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Influência de fitorreguladores de crescimentona produção de estolhosde morangueiro (Fragaria spp.).

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Academic year: 2017

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PLANTA DANINHA IV (1): 1-6, 1981

INFLUÊNCIA DE FITORREGULADORES

DE CRESCIMENTO NA PRODUÇÃO

DE ESTOLHOS DE MORANGUEIRO

(FRAGARIA

SPP.)

A.A.LUCCHESI* K.MINAMI*

* Professores Livre-Docentes da ESALQ-USP, C.Postal 09, Piracicaba, S.P.

Parte da tese apresentada pelo primeiro autor para obtenção do titulo de Livre-Docente na ESALQ-USP.

RESUMO

SUMMARY

O presente trabalho, conduzido no campo ex-perimental do Setor de Horticultura da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", em Pi-racicaba (SP), teve como finalidade estudar a influência de diferentes fitorreguladores de cresci-mento na formação de estolhos em morangueiro

(Fragaria spp.), cultivares Campinas e Monte Alegre.

Foram aplicados os fitorreguladores: ácido-indolil-3-acético (IAA), 30 ppm; ácido 2-(3-clo-rofenoxi) propiônico (CPA), 75 ppm; ácido giberé-lico (GA3), 30 ppm; cloreto de (2-cloroetil) trimetilamônio (CCC), 1500 ppm; sal potássico de 6-hidroxi-3-(2H) piridazinone (MH), 900 ppm; e ácido succinioo-2,2-dimetilhidrazida (SADH), 900 ppm; sendo que essas doses foram subdivididas, e aplicadas em três vezes, com intervalo de uma semana, iniciando-se a três semanas após o transplante das plantas do morangueiro para o local definitivo.

Concluiu-se que, a cultivar Monte Alegre ini-ciou antes a emissão de estolhos e emitiu maior número deles em comparação com a 'Campinas'. Houve maior emissão de estolhos nas parcelas tratadas com GA3, CPA e IAA, e asque menos produziram estolhos foram as tratadas com MH.

PALAVRAS CHAVE: Morango, fitorregulado-res,Fragariaspp.

INFLUENCE OF GROWTH REGULATORS ON RUNNER PRODUCTION OF STRAW-BERRY(FRAGARIASPP).

.The present work was conducted in the expe-rimental field of Horticulture Section of ESALQ, Piracicaba (Brazil) to study the influence of growth regulators on runner formation in straw-berry(Fragaria spp),cvs 'Campinas' and 'Monte Alegre'.

Treatments applied were: indoleacetic acid (IAA), 30 ppm; 2-(3-chlorophenoxy) propionamid acid (CPA), 75 ppm; gibberellic acid (GA3), 30 ppm; (2-chloroethyl) trimethyl ammonium chlori-de (CCC), 1500 ppm; 1,2-dihydro-3,6-piridazinedio-ne (MH), 900 ppm; and succinic acid 2,2-dimethyl-hidrazine (SADH), 900 ppm; being these dosage sub-divided and applied in three times, with one week interval starting three weeks after strawber-ry transplanting in the field.

The cultivar Monte Alegre started earlier and produced higher number of runners comparing to 'Campinas'. There was higher emission of runners in plots treated with GA3CPA and IAA, and tho-se treated with MH produced lestho-ser.

(2)

2 A.A. LUCCHESI & K. MINAMI

INTRODUÇÃO

A utilização de fitorreguladores na cultura do morango tem dado muitas

informações com relação ao seu

comportamento fisiológico, seja no crescimento (18), ou na produção de frutos (19). Na literatura encontram-se vários trabalhos no que se refere à utili-zação dos principais fitorreguladores, como as auxinas, giberelinas, citocini-nas, ácido abscíssic o e etileno (1). Assim, Dennis e Bennett (6), Blatt e Crouse (3), Kender et al.(16) e Honda (14) aplicaram

giberelinas em morangueiro. Já

Waithaka e Dana (27) estudaram o

comportamento do morangueiro quando submetido à ação de giberelina mais a citocinina PBA [6(benzilamino) -9-(2-tetrahidrophyranil) - 9H-purina]. Elizalde e Guitman (7) tentaram o morphactin com benziladenina (citocinina). Guttridge (10) e Guttridg e et al. (12) observaram a ação do CCC (cloreto de 2-cloroetil trimetilamônio) em moranguei ro.

Porém, são poucos os trabalhos que relacionam os fitorreguladores com a produção de estolhos, principalmente, no final da produção. Os estudos referem-se à intensificação na produção de estolhos, sem que a planta tenha passado pela fase reproduti va, ou seja, após a produção.

Alguns produtores de morango ainda utilizam o método de aproveit ar as plantas da cultura já produzida para produção de mudas para a safra seguin-te. Dentre esses produtores existem aqueles que normalmente aplicam gibe-relina na sua cultura.

Para se conhecer os possíveis efeitos

dessas substâncias na produção de

estolhos, foi elaborado o presente tra-balho.

MATERIAIS E MÉTODOS

Conduziu -se o presente experimento no Campo Experimental do Setor de Horticultura, na Escola Superior de

Agricultura "Luiz de Queiroz", em Piracicaba, SP, em solo classificado como Terra Roxa Estruturada série Luiz de Queiroz.

Foram utilizadas as cultivares Campinas (IAC 2712) e Monte Alegre (IAC 3113), híbridas obtidas por cruzamento controlado entre espécies do gênero Fragaria L. As

mudas foram obtidas da Estação

Experimental de Monte Alegre, Seção de Hortaliças de Frutos do Instituto Agronômico do Estado de São Paulo. Foram enviveiradas em 15/ 02/79 e transplantadas para canteiros em 11/05/79, no espaçamento de 0,35m x 0,35m.

Foram executados todos os tratos culturais convencionais para a cultura do morangueiro e utilizou-se de cobertura do solo ("mulching") dos canteiros com fita de madeira picada.

Os tratamentos experimentais

constaram, além do controle (T), da aplicação, sob forma de pulverização da solução aquosa de: IAA, 30 ppm; CPA, 75 ppm; GA3, 30 ppm; CCC, 1500 ppm; MH, 900 ppm e SADH, 900

ppm. Essas concentrações foram

subdivididas e aplicadas em três vezes (um terço da concentração por vez), com intervalo de uma semana. Os produtos considerados como retardadores de crescimento (CCC, MH e SADH) foram aplicados, cada sub-dose, em 01/06/79, 08/06/79 e 15/ 06/79. Os produtos que agem como promotores de crescimento (IAA, CPA e GA) foram aplicados, cada sub-dose, em 08/06/79, 15/06/79 e 22/06/79.

A aplicação dos retardadores foi feita, portanto, em doses subdivididas da concentração total, aos 21, 28 e 35 dias após o transplante das mudas do morangueiro para o local definitivo, e a aplicação dos promotores de crescimento foi efetuada aos 28, 35 e 42 dias após o transplante.

(3)

INFLUÊNCIA DE FITORREGULADORES EM MORANGUEIRO 3

Em 30/10/79, quando do início da formação de estolhos, foram os mesmos co nt ad os , e po r oc as iã o de úl ti ma co -lheita de frutos (30/11/79) procedeu-se t a m b é m a c o n t a g e m d o n ú m e r o d e estolhos formados, por parcela.

O de li ne am en to ex pe ri me nt al fo i em bl oc os ca sua li za do s co m 3 re pe ti -ções, utilizando-se 10 plantas úteis por parcela, por cultivar, num total de 420 plantas úteis. Para a comparação das médias dos tratamentos, utilizou-se do teste de Tuke y, calcul ando-se a dif eren-ça míni ma sign ific ativ a (d.m.s.) ao níve l de 5% de probabilidade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os quadros 1 e 2 apresentam os dado s do nú me ro de es to lh os fo rm ad os por planta até 30/10/79, e os formados até a últ ima col hei ta de fru tos (10/11 / 7 9 ) , p a r a c a d a c u l t i v a r , r e s p e c t i v amente.

O quadro 3 apresenta o resumo das análises de variâncias, expresso em qua drado s médios, dos dad os dos qu a-dros 1 e 2.

No final de outubro de 1979 (Quadro1), as plantas iniciaram a emissão de estolhos e a análise estatística efetuada nos dados obtidos até 30/10/1979 most r o u q ue a ` M on t e Al eg r e ' i n i c i o u a produção mais precocemente do que a `Campinas'. Na `Campinas' as parcelas tratadas com GA: mostraram uma maior em i ss ão de es to l ho s em r el aç ão aos out ros tra tam ent os. Na `Mo nte Ale gre ', a ap li ca çã o de GA3, CP A e IA A in du zi ram um maior número de estolhos; e a meno r emissão foi con st ata da nas par celas tratadas com MH.

Com relação ao número de estolhos emi tid os por planta até a últ ima colhei ta de dados em 30/11/1979, (Quadro 2) verificou-se que a `Monte Alegre' emitiu m a i o r n ú m e r o d e e s t o l h o s q u e a `Campinas', e nas duas cultivares, GA3, C P A e I A A i n d u z i r a m a e m i s s ã o d e maior número de estolhos e MH um nu-mero menor.

O aumento no número de estolhos emi tid os por planta , nas par cel as tra ta -das com GA3 confirma os trabalhos de

Porlingis e Boenton (21); Turner (26); Guttridge e Thompson (11); Leshem e Koller (17); Dennis e Bennett (6); Blatt e Cr ou se (3 ); Ke nd er

et al. (1 6) ;

Ho nd a

(14) e Solovei (24). Segundo Solovei (24) doses mais elevadas de GA3 (100 e 200

ppm) podem induzir a inibição no desenvolvimento de estolhos.

Wa it ha ka e Da na (2 7) ve ri fi ca ra m que GA3, a 50 ppm, isoladamente, não induziu aumento de estolhos, mas sim qu an do mi st u ra do co m PB A (c it oc in i -na).

El izal de e Guit ma n (7 ) ve ri fi car am que GA3, a 50 e 100 ppm, isoladamente

não in duz iu aum ent o de est olh os, mas si m qu an do mi st ur ad o co m be nz il ad e-nina (citocie-nina).

A a ç ã o d a s a u x i n a s , s e g u n d o Felippe (8), é através da indução do crescimento celular por um efeito no al on ga me nt o ce lu la r e de ac or do co m Vá li o (2 8) , as au xi na s ta mb ém at ua m em : f ot o e g eot r op is m o, do m in ânc i a apical, indução de primórdios de raízes, cre sci men to da flo r e do fruto , ind uçã o n o f l o r e s c i m e n t o , f r u t i f i c a ç ã o , par te no ca rpia , ep in asti a e ab scis ão fo -liar.

No caso das giberelinas, são subs-t â n c i a s q ui m i c a m e n subs-t e r e l a c i on a d a s co m o ác id o gi be ré li co , qu e in du ze m t a m b é m a l o n g a m e n t o c e l u l a r ; e , reversão do nanismo genético, floresci-me nt o em "p la nt as de ro se ta ", mo di fi-cação na expressão sexual das flores, partenocarpia, senescência, abscisão, germinação e quebra de dormência de sementes (20).

No pre sen te exp eri men to, verif icou -s e , q u e a -s a u x i n a -s ( I A A e C P A ) e a giberelina (GA3) atuaram na indução de estolhos.

(4)
(5)

Gut-INFLUENCIA DE FITORREGULADORES EM MORANGUEIRO

Quadro 3 . Resumo das análises de variância expresso em quadrados médios, do número de

estolhos formado por planta, até as duas épocas estudeadas.

5

tridge (10); Guttridge

et al. (12);

Caterchini e Pre ziosi (5) ; Ber gamini e Pim pi -ni (2); Guerrier o

et al.

(9) e Sach s

et al.

(23) quando aplicaram CCC em moran-gueiro e observaram retardamento na emis sã o de es to lh os, e me no r nú mero deles formados. Bergamini e Pimpini (2) aplicando SADH, acima de 4000 ppm obs erv ara m emi ssão de men or númer o d e e s t o l h o s ; e B r o w n e H i t z ( 4 ) e Thompson (25) aplicando MH, também obs erv ara m emi ssã o de men or númer o de estolhos em morangueiro.

A ação dos retardadores de cresci-mento, segundo Kende

et al.

(15) parece ser com o ant igi ber eli nas , poi s obs erv a-ram que a aplicação de CCC em plantas s u p e r i o r e s b l o q u e a v a a s í n t e s e d e gi be re li na, ma s a qu e est av a pres ente no s te ci do s nã o fo i a fe ta da . Ri ug o e Sa ch s (2 2) , ob se rv ar am qu e o ef ei to primário do SADH é inibir a síntese do

ác id o in do li l -3- ac ét ic o (I AA ), He rt wi g (13) cita que a MH atua impedindo ulte-rior divisão celular, mas as células já

formadas continuam alargando-se e

cr escendo; nesse caso, at ua, por ta nt o, no bloqueio da ação das citocininas.

Ob se rv a - se , po rt an to , qu e a aç ão ge ra l do s re ta rd ad or es (C CC , SA DH e MH ) se ri a de in ib ir a sí nt es e ou

di mi nuir a ação dos aceleradores

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