TRA
TRA
TRA
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TRATTTTTAMENT
AMENT
AMENT
AMENTO DOS
AMENT
O DOS
O DOS
O DOS
O DOS
DISTÚRBIOS RESPIRA
DISTÚRBIOS RESPIRA
DISTÚRBIOS RESPIRA
DISTÚRBIOS RESPIRA
DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO SONO
TÓRIOS DO SONO
TÓRIOS DO SONO
TÓRIOS DO SONO
TÓRIOS DO SONO
COM AP
COM AP
COM AP
COM AP
COM APARELHOS INTRA-
ARELHOS INTRA-
ARELHOS INTRA-
ARELHOS INTRA-
ARELHOS INTRA-ORAIS
ORAIS
ORAIS
ORAIS
ORAIS
MARCO ANTONIO CARDOSO MACHADOSão Paulo
Orientador:
PPPPProfrofrofrofrof. Dr. Dr. Dr. Gilmar Fernandes do P. Dr. Dr. Gilmar Fernandes do P. Gilmar Fernandes do P. Gilmar Fernandes do P. Gilmar Fernandes do Pradoradoradoradorado
Co-Orientadoras:
Dra. Lucila Bizari Fernandes do Prado Dra. Lucila Bizari Fernandes do PradoDra. Lucila Bizari Fernandes do Prado Dra. Lucila Bizari Fernandes do PradoDra. Lucila Bizari Fernandes do Prado
Dra. Luciane Bizari Dra. Luciane Bizari Dra. Luciane Bizari
Dra. Luciane Bizari Dra. Luciane Bizari Coin de CarvalhoCoin de CarvalhoCoin de CarvalhoCoin de CarvalhoCoin de Carvalho
TRA
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TRATTTTTAMENT
AMENT
AMENT
AMENTO DOS
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O DOS
O DOS
O DOS
O DOS
DISTÚRBIOS RESPIRA
DISTÚRBIOS RESPIRA
DISTÚRBIOS RESPIRA
DISTÚRBIOS RESPIRA
DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO SONO
TÓRIOS DO SONO
TÓRIOS DO SONO
TÓRIOS DO SONO
TÓRIOS DO SONO
COM AP
COM AP
COM AP
COM AP
COM APARELHOS INTRA-
ARELHOS INTRA-
ARELHOS INTRA-
ARELHOS INTRA-
ARELHOS INTRA-ORAIS
ORAIS
ORAIS
ORAIS
ORAIS
MARCO ANTONIO CARDOSO MACHADOMachado, Marco Antonio Cardoso
TTTTTratamento dos Distúrbios Respiratórios do Sono com Aparelhos Intra-ratamento dos Distúrbios Respiratórios do Sono com Aparelhos Intra-ratamento dos Distúrbios Respiratórios do Sono com Aparelhos Intra-ratamento dos Distúrbios Respiratórios do Sono com Aparelhos Intra-ratamento dos Distúrbios Respiratórios do Sono com Aparelhos Intra-Orais.
Orais.Orais.
Orais.Orais./ Marco Antonio Cardoso Machado - São Paulo, 2006 IX, 216
Tese (Doutorado) - Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Medicina Interna e Terapêutica.
Título em Inglês. Sleep-Disordered Breathing Treatment with Intra Oral Appliances
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA
DEPARTAMENTO DE MEDICINA
DISCIPLINA DE MEDICINA DE URGÊNCIA E MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS
Chefe do Departamento de Medicina:
Prof. Dra. Emília Inoue Sato Prof. Dra. Emília Inoue SatoProf. Dra. Emília Inoue Sato Prof. Dra. Emília Inoue SatoProf. Dra. Emília Inoue Sato
Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Medicina Interna e Terapêutica e Ciências da Saúde:
BANCA EXAMINADORA
São Paulo, 15 de maio de 2006.
Prof. Dr. Gilmar Fernandes do Prado Prof. Dr. Ademir Baptista Silva Prof. Dr. Geraldo Lorenzi Filho
Prof. Dr. Dalva Lúcia Rollemberg Poyares Prof. Dr. Clemente Isnard Ribeiro de Almeida
Prof. Dr. Wilson Roberto Catapani Prof. Dr. Carlos Eduardo Bueno
SUPLENTES
TRA
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TRA
TRATTTTTAMENT
AMENT
AMENT
AMENTO DOS
AMENT
O DOS
O DOS
O DOS
O DOS
DISTÚRBIOS RESPIRA
DISTÚRBIOS RESPIRA
DISTÚRBIOS RESPIRA
DISTÚRBIOS RESPIRA
DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO SONO
TÓRIOS DO SONO
TÓRIOS DO SONO
TÓRIOS DO SONO
TÓRIOS DO SONO
COM AP
COM AP
COM AP
DEDICA
DEDICA
DEDICA
DEDICA
DEDICATÓRIAS
TÓRIAS
TÓRIAS
TÓRIAS
TÓRIAS
Aos Meus Pais, Miguel e Maria,
que me ensinaram as coisas simples
Ao Prof. Dr. Gilmar Fernandes do Prado,
incansável amigo e admirável mestre de
AGRADECIMENTO ESPECIAL
AGRADECIMENTO ESPECIAL
AGRADECIMENTO ESPECIAL
AGRADECIMENTO ESPECIAL
AGRADECIMENTO ESPECIAL
À Dra. Lucila Bizari Fernandes do Prado
e à Dra. Luciane Bizari Coin de Carvalho,
co-orientadoras desse trabalho, pelo apoio
AGRADECIMENTOS
AGRADECIMENTOS
AGRADECIMENTOS
AGRADECIMENTOS
AGRADECIMENTOS
Ao PPProfPProfrofrofrof. Dr. Dr. A. Dr. Dr. Dr. A. A. A. Ademir Baptista Silvademir Baptista Silvademir Baptista Silvademir Baptista Silvademir Baptista Silva, professor adjunto doutor da Disciplina de Neurologia da Escola Paulista de Medicina – UNIFESP, por ter me apontado o cenário dos
Distúrbios Respiratórios do Sono e me convidado a fazer parte dele, dando um novo e
fecundo rumo em minhas atividades profissional e científica.
À Dra. Maria Ligia JulianoDra. Maria Ligia JulianoDra. Maria Ligia JulianoDra. Maria Ligia JulianoDra. Maria Ligia Juliano, ortodontista, pós-graduanda do Curso de Pós-Graduação de Medicina Interna e Terapêutica da UNIFESP, inestimável colega de pesquisa
e solícita colaboradora nesse trabalho.
Ao PPPProfProfrofrof. Drrof. Dr. Dr. Dr. Edson R. Dr. Edson R. Edson R. Edson R. Edson Roberto Poberto Poberto Poberto Poberto Parisearisearisearisearise, professor adjunto doutor da Disciplina de Gastroenterologia da Escola Paulista de Medicina - UNIFESP e a Dra.Dra.Dra.Dra.Dra.Sueli GiradeSueli GiradeSueli GiradeSueli GiradeSueli Girade, pelo carinho e apoio inesquecíveis ao longo da minha formação.
Ao PPPProfProfrofrofrof. Dr. Dr. Allan L. Dr. Dr. Dr. Allan L. Allan L. Allan L. Allan Loweoweoweoweowe, Professor da Divisão de Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade de British Columbia, Canadá, inventor do aparelho intra-oral
KlearwayTM, cuja pesquisa ao longo da vida tem estimulado tantos outros dentistas que
como eu viram um caminho iluminado a seguir.
À Dra. FDra. FDra. FDra. FDra. Fernanda Ribeiro de Almeidaernanda Ribeiro de Almeidaernanda Ribeiro de Almeidaernanda Ribeiro de Almeidaernanda Ribeiro de Almeida, pesquisadora competente, pelo exemplo, pela atenção dispensada e pelo apoio sempre disponível .
À técnica em Prótese Dental Jaildes PJaildes PJaildes PJaildes PJaildes Pereira dos Santosereira dos Santosereira dos Santosereira dos Santosereira dos Santos, por todos esses anos de dedicação e trabalho exaustivo na confecção de cada aparelho MRA-BR.
À Christina LajoieChristina LajoieChristina LajoieChristina LajoieChristina Lajoie e Janice GruberJanice GruberJanice GruberJanice GruberJanice Gruber do laboratório americano Great Lakes, que me ajudaram a enfrentar todas as dificuldades para que os aparelhos Klearway™
chegassem em segurança nas mãos dos pacientes.
Ao laboratório Great LakesGreat LakesGreat LakesGreat LakesGreat Lakes, pela atenção e consideração durante todos esses anos de parceria profissional.
Às técnicas de polissonografia do Laboratório de Sono do Hospital São Paulo, Railda da Conceição Cerqueira, Maria Aparecida F
Railda da Conceição Cerqueira, Maria Aparecida F Railda da Conceição Cerqueira, Maria Aparecida F Railda da Conceição Cerqueira, Maria Aparecida F
Railda da Conceição Cerqueira, Maria Aparecida Ferreira da Silva, Danielaerreira da Silva, Danielaerreira da Silva, Danielaerreira da Silva, Danielaerreira da Silva, Daniela Dezidério
Dezidério Dezidério Dezidério
Dezidério da Silva e Helen Perez Martins Vilchesda Silva e Helen Perez Martins Vilchesda Silva e Helen Perez Martins Vilchesda Silva e Helen Perez Martins Vilchesda Silva e Helen Perez Martins Vilches, pelo trabalho heróico de acompanhar os pacientes noite adentro.
Aos secretários da Pós- Graduação Mauro Ishioka, Davi LMauro Ishioka, Davi LMauro Ishioka, Davi Leite da SilvaMauro Ishioka, Davi LMauro Ishioka, Davi Leite da Silvaeite da Silvaeite da Silvaeite da Silva e Anderson Anacleto
e Anderson Anacleto e Anderson Anacleto e Anderson Anacleto
e Anderson Anacleto, e à secretária do Centro e Clínica de Ciências do Sono
Lidiane Soares Lima Lidiane Soares Lima Lidiane Soares Lima Lidiane Soares Lima
Lidiane Soares Lima, que sem o trabalho de suporte deles, a pós-graduação seria um projeto inatingível.
Aos médicos, PPPProfProfrofrofrof. Dr. Dr. Clemente Isnard Ribeiro de Almeida, Dr. Dr. Dr. Dr. Clemente Isnard Ribeiro de Almeida, Dr. Clemente Isnard Ribeiro de Almeida, Dr. Clemente Isnard Ribeiro de Almeida, Dr. Clemente Isnard Ribeiro de Almeida, Dr. Gilberto. Gilberto. Gilberto. Gilberto. Gilberto Sitchin,
Sitchin, Sitchin, Sitchin,
Sitchin, DrDrDrDr. Silvio FDr. Silvio F. Silvio F. Silvio F. Silvio Francisco, Dra. Alice Hatsue Masuko, Drrancisco, Dra. Alice Hatsue Masuko, Drrancisco, Dra. Alice Hatsue Masuko, Drrancisco, Dra. Alice Hatsue Masuko, Drrancisco, Dra. Alice Hatsue Masuko, Dr. José R. José R. José R. José R. José Renatoenatoenatoenatoenato Bauab, Dr
Bauab, Dr Bauab, Dr Bauab, Dr
Bauab, Dr... Shigueo Y Shigueo Y Shigueo Y Shigueo Y Shigueo Yonekura, Dra. Maristela de Queiroz Ribeiro, Dronekura, Dra. Maristela de Queiroz Ribeiro, Dronekura, Dra. Maristela de Queiroz Ribeiro, Dronekura, Dra. Maristela de Queiroz Ribeiro, Dr. Edílsononekura, Dra. Maristela de Queiroz Ribeiro, Dr. Edílson. Edílson. Edílson. Edílson Zancanela,
Zancanela, Zancanela, Zancanela,
Zancanela, Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva, DrDra. Ana Beatriz Barbosa Silva, DrDra. Ana Beatriz Barbosa Silva, DrDra. Ana Beatriz Barbosa Silva, DrDra. Ana Beatriz Barbosa Silva, Dr. César Osório, P. César Osório, P. César Osório, P. César Osório, Prof. César Osório, Prof. Drrofrofrof. Dr. Dr. Dr. José. Dr. José. José. José. José Otávio Kós, Dra. Dalva Lúcia R
Otávio Kós, Dra. Dalva Lúcia R Otávio Kós, Dra. Dalva Lúcia R Otávio Kós, Dra. Dalva Lúcia R
Otávio Kós, Dra. Dalva Lúcia Rollenberg Pollenberg Pollenberg Poyares, Dra. Vollenberg Pollenberg Poyares, Dra. Voyares, Dra. Vanessa Toyares, Dra. Voyares, Dra. Vanessa Tanessa Tanessa Tanessa Toscano,oscano,oscano,oscano,oscano, Dr
Dr Dr Dr
Dr. Alvimar Duarte Grego Jr. Alvimar Duarte Grego Jr. Alvimar Duarte Grego Jr., Dr. Alvimar Duarte Grego Jr. Alvimar Duarte Grego Jr., Dr., Dr. André Duprat, Dra. R., Dr., Dr. André Duprat, Dra. R. André Duprat, Dra. R. André Duprat, Dra. R. André Duprat, Dra. Roberta Ribeiro de Almeida,oberta Ribeiro de Almeida,oberta Ribeiro de Almeida,oberta Ribeiro de Almeida,oberta Ribeiro de Almeida, Dr
Dr Dr Dr
Dr. A. A. A. A tílio Brunharo, . Atílio Brunharo, tílio Brunharo, tílio Brunharo, tílio Brunharo, Dr Darci Baptista Silva, DrDr Darci Baptista Silva, DrDr Darci Baptista Silva, Dr. Orlando Martins, DrDr Darci Baptista Silva, DrDr Darci Baptista Silva, Dr. Orlando Martins, Dr. Orlando Martins, Dr. Orlando Martins, Dr. Orlando Martins, Dr. A. A. A. A. Adrianodrianodrianodrianodriano Nardomarino, Dr
Nardomarino, Dr Nardomarino, Dr Nardomarino, Dr
Nardomarino, Dr. Mauro Muskat, Dr. Mauro Muskat, Dr. Mauro Muskat, Dr. Mauro Muskat, Dr. Mauro Muskat, Dr. Sebastião Alvernaz Cota, Dra. Maria. Sebastião Alvernaz Cota, Dra. Maria. Sebastião Alvernaz Cota, Dra. Maria. Sebastião Alvernaz Cota, Dra. Maria. Sebastião Alvernaz Cota, Dra. Maria Arielze Rabelo Branco, Dr
Arielze Rabelo Branco, Dr Arielze Rabelo Branco, Dr Arielze Rabelo Branco, Dr
Arielze Rabelo Branco, Dr. José Nelson T. José Nelson T. José Nelson T. José Nelson T. José Nelson Tucori, Dra Raquel Marras, Drucori, Dra Raquel Marras, Drucori, Dra Raquel Marras, Drucori, Dra Raquel Marras, Drucori, Dra Raquel Marras, Dr. Ricardo. Ricardo. Ricardo. Ricardo. Ricardo F
F F F
Frazatto,razatto,razatto, D rrazatto,razatto, D rD rD r. J o s é A l e x a n d r e M é d i c i d a S i l v e i r a , D r a . C h r i s t i n a FD r. J o s é A l e x a n d r e M é d i c i d a S i l v e i r a , D r a . C h r i s t i n a F. J o s é A l e x a n d r e M é d i c i d a S i l v e i r a , D r a . C h r i s t i n a F. J o s é A l e x a n d r e M é d i c i d a S i l v e i r a , D r a . C h r i s t i n a Fu n a t s o. J o s é A l e x a n d r e M é d i c i d a S i l v e i r a , D r a . C h r i s t i n a Fu n a t s ou n a t s ou n a t s ou n a t s o Coelho,
Coelho, Coelho, Coelho,
Dr Dr Dr Dr
Dr. Arthur F. Arthur F. Arthur F. Arthur Filhou José, Dr. Arthur Filhou José, Drilhou José, Dr. Carlos Henrique Carneiro, Drilhou José, Drilhou José, Dr. Carlos Henrique Carneiro, Dr. Carlos Henrique Carneiro, Dr. Carlos Henrique Carneiro, Dr. Carlos Henrique Carneiro, Dr. José Eduardo Sá. José Eduardo Sá. José Eduardo Sá. José Eduardo Sá. José Eduardo Sá Pedroso, Dra. Márcia Menon
Pedroso, Dra. Márcia Menon Pedroso, Dra. Márcia Menon Pedroso, Dra. Márcia Menon
Pedroso, Dra. Márcia Menon, que trabalharam comigo no tratamento desses pacientes, e de quem sem a colaboração e o constante compromisso com a avaliação dos pacientes
tratados, esse projeto nunca teria sido realizado.
Ao PPPProfProfrofrofrof. Dr. Dr. Dr. Dr. Dr. Álvaro Nagib A. Álvaro Nagib A. Álvaro Nagib A. Álvaro Nagib A. Álvaro Nagib Atallah,tallah,tallah,tallah,tallah, coordenador do Curso de Pós-Graduação em Medicina Interna e Terapêutica, Professor Titular e Chefe da Disciplina de Medicina de
Urgência e Medicina Baseada em Evidências do Departamento de Medicina da
Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina.
Aos PósPósPósPósPós---GraduandosGraduandosGraduandosGraduandosGraduandos do Setor de Neuro-Sono, Disciplina de Neurologia do Departamento de Neurologia-Neurocirurgia da UNIFESP, amigos inesquecíveis, que
trouxeram para minha vida parte das suas e tornaram minha experiência ainda mais rica.
E a todostodostodostodostodos aqueles que direta ou indiretamente, contribuíram de forma maior ou menor para que eu conseguisse finalmente estar aqui no dia de hoje apresentando
1. APRESENT 1. APRESENT 1. APRESENT 1. APRESENT
1. APRESENTAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃO ... 01
2. RESUMO GERAL 2. RESUMO GERAL 2. RESUMO GERAL 2. RESUMO GERAL 2. RESUMO GERAL ... 02
3. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 1 3. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 1 3. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 1 3. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 1 3. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 1 ... 03
4. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 2 4. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 2 4. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 2 4. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 2 4. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 2 ... 06
5. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 3 5. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 3 5. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 3 5. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 3 5. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 3 ... 09
6. INTRODUÇÃO 6. INTRODUÇÃO 6. INTRODUÇÃO 6. INTRODUÇÃO 6. INTRODUÇÃO ... 12
7. REVISÃO D 7. REVISÃO D 7. REVISÃO D 7. REVISÃO D 7. REVISÃO DA LITERAA LITERAA LITERAA LITERATURAA LITERATURATURATURA ... 16TURA 7.1. Histórico 7.1. Histórico7.1. Histórico 7.1. Histórico 7.1. Histórico ... 17
7.2. Sono Normal 7.2. Sono Normal7.2. Sono Normal 7.2. Sono Normal 7.2. Sono Normal ... 21
7.2.1. Estágios do Sono ... 23
7.3. Classificação Internacional dos Distúrbios do Sono (CIDS) 7.3. Classificação Internacional dos Distúrbios do Sono (CIDS)7.3. Classificação Internacional dos Distúrbios do Sono (CIDS) 7.3. Classificação Internacional dos Distúrbios do Sono (CIDS) 7.3. Classificação Internacional dos Distúrbios do Sono (CIDS) ... 27
7.3.1. Classificação de 1979 ... 27
7.3.2. Classificação de 1990 ... 27
7.3.3. Classificação de 2005 ... 28
7.3.3.1. Aspectos Gerais e Normativos ... 28
7.3.3.2. Insônias ... 30
7.3.3.3. Desordens Respiratórias do Sono ... 31
7.3.3.4. Hipersonias de Origem Central ... 32
7.3.3.6. Parassonias ... 33
7.3.3.7. Desordens do Movimento Relacionadas ao Sono ... 33
7.3.3.8. Sintomas Isolados, Variantes Aparentemente Normais e Assuntos Não Resolvidos ... 34
7.3.3.9. Outras Desordens do Sono ... 34
7.3.3.10. Apêndice A - Desordens do Sono Associadas a Condições Classificadas em Outros Lugares ... 35
7.3.3.11. Apêndice B - Outras Desordens Psiquiátricas e de Comportamento Freqüentemente Encontradas no Diagnóstico Diferencial das Desordens do Sono ... 35
7.4. Distúrbios Respiratórios do Sono 7.4. Distúrbios Respiratórios do Sono7.4. Distúrbios Respiratórios do Sono 7.4. Distúrbios Respiratórios do Sono
7.4. Distúrbios Respiratórios do Sono ... 36
7.4.1. Epidemiologia ... 37
7.4.2. Tipos de Distúrbios Respiratórios do Sono ... 38
7.5. Diagnóstico dos Distúrbios Respiratórios do Sono 7.5. Diagnóstico dos Distúrbios Respiratórios do Sono 7.5. Diagnóstico dos Distúrbios Respiratórios do Sono 7.5. Diagnóstico dos Distúrbios Respiratórios do Sono 7.5. Diagnóstico dos Distúrbios Respiratórios do Sono ... 42
7.5.1. História Clínica ... 42
7.5.2. Exame Físico ... 42
7.5.3. Exames Laboratoriais ... 47
7.5.3.1. Polissonografia ... 47
7.5.3.2. Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética ... 48
7.5.3.3. Análise Cefalométrica ... 51
7.5.3.3.1. Parâmetros Anatômicos da Cefalometria ... 52
7.5.3.3.1.a. Os Pontos Anatômicos ... 52
7.5.3.3.1.b. As Medidas Lineares de Tecido Mole ... 52
7.5.3.3.1.c. As Medidas Angulares ... 52
7.5.3.3.1.d. As Medidas Lineares Esqueletais ... 53
7.6. Fisiopatologia dos Distúrbios Respiratórios do Sono 7.6. Fisiopatologia dos Distúrbios Respiratórios do Sono7.6. Fisiopatologia dos Distúrbios Respiratórios do Sono 7.6. Fisiopatologia dos Distúrbios Respiratórios do Sono 7.6. Fisiopatologia dos Distúrbios Respiratórios do Sono ... 54
7.6.1. Morfologia da Via Aérea nos DRS ... 55
7.6.2. Resistor de Starling ... 57
7.7. T 7.7. T7.7. T 7.7. T 7.7. Tratamentos dos Distúrbios Respiratórios do Sonoratamentos dos Distúrbios Respiratórios do Sonoratamentos dos Distúrbios Respiratórios do Sonoratamentos dos Distúrbios Respiratórios do Sonoratamentos dos Distúrbios Respiratórios do Sono ... 60
7.7.1. CPAP ... ... 60
7.7.2. Aparelhos Intra-Orais ... 64
7.7.2.1. Histórico ... 64
7.7.2.2. Tipos de Aparelhos ... 66
7.7.2.2.1. Retentores Linguais ... 66
7.7.2.3. Eficácia do Tratamento com ARMs ... 69
7.7.2.4. Indicadores de Prognóstico ... 72
7.7.2.5. Aderência ao Tratamento com ARMs ... 73
7.7.2.6. Protocolo de Titulação dos ARMIOs ... 73
7.7.2.6.1. Recebendo o paciente com DRS ... 74
7.7.2.6.2. Entrega de um ARM e o acompanhamento ... 75
7.7.2.7. Efeitos Colaterais com ARMs ... 76
7.7.2.7.1. Efeitos Colaterais a Curto Prazo ... 76
7.7.2.7.2. Efeitos Colaterais a Longo Prazo ... 77
7.7.3. Tratamentos Cirúrgicos ... 78
7.7.3.1. Cirurgia Nasal ... 78
7.7.3.2. LAUP ... 79
7.7.3.3. Uvulopalatofaringoplastia ... 80
7.7.3.4. Cirurgias de Tecido Ósseo ... 83
7.7.3.4.1. Osteotomia Mandibular com Avanço do Músculo Genioglosso ... 83
7.7.3.4.2. Avanço Maxilo-Mandibular ... 83
7.7.4. Perda e Controle do Peso ... 84
7.7.5. Higiene do Sono ... 84
7.7.6. Considerações Finais ... 85
8. ARTIGOS 8. ARTIGOS 8. ARTIGOS 8. ARTIGOS 8. ARTIGOS ... 86
8.1 Artigo 1 8.1 Artigo 18.1 Artigo 1 8.1 Artigo 1 8.1 Artigo 1 – Qualidade de Vida em Pacientes com Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono Tratados com Aparelho Reposicionador Mandibular Intra-Oral (ARMIO) ... 87
8.1.1. Introdução ... 88
8.1.2. Método ... 90
8.1.3. Resultados ... 92
8.1.4. Discussão ... 93
8.1.5. Referências Bibliográficas ... 95
ÍNDICE
8.2. Artigo 2 8.2. Artigo 28.2. Artigo 2 8.2. Artigo 2
8.2. Artigo 2 – Comorbidades Clínicas na Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono
Tratada com Aparelho Reposicionador Mandibular Intra-Oral (ARMIO) ... 99
8.2.1. Introdução ... 100
8.2.2. Método ... 101
8.2.2.1. Amostra ... 101
8.2.2.2. Polissonografia ... 101
8.2.2.3. Dados Clínicos ... 102
8.2.2.4. Intervenção ... 104
8.2.2.5. Análise Estatística ... 104
8.2.3. Resultados ... 107
8.2.4. Discussão ... 108
8.2.5. Conclusões ... 110
8.2.6. Referências Bibliográficas ... ... 111
8.2.7. Tabelas ... 114
8.2.8. Figuras ... 116
8.3. Artigo 3 8.3. Artigo 38.3. Artigo 3 8.3. Artigo 3 8.3. Artigo 3 – Aparelhos Reposicionadores Mandibulares Tituláveis para Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono: Eles são uma Opção? ... 118
8.3.1. Introdução ... 119
8.3.2. Método ... 120
8.3.2.1. Pacientes ... 120
8.3.2.2. Polissonografia ... 120
8.3.2.3. Tratamento ... 121
8.3.2.4. Aparelhos Reposicionadores Mandibulares ... 122
8.3.2.5. Variáveis Estudadas ... 122
8.3.2.6. Análise Estatística ... 122
8.3.3. Resultados ... 124
ÍNDICE
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Introdução e Revisão da Literatura ... 137
10. ANEXOS 10. ANEXOS 10. ANEXOS 10. ANEXOS
10. ANEXOS ... 156 10.1 Anexo 1
10.1 Anexo 110.1 Anexo 1 10.1 Anexo 1
10.1 Anexo 1 – Anexos da Classificação ... 157 10.2. Anexo 2
10.2. Anexo 210.2. Anexo 2 10.2. Anexo 2
10.2. Anexo 2 – Artigo 1. Original publicado na Revista Arquivos de Neuropsiquiatria ... 165 10.3. Anexo 3
10.3. Anexo 310.3. Anexo 3 10.3. Anexo 3
10.3. Anexo 3 – Artigo 2. Original publicado na Revista Respiratory Medicine ... 170 10.4. Anexo 4
10.4. Anexo 410.4. Anexo 4 10.4. Anexo 4
10.4. Anexo 4 – Artigo 3. Original publicado na Revista Sleep Breathing ... 179 10.5. Anexo 5
10.5. Anexo 510.5. Anexo 5 10.5. Anexo 5
ABREVIA
ABREVIA
ABREVIA
ABREVIA
ABREVIATURAS
TURAS
TURAS
TURAS
TURAS
AASM AASM AASM AASM
AASM American Academy of Sleep Medicine
A A A A
ATMTMTMTMTM Articulação Temporo Mandibular
ARM ARM ARM ARM
ARM Aparelho Reposicionador Mandibular
ARMIO ARMIO ARMIO ARMIO
ARMIO Aparelho Reposicionador Mandibular Intra-Oral
ARM t ARM t ARM t ARM t
ARM t Aparelho Reposicionador Mandibular Titulável
A A A A
AVCVCVCVCVC Acidente Vascular Cerebral
BiP BiP BiP BiP
BiPAPAPAPAPAP Bilevel Positive Airway Pressure
CP CP CP CP
CPAPAPAPAPAP Continuous Positive Airway Pressure
DRS DRS DRS DRS
DRS Distúrbios Respiratórios do Sono
ECG ECG ECG ECG
ECG Eletrocardiograma
EEG EEG EEG EEG
EEG Eletroencefalograma
EMG EMG EMG EMG
EMG Eletromiograma
EOG EOG EOG EOG
EOG Eletrooculograma
hhhhh Hora
IAH IAH IAH IAH
IAH Índice de Apnéia e Hipopnéia
IMC IMC IMC IMC
IMC Índice de Massa Corpórea
PLMS PLMS PLMS PLMS
PLMS Periodic Leg Movements in Sleep
REM REM REM REM
REM Rapid Eye Movements
SAHOS SAHOS SAHOS SAHOS
SAHOS Síndrome da Apnéia e Hipopnéia Obstrutiva do Sono
SAOS SAOS SAOS SAOS
SAOS Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono
SAQLI SAQLI SAQLI SAQLI
0 1 0 10 1 0 10 1
1. APRESENT
1. APRESENT
1. APRESENT
1. APRESENT
1. APRESENTAÇÃO
AÇÃO
AÇÃO
AÇÃO
AÇÃO
Esta tese reúne três estudos sobre o tratamento da Síndrome da Apnéia Obstrutiva
do Sono (SAOS), e faz parte do nosso projeto de investigação nesta área.
A seguir será apresentado o resumo geral dos três trabalhos e o resumo e abstract
de cada trabalho individualmente.
Em vista da complexidade e importância do assunto, achamos necessário incluir
uma introdução geral sobre sono e principalmente sobre Apnéia Obstrutiva do Sono,
abordando desde os aspectos históricos aos do tratamento.
A parte central deste trabalho consiste nos três artigos realizados e que são
apresentados na íntegra e na seguinte ordem:
Na parte final desta tese, no capítulo dos anexos, encontram-se os artigos
originais publicados e ou submetido à publicação. As referências bibliográficas da
Introdução e Revisão da Literatura estão dispostas no final da tese e cada artigo
apresenta sua lista de referências adstrita ao seu próprio texto.
Artigo 2 - Artigo 2 - Artigo 2 - Artigo 2 -
Artigo 2 - Comorbidades Clínicas na Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono Tratada com Aparelho Reposicionador Mandibular Intra-Oral (ARMIO)
Artigo 3 -Artigo 3 -Artigo 3 Artigo 3
-Artigo 3 - Aparelhos Reposicionadores Mandibulares Tituláveis para Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono: Eles são uma opção?
Artigo 1 Artigo 1Artigo 1 Artigo 1
0 2 0 20 2 0 20 2
No primeiro artigo deste trabalho, analisamos a qualidade vida de pacientes com
apnéia tratados com Aparelho Reposicionador Mandibular Intra-Oral (ARMIO). Aplicamos
o questionário Calgary Sleep Apnea Quality of Life Index (Calgary SAQLI) antes e depois do protocolo com ARMIO. Observamos uma grande melhora na qualidade de vida em
quase a metade dos participantes e uma grande melhora dos sintomas em 72,7% deles.
No nosso segundo estudo, nosso objetivo foi observar os pacientes que relatavam
não melhorar com o uso de ARMIO, mesmo com dados polissonográficos atestando a
melhora objetiva. Assim, o estudo das comorbidades clínicas no tratamento da SAOS
com ARMIO nos revelou que, não só a presença de comorbidades isoladas como insônia,
doenças neurológicas, reumatológicas e gástricas, mas principalmente o acúmulo delas
desempenha um papel significativo para o insucesso no tratamento com ARMIO na SAOS.
No terceiro artigo, avaliamos a eficácia do ARMIO no tratamento de pacientes
com SAOS segundo o rigor de avaliação da American Academy of Sleep Medicine (AASM), uma vez que o critério de melhora da maioria dos estudos não leva em consideração o IAH < 5 / h para considerar tratado o paciente. Obervamos que o IAH
médio de 26 ± 17,7 / h cai para 4,8 ± 5,3 / h (p<0,00005) na análise geral da amostra.
Setenta e cinco por cento dos pacientes com SAOS de grau leve; 65% daqueles com
SAOS de grau moderado e 52% daqueles com SAOS de grau grave foram eficazmente
tratados segundo os critérios da AASM.
Concluindo, o ARMIO é uma alternativa ao CPAP para muitos casos de Distúrbios Respiratórios do Sono (DRS), que pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes e
tratá-los adequadamente, desde que os profissionais envolvidos avaliem com cuidado
cada caso, levando também em conta a presença ou não de comorbidades.
3. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 1
3. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 1
3. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 1
3. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 1
3. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 1
QUALID
QUALID
QUALID
QUALID
QUALIDADE DE VID
ADE DE VID
ADE DE VID
ADE DE VID
ADE DE VIDA EM P
A EM P
A EM P
A EM P
A EM PACIENTES COM
ACIENTES COM
ACIENTES COM
ACIENTES COM
ACIENTES COM
SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO
SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO
SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO
SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO
SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO
TRA
TRA
TRA
TRA
TRATTTTTADOS COM AP
ADOS COM AP
ADOS COM AP
ADOS COM AP
ADOS COM APARELHO REPOSICIONADOR
ARELHO REPOSICIONADOR
ARELHO REPOSICIONADOR
ARELHO REPOSICIONADOR
ARELHO REPOSICIONADOR
MANDIBULAR
MANDIBULAR INTRA-
MANDIBULAR
MANDIBULAR INTRA-
MANDIBULAR INTRA-ORAL (ARMIO)
ORAL (ARMIO)
ORAL (ARMIO)
ORAL (ARMIO)
ORAL (ARMIO)
RESUMO
RESUMO
RESUMO
RESUMO
RESUMO
RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 1 0 40 40 40 40 4
Introdução: Introdução: Introdução: Introdução:
Introdução: A Síndrome da apnéia obstrutiva do sono (SAOS) é uma importante
e prevalente doença associada à má qualidade de vida em muitos pacientes.
Os tratamentos disponíveis incluem cirurgias, CPAP e o aparelhos intra-orais. Muitos centros de distúrbios de sono valorizam apenas a redução do número de
apnéias no tratamento da SAOS, dando pouca atenção à qualidade de vida como
desfecho do tratamento.
Objetivo: Objetivo: Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Graduar melhora da qualidade de vida dos pacientes com SAOS
usando ARMIO (Aparelho Reposicionador Mandibular Intra-Oral).
Método: Método: Método: Método:
Método: O questionário Calgary SAQLI foi aplicado antes e após 4 semanas de tratamento com ARMIO, a 11 pacientes masculinos, entre 34 e 63 anos de idade
(média de 49 anos), com SAOS leve a moderada. ARMIOs são manufaturados
com polímero acrílico e providos com retentivos para manter a mandíbula em
posição anterior durante o sono.
Resultados: Resultados: Resultados: Resultados:
Resultados: Observamos grande melhora na qualidade de vida em 5 pacientes
(45,5%) e grande melhora dos sintomas em 8 (72,7%).
Conclusão: Conclusão: Conclusão: Conclusão:
Conclusão: O uso do ARMIO associa-se principalmente a melhora dos sintomas,
como também a melhora da qualidade de vida global.
P P P P
Palavrasalavrasalavrasalavras---chave: alavraschave: chave: chave: chave: Síndrome da apnéia obstrutiva do sono, aparelho reposicionador
ABSTRACT
ABSTRACT
ABSTRACT
ABSTRACT
ABSTRACT
Background Background Background BackgroundBackground: Obstructive sleep apnea syndrome (OSAS) is a very important and
prevalent disease, which is associated with poor quality of life in many patients.
Treatments for OSAS include surgery, Continuous Positive Air Pressure, and oral
appliances (OA), but the tendency of the sleep centers is to valorize the apnea
index, neglectins quality of life as treatment outcome.
Objective Objective Objective Objective
Objective: To verify to what extend treatment with an MRA-Br (ARMIO)
improves the OSAS patient’s quality of life.
Method Method Method Method
Method: Eleven male patients, between 34 and 63 years old (mean=49) with
mild-to-moderate OSAS, were evaluated using the Calgary SAQLI questionnaire
applied before and four weeks after the treatment with an MRA-Br (ARMIO).
The mandibular repositioners were manufactured for each patient with acrylic
polymer and equipped with a retentive device to maintain the mandible in a
forward position during sleep.
Results: Results: Results: Results:
Results: Excellent improvement in quality of life was observed in five patients
(45.5%) and an excellent improvement in symptoms in 8 (72.7%).
Conclusion Conclusion Conclusion Conclusion
Conclusion: The systematic use of the MRA-Br (ARMIO) indicates a clear improvement
in the global quality of life as well as in the symptoms of patients with OSAS.
K K K K
Key words: ey words: ey words: ey words: obstructive sleep apnea syndrome, intraoral mandibular repositioner,ey words:
and quality of life.
0 6 0 60 6 0 60 6
4. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 2
4. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 2
4. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 2
4. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 2
4. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 2
COMORBIDADES CLÍNICAS NA SÍNDROME
COMORBIDADES CLÍNICAS NA SÍNDROME
COMORBIDADES CLÍNICAS NA SÍNDROME
COMORBIDADES CLÍNICAS NA SÍNDROME
COMORBIDADES CLÍNICAS NA SÍNDROME
D
D
D
D
DA APNÉIA OBSTRUTIV
A APNÉIA OBSTRUTIV
A APNÉIA OBSTRUTIV
A APNÉIA OBSTRUTIV
A APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO TRA
A DO SONO TRA
A DO SONO TRA
A DO SONO TRATTTTTAD
A DO SONO TRA
AD
AD
ADA
AD
A
A
A
A
COM AP
COM AP
COM AP
COM AP
COM APARELHO REPOSICIONADOR
ARELHO REPOSICIONADOR
ARELHO REPOSICIONADOR
ARELHO REPOSICIONADOR
ARELHO REPOSICIONADOR
MANDIBULAR
INTRA-MANDIBULAR INTRA-
MANDIBULAR
RESUMO
RESUMO
RESUMO
RESUMO
RESUMO
23 20RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 2 0 70 70 70 70 7
Introdução: Introdução: Introdução: Introdução:
Introdução: O aparelho reposicionador mandibular intra-oral (ARMIO) foi
desenhado para aumentar o espaço aéreo faríngeo avançando a mandíbula e
aumentando o tônus do Genioglosso durante o sono. O tratamento da Síndrome
da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) com Aparelho Reposicionador Mandibular
é eficaz, porém existe uma falta de estudos na literatura definindo a população
alvo mais inclinada a responder a este tratamento.
Método: Método: Método: Método:
Método: Nós contactamos por telefone 188 pacientes previamente tratados
com ARMIO, e detectamos 20 pacientes que não haviam melhorado (Grupo
Estudo). Vinte pacientes que melhoraram, dos 168 remanescentes, foram
randomicamente pareados de acordo com sexo, idade, índice de apnéia/hipopnéia
como Grupo Controle. Ambos os grupos responderam questionários para
diagnóstico de desordens do sono, depressão, ansiedade e a escala de
sonolência de Epworth. Nós fizemos uma análise estatística descritiva e
inferencial. A análise inferencial foi dividida em duas etapas: análise univariada
usando Teste Exato de Fisher e uma análise inferencial múltipla usando um
modelo de regressão logística (Stepwise).
Resultados: Resultados: Resultados: Resultados:
Resultados: Embora o modelo final tenha incluído somente insônia, nós
concluímos que a presença de doenças gástricas, neurológicas e reumatológicas
também tendem a estar associadas com a auto-percepção de não melhora.
A associação entre o acúmulo das doenças gástricas, neurológicas e
reumatológicas, a insônia e a melhora demonstrou que um aumento de uma
dessas doenças corresponde a duas vezes o aumento na chance de não melhora.
Conclusões: Conclusões: Conclusões: Conclusões:
Conclusões: Insônia foi fator mais importante que compromete o sucesso do
tratamento da SAOS com ARMIO e não só a presença isolada de doença gástrica,
neurológica e reumatológica, mas também a combinação delas, reduz o índice de
percepção do tratamento bem sucedido com ARMIO.
P P P P
24 20
RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 2 0 80 80 80 80 8
ABSTRACT
ABSTRACT
ABSTRACT
ABSTRACT
ABSTRACT
Introduction: Introduction: Introduction: Introduction:Introduction: Intra oral mandibular repositioner appliances (ARMIO) are designed
to enlarge pharyngeal airway space advancing the mandible and increasing
genioglossus tone during sleep. Obstructive sleep apnea syndrome (OSAS)
treatment with IOMRAs is beneficial, but there is a lack of studies in the literature
defining the target population more inclined to respond to this treatment.
Methods: Methods: Methods: Methods:
Methods: We contacted by telephone 188 previously treated patients with
IOMRA, detecting 20 not improved patients (Study Group). Twenty improved
patients of the remaining 168 were randomly paired according to gender, age, apnea,
and hypopnea index as Control Group. Both groups answered questionnaires for
diagnosis of sleep disorders, depression, anxiety, and the Epworth sleepiness scale.
We did a descriptive and inferential statistical analysis. The inferential analysis
was divided into two steps: univariate analysis using Fischer exact test and a
multiple inferential analysis using a stepwise regression model.
Results: Results: Results: Results:
Results: Although the final model included only insomnia, we concluded that
the presence of gastric, neurological and rheumatic diseases also tended to be
associated with the self-perception of non-improvement. The association between
the accumulation of gastric, neurological, and rheumatic diseases and insomnia
and improvement demonstrated that an increase in one of these diseases
correspond to a two-fold increase in the chance of non-improvement.
Conclusions: Conclusions: Conclusions: Conclusions:
Conclusions: Insomnia was the most important factor compromising the success
of OSAS treatment with MRA-Br (ARMIO), and the isolated presence of gastric,
neurological and rheumatic diseases, but especially their combination, reduces
the perception rate of well-succeeded treatment with MRA-Br (ARMIO).
Key words: Key words: Key words: Key words:
0 9 0 90 9 0 90 9
5. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 3
5. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 3
5. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 3
5. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 3
5. RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 3
AP
AP
AP
AP
APARELHOS REPOSICIONADORES
ARELHOS REPOSICIONADORES
ARELHOS REPOSICIONADORES
ARELHOS REPOSICIONADORES
ARELHOS REPOSICIONADORES
MANDIBULARES TITULÁVEIS P
MANDIBULARES TITULÁVEIS P
MANDIBULARES TITULÁVEIS P
MANDIBULARES TITULÁVEIS P
MANDIBULARES TITULÁVEIS PARA
ARA
ARA
ARA
ARA
SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA
SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA
SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA
SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA
SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA
DO SONO
DO SONO
DO SONO
RESUMO
RESUMO
RESUMO
RESUMO
RESUMO
Introdução: Introdução: Introdução: Introdução:Introdução: Aparelhos reposicionadores mandibulares (ARMt) desenhados
com um mecanismo de titulação são efetivos para o tratamento da Síndrome
da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) porém não são amplamente utilizados
apesar de muitos estudos terem provado seu valor. Este estudo objetiva avaliar
a eficácia dos ARMts em reduzir do Índice de Apnéia e Hipopnéia (IAH) abaixo
de 5 eventos por hora.
Método Método Método Método
Método: Trezentos pacientes consecutivos com diagnóstico polissonográfico
de SAOS foram encaminhados para o tratamento com ARMt entre 2000 e 2003.
Trinta e oito pacientes foram excluídos e 262 concluíram o protocolo de titulação
que durou 4 meses. Depois da titulação do ARMt todos os pacientes foram
encaminhados de volta ao médico para avaliação clínica. Oitenta e três
pacientes passaram por uma nova polissonografia com o ARMt em posição
para verificar sua eficácia.
Resultados: Resultados: Resultados: Resultados:
Resultados: A media do IAH pré e pós-tratamento foi de 26 ± 17,7 e 4,8 ± 5,3
eventos por hora, respectivamente (p<0.00005). Cinqüenta e três (62,6%) dos
83 pacientes foram tratados com sucesso. Vinte e três pacientes tinham SAOS
severa, 40 pacientes SAOS moderada, e 20 pacientes SAOS leve a taxa de
pacientes tratados com sucesso (IAH < 5 eventos por hora) foi de 52%, 65% e
75% respectivamente.
Conclusão: Conclusão: Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Mesmo quando aplicamos um critério mais rígido como o da
American Academy of Sleep Medicine, a taxa expressiva de sucesso obtida com o tratamento dos diferentes graus da SAOS indica que ARMts são uma opção
adicional de valor até para os casos severos de apnéia nos quais o paciente não
tolera o CPAP ou não pode pagar por esse tratamento, um fato muito comum no Brasil e em outros países em desenvolvimento.
26 20
27 20
RESUMO E ABSTRACT DO ARTIGO 3 1 11 11 11 11 1
Introduction: Introduction: Introduction: Introduction:
Introduction: Mandibular Repositioning Appliances (tMRAs) designed with a
titrating mechanism are effective to treat Obstructive Sleep Apnea Syndrome
(OSAS) but are not widely used besides many studies have proven their value.
This study aims to evaluate the efficacy of tMRAs in reducing Apnea Hypopnea
Index (AHI) below 5 per hour.
Method: Method: Method: Method:
Method: Three hundred consecutive patients with a polysomnographic diagnosis
of OSAS were referred for treatment with MRAs between 2000 and 2003.
Thirty-eight patients were excluded and 262 concluded the titration protocol that lasted
4 months. After the tMRA titration all patients were referred back to their
physician for a medical reassessment. Eight three patients participated in a
new polysomnogram with MRA in place to access MRA efficacy.
Results: Results: Results: Results:
Results: The mean pre- and post-treatment AHI was 26 ± 17.7 and 4.8 ± 5.3
events per hour, respectively (p<0.00005). Fifty-three (62.6%) of the 83 patients
were treated successfully. Twenty-three patients had severe OSAS, 40 patients
moderate OSAS, and 20 patients mild OSAS and the rate o successfully treated
patients (AHI < 5 events per hour) were 52%, 65%, and 75% respectively.
Conclusion: Conclusion: Conclusion: Conclusion:
Conclusion: Even when applying more rigid criteria such as those of the
American Academy of Sleep Medicine, the expressive success rate obtained
with the treatment of different degrees of OSAS indicates that tMRAs are an
additional valuable option even for cases of severe apnea in which the patient
does not tolerate CPAP or cannot afford this treatment, a fact quite common in
Brazil and other developing countries.
K K K K
1 2 1 21 2 1 21 2
A Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) é uma doença altamente
prevalente, com grande impacto social e econômico segundo estudos epidemiológicos.
Caracteriza-se por uma completa ou parcial obstrução da via aérea superior durante o sono,
principalmente no nível da orofaringe, com repetidas e prolongadas pausas da respiração,
dessaturação da oxi-hemoglobina, seguida por despertar e retomada da respiração 1-4 .
Os sintomas diurnos dessa síndrome incluem hipersonolência, comprometimento
da memória e atenção. Sugere-se que a SAOS pode levar, entre outras possibilidades, ao
infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral 1,5-8.
A SAOS desorganiza a vida relacional do paciente, afetando sua capacidade de
manter uma vida social adequada, influenciando negativamente sobre sua qualidade de
vida, o que foi observado em nosso primeiro estudo sobre qualidade de vida.
O tratamento dos Distúrbios Respiratórios do Sono (DRS), principalmente da SAOS
com CPAP, tem sido o mais preconizado e é conhecido como o tratamento Gold Standart
para SAOS. Embora melhore parâmetros clínicos importantes, nem sempre o CPAP traz benefícios subjetivos ao paciente que, em grande número de casos, relata não tolerar a
convivência com o equipamento 9,10.
Deve-se considerar ainda, quando pensamos num tratamento global ao paciente
que, pacientes com índice de apnéia-hipopnéia (IAH) > 30 eventos por hora de sono,
porém sem sintomas de sonolência diurna, são pouco tolerantes e aderentes ao CPAP, e fazem uso descontínuo e reduzido do referido tratamento 9.
Os aparelhos intra-orais vêm desempenhando um papel importante no tratamento
de pacientes com quadro de SAOS de grau leve a moderada – IAH de até 30/h.
Esses dispositivos intra-orais são desenhados com a finalidade de aumentar o
espaço aéreo faríngeo através da protrusão mandibular ou lingual e do aumento do tônus
muscular principalmente do músculo genioglosso 11.
Essa promissora alternativa para o uso do CPAP tem tratado muitos pacientes com SAOS na última década no mundo todo. Eles são indicados para o tratamento do
ronco simples, dos quadros leves e moderados de SAOS, quadros severos de SAOS onde
o paciente não se adaptou ao uso de CPAP e mais atualmente para a Síndrome de Aumento de Resistência das Vias Aéreas Superiores (SARVAS) 10,12.
30 20
31
20 1 41 41 41 41 4
INTRODUÇÃO
Muitos pacientes podem ter seu quadro de SAOS controlado por esses aparelhos,
deixando de fazer uso obrigatório do CPAP e passando a utilizar-se de um dispositivo mais confortável, menos invasivo, mais versátil no dia a dia e com menos repercussão
psicológica, principalmente para os pacientes mais jovens, que se sentem muito
incomodados no convívio social por fazerem uso do CPAP.
No nosso estudo sobre qualidade de vida, observamos pacientes que não
apresentaram melhora em determinados setores provavelmente por apresentarem outras
condições clínicas paralelas e concorrentes a SAOS como depressão, ansiedade, insônia,
PLMS (Periodic Leg Movements in Sleep); essa observação motivou o nosso próximo estudo, no qual nós comparamos variáveis clínicas de dois grupos de pacientes tratados
com ARMIO: um deles referia não ter apresentado melhora clínica satisfatória, e outro
que relatou que o tratamento foi altamente efetivo 13.
O estudo das comorbidades relacionadas aos DRS nos trouxe luz para os casos
bem indicados e adequadamente tratados com ARMIO, porém com pouca melhora clínica,
o estudo mostrou que o atendimento de pacientes com distúrbios do sono requer um
conhecimento mais abrangente desses distúrbios por parte do cirurgião dentista e que o
sucesso do tratamento não depende apenas do bom domínio das técnicas de confecção
e titulação de aparelhos intra-orais 14.
A conscientização do paciente em relação aos seus problemas de saúde paralelos
e como eles podem interferir no tratamento do seu quadro de SAOS com ARMIO, é
fundamental para se garantir o sucesso e se evitar frustrações tanto do cirurgião dentista
como do paciente.
A literatura apresenta vários estudos onde os aparelhos intra- orais foram utilizados
para tratar pacientes com SAOS. Entretanto as séries estudadas apresentam dados
conflitantes em relação ao critério de tratamento, havendo trabalhos onde o sucessso do
tratamento com aparelho intra-oral foi considerado em pacientes que tiveram seu Índice
de Apnéia e Hipopnéia (IAH) reduzido em 50% ou mais 15,16. Estudos mais rigorosos,
32
20 1 51 51 51 51 5
INTRODUÇÃO
Com o objetivo de verificar a eficácia de Aparelhos Reposicionadores Mandibulares
Tituláveis (ARMts) no tratamento de pacientes com SAOS, realizamos um terceiro estudo
levando em conta principalmente os critérios da AASM. Neste estudo, segundo os critéiros da AASM, 75% dos casos leves, 65% dos casos moderados e 52% dos casos graves foram tratados (IAH<5/h).
Considerando o baixo custo em relação a outras formas de tratamento para SAOS,
sua praticidade, o fato de não ser invasivo, a alta aderência, e ainda o percentual
expressivo de sucesso do ARMIO nos quadros de SAOS, torna-se evidente que esse
tipo de tratamento constituiu-se em mais uma opção de grande valia a ser oferecida
pelo especialista em sono a seus pacientes, incluindo-se aqui aqueles casos de apnéia
grave onde o paciente não se adaptou ao uso de CPAP ou não possuia recursos financeiros necessários para adquirí-lo, fato bastante comum no Brasil e demais países
em desenvolvimento.
Esta tese versa sobre nossos três estudos, que abordam a qualidade de vida de
pacientes tratados com ARMIO (Qualidade de vida em pacientes com SíndromeQualidade de vida em pacientes com SíndromeQualidade de vida em pacientes com SíndromeQualidade de vida em pacientes com SíndromeQualidade de vida em pacientes com Síndrome
da Apnéia Obstrutiva do Sono tratados com aparelho reposicionador da Apnéia Obstrutiva do Sono tratados com aparelho reposicionador da Apnéia Obstrutiva do Sono tratados com aparelho reposicionador da Apnéia Obstrutiva do Sono tratados com aparelho reposicionador da Apnéia Obstrutiva do Sono tratados com aparelho reposicionador
mandibular intra-oral mandibular intra-oral mandibular intra-oral mandibular intra-oral
mandibular intra-oral); a influência de comorbidades na percepção de melhora clínica
(Comorbidades clínicas na Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono tratadaComorbidades clínicas na Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono tratadaComorbidades clínicas na Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono tratadaComorbidades clínicas na Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono tratadaComorbidades clínicas na Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono tratada
com aparelho reposicionador mandibular intra-oral com aparelho reposicionador mandibular intra-oral com aparelho reposicionador mandibular intra-oral com aparelho reposicionador mandibular intra-oral
com aparelho reposicionador mandibular intra-oral); e a eficácia do tratamento
com ARMts (Aparelhos reposicionadores mandibulares tituláveis para SíndromeAparelhos reposicionadores mandibulares tituláveis para SíndromeAparelhos reposicionadores mandibulares tituláveis para SíndromeAparelhos reposicionadores mandibulares tituláveis para SíndromeAparelhos reposicionadores mandibulares tituláveis para Síndrome
1 6 1 61 6 1 61 6
7. REVISÃO D
7. REVISÃO D
7. REVISÃO D
A medicina do sono é uma especialidade relativamente nova e o impacto dos
distúrbios do sono na saúde humana está sendo intensamente investigado.
O primeiro relato de distúrbios respiratórios do sono tem mais de 2000 anos.
Em torno do ano de 360 a.C., Dionísio, tirano de Heracléia, na Ásia Menor, passou para
a literatura no Ateneu – a compilação de escritos gregos do século IV a.C. – por sua
extraordinária compleição. O texto descreve a sonolência excessiva e a dificuldade de
despertar de Dionísio, um homem com insaciável apetite, que se tornou extremamente
corpulento, o que dificultou até mesmo sua capacidade de alimentar-se. O tratamento
prescrito por um médico desconhecido, consistia em agulhas finas e longas que eram
introduzidas até atingir um local onde causassem dor e o despertassem,
devolvendo-lhe a respiração. Dionísio morreu aos 55 anos, “afogado em sua própria gordura”, logo
depois de receber o título de rei 24 (Fig. 1).
Depois desse relato, somente no início do século XIX ocorreram novos registros
de casos que pudessem ser reconhecidos como distúrbios respiratórios do sono; e foi
em 1816 que William Wadd, cirurgião do rei da Inglaterra, relatou a associação entre
obesidade, respiração periódica e sonolência diurna no trabalho intitulado “Comentários
sobre corpulência ou obesidade considerada como uma doença: com um exame crítico
das opiniões antigas e modernas relativas a sua causa e cura” 24.
Em 1836, o novelista inglês Charles Dickens, publicou o Diário Póstumo do Clube
Pickwick, onde o personagem Joe, um menino obeso que passava a maior parte do tempo
comendo ou dormindo, guarda grande semelhança com os relatos atuais de pacientes
com distúrbios respiratórios do sono 24.
Em 1877, as apnéias são descritas por Broadbent neste texto: “quando uma
pessoa de idade avançada, deitada de costas, cair em sono profundo e roncar
ruidosamente, é comum que de tempos em tempos aconteça falha na inspiração; então,
ocorrerão dois, três ou quatro períodos respiratórios de movimentos torácicos inefetivos,
para finalmente o ar entrar com um ronco barulhento ou rugido, após o qual ocorrerão
inspirações profundas compensatórias” 24.
34 20
HISTÓRICO 1 71 71 71 71 7
7.1.
7.1.
7.1.
35
20 1 81 81 81 81 8
HISTÓRICO
Em 1887, O francês Lamacq e, em 1889, o britânico Caton descreveram casos de
pacientes com sonolência relacionada com obstrução das vias aéreas superiores durante
o sono, chamando a atenção dos otorrinolaringologistas para a relação entre obstrução
de vias aéreas superiores e o desempenho intelectual 24.
No início do século XX, vários relatos sobre distúrbios respiratórios do sono
começam surgir, e em 1918, William Osler, usou pela primeira vez o termo “pickwickiano”
se referindo aos pacientes hipersonolentos e obesos que lembravam as características
do personagem Joe da obra de Charles Dickens 24.
Em 1937, Annie Spitz observou as alterações respiratórias durante o sono. Relatou
três casos de pacientes com longas e repetidas paradas respiratórias durante o sono, que
eram interrompidas por um ronco ruidoso, restaurando a respiração. Juntamente com seu
artigo, a autora apresentou fotos desses pacientes que, atualmente, seriam vistos como
típicos pacientes com Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono 24.
No mesmo ano, Loomis et al. descrevem os critérios eletroencefalográficos para o estadiamento do sono humano 25.
É descoberto em 1953, o Movimento Rápido dos Olhos (Rapid Eye Movements = REM) como um estado mental ativo entre as outras fases do sono, tornando-se um foco de pesquisa nas décadas posteriores 25.
Em 1965, os neurologistas franceses Gastaut, Tassinari e Duron decidiram
estudar seus pacientes durante o sono ampliando o número de variáveis habitualmente
utilizadas no Eletroencefalograma (EEG). Ao realizarem o registro poligráfico, descobriram
que os pacientes Pickwickianos apresentavam despertares repetidos e precedidos por paradas respiratórias 24.
Rechtschaffen and Kales, em 1968, desenvolveram um sistema padronizado
de contagem dos registros eletroencefalográficos durante o sono, que é utilizado ainda
na atualidade 26.
O primeiro Congresso da APSS (Associated Professionals of Sleep Society)
aconteceu em 1971 em Bruges na Bélgica, nesta oportunidade os professores da
36
20 1 91 91 91 91 9
HISTÓRICO
Na Itália, em 1972, aconteceu o primeiro simpósio internacional sobre Hipersonia
e Respiração Periódica, onde se concluiu que um número muito heterogêneo de pacientes
estavam sendo colocados sob o termo Síndrome de Pickwick. No mesmo encontro, foram
mostrados pacientes extremamente obesos sem problemas cardíacos e com pressão
arterial sistêmica e da artéria pulmonar estabilizadas pela traqueostomia e, ainda, mostraram
pacientes sem sobre peso, que apresentavam repetidas apnéias centrais e variação da
pressão arterial sistêmica durante o sono 28.
Investigações, usando critérios polissonográficos específicos de pacientes sem
sobre peso e com respiração normal durante o sono, ajudaram a chegar à descrição da
Síndrome da Apnéia do Sono, pois a definição da Síndrome veio com estudos em
controles normais 28,29.
Em 1973, Guilleminault, reunindo os conhecimentos sobres as causas, os sinais
e os sintomas, substituiu a terminologia pickwickiana por Síndrome das Apnéias
Obstrutivas do Sono (SAOS) 24.
No início dos anos 80, vários estudos mostravam crianças com sintomas
associados à SAOS, porém sem necessariamente a presença de apnéias ou hipopnéias
nos registros polissonográficos. Essas crianças raramente apresentavam apnéias ou
hipopnéias durante a noite, mas sim um aumento anormal do esforço inspiratório e aumento
da freqüência respiratória 28.
As pesquisas continuaram com o objetivo de descobrir nos pacientes adultos o
mesmo que estava sendo observado nas crianças, ou seja, o aumento do esforço
respiratório durante o sono e sem a presença de apnéias e hipopnéias; as atenções estavam
voltadas para os grupos de roncadores sem sobrepeso 28.
Apesar da população com sobre peso ser sempre focada nos estudos, no início
da década de 90, era reconhecida uma nova modalidade de distúrbio respiratório do sono,
especialmente observada em pacientes roncadores sem sobre-peso, sendo chamada de
Síndrome do Aumento da Resistência de Vias Aéreas Superiores (SARVAS), descrita por
Guilleminault em 1992 25,28,30,31. Inicialmente reconhecida em roncadores, não demorou
para que se concluísse que não-roncadores também eram passíveis de apresentar esta
síndrome. Após sua descrição, uma série de perguntas tem sido feitas sobre a SARVAS:
seria ela um estágio entre o ronco e a SAOS? os pacientes roncadores sempre passariam
pela SARVAS antes de apresentarem o quadro de SAOS? Essas questões ainda não estão
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HISTÓRICO
FIGURA 1 - Sono no T
O ser humano passa aproximadamente 1/3 da sua vida dormindo. Entretanto, a
natureza, a função e inclusive os acontecimentos que ocorrem durante o sono são, em
grande parte, desconhecidos. O sono não é um processo passivo, ao contrário, durante o
sono sucedem uma série de diferentes estágios, caracterizados por padrões
cardio-respiratórios e neurofisiológicos bem definidos, e pode ser definido como um complexo
conjunto de processos fisiológicos e comportamentais 32.
O sono normal é composto de dois estados bem caracterizados que durante o
sono se alternam ciclicamente: o sono REM (Rapid Eye Movements) que apresenta um EEG desincronizado com ritmo misto, atonia muscular e propício aos sonhos, o
sono Não-REM (estágios 1,2,3 e 4) com sincronia variável, apresentando Fusos de Sono, Complexos K e ondas lentas, associados a baixo tônus muscular e mínima
atividade psicológica 32.
Em detrimento dos recentes avanços realizados no estudo do sono no ser humano,
muitos de seus aspectos são desconhecidos, restando ainda vários fenômenos a serem
elucidados. É evidente, contudo, que o substrato bioquímico cerebral tem papel
fundamental na gênese e desenvolvimento do sono e que numerosos fatores ambientais
também o condicionam 32.
O fator mais importante que afeta a distribuição dos estágios de sono durante a
noite, é a idade. No primeiro ano de vida, a transição sono-vigília acontece em sono REM. A alternância cíclica entre sono N-REM e sono REM também acontece no recém-nascido, porém a cada 50 a 60 minutos, enquanto que no adulto o mesmo acontece a cada 90
minutos 32. As ondas lentas (estágios 3 e 4) alcançam sua máxima ocorrência no sono
da infância, diminuindo ao longo da vida. Uma mudança significante na quantidade de
ondas lentas pode ser observada na adolescência, quando elas diminuem em torno de
40% principalmente do final da adolescência. Após os 60 anos, as ondas lentas podem
não estar mais presentes principalmente nos homens. A porcentagem de sono REM é mantida ao longo da vida, inclusive na terceira idade, desde que não haja comorbidades
que interfiram nessa porcentagem, enquanto que os microdespertares tendem a
aumentar com a idade. O que mais marca o sono na terceira idade é seu aspecto bastante
variável e individual o que torna impossível generalizações como acontece no sono do
indivíduo jovem 32.
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O SONO NORMAL
7.2.
7.2.
7.2.
Em relação a quantidade de sono, os recém-nascidos dormem aproximadamente
18 horas por dia, com pequenos períodos de vigília intercalados, apresentando um EEG
menos organizado com aproximadamente 50% do sono em estágio REM, o que sugere que o sono REM tenha papel importante no desenvolvimento inicial do cérebro 33.
Com a idade, o tempo total de sono (TTS) diminui. Em média, uma criança de 6
anos passa a dormir 9 horas por dia, uma de 12 anos 8 horas por dia, chegando a fase
adulta com cerca de 7,5 horas de sono por dia. Na fase adulta, é normal que a porcentagem
de estágios 3 e 4 diminuam, o que também pode ser atribuído à diminuição na amplitude
de ondas lentas do EEG, assim não sendo mais classificadas como pertencentes aos
estágios 3 e 4 33.
A primeira tentativa de classificar o sono em fases ou estágios, foi publicada por
Loomis em 1935, observando os diferentes padrões do EEG durante o sono, não sendo
incluído o sono REM. Após a 2ª guerra mundial a pesquisa sobre o sono ganhou mais atenção e começou a receber verbas mais significativas 24.
O chamado sono profundo (estágios 3 e 4) ocupa geralmente a primeira metade
da noite enquanto o sono superficial (estágios 1 e 2) e o sono REM predominam na segunda metade. Ao se despertar na fase REM freqüentemente recorda-se dos sonhos. A distribuição das distintas fases é assim dividida: o estágio 1 ocupa entre 2 e
5% do total do sono; o estágio 2, entre 45 e 50%; o estágio 3, de 3 a 8%; o estágio 4, de
10 a 15% do total do sono. Portanto, as fases 1, 2, 3 e 4, também denominados sono
Não-REM, ocupam entre 75 e 80% do total do sono. O sono REM ocorre em aproximadamente 20 a 25% do total do sono 26,34.
Em conjunto, estes cinco estágios de sono (1, 2, 3, 4 e REM) constituem os ciclos de sono que têm uma duração total de 90-100 minutos cada. Estes ciclos se repetem de
4 a 5 vezes por noite 33.
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Estágios do Sono
Estágios do Sono
Estágios do Sono
Estágios do Sono
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O SONO NORMAL
ESTÁGIO 1: ESTÁGIO 1:ESTÁGIO 1:
ESTÁGIO 1:ESTÁGIO 1: Fechar os olhos é o primeiro passo para o estágio ou fase 1 do sono se iniciar. Este estágio representa a transição da vigília para o sono, e pode durar de alguns segundos
até 3 minutos 24.
O estágio 1 é caracterizado por relaxamento muscular, respiração uniforme,
movimentos oculares lentos e intermitentes e o eletroencefalograma mostra uma atividade
cerebral mais lenta comparada ao estado de vigília, com ondas teta, na freqüência de 4 a
7 Hz de baixa voltagem e freqüência mista, aparecendo algumas ondas típicas
denominadas “ondas agudas do vértex” 33 (Fig. 1).
Grande parte das pessoas diz ter consciência nesta fase e podem registrar
os sons que ocorrem no ambiente e lembrar-se deles depois, por isso é considerado
um estágio de quase sono ou mesmo de transição, correspondendo de 2 a 5% do
tempo total de sono, reaparecendo ou não a cada início de sono nas trocas de estágios
durante toda à noite.
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O SONO NORMAL
ESTÁGIO 2 ESTÁGIO 2 ESTÁGIO 2 ESTÁGIO 2
ESTÁGIO 2: Em seguida ao curto período de tempo de estágio 1, o EEG pode voltar
a mostrar ritmos típicos da vigília (alfa e beta) ou persistir com o ritmo teta e passar a
mostrar dois tipos característicos de grafoelementos: os Fusos de Sono e os
Complexos K. Ambos são intermitentes, os Fusos de Sono duram no mínimo 0,5 a
1,5 segundos e os Complexos K duram cerca de 0,5 a 1,0 segundo e ocorrem em
média 3 a 5 vezes por minuto 26,33 (Fig. 2).
O estágio 2 requer um estímulo mais forte para que o indivíduo desperte, um
estímulo que produziria um despertar no estágio 1, aqui possivelmente resultaria em um
Complexo K observado no EEG, mas não em um despertar 32.
O estágio 2 é o mais frequente, ocorre ao longo de toda a noite, somando de 45%
a 55% do tempo total de sono 32,33.
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O SONO NORMAL
FIGURA 3 - Estágio 4 do Sono
ESTÁGIOS 3 E 4 ESTÁGIOS 3 E 4ESTÁGIOS 3 E 4
ESTÁGIOS 3 E 4ESTÁGIOS 3 E 4: Conhecidos como o sono de ondas lentas ou sono delta, caracteriza-se pela presença de ondas delta em maior quantidade. Trata-se de uma atividade de baixa
freqüência (0,3 a 2Hz) e alta amplitude (> 75mV) 26,33 (Fig. 3).
Essas ondas começam a aparecer no estágio 2 e vão formando grupos cada vez
mais contínuos e quando passam a representar mais de 20% em uma época, marcam o
estágio 3, início do sono profundo. Quando o EEG mostra mais de 50% de ondas delta,
considera-se o sono em estágio 4. O estágio 4 caracteriza-se também pela diminuição do
débito cardíaco, freqüência cardíaca e pressão arterial média. O estágio 3 dura apenas
alguns minutos, constituindo de 3% a 8% do tempo de sono, e é considerado um estado
de transição para o estágio 4 26,32.
A quantidade de sono de ondas lentas é de 30% em crianças, diminui com a
idade, podendo chegar a desaparecer ou não serem mais observadas no EEG após os 60
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O SONO NORMAL
ESTÁGIO REM: ESTÁGIO REM:ESTÁGIO REM:
ESTÁGIO REM:ESTÁGIO REM: O sono REM tem seu primeiro período na noite de sono cerca de 60 a 90 minutos após ter se iniciado o sono. O estágio REM vai-se tornando mais longo cada vez que aparece ao longo da noite de sono. O sono REM caracteriza-se pelos movimentos rápidos dos olhos (Rapid Eye Movements), ocorre em ciclos de 90 minutos em um adulto jovem típico e a cada ciclo a duração tende a aumentar, o que resulta em maior
quantidade de sono REM na segunda metade da noite 32,33 (Fig. 4).
É no estado de sono REM que habitualmente acontece a maior parte dos sonhos, podendo ser definido como uma fase de grande atividade cerebral e inatividade
muscular, pois ocorre uma atonia de todos os músculos do organismo, exceto do
diafragma e dos músculos oculares 32.
Durante o sono REM, geralmente são descritas atividades tônicas que se caracterizam pela redução do tônus dos músculos esqueléticos, o EEG é de baixa
voltagem e há atividades fásicas, onde se observam movimentos oculares, atividade
muscular no ouvido médio e surtos eletromiográficos que provavelmente estão