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Estudo comparativo da freqüência da morte súbita inesperada por doença de Chagas, em Uberaba, nos anos de 1980 e 1990.

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Academic year: 2017

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R e t fis t a d a S o c ie d a d e B r a s ile ir a d e M e d ic in a T r o p ic a l 2 8 ( 2 ) :1 0 9 - 1 1 2 , a b r - ju n 1 9 9 5 .

ESTUD O COM PA RA TIV O D A FREQ ÜÊN CIA DA M O RTE SÚBITA IN ESPERA D A PO R D O EN ÇA D E CHA G A S,

EM UBERA BA , N O S A N O S D E 1 9 8 0 E 1990

Ed iso n Reis Lop es, M ara V irgínia Lellis M arçal, C arlos Siade, R o sem ary K iyok o A sai, Fern an d o R od rigues d a C unha A raújo, Lúcio G asp ar

R ivas, R en ata R ib eiro d e M oraes, V anessa D elfíno D alalio, A d riana V itor R ezende e Beatriz H aU al Jo rg e

R e a l i z o u - s e e s t u d o c o m p a r a t i v o d a f r e q ü ê n c i a e e t i o l o g i a d a s m o r t e s s ú b i t a s o c o r r i d a s n o M u n i c í p i o d e U b e r a b a , M i n a s G e r ais , e m m a i o r e s d e 1 5 a n o s d e i d a d e , n o s a n o s d e 1 9 8 0 e d e 1 9 9 0 , c o m o o b j e t iv o f u n d a m e n t a l d e a n a l i s a r a f r e q ü ê n c i a a t u a l d o ó b i t o s ú b i t o e m n o s s a r e g i ã o e o e v e n t u a l p a p e l d e m e d i d a s p r o f i l á t i c a s e t e r a p ê u t i c a s n a m o r t e s ú b i t a p o r d o e n ç a d e C h a g a s . D o s 1 2 2 6 ó b i t o s d e 1 9 8 0 , 5 4 ( 4 ,4 % ) f o r a m s ú b i t o s e d e s t e s , 1 3 ( 2 4 , 1 % ) e t i o l o g i a a t r i b u í d a à d o e n ç a d e C h a g a s . E m 1 9 9 0 f o r a m p e s q u i s a d o s 1 7 4 0 ó b it o s , d o s q u a i s 4 4 ( 2 ,5 % ) f o r a m s ú b i t o s ; d e s t e s , s o m e n t e 3 ( 6 ,8 % ) d e v i d o s â t r i p a n o s o m o s e c r u z i . O s r e s u l t a d o s i n d i c a m r e d u ç ã o s i g n i f i c a t i v a n a f r e q ü ê n c i a t a n t o d a m o r t e s ú b i t a e m g e r a l , c o m o d a q u e l a d e v i d a à d o e n ç a d e C h a g as ,

n o a n o d e 1 9 9 0 , e m r e l a ç ã o a o d e 1 9 8 0 , d i s c u t i n d o - s e s u a s p r o v á v e i s r a z õ e s . P a l a v r a s - c h a v e s : D o e n ç a d e C h a g a s . T r i p a n o s o m o s e c r u z i . M o r t e s ú b i t a . U b e r a b a .

Em 1980, tivemos oportunidade de estudar, entre outros asp ecto s da morte súbita inesperada (MSI) da do ença de Chagas (DC), sua freqüência em área end êmica da trip ano so m o se cruzi. Constatamos ser a cardiopatia chagásica crônica (CCHCr) a causa mais freqüente de óbitos súbitos na cidade de Uberaba, onde realizamos o estudo6.

Nos últimos anos, não somente no Brasil Central - onde Uberaba se situa - mas em todo o Brasil e em outros países, foram introduzidas importantes condutas profiláticas contra o T. c r u z i e novas terapêuticas foram empregadas

no tratamento da DC.

Por esta razão, pareceu-nos de interesse averiguar a freqüência da MSI, por DC, dez anos após a análise feita em 1980 e comparar os resultados obtidos nos dois estudos visando a: 1) co nhecer a freqüência atual do óbito súbito do chagásico crônico em nossa região e

Trab alho d o C u rso d e Pó s-g rad u ação em Pato lo g ia H um ana d a Facu ld ad e d e M ed ic in a d o Triâng u lo M ineiro , U b erab a, MG.

À p o io d a Fu nd ação d e A m p aro à Pesq u isa d o Estad o d e M inas G erais.

E n d e r e ç o p a r a c o r r e s p o n d ê n c i a . Pro f. Ed iso n R eis Lo p es.

C u rso d e Pó s-g rad u ação e m Pato lo g ia H um ana/ FM TM , Av. G etú lio G u aritã s/ n°, 3 8 0 2 5 -4 4 0 U b erab a, M G, Brasil. R e c e b id o p ara p u b lic aç ão em 13/ 09/ 94.

2) analisar o papel das citadas medidas profiláticas e terapêuticas na morte súbita (MS) por DC em Uberaba.

MATERIAL E M ÉTO DO S

Pesquisaram-se todas as causas de MS, em maiores de 15 anos, constantes dos arquivos do cartório de Registro Civil de Uberaba onde são registrados todos os óbitos ocorridos no Município.

Foram considerados como de MS os óbitos naturais, inesperados, de indivíduos tidos como assintomáticos, nos quais, o tempo decorrido entre o início dos sinais e sintomas e o evento letal, não ultrapassou 24 horas.

Em 1980 foram registados 1618 óbitos, dos quais

12 2 6

ocorreram em maiores de 15 anos de idade. No ano de 1990 foram anotados 1909 falecimentos, 1740 em pessoas com mais de 15 anos.

No exam e das certid õ es de ó bito eliminaram-se, prelim inarmente, to d o s os casos relativos a mortes violentas, doenças caquetizantes, degenerativas, neoplasias, pro cessos infeccio sos crô nicos etc. Os casos de MS e sua etiologia foram confirmados por buscas nos arquivos dos Pronto Socorros e Hospitais e/ ou entrevista co m médicos e/ ou familiares.

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L o p e s E R , M ar ç alM V L , S ia d e C , A s a iR K , A r a ú jo ER C , R iv as L G , M o r a e s R R , D a la lio V D , R e z e n d e A V , Jo r g e B H . E s t u d o c o m p a r a t iv o d a f r e q ü ê n c i a d a m o r t e s ú b it a in e s p e r a d a p o r d o e n ç a d e C h a g as , e m U b e r a b a , n o s a n o s d e 1 9 8 0 e 1 9 9 0 . R e v is t a d a S o c ie d a d e B r a s ile ir a d e M e d ic in a T r o p ic a l 2 8 :1 0 9 - 1 1 2 , a b r - ju n , 1 9 9 5 .

RESULTADOS

Das 1226 e das 1740 certidões de óbitos A distribuição das MSI, segundo sua causa, analisadas em 1980 e 1990, respectivamente, enco ntra-se na Tabela 1.

4,4% e 2,5% das mortes foram súbitas.

T a b e l a 1 - C a u s a s d e m o r t e s s ú b i t a s i n e s p e r a d a s e m U b e r a b a e m 1 9 8 0 e 1 9 9 0 , s e g u n d o c e r t i d õ e s d e ó b i t o s r e g i s t r a d a s n o C a r t ó r i o C iv il.

Sistema/ causa 1980 1990

N2 d e caso s % dentro d o grupo N2 d e caso s % dentro d o grupo

S istem a C ard io v ascu lar 28 - 26 .

cardio patia chagásica crô nica 13 46,4 3 11.5

cardio patia isquêmica 12 42,8 21 80.8

cardio patia chagásica + isquêmica 2 ■ 7,2 - -aneurisma aó rtico arterio scleró tico 1 3,6 1 3.8 aneurisma d issecante da aorta - - 1 3-8

S istem a N erv o so 5 - 9

aneurisma cerebral roto 2 40 1 11,1

hemorragia intracerebral 1 20 5 55,5

meningite e/ ou encefalite 1 20 1 11,1

em bo lia cerebral 1 20 .

acid ente vascular encefálico (não esp ecificad o ) - - 1 l i , l

ep ilepsia - - 1 11,1

S is tem a R esp irató rio 9 3

-pneumonia 2 22,3 2 66.7

ed em a agudo pulmonar 5 55,5 1 33,3

em bo lia pulmonar 1 11,1 -

-^edema das pregas aritenoepigló ticas 1 11,1 -

-S istem a D igestiv o 1 - 1

-pancreatite aguda 1 100 1 100

O u tras cau sas d e m o rte 11 . 5

-cho que anafilático - - 1 20

co agulação intravascular disseminada (pós-parto) - 1 20

indeterminada 11 100 3 60

T o tal 54 - 4 4

-DISCUSSÃ O A freqüência de 0,17% de MS por DC

constatada, em maiores de 15 anos, falecidos em Uberaba em 1990, é significativamente m eno r que a de 1,06% que havíamos detectada, na mesma cidade, em 1980.

Deve-se realçar que nossos dados referem- se a caso s de MSI, isto é, aquela caracterizada fund amentalmente po r sua aparente imprevisibilidade, em pesso as entregues às suas atividades normais1 0 O co nceito de MS esperada e não esperada (inesperada) na DC, somente foi introduzido em 1985, cinco anos após nosso estudo inicial10. Tendo em vista o o bjetivo do atual estudo, os critério s metodológicos empregados para os dados de 1990 fo ram os mesmos utilizados para os de 1980.

Não temos elementos co nvincentes para explicar a significativá redução da freqüência da MSI po r DC em Uberaba, no ano de 1990, em relação ao de 1980. Entretanto, podemos aventar algumas hipóteses.

Em primeiro lugar, o fato poderia ser atribuído à eficácia das medidas empregadas na profilaxia da DC. Medidas profiláticas de grande repercussão no combate à DC foram iniciadas na região, em 1950 e reforçadas em 1978. Estas últimas fizeram parte de um plano nacio nal de combate ao T. c r u z i e foram

bastante eficazes. Contudo, não cremos que a campanha de 1978 se possa atribuir papel na red ução da freqüência de MSI po r DC o bservad a em Uberaba em 1990. Se considerarmos que a quase totalidade dos chagásicos se infectam nas primeiras décadas de vida4 e que a MSI po r DC acomete, preferentemente, indivíduos entre 30-40 anos5, deduz-se que somente medidas profiláticas implantadas, no mínimo, em 1960/ 1970, po d eriam exp licar a red ução dos ó bitos súbitos em chagásicos constatada em 1990. Quanto à campanha profilática de 1950, como relata Emmanuel Dias3, os trabalhos “não se resumiram a área do Município de Uberaba; estenderam-se à Bambuí e à Cidade Industrial,

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L o p e s ER , M a r ç a l M V L, S ia d e C , A s a i R K , A r a ú jo FR C , R iv as L G , M o r a e s R R , D a la lio V D , R e z e n d e A V , Jo r g e B H . E s t u d o c o m p a r a t iv o d a f r e q ü ê n c i a d a m o r t e s ú b it a in e s p e r a d a p o r d o e n ç a d e C h a g as , e m U b e r a b a , n o s a n o s d e 1 9 8 0 e 1 9 9 0 . R e v is t a d a S o c ie d a d e B r a s ile ir a d e M e d ic in a T r o p ic a l 2 8 :1 0 9 - 1 1 2 , a b r - ju n , 1 9 9 5 .

bairro proletário de Belo Horizonte”. Vê-se, portanto, que esta campanha limitou-se, no Triângulo Mineiro, a Uberaba. Portanto, mesmo que seus resultados tenham sido eficazes - e parece que o foram, co mo sugerem, entre outros, os dados de Souza12 - sua contribuição para a redução da MS por DC em Uberaba, em 1990, deve ter sido somente parcial, visto que nosso s pacientes nasceram e/ ou residiram em municípios outros que não Uberaba, Bambuí e Cidade Industrial.

Dois outros fatores, em nosso entender, podem também ter influído nos resultados. Um d eles fo i a melhoria das co nd içõ es habitacionais na zona rural, que apesar de todos os problemas vividos pelo país, sem dúvida, pelo menos em nossa região, foi inquestionável nas últimas décadas. Outro fator é resultado da migração ^ rural-urbana - que carreou grande número de chagásicos da zona rural para as cidades de médio e grande portes entre outras razões pela deficiência de trabalho no campo 14.

A p o ssibilid ad e de que medidas terapêuticas possam explicar a redução de MS por DC em 1990 em Uberaba, parece poder ser descartada. A medicação específica é empregada apenas em um número muito reduzido de chagásicos e como analisamos casos de MSI, os pacientes, po r não terem conhecim ento de sua doença, com certeza não fizeram uso desta terapêutica. Quanto aos anti- arrítmicos po d er-se-ia argumentar qué a amiodarona que, há alguns anos, vem sendo muito usada no Brasil Central1, por ser uma droga capaz de evitar reco rrências de taquicardia ventricular e de fibrilação ventricular8 9, poderia, também, prevenir a MS por DC2. Entretanto, po r serem o s chagásicos de no ssa casuística co m o já se frisou, assintomáticos ou oligossintomáticos, co m quase toda probabilidade, não utilizaram anti- arrítmicos. Deve-se, ainda, relembrar que não há qualquer pesquisa randômica a respeito de um eventual p ap el da amio d aro na na prévenção da MS por DC e, os estudos multicêntricos que analisam o benefício da amiodarona em pacientes com extra-sístoles freqüentes e co m p lexas, não envolvem cardiopatas chagásicos7. Finalmente, pode-se ainda associar a esses argumentos, o recente relato de caso de MS po r DC descrito nos Estados Unidos da A mérica do Norte, em card iopata chagásico em uso de

procainamida13, bem co mo a descrição de casos de MS em chagásicos em uso de amiodarona7.

- Outro dado de interesse que nosso estudo mostra é o da diminuição da freqüência do total geral de mortes súbitas, o que se deve provavelmente a redução dos óbitos súbitos na tripanosomose. A percentagem de 2,5 de morte súbita observada em 1990 fo i cerca de 56% menor do que a de 4,4% detectada em

1980.

Chama também a atenção o aumento da prevalência de MS por cardiopatia isquêmiça (Cl) em 1990. Aliás isto é de se esperar em regiões co mo a nossa, visto que diminuindo o número de ó bitos entre os 35-45 ano s, co m o suced e na tripanosomose cruzi, aumentam as p o ssibilid ad es de MS po r ÇI, que preferentemente atinge indivíduos em faixas etárias mais elevadas. Mas não é esta provalvemente a única e nem a principal razão que exp lique a d uplicação , po r nós constatada, do número de MS por Cl, em Uberaba, nos dois anos considerados.

Do ponto de vista epidemiológico, é de interesse comparar a taxa de mortalidade geral, em Uberaba, nos dois perío d o s considerados. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGÈ) indicam que a população do Município em 1980 - ano no qual ocorreram 1618 óbitos - era de 199.204 habitantes. Já em 1990, quando o Município passou a ter 211.894 habitantes, fo ram registrados 1909 óbitos. Portanto, as taxas de mortalidade em 1980 e em 1990 foram, respectivamente, 8,12 e 9 por mil, o que é de se esperar, visto que a p o p ulação do Município teve, em 1990, um aumento de 10,63% em relação à 1980.' Já as MS diminuíram em 18,5% nos dois perío dos considerados.

Ainda dentro do aspecto epidemiológico, haveria interesse em determinar o número de mortes por DC nos dois anos considerados, não só porque com estes dados poderíamos avaliar melhor a importância çja ]VÍS nestes períodos, mas também compará-los para efeito de medir a tendência do evento Sob outro ângulo. Entretanto, a análise que fizessemos sob a fidelidade do diagnóstico* de DC firmado nas certidões mostrou a necessid ade de que em to d os os ó bito s, o d iagnó stico da tripanosomose tivesse sido confirmado co m a mesma metodologia empregada para os casos de MS e isto não fo i possível realizar.

(4)

L o p e s E R , M ar ç alM V L , S ia d e C , A s a i B K , A r a ú jo FR C , R iv as L G , M o r a e s R R , D a la lio V D , R e z e n d e A V , Jo r g e B H : E s t u d o c o m p a r a t iv o d a f r e q ü ê n c i a d a m o r t e s ú b it a in e s p e r a d a p o r d o e n ç a d e C h a g as , e m U b e r a b a , n o s a n o s d e 1 9 8 0 e 1 9 9 0 . R e v is t a d a S o c ie d a d e B r a s ile ir a d e M e d ic in a T r o p ic a l 2 8 :1 0 9 1 1 2 , a b r ju n , 1 9 9 5

-Cremos que as consid erações feitas sejam válidas, não só por termos analisado todos os óbitos ocorridos nos dois anos considerados, mas tam bém po r saberm o s que Ro cha observou em Uberlândia (cidade situada a 100 km de Uberaba) significativa redução da mortalidade po r DC nos últimos anos (A. Rocha: comunicação pessoal, 1994).

A GRADECIMENTOS

A os dirigentes e funcionários do Cartório de Registro Civil de Uberaba; ao Prof. Uilho A ntonio Go mes, p ela o rientação na interpretação dos resultados e à A lessandra Scoda pelo auxílio na digitação.

SUMMARY

A c o m p a r i s o n w a s m a d e b e t w e e n t h e y e a r s 1 9 8 0 a n d 1 9 9 0 f o r t h e f r e q u e n c y a n d c a u s e s o f s u d d e n d e a t h o c c u r r i n g in t h e u r b a n a n d r u r a l a r e a s o f t h e c it y o f U b e r a b a i n i n d i v i d u a l s o l d e r t h a n 1 5 y e a r s . I t a i m s m a i n l y t o a n a l y s e t h e c u r r e n t f r e q u e n c y o f s u d d e n d e a t h in t h a t r e g i o n a n d t o e v a l u a t e t h e im p a c t , it an y , o f p r o p h y l a x i s a n d t h e r a p y o n s u d d e n d e a t h d u e t o C h a g a s ’ d i s e a s e . F o r t h e 1 2 2 6 d e a t h s c a s e s s t u d i e d f r o m o u r 1 9 8 0 , 5 4 ( 4 .4 % ) w e r e s u d d e n o n e s ; o u t o f t h e s e , 1 3 ( 2 4 . 1 % ) w e r e s u p p o s e d l y d u e t o C h a g a s ’ d i s e a s e . F o r t h e 1 7 4 0 d e a t h c a s e s s t u d i e d f o r m o u r 1 9 9 0 s e r ie s , 4 4 ( 2 .5 % ) w e r e s u d d e n o n e s ; o u t o f t h e s e , o n l y 3 ( 6 .8 % ) w e r e c o n s i d e r e d t o b e d u e t o C h a g a s ’ d i s e a s e . T h e r e s u lt s i n d i c a t e a s i g n i f i c a n t d e c r e a s e i n t h e f r e q u e n c y b o t h f o r s u d d e n d e a t h in g e n e r a l a n d f o r s u d d e n d e a t h d u e t o C h a g a s ’ d i s e a s e w h e n t h e y e a r 1 9 9 0 is c o m p a r e d w it h 1 9 8 0 . P r o b a b l e e x p l a n a t i o n s f o r t h e f i n d i n g s a r e d is c u s s e d .

K e y - w o r d s : C h a g a s ’ d i s e a s e . T r y p a n o s o m i a s i s c r u z i . S u d d e n d e a t h . U b e r a b a .

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