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A equipe de saúde e a lavagem das mãos no controle das infecções hospitalares.

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Academic year: 2017

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A EQUIPE DE SAÚDE E A LAVAG EM DAS MÃOS NO CONTRO LE DAS

INFECÇÕES HOSPITA LARES

Rita d e Cssa Nogueira Bro�* Rosiléa Alves Nogueira*

R ESUMO - As a utoras realizaram estudo s o b re a lavagem d a s m ão s e ntre o s com ponente s da equ i p e d e saúde, b u s cando identificá-Ia c o m o u m meio d e re­ d u ção da i n c i d ê n cia de. i nfecções h o s p italare s . O estudo foi d e s e n vo l v i d o no pe rrodo d e agosto a novembro de 1 988, n a M atern idade E s co l a As s i s C h ateau­ briand e é con stiturdo d e uma popul ação amostra i d e o ito e nferm e i ro s , v i nte e quatro médicos e vi nte e três ocupacionais d e e n f e rm ag e m . O s res ultados obti­ dos demon stram a pou c a i m po rtân c i a d ad , a e sta p rática e e v i d e n c i am a n e c e s ­ sidade d e u m prog ram a e d u cativo sistem áti co sobre e s t e a s s u nto.

ABSTR ACT - The authors realized the res e a rch about the h a n d s was h b etwe e n the h e a l t wo rkers . T h i s stu d y , w h i c h i nc l u d e d e i g h t n u rs e s , twenty fou r m e d i c s , and twenty t h ree a u x i liary n u rse s , we re realized f r o m Aug u st th ro u g h Nov e m b e r of 1 988 at the A s s i s C h atea ubriand Tea c h i n g M aternity H o s pital ( M E AC ) , an important element i n the C e a rá Fede ral U n i ve rsity Medicai C o m p l e x . The re s u lts o btai ned demonstrate the need of period ics meeti n g s about this s u bject.

1 I NTRODUÇÃO

O contole das infcções hospitlaes é hoje um dos objetivos da Saóde Pública do Brasil, devendo-se a este fato um alto ndice de morte por infcção hospi­ talr: em média de 30.00 casos e 41.00 óbitos por infecção hospitlar por ano, e ainda clcula-se que 6,5% dos pcientes intenados em hospitis contrem infecção hospitalar".

A infecção cruzada é considerada uma ds princi­ pis causs ds infecçes hospitalaes, cuja tans­ missão se fz tmbém através das mãos dos funcioná­ rios e pofissionais da área de saúde".

A lavagem das mãos como prevenção das in­ fecções hospitlares, eduz consideravelmente os ca­ sos das mesms. Apesar de ser uma .prática comprova­ dmente eicaz desde 1 847 com Semmelweis, ( 1 , 3, 6,

1 8, 19) tem sido colocada em egundo, ou até esmo, em últmo plno. Gerlmente, argumentos como: "fl­ ta tonera adquada", são usados para justiicar o descaso dos funcionáios e proissionis de saóde para com esta tcnica.

E sempre se escudando em justiicativas engano­ ss, os funcionrios e proissionais de saóde pssm por vás atividades sem lavar as mãos ou lavando-as de maneira incoreta.

Somndo-se a esta problemática, encontrmos tamém os onamentos essois, que apesar de ealçar a estéica, epercutem tmbém na disseminação de mi­ corganismos não eliminados durnte a - lavagem das mãos.

Considerndo a imortncia da lavagem ds mãos, é natural que se faça os seguintes questiona­ mentos:

1) A lavagem ds mãos tem sido relizada corre­ tamente?

* Enfemeis da Maeidade Escola Assis Chateaubrind - CE

2) A equie de saóde valoriza esta práica como meio de reduzir a infcção hospitlr?

3) Coo o enfemeiro pode divulgar a importân­ cia da práica da lavagem das mãos?

2 OBJ ETIVOS

Objetivo Geral

Ideniicar a lavagem ds mãos como meio de re­ dução ds infcções hospitalares, propondo estratégias que estimulem esta páica.

Objetivos Especrficos

1. Avir a prática da lavagem ds mãos em cu­ pcionais de enfemagem e proissionis de saúde, re­ lacionando-as com a infecção hospitlr.

2. Relacionar a micro lora das mãos com a práica em questão, propondo estratégias que estimulem a conduta da lavagem das mãos.

3. Divulgar a partir dos resultados obidos, a im­ portncia desta prática.

3 R E V ISÃO D E L I TERATURA

O controle ds infcçes hospitlres não é uma atividade hospitalr recente. Vários autores8 I 22 es­ saltam o pael de James Young Simpson, professor de cirurgia da Universidade de Edimburg, no controle ds infecçes hospitlares, qundo na primeira metade do século passado relizou um estudo comprativo en­ tre a mortalidade or supuração em 2.00 pacientes "mputados em hospitis", com a de igual número de

(2)

pacientes "mputados em casa", tendo como esultado um maior índice de mortlidade em pcientes hospita­ lizdos, intoduzindo então > temo HOSPIT ALIS­ MO, para efer-e aos ricos ineentes à assistência hospitalar .

Segundo ZANON22 "Oliver Wendel Holmes, em 1 843, sugeriu que os médicos, inconcientemente, erm a causa maior das complicaçõs infecciosas da parturiente e do rcém-nascido". Essa hip6tese eria connnação epidemiol6gica cinco anos deois, com os estudos de Ignz Phillip Semmelweis' , 3 , 6 , ' 8 . 1 9, ao pecupar-se e estudar o lto ndice de mortlidade ns enfenaris obstétrics assistidas por estudantes de Medicina, comparando com a mortalidade de" en­ femarias assisids por parteirs; chegando a con­ clusão de que os estudantes, a6s psem pela la de necr6psia, assisim s partuientes, em lavr s mãos, tendo portanto as mãos como veículo de rns­ missão da febe puererl. Semmelweis lutou com suas armas para contolar as infcçes hospitalres, não importando-e de ser chamado "Maníaco de Lim­ peza", orém teve um trágico n. "vagando louca­ mente pelas ruas, chmando os médicos e hospitis de assssinos pemeditados' ·".

Importa destacarlos a contribuição dada por PASTEUR ' 9 em 1861 e LISTER ' · , em 1 867. O pri­ meiro destacando que a fermentação era causada or micr6bios vivos, e o segundo apresentado os princí­ pios de asepsia e antisepsia hospitlar.

Nessa época, poucos proissionais acreditavm na ocorrência das infecçes hospitlres. Este fato está bem claro na resosta dada por Lister, em 1987, ao editoril da revista The Lancet, o qul criticava sua teoria de germes vivos, dizendo: "Esforçai-vos por ver com os olhos do esprito os genes vivos que o­ dem infeccionar um ferimento, justamente como ver­ des s mocs com os olhos do corpo' ·".

Diante do exposto, vle lientr a contribuição dada por Kock, em 1 8 8 1 , ao apresentar seus postula­ dos comprovando etiol6gicamente s infecçes, "dn­ do olhos aos espitos mais discrentes6".

Desde esa éoca até os dias de hoje, muitos ca­ minhos form trilhados, porém, aesr das diversas tentaivas de contolar as infecções hospitalares, estas ainda estão cobrando um elevado tributo em morbi­ mortaidade e de custos hospitalares.

É inteessnte registrar a citação de FERRAZ8: "Ao ser adiido no hospital, o pciente, dente ou portador de um condição predisponente, apresentndo uma dimnuição de sua capacidde de defesa, é subme­ tido a pocedmentos invasivos, com o objeivo de tra­ tar ou esclarecer sua doença. Em " contato com uma população bacteriana altamente agressiva, selcionada ao longo dos anos no hospital, por sua competência e resistência, esse paciente compica ou adque dença, em últma anise, nfcção, dentro do mbiente do hospital" .

Os scos de contrr estas enfemidades nosco­ miis são números e vale ressltar seus mecanismos

de transmissão. "

Para que corra uma infcção, faz-se ncessáio o contato ou enetração do micoorganismo nos teci­ dos do hospedeo. O contato ocore através de uma interação qumica entre verdadeiros sítios ativos que exisem nas membans do hosedeio e do microrga­ niso. Assim sendo, odemos dier que está expicada a seleividade que as bactérias apesentam em relação

s espécies e aos tcidos dos hosedeiro' 8, 2 o.

A pele e mucosas dos seres humnos são nomal­ mente habitadas por um grnde núero de bactéias, que ao mesmo tempo em que se apresenm como ei­ ciente meio de defesa, são também os principis cau­ sadores das infecções hospitlres. Estas nfecçes ocorrem qundo há fatores que deequilibam a esta­ bilidade em que vivem os germes e hospederos' 8� 20 2 '

FRACATORIUS, em 1 546, citdo por FER­ NANDES", afnava que "distinguimos três ios de contágio: por contato direto, por fômites como objetos de madeira ou vestuário, e pelo ar, que é o mecanismo menos frequente".

Dessa foma as infecções hospitalares podem ser subdivididas em:

a) Infcção End6gena (auto-infcção) - causada por microrgnismos da lora normal do paciente;

b) Infecção Cruzada - adquida por contato di­ reto, a partir de outros pacientes e proissionais de saúde;

c) Infecção Ambientl - quando o microrganismo é proveniente de objetos ou de fontes mbientis' o.

No que se refere s vias de transmissão ds in­ fecções hospitlares, a de mior relevância é a cruza­ da, tendo o homem como o seu reservat6rio, vetor e receptor5•

Em virtude de ser a lavagem ds mãos o objeto do presene trabalho, nos deteremos no estudo desta prá­ ica.

Para melhor compreendenos a técnica da lava­ gem das mãos, necessário se faz um breve relato sobre a microbiologia ds mãos.

"A pele ou cútis é o manto de revestimento do organismo, indisensável à vida, já que isola compo­ nentes orgânicos do meio exterior, impede a ação de agentes extenos de qulquer natureza, evita perda de água, elet6litos e outras substâncias do meio inteno, dá poteção imunol6gica, faz temorregulação, propi­ cia a percepção e tem função secret6ria3".

Numa nlise micobiol6gica a pele apreenta-se com duas populações: a flora residente e a flora tran­ sit6ria.

A flora residente é composta por microrganismos que vivem e se multipicam na pele. São relativmente estáveis em número e tipo; são mis encontradas ns dobras, nas rachaduras da pele em tono e sob as unhas. No que se refere a remoção desta lora, encon­ tra-se uma certa resistência à lavagem com água e sabão, a menos que uma fricção considerável também seja feita com uma escova, entretanto é inlivada or ani-épicos3 " o� " .

A lora residente tem bixa virulênca e rrmen­ te causa infecção, podendo contudo ocorrer infecçes sistêmicas em pcientes imunodeprmidos e a6s pro­ cedimentos invasivos3.

Por outro lado, não se considera po�sível impar a pele de todas as bactérias.

" . .

A flora residente é repreentada por difte61des aer6bios e anaer6bios (or exemplo Corynebcterium, Propionibacterium); estallococus não hemoHicos, aer6bios e ane6bios (5. epidermidis, Preptoccus); bclos gram-ositivos, aer6bios e esporulados, en­ contrados no ar, água e solo, estreptococus lfa-he­ moHticos (5. viidins) e enteroccus (5. fecalis); ba­ cilos gram-negaivos, coifomes e acinetobacter

(He-R. Bs. Enfen., Bsiia, 43 ( 1 , 2, 3/4): 4-70, jnJdez. 1 990 65

(3)

rellea). Fungos e leveduras estão comumene preentes ns dobrs da peleu".

A flora tnsit6ria é uma flora passageira, com­ posta or microrgnismos patogênicos e não patogê­ nios deosi�dos sobre a pele, os quis se mantêm viá­ veis or eríodo inferior a 24 hors. São encontrados na superície da pele, junto à gordura, lipídios e suji­ dades, por esse motivo são facilmente removíveis ela lavagem com água e sabão ou detergente, pelo uso de anti-épicos ou por ambos3 .1 0) 1 1.

"A lora trnsit6ria ds mãos de poissionais de saúde é adquirida pelo contato com pcientes infcta­ dos, colonizados ou a ptir de fontes mbientais, usumente incluindo microrganismos associados a in­ fecções hospitalares 1 0".

"A lora trnsit6ria das mãos é composta pelos microrganismos s frequentemente esonsáveis pelas infcções hospitlares: as bactéris gram-negati­ vas e os estallococus, o que bem demonstra a im­ portncia ds mãos como veículo de trnsmissã03".

Estudos mostram que a flora trnsit6ria pode tor­ nar-se residente através de adaptação ao meio da pele, se a primeira emnecer em grande número e por um período bastante longo.

"Para se evitar que a lora transit6ia se tone re­ sidente, é importnte que as mãos sejam empre limpas imediatamente ap6s cada contato com mateil conta­ minado, e, esecialmente se o materil contiver orga­ nismos patogênicos 1 1" .

A anlise evolutiva, anteriomente descrita, sobre o controle das infecções hospitlres, nos mostra que a importância dada à lavagem das mãos remota às mais distantes épcas, poém como nos defme FUERST l l : " • • • parece que a lavagem das mãos, contudo, é mais ritualista do que realista, embora o papel das mãos na transmissão de infecção não seja mais discuível".

Convém citar KAWAMOT01 5 na sua defmição da fmlidade da lavagem ds mãos, or sua clareza e simpicidade: "A lavagem das mãos tem por inlidade evitr a propagação de microrganismos patogênicos, de um indivíduo para outro, através ds ãos".

A lavagem das mãos "é considerda o procedi­ mento único mis importnte na prevenção das in­ fcçes hospitlares, sendo peconizado no controle não s6 ds infcções mis frequentes (urinárias, pneumonias e cirúrgicas), como também nas bacterie­ mias, gstrenerites, infcções obstéricas, gincol6gi­ cas e do trato resprat6rio superior 1 O".

4 METODOLOG I A

Estudo explorat6rio, com o objeivo de aviar e incenivar a prática àa lavagem das mãos, desenvolvi­ do na Mateidade Ecola Assis Chatearbrand, no peíodo de agosto a novembro de 1988.

• Caraterrsticas da População

A população envolvida no estudo é constituída no seu totl, por 82 médicos, 26 enfemeirs e 75 ocupa­ cionais de enfemagem, que prestm assistência direta ao paciente, em áreas consideradas críics, nos t�s

tunos de trablho.

. • Método

A pesquisa foi desenvolvida ns áres considera­ das críticas assim selecionads: centro obstétrico, emergência, UTI, sala de recuperação, beçáio de in­ fectados, erçio de alto risco e eçário de édio rico.

A ecolha da amostra foi determinda pela pre­ sença do proissionl de saúde ou ocupacionl de en­ femagem prestando cuidado a clientela, no momento da visita aos refeidos setores, tendo um vlor mos­ trl de: 24 médicos, 08 enfermeias e 23 ocupcionis de enfermagem, o que constitui 30% da população to­ tal.

O estudo foi deenvolvido em cinco etaps a sa­ ber: A primeira consituiu-se da observação da lava­ gem das mãos de ocupcionis de enfemagem e po­ ' issionais de saúde durante sua rotina laoratorl. A

segunda, de coleta de materil ds mãos pra cultura e anlise laboratoril. A terceira, da aplicação de um questionáio com os prticipantes da pesquisa mico­ biol6gica. A quarta, da anlise laboratoril dos sabes encontrados nos setores esquiados. E, or úlimo, uma proosta de viablizção de estraégias pra a di­ vulgação da imortância da lavagem ds mãos.

• I nstu·mentos

Para coletar os dados foram elaorados dois ins­ trumentos: O primeiro para anotçes das observações dos pofissionis e ocupacionais que carcterim a amostra; é consituido de 6 questões, sendo 4 fechadas e 2 aberts. O segundo é um questionário usado elos participantes da esquisa microbiol6gica e é consitui­ do inicilmente, por uma apresentação explicando o moivo da pesquisa, seguindo-se 5 questões, sendo 1 aberta e 4 fechads, das quais 2 tem opção para com­ plementação ds respostas. _

• Coleta de Dados

A coleta foi relizada em quato momentos: 1. Observação dos proissionis e ocupacionis

tendÓ em vista o anexo I;

2. Coleta de materil das mãos pra cultura; 3. Aplicação do questionário com os participantes

da esquisa (anexo l);

4. Coleta de amostra dos sabões encontrados nos setores para nie laboratoial.

. • Tratamento Estatístico

Os dados form apurados mnualmente e tabula­ dos com distribuição de frequências absolutas .

5 D ISCUSSÃO DOS R ESULTADOS

Apesentaremos a seguir os resultados obidos, seguidos de discussão:

(4)

TABELA I - Distibuição da equie de saúde or categoria de acordo com a "observação" e o "questionáio" dos protssionais e cupacionais de enfemagem sobre a lavagem das mãos - Mateidade Escola A . Ch SSIS a u nan -a b ' d agos t o a novem ro b d e 1988 .

-�strumento Obsevação Questionmo

Categoria Sm Não Sm Não

Enfemeiro 06 2 05 03

Mdico 12 12 20 4

Ocupacionl 9 14 1 8 05

Totl - 27 28 43 12

A TABELA 11 mostra a divergência entre a obervação feita pelas equisadors e a resposta do pofSsio­ nal ou cupcionl.

TABELA 11 -Distibuição da equie de saúde or caegoria de acordo com o motivo que o levou a lavar s mãos antes de prestar cuidados aos pacientes Matenidade Escola Assis Chaeaubriand -agosto a novembo de 1988.

Por que

lavou as mios? Enfemeiro

Hábito

-Por EVitar Infecção

cru9a 0 1

Ambas 4

Não Respondeu 03

Outros

-Analisndo estes dados, observmos que a prática da lavagem das mãos é motivada elo hábito e ela consciência de sua importncia concomitntemente.

Gosmos de salientar uma esposta dada por

Médico Ocupacionl Totl

01 07 08

4 02 07

1 3 09 26

4 05 12

02 - 02

um médico que realzava um parto qundo o intero­ gamos sobre os eus moivos para lavar as mãos, na qual ele eferiu que as "lavou para merendar" e na ane laboratorial o seu exame continha o mior nú­ mero de icrorganismos.

TABELA IH -Distribuição da equipe de aúde por categoria de acordo com o motivo que o levou a não lavar

s mãos antes de prestr cuidados aos pcientes Mateidade Escola Assis Chateaubriand -agosto a novembro de 1 988.

:::::::

Cate garia

Por que

��

nio lavou s mios? Enfemeio Médico Ocupacionl Total

Flta de Tempo - 02 01 03

Não Acha Importante - - -

-Fala de Condiçes

Adequds - 02 - 02

Não Respondeu 05 20 1 8 43

Outros 03 - 4 07

Observamos que os motivos mencionados são sempre de ordem ex6gena, o que pra n6s não coresondeu à realidade obervada, já que em todos os setores existia o maeil ncesáio à lavagem ds mãos, embora que nem sempe fosse o ideal.

TABELA IV -Distribuição da equie de aúde por categoia de acordo com o conhecmento ds noms do Minisério da Saúde lavagem das mãos - Matenidade Escola Assis Cheteaubiand - agosto a

novembro de 1 988.

tegoria

.

Conheci--.. Enfermeio Médico Ocuoacional Tota1

Sm 05 1 5 22 42

Não 03 09 0 1 1 3

Estes dados mostrm que uma gande maioria dos pofISsionis e ocupacionis conhecem s norms do Mi­ nstério da Saúde, poranto não justiica o descaso com que esta prática é taada.

(5)

TABELA V -Distribuição da equie de saúde por categoria de acordo com a contanação ds mãos -

Ma-. C . d b d 1988

teidade Escola Assis hateaubn -agosto a novem ro e

a

Contaminação I Enfemeiro

Sm ms

Não

-Na TABELA V veriicamos um alto ndice de contminação, mesmo entre os proissionis e cupa­ cionis que lavrm as mãos.

Os microrganismos encontrados não podem ser classiicados em lora residente ou trnsit6ria, porém podemos veriicar qúe de acordo com o estado imu­ nol6gico do paciente estes odem ser ou não patogêni­ cos.

VIe salientar a expressiva diversiicação dos mi­ crorganismos encontrados: Stalococus aureus, gruo

I

Médico Ocu�ionl Totl

2 1 20 49

03 03 06

assacaroftico, Klebsiela pneumonie, Pseudomons maltophila, Pseudomonas eruginoss, Acinetobacter clcoceicus, fungo contaminnte, Enterobacter, Ser­ raia, Cndida lbicans, E. coli, Proteus sp, Moraxela sp e Corynebcterium pseudodiphtericus. Este fato representa uma lora hospitlar mis agressiva aos pa­ cienes.

Estes dados levarm à anlise laboratoril dos sabões, cuja contaminação jusiicou os resultados ob­ tidos.

TAB ELA VI -Distribuição por setores de contaminação dos sabões - Mateidade Escola Assis

Chateau-Setores Continação

b · d nan -agosto a novem ro b d e 1988

Centro

Emergên-.

Sla de

Recue-Sabão

Obstétrico cia UTI eração BI BAR BMR

FISIOHEX ASSEPTOL POLVIDINE SABÃO PAVÃO

S N

-

--

-- 1

-

-S N S

- -

-1 -

-- -

-- -

-A ane laboratorial mostrou que dente os sabões, o asseptol estava contaminado. Contminação esta que não se pode afnr a sua origem: do pr6prio

6 CONC LUSÃO E SUGESTÕES

Diante dos resultados encontrados, verifica-se que esta prática tem sido pouco valorizada em que tona-se urgente uma maior conscienização da equipe de saúde no sentido de que lavar coretamente s mãos, na sua rotina laborativa, deixa de ser mero hábi­ to para se tornar um meio eicaz de redução dos udi­ ces de infecção hospitalar.

Observamos em nossa esquisa, que a maioria dos comonentes da equie de saúde considerava as mãos lavads. Acreditamos que este fato se deve a crença de que a lavagem das mãos realizada no momento da chegada ao setor é suiciente para a descontaÚnação das mãos durante todas as atividades.

O descaso quanto a esta práica deve ser repensa­ do, sob ena de transÚtnnos nfecçes àqueles que recebem nossos cuidados e até mesmo, aos nossos fa­ mliares, sem falamos de uma auto-contaúnação.

Podemos ainda aimar que o desenvolvmento de um técnica correta ode ser facilitada pela presença e localização conveniente de pias nas unidades, bem co­ mo a existência do sabão ou anti-séptico adequado.

O homem, que é a principl vítma das infecções hospitalares, é também o principal veículo transmssor das mesmas, pois disseÚna os microrgansmos através de suas mãos. Sendo ssim, é de fundmental im­ portância que toda a equipe de saúde seja infomada e conscientizada da importância da lavagem das mãos no controle das infecções hospitalares.

Diante desta realidade, sugeimos que ejam rea­ lizadas:

N S N , S N S N S N

- -

-I

- 1

I

- 1

I

-

-1 1 - - -

-- - -

-- - - 1

sabão ou do cipiente . . .

A prir destes resultados foi introduzido o uso de escovnhas para a lavagem dos rcipientes.

1. Reuniões cientics pei6dicaS para dicussões sobre lavagem das mãos, com poissionais de nível superior.

2. Teinamento sobre a técnica da lavagem ds mãos e a importância de sua prática correta para redu­ zir os índices de infecções hospitalares.

3. Promoção anual de uma "Semna da Lavagem das Mãos", como instrumento divulgador da im­ portância desta prática no controle das infecções hos­ pitlares.

R E FE R Ê N C IAS B I B L IOG R Á F I CAS

BRASIL. Minisério d a Satde. Curso de Introdução ao Controe de Infecção Hospitaar. Secreia Nacional de Orgnização e Desenvolvimento de Serviços de Satde: Pogma de Controle de Infeção Hospitalar, Brslia, Ceno de Dcumentação do Ministéio da Satde.

2 • Minisério da Satde. Manal e Controe e Infecção Hopitaar. Secrearia Nacional de Organi­ zação e Desenvolvimento de Serviços de Satde - Pro­ gama de Conole de Infecção Hospilr, Brasflia, Cenro de Documentação do Ministério da Satde 1985.

3 • Minisério da Satde. avar s Mãos:

Infor-ação para Prossoas de Saúde. Secretaria Nacional

de Organiação e Desenvolvimento de Serviços de Sat­ de - Programa de Conrole de Infecção Hospitalar, Brslia, Cenro de Documentação do Ministério a

Satdé, 1 988.

(6)

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6 FERNANDES, A. r., Infecção Hospitalar: Princ!pios, Diagn6stico e Proilaxia, Rev. Hosptaar, ano 11, n? 4, julJet. 1984.

7 ---. Infecção Hospialar: Princfpios, Diagostico e Poilxia Rev. Hospialr, ano 11, m. 4, outJdez. 1 984.

8 FERRAZ, E.M., Conrole de Infecção Hospialar. Resulta­ do e m Estudo Prospecivo e Dez Anos m m H ospi­ al Universiáo. fese: UFPE, Recife, 1987.

9 ---. Manal de Controe de Infecção m Crurga,

EPU. São Paulo, 1982.

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12 GRESSLER, L.A., Pesqusa Educaconal, 2 ed. São Palo, Loyola, 1983.

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A N EXO I

I NSTRUM E N TO D E OBS E R V AÇÃO

1� KA'AMO fO, E.E., Enfeagm em Cca Cirgca,

São Paulo: EPU, 1986.

16 KAWAMOfO, E.E., FOR fES , J.I., Fuaentos de En­

feag, São Paulo: EPU, 1 986.

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24 ZANON, U., NEVES, I. Infecção Hospitaar - Prevenção,

Dagnóstco e Tratento, Rio de Janeiro: Médica e Cienteica, 1 987.

1 . OCUPAÇÃO ---_______ _

2 . SETOR

3. Lavou as mãos antes de prestar cuidado ao paciente?

( ) Sim ( ) Não

4. Pemiiu que fosse feita a cultura ds mãos?

( ) Sim ( ) Não

5. Respondeu o questionio?

( ) Sm ) Não

6. Que condições para lavagem das mãos existe no setor? ( ) Pia

( ) Toalha de pano ( ) Toalha de papel ( ) Sabão em barra ( ) Sabão líquido ( ) Saboneteira adequada

(7)

A N EXO 1 1

QUESTION ÁRIO

Prezado colega,

o pesente nsrumento objeiva uma anlise comparaiva entre a vião dos proIssionis de saóde e a prái­ ca da lavagem das mãos.

O preenchimento deste questionário será de grande importância tanto para o diagn6stico da situção atual, qunto paa a tomada de medidas de controle de infcção hositalar.

Na cerea de sua colaoração, agradecemos antecipadmente.

1 . Qul a sua proIssão?

2. Você lavou s mãos antes de pestar o cuidado ao pciente que atendeu agora?

( ) Sim ( ) Não

3. Se sim, por que? ( ) Hábito

( ) Por evitar infecção cruzada ( ) Ambas

( ) Outros---

-4. Se não, or que? ( ) Flta de temo ( ) Não acha importante

( ) Falta de condições adequdas? Quis?

---5. Você conhece as noms do Miniséio da Saóde sobe a lavagem das mãos? ( ) Sim

( ) Não

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LIVROS, EXPER IENCIAS E SUGESTOES.

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TABELA  I  - Distibuição da equie  de saúde or categoria de acordo com a "observação" e o "questionáio"
TABELA V  - Distribuição  da equie  de  saúde por categoria de acordo com a contanação ds mãos - Ma-

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