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Crescimento econômico, produtividade e investimento nos anos 2000

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Academic year: 2017

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(1)

Crescimento  econômico,  

produ1vidade  e  inves1mento  nos  

anos  2000  

 

Fabio  N.  P.  de  Freitas  

GIC-­‐IE/UFRJ  

 

11º  FORUM  DE  ECONOMIA   DA  FUNDAÇÃO  GETULIO  VARGAS  

(2)

Conteúdo  

 

1.

Uma  visão  geral  

2.

Produ1vidade  e  inves1mento  nos  anos  2000    

(3)

Uma  visão  geral  

(4)

• 

O  crescimento  da  produ1vidade  tem  um  papel  

estratégico   no   processo   de   crescimento   e  

desenvolvimento:  

– 

Dimensão  compe11va;  

– 

Dimensão  distribu1va;  

– 

Dimensão  macroeconômica.  

• 

N o s   a n o s   2 0 0 0   o   c r e s c i m e n t o   d a  

produ1vidade  foi  baixo;  

• 

Por  que?  

(5)

• 

Existe   uma   regularidade   empírica   que  

relaciona   o   crescimento   da   produ1vidade   do  

trabalho   e   crescimento   do   nível   de   a1vidade  

(“lei  de  Kaldor-­‐Verdoorn”)  

​𝑋 

=

𝛼

+

𝛽​𝑌 

 

(6)

• 

Tal   regularidade   capta   a   existência   de   retornos  

crescentes   de   escala   está1cos   e   dinâmicos   (

0<

𝛽

<1

)  

associados,   em   grande   medida,   à   presença   de  

economias   de   aprendizado     e   à   mudança   tecnológica  

incorporada   em   novas   máquinas,   equipamentos   e  

instalações    

• 

Quanto   maior   o   valor   do   parâmetro  

𝛽

  tanto   maior  

seria  a  importância  dos  retornos  crescentes  de  escala  

• 

O   parâmetro  

𝛼

  capta   a   influência   de   fatores   que   não  

estão  associados  com  a  expansão  do  nível  de  a1vidade    

 

(7)

Crescimento  do  PIB  e  da    Produ1vidade  do  

Trabalho  na  economia  brasileira      

-­‐10.0% -­‐5.0% 0.0% 5.0% 10.0% 15.0% 19 51 19 53 19 55 19 57 19 59 19 61 19 63 19 65 19 67 19 69 19 71 19 73 19 75 19 77 19 79 19 81 19 83 19 85 19 87 19 89 19 91 19 93 19 95 19 97 19 99 20 01 20 03 20 05 20 07 20 09 20 11 20 13

Crescimento  do  PIB  (%) Tendência  de  Crescimento  do  PIB  (%)

(8)

• 

Existe   uma   forte   relação   empírica   entre   o  

inves1mento  e  o  nível  de  a1vidade  (“princípio  

do   ajustamento   do   estoque   de   capital   ou   do  

acelerador  flexível”)  

– 

Principal   implicação:   existe   uma   relação   posi1va  

de  longo  prazo  entre  o  crescimento  do  produto  e  

a  taxa  de  inves1mento  na  economia      

(9)

Crescimento  do  PIB  e  do  Inves1mento  na  

economia  brasileira      

-­‐20.0% -­‐15.0% -­‐10.0% -­‐5.0% 0.0% 5.0% 10.0% 15.0% 20.0% 25.0% 30.0% 19 51 19 53 19 55 19 57 19 59 19 61 19 63 19 65 19 67 19 69 19 71 19 73 19 75 19 77 19 79 19 81 19 83 19 85 19 87 19 89 19 91 19 93 19 95 19 97 19 99 20 01 20 03 20 05 20 07 20 09 20 11 20 13

(10)

Crescimento  do  PIB  e  da  Taxa  de    

Inves1mento  na  economia  brasileira      

-­‐10.0% -­‐5.0% 0.0% 5.0% 10.0% 15.0% 20.0% 25.0% 30.0% 19 51 19 53 19 55 19 57 19 59 19 61 19 63 19 65 19 67 19 69 19 71 19 73 19 75 19 77 19 79 19 81 19 83 19 85 19 87 19 89 19 91 19 93 19 95 19 97 19 99 20 01 20 03 20 05 20 07 20 09 20 11 20 13

(11)

 

 

(12)

•  Um  das  principais  fontes  de  crescimento  da  produ1vidade  é  a   mudança  tecnológica  incorporada  em  a1vos  de  capital  fixo;  

•  Existe   uma   relação   causal   entre   a   baixa   tendência   de   crescimento  produ1vidade  e  baixa  tendência  de  crescimento   do   inves1mento   em   capital   fixo,   principalmente   no   caso   da   indústria  de  transformação;  

•  O   inves1mento   realizado   pelos   setores   de   a1vidade   –   par1cularmente   pela   indústria   de   transformação   –   nos   anos   2000   foi   caracterizado   pela   predominância   da   aquisição   de   novas   máquinas   e   equipamentos   para   serem   usados   em   plantas   produ1vas   existentes   frente   ao   inves1mento   envolvendo  novas  plantas  produ1vas.  

–  Esse   padrão   de   inves1mento   implica   menores   ganhos   de   produ1vidade  (baixo  coeficiente  

𝛽

 de  Kaldor-­‐Verdoorn).  

(13)

Crescimento  real  anual  médio  do  Valor  

Adicionado  por  Setor  de  A1vidade  

3.7%

4.4% 2.0%

2.9% 1.9%

3.2%

4.3% 2.5%

4.3% 2.7%

3.1%

0.0% 0.5% 1.0% 1.5% 2.0% 2.5% 3.0% 3.5% 4.0% 4.5% 5.0%

AGRICULTURE,  HUNTING,  FORESTRY  AND  FISHING

MINING  AND  QUARRYING

TOTAL  MANUFACTURING

ELECTRICITY,  GAS  AND  WATER  SUPPLY

CONSTRUCTION

WHOLESALE  AND  RETAIL  TRADE

HOTELS  AND  RESTAURANTS

TRANSPORT  AND  STORAGE  AND  COMMUNICATION

FINANCE,  INSURANCE,  REAL  ESTATE  AND  BUSINESS  SERVICES

COMMUNITY  SOCIAL  AND  PERSONAL  SERVICES

(14)

Crescimento  anual  médio  da  produ1vidade  do  

trabalho  por  setor  de  a1vidade  (2000-­‐2009)  

3.8%

1.6%

-­‐1.0%

0.7%

-­‐1.0%

0.3%

1.8%

0.2%

0.2%

-­‐0.3%

0.7%

-­‐2.0% -­‐1.0% 0.0% 1.0% 2.0% 3.0% 4.0% 5.0% AGRICULTURE,  HUNTING,  FORESTRY  AND  FISHING

MINING  AND  QUARRYING TOTAL  MANUFACTURING ELECTRICITY,  GAS  AND  WATER  SUPPLY CONSTRUCTION WHOLESALE  AND  RETAIL  TRADE HOTELS  AND  RESTAURANTS TRANSPORT  AND  STORAGE  AND  COMMUNICATION FINANCE,  INSURANCE,  REAL  ESTATE  AND  BUSINESS  SERVICES COMMUNITY  SOCIAL  AND  PERSONAL  SERVICES

(15)

Decomposição  do  Crescimento  

da  Produ1vidade  do  Trabalho  

 (0,40)    (0,20)    -­‐          0,20      0,40      0,60      0,80      1,00     AGRICULTURE,  HUNTING,  FORESTRY  AND  FISHING  

MINING  AND  QUARRYING   TOTAL  MANUFACTURING   ELECTRICITY,  GAS  AND  WATER  SUPPLY   CONSTRUCTION   WHOLESALE  AND  RETAIL  TRADE   HOTELS  AND  RESTAURANTS   TRANSPORT  AND  STORAGE  AND  COMMUNICATION   FINANCE,  INSURANCE,  REAL  ESTATE  AND  BUSINESS  SERVICES   COMMUNITY  SOCIAL  AND  PERSONAL  SERVICES  

PRICE   LABOR   INTER  

TOTAL  

Direct   Price   Labor   Inter  

0.15  

0,65   -­‐0,12  

0,59   0,02  

-­‐0,08   0,05   0,01  

0,06   0,09   -­‐0,04  

0,07   0,23  

0,02  

(16)

Crescimento  Anual  Médio  do  

Inves1mento  por  Setor  de  A1vidade  

4.0% 3.4% 1.3%

-­‐1.9%

4.6% 0.5%

-­‐0.7%

7.6% 1.2%

7.3%

3.4%

-­‐4.0% -­‐2.0% 0.0% 2.0% 4.0% 6.0% 8.0% 10.0%

AGRICULTURE,  HUNTING,  FORESTRY  AND  FISHING

MINING  AND  QUARRYING

TOTAL  MANUFACTURING

ELECTRICITY,  GAS  AND  WATER  SUPPLY

CONSTRUCTION

WHOLESALE  AND  RETAIL  TRADE

HOTELS  AND  RESTAURANTS

TRANSPORT  AND  STORAGE  AND  COMMUNICATION

FINANCE,  INSURANCE,  REAL  ESTATE  AND  BUSINESS  SERVICES

COMMUNITY  SOCIAL  AND  PERSONAL  SERVICES

(17)

Crescimento  Anual  Médio  da  

FBCF  por  A1vo  (2000-­‐2009)  

3.4%

0.2%

8.4%

10.0%

3.5%

1.7%

2.7%

4.7%

3.2%

0.0% 2.0% 4.0% 6.0% 8.0% 10.0% 12.0%

Total

Communications  Equipment

Computing  Equipment

Transport  Equipment

Other  Machinery  and  Equipment

Structures

Other  Assets

ICT

(18)

51% 49% 50%

47%

54%

59% 62% 63% 63% 57% 37% 39%

35%

37%

31%

28% 25%

25% 25%

30%

12% 12%

14% 16% 14% 13% 13% 12% 12% 13%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Machinery  and  Equipment Structures Other  Assets

(19)

Algumas  implicações  

para  a  polí1ca  

industrial  

(20)

•  O  desempenho  da  polí1ca  industrial  medido  pelo  crescimento   d a   p r o d u 1 v i d a d e   d e p e n d e   d e   c o n d i c i o n a n t e s   macroeconômicos   que   estão   relacionados   com   o   ritmo   de   expansão  dos  níveis  de  a1vidade  e  de  inves1mento  agregados   e  setoriais;  

•  Isto   não   quer   dizer   que   basta   conduzir   a   polí1ca   macroeconômica     adequadamente   para   termos   um   bom   desempenho  em  termos  de  produ1vidade;  

•  A   polí1ca   industrial   é   necessária   e   estratégica   ao   afetar   posi1vamente   os   parâmetros   da   relação   de   Kaldor-­‐Verdoorn  

(

𝛼

  e  

𝛽

),   potencializando   o   crescimento   da   produ1vidade   para  dado  ritmo  de  expansão  do  nível  de  a1vidade;  

(21)

•  A  polí1ca  industrial  deve  ter  seu  foco  nas  tendências  de  longo   prazo   associadas   aos   principais   regimes   e   trajetórias   tecnológicas   que   governam   a   dinâmica   das   estruturas   produ1vas  globais  e  regionais;  

•  A   polí1ca   industrial   não   deve   ser   usada   como   apoio   para   polí1cas   macroeconômicas   de   curto   prazo,   sob   o   risco   de   comprometer  seu  foco,  eficácia  e  credibilidade;  

•  Maior   desafio   atual:   a   consolidação   do   arcabouço   ins1tucional   responsável   pela   proposição,   implementação   e   acompanhamento   da   polí1ca   industrial   em   um   contexto   democrá1co.          

Referências

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