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Necessidades básicas das esposas de pacientes infartados na fase aguda do tratamento.

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Academic year: 2017

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N EC E S S I D A D E S BÁSICAS DAS ESPOSAS D E PACIENTES I N FARTADOS N A FAS E A G U D A D O TRATA M E N TO

Edna Ikumi Umebayashi Tkahashi * Carmem de Aneida da Silva ** Grazia Maria Guerra **

RESUMO -Trata-se d e u m e s t u do e x p lo rató rio q u e teve por f i n a l i d a d e as n e c e s ­ s i d a d e s b á s i c a s d a s e s p o s a s d e p a c i e n t e s i n f a rtad o s , n a fa s e a g u d a d o t rata­ m e n t o . Foi u t l i z ad o como refe re n c i a l p a r a a n á l i s e os c o n ceitos de N ac e s s i d a d e s B á s i

a s d e M A S LO W . O s re s u l ta d o s p e r m i t i ram i d e n t i f i c a r c o m o p r i n c i p a i s ne­ cessidades afeta d a s d a s e s p o s a s : s e g u ra n ç a , amo r e g re g á r i a , e s t i m a .

ABSTRACT - T h e p u rp o s e o f t h i s s t u d y w a s to i d e ntify t h e b a s i c n e e d of t h e s p o u s e s o f p a t i e n t s w i t h m yo c a rd i a l i n farct i o n . T h e c o n c e p t s o f b a s i c n e e d s f rom M A S LOW were u s e d a s c o n c e pt u a l f ra m ewo r k . T h e d ata's a b a l y s i s s howed the fo l l w i n g n e d d s ' affe ctio n s o f t h i s po p u l atio n : s afety , b e l o n g i n g n e s s and l o v e , e s t e e m .

1 I NTRODUÇÃO

As denças cardiovsculres têm sido em nosso meio uma das pincipais causas de moidade, ocu­ pndo o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) um papel cada vez mais signiicaivo dentro desse quadro -LAURENTI4, LOLIO & LAURENTI". Para MEL­

TEZER et ii e WIPPLE 1 0 a doença coronana

comete as essos no apogeu de sua vida produtiva, onde os indivíduos estão em pleno desenvolvimento de aividades proissionais e socis.

Tis fatos associados pecem propiciar em nosso meio, um esigma em relação ao IAM, como uma con­ dição mitante ou doença incapcitnte.

Em seu estudo com coonariopatas, GUERRA &

SILVA 3, constatarm que a maioia da população é casada, o que impica que os ndivíduos ossuem fmí­ ia e essa constitue o elo entre o pciente e a socieda­ de. Para CHAVEZ & FABERl a fa é a unidade scial mais imortante ao indivíduo, e como l consti­ tui o parmetro dentro do qual a doença ocore e se resolve. Os mesmos autores considerm que um mem­ bro dente ganha força de outros membos da fia. Entretanto, a nteração fmma-pacente é fequente­ mente baseda em erceçes situacionis que ambos não dividem, crindo-se uma brreira e fazendo da vi­ sita uma fonte de stress.

Anndo asectos da visita de familiares a co­ ronariopatas, GUERRA, SILVA 3 encontraram que a maioia dos visitantes são elementos da pr6pra famia, ressltando llhos (39,2%) e esposas ou cônju­ ges (3 1,3%) como os famiares que mis estiveam presentes no horário de visitas. TAK AHASHI9 por sua vez, veriicou que 25,7% dos pacientes ecebeam visits de cÔnjuges e 17,2% rceberm visitas de cÔn­ juges companhados de outro familir, o que carcte­ zou a peença do cÔnjuge como o visitane mais pevalente ao indivíduo acometido de IAM.

Para NY AMATHJB a habiidade das espos em lidar com seus comnpanheiros doentes tem um impc­ �o signiicante não somente na saúde e

funcionmer-nto da fmma como tmbém na daptação física e emocional à doença crdíaca.

Acreditamos que esse importnte papel a ser de­ semenhado ela esposa pode, no entnto, ser mea­ çado pela pr6pria doença e suas reercussões no seio fiar.

Assim, considermos como NY AMATHJB que o diagn6sico do IAM é ercebido como uma ameaça ao bem estar fsico, pessoal e psicol6gico tmbém pelos familires. Para GAGLIONE2 , em geral, a resposta da fa à doença caracterizada por choque que ode ser agravada pela sensação de morte. A mesma autora considera que a enfemeira tem o seu tempo e energia voltadas para as modalidades terapêuicas, dando me­ nor atenção à faia. Desta foma, considera que a assistência aos membros da famlia requerem espcial etenção assim como terapêuica pois consituem o su­ porte do sistema de aoio ao paciente.

A identiicação das necessidades básicas dos fa­ miliares é assim, um importante ascto da assistência de enfemagem. Com bse neste pressuposto, estabe­ lcemos para o presente estudo os seguintes objeivos: - Idenicar a perceção das esposas de pacientes

com IAM, quanto a doença, intenação e trata­ mento do seu familiar;

- Ideniicr as exectaivas das espoas de den­ tes infartados a atuação do enfemeiro nessa área;

- Relacionar as necessidades bsics afetadas das esposs de pacientes com IAM, na fse do tra­ tamento.

2 METODOLOG I A

I - População: Constou de 3 0 esposas de pa­ cienes com diagn6stico de IAM, entre o 3� ao 6� dia de intenação em Unidade Coronariana de Hospital eseciizado em Cardiologia, no período de 1 1/04 a 1 2/06/89.

11 -Coleta de Dados: a) Prcesso: Todas as

es-* Pofesor Asistente do Demento de Enfenagem Médico-Citrgica da Ecola de Enfenagem da VSP

* * Enfeneirs da V.Co. do Insituto do Coração do Hospital s Clinias da Faculdade de Medicina da VSP

(2)

posas de pacientes com IAM foram

. �ontactads, ��­ clarecids a respeito do estudo e SOiCItads a prticI­ parem do mesmo. A6s aceitação, apicou-se o for­ mulário em anexo (Anexo 1), tendo a entrevista ocor­ rido imediatmente a6s o horário de visita estabeleci-do. .

A duração média ds entrevists foi de 1 8 minu-tos.

b) Instrumento uizado: O fomulário constou de 3 prtes esecicas, assim, subdividids:

Parte I - Identiicação: Teve por inaidade a obtenção de lgumas infomações para cracterização tanto da esposa quanto do paciente. Em relação a es­ osa os seguintes dados de ideniicação foram incluí­ dos: nome, exo, idade, n! de ilhos, mioridade e grau de insrução. Quanto ao paciente, foram incluídos: n! de intenações anteriores em Unidades Coronarinas, dia de ' intenção na UCo e condições clnicas mo­ nentâneas. Neste último item foram registrados dados referentes a presença de artefatos terapêuticos como catéeres, drenos, ven6clises, respiradores, monitores e outros, o item "Observações" eritiu a ano ração de outras situções faliares.

A Parte 11 do instrumento objetivou coletr dados sobre a erceção da esposa qunto a situação de dença, intenação e tratamento filir com IAM, ermiindo assim a ideniicção de problems, e a classiicação dos mesmos segundo a concepção de Ne­ cessidades Básicas de MASLOW.

A Parte 111 teve opor inalidade ideniicar as es­ pctativas ds esposas qunto a atuação do enfermeiro na situação aguda de tratamento do paciente com IAM.

Considermos que as expctativas qunto a atuação do enfemeiro explicitam s ncessidades re­ querids pels esposs, tendo sido classiicads dentro do esmo referencil ds ncessidades bsics já men­ cionado.

' IH - Classiicação dos problemas segundo

as NECESSIDADES BÁSICAS DE MAS­

LOW· No presente estudo empregou-e como efe­ rencial te6rico para a classiicação dos problems, a compeenão das necessidades básicas segundo Mas­ low. Este autor caracterizou as necessidades bsicas como um dos asectos da sua teoria da motivação hu­ mna, coniderndo inda, a graiicação (satisfação e a frustação (insaisfação) da necessidade como ele­ mentos importantes dessa teoria, MOSCOVICF.

Mslow concebe s necessiddes bsics orgni­ zadas em categorias havendo uma hierarqua de pre­ domnio entre els, exempliicadora na igura abaixo:

Considera entretanto que essa hierarquia não é rígida odendo varir sua osição e peonderência em fução do grau de satisfação de uma deterinda ncessidade.

Para Maslow, a satisfação relaiva de uma nces­ sidade ermitiria o surgmento de outrs de nível mais

elevado. Com a frnalidade de fcilitar a corelação e a classiicação dos problemas, esumimos a seguir os prceitos fundmentais das diferentes necessidades básicas esabelecidas por Maslow.

Necessidades Fisiolóicas: Relaciona-se aos processos corp6reos de manutenção da homeostase ou seja, do esforço do orzanismo para mnter um estado normal e constnte. E a mais dominante de todas s ncessidades sendo que uma condição de insatisfação de todas as necessidades, a isiol6ica predominaria faendo simplesmente inesistir s demais.

Necessidade de Segurança: Emerge cmo um novo qudro ap6s a satisfação relativa da nc�ssidade isiol6gica. Entre lguns indicadores da n�essIdade de segurança do adulto noml podem ser cI�dos: p�­ feência por um trabalho estável; preferênCIa or COI­ ss filiaes; seguro de vida, saúde; ' desejo de pou­ pança e reservas para o futuro; procura de religião ou ilosofIa de vida - MOSCOVICF. Ainda podem ser mencionados como outros indicadoes da necessidade de segurnça, a situação de dependência, de proteção, de medo, ansiedades e caos e assim por dinte.

Necessidade Gregária e de Amor: Qundo as necessidades isiol6gicas e de eguirnça estão rzoa­ velmente saisfeitas aparecem a necessidade gegria e de mor. Na presença desta, a essoa sentirá, como nunca antes, a ausêncvia de migos, nmordos, espo­ sS ou cranças; ela almejará por relções afetivas com pessoas em geral, por um lugar no gruo ou flia.

Necessidade de Estima: Todas as pessoas (ex­ cetuando lguns patol6gicos) tem uma ncessidade ou desejo de avliação me e estável de si, de auto-res­ peito, auto-estima e esima dos outos. Os indicadoes odem er agrupados em duas categorias:

1) deejo de força, relização, suiciência, do­ minío e comeência, coniança diante do modo, inde­ pendência e liberdade.

2) deejo de reputação e prestígio (respeito ou es­ ima de outro), dominação, status, fma e gl6ria, eco­ nhecimento, atenção, importância, dignidde e apr�o dos demis. A satisfação da ncessidade de auto-esti­ ma conduz para os sentimentos de auto-coninça, va­ lor, força, capacidade de ser útil � ncessái? p:a �s outros. Sua frustação produz sentImento de nfeon­ dade, fraqueza, abandono e desampao. A

da, a a�­ to-estma mais saudável é beada no merecIdo espeI­ to de outros do que na fma e celebidade.

Necessidade de auto-reazação: Qundo to­ das as ncessidades anteriores são satisfeitas surge uma necessidade mais elevada que é a tendência de efetivr suas potencialidades, como o sentido de ain­ gir a plenitude do ser. mslow considera qinda, as e­ cessidade básicas como motivos de deiciência endo que, as necessidade de deficiência constituem no in­ divíduo, que precisam ser supridas de fora e or ou­ tros indivíduos pra conservar a saúde, evitar de çuar doençs - MOSCOVICF.

Assim sendo, a nível de assistência à aúde mais eseciicamente, de enfemagem, as necessidade iden­ tiicads a partir dos problems apesentados pela clientela, consituirm aquelas que ncessitariam de uma interveção de enfemagem.

'* MASLOW, A. Movaon ani Persoaiy. 2 ed. New Yok: Harper& Row, 1 970.

(3)

3 R ESULTADOS

Os dados coletdos através do fomulio ei­ m a obenção e a apreentção dos egunes sul­ ados:

I - Crcterção da opulção

A - Esoss

B - Esposs x Pciente U - Perceão da situçio

lU - Expectaivs qunto a atução do en-fermeio

IV

-

Ncessidades búics afetads

I

- CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO

A ccteão da população foi da com be nos ddos bios ds esos (idade, grau de instução, nóero de lhos) como tmém ns infor­ mçes qunto a situço de intenação dos midos (a e llmero de intenações, condiçes cínics mo­ mentnes). Eses esultdos o apreentados a eguir ns taels 1 a 4.

A

i

a�

Disibuição ds esos de pcienes infdos egundo idade e grau de insrução. São Paulo. 1989

25---35 35--45 · 45 � 0 0

-

TOTAL

N! % N! % N! % N! N! % ,

2 6,7 1 0,0

1 3,3 1 � 6,7

4 1 3,4 4 13,4

1 3,3 1 3,3 3 10 5 16,6

2 6,7 2 6,7 4 13,4

3 10 2 6,6 5 16,5

1 3,4 1 3,3 2 6,7

1 3,3 3 10 1 3 5 16 6

3 10,0 7 23,3 17 56,7 3 10 30 10,0

, Pela taela 1 veriica-e que a mioa ds eso- (53,3%) tem de I! rau completo até o nível

univer-sas econtra-se na fxa etia de 45 a 0 nos sitáio.

(56,7%), endo quem qunto ao gau de insrução, a Em relção a lhos, s ds 30 ess não êm

populção distibuiu-e de foa quivn

!

e en.e .o ilos. Ds 27 esoss com ilos, ivemos a eguine

• prmáio completo, 2! gau completo e umverslio distibuição qunto ao nómeo e a maioridade dos (16,6%). Constata-e, orém, que s da mede mesmos:

Taela 2. Distribuição ds sos de pcienes infdos egundo nómeros de lhos e mioridade dos esmos. São Paulo. 1989.

os I . . 2 2 ,

Mioridade N! % N!

enoes de 18 anos 7 25,9 3

mioes de 18 nos 5 185 1 mbos 3 1 1 1 4 T O T A L

.

15 565 8

Consata-e nesta taela que ceca de 55,5% ds espos ossuem aé 2 ilos e dests 25,9% êm ilos enoes de 18 nos e 18,5% êm ilos maioes de 18 nos. o totl de esosas com lbos, mém foi

pre-B . Espos x Pcientes

. 4 mis de 4 T O T A L

% !! % N! %

1 1 ,1 1 3,7 1 1 40,7 3,8 1 3,7 7 25,9

16.5 1 3,7 9 jj4

33 4 3 1 1 1 27 10 0

vlene a peença de hos menoes (40,7%), o que ode ser mis um fator com mplicção scio-conô­ mica à fa comeida or poblemas de aMe.

Taela 3. Disibuição da opulação segundo o a de inteção e o nnero de intenação do pciente infdo em UCo. - São Paulo, 1989.

Dia de

inenação , 5! 6! TOTL

10

A tabela 3 mosa que

a

a mioia dos pcen­ s (93,3%), esta a a pera inenção em Unida­ de Coronana. Tl fato ode apeentr à fia uma situção ffl de hospiço que em cmo agravnte, a mudnça sóbia no equma de vida e a esfCidde de ua unidade lmnte eszda.

% N! 16,9 2

- 1 16 9 3

6,5 28 3,4 2 9 8 30

% 93,3 6,7 10 0

O dia de ineção dos pcines foi detedo or ciéio neior, onde conidou-e que aós o

3! da, s pens e fes já tem um rconhe­

cmento il da ituço de dença e ntenção. Por ouo lado, foi coniderdo que os cienes com evo­ luço ol do quado encem a unidade até O

(4)

52 OU 62 dia de intenação. Com essa magem de 4 dias, tomou-se possível incluir na população as espo­ as que não puderm comprcer com assiduidade às visitas.

Na população do presente estudo, prevalecerm s esposas cujos mardos encontravam-se no 32 ou 42 dias de intenação (33,4% 3 36,6%, espectivamente).

Tabela 4. Distibuição da opulção segundo as condições clinicas momentâneas do paciente infartado. São Paulo, 1989.

Condições

Cinicas N2 %

I 15 50,0

11 10 33,3

III 05 167

T O T A L 30 10,0

Legenda: I - Monitorizado

11 - Presença de até 2 artefatos terapêuicos IH - Presença de mis de artefatos teraêuticos

Quanto à avliação ds condições cinicas dos pa­ cientes, relacionads à presença de artefatos terapêui­ cos, veificou-sde que 50% das esposs tinhm eus maridos apenas monitorizados, 33,3% com até 2 arte­ fatos teraêuicos e 16,7% com mis de 2 artefatos te­ raêuicos. Considerando que a classiicção 11 cor­ respondeu à presença de monitorização e ven6cise, ode-se airmar que a mioria dos pcientes

encontra-va-se nquela momento, sob evolução natural do IAM.

11 -PERCEPÇÃO DA SITUAÇÃO

Neste item procurou-se ideniicar o conheci­ mento da doença pela população e os problemas geris e os prioritártios percebidos elas esosas na fase aguda do tratamentop (tabels 5, 6 e 7).

Tabela 5 -Distribuição da população egundo o que sae em relação à den;;a que aconeteu o marido.

São Paulo, 1989. .

O QUE SABE EM RELAÇÃO À DOENCA

E um infarto

É um infarto, e é grave

É um infrto, um entupimento da veia T O T A L

Observa-se que todas s esoss que constituram a opulação do estudo, souberam referir a doença, embora não se possa airmar que todas soubesem exatmente do que se tratava o processo em si. Acre­ dita-se que este fato talvez se deva em função de que as esposas foram paricipadas qunto ao diagn6sico, e que seus maridos estavam internados em uma Unidade Coroniana, ou seja, unidade espciizada no aten­ dmento de pessoas com IAM . Além disso, outro fato que pode estar contribuindo para o conhcimento da dença, é o aumento da incidência de doençs cárdio- . circulat6rias nas últimas décadas, em esecial nas grandes metr6poles, onde o prcesso de cescimento

74 R. Bs. Enfen., Bsiia, 43 ( 1 , 2, 3/4): 7 l -78, janJdez. 1990

23 4 3 30

% 76,7 13,3 10,0 10,0

industrial e tecnol6gico evidenciam os agravantes dos fatores de risco. Parece exisir uma relação entre a in­ cidência da dença e a condição de vida em centros

urbanos, favorecendo o surgimento de certo temos quanto a este diagn6sico. Assim, de lguma foma, as pessoas já ouvirm flar do infrto e de sua evolução m6rbida, o que ode ser justiicdo elos dados do presente estudo. A ausência de campnhas educaivas oiciis opulres peritem, entretnto, a divulgção de conceitos eôneos qunto a esta enidade nosol6gi­ ca. Observa-se l fato pesente na tabela acima, onde

(5)

Tabela 6 - Problemas ercebidos els esoss de pcientes infartados, na fe aguda do tratento. São Paulo, 1989.

PROBLEMAS SENTIDOS

- Estado subjetivo alterado (aliçes, ansiedade, tristea, aborecmento, ec.) 1 3 23,8

- Medo (morte, outro infarto) - Preocupação qunto ao futuro - Não poder estar junto - Acontcimento ineserado

- Pouco esclarecimento qunto ao traamento e doença - Resonsabilidade ssumids por ausência do marido - Não conegue dorr

- Deendência futura do marido

- Alteração na vida amorosa, afetiva, sexcul - Condição econÔmica diícil

B uscando resosta na fé T O T A L

. x = 1 ,9 problemas/esposa

Os dados da tabela 5 mostrm que os miores

percentuais recem sobre as lteraçes do estdo sub­

jetivo (23,8%), medo ( 1 8,8%) e precupação quanto

ao futuro (14,8%). Assim, observa-se a peença sig­

nificativa de alterações emovionis nas esposas diante da situção de doença dos maridos. este fato vem con­ r a percepção da gravidade do quadro els es­

osas, assoeiando-o s situações ameaçadors e de um

futuro incerto. NY AMA THJ8 considera também que na preença do IAM, as esposas confrontm-se com um grnde nómero de diIculdades, tais como a erda

10 1 8,8 8 14,7 7 12,8 5 9,3 4 7,4

2 3,8 2 3,8 1 1,4 1 1,4

1 1,4

1 1 4 55 10 0

ou meaça da perda do compnheiro, trauma da epa­ rção da famlia e amigos, problemas domésicos e com os Ilhos, questões fmnceiras, mudanças no pa­ el, futuro imprevisível, etc. Apesar da signiticativa referência ds lteraçes do estado subjetico or esta população, veriIca-se que as mencionadas por N Y AMATHJ8 estão, de certa foma, preentes.

Considerndo o total dos poblems ideniIcados nese primero momento, pudemos obter uma média de 1 ,9 poblems mencionados por espos.

Tabela 7. Problems priorizados pelas esoss de pcientes infartados na fe aguda do tratamento. São Paulo, 1989.

PROBLEMAS PRIORITÁRIOS

- Medo (morte, einfarto) 1 3 13,4

- Pecupação qunto à evolução e vida futura do marido 8 20,5

- Companheiro não estar bem - Não poder estar junto - Situção econÔmica difícil

- Insegurança qunto ao futuro da falia

5 12,8 4 10,3 2 5,1 2 5,1

- Pouco esclarecmento quanto ao tratamento e doença do maido 2 5,1

- Responsabilidade pernte a outra fa - Ter Que asusmir a dreção dos ne:6cios

T O T A L

: = 1 ,3 problemas / esosa

A tabela 7 revela que os problemas priorizados pels esposs de pacientes infartados na fse aguda, estão centrados no medo da morte e de outro infrto

(33,4%) e preocupação qunto à evolução e vida futu­ ra (20,5%). Acredita-se que as aitudes em relação à mote estão embsadas em valoes culturais, onde a erda e a morte não são aceitos e nem trabalhados, le­ vando, muitas vezes, à oissão da própria equie em lidar com este specto. Além disso, a qulidade de vi­ da, sequels e mitações advinds desta afcção, acar­ retam precupação s esposs, uma vez que a nosa

2 5,1 1 2 6

sociedade está centrada em vloes de podução, en­ do esta, a condição de aceitação ou marginização do indivíduo.

IH -EXPECT A TIV AS QUANTO À

ATUAÇÃO DO ENERMEIRO

Ao quesionamos as esposas sobre o que esera­ vam do enfemeiro, foram ressaltads expctaivs re­ lcionads tanto ao desempenho do prossionl junto ao maido como tmbém junto a si ou à fmia. A a­ bela 8 retrata as exctaivas reveridas ela popu­ lção.

(6)

Tabela 8. Exectaivs das esoss de pcientes in fatados, quando à atuação do enfeeo. São Paulo, 1989.

EXPECT ATIV AS

EM RELAÇÃO AO MARIDO

% TOTAL % TOTAL GERAL PARCIAL

- Aitude humanística relacionada ao pael expressivo: • paciência

carinho

• compreensão, atenção, humidade

• conversa com ele

- Cuidar bem

- Não deixar que morra - Deixar ela andar

-Acompanhar no que for necessário SUB -TTAL

EM RELAÇÃO A SI

- Aitude humística relacionada ao papel expressivo • comprensão

• atenção • carinho ajuda I apoio • clor humano • paciência

* zade/amorlsinceidade/simpaia - Eclarcimento quanto às condições do marido - oientação quanto ao tratmento

- Permissão para icar maior tempo - Transmia segurança

SUB -TOTAL TOTAL

Em relação à tabela 8, veriica-e que tanto as expecativs relacionadas ao marido quanto s relacio­ nads à pr6pria esosa enfaim a importância do pa­ pel expressivo do enfemeiro. Assim, atitudes hu­ manísticas são as mais eserads do enfemeio. Do total de exectaivas relacionadas ao aido. o "cuidar

IV. NECESSIDADES B Á S ICAS

27

1]

32

17 6 5 1

61 88

12,5 12,5

3,4

1 , 1

1 , 1

30,7

36,5

19,3 6,8 5,7

1 , 1

9,3 10,0

12,7 40,7 1 1,2 3,7 3,7

00

52,4

27,9 9,8 8,2

1,7

00

bem" teve igual frequtlcia (40,7%) que as aitudes humanísticas. Em relação às pessoas, as atitudeds re­ ferentes ao pael expressivo representam 52,4% do totl de suas expectativas, vindo a seguir a necessidade de "esclrecimento quanto s condições do. marido" (27,9%).

Tendo em vista a identiicação dos asectos que incomandam as esposas dos pacientes com IAM dinte da doença, foi possível a identiicação das necessidades básicas afetadas da opulação em estudo. Obteve-se, ssD, o eguinte quado:

PROBLEMAS

- Estado subjetivo alterdo* - Medo (morte, reinfarto)* - Precupação quanto à evolução*

- Inegurança quanto ao futuro da fia

- Situação econômica diícil

- Pouco eclarcimento de fatos relcionados ao tratmento e doença - Buscndo resposta na fé

- Responabiidade erante a outra fia

- resonsabidades ssumidas por ausência do marido - T er que assumir a direção nos negcios

- Dependência futura do marido - Acontecimento ineserado

- Alteração na vida afeiva, amorosa, exual - Companheiro não estar bem

- Não poder estar junto - Não oder estar junto - Não conegue dormir

* Problemas mais prevalentes (com frequência suerior a 12,8%)

76 R. Bs. Enfen., Bsia, 43 ( 1 , 2, 3/4): 7 1 -78, janJdz. 1 990

NECESSIDADES BÁSICAS

Segurança

Segurança, Amor e Gregria, Esima (12)

Segurança, Amor, Gregária

Amor e Gregária

(7)

A anlise dos problemas penitiu a correlação dos mesmos com as necessidades básicas estaelecidas por MASLOW. Observa-se í que a necessidade de segurança, amor e gregária se relacionam com a maio­ ria dos problemas, entretanto a necessidade de

segu-rança abrange os problemas mais prevalentes.

Considerando as expectativas como aquilo que as espoas eseram do enfermeiro, optamos or correla­ cioná-las como necessidades a serem atendidas pelo enfemeo, em busca do seu equlbrio (Quadro 2).

Quadro 2. Necessidades básicas relacionadas às expectativas das esposas de opacientes infartados quanto à atuação do enfemeio. São Paulo, 1989.

PROBLEMAS NECESSIDADES BÁSI A

Em relação ao maido (*):

- Pael expressivo: paciência, compreensão, atenção e humanidade (* *) Amor e Gregáia - Cuidr em (**)

- Não deixar que morra

- Acompanhar no que for necessário - EDeixar ele andar

- Conversar com ele

Em Relação a sI

Segurança, Amor e Gregáia, Esima

Esima.

- Papel expressivo: compreensão, atenção, carinho, paciência, clor humano

aoio, aizade, amor, sinceridade, simpatia (**) Amor e Gregária. - Esclarecimento quanto às condições do marido (**)

- Orientação qunto ao tratmento Segurança - Transmita segurança

- Penissão para icar mais temo Amor e Gragária, Estima

(*) As necessidades í relacionadas são ertinentes tanto ao marido quanto à esosa. (**) Exectativas mis mencionadas

O quadro acima evidencia a presença significaiva da necessidade de mor e gregária, estando ela relciona­ da à maioria das exectativas como tmém, abrangendo as expctativas mis mencionadas.

4 CONC LUSÕES

Os resulados "apresentados eitem as eguintes conclusões:

- Todas as esposas souberm mencionar a caua de intenação dos mridos, sendo que 76,7% re­ feriu ser apenas um infarto, 13,3% que é um in­ farto e é grave, e 10% que é um infarto, um en­ tupimento de veia.

- Os problemas mis mencionados elas esposas de pacientes infartadis, na fase aguda do trata­ mento, form: alterações do estado subjeivo (23,8%); medo ( 18,8%); preocupação quanto ao futuro (14,7%); não poder estr junto ( 12,8%). - Os problemas prioritários mis prevalentes fo­

ram: medo da morte e reinfarto (33,4%), preo­ cupação quanto à vida futura (20,5%); compa­ nheiro não estar bem ( 12,8%); não poder estar junto (10,3%).

- As expectaivas qunto à atuação do enfemeiro ressltam opapel humanstico e expressivo com o mais esperado, tanto para atuação junto ao marido (40,7%), quanto em elção à esosa

(52,4%). Tal pael inclui atitudes como: com­ prensão, atenção, crinho, ajuda, calor huma­ no, paciência, amizade, mor.

- As necessidades básicas afetads ds esosas de pacientes infartados na fae aguda do tratamen­ to form: segurança, amor e gregária, esima e

fisiológic.

- As necesidades afetads relacionadas a partir das execaivas de atuação do enfemeiro fo­ rm: amor e gregária, segurança e estima.

5 CON S ID E R AÇÕES F I N A I S

A s conclusões do presente estudo peitirm constatar mis uma vez, a necessidade de dircionar a atenção do enfermeiro a dois aspectos que têm sido relegados na pr�tica hospitlar: a ssistência à fia e o desempenho do papel expressivo pelo enfermeiro.

Entendemos que muitas vezes, a não incorpo­ ração de tais aspextos no mbito da assistência de en­ femagem advém das próprias condições em que essa práica é realizada e não ncessariamente do desco­ nhcmento da sua mportância elo proissional.

Acreditmos, entretanto, que a prtr da deida valorização desses sectos assistenciids e da ade­ quação das condições de realização da práica de en­ fermagem, erá possível uma assistência sistemáica e afeiva à fia, com o direcionamento da atenção do enfermeiro às áres de desequlíbrio dos familiares como também, ao atendimento das expecativas a ele atribuíds enquanto proissional de saúde.

Consideramos de vitl importância que outros es­ tudos venham a ser reaizados, objetivando apmorar cada vez ms o conhecimento dessa área carente de atuação pelo enfermeiro.

(8)

ANEXO I F O R M U L Á R I O

PARTE I: IDENTIFICAÇÃO

a) DO CONSORTE

NOME: SEXO:

IDADE:

N2 DE FILHOS: menores de 18 anos: maiores de 1 8 anos; GRAU DE INSTRUÇÃO

b) DO PACIENTE

Dia de intenação: N2 de intenações em UC.:

Data: ____ _

Incio;

Ténino: ___ _

Condições cínicas monentâneas - presença de dor, rtefatos teraêuticas ( Catéteres, drenos, venclises, espi­ radores, monitores).

Observações: (outrs implicações familiares)

PARTE 11: PERCEPÇÃO DA SITUAÇÃO

A Sra. sae que o seu marido teve (apeentou)? e sim, o quê?

Essaa situação ou condição do seu faiar sá incoodndo a Sra. de alguma fona? como e orquê?

O que mais a incomoda?

PARTE 111: EXPECTATIVAS QUANTO A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO

O que a Sra. esera do enfeneiro nessa situação?

R EF E R Ê N C IAS B I B L IOG R ÁF I CAS

1 CHAVEZ, FABER., Effect an education - orienaion program on family members who visit their signiicnt other in the inensive care unit. Heart Lung. Saint ouis, 16( 1): 92-99, 1 987.

2 GAGLIONE, M.K. Assessing and intevening with fmilies of CCU patiens. Burng Ccs of Noth eca. 1 9(3), Sept., P. 427, 1 984.

3 GUERRA, G.M., SILvA, C.A. Caracteação a Vsita a Unade Coroaana, Papel o Enfeero. Taba­ lho apresenado no IX CONGRESSO PAULIS TA DE CARDIOLOGIA. Ribeião Peo, 1 1 de juho de 1 988. p. 9.

4 LAUREN fI, R. Epidemiologia s denças cardiovcula­ res no Brasil. Arquo Bralero Cardooga. São Paulo,

38(4): 243-248, 1 982.

5 LOLIO,' C.A., LAURENfI, R. Moralidade por doença isquêmica do coeção no município de São Paulo: evo­ lução de 1 950-8 1 e mudanças ecenes a tendência.

Arquvo Bero de Cardooga. São Paulo, 46(3):

153-156, 1986.

6 MEL TZER, L.E. et alii. Enfeagem na Undae Corona­

a. Rio de Janero: Aheneu, 1 984, p. 5.

7 MOSCOVICI, F. desenvoento ntepessoal. 3 ed., Rio de Janero: Lios Técnicos e Cientíicos, 1985.

8 NY AMA THI, A.M. The coping esponses of female spou­ ses of patiens with myocardial infarction. H eart Lung.,

Saint Louis, 1( 1): P .86-92, 1 987.

9 T AKAHASHI, E.I.U. Visias de fmiliares a dentes nfar­ ados: nálise de alguns pmeos crdiovsculares. São Paulo, 1 980. 69 p. (Disertação de Mestado - Es­ cola de Enfemagem a USP).

10 WIPPLE, G.H. et alii. Isuênca coroaraa - as­ sstêna e atmento. São Paulo: Editora Pedagógica e Univesitária, 1 980. p. 9.

Imagem

Tabela 4. Distibuição da opulção segundo as condições clinicas momentâneas do paciente infartado
Tabela 6  - Problemas ercebidos els esoss de pcientes infartados, na fe aguda do tratento
Tabela 8. Exectaivs das esoss de pcientes in fatados, quando à atuação do enfeeo.  São Paulo, 1989

Referências

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