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Distribuição da esquistossomose no espaço urbano. 2. Aproximação teórica sobre a acumulação, concentração, centralização do capital e a produção de doenças.

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Academic year: 2017

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Dist ribuição da esquist ossomose no espaço

urbano. 2. Aproximação t eórica sobre

a acumulação, concent ração, cent ralização

do capit al e a produção de doenças

Sc histo so miasis manso ni in urb an te rrito ry.

2. A the o re tic al ap p ro ac h to the ac c umulatio n,

c o nc e ntratio n, and c e ntralizatio n o f c ap ital

and the p ro d uc tio n o f d ise ase

1 Cen tro de Pesqu isas Ren é Rach ou , Fu n d ação Osw ald o Cru z . Av. Au gu sto d e Lim a 1715, C. P. 1743, Belo Horiz on te, M G 30190-002, Brasil.

Ped ro Cou ra-Filh o 1

Abst ract Th is stu d y d iscu sses th e u rban iz ation of sch istosom iasis in th e Greater Metrop olitan Area of Belo Horiz on te, M in as Gerais, Braz il. Th e observation th at sch istosom iasis h as becom e en d em ic in an u rban area is d iscu ssed u sin g th e con cep t of social organ ization of sp ace as an ex-ercise in p rovid in g an op eration al basis for th e social an d en viron m en tal p arad igm s of collective h ealth . Elem en ts from th e n ew w orld econ om ic ord er are d iscu ssed : th e con cep t of socially con -stru cted sp ace, th e in tern ation alization of cap ital, th e p erip h ery, an d th e resu ltin g collective d is-ease gen eration p rocess. Du e to th e d eterioration of state h ealth services an d th e logic of th e n ew w orld econ om ic ord er, th e n eed for local sch istosom iasis con trol solu tion s is stressed .

Key words Sch istosom iasis; Urban ization ; Ep id em iology; Pu blic Health

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Introdução

Para en ten d erm os a u rb an ização d a esqu istos-som ose com o u m n ovo d esafio p ara os serviços d e sa ú d e, é p reciso co n sid era r q u e o en fo q u e clín ico p rod u ziu aten ção in d ivid u al exp lorad a p elo ato m éd ico com o m ercad oria e o con trole social, exercid o p elo Estad o. Em b ora este p arad ígm a ten h a p roarad u ziarad o tecn ologia p a ra a ten -d er in -d iví-d u os (m e-d icam en tos, in su m os clín i-co-h osp ita la res a tra vés d e u m sistem a d e ser-viços cen tralizad o, p elo Estad o), ele n ão con se-gu iu red u zir o risco d e a d oecer e m orrer, n em m esm o d as d oen ças p reven íveis.

No caso d o p arad igm a social, p rod u ziu fu n -d a m en ta çã o teó rico -co n ceitu a l p a ra exp lica r p ro ce sso s co le tivo s d e p ro d u çã o d e d o e n ça s, além d e ter servid o d e esp aço d e resistên cia d e sa n ita rista e d a co m u n id a d e civil, n o p erío d o au toritário b rasileiro. Su a lim itação foi n ão es-ta b elecer o p era cio n a lid a d e p a ra o sistem a d e p restação d e serviços.

O p erfil clín ico-ep id em iológico p rod u zid o p ela n ova o rd em m u n d ia l d o ca p ita l cria u m n ovo d esa fio p a ra se a rticu la r con h ecim en tos acu m u lad os p elos p arad igm as am b ien tal e so-cia l, visa n d o a m a io r o p era cio n a liza çã o d o s serviços. Persp ectiva s p rom issora s sã o ela b o -rad as n o sen tid o d e ap on tar ou tras categorias m ed iad oras en tre estes p arad igm as, tais com o, o d esgaste n o trabalh o, organ iz ação social d o

espaçoe a organ ização da sociedade civil com a

cien tífica, cad a vez m ais crescen te em torn o d e d em a n d a s u rgen tes (á gu a , esgo to, ed u ca çã o, segu ran ça, cid ad an ia, etc.), p erm itin d o elab o-ração d e valores u n iversaistais com o ecologia, cid a d a n ia , d ireito h u m a n o e m o ra lid a d e d a “co isa p ú b lica”, in icia n d o a ssim u m alfabeto éticom u n d ializad o. Exp eriên cias con ju n tas d e técn icos d os serviços, acad em ia e in telectu ais e socied ad e civil organ izad a têm ap on tad o p ara a p ossib ilid ad e op earacion al n o p lan ejam en -to d e serviços d e saú d e au -to-referid o (Togn on i, 1993; Valla, 1993).

O en ten d im en to d a p rod u ção d as d esigu al-d aal-d es sociais al-d evial-d o ao al-d esen volvim en to econ ôm ico ap oecon ta a form a d e p rod u ção, o coecon su -m o e a d istrib u içã o d iferen cia d a d e p rod u tos, com o elem en tos q u e p recisa m ser com p reen -d i-d o s -d en tro -d a co n cep çã o -d o ca p ita l m ó vel. Este, con strói d em an d as e p rod u tos em territó-rios virtu ais. Devid o a ele, o con ceito d e esp aço ga n h a m a io r flexib ilid a d e, n ã o sen d o m a is o lu ga r fixo co m o co n ceb id o n a ep id em io lo gia clín ica d e Estad o, cen trad a em fatores d e risco, n a m ed icalização d e in d ivíd u os “d oen tes” e n o con trole social. Nesta con cep ção, a teoria de fo-co gan h a fo-con cep ção d e esp aço social; a p

erife-ria, d e m ercad o m óvel; as d oen ças en d êm icas, d e co n seq ü ên cia s d e u m m o d o d e vid a d e ex-clu íd os d a p rod u ção e d o con su m o; e, con ceito d e d eterm in ação p ara recep tivid ad e.

Co m p reen d er o s n ovo s p ro cesso s d e p ro -d u çã o -d e -d o en ça s u rb a n a s co m o n o ca so -d a esq u isto sso m o se exige a ssu m ir q u e o d esen -volvim en to/ su b d esen -volvim en to n ão p od e ser m ais visto com o con seq ü ên cia d o cap ital acu -m u la d o, -m a s co-m o su a p rin cip a l estra tégia . A m á q u alid ad e d e vid a é sistem aticam en te p ro-d u ziro-d a n o tem p o e lu gar q u e in teressa o cap i-tal, e os n ovos p rocessos d e p rod u ção d e en d em ia s sã o reflexo s d esta estra tégia q u e n ã o in -com od a o cap ital, p elo con trário, são p rod u zi-d os p ara garan tir su a sob revivên cia e seu cres-cim en to glob al.

Co m este en ten d im en to, é u to p ia p en sa r em p rogram as com m ed id as p ad ron izad as p a-ra con trolar en d em ias, com o a esqu istossom o-se, qu e é recorren te em vastas regiões on d e re-sid em a m aioria d os exclu íd os. A p ossib ilid ad e e resp o n sa b ilid a d e d e m in im iza r o r isco d e a d o ecer e m o rrer é u m “d ireito” rem etid o a o “cid a d ã o” em n ível lo ca l; d esd e q u e o co rra m socied a d es orga n iza d a s, p olitica m en te d eter-m in ad as e tecn icaeter-m en te cap acitad as p ara ge-ren cia r a çõ es e p ro gra m a s co n fo rm e ca ra cte-rísticas p articu lares; p orq u e n ão será o Estad o red u zid o, p recon izad o p ela n ova ord em m u n -d ial, q u e vai assu m ir sozin h o este com p rom is-so com eficiên cia.

A com p reen são d a cau salid ad e d as d oen ças p arasitárias q u e estab elece relação en tre h os-p ed eiro, agen te etiológico e o h om em , os-p erm ite estab elecer ações d e con trole visan d o à elim in a çã o d o h osp ed eiro iin term ed iá rio ou d o p a -rasita n o h om em . Neste m od elo, o h om em e o seu tip o d e rela çã o co m o m eio a m b ien te é a p o n ta d o co m o d eterm in a n te d e u m a p ro b a -b ilid a d e d e a d o ecer e m o rrer (Ro sicky, 1987), d ep en d en d o d o m o d o e d a in ten sid a d e d e tran sm issão d a in fecção, d a resistên cia im u n o-ló gica d o in fecta d o e d a a d a p ta çã o p a ra sita/ h om em (Bradley, 1972). As ações d e cu ra su gerid a s a p a rtir d este m o d elo visa m a o tra ta -m en to q u i-m ioteráp ico e à recu p eração clín ica d os in d ivíd u os in fectad os; p ortan to, são ações q u e visa m à in terru p çã o d a d o en ça (a ten çã o secu n d ária) e à in terven ção cirú rgica n os casos graves (aten ção terciária). Este m od elo p ressu -p õe qu e as cau sas d e tran sm issão d as -p arasito-ses são am b ien tais, qu e o agravo é con d icion a-d o p or con a-d u tas in a-d ivia-d u ais (fatores a-d e risco) e qu e o con trole tam b ém d eve ser in d ivid u aliza-d o.

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p recárias con d ições d e vid a, d evid o à b aixa re-m u n era çã o d a força d e tra b a lh o, a ocorrên cia d e d o en ça s p a sso u a ter u m co m p o n en te d e d eterm in ação coletiva d evid o ao m od o d e p rod u çã o. Fo ra m cen tra liza rod o s o s m eio s rod e p ro -d u çã o in -d u stria l e so cia liza -d o s o s m o -d o s -d e ad oecer, au m en tan d o a p ossib ilid ad e d e m aior n ú m ero d e in d ivíd u o s a d o ecerem p ela s m es-m a s ca u sa s, n o s es-m eses-m o s lo ca is d e tra b a lh o e/ ou resid ên cia. Nestas con d ições, são form a-d o s fo co s a-d e a lta tra n sm issã o a-d e p a ra sito ses, exigin d o ações ab ran gen tes n o m eio am b ien te. As cau sas e as ações exigid as p ara o con trole d e d oen ças p assaram a ser en ten d id as com o sen -d o -d e in -d ivi-d u ais a coletivas, visto q u e su a -d eterm in a çã o to m o u d im en sã o d e p ro cesso so -cial (Stark,1977).

A in su ficiên cia tecn op eracion al d os m o-d elos am b ien tal e social tem sio-d o q u estion ao-d a em fu n ção d e n ovas características d as form as a tu a is d e se co n ceb er m o d o d e vid a u rb a n o, n ova ord em econ ôm ica, d esen volvim en to, re-lações d e cap ital/ esp aço, in d ivíd u o/ socied ad e, in form ação/ com u n icação, com n ovos p rocesso s d e (re)p ro d u çã o d e velh a s e n ova s en d e -m ias. En d e-m ia aqu i (re)con ceitu ad a co-m o:

“expressão n o n ível coletivo de processo saú deen ferm idade, con sistin do n o con ju n to estru -tu rad o d e p rocessos d eterm in an tes d e u m a d oen ça, em u n id ad es esp aciais p articu lares d e u m a form ação econ ôm ico-social” (Sa b roza , 1992:241).

Partin d o d este con ceito d e en d em ia, d iscu-tirem o s n este estu d o a “organ iz ação social d o espaço”com o u m a categoria m ed iad ora en tre a exp licação d os d eterm in an tes m acrossociais e su a extern a lid a d e em d o en ça s in d ivid u a is; além d e d iscu tir ou tros elem en tos q u e o com -p õem , tais com o: u so e valor d a terra, estraté-gia d o ca p ita l m ó vel, o s circu ito s eco n ô m ico s d e p rod u ção e d istrib u ição d o cap ital n o esp a-ço u rb a n o, n ova o rd em eco n ô m ica m u n d ia l e seu s reflexos n a p rod u ção d e d oen ças em p aí-ses d e terceiro m u n d o assim com o a fu n ção d o Estad o red u zid o visan d o con trib u ir n o en ten -d im en to -d e n ovos p rocessos -d e recep tivi-d a-d e e d eterm in ação d esta velh a en d em ia.

Em b o ra a ca tego ria organ iz ação social d o esp açoa p resen te d ificu ld a d es m eto d o ló gica s d e u so e ju stificativa, torn a-se u rgen te su a ela-b oração, assim com o ou tras categorias, d evid o a o d esm a n tela m en to d os serviços cen tra is d o Estad o, b alizad o n a d escen tralização p ara o n ível local d esp rep arad o técn ica e geren cialm en -te p ara exercer d em an d as crescen -tes d e en d e-m iza çã o d e d o en ça s tid a s co e-m o tip ica e-m en te ru rais e qu e vêm se u rb an izan d o.

Acumulação, concentração,

centralização do capital e a produção de doenças no espaço urbano

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o-vo e fa zer d o o b jeto e d o su jeito u m sistem a acu m u lativo retro-alim en tad o.

Nã o h á o b jeto sem su jeito em u m sistem a a cu m u la tivo co m p lexo, p rin cip a lm en te se se con sid era a p rod u ção d e con h ecim en to com o p o ssível d e ser im p regn a d a d e a lgu m n ível d e id eologia im p osta p elo su jeito. Mas, o real, em -b ora ad m itid o com o in stável e sem relações fi-xa s, ta m b ém a p resen ta m eca n ism o s p ró p rio s d e m od u lação, garan tin d o su a con sistên cia in -tern a; sen ão seria d issip ativo e a teoria n ão te-ria fu n ção exp licativo-op eracion al, m esm o q u e p rovisória (Matu ran a, 1974).

Fazen d o u so d estas p rem issas e p rocu ran -d o aq u i elab orar u m a ap roxim ação teórica so-b re a organ ização social do espaço, torn a-se n e-cessário en ten d er algu m as carterísticas d o es-p aço, tais com o: a “distribu ição, evolu ção h istó-rica e esp ecificid ad es sócio-p olítico-cu ltu rais” (Sm ith , 1988).

A geografia clássica se ocu p ou em en ten d er a d istrib u içã o d a o cu p a çã o d o so lo p elo h o -m e-m através d e su a relação d ireta d e exp loraçã o d a n a tu reza . As fo rm a s d esta rela loraçã o Ho -m e-m / Natu reza (H/ N) d eixara-m n a n atu reza as m arcas d istin tas n o tem p o e n o esp aço. Ob ser-va-se qu e, d os aglom erad os d e in d ivíd u os p ara tro ca d e m e rca d o ria s (e ra m e rca n tilista ), d o in ício d a in d u strialização até o sécu lo XVI (era in d u strial) e ap ós a II gu erra m u n d ial (era tec-n ológica), p od em os id etec-n tificar três tip os d e or-ga n iza çõ es d a s cid a d es. O p rim eiro p erío d o (m erca n tilista ) p ro d u ziu a cid a d e m o lecu la r, cu ja fu n ção b ásica era ad m in istrativa e com er-cial. Tin h a com o p rin cip al p rob lem a a falta d e con su m id ores. O segu n d o p eríod o (in d u strial) p rod u ziu crescim en to d os aglom erad os já exis-ten tes e m igração d o h om em ru ral p ara o esp a-ço u rb a n o, co n figu ra n d o a ssim a p resen ça d o Estad o m od u lad or d o flu xo d e cap ital. A colo n ização e as gu erras foram estratégias eficien -tes n este p erío d o, p ro m oven d o circu la çã o d o ca p ita l, cria n d o p ro d u to s e d em a n d a s. O ter-ceiro p eríod o (tecn ológico) p rod u ziu a m ega-m etróp ole e in tegrou o ca p ita l ru ra l, a grícola , u rb a n o , d e Esta d o e o in ter n a cio n a l (Sa n to s, 1978).

Para se com p reen der o p rocesso de con stru -ção d o esp aço, é n ecessário recon h ecer as for-ças p rod u tivas e o m od o d e relação d o Hom em com a Natu reza (H/ N). O esp aço, in icialm en te, era “coisa em si”, d ep ois a relação H/ N p assou a ser h istórica, e com o en ten d im en to d a ep is-tem ologia gen ética, via teoria con stru tivista, o Su jeito “Hom em” e o Ob jeto “Natu reza” p assa-ram a ter u m a “con figu ração com bin an te”, sen d o a d m itid a p o r Sm ith (1988) co m o u m p ro -cesso vital d e “m etabolism o com a n atu reza”.

Nas cid ad es m olecu lares a relação H/ N vi-sava cad a vez m ais à m ais-valia através d o tra-b a lh o d ivid id o, sen d o o ca p ita l a cu m u la d o e con cen trad o n as m ãos d e p ou cos. Na m egam tróp ole a exp loração p assou a ser realizad a p e-lo cap ital d e gru p o, com m áq u in a p rod u zin d o m á q u in a e d esem p rego em m a ssa , e o ca p ita l foi cen tra liza d o in tegra n d o a econ om ia m u n -d ia lm en te. No p ro cesso -d e m u n -d ia liza çã o -d a eco n o m ia , o ca p ita l a lém d a fu n çã o d e u so p assa à fu n ção d e troca. Assim torn a-se cap az d e cria r d em a n d a em territórios m óveis, a tra -vés d o cap ital m óvel, o n d e e q u a n d o lh e co n -vém . Neste con texto a p eriferia d eixa d e ser so-m en te a colon ial ou a p róxiso-m a d o cap ital fixo, p assan d o a ser tam b ém p eriferia d e m ercad o. É aí q u e a in form ação e a d em an d a con stru íd a (efeito d em on stração) p assam a ser arm as fu n -d a m en ta is -d o ca p ita l m ó vel n o p ro cesso -d e a cu m u la çã o, co n cen tra çã o e cen tra liza çã o econ ôm ica.

Pa ra Sm ith , u m a estra tégia a d ota d a visa n -d o à sob revivên cia -d o cap italism o é a -d esvalo-rização d o esp aço con stru íd o em escalas u rb a-n a, regioa-n al e glob al. Os resu ltad os d a glob ali-zação d a econ om ia são: a) sociais, em p ob reci-m en to d e reci-m u itos d evid o ao en riqu ecireci-m en to d e p o u co s; b ) eco n ô m ico s, d esen vo lvim en to d e a lgu m a s á rea s e su b d esen vo lvim en to d e o u -tra s; e, c) geo -eco n ô m ico s, co m d o m ín io glo-b al d a n atu reza, agora socialm en te con stru íd a. Ma s esta m u n d ia liza çã o é p er versa , p o is re-n u re-n cia à vo ca çã o d e servir a socied a d e d a es-p écie h u m an a (Gu attari, 1990).

Com a in d u strialização (p rod u ção d e b en s p o r m á q u in a ) e a m eca n iza çã o (p ro d u çã o d e m áq u in a p or m áq u in a) o cap ital torn ou -se ca-d a vez m ais acu m u laca-d o, con cen traca-d o e cen tra-lizad o n as m ãos d e in stitu ições in tern acion ais. Este p rocesso, com an d ad o p elo cap ital através d e gru p os fin an ceiro-in d u striais, exclu íu , cad a vez m ais, gran d e con tigen te d a p op u lação h u -m an a d e: a) ter q u alid ad e d e vid a d ígn a (águ a, esgo to, a lim en ta çã o, ed u ca çã o, sa ú d e, segu -ran ça, etc); b ) p od er con su m ir, em b ora seja es-ta u m a d as su as fu n ções n a n ova ord em econ ô-m ica ô-m u n d ia l; e, c) exercer a cid a d a n ia . Po r-ta n to, a glo b a liza çã o d a eco n o m ia e d o p o d er (via co n tro le d a in fo rm a çã o ) a ca b o u (re)p ro -d u zin -d o m isérias coletivas, p rocessos coletivos d e d o en ça s en d êm ico -ep id êm ica s em gr u p o s p a rticu la res (Ca stella n o s, 1987); e a lien a çã o em m assa (Gu attari, 1988).

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m alária, cólera, esqu istossom ose, den gu e, etc.); a p a recim en to d e n ova s d o en ça s típ ica s d e gran des aglom erados p op u lacion ais (AIDS, p o-liom ielite, m en in gite, etc.); au m en to d a m orta-lid ad e p or cau sas extern as (d oen ça e acid en tes p rod u zid os p elo d esgaste n o trab alh o, acid en -tes d e trân sito, risco qu ím ico-tecn ológico, vio-lên cia , lo u cu ra , etc.), a lém d o a u m en to d e d o en ça s crô n ica s d egen era tiva s em joven s (cau sas in tern as n atu rais).

Pa ra co m p reen d erm o s a o co rrên cia d e d oen ças en d êm icas n o esp aço u rb an o p eriféri-co d e gran d es cen tros u rb an os eriféri-com o a esq u is-to sso m o se n a regiã o m etro p o lita n a d e Belo Horizon te, farem os u so d o con ceito d e circu i-to s eco n ô m ico s ela b o ra d o p o r Sa n i-to s (1978). Isto se fa z n ecessá rio p a ra co m p reen d erm o s m elh o r a co n trib u içã o a tu a l d e, i.e, 47 gru p o s d e “sem terra” e agora “sem casa” (50-70 000 fa-m ílias) n a in stalação d e n ovos focos d a esqu is-to sso m o se n o esp a ço u rb a n o d a Gra n d e-BH , p rin cip alm en te se con sid erarm os q u e a m aioria d estas fam ílias é d e m igran tes d e áreas ru -rais en d êm icas.

No p erío d o d e m o d ern iza çã o tecn o ló gica , ap ós d u as gu erras m u n d iais, a glob alização d a eco n o m ia a ca b o u p ro d u zin d o d o is circu ito s eco n ô m ico s. O ta m a n h o d a s cid a d es, a s rela -çõ es d e vizin h a n ça , n ovo s sistem a s d e tra n s-p o rte, a tivid a d es a rtesa n a is, n ú m ero s red u zi-d os zi-d e em p regos em gran zi-d es cen tros u rb an os, a u sên cia d e u m co m ércio in tegra d o, rela çõ es d iretas in d isp en sáveis en tre in d ú strias, com ér-cio e atacad istas são con d ições favoráveis p ara a in form ação e o con su m ose to rn a rem m eio s fu n d am en tais d e tran sform ação d a econ om ia d este p eríod o.

A d ifu sã o d a in fo rm a çã o e a cen tra liza çã o d o cap ital d efin em n ovas form as d e organ iza -ção d o esp aço. O u so d a in form a-ção, em esp e-cial p elo efeito d em on stração d a p rop agan d a, p assou a ter a fu n ção b ásica d e red u zir d em an -d a -d e p ro-d u ções locais e ab rir m erca-d o p rin ci-p a lm en te n a m a ssa d e tra b a lh a d o res. A exis-tên cia d e u m a m a ssa d e p esso a s co m b a ixo s sa lá rio s e u m a p eq u en a p a rcela co m ren d a m u ito eleva d a , cria n a socied a d e u rb a n a u m a d ivisã o en tre a q u eles q u e co n so m em b en s e ser viço s e o s q u e n ecessita m co n su m ir ta m bém , m as n ão p odem . Isto cria diferen ças qu an -titativas e qu alitativas n o con su m o:

“Essas d iferen ças são a cau sa e o efeito d a existên cia d a criação e m an u ten ção, em gran -d es ci-d a-d es, -d e -d ois circu itos -d e p ro-d u ção, -d is-tribu ição e con su m o d e ben s e serviços: o su p e-rior e o in fee-rior”(San tos, 1978:33).

Os d ois circu itos são p rod u tos d a m od ern i-za çã o tecn o ló gica , a m b o s se b en eficia n d o d e

form as d iferen tes, on d e o in ferior é d ep en d en -te d o su p erio r. O su p erio r é co n stitu íd o p o r b an cos, com ércio, in d ú stria d e exp ortação u r-b an a m od ern a, serviços m od ern os, atacad istas e tra n sp o rta d o res. O in ferio r p o r fa b rica n tes com p ou co cap ital, serviços elem en tares a va-rejo e p elo com ércio in form al.

O su p erio r se ca ra cteriza p rin cip a lm en te p ela p resen ça d e ca p ita l in ten sivo e o in ferior p or trab alh o in ten sivo. No in ferior, a acu m u lação d e cap ital n ão con stitu i a p rim eira p reocu p ação, sim p lesm en te visa sob reviver e assegu ra r a rep ro d u çã o (u m a d a s p o u ca s a cu m u la çõ es d o circu ito in ferio r é a p ro d u çã o d e b io m assa; u sad a p elo circu ito in ferior p ara p rod u -çã o d e ó rgã o s, p ro stitu i-çã o, exp lo ra -çã o d e fron teira com o n o caso d o ou ro n a am azôn ia e n a rco trá fico ) e even tu a lm en te co n su m ir p ro -d u tos -d o circu ito su p erior. O “lu gar” -d o circu i-to in ferior é n a cid ad e gran d e e su a região; e o d o su p erio r é fo ra , p o d en d o se a rticu la r co m cid ad es e regiões d istan tes.

A existên cia d os d ois circu itos n a econ om ia d as cid ad es é resu ltad o d e u m m esm o gru p o d e fa to res: a ) o s d o is circu ito s têm a m esm a o ri-gem , o m esm o con ju n to d e cau sas e são in ter-liga d o s; b ) o circu ito in ferio r é u m fen ô m en o econ ôm ico n ão d elim itad o geograficam en te e ap resen ta a con d ição d e d ep en d ên cia d e tod o u m sistem a eco n ô m ico ; e q u e, c) n ã o se p o d e fa la r d a existên cia d e u m circu ito in ferio r d a eco n o m ia u rb a n a n o s p a íses d esen vo lvid o s (San tos, 1978).

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p erid o m icilia r. Nã o será co m a m esm a m eto-d ologia rígieto-d a até en tão aeto-d otaeto-d a p elos serviços vertica is em á rea s ru ra is (b u sca a tiva ) q u e se d eve ab ord ar a esqu istossom ose n o esp aço u r-b a n o, seja d evid o à s n ova s ca ra cterística s d e m ovim en tação d a esq u istossom ose n o territó-rio, d os in d ivíd u os cad a vez m ais m óveis n o es-p aço u rb an o, seja d evid o aos es-p róes-p rios eses-p aços sociais m óveis d estin ad os a assen tam en tos d e gru p o s d e risco d e exclu íd o s d a fu n çã o so cia l d e p rod u zir e con su m ir. Portan to, h á q u e fazer u so d e in stru m en ta is flexíveis d en tro d o p en -sa m en to ep id em io ló gico p a ra fa zer fren te à s sócio-b io-d iversid ad es on d e ocorre a en d em ia.

Discussão

O m od elo d e d esen volvim en to ad otad o n o Bra-sil vem favorecen d o a con cen tração d e ren d a e a exclu são d e gran d e p arte d a p op u lação b rasi-leira d o acesso aos b en s d e con su m o coletivo, sen d o resp o n sá vel p elo a p ro fu n d a m en to d a s d esigu a ld a d es só cio -eco n ô m ica s verifica d a s tan to en tre gru p os p op u lacion ais, com o en tre regiões (CNRS, 1988). Ao lon go d os an os, acu -m u lara-m -se as con seq ü ên cias n egativas d este m o d elo so b re a s co n d içõ es gera is d e vid a e sa ú d e d a p o p u la çã o. Este m o d elo eco n ô m ico a gra va o d eso rd en a d o p ro cesso d e u rb a n iza -çã o, ca d a vez m a is em p recá ria s con d ições d e h a b ita çã o, e d eficien tes sistem a s d e a b a stecim en to d e águ a e d e sistestecim as d e esgotos san itá -rio s, fa zen d o co m q u e a q u a lid a d e d e vid a n a p eriferia d os cen tros u rb an os n ão d ifira d a ru -ral, qu an d o n ão é p ior (Alm a-Ata, 1978; Barb o-sa,1980; Lau rell, 1983; Silva, 1985a).

O d eseq u ilíb rio en tre a acu m u lação d o ca -p ital n a m ão d e -p aíses cen trais, fin an ciad ores d este tip o d e m o d elo eco n ô m ico, e o a gra va -m en to d a q u alid ad e d e vid a n os p aíses d o ter-ceiro m u n d o levaram -n os a ad otar p olíticas d e saú d e estatizan tes e d e caráter com p en satório. No Bra sil, foi com a im p la n ta çã o d a Rep ú -b lica q u e se o rga n izo u efetiva m en te a sa ú d e p ú b lica com o in stitu ição. Su a p rin cip al fu n ção era viab ilizar a execu ção d e p rojetos econ ôm i-cos d e in teresse d e gru p os d om in a n tes n a cio-n ais e icio-n tercio-n aciocio-n ais (Lu z, 1973).

Desta form a, assistim os, n o in ício d este sé-cu lo, ao govern o b rasileiro se p reosé-cu p ar: com a a n cilo sto m ía se n a s regiõ es ca feeira s d e Sã o Pa u lo (Merth y, 1983); co m a feb re a m a rela n o Rio d e Jan eiro, p ara m elh orar a im agem d o p aís n o exterior e n ã o p reju d ica r a s exp orta ções; e ain d a com o com b ate à m alária em várias fren -tes d e ob ras p ú b licas, b u scan d o evitar a p erd a d e m ão-d e-ob ra (Barreto, 1967).

A esqu istossom ose n ão p od e ser con sid era-d a exceção era-d este p rocesso. Não é em vão q u e, ap esar d e d escrita n o Brasil p or Pirajá d a Silva em 1908, n ã o ten h a d esp er ta d o, p o r p a rte d e p esq u isa d o res e d o Esta d o, gra n d e in teresse a té d ep ois d a Segu n d a Gu erra Mu n d ia l (Silva , 1985b ). Ap esar d e ser con sid erad a u m a d as seis gran d es en d em ias q u e afligem o m u n d o, afeta ap en as aqu eles qu e, p or n ecessid ad e d e trab a-lh o o u fa lta d e o p çã o d e la zer, sã o fo rça d o s a con tatos con stan tes com águ as in festad as com cercárias. Assim , a d istrib u ição d a in fecção n a p op u lação se d á forçosam en te com m aior fre-q ü ên cia e gravid ad e em in d ivíd u os fre-q u e vivem em p io res co n d içõ es d e vid a (Pesso a , 1948; Ba rb o sa & Co elh o, 1957; Klo etzel, 1963; Ka tz, 1980, 1986a; Men ezes & Cou ra, 1978).

Com o fin al d a Segu n d a Gu erra Mu n d ial e a tra n sfo rm a çã o n a s re la çõ e s e co n ô m ica s d o s p a íse s d e se n vo lvid o s co m o s su b d e se n vo lvi-d o s, a o rlvi-d em co lo n ia lista co m eça a p a ssa r lvi-d a d om in ação p olítica p ara a econ ôm ica. Organ i-za ções in tern a cion a is a ssu m em o p a p el d e fi-n a fi-n cia d o ra s d o s p a íses su b d esefi-n vo lvid o s e p assam a fin an ciar p rojetos a lon go p razo (Ro-d rigu es, 1979). No Brasil, o p rocesso m igratório q u e se o b ser va n o eixo No rd este/ Su d este em fu n çã o d a n ecessid a d e d e b ra ço s n o s cen tro s u rb a n o s em in d u stria liza çã o, a ltera o p erfil ep id em iológico n as regiões recep toras, fazen -d o em ergir n ovos p rob lem as -d e Saú -d e Pú b lica (Pessoa, 1948; Barreto, 1967; Cou ra, 1967; Car-va lh eiro, 1983). Co m este flu xo m igra tó rio, “o Su l Maravilh a” receb e d e 4,0 a 7,0% d os n ord es-tin o s m igra n tes in fecta d o s p elo Sch istosom a m an son i(Marqu es, 1985).

Este deslocam en to de m ão-de-obra de áreas ru rais p ara cen tros in du strializados, som ados à au sên cia d e p rojetos d e u rb an ização n a p erife-ria d e gran d es cid ad es, acab ou p rovocan d o ou in ten sifican d o o favelam en to u rb an o com p re-cárias con d ições san itárias, e p éssim a qu alid a-d e a-d e rep roa-d u ção a-d a via-d a. Não é a-d e se aa-d m irar qu e d oen ças p arasitárias e in fecto-con tagiosas aí se in stalem e p assem a se exp an dir, com o su-ced eu co m a esq u isto sso m o se n a p eriferia d e São Pau lo, torn an d o-se u m a d oen ça d e caráter ta m b ém u rb a n o (Ba rreto, 1984, 1986) e m ere-cen d o o statu s d e “Prob lem a d e Saú d e Pú b lica” (Silva, 1985a), assim com o em Belo Horizon te, MG (Cou ra-Filh o, n o p relo).

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-m ero q u ase três vezes -m aior, p ara u -m p eríod o d e tem p o três vezes m en or (Silva, 1985b ).

Foi ap ós 1950 q u e vários au tores d esen vol-veram p rojetos d e p esqu isas em p op u lações d e á rea s en d êm ica s b ra sileira s. O m od elo ep id e-m io ló gico, u sa d o n a gra n d e e-m a io ria d estes p rojetos, b u scava estab elecer relações d e cau -sa / efeito d en tro d a co n cep çã o eco ló gica d a d o en ça , seja visa n d o co n h ecer a d in â m ica d a tran sm issão ou id en tifican d o m ed id as (ou m e-tod ologias p ara se d efin irem m ed id as ad eq u a-d a s em ca a-d a fo co ) n o co m b a te à a-d o en ça , ta is co m o : co m b a te a o h o sp ed eiro in term ed iá rio ; evolu ção clín ica n os in fectad os su b m etid os ou n ão ao tratam en to esp ecífico; ob ten ção d e es-q u isto sso m icid a s eficien tes es-q u e p ro d u za m o m ín im o d e efeitos colaterais, p od en d o ser u sa-d os em larga escala e asa-d m in istrasa-d os p or au xi-liares d e saú d e com p eq u en a cap acitação p ro-fission al.

Os co n h ecim en to s esp ecífico s a d q u irid o s n estes estu d os, som ad os aos in teresses d os ór-gã o s in tern a cio n a is em ga ra n tir o reto rn o d e cap ital in vestid o em p rojetos d esen volvim en -tista s n o Bra sil, en co ra ja ra m o govern o b ra si-leiro a im p la n ta r n o No rd este o Pro gra m a Es-p ecial d e Con trole d a Esq u istossom ose (PECE, 1976), cu jo b en efício à p op u la çã o foi m in im i-za r a gra vid a d e d a d o en ça n o s p o r ta d o res d e form a h ep atoesp lên ica, e red u zir a carga p ara-sitá ria n o s in d ivíd u o s tra ta d o s em á rea en d ê-m ica , ê-m esê-m o su jeito s à rein fecçã o (Ka tz, 1986a ), em b o ra p o ssa n ã o esta r a sso cia d o à qu ed a d a p revalên cia (Carm o, 1994).

Em b o ra cien te d e q u e a in fecçã o p elo S. m an son item , fu n d am en talm en te, seu s d eterm in an tes eterm acroestru tu rais exigin d o visão e in -ter ven çã o m a cro ep id em io ló gica (Ba rb o sa , 1985), o “p ro b lem a esq u isto sso m o se” só terá so lu çã o d efin itiva q u a n d o to m a d a s m ed id a s estru tu rais e esp ecíficas (Arou ca, 1978; Barb o-sa ,1985). En treta n to, en q u a n to esta s m ed id a s estru tu ra is n ã o o co rrerem , m ed id a s esp ecíficas p od em e d evem ser ad otad as em áreas en -d êm ica s p o -d en -d o co n tro la r a m o rb i-d a -d e -d a d oen ça.

Em b ora a WHO (1985) ten h a p recon izad o a ed u cação p ara a saú d e e a p articip ação com u -n itária com o estratégia op eracio-n al -n o co-n trole d a en d em ia , n o Bra sil p o u ca s sã o a s exp e riên cia s o n d e a p o p u la çã o p a rticip o u a tiva -m en te d e a çõ es d e co n tro le d a en d e-m ia (Ba r-b osa et al., 1971; Barreto & Prata, 1969; Cou ra-Filh o et a l., 1992). Sa b id a m en te, o Pro gra m a Esp ecial d e Con trole d a Esq u istossom ose (PE-CE, 1976) d esen vo lvid o n o n o rd este d o Bra sil d eixou d e ser u m p rogram a com m ed id as asso-ciad as (tratam en to, con trole d e vetores, san

ea-m en to b ásico e ed u cação san itária coea-m p artcip a çã o d a co m u n id a d e), co m o p ro p o sto in i-cia lm en te. Ca ra cterizo u -se co m o u m p ro jeto d e in terven ção vertical (com u n id ad e com o ob -jeto, d ecisões sob re a m etod ologia tom ad as n o n ível d e p o d er cen tra l, a tivid a d es execu ta d a s p o r a gen tes extern o s à co m u n id a d e e a tra vés d e a çõ es esp ecífica s) co m o fo r n ecim en to d o tratam en to esp ecífico, m u itas vezes, com o ú n i-ca m ed id a oferecid a aos in fectad os.

Pesq u isas op eracion ais sob re o con trole d a esq u istossom ose u san d o-se ab ord agen s alter-n ativas têm sid o p reterid as p elas p esqu isas so-b re o tra ta m en to esp ecífico, o s m éto d o s d e d ia gn ó stico s e a p ro m etid a va cin a (Klo etzel, 1992). Em b ora a estratégia d a m u n icip alização d e p ro gra m a s d e co n tro le ten h a p ro p icia d o bon s resu ltados (Cou ra-Filh o et al., 1992), a su a via b ilid a d e exige estru tu ra çã o n o seto r sa ú d e (Tau il, 1983), p rin cip alm en te n o rep asse d e re-cu rsos fin an ceiros p ara o n ível local, n a cap aci-tação técn ica d e recu rsos h u m an os locais (Oli-veirJú n ior, 1990), n a organ ização d a socied a-d e p a ra exercer o co n tro le fisca l a-d o s recu rso s p ú b licos ( Va lla et a l., 1993) e n a d efin içã o d os p a p eis d a s in stitu içõ es fed era is, esta d u a is e m u n icip ais (Cam p os, 1990 ; Dallari, 1985).

Com o n ovo p ap el d o Estad o d en tro d a n o-va ord em econ ôm ica m u n d ial assistim os à re-d efin içã o re-d a s fu n çõ es re-d a Fu n re-d a çã o Na cio n a l d e Sa ú d e ca b en d o -lh e geren cia r, ra cio n a liza r d iretrizes visa n d o a o co n tro le. Assistim o s a s-sim ao rep asse d o com p rom isso d o d esen volvi-m en to d as ações p ara o n ível local.

Assim , o d esen vo lvim en to d e a b o rd a gen s, in clu ín d o -se a sp ecto s d a s esp ecificid a d es d a d in â m ica d e tra n sm issã o co n fo rm e m o d o d e p ro d u çã o eco n ô m ica e, co n seq ü en tem en te, co n fo rm e m o d o d e vid a d o s exp o sto s à in fec-çã o p elo S. m an son i(Ba rb osa , 1995), torn a -se u m a m eta e u m d u p lo d esafio, p or falta d e m e-to d o lo gia s d e in ter ven çã o a lém d o en fo q u e b io ló gico e p o r n ã o fa zer p a rte d a h egem o n ia b io-tecn ológica já estab elecid a n o p aís p or in-teresses m éd ico -in stitu cio n a is em q u e o a to m éd ico legitim a a m ed icalização d a d oen ça e o p ap el in terven tivo d o Estad o.

Considerações finais

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eter-m in ação social d a ocorrên cia in d ivid u alizad a, b u sca n d o va lid a r a s in fo rm a çõ es o b tid a s d o s in d ivíd u os e b u scan d o com p reen d er o seu p ro-cesso so cia l d e d eterm in a çã o ( Wa rrin er, 1956 apu dRitzer 1975).

A co n sid era çã o d e Merto n (1968) d e q u e a p róp ria fu n ção da rep etição da ocorrên cia in di-vidu al cria a “estru tu ra-fu n cion alista” e elim in a a im p regn ação d a su b jetivid ad e e, p ortan to, é d a m esm a n atu reza d o fato social, con trap õe à d e Ritzer e Du rkeim q u an d o estes d efen d em o ca rá ter co ercitivo d a estru tu ra so cia l so b re o s in divídu os. Para estes, o fato social p ode ter ori-gem n os in d ivíd u os, m as é d e ou tra ord em d e-vido à força qu e p assa a exercer sobre os in diví-du os qu an do tom a o statu sde m odo-de-vida de u m a p op u lação em d ad a organ ização social.

Para Colem an (1980) “os m étodos de pesqu i-sas têm n egligen ciad o a estru tu rae a social in -ter-relação en tre in divídu os”q u an d o con sid era ap en as os in d ivíd u os com o u n id ad e d e an álise. Isto p rod u z ap en as in form ações sob re a “psico -logia d e agregad os” e n ão in form ações sob re o p rocesso d e ocorrên cias, in terrelações d e gru -p os d e in d ivíd u os -p ro-p ician d o u m a visão alar-gad a d a estru tu ra qu e p rod u z o fato social .

Já Parson s (1964) acu sou Web er d e p rivile-gia r estu d o s so b re a su b jetivid a d e (religio sa ), acu sou Du rkeim p or p rocu rar dem arcar u m a li-n h a d ivisória eli-n tre ili-n d ivíd u os e socied ad e, as-sim com o Marx p or con sid erar ap en as a d eter-m in ação da estru tu ra sócio-econ ôeter-m ica , via ca-p italism o, sobre os in divídu os. Para Parson s, es-ta ju ses-ta p o siçã o d e n íveis (in d ivid u a l, gru p a l e estru tu ral) exige elab oração d e categorias q u e os in tercep te, p rom oven do m aior in teração dos con h ecim en tos p rod u zid os em cad a n ível.

Fazen d o u m a an alogia top ográfica grossei-ra, p od em os con sid erar qu e a p rática d a ep id e-m iologia n o setor saú d e vee-m viven d o o d esafio d e ta m b ém cria r ca tegoria s m ed ia d ora s en tre os n íveis in d ivíd u al, gru p al e estru tu ral, d e form a a p ro d u zir co n h eciform en to n ovo n a co form -p reen são d e -p rocessos q u e -p ossib ilite a in terven çã o. No ca so d a esq u istossom ose, os estu -d os descritivosp rop iciad os p ela ep id em iologia clín ica cen tra d a em co n h ecim en to s so b re a ocorrên cia d o agravo à saú d e d o in d ivíd u o so-m a d o s a o p o d erexp licativod a ep id em io lo gia social exigem elab oração d e ab ord agen s opera -tivasq u e in co rp o rem in fo rm a çõ es a d vin d a s d o s in d ivíd u o s e d a so cied a d e, p a ra se com -p reen d erm elh o r o s p rocessosd e p ro d u çã o d e d oen ças em gru p os p articu lares.

As p ersp ectivas do uso do referen cial teórico sob re os p rocessos d e p rod u ção, d istribu ição e con su m o de ben s em gran des cen tros u rban os em país em desen volvim en tocom o o Brasil exigem :

a) exp erim en tar, con form e realid ad e em estu -d o, a u n idade espacialp ara an álise: localid ad e, m u n icíp io, região, m esoregião, b acia h id rográ-fica, assim com o d efin ir in d icad ores qu e in for-m efor-m on ível d e u rban izaçãocon form e m od os d e in serçã o d a m ã o -d e-o b ra n o m erca d o d e trab alh o;

b ) valid açãod as in form ações p rod u zid as em d ad os agregad os.

Para tan to e visan do fazer u so deste referen -cial p ara an alisar a d istrib u ição esp a-cial d a es-qu istossom ose n o esp aço m in eiro, con siderare-m os :

a) O atu al p rojeto sócio-p olítico d o Estad o d e Min as p ara assistir gru p os d e risco p ara d oen -ças d e veicu lação h íd rica com o a esq u istosso-m ose n a região d a Gran d e-BH, con sid eran d o a p olítica d e san eam en to a ser ad otad a n o Esta-d o, en ten Esta-d en Esta-d o-se o san eam en to com o sen Esta-d o a m ed id a p reven tiva d e m a io r im p a cto n a tran sm issão d a esq u istossom ose n o q u e tan ge ao forn ecim en to d e águ a p otável in trad om ici-lia r (Co u ra -Filh o et a l., 1996) e elim in a çã o d e d ejeto s (m a s o p ro jeto co n stru íd o p ela so cied a cied e m in eira e n a Assem b leia Legisla tiva en -glob a coleta d e lixo, d ren agen s e risco tecn oló-gico).

(9)

Agradecimentos

Ao s Pro fs. Pa u lo Ch a ga ste lle s Sa b roza e Fre d e rico Sim õ e s Ba rb o sa p o r te re m co la b o ra d o n esta ela b o -ração n a d iscip lin a “Determ in ação am b ien tal e social d as en d em ias”, oferecid a n a En sp / Fiocru z.

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