DIFUSO DE DADOS BASEADA EM ATRASO E
ENERGIA PARA REDES DE SENSORES SEM FIO
Instituto de Ciênias Exatas
Programa de Pós-Graduação em Ciênia da Computação
DIFUSO DE DADOS BASEADA EM ATRASO E
ENERGIA PARA REDES DE SENSORES SEM FIO
Dissertação apresentada ao Curso de
Pós-Graduação em Ciênia da Computação da
UniversidadeFederaldeMinasGeraisomo
requisitoparialparaaobtençãodograude
Mestre emCiênia daComputação.
DANIEL LUDOVICO GUIDONI
FOLHA DE APROVAÇO
Difusão de Dados Baseada em Atraso e
Energia para Redes de Sensores Sem Fio
DANIEL LUDOVICO GUIDONI
Dissertaçãodefendida e aprovada pelabana examinadora onstituída por:
Dr. Antonio Alfredo Ferreira Loureiro Orientador
Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
Dra. Raquel Apareida de Freitas Mini Co-orientadora
Pontifíia Universidade Católiade Minas gerais - PUC Minas
Dr. Eduardo Freire Nakamura.
Fundação Centrode Análise Pesquisa e Inovação Tenológia -FUCAPI, AM
Dra. Judith Kelner
Severino e Marlene
Se aos DEBBamigos
Primeiramente, eu agradeço aos meu pais Severino e Marlene, não apenas pela ajuda
naneirapois,seiquefoifeitadeoração,maspeloinentivoemtodasashoras. Horas
essas em que eu tive que ar mais de três meses sem vê-los. Mas sei que mesmo de
longe, muito longe, eles estiveram sempre próximos, ou num telefonema, ou em uma
pree antesde dormir. Obrigadoeespero nãotê-losdeepionado. Nãoposso esqueer
élaro,dosensinamentosdomeuirmãoGustavo,quenoomeçodagraduaçãoteveum
papel importante para que eu aprendesse os oneitos básios de omputação e pelo
tempo em que utilizavao seu omputador para fazer os trabalhos prátios. Agradeço
tambémaminhairmãquerida,quemesmode longe,sempremeapoiouemedeuforças
para realizar esse sonho.
Agradeço em espeial a um amigo, que me introduziu na pesquisa, forneendo os
ensinamentosbásioparaessa arte. Memostradooaminhopara queeu hegassehoje
onde eu estou. Obrigado Fabríio! Seremos sempre amigos.
Agradeçoemespeialtambém,aumamigoquezquandotinha14anosno
CEFET-ES. Desde então, passei a ter mais um irmão, hamado Renato. Agradeço pelo seu
apoio e atenção, me ligando nos momentos que sabia que eu não estava muito bem
para onversarmos e dar onselhos, esses que eu sempre dei muito valor. Não posso
esqueer dos outros amigos, mas não menos importantes: Geléia, Burao, Zaarias,
Sungão, Maumita,Mingau, Ximitsentre outros que estarãosempre emmeu oração.
AgradeçoaosmeusMestres,AntonioA.F.LoureiroeRaquel. A.F.Mini. ÀRaquel
pelapaiêniaedediaçãonainiiaçãoientíaquezemosnagraduação. AoLoureiro
por me dar o prazer de trabalhar ao seu lado. Agradeço aos dois pelos importantes
ensinamentos na pesquisa ou pessoais/prossionais que reebi nesse período e espero
reebernos próximos
4
anos.Ao alunode DoutoradoMax doValMahado, quetevea paiênia eonança em
meajudarnesseperíodo,sendoparameensinaroNSoumeensinandoafazerpesquisa.
Obrigado.
Agradeçoaos amigos de repúblia e aos olegasdo laboratório. Aos amigosque z
Um dos reursos mais importantes emredes de sensores é aenergia,porque, emgeral,
as baterias dos nós não podem ser rearregadas. Por isso, quaisquer soluções para
essas redes devem ser eientes em termos de energia. O objetivo deste trabalho é
projetar protoolos para disseminar uma informação para todos os nós da rede, ou
seja, soluções para realizar difusão de dados em redes de sensores sem o. Com esse
objetivo,épropostoo Delay and Energy Based Broadasting (DEBB),um protoolo
que utiliza o mapa de energia e o oneito de propagação om atrasos para realizar
a difusão de dados eiente em termos de energia em redes de sensores sem o. O
funionamentobásiodoDEBBésimpleseotimizadoparareduziraargade trabalho
dosnóssensores. Resultadosdesimulaçãomostramaeiêniadoprotooloemrelação
à obertura darede,aonúmero de transmissõeseaoonsumo de energia. Oprotoolo
apresenta a habilidade de ontornar regiões de baixa energia e seu omportamento é
esalávelquando onúmero de regiõesde baixaenergia aumenta. Alémdisso, oDEBB
apresentaummeanismoparaareduçãodalatênia,prinipalproblemadosalgoritmos
One of the most important resoures in wireless sensor networks is energy, sine, in
general,the nodesbatteries annotbereharged. Then,allsolutionstothese networks
must be eient in terms of energy. The goal of this work is to design protools to
disseminate a data to all network nodes, i.e., solutions to perform broadasting in
wireless sensor networks. With this goal, it is proposed the Delay and Energy Based
Broadasting (DEBB),aprotoolthatombinestheonepts offorwardingdelaywith
theenergymaptoperformtheenergy-eientbroadastinginwirelesssensornetworks.
The basioperatingofDEBBissimpleandoptimizedtoreduethe workloadinsensor
nodes. Simulation results revealed the eieny of the proposed protool in relation
to the network overage, number of transmissions and the energy onsumption. The
protool presents the ability to avoid low energy regions and it is salable when the
numberoflowenergyregionsinreases. Besides,DEBBpresentsamehanismtoredue
1 Introdução 1
1.1 Motivação . . . 1
1.2 Denição doProblema . . . 2
1.3 Objetivos . . . 3
1.4 Organização doTrabalho . . . 5
2 Trabalhos Relaionados 6 2.1 Roteamentoem Redes de Sensores Sem Fio. . . 6
2.2 Difusão emRedes de Sensores Sem Fio . . . 8
2.2.1 Trajetory and Energy Based Data Dissemination (TEDD) . . . 8
2.2.2 Dynami Delayed Broadasting (DDB) . . . 10
2.2.3 Broadast Protool for Sensor Networks (BPS) . . . 13
2.2.4 Flooding e Gossiping . . . 14
2.3 Mapa de Energia . . . 15
2.4 State-based Energy Dissipation Model (SEDM) . . . 16
2.5 Conlusão . . . 18
3 Delay and Energy Based Broadasting (DEBB) 20 3.1 Introdução . . . 20
3.2 Energia de Corte . . . 21
3.3 FunionamentoBásiodo DEBB . . . 22
3.4 DEBB Probabilístio . . . 27
3.5 Conlusão . . . 30
4 Resultados de Simulação 32 4.1 Introdução . . . 32
4.2 AvaliaçãodaProbabilidade de Transmissão doDEBB-P. . . 34
4.3 Difusão de Dados em Rede om Energia Homogênea . . . 37
4.4 Difusão de Dados Evitando UmaRegião de Baixa Energia . . . 41
5 Conlusões e Direções Futuras 49
1.1 Formas de omuniação de dados emredes de sensores sem o. . . 4
2.1 Pontos de referênia. . . 10
2.2 Funionamento básiodo TEDD. . . 10
2.3 Exemplo daárea adiionalestimadapelonóA quando o DDB1 éutilizado. 11 2.4 Funionamento básiodo DDB. . . 12
2.5 Funionamento básiodo BPS. . . 14
2.6 Mapa de energia de uma rede de sensores sem o. . . 15
2.7 Diagrama doState-based Energy Dissipation Model. . . 18
3.1 Esolha daenergiade orte. . . 22
3.2 Funionamento básiodo DEBB. . . 23
3.3 Funionamento básiodo DEBB-P. . . 28
4.1 Cenários de simulação. . . 33
4.2 Latênianas diferentes probabilidadesdoDEBB-P. . . 37
4.3 Resultados narede om energia homogênea. . . 38
4.4 Latêniados protoolos. . . 39
4.5 Resultados dentrodaregião de baixaenergia. . . 42
4.6 Resultados fora daregião de baixaenergia. . . 43
4.7 Snapshot dos nós obertos pelos diferentes protoolos utilizando o enário dagura 4.1 (b). Os quadrados branosrepresentam nós que reeberam o paotede difusão. Osquadadospretos representam os nós quenão reebe-ram o paotede difusão. . . 44
4.8 Resultados dentrodas regiões de baixaenergia. . . 46
4.9 Snapshot dos nós obertos pelos diferentes protoolos utilizando o enário da gura 4.1 (). Os quadrados branos representam nós que reeberam o paotede difusão. Osquadadospretos representam os nós quenão reebe-ram o paotede difusão. . . 47
4.1 Parâmetros utilizadosnas simulações. . . 35
4.2 Média e intervalo de onança (valores absolutos) da transmissão,
ober-tura,energiaenósmortos,variandoaprobabilidadedetransmissãomáxima
doDEBB-P.Tx eRx sãoaquantidadedenósquereeberampaotes
trans-mitidosereebidos respetivamenteemuma difusão. En e Nm são energia
médiados nós ea quantidadede nós mortos nonaldasimulaçãoeIC éo
intervalode onança. . . 36
4.3 Média do número de operações, transmissões e obertura da rede emada
1 Algoritmo doDEBB.. . . 25
Introdução
1.1 Motivação
R
edes de Sensores Sem Fio (RSSFs) são redes ompostas porum grandenúmero de dispositivos om apaidade de realizar proessamento, omuniação esen-soriamento distribuído (Estrin et al., 1999; Intanagonwiwat et al., 2002, 2000; Pottie
e Kaiser, 2000a,b). Nesse enário, sensores inteligentes oletam dados do ambiente
em queforam inseridose, emseguida,proessam e propagam esses dados para um nó
sink. O sink apresenta uma apaidade omputaional superior a dos demais nós e
sua responsabilidadeéproessar asinformaçõesde sensoriamentoforneidaspelarede,
disponibilizá-laspara observadores externosedisseminar informaçõesde ontrolepara
a rede. As RSSFspodem ser apliadasnomonitoramento,rastreamento,oordenação
e proessamento de diversas apliações. Por exemplo, sensores podem ser
interone-tados para monitorar e ontrolar ondições ambientais omo em orestas, oeanos e
planetas. Outrasapliaçõespossíveisdessa tenologia estão nas áreas média,militar,
espaial, industrial, urbana e rural. A interonexão desses sensores através de redes
sem o, om o objetivo de realizar qualquer tarefa de sensoriamento, possívelmente,
revoluionará osproessos de obtenção eproessamentode informações.
Asredesde sensores semopodemser projetadaspara oletardados emdiferentes
ambientes e mesmo em regiões de difíil aesso ou perigosas. Na área ambiental, as
redes desensores serãoimportantesnaprevençãoenoauxílioàsvítimasde atástrofes
naturais tais omo terremotos, vulões, tsunamis e furações. As RSSFs podem
moni-torar variáveis ambientais em loais internos omo prédios e residênias. Apliações
rurais podem ser desenvolvidas parao ontrole de plantaçõese deriaçõesde animais.
Na áreaurbana, asredesde sensores podemajudaramelhorarasondiçõesde tráfego
e desegurança. É possívelmonitorarotráfegode veíulosemrodovias,malhasviárias
ser utilizadas para monitorar o funionamento de órgãos omo o oração, detetar a
presença de substânias que indiam a existênia ou o surgimento de um problema
biológio, seja noorpo humano ouanimal. Na área militar, as redes de sensores sem
o são apazes de detetar movimentos inimigos, explosões, a presença de material
perigoso omo gás venenoso ou radiação. Nesse tipo de apliação, os requisitos de
segurança são fundamentais. Além disso, o alane das transmissões dos sensores é
geralmente reduzido para eonomizar energia e evitar esutas landestinas. Na área
espaial, as RSSFs podem auxiliaremtarefas relaionadas à exploraçãoiniial de um
planeta ou estrela. Nesse aso, a rede pode ter omo objetivo avaliaros perigos
exis-tentes para uma eventual visita humana. Na área industrial, as RSSFs podem prover
meanismosde ontroleindustrial. Porexemplo,mirosensores semopodemser
em-butidos em peças na linha de montagem om objetivode realizar testes noproesso
de manufatura. A produção industrial pode ser otimizadaa partir do monitoramento
em indústrias petroquímias,fábrias, renarias e siderurgias.
Osrequisitosde projeto de um nósensorlevamavárias restrições. Osdispositivos
devem apresentar tamanhos reduzidos e um usto de produção mínimo. A energia é
o reurso mais esasso já que o nó sensor utiliza omo fonte de energia uma bateria
uja rearga nem sempre é possível. Em muitas situações, o aesso aos nós sensores
pode ser difíil, quando não inviável. Mesmo se a rearga de bateria for realizada,
observar-se-áum problema de esalabilidadedevidoaograndenúmero de nós sensores
em uma RSSF.
Alémdarestriçãodeenergia,oprojetodesoluçõesparaasredesdesensores semo
deve ser robusto na presença de uma topologia dinâmia. Nós sensores podem deixar
de operar por falta de energia ou por problemas meânios ou físios, por falhas de
omuniação no enlae sem o ou por estarem adormeidos para eonomizar energia.
A topologia da rede também pode ser alterada quando novos nós são adiionados à
rede já existente.
1.2 Denição do Problema
Nesse enáriode desaos araterizadopelas restriçõesdos nós sensores epela
topolo-gia dinâmia,a atividadede omuniação de dados torna-seum dos prinipaistópios
de pesquisa. Isso oorre porque o usto de omuniação é normalmente o mais
sig-niativo nas RSSFs, sendo aproximadamente três ordens de grandeza superior ao de
proessamento (Pottie e Kaiser, 2000a). Logo, qualquer solução para a omuniação
A omuniação de dados emRSSFs pode ser dividida emtrês asos (Goussevskaia
et al., 2005b), omo mostrado na gura 1.1: dos sensores para o sink (oleta de
da-dos), entre os nós sensores vizinhos (ooperação), e do nó sink para os nós sensores
(disseminação de dados). Este trabalhoaborda um tipoespeío de disseminação de
dados queaontee quandoonósink enviauma informaçãoparatodososnós darede.
Esse tipo de disseminação de dados é denominada difusão de dados (broadasting).
Outros tipos de disseminação de dados são uniasting, quando a informação
dissemi-nada é destinada a um únio nó, e multiasting, quando a informaçãoé enviada para
vários destinatários. A partir de algoritmos de difusão de dados eientes, o nó sink
pode realizaratividadestaisomo alteraromodode operação darede,disseminar um
novo interesse, ativar/desativar um ou mais sensores e enviar onsultas para a rede.
A difusão de dados é fundamental para o funionamento básio de vários protoolos
e apliações em RSSFs. Além disso, alguns protoolos para a oleta de dados, omo
o Direted Diusion (Intanagonwiwat et al., 2002), também são dependentes de um
protoolo de difusão de dados.
Vários algoritmosde difusão de dados têm sido propostos na literatura (Orehia
etal.,2004;Changetal.,2005;RahnavardeFekri,2006a;Durresietal.,2005). Dentre
eles, o mais simples é o ooding no qual, sempre que um nó reebe um paote pela
primeiravez, eleoretransmite paraseus vizinhos. A desvantagemdesse algoritmoé o
elevadonúmerodetransmissõesrealizadasqueotornaineienteemtermosdeenergia.
Umaversãootimizadadoooding éogossiping,ouooding probabilístio,noqualada
nó transmite uma mensagem om uma probabilidade
p
. O desempenho do algoritmoem relação ao número de nós obertos e ao número de transmissões é sensivelmente
dependentedaesolhadovalorde
p
. Algunsprotoolosparadifusãodedadosutilizamooneitodeforwardingdelay parareduzironúmerodetransmissões. Nessesalgoritmos,
quando um nóreebe um paote, eleespera um determinadointervalode tempopara
deidir se irá retransmiti-lo ou não. Após esse intervalo, o nó propaga o paote se
nenhum vizinhoo tiverretransmitido. Opontoimportantedessapolítiaéadenição
do intervalo de espera, que é proporional a alguma métria a ser otimizada omo a
distânia ou a energia. No aso da distânia, deseja-se que os nós mais próximos (ou
os mais distantes) aum determinadoponto transmitamo paote.
1.3 Objetivos
(a) Comuniaçãode dadosdos sensores
paraosink (oleta).
(b) Comuniaçãode dados entre osnós
sensoresvizinhos(ooperação).
() Comuniação de dados do nó sink
paraosnóssensores(difusão).
Figura 1.1: Formasde omuniação de dados emredes de sensores sem o.
para prolongar o tempo de vida da mesma. Essa informação é denominada mapa de
energia(Minietal.,2005)epode serutilizadapordiferentes atividadesom oobjetivo
deotimizaroonsumodeenergiadisponívelnarede. Algoritmosdistribuídosientesdo
mapa de energia podem alterar seu modode funionamentoquando foremexeutados
em nós sensores loalizados em regiões de baixa energia. Por exemplo, protoolos de
difusão de dados podem evitar rotas quepassam por taisregiões.
Neste trabalho, é proposto o Delay and EnergyBased Broadasting (DEBB)
(Gui-doni et al., 2006), um protoolo que ombina os oneitos de forwarding delay e de
mapa de energia para realizar a difusão de dados eiente em termos de energia em
RSSFs. O DEBB éomposto por dois módulose o primeiraéo de determinar a
ener-gia de orte. O sink exeuta essa função para analisar o mapa de energia e detetar
regiõesde baixa energianarede. Se algumaregiãode baixaenergiafordetetada, um
parâmetro ontendo informaçõessobre a região de baixa energia é enviado no paote
a ser difundido narede. Assim, os nós saberão seeles pertenem ounão a uma região
de baixaenergia.
O segundo módulo é o de forwarding delay. Nesse aso, o nó sensor irá gerar um
o atraso inserido na propagação desse. O objetivo do DEBB é reduzir a quantidade
de paotes transmitidos, por onseguinte, a energia onsumida na rede, maximizar o
número de nós que reebeu o paote de dados difundido e fazer om que os nós que
possuem baixa reserva de energia não partiipem da difusão. Como o DEBB insere
atrasosnapropagaçãodopaote,alatênianadifusãoésigniativamenteaumentada.
Assim, é proposto uma versão probabilístiado DEBB, hamado DEBB-P ou DEBB
probabilístio. Nesse aso, o nóalula uma probabilidadepara enviar opaote. Essa
probabilidade é alulada segundo a métria de distânia. O objetivo do DEBB-P é
diminuira latêniaausada pelouso da téniade forwarding delay.
Opresentetrabalhoapresentaosdois algoritmosom suasavaliaçõesfeitasom
si-mulações, emque várias difusõesde dadossão realizadas pelonósink. As métriasde
avaliaçãodesses algoritmossão oonsumo de energia,númerode nós que reeberam o
paote difundido,número de nós mortos, operações aritmétiase latênia. Resultados
de simulaçãomostramque,emenáriosde difusãode dados,oDEBBémaisadequado
que os demais protoolos omparados. Nesses enários, o DEBB apresenta um usto
de exeução reduzido paraos nóssensores epossui um melhordesempenho emtermos
de número de nós obertos, número de transmissões realizadas e energia onsumida.
Alémdisso, oDEBBapresentaum omportamentoesalávelerobustoparadifusão de
dadosemenáriosontendoregiõesde baixaenergia. Nesse aso,oDEBBfazom que
os dadossejamintegralmenteroteados pelos nós om maioresreservas energia,mesmo
quando o número de regiões de baixa energia aumenta. Por outro lado, o DEBB-P
onsegue reduzir signiativamente a latênia ausada pela inserção de atrasos
man-tendo as mesmas araterístiasde nós que reeberam o paote de difundido, energia
onsumida e números de paotes transmitidodo DEBB.
1.4 Organização do Trabalho
Estetrabalhoestáorganizadodaseguintemaneira. Oapítulo2apresentaostrabalhos
relaionados aos algoritmos projetados nesta dissertação. O apítulo 3 apresenta o
protoolo Delay and Energy Based Broadasting (DEBB) e sua versão probabilístia.
Oapítulo4apresentaosresultadosdesimulaçãoemumenárioemqueváriasdifusões
de dadossãorealizadaspelonósink paratodososnóssensoresdarede. Nesseapítulo,
Trabalhos Relaionados
E
ste apítulo apresenta os trabalhos relaionados aos algoritmos propostos nesta dissertação. Eleestáorganizadoomodesritoaseguir. Aseção2.1apresentaosprotooloslássiosderoteamentopropostospararedesdesensoressemo. Aseção2.2
apresenta de forma espeía e detalhada, os protoolos de difusão mais relaionados
om o protoolo proposto neste trabalho. Como o protoolo proposto neste trabalho
utiliza informações de energia da rede, a seção 2.3 apresenta o oneito de mapa de
energia proposto em (Mini, 2004). A seção 2.4 apresenta o modelo de energia
State-basedEnergyDissipationModel (SEDM),propostoem(Minietal.,2005). Finalmente,
a seção 2.5apresenta asonlusões dopresente apítulo.
2.1 Roteamento em Redes de Sensores Sem Fio
Na omuniaçãode dados, oroteamentoéum problemafundamentalque pode ser
de-nido omooproesso deenviar paotesde umelemento origematé um elemento
des-tino atravésde umarota pelaqualopaotedeveperorrer. Algoritmosde roteamento
tem omoobjetivo obter a melhorrota a ser perorrida pelos paotesonsiderando as
informações de roteamento oletadas na rede, omo por exemplo, informações sobre
atraso e ongestionamento de um enlae entre pares de nós roteadores. Normalmente,
é possível determinarousto de seenviarum paote atravésde um enlae oude um
roteador. Esseustopodeserutilizadopelosalgoritmosderoteamentoparadeterminar
as melhoresrotas.
Assimomo em redes ad ho,o roteamentoé um problema importanteemRSSFs.
Emambosostiposde redes, agrandediuldadeexistentepara arealização do
rotea-mentooorreemfunçãodatopologiadinâmia. Nasredesad ho,atopologiadinâmia
é uma onseqüêniada mobilidadedos nós. Dessa forma,asrotas válidas tornar-se-ão
nós serem geralmenteestátios, atopologiadaredetambémédinâmia. Nósdesligam
o rádio para eonomizar energia, nós morrem (por exemplo, por falta de energia ou
porum problemafísio),novosnóssão adiionados,eosink mudasua loalização. Na
literatura, vários protoolos de roteamento para RSSFs forampropostos (Mann etal.,
2005; BraginskyeEstrin,2002;Su eAkyildiz,2005; Ganesanetal.,2001;Heinzelman,
2000;Woodetal.,2006;Intanagonwiwatetal.,2002;Servetto eBarrenehea,2002;Yu
etal.,2001),amaiorpartedelesutilizaumaoumais téniasparaeonomizarenergia.
Devido a sua natureza, as RSSFs requisitam ténias de roteamento esaláveis e
robustas paradisseminação de dados(Ganesan etal.,2001). Os algoritmospara essas
redes devem ser projetadosobjetivando elevaro tempode vida darede. Logo, os
mes-mos devem prover um meanismo de omuniação robustoe om onsumo de energia
eiente. A seguir, são desritos alguns algoritmospropostos naliteratura.
Intanagonwiwat et al. (2000) propõem o Direted Diusion um novo paradigma
para a omuniação entre os nós sensores. O objetivo desse protoolo é estabeleer
uma omuniação eienteentre osnós sensores e osink. Omodelo proposto introduz
dois oneitos. O primeiro é o data-entri em que os dados gerados pelos sensores
são identiadosporum parde valor-atributo. Nesseaso, quandoosink deseja saber
informaçõessobreumdadoespeío,eleenviaumaidentiaçãodoparvalor-atributo
desejado para a rede esse proesso é hamado envio de interesse. O outrooneito é
odataaggregation emqueosnósintermediáriosprouramagregaroseventosreebidos
em um únio evento om o objetivo de reduzir o número de transmissõesrealizadas e
a quantidade de dados armazenados na rede. O funionamentodo Direted Diusion
pode ser resumido da seguinte forma. Osink dissemina uma tarefa de sensoriamento
ou interesse para a rede e os nós intermediários propagam esse interesse através de
interaçõesloais. O aminhodapropagação dointeresse estabelee o aminhoreverso
para osdados oletadosloalmentequeasam om aquele interesse. Essa
dissemina-ção riaum gradienteapartirdatopologiadarede quesetornadireionada aeventos.
O gradiente faz om que os dados oletados perorram aminhos únios na volta. O
Direted Diusion é aprimorado em (Intanagonwiwat et al., 2002, 2003) em que os
autorespropõem uma abordagemde energiamaiseiente paraaagregação de dados.
Em (Heinzelman et al., 1999) e (Kulik et al., 1999), os autores apresentam uma
famíliadeprotoolosadaptativos,denominadaSPIN(SensorProtoolsforInformation
via Negotiation), que dissemina informação de forma eiente em RSSFs. A família
de protoolos SPIN inorpora duas inovações importantes om objetivo de superar
as deiênias das abordagens para a disseminação de dados existentes na literatura:
negoiaçãoeadaptaçãodereursos. Osnósnegoiamentresiantesdastransmissõesde
reursos oorre quando os nós onheem os reursos existentes nas regiões onde se
enontram e, assim, eles podem planejar melhor suas respetivas atividades de forma
a aumentaro tempode vidada rede.
Algunsalgoritmosderoteamentoassumemaexistêniadeumsistemadeloalização
que permite aos nós onheerem suas respetivas posições. Umexemplo deste tipo de
algoritmoéoGeographiandEnergyAware Routing (GEAR)propostopor(Yuetal.,
2001). O GEAR usa a energia e o sistema de loalização geográo para rotear os
paotes até suas respetivas regiões de destino. Esse protoolo proura balanear o
onsumo de energia de formaa elevaro tempo de vida darede.
(Heinzelman, 2000; Heinzelman et al., 2000) propõem o algoritmo LEACH
(Low-Energy Adaptive Clustering Hierarhy), um protoolo baseado em lustering que
mi-nimiza o onsumo de energia em RSSF. Esse algoritmorealiza rotações aleatórias do
líderdoluster (luster-head)paradistribuiroonsumo deenergiaentreossensores da
rede. Compressõesloais também são utilizadaspara reduzirasomuniaçõesglobais.
2.2 Difusão em Redes de Sensores Sem Fio
Reentemente, algunsautorestêm propostoeientesprotoolosparadifusãoemredes
de sensores (Cartigny et al.,2005; Ovalle-Martinez, 2005; Ingelrest et al., 2006; Wu e
Dai, 2005, 2004; Rahnavard e Fekri, 2006b; Durresi et al., 2005; Heissenbüttel et al.,
2006; Goussevskaia et al., 2005b; do Val Mahado et al., 2005). Entre os algoritmos
existentes,osquepossuemmaiorrelaçãoomessetrabalhosãooTrajetoryandEnergy
Based Data Dissemination (Goussevskaia etal., 2005b;do ValMahado etal., 2005),
oDynamiDelayedBroadasting (Heissenbütteletal.,2006),oBroadastProtoolfor
Sensor Networks (Durresi et al., 2005), ooding e o gossiping e eles são estudados a
segiur.
2.2.1 Trajetory and Energy Based Data Dissemination
(TEDD)
Algoritmos para roteamento em urva utilizam a ténia de disseminação de dados
na qual paotes são disseminados pelo nó sink para um onjunto de nós ao longo de
uma urva pré-denida. A idéia prinipal onsiste em inserir uma equação de urva
no paote e os nós intermediários propagam esse paote para seus vizinhos que
esti-verem loalizadospróximosà urva. O TBF(Trajetory Based Forwarding),proposto
por(Niulesue Nath, 2003), foio primeiroalgoritmoautilizar essa idéia para rotear
para disseminar informações de forma eiente, em termos de energia, em RSSFs. O
protoolo é omposto de duas partes. Iniialmente, quando deseja disseminar uma
informação, o nósink aiona um módulo de geração dinâmiade urvas que realiza a
leitura domapade energiae gera urvasque passampor regiõesom maioresreservas
de energia eevitam ouxo de dados dentro das regiões de menor energia. A segunda
parte doalgoritmoonsisteemumapolítiade disseminaçãodotiporeeiver-based,ou
seja, quando um nó reebe um paote, ele próprio deide se deve ou não propagá-lo.
O métodode deisão utiliza uma téniade forwarding delay. Nesse aso, quando um
nó reebe um paote ele espera um determinado intervalo de tempo para deidir se
irá retransmití-lo. Após esse intervalo,onópropaga opaotese nenhum vizinho tiver
retransmitido. Oponto importantedessa polítiaé adenição do intervalode espera.
Em (Goussevskaia et al., 2005a), quanto menor a distânia do nó em relação a um
pontoafrentenaurva(pontode referênia),menorotempode espera. Osresultados
obtidospeloTEDD são signiativosporque eleapresentavárias melhoriasemrelação
ao roteamentoem urva original(Niulesu e Nath, 2003), utiliza o oneito de mapa
de energia e é o primeirotrabalho sobre a geração dinâmia de urvas de roteamento
em redes sem o.
Aidéia prinipaldoTEDD équeopontode referênia sempresejaum pontomais
afrentenaurvaequesistematiamenteonómaispróximoaelepropagueopaote. O
uso do pontode referêniaé feitode duas formas. Naprimeira,existe um únioponto
de referênia loalizadopróximo à urva e, onseqüentemente, a disseminação oorre
através de um únio uxo de dados que é roteadoem ima da urva. Como ilustrado
na gura 2.1, quando um únio uxo é utilizado, o nó mais próximo ao ponto de
referênia(gura2.1,pontoB)propagaopaote. Naoutraforma,existemdois pontos
de referênia, ambossão pontos à frentenaurvae suientementedistantes para que
existam dois uxos de dados independentes sendo propagados paralelamente à urva
(umaimaeoutroabaixodamesma). Comomostradonagura2.1,quandodoisuxos
são utilizados, os dois nós mais próximos respetivamente aos pontos de referênia
(gura 2.1, pontos A e C)propagam o paote. A esolha de quantos uxos utilizar é
onseqüênia do objetivo da disseminação. Existe um ompromisso entre maximizar
a quantidade de nós obertos pela urva e minimizaro número de transmissões. Em
situaçõesem queo mais importanteé minimizaronúmero de transmissões, apolítia
de um uxo deve ser utilizada. Por outro lado, quando maximizar a obertura for o
objetivoprinipal,a polítia de dois uxos éa mais indiada.
A gura 2.2 ilustra o modo de funionamento básio do TEDD. Quando um nó
reebeumpaote,eleveria sesua oordenadaestá dentrodosetordeurvareebido
Figura 2.1: Pontos de referênia.
Se o nó estiver dentro do setor, é alulado as oordenadas do ponto de referênia
(gura 2.2, pontoC)e veria sesua distâniaparao pontode referêniaémaior que
oraiodeomuniação(gura2.2, pontoD).Se sim,onódesarta opaote(gura2.2,
pontoB).Caso ontrário, onó alulao tempode espera (gura 2.2, ponto E).Após
aguardado o tempo de espera (gura 2.2, ponto F), o nó veria se algum de seus
vizinhosretransmitiuopaote(gura2.2,pontoG).Emasoarmativo,onódesarta
opaote(gura2.2, pontoB).Casoontrário,onóalulaopontode referênia(para
auxiliar na denição do próximonó da rota) (gura 2.2, ponto H) e, em seguida, ele
propaga opaote (gura2.2, pontoI).
ESTOU DENTRO
DO SETOR
DA CURVA?
CALCULAR O
PRÓXIMO PONTO
DE REFERÊNCIA
CALCULAR O
TEMPO DE
ESPERA
PROPAGAR O
PACOTE
RECEBI O MESMO
PACOTE
NOVAMENTE?
DESCARTAR
Pacote
Recebido
Sim
Continuar
Não
Não
Sim
A
B
C
D
E
F
G
MINHA DISTÂNCIA ATÉ
O PONTO DE REFERÊNCIA
É MAIOR QUE O RAIO?
ACABOU
TEMPO DE
ESPERA?
Continuar
Sim
Sim
Não
H
Não
CALCULAR AS
COORDENADAS DO
PONTO DE REFERÊNCIA
I
Figura2.2: Funionamentobásio doTEDD.
2.2.2 Dynami Delayed Broadasting (DDB)
que utilizao oneito de forward delay. Oforwarding delay éutilizadoom oobjetivo
de otimizaro número de nós que propagam o paote de difusão eo tempo de vida da
rede. São propostas duas versões do DDB. A primeira hamada de DDB1, quando o
nóreebeumpaote,elealulaoatrasonatransmissãobaseadonaestimativadaárea
adiional que será oberta om a sua transmissão, ou seja, a métria utilizadapara o
álulodoatraso dopaote éaáreaqueserá obertaom asua transmissãoqueainda
não foi oberta por nenhuma transmissão de outro nó. A gura 2.3(a) mostra a área
adiional estimada pelo nó A quando ele reebe um paote transmitido pelo nó S. A
gura 2.3(b) mostra a área adiionalestimada pelo nó A quando ele reebe o mesmo
paote duas vezes, uma pelo nóS e outrapelonó S'.Se a área adiionaloberta pela
transmissão do nóformenor que um threshold pré determinado, onónão retransmite
o paote. Deve-se destaar que essa métria tem omo objetivo reduzir a quantidade
de paotetransmitidos nadifusão.
Nó S
Nó A
Área
Adicional
(a) NóA reebe umpaote transmitidopelo nó
S.
Nó S
Nó A
Nó S’
Área
Adicional
(b)NóAreebeomesmopaoteduasvezes:uma
transmitidapelonóSeoutratransmitidapelonó
S'.
Figura2.3: ExemplodaáreaadiionalestimadapelonóAquandooDDB1éutilizado.
O funionamento básio do DDB1 é mostrado na gura 2.4. Quando o nó reebe
o paote pela primeira vez, ele alula a área adiional que será oberta pela sua
transmissão (gura 2.4, ponto A). Se a área alulada é menor do que um threshold
pré-denido (gura 2.4, ponto B), o nó desarta o paote (gura 2.4, ponto C). Se a
área for maior, o nó alula o tempo de atraso do paote inversamente proporional
a essa área (gura 2.4, ponto D). A equação 2.1apresenta a fórmula utilizadapara o
álulo do tempo de espera. O atraso máximo que um paote pode ter emada nó é
T ime
_Delay
=
Max
_Delay
∗
v
u
u
t
e
−
e
(
AC
1
.
91
)
e
−
1
(2.1)Apósoálulodotempodeespera, onóiráesperar
T ime
_Delay
segundosantesdesuatransmissão(gura2.4,pontoE).Duranteesseperíodo,seonóreeberoutraópia
desse mesmopaote, o agendamento da transmissão será anelado e a área adiional
oberta porsua transmissão érealulada (gura2.4, pontoA). A novaárea é igual a
área alulada anteriormente menos a área oberta pelo último paote reebido. Se o
tamanhodanovaárea formenor queothreshold (gura2.4, pontoB)o nódesarta o
paote(gura2.4,pontoC).Senão,um novotempodeatrasoéalulado. Entretanto,
otempodeespera éaluladoinversamenteproporionalanovaáreamenosafraçãodo
tempode espera que onójá realizou,antes de reeberaópia dopaote pelasegunda
vez. Esseproessoérepetidoatéqueaáreaobertapelonósejamenorqueothreshold.
Quando o tempo de atraso aabar, o nó insere a sua loalização geográa (valores
x
e
y
) nopaote (gura 2.4, pontoF) e efetua asua propagação.CÁLCULO DO
TEMPO DE
ESPERA
Pacote
Recebido
Delay
Time
Não
A
B
C
D
E
F
G
CÁLCULO DA
ÁREA
ADICIONAL
ÁREA ADICIOANAL
É MENOR QUE
THRESHOLD ?
DESCARTAR
Nó recebeu
uma cópia do
pacote
PROPAGAR
O PACOTE
INSERIR MINHA
COORDENADA
NO PACOTE
Sim
ACABOU
TEMPO DE
ESPERA ?
Não
Sim
Figura 2.4: Funionamentobásio doDDB.
Segundo Heinssenbüttel, quandoo DDB1é utilizadoemenárioomo RSSF,onde
os nós raramente se moveme tráfego de dados é altamentedireionado (sink
→
redee rede
→
sink), alguns nós onsumirão energia mais rapidamente do que outros. Issoaontee pois, o algoritmo não leva em onsideração a energia que o nó possui e,
onseqüentemente, os mesmo nós transmitirão o paote de difusão. Para resolver esse
problema, os autores propõem a segunda versão do DDB, hamada de DDB2. O
funionamentobásiodoDDB2 éomesmodoDDB1, omomostrado nagura2.4. A
diferençaentreelesestánoálulodotempodeespera(gura2.4,pontoD).NoDDB2,
otempodeesperaéinversamenteproporionalaenergiaorrentedonó,eooneitode
menor do que o threshold. Se a área oberta for menor queo threshold,o nó desarta
o paote. Para alular otempode espera noDDB2 é utilizadoa equação2.2:
T ime
_Delay
=
Max
_Delay
∗
s
e
−
e
E
B
e
−
1
(2.2)onde,
e
éo númerode Euler,Max
_Delay
éoatraso máximo queum paotepode terno nóe
E
B
éa energiarestanteno nóemporentagem dasua energia iniial.2.2.3 Broadast Protool for Sensor Networks (BPS)
O BPS, proposto por (Durresi et al., 2005), é um protoolo de difusão que utiliza
a ténia de forwarding delay om a métria de distânia. Seu prinipal objetivo é
minimizar o número de paotes transmitidos emada difusão. Quando um nó deseja
enviar uma mensagem para todos os outros nós da rede, ele se torna o entro de um
hexágono insrito em seu raio de omuniação e, todos os seus vizinhos alulam sua
distânia em relação ao vértie mais próximo do hexágono. Um atraso inversamente
proporionalaessadistâniaéaluladoe,apósessetempo,onóretransmiteopaote.
Dessa forma, onóqueseenontramais próximoa algumvértiedohexágonoterá um
tempodeesperamenoreseráoprimeiroaretransmitiropaote. Seumnóreebeuum
paote retransmitido por algum vizinho, ele não preisa retransmiti-lo. Uma grande
desvantagemdoBPSéque,omoainformaçãodeenergianãoéutilizadaparaefetuara
difusão,regiõesdebaixaenergianaredenãosãoevitadasnaomuniaçãoe,sempreque
um determinadonóexeutar umadifusão, omesmo subonjuntode nós será esolhido
sistematiamente para retransmitir o paote, proporionando uma morte prematura
dos nós esolhidos.
A gura 2.5 ilustra o funionamento básio do BPS, onde `th` é a abreviatura
para thresohld. Quando o nó N reebe o paote pela primeira vez (gura 2.5, ponto
A), ele veria se o nó que enviou o paote está a uma determinada distânia do nó
atual. Se adistâniaformenor queum determinadothreshold pré-denido,opaote é
desartado(gura2.5,pontoB).Casoontrário,veriaseopaotejáfoireebidopelo
nó(gura2.5, pontoC).Se opaotejáfoireebido,eledeveser desartado(gura2.5,
pontoB).Caso ontrário, o nó N alulaa distânia dele aovértie mais próximo do
hexágonoinsritoemseuraiodeomuniação (gura2.5,pontoD).Apósessaetapa,o
nóalulaoatrasonoenviodopaote(gura2.5, pontoE).Esse álulopodeser feito
de duas formas. Na primeira,se onóque enviouo paoteéa fonte S da difusão,o nó
que reebeu o paoteenontrao vértie V mais próximo dohexágono om entro nas
oordenadas de S e omo exemplo de um vértie desse hexágono tem-se
(
S
x
+
R, S
y
)
,para o vértie V e o atraso é dado pela fórmula
l/R
. Na segunda forma,se o paotefoi enviado por um nó K qualquer da rede, o nó N seleiona o vértie do hexágono
mais próximo de sua posição e o atraso do paote é dado pela fórmula l/20*R. Após
esse álulo,o nó espera o tempo neessário para a transmissão do paote(gura 2.5,
ponto F) e, após isso, veria-se se o paote já foi reebido (gura 2.5, ponto G). Se
o paote já foi reebido, eledeve ser desartado(gura 2.5, ponto B). Caso ontrário,
eleinsere assuas oordenadas geográasnopaote(gura 2.5,pontoH)eefetua sua
propagação (gura 2.5, pontoI).
DISTÃNCIA < th
INSERIR
COORDENADA NO
PACOTE
PROPAGAR O
PACOTE
PACOTE JÁ
RECEBIDO?
DESCARTAR
Pacote
Recebido
Não
A
D
H
F
ACABOU
TEMPO DE
ESPERA?
Sim
I
Sim
Sim
ENCONTRAR O
VÉRTICE MAIS
PRÓXIMO
CALCULAR O
ATRASO
PACOTE JÁ
RECEBIDO?
Não
Não
Sim
Não
B
C
E
G
Figura2.5: Funionamentobásio doBPS.
2.2.4 Flooding e Gossiping
Oalgoritmode difusãomaissimpleséoooding noqual,semprequeumnóreebeum
paotepelaprimeiravez, eleoretransmite. A desvantagemdessealgoritmoéoelevado
númerode transmissõesrealizadas que otorna ineienteem termosde energia. Uma
versão otimizadadoooding é ogossiping, ouooding probabilístio,no qualada nó
transmite uma mensagem om uma probabilidade
p
. O gossiping apresenta umom-portamentodistinto emfunção da densidade da rede e da probabilidadeutilizada. Se
a rede for esparsa oua probabilidade for pequena, as rotas são quebradas om muita
failidadeepouosnóssãoobertospeloalgoritmo. Poroutrolado,emredesdensasou
quando aprobabilidadefor suiente, oprotooloapresentaum desempenho
satisfató-rioemrelaçãoaonúmerodenósobertoseaonúmerodetransmissões(doV.Mahado
2.3 Mapa de Energia
Em RSSFs, o usto da omuniação de dados pode ser representado peloonsumo de
energia. A informação sobre a energia restante em ada parte da rede é denominada
de mapadeenergia. Essemapapodeser representado emtonsde inzaomoilustrado
na Figura 2.6. As regiões mais laras representam áreas om maior quantidade de
energia e as mais esuras orrespondem às regiões om menos energia. Utilizando o
mapa,épossíveldeterminarsealgumapartedaredepodesofrer falhadevidoàfaltade
energia (Zhaoetal.,2002). Váriasapliaçõespara asredes de sensores sem opodem
utilizara informaçãoforneidapelomapa,omoalgoritmosde disseminaçãode dados,
de reonguração, defusãode dados,ede gereniamentodarede. Opontoimportante
é que omapa de energiaé fundamentalpara prolongar o tempo de vida darede.
Figura2.6: Mapa de energiade uma rede de sensores sem o.
Omapade energiapode ser onstruídode várias maneiras. Umadelaséutilizando
uma ténia ingênua em que, periodiamente, ada nó sensor envia o seu respetivo
valor de energia para o sink. Contudo, essa abordagem apresenta um usto elevado,
em termos de energia, devido à grande quantidade de transmissões neessárias para
atualizar o mapa. Nesse aso, possivelmente, os ganhos advindos do onheimento
forneido pelomapa seriam inapazes de obrir os ustos doproesso neessário para
sua obtenção/atualização.
Zhao et al. (2002) propõem uma abordagem mais interessante em que o mapa é
onstruído utilizando ténias de agregação. O trabalho proposto por (Zhao et al.,
2002) obtém o mapa de energia de uma rede de sensores utilizando uma abordagem
baseada emagregação. Umnósensorapenas preisaenviarparaonósink sua energia
reeberemduasoumaisinformaçõesdeenergiapodemagregá-lasde aordoomvárias
regras. Se asinformaçõesde energiasão de áreas topologiamenteadjaentes e setêm
níveis de energia semelhante, elas podem ser agregadas. O objetivo da agregação é
reduzirousto deoletarodado deenergia,mas mantendo aqualidadedainformação
obtida. No trabalhode (Zhao et al.,2002), são apresentados resultados de simulação
queomparamasabordagenspropostasomumaabordagementralizada. Entretanto,
nassimulações,nãoélevadoemonsideraçãooustodaatualizaçãoperiódiadaárvore
de agregação.
Mini(2004);Minietal.(2005,2003a,2002,2003b)propõemoutraabordagem
ei-ente, baseada emmeanismosde adeiasde Markov, parapreveroonsumode energia
de um nó sensor e om essa informação onstruir o mapa de energia. A idéia dessa
proposta está relaionada à situações em que um nósensor pode prever seu onsumo
de energiabaseando-seemseupassado. Seumnópodeprevereientementea
quanti-dade de energiaqueeleirágastarnofuturo, elenão preisatransmitirfreqüentemente
o valor de sua energia. Nesse aso, um nó sensor pode enviar uma únia informação
ontendo o valorde sua energia eos parâmetros que desrevem seu onsumo. Usando
esses parâmetros,o nósink pode atualizarloalmentea informaçãode energiados nós
sensores. Resultados de simulação apresentados por (Mini et al., 2005) mostram que
o uso de modelos baseados em predição apresenta um bom desempenho e diminui a
quantidade de energia neessária para a onstrução do mapa. Além disso, em (Mini
et al., 2005), o usto de onstrução do mapa é mostrado detalhadamente através do
númerode operações(adição,subtração,multipliação,divisão,omparação e
atribui-ção) neessárias. Outro ponto importante tratado em (do V. Mahado et al., 2005)
e em (Mini et al., 2005) é a utilização de ténias de amostragem para reduzir ainda
mais o usto de onstrução do mapa. É importante destaar que mesmo existindo
ténias otimizadas (em termos de energia) para a onstrução do mapa, o usto de
onstrução do mesmo pode ser dividido por todas as apliações e/ou algoritmos que
se beneiam dele. Outra onsideração importante é que o Delay and Energy Based
Broadasting (DEBB), protoolo de difusão de dados proposto no presente trabalho,
utiliza a abordagembaseada em predição para obter omapa de energia.
2.4 State-based Energy Dissipation Model
(SEDM)
O uso de simulação para avaliar o desempenho de protoolos de roteamento ou de
Em (Zhao et al., 2002), durante um evento de sensoriamento, alguns pontos
h
,pré-denidos na rede, apresentam uma probabilidade
p
de iniiarem uma atividade desensoriamento loal, e todo nó loalizado dentro de um írulo de raio
r
e de entroigualaumponto
h
onsomemumaquantidadexadeenergia. Umadesvantagemdessaproposta éque quando um evento oorre, todos os nós loalizados dentro de sua área
de inuênia onseguem identia-loimediatamente. Essa situaçãoé plausívelapenas
se todos os nós sensores estiverem om seus respetivos sensores ligados durante todo
o tempo de simulação. Contudo, essa solução não é interessante porque a melhor
forma de se eonomizar energia emRSSFsé, sempre que possível, manter inativos, os
omponentes que não tiverem sendo utilizados (Hill et al.,2000). Outra limitação do
modeloproposto em(Zhaoetal.,2002)é queelenão modelaasduas primeirasformas
de omuniação de dadosapresentadas nagura 1.1: entre os nós sensores e osink; e
entreosnóssensores. Finalmente,essemodeloassumequetodososnóssensoresdentro
daregião de sensoriamentoapresentam omesmo onsumo. Isso não éneessariamente
verdade, uma vez quepara eonomizar energia,nem todos osnós devem sensoriarum
mesmo evento.
Ooutrotrabalhoqueabordaamodelagemdoonsumodeenergiaemnóssensores é
oState-based EnergyDissipation Model (SEDM)propostoem(Mini,2004;Minietal.,
2005, 2003a, 2002, 2003b). No SEDM, os nós possuem vários modos de operação
om diferentes níveis de ativação e, onseqüentemente, diferentes níveis de onsumo
de energia. Nesse modelo, ada nó apresenta quatro modos de operação: Modo
1
:sensor desligado,proessador emidle, eradiodesligado. Modo
2
: sensoreproessadorligados, e radio desligado. Modo
3
: sensor e proessador ligados, e radio reebendo;Modo
4
: sensor e proessador ligados, e radio transmitindo. As transições entre osmodos oorrem onforme desritono diagramada gura 2.7. No diagrama,os modos
de operaçãosão representados pelosestados
1
,2
,3
e4
. Observa-se tambémapresençade doisestadosomplementares
2
′
e
3
′
. Oestado
i
′
apresentaumomportamentoigual
ao doestado
i
. A únia diferençaexistente entre eles é que quando um nóé haveadopara o estado
i
, ele dispara um ontador de tempo. Quando um nó é haveado parao estado
i
′
, ele veria se existe algum evento para ele. Em termos de onsumo de
energia, osestado
i
ei
′
são idêntios,ontudo, o omportamento deles édistinto.
O diagrama da gura 2.7 apresenta os omandos efetuados ao longo do aminho
(transições)entreosestados. Issosigniaquequandoumnóalteraseuestadoorrente,
elerealizaalgunstesteseaçõesantesde alançaronovoestado. Ostestessão: rotear
veria se existe alguma mensagem para ser roteada pelo nó; dormir determina
se o nó deve dormir ou não; existe evento determina se existe um novo evento de
depende de um parâmetro de probabilidade assoiado a ada um deles. Por sua vez,
ada ação de Tempo tem omo objetivo iniiar um ontador de tempo. Finalmente,
ada transmissão tenta apturar o omportamento do nó sensor em termos de seu
onsumo de energia.
Figura2.7: Diagrama doState-based Energy Dissipation Model.
2.5 Conlusão
Na áreade redesde omputadores, oroteamentoéum tópiobastantepesquisado. Na
omputação móvel,devido à mobilidade dos dispositivos e/ou asrestriçõesexistentes,
esse problema ganha uma atenção espeial. Nas redes móveis ad ho, o mesmo é
onsiderado omo o problema prinipal. Em redes de sensores sem o, geralmente os
morrem enós que são adiionadosna rede. Logo, oproblema doroteamentoontinua
mereendoumaatençãoespeial. Alémdisso,nasRSSFs,devidoàsrestriçõesexistentes
(prinipalmente a de energia), o problema de roteamento torna-se mais desaador.
Dentre os prinipais protoolos para o roteamentos em RSSFs, destaa-se o Direted
Diusion e oLEACH.
É importante destaar que a maioria dos protoolos de roteamento utilizam em
alguma etapa a difusão de dados para enontrar a rota desejada. Assim, o estudo e
projeto de novas ténias eientes para a difusão de dados é de grande importânia.
Como pode ser observado nos trabalhos relaionados, vários protoolos de difusão em
RSSF utilizam a ténia de forwarding delay para otimizar alguma métria da rede,
omo o número de paotes transmitidosou número de nós obertos pela difusão.
Umaárea de estudoimportantenas redes de sensores sem oé omapa de energia.
Utilizando o mapa, é possível determinar se alguma parte da rede pode sofrer falhas
devido à falta de energia (Zhao et al., 2002). Várias apliações para RSSFs podem
utilizar a informação forneida pelo mapa, por exemplo, os algoritmos de difusão de
dados. NoestudodeRSSFs,maisespeiamentenoproessodeavaliaçãodasmesmas,
um dos ítens mais importantes é o modelo de dissipação de energia dos nós sensores.
Um modelointeressante paraisso éoState-based EnergyDissipation Model (SEDM).
A partir da importânia do roteamento em RSSFs, da proposta de utilização da
ténia de forward delay e das vantagens advindas do mapa de energia, o presente
trabalho propõe um protoolo para difusão de dados que utiliza a ténia de forward
delay juntamente om o mapa de energia para difundir paotes narede. O protoolo
proposto será omparado om o gossiping, om o DDB2 e TEDD que utilizam
infor-maçõesde energiaeaténiade forwarding delay. Aomparação nãoserá feitaom o
Delay and Energy Based Broadasting
(DEBB)
3.1 Introdução
Esta seção apresenta o DEBB (Delay and Energy Based Broadasting), um protoolo
de difusão de dados que utiliza o mapa de energia juntamente om o oneitos de
forwarding delay para disseminar informações de forma eiente emredes de sensores
sem o. O DEBB reduz os ustos de energia e proessamento na difusão quando
omparadoomprotoolosdaliteratura,epossuiaapaidadedeontornarobstáulos,
omoasregiõesdebaixaenergia. Essaapaidadeéesaláveleindependedonúmerode
obstáulos. ODEBB temomo objetivosreduzironúmerode transmissões, aumentar
a quantidade de nós obertos e eliminar o uxo de dados dentro das regiões de baixa
energia. Comoalatêniaéoprinipalproblemadosalgoritmosqueutilizamforwarding
delay, é apresentada uma versão probabilístia do DEBB, denominada DEBB-P, que
deveser utilizadaem apliações sensíveisao atraso.
O DEBB e DEBB-P possuem dois módulos em seu funionamento. O primeiro
módulo(igualpara osdois protoolos) éode energiade orteeelatem omoobjetivo
evitarouxodedadosdentroderegiõesdebaixaenergia. OsegundomódulodoDEBB
é o de forwarding delay e ela insere atrasos nas retransmissões do paote de difusão
om o objetivo de reduzir a quantidade de retransmissões e aumentar a obertura da
rede 1
. Osegundo módulo doDEBB-P é ade redução da latênia. Essa função utiliza
uma ténia probabilístia na retransmissão do paote de difusão om o objetivo de
reduzir a latênia da difusão mantendo as mesmas araterístias de retransmissões e
número de nós que reeberam o paote de difusão do DEBB. A seção 3.2 apresenta
omo aenergia de orte é alulada. As seções 3.3e 3.4 apresentam o funionamento
1
básiodoDEBBedoDEBB-P,respetivamente. Aseção3.5apresentaaonlusãodo
presenteapítulo.
3.2 Energia de Corte
A energia de orte é um limiarpara identiar se um determinado nóenontra-se em
uma região de baixa energia e, neste aso, o nó é proibido de retransmitir o paote.
Isso éfeitopara queos nós ombaixareservade energiapossamonsumir sua energia
om oproesso de sensoriamento,e não de roteamento 2
.
Para alularovalordaenergiade orte,é neessáriodeniroqueéuma regiãode
baixaenergia. Este trabalhoonsideraque umaregiãode baixaenergiaoorrequando
a média de energia dos nós queobrem aquela região émenor que a médiade energia
daredemenosodesviopadrãodaenergiadarede. Para obteraenergiade orte,osink
alula a energia média da rede e o seu desvio padrão utilizando o mapa de energia.
Em seguida, para ada nósensor, o sink alula um oeiente de energia. Esse valor
orresponde a soma da energia de um nó om a energia de todos os seus vizinhos
dividido por
n
+ 1
, onden
éonúmerode vizinhosdonóeo maisum orresponde aopróprio nó. Dadosa energiamédia, o desvio padrãoe ooeientede energiade ada
nó, a energia de orte será igual ao maior oeiente de energia que seja menor que a
energia média menos o desvio padrão. Caso não exista um oeiente de energia que
seja menor que a energia média menos o desvio padrão, a rede não possui regiões de
baixa energia,logo, o valorda energiade orte é zero.
A gura 3.1ilustra a esolhada energia de orte. Dados osoeientes de energia
de todos os nós da rede, a média de energia da rede e seu respetivo desvio padrão,
tem-se que
4
nós estão abaixo da média menos o desvio padrão, araterizando nósom baixareserva de energia. Entre esses
4
nós, a energiade ortese arateriza pelonó quepossui a maiorreserva de energia,omo ilustradonagura.
Um benefíio na utilização dessa ténia, é que ela onsegue ontornar de forma
sensível asregiões de baixa energia da rede. Por exemplo, seum nó om altareserva
de energiaestá sobreposto (loalizaçõesgeográas) a algumnó om baixa reserva de
energia, apenaso nóomaltareservade energiapartiipará doroteamentodopaote.
Em outraspalavras,a téniaproposta onsegue determinarquais nós darede podem
partiipar do roteamento.
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
...
N
Coeficiente
de Energia
Nós
Média de
energia da rede
Desvio
padrão
Energia
de corte
Figura 3.1: Esolhada energiade orte.
3.3 Funionamento Básio do DEBB
Oalgoritmode difusãoDEBBiniiaquandoonósink deseja disseminarumdadopara
todososnósdarede. Antesdefazeressadifusão,osink alulatrêsparâmetrosobtidos
a partir do mapa de energia: energia de orte, energia máxima e energia mínima da
rede. Esses valoresde energiasão inseridosnos paotes aserem difundidospara todos
os nós da rede.
O objetivo da energia de orte e a forma om que este valor é alulado foram
mostrados na seção 3.2. Os outros dois parâmetros obtidos na avaliação do mapa de
energia são a energia máxima e energia mínima que serão utilizadas pelos nós
inter-mediáriosnadenição de seus respetivosatrasos. Duranteo proessode avaliaçãodo
mapa de energia, esses valores são trivialmentealulados e orresponde à energia do
nó sensorom o maiorvalorde energiaea energiadonósensor om omenor valorde
energia. A utilizaçãodesses valores é importantepara redução da latênia,omo será
visto posteriormente.
No proesso de difusão do DEBB, os valores da energia de orte, energia máxima
e mínimae aoordenada geográa doúltimonóque propagou opaote são inseridos
nos paotes a serem transmitidos. Quando um nó intermediário reebe um paote,
ele utiliza uma abordagem do tipo reeiver-based para deidir se deve retransmití-lo.
Nesse aso, o nótoma a deisão de transmissão baseando-se nas informaçõesontidas
nopaoteeemsuaprópriaoordenadageográa. Agura3.2ilustraofunionamento
doDEBB. Aoreeberumpaote,onóveriasesua energiaémenorqueaenergiade
orte (gura 3.2, pontoA). Emaso positivo,opaote édesartado (gura 3.2, ponto
B) e emaso negativo, o nóalula sua distâniaaté o nó anterior (gura 3.2, ponto
e inversamente proporional à energia do nó. A equação (3.1) apresenta a fórmula
utilizada para oálulo dotempode espera.
T empoEspera
=
T imeStep
∗
raio
−
dist
DStep
+
EM ax
−((
M inhaEnergia
−
EM in
)
/
(
EM ax
−
EM in
))
EStep
2
(3.1)
onde o menor intervalo de tempo neessário para que um nó realize o proessamento
de um paote eotransmitaédenominado
T imeStep
,raio
éoraiode omuniação donó,
dist
é a distânia entre o nó e o nó anterior,EMax
eEMin
são os parâmetrosenergia máxima emínima ontidos nopaote e
MinhaEnergia
orresponde a energiaorrente do nó. Finalmente, os parâmetros
DStep
,EStep
orrespondem aos valorespara normalizar as duas grandezas (distânia eenergia) utilizadasnafórmula.
Nume-riamente, a normalizaçãoé feita pois,a distâniaentre dois nós pode ser no máximo
o raiode omuniação (ex: 5 m)e a energia donó emum determinadoinstantepode
ser de 30
J
. Alémdisso,aenergiadonóvariaom otempode operaçãodarede, oquenão aontee om o raiode omuniação.
Após aguardar um intervalo de tempo igual ao seu tempo de espera (gura 3.2,
pontoE),onóveriasealgumvizinhojáretransmitiuopaote(gura3.2, pontoF).
Em aso positivo, o paote é desartado (gura 3.2, ponto B). Caso ontrário, o nó
insere sua própria oordenada geográa nopaote (gura 3.2, ponto G) e o propaga
(gura 3.2, ponto H).
MINHA ENERGIA
E MENOR QUE A
ENERGIA DE
CORTE?
CALCULAR A
MINHA DISTÂNCIA
ATÉ O NO ANTERIOR
CALCULAR O
TEMPO DE
ESPERA
RECEBI O MESMO
PACOTE
NOVAMENTE?
DESCARTAR
Pacote
Recebido
Sim
Continuar
Não
A
B
C
D
E
F
G
ACABOU
TEMPO DE
ESPERA?
Não
Sim
Sim
Não
Continuar
/
/
INSERIR MINHA
COORDENADA
NO PACOTE
PROPAGAR O
PACOTE
H
Continuar
Figura3.2: Funionamentobásio doDEBB.
Éimportantedestaar queoDEBBpoderiaonsiderar aenergiainiial dosnós em
vez da energia máxima. Nesse aso, os menores tempos de atraso seriam reservados
para os valores de energia entre a energia iniial e a energia máxima. Como não
existe nóujovalordaenergiaémaior queaenergiamáximadarede, oDEBB estaria
da energia iniial e da energia máxima da rede aumenta. Logo, se a energia iniial
fosse onsiderada, a latênia iria aumentar durante o tempo de vida da rede, já que
intervalosde tempos seriam inseridosdesneessáriamente noálulo doatraso.
O pseudo-ódigo do algoritmo DEBB é apresentado no algoritmo1. Considera-se
paote omoopaotededifusãoreebidopelonó. Alémdisso,éutilizadoasseguintes
variáveis de ontrole e auxiliares:
•
reebido: orresponde se o paotejá foi reebido pelonó;•
paote.id: orresponde aoid dopaote;•
paote.x e paote.y: posição geográa donó quetransmitiu o paote;•
paote.energiaCorte: orresponde a energiade orte alulada pelosink;•
x e y: posição geográa donó quereebeu o paote;•
paote.energiaMaximaRede e paote.energiaMinimaRede: orrespondemaonóommaioreaonóommenorenergiadaredeeessesvaloressãoalulados
pelosink;
•
distania: orresponde a distâniaeulidiana entre o nóque enviou e onó quereebeu o paote;
•
atrasoDistania: orresponde aoatraso dopaote queé inversamentepropor-ional a distâniaentre os nós;
•
atrasoEnergia: orresponde ao atraso do paote que é inversamentepropori-onal a energiado nó;
•
aux: variável auxiliarpara normalizaros valores de distâniaeenergia;•
minhaEnergia: orresponde aenergia orrente donó sensor;•
RAIO: onstanteontendo o raiode omuniação donó;•
TIME_STEP: tempo neessário para que um nó realize o proessamento deum paotee efetue a sua transmissão;
A seguir éfeita uma desrição e análisedo algoritmo1:
•
Linhas 26: iniialização das variáveisutilizadasno algoritmo.•
Linha 7: a função paoteReebido(...) reebe omo parâmetro o id do paote eEntrada: paote
iniio 1
reebido
←
falso; 2distania
← ∅
; 3atrasoDistania
← ∅
; 4atrasoEnergia
← ∅
; 5aux
← ∅
; 6reebido
←
paoteReebido(paote.id); 7se reebido
=
verdadeiro ou minhaEnergia<
paote.energiaCorte então 8 retorna; 9 senão 10 addPaoteReebido(paote.id); 11distania
←
distaniaEntreNos(x, y, paote.x, paote.y); 12atrasoDistania
←
RAIO - distania; 13se minhaEnergia
=
paote.energiaMaximaRede então 14aux
←
1
; 15senão 16
aux
←
minhaEnergia
−
pacote.energiaM inimaRede
pacote.energiaM aximaRede
−
pacote.energiaM inimaRede
; 17atrasoEnergia
←
RAIO - (aux *RAIO ); 18atraso
← ⌊
TIME_STEP *atrasoDistancia
+
atrasoEnergia
2
⌋
; 19 espera (atraso); 20reebido
←
paoteReebido(paote.id); 21se reebido
=
verdadeiro então 22retorna; 23
senão 24
paote.x
←
x; 25paote.y
←
y; 26send (paote); 27
m 28
Algoritmo 1: Algoritmo doDEBB.
•
Linhas 89: veria seo paote já foi reebido ou sea energiaque o nópossui émenor que a energia de orte. Se sim, o paote é desartado. Essa veriação é
feita em
O
(1)
.•
Linhas 1027: Se o paote não foi reebido, o nó irá tentar exeutar a suare-transmissão.
•
Linha 11: se o paote não foi reebido, é feito a manutenção da listade paotesreebidos. A inserção nessa lista é feita de forma ordenada pela id do paote.
Essa manutenção éfeita em
O
(log
n
)
.paote. Oatraso orrespondente à distâniados nós é dado peladiferença entre
o raiode omuniação do nó pela distânia alulada. O atraso é inversamente
proporionala distâniaentre os nós. O álulodo atrasoé feitoem
O
(1)
.•
Linhas 1417: seaenergiaorrentedonóéovalordaenergiamáxima darede, avariávelauxiliarreebe
1
. Seformenor,essavariávelreebeoresultadodadivisãodaenergia orrentedonó menosamenor energiaque um nódarede possui pela
energia máximada rede. Isso é feitopara obter aproporçãode energiaqueo nó
possuiom relaçãoa energiamáximaemínimadarede. Essa proporçãovariade
0
a1
. A veriação daenergia donóé feita emO
(1)
.•
Linha 18: a proporção alulada no item anterior é utilizada para fazer umanormalização de valores. Ou seja, o mesmo peso que a distânia possui no
atraso do paote (Linha
13
) a energia deve possuir. O resultado ontido ematrasoDistancia
dalinha13
éno máximode RAIO pois, adistaniaentre doisnós pode ser de
0
m
eo resultadoontido noatrasoEnergia
dalinha18
tambémé nomáximo RAIO.
•
Linha 19: o atraso total do paoteé dado peladivisão entre a soma dos atrasosda distânia e energia por
2
e multipliado por TIME_STEP, que é o menorintervalodetempoparadifereniardoisatrasos. Opisoéutilizadoparaqueosnós
possuem atrasos emintervalos de TIME_STEP.Ou seja, os atrasos resultantes
da fórmula são por exemplo 15 TIME_STEPs ou 70 TIME_STEPs e não 7.5
TIME_STEPs.
•
Linha 2027: depois de alulado, o nó espera o tempo neessário e veria senesseperíodoelereebeu umaópiadomesmopaote. Se sim,onóanelaasua
transmissão. Casoontrário,eleatualizaasuaposiçãogeográanopaotee
efe-tuaasuatransmissão. Aomplexidadedessaveriaçãoé
O
(1)
eaomplexidadede veriar se opaote foi reebido é
O
(log
n
)
Sendo assim, a omplexidade de tempo total no pior aso é
O
(log
n
) +
O
(1) +
O
(log
n
) +
O
(1) +
O
(1) +
O
(log
n
) =
O
(log
n
)
. Aomplexidadedetroas demensagensno pior aso é
O
(
n
)
, onden
é a quantidade de nós na rede. Nesse aso, o pior asoé quanto o nó possui apenas
1
vizinho, fazendo om que todos os nós partiipem da3.4 DEBB Probabilístio
Como todos os protoolos baseados em forwarding delay, o DEBB apresenta alta
la-tênia devido ao tempo de espera assoiado a ada retransmissão. Portanto, soluções
baseadas em forwarding delay, omo o DEBB, não são indiadas para sistemas
de-pendentes do tempo. Para atender às apliações sensíveis ao atraso, uma variação
probabilístia do DEBB, denominada DEBB-P é proposta nesta seção. No DEBB-P,
a probabilidadede transmissão éalulada ao invés doatraso. O valordessa
probabi-lidade será realuladoa ada
T IME
_ST EP
até queo nóoualgumde seus vizinhostenha transmitido o paote ou a quantidade de tentativas tenha alançado um limite
proporionala sua probabilidade de transmissão, omoserá vistoposteriormente.
Agura3.3ilustraofunionamentodoDEBB-P.Quandoumnóreebeumpaote,
eleveriasesuaenergiaémenorqueaenergiade orte(gura3.3, pontoA).Emaso
positivo,o paoteé desartado (gura3.3, pontoB).Caso ontrário,o nó alulasua
distânia até o nó anterior e sua probabilidade (gura 3.3, pontos C e D). Conforme
mostrado naequação (3.2),a probabilidadede transmissãoéproporionalàdistânia:
P robabilidadeT ransmissao
=
P ROB
_ST EP
∗
distancia
(3.2)onde, PROB_STEP éooeientede resimentodafunção noálulodas
probabili-dadesedistania éadistâniaeulidianaentre onóqueenviouereebeuopaote. No
passo seguinte, o nósorteia um número aleatório, segundo uma distribuição uniforme
(gura3.3,pontoE).Seessevalorformenorouigualaprobabilidade(gura3.3,ponto
F), o nó insere sua própria oordenada geográa no paote e o propaga (gura 3.3,
pontos I e J). Quando esse número for maior que a probabilidade, o nó aguarda um
T IME
_ST EP
(gura 3.3, pontoG). ApósoT IME
_ST EP
, o nóveria se algumde seus vizinhos retransmitiu o paote (gura 3.3, ponto H). Em aso positivo, o nó
desarta o paote (gura 3.3, ponto B). Caso ontrário, o proesso é reiniializado
(gura 3.3, ponto E).
Umaonsideraçãoimportantesobre oDEBB-P éque aprobabilidadede
transmis-são não preisa levar em onsideração os valores de energia. O omportamento não
determinístio dosorteio de números aleatóriosse enarrega de não utilizar
sistemati-amenteosmesmosnósnoroteamento. Alémdisso,ouxode dadosdentrodasregiões
de baixaenergia sempreserá eliminadoindependentedaprobabilidadede transmissão
através da utilização da energia de orte. Outro ponto importante do DEBB-P é o
ompromisso entre a latênia e o número de transmissões. Quanto maior o valor da