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Terapêutica da fase crônica da infecção experimental pelo Trypanosoma cruzi com o Benzonidazol e o Nifurtimox.

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Academic year: 2017

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R e v i s t a d a S o c i e d a d e B r a s i l e i r a d e M e d i c i n a T r o p i c a l 2 2 ( 3 ) : 1 1 3 - 1 1 8 , J u l - S e t , 1 9 8 9

A R T IG O S

TE RA PÊU TICA D A FA SE CRÔ N ICA D A INFE C ÇÃ O

E X PE R IM E N TA L PELO T R Y P A N O S O M A C R U Z I COM O

B E N Z O N ID A Z O L E O N IFU R T IM O X

Sonia G. Andrade, Juracy B. Magalhães e Albélia L. Pontes

F oram subm etidos à quim ioterapia com N ifu rtim o x (B a y 2 5 0 2 ) ou com o B en zo n id a zo l (R o 7-1051) cinqüenta e oito cam undongos cronicam ente infectados com

diferentes cepas do Trypanosoma cruzi (T ip o s I I e I I I ) p o r p erío d o s de 9 0 a 1 0 0 dias.

Vinte e um ca m undongos cronicam ente infectados fo r a m utiliza d o s com o controles não tratados. Os inóculos variaram entre 1 x 104 e 5 x 1 0 ^ tripom astigotas sanguicolas. O tratam ento f o i fe ito durante 9 0 dias, nas doses de 2 0 0 m g /k g /d ia durante 4 dias, seguidas de doses de 5 0 m g /kg /d ia , p a ra o N ifu rtim o x e de 1 0 0 m g /kg /d ia , p a ra o B enzonidazol. Os resultados dos testes parasitológicos (xenodiagnóstico, subinocula-ção do sangue e hem ocultura), nos ca m undongos tratados com o B enzonidazol, m ostraram 8 5 ,3 % de negativação nos a n im a is infectados com as cepas de Tipo I I e 4 3 % com as cepas de Tipo III. N o s cam undongos tratados com o N ifu rtim o x observou-se 71,4% de cura parasitológica nos infectados com as cepas de T ipo I I e 6 6 % nos infectados com as cepas de Tipo III. Os testes de IF Ip e rm a n e c era m p o sitivo s em 9 0 % dos a n im a is tratados e curados. H ouve regressão total ou p a rc ia l das lesões m iocárdicas e de m úsculo esquelético nos a n im a is tratados e curados. E m 5 0 % dos an im a is em que os testes de cura perm aneceram positivos, houve persistência de lesões histopatológicas discretas. Conclui-se que o tratam ento na fa s e crônica p o d e d eterm inar negativação parasitológica em percentagem elevada de casos, com parável ao obtido na fa s e aguda, com a s cepas de Tipo I I e m a is elevadas com as cepas de Tipo III, com persistência da p o sitivid a d e da IF I.

Palavras-chaves: T rypanosom a cruzi. Infecção crônica. Histopatologia. Quimio­ terapia. Benzonidazol. Nifurtimox.

Os experimentos sobre a quimioterapia da doença de Chagas revelaram, recentemente, alguns compostos eficazes no tratamento da fase aguda e da fase crônica da infecção experimental pelo T. cruzi, como o MK-4369 10 18, 0 Megazol1^ e o Cetocona- zol>7. N o entanto, o tratam ento clínico de p acientes das áreas endêmicas continua a ser feito preferencial ou exclusivamente com Benzonidazol (N-benzyl-2- nitro-1 imidazoleacetamida) ou com Nifurtimox

(3-Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz/FIOCRUZ. Universidade Federal da Bahia.

Suporte financeiro: Conselho Nacional de Desenvolvimento Cien­ tifico e Tecnológico (CNPq) e UNDP/W ORLD BANK WHO Special Program for Research and Training in Tropical Diseases.

Endereço para correspondência; Rua Valdemar Falcão, 121 -Brotas, 41945 - Salvador, Bahia, Brasil.

Recebido para publicação em 21-3-89.

metil-4 (5 nitrofurfurilideno amino) tetraidro 4H-1, 4-tiazina-l, 1-dióxido). Ambos têm-se mostrado efica­

zes no tratamento da fase aguda, porém as tentativas de tratamento da fase crônica têm dado resultados pouco animadores15 19 20. Toma-se, portanto, neces­

sário, melhor avaliar a ação dos quimioterápicos sobre a infecção crônica pelo T. cruzi, considerando-se, inclusive, a ação do tratamento sobre as lesões fibrôtico-inflamatórias peculiares à cardiopatia crô­ nica chagásica, tanto no homem12, como no modelo murino^.

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A n d r a d e S G , M a g a l h ã e s J B , P o n t e s A L . T e r a p ê u t i c a d a f a s e c r ó n i c a d a i n f e c ç ã o e x p e r i m e n t a l p e l o Trypanosoma cruzi c o m o b e n z o n i d a z o l e o n i f u r t i m o x . R e v i s t a d a S o c i e d a d e B r a s i l e i r a d e M e d i c i n a T r o p i c a l 2 2 : 1 1 3 - 1 1 8 , J u l - S e t , 1 9 8 9

O presente trabalho tem por objetivo investigar a ação antiparasitária do Benzonidazol e Nifurtimox na fase crônica da infecção pelo T. cruzi, a possibi­ lidade de cura parasitológica, a influência da cepa do parasito sobre esta resposta e a ação do tratamento sobre o quadro histopatológico.

MATERIAL E MÉTODOS

Foram utilizados 79 camundongos suíços na fase crônica de infecção pelo T. cruzi, os quais tinham sido inoculados com cepas virulentas e sobreviveram por períodos variáveis entre 90 e 400 dias. Os inóculos utilizados consistiam de formas sangülcolas, prove­ nientes de camundongos infectados, variando entre 1 x 104 e 5 x 104 tripomastigotas, por via intraperitoneal. As cepas do T. cruzi utilizadas foram previamente caracterizadas biologicamente nos Tipos II e III de acordo com critérios já estabelecidos por Andrade1 e recomendados pela W H022 e foram as seguintes: cepas do Tipo II - 12 SF e 21 SF de São Felipe-BA; 13 MAM e 14 MAM, de Mambaí-GO; 1 COTEG e 2 COTEG de Cotegipe-BA, cepas de Tipo I I I 19 e 25 MONT, de Montalvânia-MG, cepaBolívia-BO, Cepa Tinte (Chile).

Foram constituídos os seguintes grupos (Tabela 1): a) 41 camundongos tratados com Benzonidazol, sendo 34 infectados com cepas de Tipo II e 7 com

para subinoculação em camundongos recém-nascidos, hemocultura e obtenção de soro. A reação sorológica nti1i7arta foi o teste de imunofluorescência indireta (IFI) de acordo com Camargo14. Os camundongos sacrificados foram submetidos a autópsias completas e após fixação em formol a 10% e inclusão em parafina, obtidas secções de 5 fim , coradas pelo hematoxilina e eosina, para estudo histopatológico. Para avaliação do grau de lesões em miocárdio e músculo esquelético fez-se uma graduação arbitrária: + indicando lesões discretas e focais, + + lesões moderadas difusas ou focais e + + + lesões difusas e intensas.

RESULTADOS

A Tabela 2 mostra os índices de cura parasito­ lógica dos camundongos tratados na fase crônica. No

Tabela 2 - índices de cura para sito ló g ica em ca­

m u ndongos com infecção crônica p e lo T.

cruzi, tratados com B e n zo n id a zo l e N i­ fu rtim o x .

Cepas do índices de cura parasitológica T. cruzi

(Tipos) Benzonidazol Nifurtimox

Tipo II 85,3% 71,4%

Tipo III 43,0% 66,0%

I F I P o sitiv o em 10 0 % d o s tratados co m N ifu rtim ox e em 8 1 % d os tratad os co m B en zo n id a zo le, curados p arasitolo-gicam ente. T ítu lo s d e 1 0 a 3 2 0 .

Tabela 1 - N ú m ero de cam undongos cronicam ente infectados p elo T. cruzi ( Cepas Tipo I I e Tipo I I I ) subm e­ tidos a quim ioterapia com o B en zo n id a zo l e o N ifurtim ox.

Cepas do Tratados com Tratados com Controles Total

T. cruzi Benzonidazol Nifurtimox não tratados

Tipo II 34 14 15 63

Tipo III 7 3 6 16

Total 41 17 21 79

cepas de Tipo III; b) 17 camundongos tratados com Nifurtimox, sendo 14 infectados com cepas de Tipo II e 3 com cepas de Tipo III; c) 21 camundongos- controles não tratados, sendo 15 infectados com cepas de Tipo II e 6 com cepas de Tipo III.

E sq u e m a s terapêuticos: o Benzonidazol, com­

posto mtroimidazólico (Ro 7-1051) foi administrado por entubação gástrica, na dose de 100mg/kg/dia (5 doses semanais), durante 90 dias. O Nifurtimox, composto nitrofurânico (Bay 2502), foi administrado em 4 doses iniciais de 200mg/kg/dia, seguidas por doses diárias (5 dias na semana) de 50mg/kg/dia, durante 90 dias, por entubação gástrica. .

Testes de cura parasitológica: três e seis meses

após o término do tratamento, os camundongos sobre­ viventes foram submetidos a xenodiagnóstico com ninfas do 3.° estágio de R. p ro lix u s e sacrificados sob anestesia pelo éter, sendo o sangue colhido utilizado

grupo tratado com Benzonidazol, houve 85,3% de negativação parasitológica nos animais infectados com cepas de Tipo II e 43% com as cepas de Tipo III. No grupo tratado com Nifurtimox, observou-se 71,4% de cura parasitológica nos infectados com cepas de Tipo II e 66% nos infectados com cepas de Tipo III. Os testes sorológicos de IFI permaneceram positivos em 100% dos animais tratados com Nifurtimox e em 81% dos tratados com Benzonidazol e parasitologi- camente curados com títulos variando de 10 e 320.

E stu d o histopatológico: os camundongos cro­

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A n d r a d e S G , M a g a l h ã e s J B , P o n t e s A L . T e r a p ê u t i c a d a f a s e c r ô n i c a d a i n f e c ç ã o e x p e r i m e n t a l p e l o Trypanosom a cruzi c o m o b e n z o n i d a z o l e o n i f u r t i m o x . R e v i s t a d a S o c i e d a d e B r a s i l e i r a d e M e d i c i n a T r o p i c a l 2 2 : 1 1 3 - 1 1 8 , J u l - S e t , 1 9 8 9

Tabela 3 - D istribuição p ercen tu a l dos casos trata­ dos com B e n zo n id a zo l ou N ifu rtim o x de acordo com a intensidade d a s lesões his-topatológicas em cam undongos infecta­ dos com cepas de Tipo II*.

G rau de lesã o

C on troles n ão tratad os (% ) _

T rata d os (% )

B en zon id azol N ifu rtim ox

S e m lesã o 0 2 0 ,8 57,1 + 5 3 ,8 4 5 ,8 4 2 ,8

+ + 3 8 ,4 2 0 ,8 0

+ + + 7 ,6 0 0

(* ) E x c lu íd o s o s an im ais p arasitologicam en te p o sitiv o s ap ós tratam ento.

F ig u ras 1 A e 1 B - M i o c a r d i t e c r ô n i c a d i f u s a e m c a m u n ­ d o n g o s c r o n i c a m e n t e i n f e c t a d o s c o m c e p a d e T i p o I I ( 1 2 S F ) 1 0 0 x e 2 5 0 x H .E .

F igu ras 1 C e 1 D - M i o s i t e c r ô n i c a c o m á r e a s d e d e s t r u i ç ã o d e f i b r a s m u s c u l a r e s e s q u e l é t i c a s e p r o c e s s o d e a r t e r i o l i t e n e c r o t i z a n t e e m c a m u n d o n g o s c r o n i c a m e n t e i n f e c t a d o s c o m c e p a d e T i p o I I I ( C o l o m b i a n a ) . C r o n t r o l e s n ã o t r a ­ t a d o s . 2 5 0 x H . E..

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Nifurti-A n d r a d e S G , M a g a lh ã e s JB , P o n te s Nifurti-A L . T er a p êu tica d a f a s e crô n ica d a in fecçã o e x p e r im e n ta l p e loTrypanosom a cruzi co m o b e n z o n id a z o l e o n ifu rtim o x . R e v is ta d a S o c ie d a d e B ra s ile ir a d e M e d ic in a T r o p ica l 2 2: 1 1 3 -1 1 8, J u l-S e t, 1 9 8 9

m ox. N o s dem ais casos as lesões eram discretas ou m oderadas, com m iocardite focal em áreas cicatriciais do m iocárdio ou perivasculares e subepicárdicas (F i­ guras 2, A , B). E m 11% dos anim ais tratados com B enzonidazol h avia u m processo residual d e arterite em m iocárdio e em m úsculo esquelético (F iguras 2 C, D ). N a T a b e la 3 são apresentados dados relativos à distribuição percentual dos casos, de acordo com a intensidade d as lesões histopatológicas. N o s cam un­ dongos trata d o s e não curados as lesões histopatoló­ gicas eram d iscretas ou m oderadas, sendo intensas em apenas 1 /1 0 casos, estando ausentes em 4 /1 0 casos.

F ig u r a s 2 A e 2 B - M i o c a r d i t e r e s i d u a l e m c a m u n d o n g o s c r o n i c a m e n t e i n f e c t a d o s e t r a t a d o s c o m B e n z o n i d a z o l . 2 5 0 x e 1 0 0 x H .E .

F ig u r a s 2 C e 2 D - P r o c e s s o r e s i d u a l d e a r t e r i t e e m m i o c á r d i o e e m m ú s c u l o e s q u e l é t i c o e m c a m u n d o n g o s c r o ­ n i c a m e n t e i n f e c t a d o s e t r a t a d o s c o m N i f u r t i m o x .

1 0 0 x e 2 5 0 x H .E .

D IS C U S S Ã O

O s achados do presente trabalho indicam que n a fase crônica d a infecção pelo T. c r u z i há um a resposta

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A n d r a d e S G , M a g a l h ã e s J B , P o n t e s A L . T e r a p ê u t i c a d a f a s e c r ô n i c a d a i n f e c ç ã o e x p e r i m e n t a l p e l o Trypanosoma cruzi c o m o b e n z o n i d a z o l e o n i f u r t i m o x . R e v i s t a d a S o c i e d a d e B r a s i l e i r a d e M e d i c i n a T r o p i c a l 2 2 : 1 1 3 - 1 1 8 , J u l - S e t , 1 9 8 9

sobre as formas intracelulares do parasito in wvojá foi bem demonstrada^ 5. Mesmo cepas que se mostraram altamente resistentes ao tratamento na fase aguda^ 4 8 responderam ao tratamento na infecção crônica do camundongo. Os índices de cura foram mesmo mais elevados nesta fase do que os anteriormente obtidos na fase aguda com as cepas de Tipo III cujo padrão é a cepa Colombiana. Observou-se, entretanto, maior susceptibilidade das cepas de Tipo II, com índices significativamente mais elevados de cura do que os obtidos com as cepas de Tipo III. Deve-se levar em conta, na análise destes dados, as dificuldades para se detectarem os parasitos aos exames parasitológicos, usuais, inerentes à fase crónica da infecção. Entre­ tanto, os múltiplos testes parasitológicos realizados provavelmente teriam detectado a infecção, caso a mesma estivesse ainda presente. Por outro lado, a regressão das lesões histqpatológicas é um dado muito importante para se avaliar a cura. Assim, nenhum animal-controle não tratados era isento de lesões, enquanto 20,8% dos tratados com Benzoni­ dazol e 57,1% dos tratados com Nifurtimox e que estavam parasitologicamente negativos, não mostra­ vam alterações histopatológicas. Nos animais curados em que persistiram lesões, estas eram discretas ou residuais. Além disto, mesmo nos animais que foram tratados, mas não estavam curados, raramente ocor­ reram lesões significantes.

As lesões de arterite necrotizante estavam pre­ sentes em uma percentagem de casos tratados, menos intensas do que nos animais não tratados e ocorriam mesmo na ausência de lesões difusas de miocardite ou miosite. Estas lesões têm sido atribuídas à presença de complexos imunes e, no caso dos animais tratados, poderiam talvez indicar a persistência de antígenos parasitários.

Também no tratamento da infecção crônica pelo T. cruzi, com o MK-346, aspectos semelhantes de regressão de lesões histopatológicas e persistência de arterite necrotizante foram assinaladas^.

O processo inflamatório que ocorre na infecção crônica pelo T. cruzi tem a sua patogênese ligada a um processo de hipersensibilidade retardada^ 13. Embora fenômenos de auto-imunidade possam estar envolvidos neste processo^1, o fator parasito deve ser importante elemento na manutenção destas reações, e a sua eliminação poderá determinar a regressão do processo inflamatório.

Por outro lado, a persistência de positividade da reação sorológica de imunofluorescência indireta em animais aparentente curados pode estar relacionada com a presença de antígenos parasitários retidos em células dendríticas do baço, como recentemente de­ monstrado através da imunoeletromicroscopia^. con­ firmando a presença de uma “memória imunológica”

capaz de manter o organismo em um processo de estimulação específica.

SUMMARY

F ifty-eig h t mice, chronically infected, with d if­

feren t T. cruzi strains (T yp es I I a n d I I I ) were

su b m itted to chem otherapy either w ith N ifu rtim o x (B a y 25 0 2 ) o r B e n zn id a zo le (R o 7-1051). Tw enty one m ice were n o t treated a n d were u sed a s infected controls. T he duration o f infection was fr o m 9 0 to 4 0 0

days. In o cu la varied fr o m 1 x 1 0 4 to 5 x 104 blood

form s. T rea tm en t la sted f o r 9 0 days, doses being 2 0 0 m g /kg /d a y during 4 days, follow ed by 50m g/kg/day fo r N ifu rtim o x a n d 1 0 0 m g /kg /d a y f o r B enznidazole. P arasitological tests (xenodiagnosis, inoculations into baby m ice a n d hem oculture) sh o w ed 8 5 .3 % negativation f o r T ype I I stra in s a n d 4 3 % f o r T y p e I I I in a n im a ls treated with B en zn id a zo le. A s f o r N ifu r­ tim o x there were 71.4 % o f p a ra sito lo g ica l negativa­ tion f o r the an im a ls infected with Type I I strains a n d 6 6 % f o r those infected with Type I II . IF A tests rem ained p o sitiv e in 9 0 % o f treated a n d cured anim als. D isappearance o r m a rk e d regression o j m yocardial a n d sk e le ta l m uscle lesions was seen in the treated a n d p a ra sito lo g ica lly negative anim als. The conclusion is th a t the treatm ent in the chronic

p h a se o f T. cruzi infection can result in p a ra sito lo ­

g ica l cure in a high percentage o f cases with regres­ sion o f histopathological lesions, a lthough with p er­ sistence o f p o sitiv ity o f the I F A tests.

Key-words: T rypanosom a cruzi. Chronic in­ fection. Histopathology: Chemotherapy. Benznida­ zole. Nifurtimox.

R E F E R Ê N C I A S B IB L IO G R Á F IC A S

1. A n drade S G . C a racteriz ação d e cep a s d o T r y p a n o s o m a c r u z i iso la d a s n o R e cô n ca v o baian o. R e v ista de P a to lo ­ gia T rop ical 3 :6 5 -1 2 1 , 1 9 7 4 .

2. A n drad e S G , A n d rad e Z A . A s p e c to s an atom op atoló ­ g ico s e resp o sta terap êu tica na in fecçã o c h agásica crôn i­ c a experim en tal. R ev ista d o In stituto d e M ed icin a T rop i­ c a l d e S ã o P a u lo 1 8 :2 6 8 -2 7 5 , 1 9 7 6 .

3 . A n drade S G , F ig u eira R M . E stu d o experim en tal so b re a a çã o terap êu tica da droga R o 7 -1 0 5 1 na in fecçã o p or diferentes c ep a s do T r y p a n o s o m a c r u z i . R ev ista d o In stitu to d e M ed ic in a T ropical de S ã o P a u lo 1 9 :3 3 5 -3 4 1 , 1977.

4 . An drad e S G , F ig u eira R M , C arvalh o M L , G orini D F . In flu ên cia d a c ep a d o T r y p a n o s o m a c r u z i na resp osta à terap êu tica e exp erim en tal p elo B a y 2 5 0 2 . R esu ltad os de tratam ento a lon go p razo. R ev ista d o Instituto de M ed icin a T ro p ica l d e S ã o P a u lo 1 7 :3 8 0 -3 8 9 , 1 9 7 5 . 5 . An drade S G , F reitas L A R T r y p a n o s o m a c r u z i: card iac

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A n d r a d e S G , M a g a l h ã e s J B , P o n t e s A L . T e r a p ê u t i c a d a f a s e c r ó n i c a d a i n f e c ç ã o e x p e r i m e n t a l p e l o Trypanosom a cruzi c o m o b e n z o n i d a z o l e o n i f u r t i m o x . R e v i s t a d a S o c i e d a d e B r a s i l e i r a d e M e d i c i n a T r o p i c a l 2 2 : 1 1 3 - 1 1 8 , J u l - S e t , 1 9 8 9

6 . A n drade S G , F reita s L A R , P eyrol, S , P im en tei A R , Sadigursky M . T r y p a n o s o m a c r u z i an tigen s d etected b y im m u n oelectron m icro sco p y in th e sp leen o f m ice sero lo ­ g ica lly p o sitiv e b u t p arasito lo g ica lly cured b y ch em oth e­ rapy. P relim inary r ep o rt R ev ista d a S ocied a d e B rasilei­ ra de M ed icin a T rop ical 2 1 :4 1 -4 2 , 1 9 8 8 .

7 . A n drade S G , G rim aud J A . C h ron ic m urine m yocard itis du e to T r y p a n o s o m a c r u z i : a n ultrastructural stu d y and im m u n och em ical characterization o f card iac interstitial m atrix. M em ó ria s d o In stituto O sw a ld o C ruz 8 1 :2 9 -4 1 ,

1 9 8 6 .

8 . A n drad e S G , M a g a lh ã es JB , P o n tes A L . E v a lu a tio n o f chem oth erapy w ith b en zn id a zo le and nifurtim ox in m ice in fected w ith T r y p a n o s o m a c r u z i strains o f different types. B u lletin o f the W orld H ea lth O rgan ization 6 3 : 7 2 1 -7 2 6 , 1 9 8 5 .

9 . A n drad e S G , S ilv a R C , S an tia go C M G . T reatm ent o f chron ic T r y p a n o s o m a c r u z i exp erim en tal in fection w ith M K -4 3 6 (2 -5 -n itro im id a zo le). B u lletin o f the W orld

H ea lth O rgan ization 6 7 ' 5 0 9 - 5 1 4 , 1 9 8 9 .

1 0 . A n drade S G , S ilv a R C , S an tia go C M G , F reitas L A R . T herapeutic a ctio n o f M K -4 3 6 (2 -5 -n itro im id a zo le) on T r y p a n o s o m a c r u z i in fection s in m ice: a parasitological, serolo gical, h isto p a th o lo g ica l and ultrastructural study. B ulletin o f the W o rld H ea lth O rgan ization 6 5 : 6 2 5 -6 3 3 , 1 9 8 7 .

11. A n drad e Z A . M ech a n ism s o f m yocard ia l da m age in T r y p a n o s o m a c r u z i in fection. In: C y to p a th o lo g y o f pa­ rasitic d ise a se s. (C I B A F ou n d ation S ym p osiu m , 9 9 ), L on don , P itm a n B o o k s, p .2 1 4 -2 3 3 , 1 9 8 3 .

12. A n drad e Z A , A n d rad e S G . P ato lo g ia . In: B ren er Z , A n drad e Z (ed): T r y p a n o s o m a c r u z i e d o en ça d e C h a­ gas. R io d e Jan eiro, G uan abara K o o g a n , p .1 9 9 -2 4 8 , 1 9 7 9 .

13. Andrad e Z A , A n drade S G , Sadigursky M . E nh ancem ent o f chron ic T r y p a n o s o m a c r u z i m yocard itis in d ogs trea­

ted w ith lo w d o ses o f cyclop h osp h am id e. A m erica n Journal o f P a th o lo g y 127: 4 6 7 - 4 7 3 , 1 9 8 7 .

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1 9 . R a ssi A . T rata m en to e tio ló g ico d a d o e n ç a de C h agas. A rq u iv os B rasileiros de C ard iologia 3 9 :2 7 7 -2 8 1 , 1 9 8 2 . 2 0 . R a ssi A , F erreira H O . T en tativas d e tratam ento e sp e c í­ fico d a fa se agu d a d a d o e n ç a d e C h a g a s c o m nitrofuranos em esq u em a s de du ração p rolon gad a. R e v ista da S o c ie ­ dade B rasileira d e M ed icin a T rop ical 5 :2 3 5 -2 6 2 , 1 9 7 1 . 2 1 . S ad igursk y M , A c o s ta A M , S a n to s-B u ch A M u sc le sa rcop lasm ic reticulum antigen sh ared b y a T r y p a n o ­ s o m a c r u z i c lo n e. A m erica n Journal o f T rop ical M ed i­ cin e an d H y g ie n e 3 1 : 9 3 4 -9 4 1 , 1 9 8 2 .

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