UNIVERSIDADE
DE
SAO
PAULO
INSTITUTO DE
GEOCIÊNCIAS
SENSORIAMENTO
REMOTO ORBITAL
APL¡CADO
À
pROSpEcçAo
MTNERAL
NAS
PROVÍNCIAS ESTANÍTERRS
DE
GOIAS
E
RONOÔrrllR:
UMA
CONTRIBUIçÃO
METoDot-óc¡cR
Raimundo
Almeida
Filho
Orientador¡ Prof.
Dr.
Gilberto AmaralTESE
DE
DOUTORAMENTOCOMISSAO
EXAMINADORA
-
-o
o
I o È oo I |t,f
o
TUo
Presidente: Examinadores:,""n $o (i ''.
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cf) nomeDn. Gifbento
Amaral
ass.
)
,/tt¿,t<éÇ (
Dn.
Eduando
C.Damasceno¡r. Jorge
S.Bettencount
Dn. Tcaro Vitorel lo
Dr"
.
Evanis
to Ribeino r'g '
t. :/'t
ERRATA
PÃGINA PARÃG. ONDE SE LÊ LEIÁ'-SE
1) u 6 13 22 23 24 39 39 49 49 / LL2 49
lLrz
53 56 56 56 61 62 68 LL2 158 159 159 L64 169 Abstr. ,, 2 2I
1 3 4/2 4/2I
Tabela It 3 6 3I
I
I
I
3I
4 B 2 5 toLLs cmReeves
et alii
(L975,Bolviken
er alii
(t977)podem
Davis and Livandor.¡ski (1976)
capazes
de
ser(Vicent, L973;
cancela de co-seno
thes permitem
ttcampo sujott ttcampo lirrpott
Macambo
GARIMPOS
AS SEMBLÉ
IA
}f INERAL-OCTCABettencourt
et lii
(L981)superfóie
rnais ãcidos
A
alta
acidez
dos solosaParecer
Shouth America
BENTTENCOURT, J.S.
Rocks classes feaÈure and
SANTOS,R.B
;
INNOCENCIOTN.R. S.tooLs
and
Reeves
et alii
(1975)'
Bólviken
er alii
(L977)possam
Davis and Levandowski (1976)
capazes de serem
(Vincent,
1973;cancela
o
co-senopodern
permitir
t'campo
sujo
de cerradott"campo
linpo
de cerradot'Mocambo
PROSPECTOS
ASSEffiLÉIA DE ELEMENTOS
Bettencourt
et alii
(1981)superfÍcie
menos
fãrteis
Os
solos
menos f-erteisaParecerem South America
BETTENCOURT, J.S.
Rock classes
feature
rJithSANTOS,L.B.
;
INNOCENCIO, N.R. ;GUIMARAES,M.R. S .
Aos meus pais
'
A
t-ila,
Aljne,
Raírnundo
e
Creusa.AGRADECIMENTOS
0 autor
deseja
expressar seus agradecimentos ãs seguintesenticiades
e
pessoas, sema
colaboração dasquais esta
pesquisanão
te
ria
sido
realizada:
Ao
Instituto
de
PesquisaEspaciais
(INPE)pelo
forneci
mento dos meiosã
reaìização
dotrabalho;
trabal hos
grãficas,
nos;
à empresa de Mineração
Oriente
NovoS.A. pelo
suporte
ade campo em Goiãs
e
em Rondônia,descrições de
lãminaspetrc
anãlises
quîmicasde
rochase
consultas
a
relatõrios
inter
à I'leta i s
de campo,
descricão
de i nternos ;de Goiãs
S.A.
(METAGO)pelo
suporte
a
trabalhoslâminas
petrogrãficas
e
consultas
a
relatórios
À
Rio
Doce Geologiae
Mineração(Docfero)
peio mento de dadospetrogrãficos e
acessoa
relatórios
internos, ao maciço daSerra da
Pedra Branca, em Goiãs;Ao
professor
Dr.
Gilberto
Amaral,orientador
deste
trabaforneci
referentes
I ho.
Ao
professor
Dr.
JorgeS.
Bettencourt
pelas
discussões, sugestõese
companhiadurante
a
etapa de campo em Rondônia.Ao
professor
Dr.
EduardoC.
Damascenopeìas
d'iscussões, sugestõese
colaboraçãodurante
a
realização
dostrabalhos
em Goiãs.Ao
Dr. fcaro
Vitoreìto
pe'la coìaboraçãoe
apoio
duranteAos coleqas Nassrì
Bittar,
Ricardo Lobo'Gilmar
Pagotto'Jos6
Lincoln,
Oswaldo Moreirae
Andr6 Laguna peìa companhiaem
diferen
tes
etapas de campo em Goiãs;Aos colegas Maria Celene,
Sílvio
Bressane Flãvìo
Soares,pelo
auxílio
na descrição de lâminaspetrogrãficas;
Aos coleqas Bruno
Payolla e 0nofre
Pinhopela
coìaboraçãodurante
a
etapa de campo em Rondôniae pelo
fornec'imento dedados
aindain6ditos
sobre o maciço Pedra Branca;Ao
iaborat-orio
de laminação doInstituto
de Geociênciasda Universidade de São Paulo;
A Marciana
Ribeiro
pelo
auxílio
nareferenciação
bibliô
'
grãfica;
A
Beatriz Parreiras
peìa
obtenção de aìgumasfotos
queil
ustranro
texto iA
Gtõria
Bertti
pela
revisão
final
dotexto;
A todos
que,'direta
ou indiretantente, colaboraram flara
aRESUMO
Diseute-se
neste
1;r'abaLho wrnLinh¿
metodológíco.de
utíLização
de dados de sensoyiønento remotoot'bítal,
como fez,z,øn-entade
auríLio a
ccrnpanhas de prospecçãomíneral,
exempLificada
no
estudo de cozposgraníticos
das Pz,ouínciasEstaníferas
de Goíã.se
de
Rondônia.Inícialmente
faz-se
uma dí.seussão do^ papeL dos.dixersos
panãmetro_s que^interagen po."a cotftpor
o
sittal
gz,ar.lado peLossistenas
sensores.
São
paz.anetros
funÅ.ønentais ytD processo de aná.Lisee
interpz'etação de dndos
miî
tiespectnaís, em
geologia:
as
caracteyísticas fisiogrã.fiqas
d,a
z,egíão;as
caz,actez,ísticas
geoLógicasdo
"alÐo't pesquisado; o papeLdn
laz.vãoeis
sazon¿is ( cobertuz,aúegetal
e
condições de iLurninação);as
cay'actã
rísticas
do sistema sensoz, (z,eeoluções);e
as
tácn¿cas de reaLcede
¿na gensdigítais
atz,aués do enprego de conputadones.^Autilização
de
imã gens digitaís,/muLtiespectz'aís do sensoz, MSS-LANDSAT, Leuandoen
consiilãra,ção todos os aspectos dc¿ma, peyïn¿tiu
a
disct íminação de ã.z,eas deocoi
rêncías
de fã.cíes gneisenízadas(ttlato
sensutt) associadasa
cozpos gz,anTtðcos da Pnouíncia
Estanífera
de Goiã.s, as qua¿s sãocontroles
- L¿tòLõgî eos de ninez.aLizações deSn,
W,Nb-fa,
Li" F, etc.
0paz,ãnetro
bã.sico quepernitiu
a
díscz,ininação destas á,y,easatraoés
dasimagens
oy,b,i,taisfoi
o
cotnpontamento especty,aLdestes
típos
LitoLógicos e/ou
de suns assoeiações especãficas de rocha-soLo-rtegetàção, Em Ròndônia, dndas ã.s cat'aõ
tez'ísticas
daregíão
(pr,ofundo ,nanto de intenpez'ismo, eoberturas sedineñtanes quaternãnias
e floz'esta tz'opical),
nã.oé
possíueTa
díscníninoçãõespectr.al
de
Lítotipos específicos.
Noentanto,
mesmo sobessas
condíções"
a
imagem LANDSAT z,eaLçada pox corrrpul;ador, môst"ouos
traços
geo-Lãgicos
principais
e
a
estz,utunação do macìçograní.tíco
estudndo,
fetçõesestas
nã,o obsevvadas atz.auás defotogz,afias
aéreas ou de ímagensde
RA.DAR.
0s resultados
obtidos
em Goiáse
em Rondônía mostTatn quea
utíLìzã
ção adequada de imagens de sensoria¡nento remoto or,b¿ ba'|.pode
conti."i.buílde
naneira
efet¿Ða na oz'ientaçãoa
tz'abalhos de pz'ospeaçãomineral,
propicíando
econonias z,azoãueís de tenrpoe
de y,ecunsos rÌa etapade
LeuantãABSTRACT
This
study presentsa
Line
of
pt'oceduresfor
theutíLization
of
orbitaL
remote sensíngdnta as
suppontingl;olls
in
míneraL pnospecting catnpaígns, eæernpLified here
by
studies
in
gz'anttícbodíes
o¡
tlte Tín
Prouí,neesof
Goiãs and Rondõnia.rnítiaLLy,
a&íscussion
is
madeon
the
roLeof
seueral
íntez,acting pa.Tametensthat
cotrîposethe
v,eeordedsignal 'tn
senson systems. The fundanentalpanøneters
in
the
processesof
analysís
andinterpretation
of
multíspectraL data
in
geoLogAa?e:
the
pkysiognaphíccharacter'ístics
of
the
negion;
the
geologícaLchanacterístics
of
the
ta.rgetinuestigated;
the
z'oLeof
the
seasonaL uaz.iabLes (.uegetation cooerlard
íLlumínationeonditions); the charactev'istics
of
the
sensor system(nesolutions);
andthe
useof
cornputer enVtancement t,echníques appLiedto
digitaL
ímages. Takíng
into
considey'atíonthe
aboueaspects,
the utiLízation
of
LANDSATmultíspeetnaL/dígitaL
ímages has alLouedthe
discníminatíonof
areasuíth
oceureneesof
gz,eísenízedfaeíes
('tlato
sensutt) associatedto
the
gz,anitic massifs
in
the
GoiãsTin
Pnouince. Thegneisens
areLíthoLogícaL eontroLs
of
míneraldzatíonsin
Sn,
W' Nb-Ta,Li, F,
andothers.
Thebasic
panameterthat
aLLouedthe
dísez.imínationof
theseal,eas
ín orbítal
images uasthe
speetraL beLnuiouz,of
these
LithoLogicaltypes and/oz,
of
theín specifíc tock-soil-uegetation
associations.
fn
Rondõnía, dueto
the particuLan charaeteyístícs
of
the regt,on
(deep ueather'íng, Qua'termary sedimentan'y couens, and TropicaLForest),
aspeetral
&íscriminatíon
of
specífíc
Lithotypes
is
not
possibLe. Hot'seùe'r',euen under these aduerse
conditíons,
eonrputez, enhanced LANDSAT imeges shouedthe
main geologøeaL andstyuetuyal
features
of
the
studiedgnanitíe massif.
These uey,enot
obseruedin
aeniaL photographyor
RADARhnagns.
Theresults
obtained
in
Goíã3 and Rondôniashoa that
an adequateutiLization
of orbital
remotesensing
ímages can.contz-ibutefon
the orientation
of fíelrl
u)ork, yieLdinç1 reasonable savingin
titneLISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
sur4ÃRr0
¡g.sr-x
MATERIAL E
I'IETODOS
ì6PARTE
I
_
FUNDAMENTOS BASICOSlaBlru_Lgl
-
rNTRopuçÃoCAPTTULO
2
-
RTVISÃ() BiBLIOGRÁFICA 42.1
-
Fundamentos bãsicos do sensoriamento renrotogeoìõgico
...
42.1.1
-
A racliaçãoeletromagnética
(RrN)
4?.1.2
-
Interação
cla REM comos aìvos
naturais
52.1.3
-
Comportamentoespectral
de rochas novisivel
enoinfraver
rnel ho
próximo
...
62.1,4
-
Significacio
fisico
dos dados gravadospelos
sensores....
g2.2
-
Trabalhosanteriores
12CAPTTULO
3
-3.1
-
Material
...
163.1.1
-OssatõlitesLANDSAT-Í,?e3
163.1.1.1
-
0
imageadormult'iespectral
MSS.
ì6
3.1.1.?
-
0
sensor RBV...
173.1.2.-
Imagens deradar
..,...
183.1.3
-
Fotografias
a6reas,
203.2
-
Mõtodos:Anãlise
e
interpretação
de dadosmultìespectrais
emgeologìa
...
-....
?03,2.1
- Introclução
203.2.2
-
Elementos deanãlise
de dados de sensoriamento remoto...
213-2.2.1
-
Influência
do comportamentoespectraì
da
ìitologia
....
243.2.2.2
-
Influência
dacobertura
vegetal
natural
,... ..
243.2.2.3
-
Influência
dasvariações
sazonais no comportamento davegetação
?73.2.2.4
-
Influôncia
dasvariações
sazonais nas condìçõesde
itu
minação
...:
28-!.is..
3.2.2.5
-
Influância
da
btmosfera
3C3.2.2.6
-
Influància
daatividade
antrõpica
303.2.2.7
-
Anãìise
de dados de sensorianrento remotonas
condiçõesAmazônicas
....,:..,
3l3,2.3
'Anãlise
das imagensatravés
doanalisador
multiespectral
I-l
oo
353.2.4
-
Fluxograma dasatividades
naProvîncia Estanífera
deGoiãs
403.2,5
-
Fluxograma dasatividades
na PrcrvinciaEstanifera
de Rondô 45nia....
..,...,.
45PARTE I I SENSORIAMENTO REMOTO ORBITAL APLICADO
A
PRO-VINCIA
ESTANIFERA DE GOIAScAPfTULo
4
-
,GoIAs
.
... 49
li
4.1
-
Aspectosfisiogrãficos:
clima
e
vegetação
... 49
:4.2
-
Quadrogeolõgico
regional
...
504.3
-
Corposgraniticos
mineralizados
.
'.
-.. 53
,4.3.1
-
Características geraìs
dosmaciÇos
... 53
l4.3.2
- Mineralizações
..,..., 54
;i cAplTUL0
5
-
MACIÇo pA SERRA DA PEDRA_gRANCAtRTSULT^DOS
iSEq"
""""" 57
;5.1
-
Local izaÇãoe
acesso.
.'.-.---. 57
ì5.2
-
Topografìa
e
reìações decontato
... 57
i5.3
-
Aspectos geoìõgicosgerais
Co maciÇo.
....
''. 57
|5,4
-
Caracterîsticas
superficiais:
produtos dealteração e cober
-.
''...
bt5.5
-
Anãìise
dos dados de sensoriamento remoto.
-... 64
:5.5.1-Anãlisedasimagensdocana]5doMSS...64
5.5.2
-
Anãlise
das imagensRATII
.
....
...
'. 7l
¡5.5.3
-
Imagens RBV,fotografias
aérease
Ímagens deradar
-...74
:5.6
-
-lntegraçãofinaì
comos
dados decampo
....--
77-
fur-cAPfTULo
6
-
r'{Aclço DÁJERRA D0 l40cAMB0:RESULT¿qqs-g-U!!!!!ggg.
Bì6.1
-
Localìzaçãoe
acesso.
816.2
-
Topografiae
relações
decontato
8l6.3
-
Aspectos geoìõgicosgerais
do maciço.
836.4
-
Anãlise
dos dados de sensoriamento remoto.
836.4.1
-
Anãlise
das imagens docanal 5
dol4SS
836.4.2
-
Anãlise
das imagens RATro.
876.4.3
-
Fotografias
aérease
imagens deradar
896.5
-
tntegracãofinal
comos
dados decampo
91CAPTTULO
7
-
MACIÇO DA SERRA DO MENDES: RESULTADOS E D]SCUSSOIS. 987.1
-
Local izaÇãoe
acesso .7.2
-
Topografia
e
relaÇões decontato
987.3
-
Aspectos geológìcosgeraìs
do maciço.
1007.4
-
Anã1ise
das imaqensde
sensorianlentoremoto
ì007.4.1
-
Anãlise
das imagensdo
canal 5
doMSS
1007.4,2
-
Auáìise
clas imagens RATro,
...
1037.4"3
-
Análise
das composiçõescoloridas
...
'....
ì067;,4.4
-
Fotografias
aêrease
imagens deradar
ll0
7.5
-
Integracãofinaì
comos
dados decanpo
112 CAPITULO B-
SÏNTESE DOS RESULTADOS OBTIDOS TM OUTROS MACIÇOS DAPNOVINCIA ESTANTFERA DE
GOIAS
I]B
8.1
-
Maciço da Serrada
Soledade
1ìB8.2
-
Maciço cla Serra do Passa-e-Fica....
... '.
i2l
8.3
-
Maciço daSerra
Branca.
123PARTE
III -
SENSORIAMENTO REMOTO ORBITALAPLICADO
A PROVíNCIA ESTANIFERADE
RONDONIA-q
cAPflulo
e
-R0NDoNTA
..
1259.1
-
Aspectosfisiogrãficos:
cl9.2
-
Quadro geo'lógico regional9.3
-
Características gerais
dos 9.3.î -
Mineral 'izações prinrãriasima
e
vegetaçãoCAPITULO 1O
-
MACIÇO PEDRA BRANCAmaciÇos
granit'icos
de
Rondônia.
l28e
st¡asrelações
com osmaciços..
129 C0M0 CASO--F:XEMPLO: RESTJLTADOS E125
lzs
132 13?. 132 133 ì38 138 143 148 15Cì 150 152 135 155 l58 10.1 10.2-f
0.3
-10.4
-1 0.4. I
10.4 .2
10.5
-10.6
-1 0.6. 1
10.6.2
10.7
-D I SCUSS()ES
Local ização
e
acessoTopografia
e
vegetaçãoTipos
litolõgicos
observados naãrea
do maciço Pedra Branca
Rnãl'ise das imagens LANDSAT
-
Escolha doscanais
e
dosalgoritnros
de
realce-
Anãlise
cla 'imagemdo
canal 7
e
integração
comos
dadosde
campoMapa
geolõgico
donnciço
a
partir
da integração
final
dos dadosFotografias
aérease
imagens de radar-
Fotografjas
aéreas
...
-
Imagens deradar
...
Relevâ¡¡cia do mãtodo
condições da amazôniacomo
subsi¿io
ã
pescìuisa
nrineral
nasPARTE
IV
CONCLUSOESCAPITULO 1 1
.
CONCI-USÕIS GERAISREFTRENCIAS BI BL IOGRÃFICAS
-Lx-LISTA DE FIGURAS
¡ls'-2..|
-
Espectro eletromagnõticoe
transmitância
atmosférica
...
52.2
-
Refìectâncias
bidirecionais
de aìgumas rochasígneas
'.
....
83.1
-
Interação
entre o
sensoriamento remotoe a
geoìogia
?33.2
-
Curvas dereflectâncias
médias da vegetaçãoverde,da
vegeta ção secae
desolos
nafaixa
dos sensores do I'ISS-LANDSAÎ,:
263.3
-
Diferentes
condiçõesde
iìuminação de umaãrea,
em
funcãoda
topografia
293.4
-
Sequênciahipotética
de formação devaìes
controlados
porfraturas
dolubstrato
geológico,
em ãreastropìcais
flores
tadas
com profundo mantode
ìntemperismo
.'.:
333.5
-
Configuraçãobãsica
do analisador
I-100
363.6
-
Fluxograma deutilização
do
I-100
.
373.7
-
Fiuxograma dasatividades
desenvolvidas no estudo de corposgranîiicos
daProvîncia Estanífera
deGoiás
...
413,8
-
Fluxograma dasatividades
desenvolvidas no estudÖ do maciçoPedra- Branca, em
Rpndônia
1,94.1
-
Esbocogeolõgico
daProvíncia Estanífera
de Goiãs...
525.1
-
l4apageológico
do maciço da Serrada
Pedra Branca...".
605.2
-
Vista
parcial
da
Bacia
..
635.3
-
Detalhe dacobertura
vegetal
nas ãreas de maisintensa
alte
,iãiãò
ruiurromãtica
.
'.:
635.4
-
Macico daSerra
da Pedra Branca,visto
através
da
banda
5 --
ido LÁNDSAT, na
esiação
seca..
.:...
.. ..
'... 65
;5,5
-
l4apatemãtico
do maciço.da Serra da Pedra Branca,a
partir
da
imagem docanal 5 obtida
na estaçao seca..
5,6
-
l'lacico
daSerra
da Pedra Branca,visto
através
da banda 5 doLANDSAT, na estação de chuvas
5.7
-
Mapatemãtico
do maciço daSerra
da Pedra Branca,a
partìr
da- imagem docanal 5 obtido
na estaÇão de chuvas5.8
-
Conceituação doRatio
entre canais
nãocorrelacionáveis
.'.
5.9
-
l4apatemãtìco
do maciço daSerra
da Pedra Branca,a
partir
da
imagemnoUo
(R7/ì
na estação de chuvas5.10
-
Imagem RBV do maciço daSerra
da Pedra Branca5.tl -
Fotografia
aõrea do maciço.da Serrada
Pedra Branca....'.
5.12
-
Imaqem de RADAR do maciço da Serra da Pedra Branca...'...
5.13
-
Indicação das ãreas de rochasalbitizadas/greisenizadas
no maciço daSerra
da Pedra Branca,a
partir
de
imagens
multiespectrais
doLANDSAT
...;
6.1
-
Mapatopogrãfico
do maciço da Serra do Mocambo6.2
-
Mapatemãtico
do maciço da Serra do Mocambo,a partir
da ima gem docanal
5
obtido
na estação seca..
.-.
-.
.-.
-..;
6.3
-
Mapatemático
do rnaciço da Serra do Mocambo,a
partir
da ima geir docanaì
5 obtido
na estação dechuvas
...;
6.4
-
Mapatemãtico
do maciço daSerra
do Mocambo,a
partirda
imageh
Raüo
(nrru)
na estação dechuvas
...;
6.5
-
Fotografia
aõrea do maciço da Serra do Mocambo6.6
-
Imagem de RADAR do maciço da Serra do Mocambo6.7
-
Indicacão das ãreasde
rochasgreisenizadas
no
maciço
daSerra do Mocambo,
a
partir
de
imagens LANDSAT6.8
-
Coberturavegetal
tipo
"camposujo"
assocìadaãs
ãreas
degranìtos
greìsenìzados no maciço daSerra
do I'locambo...
6.9
-
Predominãnciada
"canela-de-ema" naãrea
Anômala número1
eao fundo
o
cerrado
tipico
associado aosbiotita-granìtos
--7.1
-
Mapatopogrãfico
daSerra
do Mendes7.2
-
Mapatemático
dascoberturas
lateríticas
no maciÇo da Serra do'Mendes,a
partir
da
ímagem docanal
5
da estaçãoseca
'.
7.3
-
Maoatemãtico
do maciço da Serra do Mendes,a
partir
da
ima geinaotio
(RrrU)
na estaÇão dechuvas
... '.;
7.4
-
Vista geral
das áreas decoberturas
laterítìcas
no maciço daSerra do Mendes .
7.5
-
Vista geral
daãrea
deocorrência
de moscovita-granitosgrej
. senizaãos com
solos claros e
cobertura
vegetaì pouco
desenvolvida
eaofundo,
a
vegetação demaior
pórte
sobreos
big
tÍta-granitos
7.6
-
I'laoatemãtico
do maciÇo daSerra
do Mendes,a
partìr
de compoiicão colorida
doscanais
5 e 7
na estação seca-...
7.7
-
Definicão
dasclasses:
moscovita-granito
(MG),
bìotita-gra
nitos
(BG)e
coberturas
lateriticas (cL)'
a
partir
da composição colorida
doscanais
5 e
7
-7.8
-
Fotografia
aérea do maciÇo da Serra do Mendes7.9
-
Imagem de RADAR do maciço daSerra
do Mendes7.10
-
Indicação das ãreas de rochasalbitizadas/9reìsenizadas
nomaciço da
Serra
do Mendes,a
partir
de
imagens LANDSAT.'.
7.11
-
Contatopor
faìha
ao
longo do cõrrego RiachoFundo
entre-
moscovitä-granitos greisènizados
emprimeiro
pìanoe bìoti
ta-granitos
ao fundo!Ás.,. 78 82 85 86 88 90 90 93 94 94 99 10? 104 105 105 108 109
1 10.
ill
il3
't t4
-xa-
!gg--B.l
-
l4apatopogrãfico
do maciço da Serra daSoledade ....
ll9
8.2
-
Indicações das ãreas deocorrências
degran6firos
no maciÇo,^^
da
Serra
da Soledade,a
partir
de imagensLANDSAT
t¿u8.3
-
Mapatopogrãfico
do maciÇo da Serra do Passa-e-Fìca...-...
8.4
-
Indicacão das ãreas ocupadas com rochas greisen'izadas no maciço
daSerra do
Passa-e-Fica, apartir
de imagens do LANDSAT.8.5
-
Composiçãocolorida
do maciço daSerra
Branca"
a
partir
deimagens LANDSAT
9.1
-
Esboco geolõgico
daãrea
da
Provincia
Estanifera
de
Ronàaniá
..:....:.
'...;
10.1
-
Coberturavegetal
naárea
do maciço PedraBranca
em Rondônia
...
f0.2
-
l4apa de af'loramentos daãrea
do maciço Pedra Branca..'..'
1?2
1t)
124
127
133 134
10.3
-
TiDos oredominantes no maciço Pedra Branca:Granito
Heterogränulär.(a),
Granito
Equigranular
(b)
e Granito
PorfìritT
.,,u
ðo
Fino
(c)
...
,l0.4
-
Comportðmentoespectral
da vegetaÇão em funçãoda quantìda
",^
de äe
folhas atiirgidas
peìa
nEil
....-
l4u 10.5-
Histogramas doscanais
5
e
7
MSS.que cobrema
ãrea
deeStI
.,,,,do,
añtes
e
depois
da apì icação do Lineaz'contîast
Stretcli
t+t10.6
-
Imaqem da banda7
do MSS cobrindoa
área
do
maciço
Pedra.,.
Brañca,
realçada
conLinear
Contnaststretch
...
t+L10.7
-
Mapa.fotogeoìõgico
do maciço Pedra Brancaa
partir
de ttl
.,0,geM LANDSAT
10.8
-
Fotografia
a6reacobrindo
parcialmenteo
maciço Pedra Bran .,0,ca
....
10,9
-
Inragem de RADARcobrindo
a
ãrea do maciço Pedra Btanca."
l5l
10.10
-
Mapaqeolõqico
do maciço Pedra Brancaa
partir
daintegra
cãô de dadõs de campoe
de
ìmagemLANDSAT ...
ì52-x.Ia-LISTA DE TABELAS
Pãg--4.1
-
Características gerais
dasmineralizações
naProvíncia
Esta
56nîfera
de Goiãs-5.1
-
Alqumascaracterísticas
químicas dossolos
desenvolvidos emãrõas de
ocorrências de
biotìta-granitos
e
de moscovita-granitos
albjtizados/greisenìzados
.'
...:
6?6.1
-
Anãlise química
(ppm) para elementostraços
detipos
greise
^-nizados
da
Serra dol,locambo
9b7.1
-
Valores anômalos de Sne
l,l associadosãs
ãreas de moscovita--gianitos
greisenizados
...
ll5
9.1
-
Tipos morfogenóticos dosdepõsitos
de Sn associadosaos
corpoi granítiðos
de Rondõnia .'...
...;
13010.1
-
Composicão modal média (% de volume)visualmente
estimadaparä
as
três
prìncipais
fãcies
de rochasgraníticas
do
ma-ticoPedraBrânca.
.:...
'..-l3B
-PARTE
I -
FIJTDAMENTOS BASICOS,Introdução
.
Revi sãoBibìioglafica
CAPITULO 1
I NTRODUÇÃO
Dadas
as
suas dimensõescontinentais
e
ao pouco conheci mento geolõgìco do seuterritõrio,
o
Brasil
é
um
dospaises
que
maisse pode
beneficiar
como
emprego do sensoriamento remoto noauxílio
ãpesquisa de seus recursos
minerais.
Nestesentido
temsido investida,
pelos 6rgãos
federais
competentes, grande somade recursos para
a
aquisição
desses dados.0
Pais
é
hoie
totalmente
coberto
com
imagens
deRADAR do
Projeto
RADAMBRASIL, doministério
das Minase
Energìa,
e
com'imagens
muìtìespectrais
dossatélites
dasérie
LANDSAT,que
cobrem
oterritório
brasileiro
a
cada 1Bdias,
desdejaneiro
de
1973. Essas ima gens são captadaspelo
Instituto
de PesquisasEspacìais
(INPE)'
orgãodo Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico
e Tecnoló9ico (CNPq).São
disponîveis
aindano
INPEfotografias
e
imagensobtidas nas
três
missões do SKYLAB desenvolvidas
entre
1973e
1974, alémde
imagenste¡
maisobtidas
pelos
satõ'lites
TIR0S-Ne
N0AA-6,ainda
nãoavaliadas
do ponto devista
geolõgico.
Cabe mencionarainda
as
fotografias
aéreasque cobrem quase
todo
o
territ6rio
brasileiro,
ãs
vezesem diferentes
escalas.
A década de 80 marcouo
surgimentoda
segunda geração de saté'lites
de pesquisasde recursos
naturais,
inaugurando umanova
fase
do sensoriamento remotoorbital
,
atravõs de
sistemascom
melhores resolu çõesespaciaìs, espectrais
e
radiométricas.
Iniciou
esta
nova
etapa osatãlite
LANDSAT-4,o qual seiã
o
prìmeiro
a
possuir canais
especifi
cos paradiscriminação
ìitoìõgica.
0
satélite
francês
SPOT,a
ser
lan çado em 1985,obterã
imagens em estereoscopiae
com resolução espacìalaté
10 metros,No
Brasil
as
imagens de sat6lite
têmsido
emgeral
empre gadas apenas em grandes levantamentosgeolõgicos
regionais,
utilizadas
comose
fossemfotografias
aéreasconvencionais.
0
desenvolvimento de metodologias deanãlise
dessas imagens,explorando-se
suascaracteris
ticas
espectrais, pode transformã-las em
ferramentade
efetiva
uti
lização
em campanhas de prospecção mineral.
Elas
podemauxiliar
no-t-
-2-selecionamento
prévio
de
ãreasaìvos
ondeos
trabalhos de campo devemse
concentrar,
resultando,
daí,
razoãveis
economiasde
tempoe
de r-ecurs0s.
A
anãtise objetiva
e
a
avaliação
critica
da
potenciaì idede dessas imagens em apì ìcações
geolõgÍcas,
específicas
ãs
condiçõesbrasiìeiras,
sõ poderão ser
atingidas,
noentanto,
através
do esforço conjunto deUniversidades,
Institutos
de Pesquisase
Empresasde
Mingração.
Paraatingir
seusobjetivos
o
presentetrabalho
evoluiu
dentrodesse
contexto,
envolvendoa
colaboração daqueìestrês
organismos.tle
tem comoobjetivo
geral o
desenvoìvimento de umalinha
metodolõgica deutilização
de
imagens de sensoriamento remotoorbital
,
na
formade
fi
tas
dig'itais
compatíveis com computador, como ferramenta deauxilio
ãprospecção minera'l
.
Dentro davasta
ampìitudedo
tema'
escolheram-se como ãreas de estudo corposgraníticos
especiaì izados emmetais
raros pertencentesãs
Províncias Estanîferas
de Goiãse
de Rondônìa. Esta es co'lha deve-seã
ampìadistribuicão
desses maciçosgraniticos,
não
sõ naquelas duasregiões,
mas tamb6m emvãrias outras
ãreas doBrasil,
agrande ma'ioria
deles
ainda não pesquisados.Como
objetivos específÍcos
o
trabaiho
visa,
na ProvínciaEstanifera
de Goiãs,
a
discriminação
espectraì
deãreas
degreisenizg
ção
(Lato
sensu),
as
quais
constituemos
controles
Iitológicos
das mineralizações
deSn,
l,J,Ta,
Nb,
Li,
F,
etc.
nointerior
dos macìços graníticos
daquelaProvíncia,
tendo comoparâmetros
bãsicos
deanãlise:
(a) os
comportamentosespectrais
daquelestipos
Iitolõgicos
e
de
suas associaçõesde rocha-solo-vegetação,
nasfaixas
correspondentes aos canais
do MSS-LANDSAT;(b) o
papel
desempenhadopelas variãveis
ambientais
envolvidas
no processo decoleta
dos dadospelos
sistemas sensores¡
e
(c)
a
escolha dos m6todos dereaìce e
extração
dessas
informações, através
doAnalisador
Multìespectral I-100.
Na
Provincia
Estanifera
de Rondônia, dadasãs
condiçõesprõprias
da Região Amazônica(flo
resta
tropicaì,
prôfundo mantode
intemperismoe coberturas
sedimentares
cenozóicas),
o
trabaìho
nãoobjetiva
a
discriminação
espectral
di-3-putador
visa o realce
defeições
morfoìõgicase
texturais
de
maciçosgeoquimicamente especial izados em
metais
raros
e o
correlacionamento dessasfeições
com dados de campo.0 possiveì estabelecimento
derela
çõesespaciais
entre
faìhamentos,fãcies
petrogrãficas
e mineralizações 'com
a estruturação
interna
desses maciços comc mostradapelas
ìmagens,pode
levar a
modelostãticos
de prospecçãopara
as
condições de Rond62.1
CAPITULO 2
REVISÃO BIBLIOGRAFICA
-
FUNDAMENTOS BÃSICOS DO SENSORIAI4TNTO REMOTO GEOLOGICO2.1.1
-
A RADIAÇÃO ILETROMAGNETICA (REM)De modo abrangente,
o
Sensoriamento Remoto podeser defi
nido
como umconjunto
detécnicas e
equipamentos que permìtemobter
in
formações
a
respeito
de determinadoaìvo,
sema
necessidade deum
contato
fisico
comele.
tngìobadospor
este
ampìoconceito,
os métodos geofîsicos
que medem campos deforças
(elétricos,
magnéticos,gravimétrì
cos)
e a
sismica
são também sistemas sensores. Noentanto,
maispor
razões
histõricas,
o
Sensoriamento Remotoõ
restrito
aosmótodos
que empregam a Radíação ELetnomagneti¿a (Rgl'|), como meio para
detectar
e
medir
algumascaracterísticas
fisicas
dosalvos
naturais.
A REI'í, enfocada do ponto de
vista
dateoria
onduìatória,
é
energia
na forma deìuz,
calor,
ondas derãdio,
etc.,
quese
propagaã
velocidadeda
ìuz,
podendoser
expressapeia
seguinte
equação:v
=
f
.
tr
,
(2.,|)
onde
v6
a
velocidadeda
luz,
Ào
cornprimento de ondada
radiaçãoe
f
sua frequênc i a .
Desde que
a
velocidadeda
luz
no vãcuoé
uma constante,as
únicas
caracteristicas
variãveis
nasdìferentes formas
de
energiaetetromagnõtica são
o
comprimento de ondae
a
frequência
da
radiação.0 arranjo
desta radiação
de acordo como
comprimento de ondae
frequência
define o
Espectz,o ELetronagnàt¿co (Figura2.,l).
Esteé
divididoemvã
rias
regiões
espectrais
que obedecem mais ou menos amaneira
como
aREM
é
gerada,
isolada
oudetectada.
Asregiões
doespeciro
eletromagnõtico
qùemais
interessam ao Sensoriamento Remoto sãoo
ujtravioleta,
ovisîvel
,
o
infravermelho (prõximo,
mõdioe
distante)
e
as
microondas.-5-l+ii:v¿*if
^À
3nm
.9nmR-Gono R-X lnlrovormolho Microondo6
vtslv
EL
Fig. 2.1
-
Espectro eletromagn6ticoe
transrnitãncia
atmosférica2.1.?
-
INTERACÃO DA REM COM OS ALVOS NATURAISQuando
a
REMincide
sobre osdiferentes materiais, eìa
bsujeita
a vãrios
fenômenosde interação
que produzem trocas nessa radiação
incidente,
modìficando suaintensidade,
comprimentode
onda,pola
lrização,
etc.
De uma maneira maissimples,
ao
incìdir
sobre
determina
l
do
corpo,
a
REM podeser
refletida,
absorvida outransmitida.
Neste processo
ficam estabelecidos
os
três
parãmetrosbãsìcos
resultantes
dos
lmecanismos de
interação,
a
saber:
ll
-
RefLectância
(p)
-
razãoentre a
REMrefletida
por
determinado
lcorpo
e
a
incidente
sobreele.
l l
-
Absortâneia (a)
-
razãoentre a
REM absorvidapor
determinado
lcorpo
e
a
incjdente
sobreele.
.
-
T?ansmítãnc¿a(t) -
razãoentre
a
REMtransmjtida
através
dede
ì-6-Pela
lei
da conservação da energìap+o+'r= 1
ou
p=l -
(o+'r)
(2.2)
A intensìdade
relativa
com que cada corporeflete,
absorve
ou
transmite
a
radiaÇãoincidente,
nosdiversos
comprimentos de onda, õ
funcão de suas propriedadesfísicas
e
quimicase define
sualssi
natura EspectnaL, ou de uma maneira mais
simples,
seu CoÍPortamento EspeetraL.
Esteé
representadopor
curvas que exprìmema
porcentagem de radiaçãorefletida
pelo
corpo nos comprimentos de onda cons iderados.0
sensoriamento remoto procuradetectar
e
gravar
essastrocas
energãticas
entre
a
REMe
as
diferentes
feìções
da
superficie
terrestre,
registrando-as principaìmente
em forma defotografias
aéreasou ìmagens.
Estas,
assim,
contêm informações sobreaìgumas
proprieda desfísicas
e
químicas domaterial
que induziu
as modificaçõesna
REMi nci dente.
.
Hã umavasta bibl
iografia
sobreos
vãrios
aspectos do sensoriamento remoto acima sumariados, podendo-se
citar
dentre
aqueles autores
queos
abordam de maneira mais ampla,os trabalhos
de Colwe'lI
et
alii
(1963),
Reeveset
alii
(1975¡Lintz
Jr.
e
Simonett(1976),
Swaine
Davis (1978),
SabinsJr.
(1978), Hunt
(1980).2.1.3
-
COMPORTAI'IENTO ESPECTRAL DE ROCHASNO
VISIVTL ENO
INFRAVERMELHO PRTXIMO
Do exposto
anteriormente
fica
claro
queos
diferentes
ti
pos de rochas sõ podem
ser
discriminados
através
de sensorìamento remoto
se
possuirem comportamentosespectrais próprios
quepermitam
caracterizã-los.
Antes de analisar o
comportamentoespectral
dasrochas
íg
neas,
ver-se-ã inicialmente
como se comportamos
seusprincipaìs
con:-7-Vãrios
pesquìsadores como Hovìs(1966),Ì'lhite
e
Keester(1966),
Rosset
alìi
(1969),
Hunt(1977),
Hunte
Salisbury(1970,
1976)'Hunt
et
ati'i
(1974) têm estudadoo
comportamentoespectral
de mìnerais. Acaracteristica
mais marcante no comportamento dosprincipais
cons'ei
tuintes
minerais
das rochas ígneasê
o
fato
deeles
refletirem
a
REltlde maneira
relativamente uniforme.
Suascurvas
são"ìisas",
não
havendo
picos
de absorção ou dereflectância
que possamlevar
a
um
diagnõstico
de composìçõesmineralõgicas. Elas
seguem basicamenteos
indices
de
cor,
detal
modo que permitemtão
somenteà
diferencìação
entre
minerais
mãficose fél
s i cos.As curvas de
reflectâncias
doquartzo,
albita,
feldspato
potãssico
e
moscovita,
por
exemplo, sãomuito
semelhantesentre
sì,
domesmo modo que
o
sãoentre
si
aquelas dabiotita,
labradorita,
oìivi
nas, pìroxênios
e
anfibólios,
dìstinguindo-se
umconjunto
dooutro
apenas quanto
ã
intensidade
de suasreflectãncias.
A baiia
reflectância
dos
minerais
mãficosé
decorrente
de absorçãoõptica
causadapor
tran
sições
eletrônicas
dosíons ferrosos
e
férricos
nasfaixas
do
visivel
e
doinfravermelho próximo,
acentuando-senesta
ú1tima.0
comportamentoespectraì
das rochas segue basicamente omesmo padrão observado para
os minerais
acima considerados.As
curvas são também"lisas"
e
não indicamfeições
diagnõsticas
que possam ìevarã
identificação,
como mostramSaìisbury e
Hunt (1974)e
Blom
et alii
(1e80).
A
Figura
2.2
mostra curvas de comportamentoespectraì
características
de algumas rochasígneas, no intervalo
dovisivel
ao
infravermelho
prõximo.
0s granitos grãficos e os
pegmatitos, formados nosestãgios
finais
dadiferenciaÇão
magmática, possuemaìta
reflectância,
funcão da quant-idade de seus
minerais
félsicos.
Paraos
granitos
nor maisa reflectância õ
menordevido
ao maìor enriquecimentodestes
em-8-ria,
possui menor.reflectância
queo granìto,
função de suamaior
quantidade
deminerais mãficos
(anfibõlios e
piroxênios)
e menor quantìdade dequartzo. 0
espectrotípico
para
as
rochasbãsicas,
particularmente
aquelas de granulação
grosseira,
õ
representadopela
curva
do diabãsio,caracterizada por
forte
absorçãoda
radiação,
devido
aosions
ferrosos
da
hornblenda
e
daolivina.
Naescala
decrescente derespostas, as
rechas
ultrabãsicas (e uttramãficas)
são as que possuemmenores refleg
tãncias
devidoã
presença dospiroxãnios e
dasolivinas,
como
exempì1ficado
nas curvas dospiroxenitos e
dosdunitos,
respectivamente'o.5
COMPRIMENTO DE ONDA ( l.tm )
Fig.
2.2
-
Refìectãnciasbìdirecionais
de aìgumas rochas ígneas.FoNTE:
Salisbury
andHunt
(1974).o
Elz
o
Ë
J
UJ
E
õ
z
r(
t--(J !J
J
tL
ul
É
2.5 2.O
-9-Conro rochas
frescas
raramenteafìoram,
especialmente
emcondições de Paîs
tropical
com generaìizado
intemperismo,a
utiì
Ízaçãodessas
curvas,
como elemento dediscriminação
ìitoìõgica,
só
faz
senti
do casose
compreenda comoos
processos dealteração podem
modificã-las.
Paraisto
deve-seconsiderar, iniciaìmente, o
grau
dealteração
aque
as
rochas foram submetidas.No caso das
aìterações
ondeo
processo
de
decomposiçãointempõrica
ã
incompìeto, nãodestruindo totalmente
osminerais
primí
rios,
os
trabalhos
deflatson (1972),
Hunt(1979),
Hunte
Ashley
(1979)e
Rowane
Lathran
(1980).,' mostranì que rochas sob essegrau
de
altera
ção comportam-se espectralmente de modo semelhante ao da rochafresca,
apenas comligeìro
acrõscimo nosvalores
dereflectância.
Nas
alterações
ondeocorre
a
destruição
total
dos constituintes ninerais primãrios, a
respostaespectral
domaterial
resuìtal
te
é
substancìalmentemodificada. 0s
fatores
que regema
formação
dossolos
são amplose
complexos, sofrendoinfluências
bãsìcasdo cìima
e,evidentemente, da
litoìogia.
0s solos são,
assìm, umamistura
complexa conrcaracteristicas
fisicas
e
químicas pr6priase,
con sequen temente, comcomportamentos
espectrais pr6prìos.
tstes
dependem datextura
do
solo (porcentagem deargila,
silte
e
areia),
da quantidade dematéria
or9Ânica,
da presença deóxidos
deferro
e
também da umidade(Hoffer,
1978).A
despeito
de todas essasvariãveis,
dentro
de determinado ambiente
geogrãfico,
rochasdìstintas
submetidas ãs mesmas condiçõesambientais produzem
solos
distintos,
os
quais
possuem comportamentos espectrais prõprios
e,
consequentemente, sãopassíveis
de discriminação, como mostramCondit (1970),
Kristof
e
Zachary (1974)e
Costa (1979).2.1.4
-
SIGNIFICADO FÍSICO DOS DADOS GRAVADOS PELOS SENSORESComo
jã
mencionado,o
sensoriamento remotovisa
detectar
e
gravar
as trocas
energõticas
queocorren durante
a
interação
da
REM-
t0
-sensores
é
a
Radiâncía(N),
definida
comoo fluxo
radiante
(6),poruni
dade deãrea projetada
nadireção
da fonte,(A
coso),por
unidadede
ângulo
s6ìido
(Àur):N
=
^ó/4.
cosO.¡r¡
(l^latt,/m2.str)
(2.3)
Do
discutido
anteriormente
pode-seconcluir
quea
discri
minação
espectral
de determinadoalvo por
sensoriamentoremoto,
ìmpõe queexista
correlaÇãoentre
a
radiância
medidae
a
refìectância
do
aIvo,
uma vez quea reflectãncia é caracteristica intrinseca
do
alvo
e
odefi ne .
A
reftectância
podeser
tamb6mexpressa
peìa
seguinte equa ção :o^
-
M^/E^'
(2.4)
onde
E^
(Irradiância)
e
l"l^
(Eæitãncia)
representam, respectì vamente,a
l
densidade
superficial
defluxo
radiante
(ìuz)
incidente
sobre
determi
ìnada
superfície
e a
densidadesuperficial
defluxo
radiante
refletido
por
eìa
em determìnadointervalo
de comprimento de onda.l
Como quase
todos
os alvos naturais
comportam-secomo
sg
ì
perficies
Lørnberticnas,isto
6,
refletem a
REMincidente
igualmentebern
lem
todas as
direções,
õ
demonstrãveì que a Rad.iâ.ncia podetambém
ser
l
expressa peì
a
seguinte
equação:l
N^
=
M^/n
(2.5)I
substituindo-seovaìordeM^naEquação2.4tem-se
- il
-ou
seja,
a
Radíância medidapelo
sensoré diretamente
proporcional
ãReflectância
doaìvo e
ã
intensidade de
iluminação.Papeì preponderante em
influenciar
as características
dosinal
gravadopeìo
sistema sensorõ
desempenhadopor
algurnasvariãveis
ambientais
envolvidas
nacoleta
do dado. Dentreestas
merecem
destaque
as
relações
geométricasestabeiecidas
entre os
ângulossolares
deelevação
e
azimutee
a
topografia,
que crìamdiferentes
condições
deiluminação do
alvo,
Outra
variãvel
importante6 a
atmosferainterposta
entre o
sistema sensore
o alvo,
que atenuao
sinal refletido
por
estee
tambémintroduz
uma componente estranhaa
ele'
Desse
modoa
tquação2.6
necessita
ser
reescrita
para expressar maìsfielmente
o
papel
desempenhado
por
essasvaniãveis ambientais,
no modelamento dosìnal
gra vadopelo
sensor:Nr, = cos e
+ N^lorr¡,
(2.7)
=
Radiãnciaespectraì
medidapelo
sensor.= Transmitâncìa espectraì. da atmosfera.
=
Refìectãncia
espectral
doalvo.
Ef(olR) = Irradiãncia espectral
direta
do
sol'
Ef(Otf) =
Irradiância espectral difusa
nas zonas de "sombras"Nr(nfU)
=
Espal hamento atmosféricoe
= Ângu1oentre o
raio
dosol
e
a
normal ãsuperficie.
de onda cons i derado.þ
l['^
Er(orn)]
.
[o^t^totrl]]
onde :
Nr
tÀ
pÀ
-12-Pela
Equacão2.7
observa-se que no dado medidopelo
sis
tema sensor são incorporados um termo
rnultiplicativo
e
outro
aditivo
impostospela
atmosfera.
Nota-se tambémque,
em funçãoda
topografia,
um mesmoalvo
podeestar
submetidoa diferentes condições
de
iluminação,
dificultando,
assim,
suacaracterização
espectral.
Desse modotor
na-se
imprescindivel o
emprego detécnicas
que eììmìnem ou minimizem ainfìuôncia
dessasvariãveis
ambientais,
asquais
serãodiscutidas
no prõximo capituì
o.2.2
-
TRABALHOS ANTERIORESCom
o
advento da EraEspacial no
início
dos anos60,
ca meçoua
util
ização
defotografias
orbitais
em estudosgeoìógicos,
espe cialmentea
partir
das missões TrRos e MERCURY. Asprimeìras
anãlises dessasfotos,
do
ponto devjsta
de suaapìicabilidade
ao reconhecimento de grandesfeicões geolõgicas
e
-geomorfoìõgicas,
foiam
feitas
porMorri son
e
Chown(lg6s).
0
potencial
de informações demonstradopor
estas
primeiras
fotos
orbitais
fez
com quefosse
criado
no âmbito damissão
esPgcìaì
seguinte, a
cEMrNr (desenvo'lvidaentre
1965e
1966),
o
projeto
Synoptic Tez.rain Photographg
Erperinent,
Esteprojeto
teve
como obig
tivo
obter
fotografias
ern brancoe
preto e coloridas
dealvos
geoìõSicos previamente
selecionados.
Resultaramdele
cerca
de
1100
fotogra
fias,
anal isadaspor vãrios
pesquìsadores como LowmanJr.
(196¿ 1969), Hemphììle Danìlchik
(1968)e
l'lohr
(,l969).As
primeiras
fotos multiespectraìs a
partir
do espaço foram
obtidas pela
missão APoLLo nofim
da década de60,
jã
servìndo
ca moteste
para escoìha das bandas que deveriamser util'izadas
no primeiro
sat6lite
de sensoriamento remoto derecursos
naturais
a ser ìançado,o
ERTS-I,posteriormente
denominado LANDSAT,.
Apartir
do
lançamento dos satélites
das6rie
LANDSAT eì3
tromagnético
intensificou-se o
emprego dos dados de sensoriamento remoto
no Ievantamentode recursos
naturais
e,
de modo especial,
na pesquisa geoì õg ì ca :
Lyon (1975a)
atrav6s de
imagensRatio
reconhecee
ampì iaa
anomalia
geobotânica associadaa
mineral izaÇões de molibdênìoem
e:cannitos
e
vulcânicas
bãsicas,
naregião
de CorsonCity,
Estadode
Nevada.
Paradel
la
e
AlnreidaFìlho
(1976) propõem umnovo
condi
cionamentoestrutural
para
as mineralizaÇõesradioativas
noPlanalto
de PoÇos de Caldas (MG), com base emanãlises
de
ìmagens LANDSAT' realç-a daspor
computador.Almeida
Filho
et
alii
(1976) identificam
áreas favorãveisã
ocorrência
deargilas refratãrias,
naregião
de Uberaba (¡lG),atravésde
classificações
automãticas supervisìonadas em irnagens LANDSAT.Rowan
et
alii
(1976),
Rowanet
aìii
(1977),Abramset
alìi
(1977)e Colìins
(,l978),
utilizando
diferentes tõcnicas
derealce
deimagens
dig'itais
LANDSATpor
computador, discrimìnam novas ãreas de alteração
hidrotermai
mineralizadas,
nodistrito
mineiro deGoldfield'
E-stado de Nevada.
Bolviken
et
aliì
(1977)discriminam, através
de
imagensdigitais
do LANDSAT, anomalias
geobotãnicas associadasã presença
desulfetos
de Cue
Pb nosolo,
naregìão de Korasjok,
Noruega.Blodget
et
aliì
(1978) individuaì izam,
baseados emvaria
ções.
tonais
em imagens LANDSAT realçadaspor
computador,vãr.ios
tipos
'litoìógicos
maioresna regìão
deAsir
(Arãbia
Saudita),
diferenciandodentre
eles,
granÍtos
a
biotita
degranitos a
moscovita.Raines
et
alii
(1978) reconhecemfãcies
na formação Uasatchl4
-de
urânio,
com base emvariaçõés
de densidade decobertura
vegetal,
apartir
de
imagens LANDSAT realçadaspela têcnica
do Baþio.Taranik
et
alii
(1SZA¡, baseados naconstatação
de
quepìatôs
lateríticos
nìqueliferos
inibem
localmenteo
desenvolvimento dacobertura vegetal
natural
nasilhas
de Gagee
Kawe(lndonõsia),
cìassi
ficam
a
partir
de
imagens LANDSAT em computador novasãreas
lateriti
cas espectralmente semelhantes ãqueìas previamente conhecidas.
Guerra (1978) reconhece,
através de
imagens LANDSAT real çadaspor
computador,estnuturas
circuìares
associadasa variações fg
cìo1õgicas, nos macìçosgraniticos
de Massangana/São Domingos, em Rondõnia.
Paradella
et
alii
(1979),
através
de técnicas declassifi
cação automãtica
supervìsionada,
identificam
corpos derochas
bãsicasmineralizadas
a
ilmenita,
naregião
de
Floresta,
Pt.Lefèvre
(1980)estabelece correlação
entre
associações geobotânicasdiferenciadas
a
partir
de
imagens LANDSATe
anomalias geoquímicas de
Li,
l.l,
Ase
Sn, na
região
de
Allier,
no
ilaciço
Central Francês.Prost
(1980),atiavés
de medidas espectnoradiométricasdividualiza
e
ampliaas
ãreas dealteração hidrotermal
nosdìstritos
Gold Acrese
Tonabo, Estado de Nevada.Kowa'l
ick (l9Bl),
atravõs
detõcnicas
de correção deefei
tos
atmosf6ricose
de condiÇõesde ilurninação,
refina
a
classificação
automãtjca de ãreas de
alteração hidrotermal
nodistrito
de Yerington,Estado de Nevada.
ln
-
15-Bìrnie e
Francica
(198.l)
discriminam, através
de
sensores
aerotransportados,
anomalias
geobotânìcas associadas adepósitos
decobre
porfirítico
em I'lesatcheeCreek,
Estado de Washington.Almeida
Fjlho
(19BZa)individualiza
zonas
de
moscovitagranitos albitizados
e
greisen'izados, no maciÇogranítico
daSerra
da Pedra Branca(G0), através de
imagensmultiespectrajs
realÇadas por conìputado
r.
'
Rainese
l,lynn (1982) discriminame
subdividemrochas
,]_tramãficas
do compiexoperìdotítico
de Josephine (CrescentCity,
California),
com base emvariações
nacobertura
vegetai,
realçadas atravõsde imagens di gi
tai
s
LANDSAT.Rowan
e
Kahle (1982) discriminamdiferentes
tipos
de
re chas hidrotermaimentealteradas
noDistrito
l'lineiro
de'Tintic
(Estadode