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Leituras de "comunicação e expressão" análise de conteúdo

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(1)

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LEITURAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO

..

ANÁLISE DE CONTEÚDO

••

Maria Fi!omena Rego

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.

.

j

..

(2)

LEITURAS DE "COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO"

ANÁLISE DE CONTEÚDO

(3)

Maria Filomena Rêgo

Tese submetida corno requisito

parcial para a obtenção do grau

de mestre em Educação.

Rio de Janeiro

Fundação Getúlio Vargas

Instituto de Estudos Avançados em Educação

Departamento de Psicologia da Educação

1976

(4)
(5)

PREFÁCIO

RESUMO ••

MATERIAL ANALISADO

1. INTRODUÇÃO . . .

• • • • • o •

·

.

. . .

. .

2 . OS TEXTOS:apresentação dos conteúdos

2.1 Os personagens . . . o • • • • • o • • o o

2.2 As Normas

.0 ...

o • • •

2.3 A Deformação da Realidade

2.4

A Apresentação dos Textos

. .

.. .

3 • A FAMíLIA • . . .

. .

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3 • 1

4.

A Estrutura Familiar

A ESCOLA . . .

o.

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V VI VII 1 20 22 25

26

27 3 1 40 55 4.1 Os Membros da Escola e suas Relações. • 59

5. A PÂTRIA .

5.1 A Natureza

. .

.

.

7 1

73

5.2 O Homem . . . 77

5.3 A História . . . .

5.4 O S(mbolo . o

6.

7 .

8 •

9 •

A RELIGIÃO

OS VALORES MORAIS

CONCLUSÃO . . o • • • o .

AP~NDICE . . . .

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

. . . .

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. . .

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. . .

..

· .

. .. .

86

96

103 123

1 32

138

144

ANEXO: RESUM.1t • . . • . . . o • • • • • • • • 148

BIBLIOGRAFIA •• o • • o • • o • • • o • • • o . o . , o . • • • • • 149

(6)

• • • • o • o • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • V RESUMO • • • • • • 0 • • • • •

. . .

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.

VI

MATERIAL AN ALISADO

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VI:

1 • INTRODUÇÃO

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..

1 2 • OS TEXTOS apresentação dos conteúdos •• 20

2 • 1 Os Personagens

.

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;. 22

2 • 2 As Normas

·

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25 2 • 3 A Deformação da Realidade

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'.

26 2.4 A Apresentação dos Textos

. . .

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'.

27

3 • A FAMíLIA

.

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31 3 • 1 A Estrutura Familiar o • • • 40 4. A ESCOLA

· .

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55 4. 1

J

5.

Os Membros da Escola e suas Relações

A PÁTRIA o o •

.

..

. .

59

7 1

5 • 1 A Natureza

·

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73

5. 2 O Hom.em

o • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 77

5. 3 A História

.

. . .

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• • • • • • • • • • • • o • •

86

5. 4

o

S{mbolo

. .

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. . . .

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96

6.

A RELIGIÃO

.

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• • • • • • o • 103

7 • OS VALORES MORAIS

• • • • • • • • • • • • o • • • • • • 123

8 • CONCLUSÃO'

.

.

. .

. .

.

. . .

o • • • • • • • • • • • o • • • • 132

9 •

AP~NDICE

·

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. . . .

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. . . .

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138 NOTAS BIBLIOGRAFICAS

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144 BIB LIOGRAFIA

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148

(7)

c o mo t o do t r a b a I h o in t e I e c tua I, este nao foi

-fruto do esforço de uma unlca pessoa. Para que

,

.

~

le se tornasse uma realidade, contei com valiosas

colaborações. Por isso, os agradecimentos s ao

-muitos e variados.

Foi orientador desta monografia o Professor

Antônio Gomes Pena, mestre a quem muito agrad..!:.

ço.

O meu agradecimento ao Professor Luiz Feli

pe Baêta Neves Flores, mestre e amigo, que com

suas críticas, sugestões e incentivo muito

contri-buiu para o enriquecimento deste trabalho.

Ao P r o f e s s o r C

â

n d i do G r z y b o w s ki , que a j u -dou no momento da escolha do tema desta monogr~

fia, a minha gratidão.

Agradeço

à

Professora Dilma Rohen de

Quei-roz pela ajuda prestada na coleta de dados junto

às escolas.

À d e d i c a ç ã o d a P r o f e s s o r a R e g i n a V i t

ó

r i a Re bello de Mendonça, responsável pela parte materl,

aI deste trabalho. 'A Professora Maria da Graça

Rego,que se mostrou incansável no atendimento a

todo pedido de ajuda, e a todos os amigos que, de

a I g uma f o r ma, c o n t r i b u i r a m p a r a que e s t e t r a b alho

se tornasse possível,o meu reconhecimento.

(8)

uma análise da ideologia de textos. O objeto do e~ t u d o s ã o o s c o n t e ú dos dos t e x tos dos I i v r o s d e 11 Co

municaçao e Expressão" das 3as. e 4as. séries do

Ensino de 19 Grau, adotados nas escolas estaduais

dos m uni c í p i o s de Bom J a r di m, C a n ta g a lo e C o r dei

ro, no Estado do Rio de Janeiro.

C o n s i d e r a - s e a i d e o I o g i a c o m o u m s i s tem a de

representações do mundo e do papel do homem

den-t r o d e I e, e a I i n g u a g e m i n s den-t rum e n den-t o i m p o r den-t a n den-t e de ~

s e s i s tem a d e r e p r e s e n t a ç õ e s. A a n á I i s e é f e i t a le

vando em conta os cinco principais temas

aborda-dos p e·l o s t e x tos: F a m íl i a , E s c o I a, P á t r i a , R e I i g

i-ão e Valores Morais. Define-se os conceitos referen

tes a cada tema, na forma como sao entendidos nos

-t e x -tos; d e s c r e v e - s e p a r a c a d a -tem a: a m a n e i r a c o ..

-mo sao apresentados pelos textos, os valores e

a-tributos conferidos a cada um, os elementos

men-cionados e os membros ou atores. A análise mostra \

que o s ,t e x tos t r a n s m i tem r e g r as de m o r a I, d e c o ns

ciência cívica e profissional, valores e estilos de

vida, mas, como se pode concluir, seus conteúdos

são alienantes, arcáicos e desligados da realidade.

(9)

CEGALLA, Domingos Pascchoa1 - João de Barro, 3a

---

-s é r i e. R i o de J a n e i r o , C a d e r no-s Di d á t ico -s,

s.d. 128p.

- João de Barro, 4a. série. Rio de Janeiro,

---Cadernos Didáticos,s.d. 104p.

CHAVES, Mari1ena F10rez & GOMES, Hi1da André C r u z -

2---I

i..!~..::.1'_eJ..!?...!!..., 4 9 1 i v r o • são Pau 1 o , Editora E1yas, 1972. 128p.

~.22"..!.E..s.E ~

,

3 a. 9 é r i e. são Pau 10, E d i t o r a

Ática,1974. 95p.

são Paulo, Editora Ática,l975.2a.edição

128p.

FONSECA, Thereza Neves da & MAGALHÃES,Icles

Rio de Janeiro, Cadernos Didáticos, s. d.

280p.

Rio de Janeiro,Cadernos Didáticos,s.d.

1 7 5 P •

(10)

GUIMARÃES,Maria do Carmo de Freitas et

alii-Ve>-.EJ?~_ C 2.E2~..E.2

-

4 9 1 i v r o • são Pau lo • E d i t o r a Elyas,1970. 174p.

GUIMARÃES, R u th Lu c e n a - .9_M_~_c.2J:~ - 49 l i v r o.são Paulo,Editora Elyas,1970. 143p.

L A P A, E d n a L o u r d e s M a n c i n i & I OS T , M a r i a E uni c e

-IBEP-MEC, s. d. 63p.

LEITE, Norma de Castro & GENEROSO, Maria Evan-g e 1 i n a - 1'.i.E..8~_i~_h!!.,L1:_l!.!.-é!..

-

3 a. s é r i e • são Paulo, Editora do Brasil, 1974. Edição n9

28.Exemplar n92347.208p.

- l'

i n ..82~!!!!._ L !:.it!:..r_é!.. - 4 9 a no. Belo H o r i z o n

te, E d • do B r a s il, 1974. E d i ç ã o n 9 1 7 • E x e

m-pIar n9 3717.192 p.

são Paul0,IBEP, 3a. série, s.d. 80p.

- Português Moderno-4a.série.São Paulo,

IBEP,s.d.95p.

REBELO, Nair & ACUYO, Nelly - Leitura na Escola

---..M.

o ~~!:.!!..~. 4 9 1 i v r o • E d • d o B r a s i I - M E C, s • n •

t. Edição n9 24. Exemplar n9 0215.143p.

(11)

são Paulo,Ed.Elyas,1968. 175p.

SOUZA,Iza Ramos·de Azevedo - Cenas

Infantis-49a-no, E d • do B r a s i 1, s • n • t. E d i ç

ã

o n 9 5 6. E xc. ':-ri

pIar n9 0062. 191p.

OBS. A transcrição dos textos será feita

exata-mente da maneira como eles são apresentados

nos livros:título (quando houver), autor(quando

f o r o u t r o que não o d o pró p r i o I i v r o) e o t e x to

c o m pIe t o ou p a r te d e I e. C o m o e s t e s I i v r o s cons t 1 t u e m o o b j e t o me s m o d e nos s a a n á 1 i se, a c i t a

ç ã o b i b I i o g r á f i c a r e f e r e n t e a e I e s s e r á f e i t a de modo diferente da convencional; citaremos ap~

nas o título do livro, a série escolar e a página

em que aparece o texto,logo abaixo da transcri

-ç ao •

(12)

fície:-nas profundidades tudo se

to rna lei. Aquele s que vivem. mal

este segredo(é o caso da maioria),

perdem-no apenas para si mesmos,

pois transmitem-no a outros corno

urna carta lacrada sem o saberem."

(13)

o

propósito deste trabalho foi o de proceder

a uma análise dos textos de leitura de livros de

"Comunicação e Expressão", adotados nas 3as. e

4as. séries do Ensino de 19 Grau da rede Estadual

de t rês m uni c

í

p i o s d o E s t a d o d o R i o de J a n e i r o :Bom

Jesus, Cantagalo e Cordeiro.

Não se pretendeu analisar características

li-terárias ou linguísticas dos textos, mas as implic,!

ções sociais de uma determinada linguagem (a dos

t e x tos). I n d i c a r u m a 1 e i t u r a das m e n s a g e n s e r e p r.!:. sentações (imagens, mitos, idéias e conceitos) ve..!

culadas pelos textos que possibilitassem evidenciar

como estes desempenham uma função social.

L e v a n d o e m c o n ta que uma das f u n ç õ e s da edu-caça0 é a de transmitir conteúdos, para se compr~

ender o processo educativo,é necessário entender

a mensagem que eles transmitem. Nessa

transmis-são de conteúdos, a linguagem é instrumento

espe-cialmente importante como um sistema de represe,!l

ta ç õ e s d a s o c i e d a de. N e s se se n t i do. e d u c a r é s O cia

lizar, incorporar

à

sociedade, transmitir uma

cul-tura determinada, segundo formas históricas

espe-cífic as.

(14)

uma vantagem prática que justifica começar por

e-leso Esta vantagem consiste no fato de que, neles,

os conteúdos estão sistematizados e condensados

d e

to

r m a m a i s a c e s s í v e 1, P o i s f o r m a m um c o n j u n t o

de elementos entre os quais se pode encontrar ou

definir alguma relação.

As mensagens transmitidas pelos textos têm

várias funções, geralmente atribuídas por órgãos

oficiais e que se definem como: "desenvolvimento

da capacidade de comunicação eficiente, da

auto

-expressa0, do interesse da leitura para fins de es

tudo, formação pessoal e recreação, interesse

pe-lo aperfeiçoamento na área relativa à língua naci.2,

nal em geral ••• ,,( 1 ) mas o que nos interessa no

presente trabalho é a função transmissora de signi

ficados que correspondem a uma determinada manei

ra de perceber a realidade.

Queríamos fazer um trabalho que abrangesse

as quatro primeiras séries do Ensino de 19 Grau

mas devido à grande quantidade de material que de

veria ser trabalhado e às dificuldades desse tipo

d e a n á 1 i se, som e n t e f o r a m a n a 1 i s a dos o s t e x tos do s

I i v r o s a d o t a dos nas 3 as. e 4 as. s é r i e s, a I é m do que,

os textos que aparecem nos livros adotados nestas

(15)

con-sistentes e, portanto, se prestam mais ao tipo de

análise pretendido.

A escolha da área deveu-se apenas

à

facilid~

de de acesso aos dados necessarlOS ao estudo (reli!.

..

.

-çao dos livros adotados nas escolas da rede estactl.

aI em 1975 - dados colhidos em todas as escolas es

taduais dos três municípios citados), Ja que parti-.

..

. ...

.

cipamos de uma experlencla da Secretaria de

Edu

-c a ç a o e C ui t u r a d o E s t a do d o R i o d e J a n e i r o , na a-

..

rea citada.

( * )

Cabe aqui esclarecer que a adoção dos livros

didáticos pelas escolas está subordinada a determi

nações do Instituto Estadual do Livro (INELIVRO),

( *)

A citada experiência é resultado de um projeto realizado pelo Laboratório de Currículos da Secretaria de Educação e Cultu ra-RJ, que criou o Núcleo Comunitário de Educação, Cultur; e Trabalho de Cordeiro, com o apoio das Secretarias de Agri cultura e Saúde do Estado. O projeto tem como principal ob: jetivo implantar currículos que, através de novas metodologi-as, possibilitem a Terminalidade Antecipada a nível de 1 C?

(16)

os livros a serem adotados devem ser escolhidos

entre os que constam desta relação que, por sua

vez, foi selecionada por aquele órgão de uma rela

ção maior distribuída pelo Instituto Nacional do L>

vro (INL). Desse modo, os livros que s a o o b

-

j e t o de nos s a a n á 1 i se, p o d e m e s t a r s e n d o a do t a dos t a m b ém

em outras escolas do Estado.

Na análise dos textos procuramos verificar qual

a problemática social e a concepção da realidade

que os textos apresentam, o significado das mens~

gens que transmitem e,ainda, detectar as formas

de organização das mensagens caracterizadas pela

forma de seleção, dentro de um repertório de

uni-dades disponíveis e combinação das uniuni-dades para

formar a mensagem.

Quando falamos em análise de mensagens e

re-p r e s e n ta

ç

õ

e s, f a la mos e m a n á 1 i s e i d e o 1 ó g i c a. N ece s

s á r i o s e f a z, p o r ta n to, d e f i n i r o si g n i f i c a d o em p r e,!. t a d o a o t e r m o II i d e o 1 o g i a II n o p r e s e n t e t r a b a 1 h o , poi s

disto dependerá a compreensão do enfoque teórico

e prático de nossa investigação.

(17)

que estabelece entre infraestrutura e superestrutl!,

ra. Marx e Engels chamaram infraestrutura ou

ba-se à estrutura econômica da sociedade (estrutura

entendida como o conjunto de relações que se esta

belecem entre os elementos de uma totalidade arti

....

-c u 1 a d a e que v a o d e t e r m i n a r o t i p o d e o r g a n i z aç ã o

de s s a to t a I i d a de) e s u p e r e s t r u t u r a • à s i n s ti t u içõe s

jurídico-políticas e às 'formas da consciência soci

aI" (ideologia) que correspondem a uma infraestru

tura determinada.

As noções

re

infraestrutura e superestrutura

expressam a relação existente entre nível econômi.

co da sociedade (modo de produção. maneira como

-os bens materiais sao produzid-os em uma dada

so-ciedade, totalidade das relações de produção) e os

níveis jurídico-político e ideológico a que

corres-pondem respectivamente o Estado e o direito e as

chamadas "formas de consciência social".

~ na infraestrutura que se deve buscar o elo

condutor para explicar os fenômenos sociais que

pertencem

..

a superestrutura.

"A produção de idéias, de concepçoes, e da cons

-

-ciência liga-se, a princípio, diretamente e

intima-mente à atividade material e ao comércio material

(18)

conceitos, o pensamento, o comércio intelectual

dos homens, surgem aqui ainda como emanaçao

di-reta de seu comportamento material. O mesmo ocor

re com a produção intelectual, tal como se apre _

s e n t a n a 1 i n g u a g e m d a p o 1 í t i c a, das 1 e i s, d a m o r ai,

da religião, da metafísica, etc., de um povo. Os

,

-homens e que sao os produtores de seus conceitos,

de suas idéias, etc, mas os homens reais, ativos,

condicionados por uma evolução definida de suas

forças produtivas e pelas relações correspondentes

a elas, inclusive as formas mais amplas que estas

po s s am tomar." ( 2 )

Esta afirmação não implica, no entanto, em di

zer que tudo se reduz a um simples reflexo do

eco-...

.

nomlCO. As condições econômicas sao,

-

em prlnCl-

.

...

P i o, a s d e t e r m i n a n t e s, mas a s o u t r a s i n s t

â n c i a s da

sociedade também desempenham um papel.

~ certo que os elementos da superestrutura es

tão 1 i g a dos d i r e t a o u in d i r e t a me n t e às m u da n ç as 0

-peradas na infraestrutura, mas eles têm uma

auto-nomia relativa e seu desenvolvimento é regido por

leis específicas.

II E 1 d e s a r r O 11 O P O 1 í t i c o, j u r í d i c O • f i los Ó f i c O , r!t

ligioso, literário, art(stico,etc, descansa en el

(19)

también los unos sobre los otros y sobre la base d e I a n e c e si da d e c o nó m i c a, que s e i m p o n e s i e mpre,

'lt" " t "

,,(3)

en u lma lns anCla.

c

o m o v i mos, e x i s t e u ma art ic uI ação e n t r e o s

três n(veis: o econômico, o jurídico_ político e o

ideológico, sendo os dois últimos pertencentes a "

superestrutura.

Quanto

à

ideologia, ela não se limita a ser

so-mente urna instância da superestrutura, ela corno

que deslisa pelas outras partes do universo social.

A ideologia e , assim, para as pessoas que vivem

,

numa dada sociedade, inseparável da experiência

v i v i d a p o r e s s a s p e s s o as;, p o r i s s o, t o d a e q u a 1 q ue r

análise do vivido está profundamente marcada. pela

ação da ideologia. Internalizada sob a forma de re

p r e s e n t a ç õ e s c o 1 e t i v as,

é

d e c e r t a f o r mau m a v i vê n

cia das estruturas dessa sociedade.

Desse modo, a ideologia engloba todas as

for-mas de consciência social que corresponde a 1 " n ume

,

ras atividades das quais participam os homens em

sociedade: política, jurídica, filosófica,

econômi-ca, moral, religiosa, etc, referindo-se também a

todas as instituições que operacionalizam estas i

-d é i as, a t i t u -d e s o u t e o r i as, j á que t o -d a i -d é i a o u

teo-ria dá origem a comportamentos que se identificam

(20)

a tudo o que se convencionou chamar

instituciona-lidade de uma sociedade. No dizer de Verón:1I

• • •

1 a e num e r a c i Ó n d e I a s f o r mas i d e o 1 ó g i c a s c u b r e un

area de enorme amplitud • •

Esta actitud plantea sin duda muchos proble _

mas;

10

que interessa subrayar aqui es que en

la intención de Marx la teoria de la ideologia de

-bía abarcar en forma unitaria el campo de lo que

hoy llamaríamos IIsociologia de la cultura. 11

( 4 )

(5) De acordo com interpretação de Harnecker"" o

nível ideológico é formado por dois tipos de sist~

mas: os sistemas de idéiasrepresentações soci

-ais (as ideologias em sentido restrito) e os

sistemas d e a t i t u d e s c o m }D1"t a m e n tos s o c i a i s (o s c o s t u

-me

s).

Os sistemas de idéias-representações sociais

englobam as idéias políticas, jurídicas, religio

-sas, morais, filosóficas e estéticas dos homens

em uma determinada sociedade. Estas idéias

apa-recem sob a forma de representações do mundo e

do papel do homem neste mundo. Não s ao r e p r esen-

-tações objetivas ou científicas do mundo, mas

re-p r e s e n t a ç

õ

e s pIe nas d e e 1 e me n tos i m ag i n

á

r i os. E

m-bora as ideologias possam conter elementos do

(21)

têm uma função de adaptação

à

realidade. As rela

ções dos homens com o mundo são vividas dentro

d a i de o lo g i a. E é a i d e o lo g i a que t r a n s f o r m a a

c o n s c i

ê

n c i a , a s c o n d u tas e a s a t i t u d e s dos h o m ens

para adequá-las as suas tarefas e condições de e-"

xistência.

Os sistemas de atitudes-comportamentos cor.

respondem ao conjunto de hábitos, costumes e ten

dências de reagir de determinada maneira. Impo!,

ta n te s e f a z as si n a I a r que a t r a v és de s se s si s temas

d e a t i t u d e s - c o m p o r t a m e n tos s e e x p r e s s a m à. e t e r mi

nadas tendências ideológicas.

A ideologia comporta representações, imagens,

conceitos, etc, mas estes eleIl'2ntos não podem ser

considerados separadamente, pois a ideologia, co

mo todas as realidades sociais, só pode ser enten'

dida através de sua estrutura. ~ a maneira como

os elementos se combinam que lhes dá sentido, e

.-sua estrutura que determina seu significado e .-sua

função.

Apesar da ideologia se encontrar de modo

di-fuso em todo o corpo social, pode ser dividida em

regiões particulares centradas em diferentes te

-mas: ideologia moral, religiosa, filosófica,

polí-tica, etc, assim como podemos encontrar

(22)

sentações das diversas classes sociais: ideologia

burguesa, pequeno burguesa, proletária,etc.

Dizer que a ideologia como sistema de

idéias-representações é inseparável da experiência

vivi-da pelos indiv{duos é dizer que ela penetra seus

costumes, hábitos, gostos, que ela e, po rt anto, vi.

..

vida sem que os fundamentos dessas r e p r e se,!!

tações aflorem ao nível do consciente. Podemos di

zer, assim, que a ideologia é vivida pelos homens,

como uma natureza social, é inconsciente.

o

fato do indivíduo viver este corpo de

repre-sentaçoes sem se dar conta do seu fundamento

or-ganizacional remete ao fato de que a ideologia

es-t á i n s e r i d a n a d i m e n são i n i n es-t e n c i o n a I d a r e a I idade

social, pois

":t

impossível renunciar

..

a sua p r oprla

..

.

i d e o lo g i a sem p e r d e r sua pró p r i a p e r s o n a I i d a de. i!.

to é, sem suprimir os traços característicos do

sistema ao qual se pertence. "

( 6 )

As sim, uma I e i t u r a i d e o 1 ó g i c a de q u a 1 que r men

sagem difere daquela leitura primária em que se

percebe somente os enunciados linguísticos

mani-f e s tos das i n f o r m a ç

õ

e s d a das i n a que I a, t r a t a - s e de buscar a ligação i n c o n s c i e n t e o u i m e r s a d e t o da s

as unidades do discurso, as estruturas latentes

(23)

nizam sua significação e que refletem as

estrutu-r a s sub j a c e n t e s· do s i s t e ma n o q u a 1 e l a s e f o r m ou.

A

ideologia e

'"

um dos muitos níveis de

organi-...

zaçao das mensagens, do ponto de vista de suas

propriedades semânticas,

é

um nível de significa ..

-çao que pode estar presente em qualquer tipo de

mensagem, inclusive no discurso científico. Desse

modo, qualquer material da comunicação

é

p a s s í

-vel de uma leitura ideológica.

P o r t a n to, o s i n d i v í duo s que v i vem e s tas r e p r~

s e n t a ç õ e s, v i vem um j o g o do q u a 1 não c o n h e c e m as regras; o papel do investigador seria, então, o de

d e s c o b r i r e s tas d i tas r e g r as, o n í v e 1 d e s i g n i f i c

a-ção das mensagens. Este nível de significaa-ção se

descobre decompondose as mensagens para e s t u

-dar os mecanismos de seleção e combinação que

dão lugar aos dois tipos básicos de relações entre

os signos. A ideologia opera, então, por conota

ção e não por denotação. A leitura ideológica da

comunicação social consistirá, assim, em desco

brir a organização implícita das mensagens.

••• uno de los puntos centrales deI estudio

"

de la comunicación ha consistido en subrayar que

la clave para comprender como los mensajes

(24)

mensajes y no en su contenido explícito. Dado que

la estructura de los mensajes, por definición no

es manifiesta, conviene entonces advertir, que el

carácter no manifiesto de la función normativa o

c o n a t i v a d e I o s m e n s a j e s i d e o 1 ó g i c o s de r i v a d e I a s

propiedades mesmas de la comunicatión. No

resul-ta de ninguna presunresul-ta "intencionalidad" de oculresul-ta

miento, o dissimulación, como ha sido planteado

generalmente en los estudios clássicos sobre ideo

.. ( 7 ) logla. "

As sim, a função manifesta das mensagens nao

-d e v e s e r c o n f u n -di -d a c o m sua f u n ç ã o i -d e o 1 ó g i c a. Nas

sociedades atuais, uma das funções mais importa.!!,

tes da comunicação é a função informativa.

Encon-t r a mos, e n Encon-tão, n o que diz r e s p e i Encon-t o a o e s Encon-tudo d a

i-deologia, mensagens cuja função manifesta

é

des-critiva e cuja função real é normativa. Mas, qua.!!,

dos e t r a t a d e m e n s a g e n s c u j o s co n t e

ú

dos s e c o m

u-nicam diretamente, quando eles são manifestos, a

m a i o r i a dos a u t o r e s p r e f e r e c h a m a r de p r o p a g anda

- d 'd 1 '

(* )

e nao e 1 eo ogla.

(*)-

Otto Klineberg, em sua Psicologia Social, procura mostrar que

há controvérsias sobre a inintencionalidade da propaganda.

Al-guns autores questionam se o termo propaganda pode ou não ser empregado no s caso s em que não há intenção de controlar as

2

piniões e atitudes das pessoas. Cita Doob que fala da propagan-da não intencional, dizendo que esta não leva em consideração o efeito social de suas próprias ações. Mas Klineberg parece che gar

à

um consenso quando diz:"no interesse de uma terminolo-gia satisfatória, parece-nos recomendável empregar a palavra

(25)

Ge r a 1 m e n te, a m a i o r i a das m e n s a g e n s n a o po

-

8

s u i a c 1 a r e z a d i r e t a da p r o p a g a n da nem o h e r m

etis-mo da ideologia, encontram-se a meio teretis-mo,

com-binando o explícito e o implícito. Mas o fato de

combinarem o explícito e o implícito não quer

di-zer que apareça de modo manifesto a lei de

orga-n i z ação de s s as me orga-n s a g e orga-n s, c o mo j á f o i di to.

Grei-mas, por exemplo, distingue três do di

scur-s o: um n í v e 1 i m p 1 í c i to, r e g i d o i m p 1 i c i t a m e n t e p,o r

seus próprios modelos de organização; um nível

p a r c i a 1 m e n t e e x p li c i t a do, mas que c o n s e r v a i m p l i

citos os modelos aos quais encontra-se subordina

da a manifestação discursiva; e o nível

explicita-do ou manl esto.

0f

(

9 )

Voltamos, assim, ao problem.a da

intenciona-1 i d a d e n a e m i s são das m e n s a g e n s. E s t a i n t e n c i ona

lidade, no caso da mensagem ideologica, parece

não existir, pois o emissor da mensagem faz

par-t e d e u m s i s par-tem a do q u a 1 é, d e c e r par-t a m a n e i r a , sem

que saiba, uma peça e um operador. Sua posição

na estrutura determina a internalização de ima

gens, conceitos e idéias que vão determinar suas

opiniões e atitudes. Podemos dizer, então, que a

ideologia não é a construção abstrata de um indiví

duo ou de uma classe, está intimamente relaciona

(26)

"Isto significa que as opiniões, declarações •

proposições e sistemas de idéias não sao tomadas

...

por seu valor aparente, mas interpretadas

à

luz

da situação de vida de quem os expressa.

Signifi-c a, a in da m a i s, que o Signifi-c a r á t e r e a si tua ç ã o d e v i da

específicos do sujeito influenciam suas opinioes ,

... ... ( I O )

percepçoes e interpretaçoes. 11

Q u a n d o c a r a c t e r i z a mos a i d e o lo g i a c o m o u m j~

go do qual os indivíduos participam sem conhecer

suas regras, estamos afirmando o caráter ininten

-cional da ideologia. Numa análise ideológlca,

en-tão, devemos encontrar um método que seja capaz

de superar a superfície, o manifesto, e que nos

permita reconstituir a coerência das representa

-ções, as regras de seleção e combinação. Devemos

advertir, portanto, que não nos é possível aceitar

certos tipos de métodos cujos pressupostos epist~

mológicos impeçam de superar um certo nível da

realidade, ou seja, o nível da aparência.

As observações feitas até aqui têm como

pro-pósito esclarecer o enfoque teórico de nossa inve,!

tigação. A análise de textos que se segue foi um.a

t e n t a t i v a d e a. p I i c a ç ã o de s s a o r i e n t a ç ã o t eén a a.

No método utilizado para análise dos textos

( 11) ( 12)

s e g ui mos Ver ó n e B o g g i o • O s p a s s o s n ece s

(27)

,., .

dos textos e mensagens utilizados em nossa

anall

-se, sao os que se seguem.

Consideramos dois ní'veis do discurso:

o n í v e 1 1 a t e n te, o n d e e n c o n t r a mos a i d e o lo g i a,

o sistema de

idéias-representações,descober-to ao se decompor as mensagens para estudar

os mecanismos de seleção e combinação.

o nível manifesto, representado pelos enunci~

dos ou estruturas linguí'sticas (palavras,fra

ses,etc).

A ideologia s e r a, , então, a geradora de deter-minados enunciados.

N a a n á 1 i se, p r o c e d e mos d e mo d o c

o

n t r á r i o, poi s

o que temos sao os enunciados, devemos, portan

-to, reconstruir a ideologia.

Para se proceder a este tipo de análise, pass~

mos por dois momentos: ordenação do material e

in t e r p r e ta

ç

ão •

No m o m e n to d a o r d e n a ç ã o dom a t e r i a l, f i z e mos

a relação dos livros (num total de dezoito) destina

dos

à

análise e procedemos

à

leitura dos textos ne

( * )

les contidos.

(28)

o

que a leitura nos mostrou foi uma enorme

semelhança entre todos os livros, o que nos deu a

impressão de estar lendo um único livro e não

de-zoito.

A s sim, t e n t a n dou m a a n a 1 o g i a c o m L e v i- Str aus s $

a respeito do ele diz sobre o mito - o mito é for

-mado de unidades constitutivas, os mitemas, que

são elementos que provêm particularmente do

mi-to - consideramos, para efeito de nosso trabalho,

a existência de um único livro e uma série de títu

los que s e r i a m e l e Ire n tos p r o v i n dos p a r t i c u 1 a r m e

n-t e doI i v r o p r i n c i paI. D e s sem o do, c i n-t a m. os, a o lo n

go do trabalho, textos de vários livros, mas pelo

que já foi dito, nao nos preocupamos em. fazer

estatísticas sobre o número de vezes que este ou a

-quele livro foi citado ou quantas vezes e em

quan-tos livros os temas aparecem, embora tenhamos ti

do o cuidado de citar todos eles. Portanto, se a l

-g uns 1 i v r o s a p a r e c e m r e f e r i dos m a i s vez e s q u e o

u-tros, isto somente se deve ao fato de que alguns

dos seus textos exemplificam melhor o que quise

-mos dizer.

O u t r a ver i f i c a ç ã o f e i t a a p a r t i r d a I e i t u r a do s

livros de textos foi a alta taxa de recorrência de

(29)

os textos analisados, foram separados por nós,p~

ra facilitar a análise - e esta divisão, queremos

deixar claro, foi de ordem exclusivamente

didáti-ca - em cinco grandes temas, que foram

conside-rados, a partir daí, os temas-chaves de nossa

a-nálise: são eles A FAMíLIA, A ESCOLA, A PÂ

TRIA, A RELIGIÃO e OS VALORES MORAIS.

Após esta seleção, passamos

à

sistematiza-ção da informasistematiza-ção, que obedeceu ao seguinte

cri-tério:

1.

Definição dos conceitos referentes a cada te

ma na forma como são entendidos nos textos;

Em seguida, procuramos descrever

2. como os textos apresentam cada tema;

3. que valores e atributos são conferidos a

ca-da tema;

4. que elementos são mencionados(objetos,

sím-bolos,etc);

5 q u a i s o s m em b r o s o u a t o r e s (c 1 a s s i f i c a ç ã o , a tributos e atividades que realizam).

No momento da interpretação, procuramos es

ta b e I e c e r u m a v i são d e c o n j u n t o do que

é

t r a n s m i-tido pelos textos, a propósito de cada tema, para

(30)

como se combinam. Em seguida, procuramos ide,!!,

tificar a idéia geral sobre a sociedade que dava

coerência e explicava os temas analisados,quando

pudemos concluir que os temas nao são i n d e pende,!!,

tes, mas têm um fundo comum ideológico, c a r a c

-terístico de determinadas formas de pensamento

que justificam e explicam uma determinada visão

da sociedade, possível de ser percebida

interpre-tando-se a informação através de certasoposições

(31)
(32)

c

O m O d i s sem o s n a i n t r o d u ç ã o , nos s o o b j e t i vo,

ao analisar os livros de texto de "Comunicação e

Expressão", foi o de verificar o conteúdo das

mensagens veiculadas pelos textos. Nosso enfoque

incidiu, portanto, sobre o conteúdo mesmo do s

texto s.

Apesar disso, abrimos aqui um parênteses

para registrar, embora fuja aO propósito de nossa

análise, a excessiva importância dada nos livros,

aos procedimentos de avaliação, importância den,2.

tada pelo espaço dedicado a esses procedimentos,

c e r c a d e 6 O

%

a 7 O % d a m a i o r i a dos 1 i v r o s a n a 1 i s

a-dos (c o m uma ú n i c a e x c e ç ã o:

J..

e i.!~.!.~Y-~_~~~La __

!:1

o_<Le_:t:P_<:... ' d e N e 11 y A c u Y o e N a i r R e belo, 49 li v r o,

único livro de textos que realmente só possui

textos). Este fato salta aos olhos, pois os livros a

--

.

" .

nalisados sao considerados, em prlnclplo, como

1 i v r o s de t e x tos de 1 e i t u r a e, p o r i s s o, e s p e r a- se que, pelo menos, a maior parte de seus espaços

seja dedicáda a textos de leitura, o que, como

no

-tamos, nao ocorre.

Voltando ao conteúdo dos textos, verificamos

a identidade de pontos de vista na seleção dos

as-suntos, o que provoca alta taxa de recorrência dos

(33)

-mais nos conteúdos transmitidos pelos textos es

colares, pois eles constituem matéria dos ítens

seguintes. Passamos a examinar, agora, c o m o se

manifestam estes conteúdos e como são apresenta

dos ao leitor.

Os livros de texto apresentam personagens

( pe s S o a s que f i g u r a m n a n a r r a ç ã o) c a r a c t e r i z a n

-do-os pelos atributos físicos (cor, sexo) e pe I as

funções que executam e não por sua

personalida-de, modo de ver o mundo, vida social, etc. são es

tas a s c a r a c t e r í s t i c a s dom o deI o que o s t o r n a m

m a i s i d e n t i f i c á v e i s. A s d i f e r e n ç a s e n t r e o s vário s

...

personagens sao, portanto, definidas apenas por

seus atributos físicos e funções que executam •

.t

a p a r t i r de s s as d i f e r e n ç as que s e e 1 a b o r a rn as con

cepções sobre o que é pai, mae, professor, c ri an

...

ça, etc.

"UM ESCRITOR. MACHADO DE ASSIS

( adaptação)

Era uma vez um menino que se chamava Joaquim

(34)

Mo-rava num morro do Rio de Janeiro.

Seu pai era preto e trabalhava como pintor de c,!

sas. Sua mãe era branca e ajudava nas despesas da

ca-sa com lavagem de roupa.

Viviam pobremente, mas mantinham sua casinha

bem arrumadinha, procurando educar, com muito a .

mor, seus filhos.

Desde criança o moleque Joaquim acostumou- se

a ouvir uma boa linguagem, pois sua mãe era

portugue-sa e o seu pai gostava de ler ••• "

(Aprender é Fe sta, 3a. série, p. 37)

Os personagens sao apresentados nos textos

-como modelos que devem ser imitados, pois seus

-atributos sao justamente aqueles louvados por

es-tes textos e, por isso mesmo, não podem ser ide,E

tificados como pessoas reais com virtudes e defei

tos.

"CAIXEIRINHO EDUCADO

Luis Jardim

••• Chico apresentavse muito bem vestido e

a-tendia os fregueses com muita cortesia e educação.

Do-na piá, sua mãe, escolhia para ele as melhores roupas,

a fim de vê. lo m ai s eleg ante e bonito ••• "

(35)

dicam-se principalmente às atividades domésticas.

-Abre-se uma exceçao para a professora, mas que

também aparece num ambiente interior, a e s c o l a ,

,

- "

mas, como o magisterio nao e considerado nos tex

tos uma profissão, mas um ideal, uma missão, a

professora encontra-se na mesma situação dos

ou-tros personagens femininos, mas tanto ela como a

-

-mae sao mediadoras entre o mundo e o lar, como

veremos mais a frente. Os personagens masculinos

adultos são representados no mundo exterior e

de-dicam-se a atividades profissionais. As crianças

são mos t r a das n o I a r o u n a e s c o la, c tI m p r i n do no

rmas (regras, prescrições) estabelecidas pelos a

-dultos.

IIFrederico, sua esposa Alice e seu filhinho viviam nu

-ma nesga de terra que cultivavam.

O casal possuía alguns animais domésticos.

Frederico tinha que arar a terra, espalhar as sementes

e arrancar o mato, cortar o feno, limpá-lo e empilhá-lo

em feixes ao sol.

Alice cuidava da casa, fazia comida, batia a manteiga,

dava de comer aos animais e olhava o filhinho ••• 11

(36)

2.2 As Normas

As relações pessoais, nos textos, sao reduzi

-das

à

e x e c u ç ã o d e n o r mas. P r o põe m uma n o r m

alida-de restritiva e so permitem um tipo de manifesta-,

ção, não levando em conta as diferenças

individu-ais. Esta normatividade

é

manifestada nas regras

de conduta: " as regras que regem sua produção

coincidem com a definição vigente da representa

-ção objetiva do mundo. ou melhor, com o sistema

.-de normas sociais .-de percepçao, insensivelmente

inculcadas através do convívio prolongado com

representações produzidas segundo as mesmas nor

-mas. "

( 1 3 )

As relações da criança com o mundo sao

-

apr~

sentadas de forma padronizada, impedindo que ela

capte, por sua própria conta, a riqueza dessas rela

ções, o que, consequentemente, i r á dificultar a

formação de conceitos e a emissão destes, já que

a criança

é

mostrada sempre como um ser passivo.

Os textos repetem o mesmo argumento e as

mesmas características com cada tipo de

persona-gem, o que dá a impressão de serem os únicos que

existem na realidade, contribuindo, assim, para

(37)

Uma o u t r a c a r a c t e r í s t i c a m a r c a n t e nos te xt os

é a de mostrarem a sociedade, o homem e a real]",

da d e em g e r a I d e u m a ma n e i r a tão sim p I e s (s em ne nhuma dificuldade, complexidade ou problema), que

se nos parece uma deformação do real. Isto vem

corroborar o que diz Marta Harnacker sobre o

ca-ráter falso e deformado das representações ideoló

gicas: "Las ideologías contienem elementos de

conocimiento de la realidad, pero éstos se encuen

-tran siempre integrados por un sistema global de

representaciones que, por principio, es un siste

ma deformado y falseado de la realidad." ( 1 4 )

E s t a c a r a c t e r í s t i c a d e f o r ma d o r a i n c I u i a cons

t i t u i ç ã o deu m a t e n d

ê

n c i a m a n i que i s t a que v

ê

o m un do dominado por dois princípios antagônicos e irr~

dutíveis: o bem e o mal. Quem segue as norm as e " considerado bom, quem não o faz é mau.Não

exis-tem outros critérios para valorar a realidade.

As-sim, toda conduta que não for prescrita nos textos

como boa, será considerada ma. "

.1!:

a percepçao da r e a I i d a de p o r d i c o tom i a que p r o p i c i a e s t a oposição

que vai ordenar outras, tais como: recompensa /

/ c a s t i g o, f a m íl i a / m u n do, s e g u r a n ç a / h o s t i I i d a

(38)

2. 4

Os livros reproduzem textos de autores

bra-sileiros consagrados, só que estes textos s ao r e -

-c o r t e s, t r e -c h o s d e sua s o b r a s e , p o r i s s o, p e r d em

muito do seu sentido, justamente por terem sido re

tirados de seu contexto literário e,assim, o que po

deria ser um excelente meio de divulgação de auto

res nacionais entre os escolares, fica prejudicado

pela maneira pela qual

é

feito. Dessa forma,

apa-recem trechos de obras de ~rico Veríssimo,

Gra-ciliano Ramos, Monteiro Lobato, Humberto de Cam

pos e muitos outros. Exemplo do que acabamos de

dizer

é

o texto retirado de "Aventuras de

Tibicue-r ali, de ~rico Ve rís simo:

"NASCI

~rico Veríssimo

Nasci na taba de uma tribo tupinambá. Sei que foi

numa meia-noite clara. Fazia luar. Minha mãe viu que

eu era magro e feio. Ficou triste mas não disse nada.

Meu pai resmungou:

.- Filho fraco. Não presta para a guerra.

Tomou-me então nos seus braços fortes e saiu ca

minhando comigo para as bandas do mar. Ia cantando ~

ma canção triste. De vez em quando gemia.

(39)

o

urutau gemeu no mato escuro. Uma sombra rodopiou

ligeira por entre as árvores.

O mar apareceu na nossa frente: grande, mole

barulhento, cheio de rebrilhos. Meu pai parou. Olhou

primeiro para mim, depois para as ondas ••• Não teve

coragem.

Voltou para a taba. Minha mãe nos recebeu em

silêncio. "

(Português Moderno, 4a. série, p.14)

Outro fato digno de registro é a "linguagem"

utilizada nos textos; ora encontramos palavras e!!?

p o I a das (c o m o que p a r a mos t r a r que o p r o f e s s o r d!:.

ve t e r e r u d i ç ã o ), o r a usa - s e d i m i n u t i vos c o m o q ue

para se aproximar mais do "vocabulário" do aluno

(como poderemos verificar no decorrer do traba

-lho).

Ainda sobre a apresentação dos textos,

nota-mos a frequência de "versos", cujo aparecimento

de modo tão reiterado talvez possa ser explicado

pelo fato de serem de mais fácil assimilação pela

criança (e/ou como reflexo da cultura repetitiva

que se impõe ao aluno).

As histórias de animais (em que os mesmos

(40)

porque permitem situações e desenlaces que n ao se

-riam possíveis ou, pelo menos, não aceitáveis se

se tratasse de pessoas.

"A FORMlG A E A FILHA

Silva Araújo Campos

A formiga cosia muitas costuras de ganho e

ensi-nava também a filha a coser. Quando saía, deixava a t,!

refa de costura para ela; mas a bichinha arreava o tra

-balho, ia para o mato, ajuntava aquela porção de folhas

e trazia para casa, começando então a cortá-las com a

tesoura.

Quando a mãe chegava, que achava aquele montão

de folhas cortadas, agarrava-a e dava-lhe muita

panca-da. Isso era todos os dias. A formiga já não sabia o que

fizesse para corrigir a filha. Até que um dia, muito zan

gada, pegou numa corda e amarrou-a pela cintura ao pé

de uma mesa. Em seguida, foi para a rua, trancando a

casa.

Tanto fez a formiguinha, tanto sungou, tanto

espi-noteou, que o nó da corda foi apertando, arrochando-lhe

a cintura, de modo que quase a tora em dois pedaço s

Quando a formiga chegou, que viu a filha naquele estado,

com a cintura tão fina devido ao arrocho da corda, teve

pena dela e soltou- a.

(41)

con-versa. Correu para o mato. Toca a carregar folhas

pa-ra cortar em casa com a tesoupa-ra. Vendo que não podia

mais corrigí-la daquele mau costume, a mãe botou - a

de casa para fora. dizendo:

Arre~ Vai-te.' Tua sina há de ser cortar foUas

até o mundo se acabar.

Por isso é que a formiga saúva só vive cortando fo

lhas para carregar para o formigueiro, tem a cintura

tão fina e uma tesoura na cabeça."

(Português Moderno, 4a. série. p. 70)

(42)
(43)

A f a m íl i a mos t r a d a nos t e x tos é um g r u p o

constituido de pai, mãe e um ou mais filhos (emb.2,

r a

à

s vez e s a p a r e ç a m a I g uns p a r e n t e s: a vós e tio s ).

Vivem numa casa que é também o seu lar - cabe a

qui e s t a b e I e c e rum a d i f e r e n ç a e n t r e s..!..~!.. e l.!..!:...Po r

casa se designa o local de habitação; lar tem uma

c o no ta ç ão bem m a i s a m p I a, a I é m d a c a s a h a bit a

-ç ã o é a pró p r i a f a m íl i a, tem um s e n t i dom. a i s e m o

cional, afetivo, é "refúgio", "proteção" e

"acon-chego" - possuem determinados atributos, reali

-zam certas atividades e, individualmente ou em

grupo, cumprem determinadas funções definidas

dentro de um contexto (e que veremos a seguir).

~ o t i P o d e f a m íl i a c o n s i d e r a d o n o r m. a I m. e n t e a unidade básica da estrutura social (pois, pelo

que p u d e mos p e r c e b e r, o s t e x tos m. o s t r a m a s o c i

ed a ed e c o m o uma g r u p a m e n t o ed e f a m íl i a s o u c o m o u

-m a II g r a n d e f a m íl i a 11) o n d e s e c o n s t i t u e m a s d u a s

relações primárias de parentesco: as de paternid,!

de e as de irmandade.

A i n f I u

ê

n c i a d a f a m íl i a n a v i d a d a c r i a n ç a e ...

d e c i s i v a • ~ n a f a m íl i a que e I a s e s o c i a I i z a. O c o n

texto familiar condiciona não só o seu

desenvolvi-mento mas o grau de adaptação

à

sociedade.

(44)

criança. Só após alguns anos de vida começa a atu

a r o m e i o e x t e r no. O h o m e m que, p o r sua e s s ê n cia

é

um ser social, começa a sê-lo no lar, através

do contato com o grupo que o rodeia.

Este contexto m.aior, o mundo, no qual está

i n s e r i d a a f a m {I i a,

é

c o n s i d e r a d o h o s t i I. 1st o c o n

-duz a uma oposição que, como todas as outras que

aparecem., tem origem naquela oposição básica a

que já nos referimos: bem/mal. Esta oposição l a r /

Imundo ou segurança/hostilidade pode ser verific,!

d a p e I o f a t o dos t e x tos m. o s t r a r e m. o m u n d o f o r a da

f a m {I i a , d o I a r, c o m. o um. m u n d o h o s t i I, o n d e s e l~ t a e s o f r e e m. c o n t r a p o s i ç ã o c o mas f u n ç

õ

e s c u mpIj,

das p e I a f a m. {I i a: r e f ú g i o (p o i s d á s e g u r a n ç a , a b r i

go, apoio, amparo e proteção), am.or (ou sentime~

to de dedicação exclusiva) e preparação para a

vi-da (dá as regras básicas de conduta, com a

finali-d a finali-de finali-d e p r e p a r a r o s j o ve n s p a r a finali-d i f e r e n t e s a t i v ifinali-d,!

des, objetivos e expectativas).

"O PRIMEIRO DIA DE AULA

Edmundo de Amicis

As dez horas achávam.o-nos todos na aula: cinque~

ta e quatro; apenas quinze ou dezesseis dos meus

com-panheiros do ano passado •••

(45)

pensan-do nos bosques, nas montanhas onde passei o verão.'

Senti nece s sidade de encontrar minha mãe na s

aí-da e corri beijar-lhe as mãos.

_ Coragem, Henrique.' disse-m.e ela. Estudaremos

juntos.

Voltei para casa contente. "

(Português Moderno, 3a. série, p.12)

A a r qui t e t u r a d a c a s a é mos t r a d a a t r a v

é

s da

descrição de espaços amplos e confortáveis

refor-ç a n d o a i m a g e m do 1 a r t r a n qui lo, s e g u r o, c a paz de

proporcionar alegria, felicidade e serenidade

..

as

pessoas que nela vivem.

li:

o "refúgio" seguro

con-tra a hostilidade do mundo exterior.

" HORA DE DORMIR

Eneida

Quando faltavam alguns minutos para as oito horas

da noite, mamãe avisava que estava na hora de dormir.

Meus irmãos e eu olhávamo s para um bonito relógio de

ponteiros dourados que ficava na sala de jantar. E o r~

lógio confirmava a hora com oito batidas sonoras •••

§

le anunciava o fim de mais um dia em nossa vida alegre

e feliz.

Como todas as crianças, não gostávamos da hora

(46)

que era imensa e abria para o quintal. Podíamos ver ainda,

na sombra da noite, a caramboleira, os cajueiros, a velha

mangueira e outras árvores, nossas irmãs e companhei

-ras de travessu-ras

...

"

(João de Barro, 3a. série, p. 16)

A o u t r a f u n ç ã o d a f a m il i a é a p r e p a r a ç a o d a

c r i a n ç a p a r a a v i da, e, n e s t e s e n t i do, a f a m il i a é

considerada a primeira escola e os pais os primei

ros professores, pois são eles que dão as regras

básicas de comportam.ento para o futuro.

Dos pais, as crianças adquirem atitudes, com

portamentos e valores sociais sob os quais deve

-rão pautar suas vidas. Essa transmissão de regras,

costum.es e conhecim.entos, feita pelos pais,

dife-re daquela dife-realizada pelos professodife-res na escola.

N a f a m il i a , e s s a s r e g r a s d e c o n d u t a s ã o I b n s i n a

das" no decorrer da convivência cotidiana, a trans

missão é feita de modo assistemático e informal,

acontecendo quando a ocasião se mostra propicia.

"A POMBINHA

Viriato Correa

A primeira vez que apareci em casa com uma

pombinha implume, tirada do ninho, minha mãe me

(47)

--Isto nao se faz, meu filho, disse-me com a sua

voz de veludo. Essa pombinha tem mãe e a esta hora a

pobre mãe está inquieta

à

procura dela. Tu gostarias de

me ver sofrer?

Não, não, mamãe, respondi prontamente.

Pois a dor que eu sentiria se alguém te levasse

para sempre de perto de mim, está sentindo a mãe de~ sa pombinha. Os bichos também têm coração. Am.am- se,

querem.-se bem como nós."

(Estudo Dirigido de Português, 3a. série, p.lO)

~ um sistema de treinamento baseado em

re-compansas e castigos. O valor básico pregado

pe-los p a i s é a o b e di ê n c i a • Que r e m. que seu s f i 1 h o s s!,

jam obedientes e que desde cedo aprendam a disti!!,

guir entre o bem e o mal (oposição básica na vida

s o c i a I) ou, p e lo m. e nos ,o que eles c o n c e bem. c o m o

bem e m. a I. S e a c r i a n ç a s e c o m. p o r t a d e a c o r d o com

as normas estabelecidas, é boa e merece ser re

-compensada, caso contrário,

é

considerada má e

d e ve s e r c a s t i g a da. ~ n e c e s s á r i o, t a m b é m, que re conheça os esforços efetuados pelos pais em seu be

-n e f

í

c i o. A c r i a n ç a d e v e s e r, n a f a m (1 i a , um p r o j e -to de adul-to, o adul-to é o modelo a ser imitado, e ,

n a f a m (1 i a que e 1 a s e p r e p a r a p a r a s e rum a d u 1 to

(48)

"CID

Domingos Paschoal Cegalla

Menino bom e inteligente é o Cid •••

Seu rosto moreno, iluminado por dois olhos vivos

e brilhantes, mostra que ele é uma criança feliz. Os

vi-zinhos gostam muito dele, principalmente Dona Olga, a

doceira mais famosa do bairro, que não se cansa de

ga-bar o menino:

-Seu filho é uma pérola, Dona Dulce. Fico

encan-tada de ouvi-lo falar. Ele tem uma conversa tão certirila

e educada que parece de gente grande.

O pai de Cid é garçon de um hotel perto do porto.

Tem verdadeira adoraçã,o pelo filho e nunca volta para

casa sem lhe levar alguma coisa: um brinquedo, um li

-vro, uma revista •••

• •• Cid reconhece os sacrifícios que os pais fazem

para lhe dar uma boa educação e ele se esforça ao máxi

mo a fim de corresponder ao am,or deles. Está

cursan-do a 4a. série e já tem um ideal: quancursan-do for grande vai

montar uma fábrica de brinquedos como aquela em que

sua irmã trabalha. Ele acha os brinquedos muito caros

e quer fabricá-los mais bonitos e baratos, ao alcance

re

todas as crianças •••

"

(João de Barro, 3a. série, p. 75-76)

(49)

-cional dos filhos e querem recebê-lo como direito

próprio,como obrigação,como retribuição ou pag~

mento pela proteção, trabalho e sacrifícios dedica

dos a eles.Dão alguma coisa mas esperam receber

algo em troca.Mas esta dívida é tão imensa que a

criança jamais será capaz de pagar,desse

modo,e-la estará sempre na condição de devedora,

criando--se, assim., uma relação de dependência(emocional,

a f e t i v a, e c o n Ô m i c a) que i m p e d e que t e n h a 1 i b e r d ade

p a r a l'c r e s c e r 11 a f e t i v a e in te 1 e c tua 1 me n te. To d o este

quadro contribui para formar uma criança

confor-m i s ta, sub confor-m i s s a e in d i v i d u a I i s ta. N e s tas c i r cu n

stân-cias, a criança vive numa situação de subordinação

e dependência,vendo-se compelida a suportar pres

sões autoritárias pouco construtivas para a

estru-turação de sua personalidade.

II AMOR MATERNO

Malba Tahan

••• - Cuida de tua mãe de modo que nada lhe possa

faltar.

para ela dedicado, bom e obediente. Mas nao

~. julgues que poderás pagar, algum dia, o que lhe deves,

pois

é

uma dívida ti> grande, que nem m esmo todos os

tesouros da terra a poderiam resgatar. 11

(Cenas Infantis, 4a. série, p. 73)

(50)

rizam-na corno único reduto de amor e proteção

( j

á

v i mos o que o s t e x tos e n t e n d e m p o r a m o r e p r.2, te ç ã o), n e n hum a ou t r a f o n t e c a paz d e cu m p r i r com

essas funções

é

citada.

A f a m {I i a

é

a p r e se n ta d a s em p r e c o m o cu mpl" do funções frente

,

a crlança, os problem as vivido

.

s p o rum a f a m {I i a c o m um: e c o n Ô m i c os, d e r e I a c i o n a

m e n t o e n t r e seu s m e m b r os, sua p o s i ç ã o n o c o n t e

x-to social, nao sao mostrados.

-

N a f a m íl i a dos t e x

-tos, as pessoas são boas, cumprem seus deveres,

s e a m a m, t u d o c o r r e sem p r o b I e mas. D e n t r o d a fa

m íl i a t u d o é paz, o p e r i g o e s t

á

f o r a d e I a , n o m u

n-do.

E s t a f u n ç ã o a t r i b ui d a

à

f a m íl i a (a de p r e p a r.!

ção para enfrentar o mundo) nos parece de um rea

-lismo falacioso pois, na verdade, ela não está pr.!:,

parando a criança para a vida fora do lar, mas

a-penas inibindo, já que as atitudes dos adultos(pais)

f o r j a m u m. a c r i a n ç a d e p e n d e n te, sub m i s s a e sem i-niciativa. Assim, acreditamos que este mundo

pe-rigoso só aparece como oposição à função

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