, nem o mais importante even-to a se manifestar nos anos que compreendem a ado-lescência. As questões da sexualidade, da prostituição, da gravidez indesejada, da violência, da delinqüência e cada uma de suas conseqüências devem ser priorizadas, e freqüentemente não o são, a partir da relevância com que se manifestam em cada grupo populacional.

1. ALMEIDA-FILHO, N. Epidemiologia sem números: uma introdução crítica à ciência epidemiológica. Rio de Janeiro,

Campus, 1989.

2. AQUILAR, Z. E. Prevalencia del uso indebido de alcohol, tabaco y drogas en la poblacion ecuatoriana. Bol. Oficina Sanit. Panam., 107: 510-3, 1989.

3. BACHMAN, G. J.; JOHNSTON, L. D.; O’MALLEY P. M. Smoking, drinking, and drug use among. American high school students: correlates and trends, 1975-1979. Am. J. Public Health, 171: 59-69, 1981.

4. BERQUÓ, E. B.; SOUZA, J. M. P.; GOTLIEB, S. L. D.

Bioestatística. São Paulo, Editora Pedagógica e

Universitária, 1981.

5. BUCHER, R. & TOTUQUI, M. L. Conhecimento e uso de drogas entre alunos de Brasília. Psicol. Teor. Pesq.,3: 178-94, 1987.

6. CARLINI, B.H.; PIRES, M. L.N.; FERNANDES, R.; MASUR, J. O consumo de bebidas alcoólicas entre estudantes de 1º grau na cidade de São Paulo. J. Bras. Psiquiatr., 35: 279-85, 1986.

(10)

7. CARLINI-COTRIN, B. H. Dados sobre consumo de drogas por adolescentes no Brasil. Rev. ABP-APAL., 9: 99-102, 1987.

8. CARLINI-COTRIN, B. & CARLINI, E. A. O consumo de solventes e outras drogas em crianças e adolescentes de baixa renda na cidade de São Paulo. Parte 1 Estudantes de 1º e 2º graus da Rede Estadual.Rev. ABP-APAL., 2: 49-58, 1987. 9. CARLINI-COTRIN, B. & CARLINI, E. A. O consumo de

solventes e outras drogas em crianças e adolescentes de baixa renda na grande São Paulo. Parte II Meninos de rua e menores internados. Rev. ABP-APAL., 2: 69-77, 1987. 10. CARLINI, E. A.; CARLINI-COTRIN, B. H.; SILVA-FILHO,

A. R.; BARBOSA, M. T. S. Consumo de drogas psicotrópicas no Brasil, em 1987. Brasília, DF. Ministério da Saúde / Ministério da Justiça, 1989.

11. CARLINI, E. A.; CARLINI-COTRIN, B. H.; SILVA-FILHO, A. R.; BARBOSA, M. T. S. II Levantamento nacional sobre uso de psicotrópicos em estudantes do 1º e 2º Graus. 1989. São Paulo, Centro Brasileiro de Informações sobreDrogas Psicotrópicas. CEBRID/Escola Paulista de Medicina, 1990.

12. COUTO, C. L. M.; CASTRO, E. J. S.; ROSSONI, E. L.; RANGEL, M. C. M. Adolescência e tabagismo.

Rev.AMRIGS, 25: 26-37, 1981.

13. GODOI, A. M.; MUZA, G. M.; COSTA, M. P.; GAMA, M. L. T. Consumo de substâncias psicoativas por escolares da rede privada do Distrito Federal. Rev. Saúde Pública ,

25: 150-6, 1991.

14. JOHNSTON, L; O’MALLEY, P. M.; BACHMAN, J.G. Psychoterapeutics, licit and illicit use of drugs among adolescents. An epidemiological perspective. J. Adolesc. Health Care, 8: 36-51, 1987.

15. KANDEL, D. B.; ADLER, I.; SUDIT, M. The epidemiol-ogy of adolescent drug use in France and Israel. Am. J. Public Health,71: 256-65, 1981.

16. KANDEL, D. B. & LOGAN, J. A. Patterns of drug use from adolescence to young adulthood. I. Periods of risk for iniciation, continued use, and descontinuation. Am. J. Public Health, 7: 660-6, 1984.

17. KAISERMAN, M. J. & ROGERS, B. Tabacco consump-tion declining faster in Canadá than in the US. Am. J. Public Health, 81: 902-4, 1991.

18. KOZEL, N. J. Epidemiologia del abuso de drogas en los Estados Unidos de América, resumem de métodos y observaciones. Bol. Ofic. Sanit. Panam., 107: 531-40, 1989. 19. LOREDO-SILVA, M. C. M. T.; GALLEGOS, R.G.T.;

MEJIA-LAGUNA, M. C. J. E. Uso de farmacos sicotropicos en la populacion estudantil universitária, Mexico. Salud Publica Méx., 19: 709-14, 1977.

20. MAYA-SANCHES, M. A. & ZAVALA, G. G. Estudio epidemiológico sobre el uso de alcohol in población joven de 14 a 18 años. Salud Publica Méx., 28: 371-9, 1986.

21. MEDINA-MORA, M. E. & CASTRO, M. E. El uso de inhalantes en México. Salud Mental, 7: 13-8, 1984. 22. MUZA, G. M. Estudo de variáveis psicossociais associadas

ao consumo de substâncias psicoativas por adolescentes escolares da cidade de Ribeirão Preto, SP, 1990. Ribeirão Preto, 1991. [Dissertação de Mestrado — Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP].

23. O’MALLEY, P. M.; BACHMAN, J.; JOHNSTON, L. D. Period, age, and cohort effects on substance use among American youth, 1976- 1982. Am. J. Public Health, 74: 682-8, 1984.

24. PELAEZ, G.B.; RICO, O.; RAMIREZ, A.; PAZ, M. I.; RAMIREZ, J.; RIVAS, J.C.; SALINAS, A.; RODRIQUES, O.; SALAZAR, A.; RINCÓN, N. Uso de drogas entre estudiantes de Cali, Colombia. Bol. Ofic. Sanit. Panam., 106: 22-31, 1989.

25. SAILEY, S. L. Adolescents’ multisubstance use patterns: the role of heavy alcohol and cigarette use. Am. J. Public Health, 82: 1220-4, 1992.

26. SARINANA, M. E. C.; MAYA, M. A.; AQUILAR, M. A. Consumo de substancias tóxicas y tabaco entre la población estudantil de 14-18 años. Salud Publica Méx., 24: 565-74, 1982.

27- SMART, R.G.; HUGHES, P.H.; JOHNSTON, L. D.; ANUMONYE, A.; KHANT, U.; MORA, M. E. M.; NAVARATNAN, V.; POSHYACHINDA, V.; VARMA, V. K.; WADUD, K. A. A methodology for student drug use survey. Geneva, 1980. (WHO Offset Publication, 50).

28. SMART, R. G. Abuso de drogas en Ontário, Canadá. Bol. Ofic. Sanit. Panam., 107: 495-503, 1989.

Referências

Documentos relacionados

No Estado do Pará as seguintes potencialidades são observadas a partir do processo de descentralização da gestão florestal: i desenvolvimento da política florestal estadual; ii

Os aspectos abordados nesta perspectiva relacionam-se às questões de PIB, investimentos públicos/privados, desempenho dos setores, renda per capita, arrecadação, orçamento

Assim, propusemos que o processo criado pelo PPC é um processo de natureza iterativa e que esta iteração veiculada pelo PPC, contrariamente ao que é proposto em Cunha (2006)

Este trabalho aplica uma metodologia multicritério para avaliação da qualidade dos passeios a um caso de estudo de dimensão média, a cidade de Coimbra, Portugal.. A

Refletir sobre a gestão do conhecimento na área da Saúde Pública em tempos de Big Data, que norteiam seus desafios e perspetivas no século XXI para a sustentabilidade dos sistemas

Através da revisão de literatura e a análise crítica do autor, este trabalho apresenta uma proposta de “estrutura conceitual” para a integração dos “fatores humanos” ao

Os casos não previstos neste regulamento serão resolvidos em primeira instância pela coorde- nação do Prêmio Morena de Criação Publicitária e, em segunda instância, pelo

O Documento Orientador da CGEB de 2014 ressalta a importância do Professor Coordenador e sua atuação como forma- dor dos professores e que, para isso, o tempo e