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Vínculo materno-infantil e participação da mãe durante a realização da punção venosa: a ótica da psicanálise.

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Dout orando pela Escola Paulist a de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, Docent e da Universidade Anhem bi Morum bi e Cent ro Universit ário São Cam ilo; 2 Dout or em Enferm agem , Professor Adj unt o da Universidade Federal de São Paulo

VÍ NCULO MATERNO-I NFANTI L E PARTI CI PAÇÃO DA MÃE DURANTE

A REALI ZAÇÃO DA PUNÇÃO VENOSA: A ÓTI CA DA PSI CANÁLI SE

Júlia Per es Pint o1

Ver a Lú cia Bar bosa2

A part icipação da m ãe acom panhant e j unt o à criança durant e a realização de procedim ent os dolorosos

é discut ida pelos profissionais com o um a possibilidade de cuidado ao binôm io, porém , não há consenso quant o

a esse t em a. Para cont ribuir com essa discussão, o t ext o aborda as necessidades da criança durant e a realização

da punção venosa no am bient e hospit alar e a part icipação da m ãe no procedim ent o, t endo com o base aut ores

da psicanálise e o vínculo na r elação m ãe e filho.

DESCRI TORES: cr iança hospit alizada; enfer m agem pediát r ica; r elações m ãe- filho; apego ao obj et o

MATERNAL-I NFANT BONDI NG AND THE MOTHER´ S PARTI CI PATI ON

DURI NG VENI PUNCTURE: A PSYCHOANALYTI C PERSPECTI VE

Pr ofessionals discuss accom panying m ot her s’ par t icipat ion dur ing painful pr ocedur es as a possibilit y of

car e t o m ot h er an d ch ild, bu t t h er e is n o con sen su s on t h is su bj ect . To con t r ibu t e t o t h is t opic, t h is st u dy

addresses t he child’s needs during venipunct ure in a hospit al environm ent and t he m ot her’s part icipat ion in t his

pr ocedur e, based on aut hor s fr om psy choanaly sis and m ot her - child bonding.

DESCRI PTORS: child, hospit alized; pediat r ic nur sing; m ot her - child r elat ions; obj ect at t achm ent

VÍ NCULO MATERNO I NFANTI L Y LA PARTI CI PACI ÓN DE LA MADRE DURANTE

LA REALI ZACI ÓN DE LA PUNCI ÓN VENOSA: LA ÓTI CA DEL PSI COANÁLI SI S

La p ar t icip ación d e la m ad r e acom p añ an t e j u n t o al n iñ o d u r an t e la r ealización d e p r oced im ien t os

dolorosos es discut ida por profesionales com o una posibilidad de cuidado al binom io, pero no hay un consenso

sobr e est e t em a. Par a con t r ibu ir con est a discu sión , el t ex t o t r at a de las n ecesidades del n iñ o du r an t e la

realización de la punción venosa en un am bient e de hospit al y la part icipación de la m adre en el procedim ient o,

t om ando com o base aut or es del psicoanálisis y el v ínculo m adr e y hij o.

(2)

I NTRODUÇÃO

D

esde 1960, v ár ios est udos t êm descr it o a

p ar t i ci p ação d a m ãe n a h o sp i t al i zação d a cr i an ça

com o f at or f u n d am en t al d e ap oio ao f ilh o( 1 ). Essa

condição é observada nas unidades de int ernação por

m e i o d a p r e se n ça co n st a n t e d a m ã e a o l a d o d a

cr iança, sobr et udo no que diz r espeit o aos cuidados

d e h i g i en e e a l i m en t a çã o , p o r ém , n ã o é h a b i t u a l

du r an t e os pr ocedim en t os, com o a pu n ção v en osa.

No ent ant o, v ár ios aut or es defendem a par t icipação

d o s p ai s d u r an t e o s p r o ced i m en t o s d o l o r o so s p o r

acr edit ar em qu e a pr esen ça da pessoa sign if icat iv a

p a r a a cr i a n ça p o d e o f er ecer a p o i o e seg u r a n ça ,

t am bém nessas ocasiões( 2- 5).

Alg u n s h osp it ais, ou u n id ad es p ed iát r icas,

p o s s u e m n o r m a s q u e e s t a b e l e c e m , a p r i o r i, a

part icipação ou não da m ãe durant e a punção venosa,

independent e da necessidade da criança ou do desej o

da m ãe. Por sua v ez, algum as m ães acom panhant es

o p t am p o r n ão p ar t i ci p ar o u p r esen ci ar a p u n ção

v en osa m esm o q u e a in st it u ição ou o p r of ission al

concor de com sua pr esença( 6 ).

Pesq u i sas m o st r am q u e o s p r o ced i m en t o s

dolorosos realizados na criança hospit alizada são um a

d a s p r i n ci p a i s f o n t e s d e so f r i m e n t o p a r a a m ã e

acom panhant e( 4- 7). Acr escent a- se a isso a afir m ação

de qu e m esm o a m ãe r econ h ecen do o ben efício da

punção venosa para o t rat am ent o da criança, ela sofre

ao v er o sofr im ent o do filho e pensa em desist ir da

h ospit alização( 6 ).

Tal sit uação revela que o foco da assist ência

n ão est á cen t r ad o n a cr i an ça h o sp i t al i zad a e su a

f am ília e q u e h á n ecessid ad e d e n ov as d iscu ssões

sobre esse cont ext o a fim de aprim orar o at endim ent o

das necessidades globais da cr iança e da m ãe, ant e

os pr ocedim en t os dolor osos.

D i a n t e d i s s o , a n a l i s a r a s q u e s t õ e s q u e

e n v o l v e m a r e l a çã o m ã e e f i l h o n o p r o ce sso d e

hospit alização t em sido r essalt ada com o fundam ent al

na assist ência de enfer m agem pediát r ica e neonat al,

pois r eflet em na qualidade do cuidado pr est ado( 8).

Par a paut ar a discussão ut ilizou- se, aqui, de

aut or es da enfer m agem e da psicologia, em especial

da psicanálise. A m esm a est á focada na cr iança que

possu i en t r e zer o e 2 4 m eses e su as m ães, pois a

perm anência da m ãe j unt o às crianças com m ais idade

é, em ger al, assegur ada pela pr ópr ia cr iança que j á

p o ssu i r ecu r so s, t a i s co m o v er b a l i za çã o , ch o r o e

m ov im ent os dir ecionados a r equisit ar a pr esença da

m ãe. Essa opção não pr et ende desv alor izar o apoio

de um a pessoa significat iva para as crianças m aiores,

pois, assim com o suas m ães, elas t am bém necessit am

de apoio par a v iv enciar ex per iências difíceis.

A s r e f l e x õ e s t a m b é m s ã o b a s e a d a s n a

con v icção d e q u e a m ãe bem assist ida é capaz de

aj u d ar o f i l h o em si t u açõ es d i f ícei s e d e q u e su a

p a r t i c i p a ç ã o n o p r o c e s s o d a p u n ç ã o v e n o s a é

fundam ent al par a a saúde psíquica da cr iança.

A RELAÇÃO MÃE- FI LHO E O VÍ NCULO

A p e r s o n a l i d a d e d e u m i n d i v íd u o é

in f lu en ciad a p or f at or es in t r ín secos e ex t r ín secos.

Den t r o d os f at or es in t r ín secos p od em ser in clu íd os

os fat ores genét icos e heredit ários e, nos ext rínsecos,

os relacionados ao m eio social e fam iliar com o aqueles

q u e p o d e m i n f l u e n c i a r n a c o n s t i t u i ç ã o d a

personalidade de um a pessoa. Em relação aos fat ores

ex t r ín secos, obser v a- se qu e algu n s acon t ecim en t os

d a i n f â n c i a p o d e m m a r c a r p r o f u n d a m e n t e o

d e s e n v o l v i m e n t o d e u m a p e s s o a . Ex a m e s

psicológicos per m it em iden t ificar essas m ar cas sem

que, no ent ant o, a pessoa se lem bre das im pressões

que a causar am( 9).

As pessoas, em ger al, n ão se r ecor dam de

acon t eci m en t os an t er i or es à p r i m ei r a i n f ân ci a, ou

sej a, at é seis anos de idade. Esse fat o se deve a um

f e n ô m e n o p s i c o l ó g i c o e x p l i c á v e l p e l a v i a d a

com p r een são d o in con scien t e d en om in ad o am n ésia

i n f a n t i l( 9 ). A p e s a r d e , n a i n f â n c i a , v i v e n c i a r - s e

em o çõ es e se p o ssu i r a cap aci d ad e d e r eceb er e

r epr oduzir im pr essões, r et ém - se na m em ór ia apenas

fat os int eligív eis e fr agm ent ados.

Assim sendo, as ex per iências v iv enciadas na

hospit alização, m esm o que a cr iança não se lem br e

dela, podem m arcar sua personalidade e os prej uízos

que poder ão adv ir de t al ex per iência depender ão da

m a n e i r a co m o e l a f o r t r a b a l h a d a p e l a s p e sso a s

en v olv idas n o pr ocesso.

S a b e - s e q u e d u r a n t e a f o r m a ç ã o d a

per sonalidade de um a cr iança, um adult o, em ger al

a m ãe, represent a o elo com o m undo. A im port ância

da m ãe na const r ução da per sonalidade se dev e ao

fat o de que ela é consider ada com o r efer ência par a

a criança, em relação ao m undo e a ela m esm o( 10- 11).

O lact en t e é v ist o p ó Dolt o com o p r é- su j eit o, cu j a

sobr evivência depende da m ãe com a qual vive um a

(3)

A r elação est abelecida com essa m ãe pode

r epr esen t ar as bases de su as f u t u r as r elações com

os dem ais seres hum anos ou com os acont ecim ent os

de sua vida( 12). Port ant o, se a criança não obt iver os

su b síd ios n ecessár ios p ar a d esen v olv er u m v ín cu lo

com a m ãe d esd e os p r im eir os d ias d e v id a, essa

sit u ação se r ef let ir á n a cap acid ad e d a cr ian ça em

desenv olv er r elacionam ent os sat isfat ór ios. A ligação

afet iva ent re m ãe e filho se est abelece nos prim eiros

2 4 m eses de v ida da cr ian ça e ela é r esu lt ado das

const ant es int er ações m ant idas ent r e a dupla desde

o n ascim en t o. A m ãe é a pessoa qu e r espon de ou

est im ula as m anifest ações do filho com o sorriso, choro,

balbucio, frio, fom e e dor( 10).

N a En f e r m a g e m , u m a d a s t e o r i a s m a i s

difundidas, é a Teor ia do Apego, que t am bém afir m a

a im port ância da form ação do vínculo ent re a criança

e m d e s e n v o l v i m e n t o e s e u r e s p o n s á v e l . O

c o m p o r t a m e n t o d e a p e g o é c a r a c t e r i z a d o p e l a

per m anência do cont at o físico ent r e a m ãe e o filho

q u a n d o e s s e e s t á c o m f o m e , f r i o , m e d o o u

angust iado( 12).

A r epet ição diár ia dessas int er ações per m it e

que a cr iança elabor e um esquem a de sua m ãe, ou

de out ro cuidador. Assim , por volt a do quart o ou quint o

m ês de v ida, o f ilh o j á dif er en cia a m ãe de ou t r as

p essoas e n ão p er m i t e q u e ou t r os o em b al em ou

alim ent em( 10,12).

Seg u n d o a Teo r i a d o Ap eg o , d o s sei s ao s

v int e e quat r o m eses, a cr iança passa pela fase de

definição do apego e com eça a dem onst r ar m edo de

est r an h os e ch or a se n ão p od e t er acesso à m ãe;

dos dez aos dezoit o m eses essa sensação int

ensifica-se, p er ío d o cr ít i co co n h eci d o co m o a n si ed a d e d e

separ ação( 1 2 ).

Assim , quando a criança é expost a a sit uações

de t en são, com o o caso da h ospit alização n a qu al,

além d a d oen ça, ocor r em alt er ações d o am b ien t e,

p r e se n ça d e p e sso a s e st r a n h a s e p r o ce d i m e n t o s

dolor osos, é fundam ent al a pr esença de um a pessoa

fam iliar para a criança, sobret udo nos prim eiros vint e

e q u a t r o m e s e s . Es s a p r e s e n ç a s e t o r n a

im p r escin d ív el, p r in cip alm en t e, n a id ad e em q u e a

cr iança não dist ingue seu cor po e sua ex ist ência do

cor po e da ex ist ência da m ãe. A cr iança sob t ensão

bu sca u m m eio de ch egar à pr esen ça m at er n a qu e

est á r elacionada à segur ança e confor t o( 11).

Após os 24 m eses, a criança percebe a m ãe

com o ser in d ep en d en t e e, a p ar t ir d isso, t or n a- se

capaz de t oler ar separ ações da m ãe sem sofr im ent o

caso est ej a em local fam iliar ou r eceba gar ant ia do

seu r et or no( 12).

A PARTI CI PAÇÃO DA MÃE ACOMPANHANTE

DURANTE A PUNÇÃO VENOSA DA CRI ANÇA

HOSPI TALI ZADA

No pr ocesso da punção v enosa, caso a m ãe

s e a u s e n t e , o b s e r v a - s e q u e a c r i a n ç a , a t é

a p r o x i m a d a m e n t e o s d o i s a n o s d e i d a d e , ch o r a

inint er r upt am ent e, desde o m om ent o em que a m ãe

sai d o seu l ad o e m esm o an t es d a i n t r od u ção d a

agulha. O sofrim ent o que a criança dem onst ra não é

ca u sa d o a p e n a s p e l a p u n çã o , m a s t a m b é m p e l a

separ ação da m ãe.

I sso se d ev e ao f at o d e q u e a m ãe, com o

ob j et o p r im ár io d e lig ação af et iv a d e u m a cr ian ça,

t em a condição de acalm á- la e pr ot egê- la do m edo,

quando ela passa por um a sit uação desconhecida( 10).

A capacidade que a m ãe t em de aliv iar a ansiedade

ou m edo da cr iança é fundam ent al par a o cr escent e

ap eg o e n ecessár ia p ar a q u e a m esm a ap r en d a a

separ ar - se da m ãe sem danos em ocionais, confor m e

apr im or a seu desenv olv im ent o( 1 0 , 1 2 ).

As ex p er i ên ci a s d e n o ssa r ea l i d a d e f i ca m

m a r c a d a s e t a m b é m s ã o i n f l u e n c i a d a s p e l a

int egridade do organism o, de suas lesões t ransit órias

o u p e r m a n e n t e s e d e s e n s a ç õ e s f i s i o l ó g i c a s e

v i scer ai s( 1 1 ). Nesse sen t i d o , a p u n ção v en osa q u e

ocorre freqüent em ent e na hospit alização infant il pode

s e r c o n s i d e r a d a c o m o u m a l e s ã o t r a n s i t ó r i a a o

or g an ism o.

Pesquisadores da dor relat am que as crianças

são capazes de sent ir dor desde o nascim ent o e suas

p r i n c i p a i s m a n i f e s t a ç õ e s s ã o o c h o r o e a

m o v i m e n t a ç ã o d o c o r p o . Co m o o l a c t e n t e n ã o

c o n s e g u e s e e x p r e s s a r v e r b a l m e n t e s o b r e s e u s

sen t im en t os, os ad u lt os t en d em a d esv alor izá- los,

ou m esm o ig n or á- los. I sso n ão q u er d izer q u e ele

n ã o s e e x p r e s s e q u a n d o e m s i t u a ç ã o d e

desconfor t o( 13- 14).

O chor o, em r espost a a um incôm odo ou a

um ev ent o est r anho é um a habilidade que a cr iança

p ossu i d esd e seu s p r im eir os m om en t os d e v id a. A

apr ox im ação da m ãe diant e do chor o faz com que a

cr ian ça r elax e e se an in h e em seu s br aços( 1 0 - 1 1 ). O

p ed id o d a cr ian ça p or at en ção, q u an d o v alor izad o,

m e sm o q u e a m ã e n ã o p o ssa a t e n d e r a o p r a ze r

(4)

co m p e n sa d o r e f a z a cr i a n ça se n t i r - se a m a d a e

r econ h ecid a n o seu d esej o, f or t alecen d o o v ín cu lo

ent re ela e a m ãe( 11).

Durant e a punção venosa, m esm o que a m ãe

n ão p ossa ev it ar o p r oced im en t o, a su a p r esen ça

gar ant e com pr eensão e am or à cr iança. Ao se sent ir

a ssi st i d a p e l a m ã e , a cr i a n ça q u e p a ssa p o r u m

so f r i m en t o est ar á m ai s p r ep ar ad a p ar a su p er ar a

angúst ia em out ra ocasião. Quando a criança se sent e

com o ob j et o eleit o d a m ãe, as m an if est ações q u e

p r ev alecem são d e d escon f or t o, t al com o o ch or o

d i a n t e d e u m a a g r essã o , p o i s a cr i a n ça sen t e- se

segur a par a ex pr essar seus sent im ent os( 11).

Em bora as lim it ações ou correções que a m ãe

venha im por à criança sej am necessárias à form ação

da sua per sonalidade, o r espeit o a seus sent im ent os

t a m b é m o s ã o , a s s i m s e n d o , e l e s d e v e m s e r

v alor izad os p ar a ev it ar d an os à saú d e p síq u ica. O

n ão at en d im en t o d a n ecessid ad e m an if est ad a p ela

cr i a n ça r e p r e se n t a l i m i t a çã o i m p o st a p e l a m ã e ,

porém , essas lim it ações, pelas quais o indivíduo passa

a o l o n g o d a i n f â n c i a a t é a a d o l e s c ê n c i a , s ã o

h u m an izan t es ao f av or ecer a con st r u ção d o ad u lt o

r esponsáv el pelos seus at os e capaz de assum ir sua

vida( 11).

Por out r o lado, se a m ãe im pede, ignor a ou

m enospreza a m anifest ação de dor e m edo da criança

em r elação à punção v enosa, além de não se sent ir

am ada, a criança pode ent ender que a m ãe quer que

e l a p a s s e p o r a q u i l o e , e n t ã o , c o n c o r d a c o m o

pr ocedim ent o par a sat isfazer o desej o da m ãe. Um a

si t u a çã o q u e i n d u z a d e se j o d e se sa t i sf a z e r n o

sof r im en t o, ao in v és d e se sat isf azer n o p r azer, é

c o n s i d e r a d a u m a p e r v e r s ã o . As p e r v e r s õ e s s ã o

d ef in id as com o d escom p en sações p at og ên icas q u e

podem dar or igem a com por t am en t os m asoqu ist as,

hipocondr íacos, aut odest r ut iv os ent r e out r os( 11).

Melain e Klein af ir m a qu e a r elação posit iv a

com a m ãe, ist o é, quando essa sat isfaz a necessidade

do filho, possibilit a à cr iança v encer a angúst ia e a

fr ust r ação causada pela agr essão e aum ent ar a sua

con f ian ça n as p ossib ilid ad es d e sat isf ação d e su as

n ecessidades( 1 5 ).

Assim com o a doença, a hospit alização e os

ev en t os d ol or osos p od em ocasi on ar u m a f al h a d o

narcisism o. O narcisism o é descrit o com o “ a m esm ice

de ser” da qual vem a “ noção de exist ência” e o desej o

de v iv er do ser h u m an o( 1 1 ). A cr ian ça sai da r ot in a

durant e a hospit alização na qual fat ores angust iant es

e st ã o p r e se n t e s e , co n st a n t e m e n t e , f r u st r a m a s

n e c e s s i d a d e s d a c r i a n ç a . A d o r p r o v o c a d a p e l a

punção v enosa e o fat o de não encont r ar na m ãe a

r esp o st a às su as n ecessi d ad es cau sa an g ú st i a n a

cr ian ça.

A an g ú st ia é u m sen t im en t o d esag r ad áv el

q u e a p r e s e n t a s i n t o m a s c o m o c o n t r a ç ã o e

si n t o m at o l o g i a r esp i r at ó r i a. Na v i d a n o r m al , h á a

al t er n ân ci a en t r e co n t r ação e r el ax am en t o e, u m

am bient e que m ant enha a cr iança num a sit uação de

cont r ação, leva à per da da capacidade de r elaxar( 15).

No indiv íduo saudáv el, há equilíbr io ent r e cont r ação

e r el ax am en t o q u an d o esse est á l i v r e d e t en sõ es

int er nas, de fom e e de out r as necessidades. Par a a

criança at é os dois anos a presença const ant e da m ãe

é fundam ent al par a a m anut enção desse equilíbr io.

Por sua vez, a m ãe orient ada quant o à punção

venosa pode t ornar a sit uação m ais fam iliar à criança.

Diant e das per cepções desconhecidas pela cr iança e

qu e a su r pr een dem , a m ãe, n a m aior ia das v ezes,

i n t e r m e d i a su a r e l a çã o co m o m u n d o e o f e r e ce

respost as ao fat o desconhecido. A m ãe hum aniza t udo

o que rodeia a criança at ravés de suas palavras, sua

m anipulação e sua presença, conferindo o sent ido de

segur ança à cr iança( 11).

No p er íod o em q u e a cr ian ça n ão d issocia

seu cor po do da m ãe, a ausência da m ãe dur ant e a

punção v enosa pode significar par a a cr iança que a

m ã e n ã o su p o r t a a si t u a çã o e d e ssa f o r m a , e l a

t a m b é m n ã o s u p o r t a r á . Co n v e r s a r c o m a m ã e ,

esclarecendo que a sua presença pode cont ribuir para

m inim izar o sofr im ent o do filho, r esult a em benefício

par a a cr iança nesse m om ent o e no decor r er da sua

ex ist ên cia.

Algu m as m ães t êm ex per iên cias pr egr essas

negat ivas pessoais, ou com o próprio filho, em relação

à h ospit alização e à pu n ção v en osa, f at o qu e pode

dificult ar a part icipação da m ãe j unt o à criança( 6). Dada

a ligação exist ent e ent re a m ãe e filho, se a m ãe t em

per cepção acent uada da dor da punção venosa, esse

sent im ent o ser á capt ado pela cr iança. A int ensidade

da dor n ão pode ser m edida, n o en t an t o, ela pode

ser in flu en ciada pela per cepção de dor das pessoas

em quem a cr iança confia.

A e n f e r m e i r a , p o r m e i o d e t é c n i c a s d e

com u n icação e/ ou t écn icas pr oj et iv as pode ex plor ar

o t em a j unt o à m ãe no sent ido de for t alecê- la par a

q u e e l a p o ssa d e ci d i r so b r e su a p a r t i ci p a çã o e m

benefício da cr iança.

Sessõ es p r el i m i n ar es co m o s p ai s, sem a

(5)

est ad o d a cr ian ça. Os p ais, m ov id os p or an g ú st ias

pessoais e por não falar em delas, pr ov ocam a r eação

das cr ianças. Ao falar, a m ãe r eelabora sua hist ór ia

e pode en con t r ar n ov os cam in h os par a at u ar j u n t o

ao filho( 11).

O f at o d e n ão sab er d eci d i r so b r e q u al a

m e l h o r f o r m a d e a g i r é u m a d a s c a u s a s m a i s

f r eq ü en t es d a an g ú st i a( 1 5 ). A cr ian ça su b m et id a a

punções v enosas consecut iv as, com o pode acont ecer

num a hospit alização, e sem o apoio adequado pode

ficar em sit uação per m anent e de angúst ia.

Of er ecen do con dições par a qu e a cr ian ça e

a m ã e l i d e m c o m a a n g ú s t i a , a m b a s p o d e m

desenvolver m ecanism os para lidarem com a sit uação

se a p er ceb er em com o ag r essão, ou ad ap t ar em - se

p or d ecid ir q u e, ap esar d o sof r im en t o, é o m elh or

cam inho a seguir par a o t r at am ent o.

A clareza que a m ãe venha a adquirir, sobre

diversos aspect os envolvidos na sit uação, pode aj

udá-la a opt ar por par t icipar ou não da punção sem que

i s s o r e s u l t e e m s e n t i m e n t o d e c u l p a . Os

co m p o r t a m e n t o s a m b íg u o s, co m o m e n t i r p a r a a

c r i a n ç a q u e n ã o v a i d o e r e p e r m a n e c e r c o m

e x p r e ssã o d e m e d o , co m o a r r e g a l a r o s o l h o s n o

m om ent o da punção, t am bém podem ser ev it ados.

A a m b i v a l ê n c i a d a m ã e o c o r r e q u a n d o ,

m e s m o q u e r e n d o e s e n d o o r i e n t a d a q u a n t o à

im port ância da sua presença j unt o ao filho, reconhece

q u e n ão p ossu i r ecu r sos p ar a au x iliá- lo d u r an t e a

punção venosa, ou sej a, par a supor t ar a sua pr ópr ia

dor e a da cr iança. Nesse caso, a ausência da m ãe

pode ser indicada, pois ela corre o risco de ser am bígua

e env iar m ensagens cont r adit ór ias ao filho( 10).

No caso da m ãe que se ausent a no m om ent o

d a p u n ção v en osa sem in f or m ar a cr ian ça d a su a

saíd a e d o q u e ir á ocor r er, p od e f azer com q u e a

criança fant asie para explicar essa ausência, sent indo

que não é am ada( 14). Por isso é im prescindível que a

cr ian ça sej a in f or m ada, in depen den t em en t e da su a

idade, e se possív el pela pr ópr ia m ãe.

Na h ospit alização, t am bém é com u m qu e a

cr iança m ant enha, por vár ios dias, um dos m em br os

im obilizados em t ala devido à presença do disposit ivo

int ravenoso. A linguagem est abelecida pela m ãe com

o filho pode pr ev enir alt er ações na im agem cor por al

d a cr ian ça p r ov ocad a p or g olp es or g ân icos. Nesse

caso , d ev e ser ex p l i ci t ad o à cr i an ça o m o t i v o d a

r e s t r i ç ã o , s e u p a s s a d o d e n o r m a l i d a d e e a s

possibilidades de r ecuper ação, não im por t ando a sua

idade( 11). A cr iança sent e- se r espeit ada com o pessoa

quando a m ãe coloca em palav r as o seu sofr im ent o,

p o i s a s p a l a v r a s p e r m a n e c e m p a r a s e m p r e n a

m em ór ia inconscient e da cr iança( 10- 11).

A m ãe em con t at o com u m f ilh o q u e t em

d em an d as d e cu id ad o d if er en t es d as ap r esen t ad as

no am bient e dom iciliar, pode não conseguir supr ir as

necessidades da cr iança em nov as cir cunst âncias. A

m o d i f i cação d o esq u em a co r p o r al d a cr i an ça, em

fu n ção da im obilização par cial do m em br o por u m a

t ala, pode ger ar na m ãe a dúv ida de com o pegá- la

no colo, alim ent á- la ou higienizá- la. Pr ov av elm ent e,

e x i g i r á d a m ã e u m a m u d a n ç a n o s e u e s q u e m a

corporal para que essa possa acolher o filho e t am bém

ser r econ h ecid a p or ele, com o a p essoa cap az d e

r econ h ecer e at en der su as n ecessidades.

A v er balização da m ãe acer ca do qu e est á

a c o n t e c e n d o t a m b é m e v i t a a a m b i g ü i d a d e . A o

c o n v e r s a r, f r a n c a m e n t e , c o m a c r i a n ç a s o b r e a

sit uação, a m ãe pode im pedir que a cr iança fant asie

sobre o acont ecim ent o. Quando não é dit o à criança,

cl a r a m e n t e , o q u e a co n t e ce u o u a co n t e ce r á , e l a

p e r c e b e o s s i n a i s d e q u e a l g o d i f e r e n t e e s t á

acorrendo, o que gera a expect at iva de que algo ruim

est á por v ir. A com u n icação com a cr ian ça per m it e

q u e as em oções e af et os p ar t i l h ad os com o m ei o

sej am com pr eendidos pela cr iança( 1 1 ).

Al ém d i sso , as d i f i cu l d ad es d esen v o l v i d as

p el a cr i a n ça n ã o p r o v êm d e l esõ es f u n ci o n a i s o u

físicas e sim do que não foi dit o a t em po para a criança

m e sm o q u e e l a n ã o co m p r e e n d a e x a t a m e n t e a s

palav r as( 1 1 ).

Out ro fat or que facilit a a vivência de qualquer

ex per iên cia pela cr ian ça é o olh ar da m ãe. O olh ar

do adult o aut or iza o acesso a ex per iências pessoais,

à ex plor ação do m undo( 10- 11). A cr iança pode sent ir

-se m ais confiant e em m anu-sear o m at erial de punção

se a m ãe est iver present e, e dessa form a, fam

iliarizar-se com o pr ocedim ent o.

O r elacionam ent o am ist oso ent r e a m ãe e a

equ ipe de en f er m agem t am bém é f at or qu e au x ilia

n a aceit ação d a cr ian ça f r en t e aos p r oced im en t os

r ealizados pelos pr ofissionais, pois, par a a cr iança, é

m ais f ácil aceit ar a assist ên cia de u m a pessoa qu e

est ej a m an t en d o u m b om r elacion am en t o com su a

m ãe. Na ausência da m ãe, obj et os fam iliares à criança

com o br inquedos nom eados pela m ãe e pessoas do

m eio com as quais a m ãe se com unica pela linguagem

suscit am na criança a presença m em orizada da m ãe,

j unt am ent e com a sensação de segurança e confort o

(6)

CONSI DERAÇÕES FI NAI S

Os a u t o r e s r e f e r e n c i a d o s p o s s i b i l i t a r a m

apr of u n dar u m t em a qu e t em su scit ado discu ssões

q u a n t o à a ssi st ê n ci a d e e n f e r m a g e m p r e st a d a à

cr ian ça e su a m ãe du r an t e a r ealização da pu n ção

v en o sa.

A r eflexão per m it iu consider ar a par t icipação

d a m ã e c o m o f u n d a m e n t a l p a r a d a r s e n t i d o à s

e x p e r i ê n c i a s v i v e n c i a d a s p e l a c r i a n ç a . A s u a

par t icipação no pr ocedim ent o t or na- se indispensáv el,

p ois é n ela q u e a cr ian ça ap r en d e a r econ h ecer o

ou t r o e ad q u ir e con f ian ça p ar a est ab elecer ou t r as

r el açõ es.

Diant e do expost o, j ulga- se que a part icipação

d a m ã e n a h o sp i t a l i za çã o a n t e o s p r o ced i m en t o s

d o l o r o so s d e v e se r co n si d e r a d a p e l a e q u i p e d e

enferm agem . Essa part icipação est á colocada no sent ido

de que m esm o sem est ar pr esent e no m om ent o da

punção, a m ãe pode aj udar a criança t endo com o base

o v ínculo afet iv o desenv olv ido com o filho, t or nando

fam iliar e t ransponível os m om ent os difíceis.

A enferm eira t em o papel de m ediador ent re

a cr iança, a m ãe e o pr ocedim ent o, cabendo a est a

o s e s c l a r e c i m e n t o s n e c e s s á r i o s e a d a p t a d o s à

n e c e s s i d a d e d o b i n ô m i o . D e s s a f o r m a , e s t a r á

e x e r ce n d o se u p a p e l , f a ci l i t a n d o a a d a p t a çã o d a

cr iança e da m ãe à sit uação par a que essas, apesar

d o so f r i m e n t o , p o ssa m v i v e n ci a r a ex p e r i ên ci a e

e s t r e i t a r s e u v ín c u l o . A s a ç õ e s d a e n f e r m e i r a

aum ent am as possibilidades da m ãe e da cr iança de

saír em f or t alecidas da sit u ação e apt as a en f r en t ar

novas exper iências que am eacem a int egr idade física

e m ent al. Essa ex per iência, quando bem conduzida,

per m it e que a cr iança cont inue a ex plor ar o m undo

com con f ian ça.

REFERÊNCI AS BI BLI OGRÁFI CAS

1. Ribeiro CA. Crescendo com a presença prot et ora da m ãe: a c r i a n ç a e n f r e n t a n d o o m i s t é r i o e o t e r r o r d a hospit alização.[ t ese] . São Paulo ( SP) : Escola de Enferm agem / USP; 1 9 9 9 .

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Referências

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