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Trabalho físico pesado e dor lombar: a realidade na limpeza urbana.

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Academic year: 2017

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RESUMO: Lombalgia é um dos maiores problemas de saúde pública. Existe uma lacuna nos estudos sobre este agravo em trabalhadores de limpeza urbana (TLU). Estudo de corte transversal foi realizado para descrever prevalência de lombalgia, características ocupacionais, extra-ocupacionais e fatores associados a este agravo em TLU. Foi feito censo com 624 trabalhadores, em Salvador, utilizando questionário aplicado por entrevistador, em 2010. Casos de lombalgia foram deinidos como dor lombar referida nos últimos 12 meses, durando mais que 1 semana ou tendo frequência mínima mensal, que determinou restrição ao trabalho ou busca por atenção médica ou apresentou intensidade ≥ 3 em escala de 0 a 5. Demandas físicas no trabalho foram medidas em escala numérica de 6 pontos para 14 variáveis. Demandas psicossociais foram medidas utilizando o Job Content Questionnaire. Fatores sociodemográicos, de hábitos de vida e trabalho doméstico foram avaliados. Regressão logística múltipla (RL) foi utilizada para identiicar fatores associados à lombalgia, cuja prevalência foi de 37,0%, e entre os casos, 62,8% cursavam com dor nos últimos 7 dias. A lombalgia se associou ao maior tempo de trabalho, à lexão e rotação do tronco, às demandas psicossociais, ao trabalho direto na coleta e à baixa escolaridade. O trabalho dinâmico (andando, correndo) atuou como fator de proteção. Concluiu-se que muitos trabalhadores desenvolvem sua atividade na presença de dor. Os resultados apontam para necessidade de medidas de prevenção através de abordagem multifatorial que inclua adequações no ambiente físico e modiicações na organização do trabalho.

Palavras-chave: Dor lombar. Epidemiologia. Limpeza urbana. Transtornos traumáticos cumulativos. Engenharia humana. Sistema musculoesquelético.

Trabalho físico pesado e dor lombar:

a realidade na limpeza urbana

Heavy physical work and low back pain: the reality in urban cleaning

Silvana Maria Santos PataroI, Rita de Cássia Pereira FernandesI ARTIGO ORIGINAL / ORIGINAL ARTICLE

IFaculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia – Salvador (BA), Brasil.

Autor correspondente: Silvana Maria Santos Pataro. Faculdade de Medicina da Bahia. Praça XV de novembro, s/nº, Largo do Terreiro de Jesus, CEP: 40025-010, Salvador, BA, Brasil. E-mail: silpataro1@hotmail.com

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INTRODUÇÃO

A lombalgia constitui um dos maiores problemas de saúde pública em diversos países industrializados e em desenvolvimento, não só por sua alta prevalência e incidência, mas também pela incapacidade laboral gerada, pelo intenso uso de serviços de saúde que provoca e pelo absenteísmo, ocupando lugar de destaque entre as causas de concessão de auxílio-doença1,2.

Em muitos países a atividade de limpeza urbana é realizada manualmente, expondo o trabalhador a uma variedade de riscos ocupacionais, especialmente os relacionados à alta sobrecarga física do trabalho, como é o caso dos acometimentos musculoesqueléticos3,4.

O papel da carga física causada por frequente lexão e rotação de tronco, levantamento e/ou transporte de carga, vibração de corpo inteiro e trabalho físico pesado na ocorrência das lombalgias tem sido bem documentado. Nos últimos anos os estudos têm focado nas demandas psicossociais no trabalho5.

Estudos epidemiológicos em diferentes categorias ocupacionais têm sido realizados em diversos países, porém há uma lacuna nos estudos abordando a prevalência de lombalgia com clara deinição de caso e, sobretudo, aqueles realizados com os indivíduos em atividade. Estudos epidemiológicos inconclusivos se devem também à falta de contraste necessária na exposição aos fatores de risco, tornando muitas vezes difícil a determinação de associações em ABSTRACT: Low back pain (LBP) is a major public health issue. There is lack of research on this disorder afecting urban cleaning workers. A cross-sectional study was conducted to describe the prevalence of LBP, occupational and extra-occupational characteristics, as well as associated factors in these workers. A census was performed with 624 workers in Salvador, Brazil, using a questionnaire administered by an interviewer in 2010. Cases of LBP were deined by reported symptoms of pain in the previous 12 months, lasting more than a week or with monthly minimum frequency, which led to restrictions at work or to seeking medical attention, or in cases when respondents had a severity score ≥ 3 on a numerical scale from 0 to 5. Physical demands at work were measured on a numerical 6-point scale with 14 variables. Psychosocial demands were measured using the Job Content Questionnaire. Sociodemographic factors, lifestyle habits and domestic work were evaluated. Multiple logistic regression (LR) was used to identify factors associated with LBP, for which the prevalence was 37.0%. Among them, 62.8% of workers felt pain in the last 7 days. LBP was associated with longer working hours, lexion and trunk rotation, psychosocial demands, working directly in collection and low schooling. Dynamic work (walking, running) served as a protective factor. It was concluded that many workers develop their activity at the presence of pain. The results emphasize the need for preventive measures through multifactorial approach encompassing adaptations in physical environment and changes in work organization.

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grupos ocupacionais mais homogêneos. Além disso, o controle inadequado dos confundidores e categorizações imprecisas da exposição podem mascarar os resultados6.

Desta forma, foi realizado um estudo epidemiológico tendo como objetivos estimar a prevalência de lombalgia, especiicando frequência, gravidade e duração da dor, além das características sociodemográicas, ocupacionais, extra-ocupacionais e os fatores associados à lombalgia em uma população de trabalhadores de limpeza urbana.

MÉTODOS

Estudo de corte transversal tendo como população 657 trabalhadores de limpeza urbana (TLU) em Salvador. Optou-se pela realização de um censo com trabalhadores de manutenção e de operação da empresa prestadora de serviço para o município.

Para a coleta de dados foi utilizado um questionário e realizadas medidas diretas de peso e altura, no início, durante ou ao inal do turno de trabalho em local reservado. O questionário utilizado, elaborado por Fernandes7, foi adaptado para população de TLU, considerando

suas características próprias.

Esse questionário foi composto pelos seguintes itens: aspectos sociodemográicos; história ocupacional atual e pregressa; hábito de fumar; ingestão de bebida alcoólica; uso de medicações; presença de comorbidades; prática de atividade física e esportiva; trabalho doméstico; questões sobre sintomas musculoesqueléticos; questões relacionadas às demandas físicas e psicossociais no trabalho. O questionário incorpora a versão ampliada do Nordic Musculosqueletal Questionnaire (NMQ)8, instrumento que avalia a presença de dor

ou desconforto nos últimos 12 meses em regiões anatômicas do sistema musculoesquelético e sua gravidade, duração e frequência.

Foi estabelecido como caso de Desordens Musculoesqueléticas (DME) lombar, a dor nos últimos 12 meses com duração de mais de uma semana ou frequência mínima mensal, não causada por lesão aguda, associada a um ou mais dos seguintes critérios: grau de severidade ≥ 3 em uma escala de 0 a 5, com âncoras nas extremidades (nenhum desconforto a desconforto insuportável); busca de atenção médica pelo problema; ausência no trabalho (oicial ou não); mudança de trabalho por restrição de saúde8,9. Caso de dor lombar se referiu à queixa de

dor nessa região nos últimos 12 meses, sem os critérios de severidade descritos acima. Além da região lombar, o questionário incluía os seguintes segmentos do corpo: dedos, mãos, punhos, antebraços, cotovelos, pescoço, ombros, parte superior das costas, quadris e coxas, joelhos, pernas e tornozelos. A prevalência de dor musculoesquelética se referiu apenas à presença de dor em uma ou mais das regiões citadas, nos últimos 12 meses e no caso de DME, a dor no respectivo segmento corporal que atendia aos critérios relacionados acima.

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O questionário investigou a demanda física no trabalho através de questões respondidas pelos trabalhadores quanto à frequência, duração ou intensidade da exposição, em uma escala de 0 a 5, com âncoras nas extremidades, sobre postura de trabalho, movimentos repetitivos e manuseio de cargas. Para vibração de corpo inteiro foi registrada a presença ou ausência da exposição.

As demandas psicossociais no trabalho foram medidas com a incorporação do Job Content Questionnaire ( JCQ)10,11. Na análise, foram obtidos os escores para demanda psicológica,

controle, suporte social e insatisfação no trabalho.

Para as medidas de peso e altura, obtidas com o objetivo de calcular o índice de massa corporal, foram utilizados como instrumentos balança portátil e estadiômetro.

Na abordagem estatística dos dados foram obtidos a prevalência de DME de região lombar (variável dependente), as médias e seus respectivos desvios-padrão para a maioria das variáveis independentes e o percentual de exposição para as demais variáveis. Após etapa descritiva foi realizada análise de regressão logística multivariada utilizando os programas Epi-Info 6.04 e o programa estatístico R, respectivamente.

Todas as variáveis independentes deste estudo foram dicotomizadas. A variável escolaridade foi estratiicada em nível de escolaridade inferior ao segundo grau completo e superior ou igual ao segundo grau completo. A situação conjugal foi identiicada como casado ou vive junto e solteiro ou vive sozinho; a presença de ilhos como ilhos menores que dois anos e maiores que dois anos ou não tem ilhos; o Índice de Massa Corporal (IMC) como sobrepeso ou obesidade e peso normal ou baixo peso.

O consumo de bebida alcoólica por pelo menos uma vez na semana foi adotado como ponto de corte. Já para atividade física foi perguntado o que o indivíduo fazia quando não estava trabalhando na empresa ou em casa. Foi considerado “sedentário” (exposição) o sujeito que relatou atividades como ler jornal ou revista, ver televisão, estudar. O relato da prática de atividade esportiva competitiva ou atividades como corrida, ginástica, caminhada, ciclismo, natação, pesca, jardinagem foram considerados como não exposição (“ativos”). As variáveis hora extra, tabagismo e vibração foram dicotomizadas quanto à presença ou não do registro da exposição.

As variáveis relacionadas às demandas físicas foram sumarizadas em três índices. O primeiro se refere à postura em lexão e rotação do tronco. O segundo se refere ao trabalho dinâmico e inclui as variáveis andando, correndo, em pé, agachado e saltando de diferentes níveis. Para ambos, foi estabelecida a mediana como ponto de corte. O terceiro índice, para manuseio de carga, foi criado a partir das variáveis levantar, empurrar e puxar cargas, usando o ponto de corte acima do primeiro quartil, por melhor discriminar essa variável. O trabalho sentado foi estratiicado pela média.

Alta exposição para demanda psicossocial foi deinida como alta demanda psicológica, baixo controle e baixo suporte social10. O registro de pelo menos dois desses critérios caracteriza

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Para ocupação, exercer a atividade de coleta de lixo foi considerado como exposição, e não exercer essa atividade, como não exposição. As demais variáveis foram dicotomizadas pela média.

A pré-seleção das variáveis independentes para entrada no modelo de regressão logística multivariada se baseou em critérios de plausibilidade biológica das associações, assim como nas regressões logísticas univariadas, considerando um valor p de 0,25 no teste da razão de verossimilhança para a signiicância do coeiciente13.

O método de seleção das variáveis foi o de trás para frente (backward). Neste estudo exploratório foi utilizado o α de 0,16 para entrada no modelo. A escolha de um valor entre 0,15 e 0,20 para inclusão de variáveis nessa etapa é altamente recomendável, tendo em vista que a escolha de níveis de signiicância mais rigorosos pode excluir do modelo variáveis importantes13.

Considerando se tratar de um censo, e sabendo que os métodos da inferência estatística se aplicam apenas para análise de resultados obtidos a partir de uma amostra aleatória14,15,

embora nas etapas intermediárias da modelagem na regressão logística tenham sido utilizados valores de alfa para seleção e permanência das variáveis, os resultados inais da modelagem foram apresentados apenas através da medida de associação, sem considerar os intervalos de coniança.

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital São Rafael, protocolo nº 48/09.

RESULTADOS

Do total de 657 trabalhadores houve uma perda de 5,02%, correspondente a recusas e trabalhadores afastados por auxílio-doença, não encontrados para entrevista. A população total de estudo foi então composta por 624 trabalhadores, todos do sexo masculino. Os 624 trabalhadores eram lotados nas seguintes ocupações: 367 coletores de lixo, 118 motoristas, 84 agentes de limpeza e 55 trabalhadores da manutenção.

A prevalência de dor ou desconforto nos últimos 12 meses e de caso de DME, ambos considerando quaisquer segmentos do corpo, foi de 77,4 e 62,8%, respectivamente, nessa categoria. Para dor lombar e DME lombar, segundo os critérios de especiicidade deinidos previamente, foram observadas prevalências de 45,5 e 37,0%, respectivamente, superior às encontradas para dor e DME em outros segmentos do corpo (Tabela 1). Entre os casos de DME lombar, foi veriicado que 62,8% dos trabalhadores cursaram com dor nos últimos 7 dias.

A média de idade dos trabalhadores entrevistados foi de 33,9 anos. Desses, 55,3% eram negros, 72,0% eram casados, 18,0% tinham filhos menores de 2 anos e 63,1% tinham escolaridade inferior ao 2º grau completo. A média de horas semanais trabalhadas em atividades domésticas foi de 4,9 horas (Tabela 2).

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Com relação aos aspectos ocupacionais, cerca de 96,5% dos trabalhadores executavam suas atividades em regime de turno ixo e 85,1% realizavam horas extras. O tempo de trabalho total foi de 19,1 anos e o tempo na empresa teve uma média de 56,6 meses. A média de horas de trabalho semanal foi de 54,8 horas (Tabela 2).

As variáveis para demandas físicas são apresentadas na Tabela 3. O trabalho em pé ou realizando atividade dinâmica andando, correndo e saltando de diferentes níveis, assim como posturas em lexão e rotação do tronco, realizando movimentos repetitivos com as mãos e elevando os braços acima dos ombros são frequentes entre os coletores. Além disso, foi registrada entre esses uma maior exposição ao manuseio de carga quando comparados às demais ocupações. Em motoristas, é frequente a exposição ao trabalho sentado e à vibração de corpo inteiro, essa última também referida pelos coletores decorrentes dos deslocamentos no caminhão.

Os escores para demandas psicossociais estão apresentados na Tabela 4. Observou-se um escore mais elevado para demanda psicológica entre os coletores. Maior controle sobre o trabalho foi registrado entre os motoristas e trabalhadores de manutenção, e maior suporte

#Referente à dor nos últimos 12 meses, com duração de mais de uma semana ou frequência mínima mensal, associada a um ou mais dos seguintes itens: grau de severidade ≥ 3, em uma escala de 0 a 5; busca de atenção médica pelo pro

-blema; ausência ao trabalho; mudança de trabalho por restrição de saúde.

Segmento do corpo

Dor nos últimos

12 meses DME#

n (%) n (%)

Em alguma região do corpo (membros superiores, membros

inferiores ou coluna) 483 (77,4) 392 (62,8)

Extremidades superiores distais (cotovelo, antebraço, punho

ou mão) 169 (27,1) 127 (20,4)

Pescoço, ombro ou parte alta das costas 237 (38,0) 176 (28,2)

Pescoço 98 (15,7) 66 (10,6)

Ombro 152 (24,4) 111 (17,8)

Parte alta das costas 89 (14,3) 69 (11,1)

Cotovelo ou antebraço 62 (9,9) 46 (7,4)

Punho ou mão 132 (21,2) 96 (15,4)

Perna, tornozelo ou pé 159 (25,5) 118 (18,9)

Coxa ou joelho 165 (26,4) 124 (19,9)

Região lombar 284 (45,5) 231 (37,0)

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Tabela 2. Características sociodemográicas, de hábitos de vida, ocupacionais e extra-ocupacionais em trabalhadores de limpeza urbana. Salvador, BA, 2011.

Variáveis sociodemográicas e hábitos de vida População totaln = 624 (%)

Idade (anos, média ± DP) 33,9 ± 8,3

Raça

Branca 46 (7,4)

Preta 344 (55,3)

Amarela 10 (1,6)

Parda 212 (34,1)

Indígena 10 (1,6)

Estado civil

Casado ou vive junto 448 (72,0)

Solteiro ou vive sozinho 174 (28,0)

Tem ilho(s)

< 2 anos 110 (18,0)

≥ 2 anos 368 (60,3)

Não tem ilhos 132 (21,6)

Escolaridade

≥ 2º grau completo 229 (36,9)

< 2º grau completo 392 (63,1)

Uso de bebida alcoólica

≥ 1 vez/semana 356 (57,3)

< 1 vez/semana 265 (42,7)

Hábito de fumar

Sim 91 (14,6)

Não 532 (85,4)

IMC

Baixo peso 33 (5,3)

Normal 322 (51,8)

Sobrepeso 204 (32,8)

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social entre os agentes de limpeza. Estes últimos, assim como os coletores, tiveram maiores escores para insatisfação no trabalho.

A Tabela 5 revela os resultados da análise multivariada. Observa-se que a lombalgia foi 1,65 vezes mais frequente entre os mais expostos à lexão e rotação do tronco. Aqueles que realizavam mais trabalho dinâmico estiveram mais protegidos para lombalgia do que aqueles que não realizavam essas atividades. Trabalhadores expostos à maior demanda psicossocial tiveram 1,63 vezes mais lombalgia do que os não expostos.

Observa-se também que trabalhadores com maior tempo de atividade dentro da empresa e com menor nível de escolaridade tiveram mais lombalgia que aqueles com menor tempo e maior escolaridade. Os coletores de lixo tiveram 1,66 vezes mais lombalgia que os não coletores (Tabela 5).

DISCUSSÃO

A prevalência de DME lombar entre os TLU foi elevada, dados os critérios de severidade adotados neste estudo. Também se mostrou alta a prevalência de dor nos últimos sete dias entre os casos de DME lombar, demonstrando que muitos trabalhadores exercem suas atividades laborais na presença de sintomas consideráveis. A maioria dos estudos sobre prevalência de sintomas musculoesqueléticos, sobretudo no segmento lombar, traz seus

Variáveis ocupacionais e extra-ocupacionais População total n = 624 (%)

Regime de trabalho

Turno ixo 602 (96,5)

Turno rotativo 18 (2,9)

Horário administrativo 4 (0,6)

Hora Extra

Sim 531 (85,1)

Não 93 (14,9)

Tempo total de trabalho formal + informal (anos, média ± DP) 19,1 ± 9,1

Tempo na empresa (meses, média ± DP) 56,6 ± 53,0

Horas de trabalho na empresa na última semana (média ± DP) 54,8 ± 13,8

Horas de trabalho doméstico na última semana (média ± DP) 4,9 ± 6,7

Tabela 2. Continuação.

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Variáveis de demanda física Coletores Motoristas Agente de

limpeza Manutenção

(0 = jamais 5 = o tempo todo) (média ± DP)

Postura sentada 0,3 ± 0,7 4,6 ± 0,8 0,3 ± 0,9 1,0 ± 1,3

Postura em pé 4,8 ± 0,7 0,6 ± 0,9 4,6 ± 1,1 4,1 ± 1,2

Postura andando 3,2 ± 1,8 0,3 ± 0,6 4,3 ± 1,3 3,8 ± 1,5

Postura correndo 4,5 ± 1,3 0,0 ± 0,1 1,2 ± 1,7 0,6 ± 1,1

Saltando de diferentes níveis 4,4 ± 1,3 1,6 ± 1,4 1,6 ± 1,7 2,4 ± 1,9

Postura agachada 3,7 ± 1,5 0,1 ± 0,2 2,4 ± 1,6 2,8 ± 1,4

Postura com o tronco inclinado para frente 4,0 ± 1,3 1,8 ± 1,5 3,4 ± 1,3 2,7 ± 1,4

Postura com o tronco rodado 4,1 ± 1,3 2,0 ± 1,7 3,0 ± 1,6 2,3 ± 1,3

Braços elevados acima dos ombros 3,8 ± 1,6 0,8 ± 1,2 2,9 ± 1,7 2,8 ± 1,6

Movimentos repetitivos com as mãos 4,8 ± 0,7 4,6 ± 0,9 4,5 ± 1,0 4,5 ± 0,8

Manuseio de carga

Levantar 4,3 ± 1,1 0,1 ± 0,5 3,2 ± 1,6 3,0 ± 1,6

Empurrar 3,9 ± 1,4 0,2 ± 0,8 2,7 ± 1,8 2,9 ± 1,6

Puxar 3,7 ± 1,5 0,1 ± 0,6 2,9 ± 1,9 2,8 ± 1,8

Vibração de corpo inteiro

Sim 222 (66,1%) 79 (73,1%) 29 (35,4%) 22 (46,8%)

Não 114 (33,9%) 29 (26,9%) 53 (64,6%) 25 (53,2%)

Tabela 3. Demandas físicas no trabalho por ocupação em trabalhadores de limpeza urbana. Salvador, BA, 2011.

resultados evidenciados pela presença de dor nos últimos 12 meses, sem adotar critérios de gravidade, encontrando valores de moderados a elevados para prevalência de lombalgia em diferentes populações16,17. Neste estudo, a inclusão de questões relacionadas à gravidade

dos casos permitiu reduzir o erro de classiicação da doença com propósito de análise epidemiológica e melhorou a especiicidade da avaliação18.

Estudos sobre a prevalência de DME lombar em TLU são raros não só no Brasil, mas também em outros países. Um estudo transversal conduzido com trabalhadores desta categoria encontrou prevalência de 45,6% para dor lombar, resultado semelhante ao do presente estudo (45,5%). Com relação à dor musculoesquelética em uma ou mais das nove regiões deinidas do corpo nos últimos 12 meses, estudos observaram prevalências de 6517

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Estudos com trabalhadores da indústria encontraram diferentes prevalências de lombalgia, sendo 52% em trabalhadores de linha de montagem e da indústria petroquímica20 e 28,9% para

trabalhadores da indústria de plásticos9, resultados inferiores aos encontrados neste estudo.

A média de idade encontrada nos TLU deste estudo foi compatível com a média de outros estudos nesta mesma categoria17,21, evidenciando o peril relativamente jovem dessa categoria,

que pode reletir exigências físicas das tarefas desenvolvidas, com sobrecarga para o corpo. Observou-se um nível de escolaridade baixo nesta categoria, condizente com dados referentes à população baiana (penas 3,8% tem 15 anos ou mais de escolaridade). Além disso, pouco mais da metade da população avaliada era composta por negros, considerados como tendo a menor média de anos de estudo quando comparados às outras raças22.

Tabela 4. Distribuição de escores por ocupação para demanda psicológica, controle, suporte social e insatisfação no trabalho em trabalhadores de limpeza urbana. Salvador, BA, 2011.

Ocupação Demanda Psicossocial

População total (n = 624)

(média ± DP)

Demanda

psicológica Controle Suporte social Insatisfação

Coletores 40,0 ± 6,2 58,1 ± 9,2 23,4 ± 4,3 0,36 ± 0,26

Motoristas 36,7 ± 5,8 64,3 ± 9,6 23,1 ± 4,4 0,20 ± 0,22

Agente de limpeza 34,3 ± 5,9 59,2 ± 10,4 24,2 ± 4,2 0,37 ± 0,28

Trabalhador da manutenção 32,0 ± 7,0 66,7 ± 9,1 22,8 ± 4,0 0,29 ± 0,24

Limites de valores para demanda psicológica = 48 – 12; controle no trabalho = 96 – 24; suporte social = 32 – 8; insatisfa

-ção no trabalho = 1 – 0.

Tabela 5. Análise Multivariada. Asociação entre lombalgia e variáveis do modelo inal em traba

-lhadores de limpeza urbana. Salvador, BA, 2011 (n = 582).

Variáveis RP

Tempo de trabalhador na empresa 1,65

Flexão-rotação do tronco 1,65

Trabalho dinâmico 0,59

Demanda psicossocial 1,63

Ocupação 1,66

Escolaridade 1,47

(11)

Outros estudos com TLU tiveram resultados semelhantes com relação à escolaridade17,23.

Segundo Ilário24, os TLU representam uma mão de obra desqualiicada, cujos antecedentes

ocupacionais muitas vezes estão na construção civil ou em outras atividades braçais. Esses dados reletem o baixo nível de escolaridade dessa categoria e a diiculdade de inserção no mercado de trabalho em outras áreas, tendo como possível consequência a submissão às condições penosas nessa atividade e a baixa interlocução com a gestão por melhores condições de trabalho.

O consumo de álcool entre esses trabalhadores é bastante elevado21,23,24. Este estudo

demonstrou uma frequência alta de ingestão de álcool de pelo menos uma vez por semana, resultado compatível com outros estudos com essa mesma categoria, que apontam a atividade estressora da coleta pública como precursora do início da ingestão de álcool e chamam a atenção para o risco de alcoolismo entre os coletores de lixo23,24.

Frequência pequena foi encontrada com relação ao hábito de fumar, no presente estudo, se comparada com outros nessa categoria17,24. A prevalência de tabagismo pode estar relacionada

com status socioeconômico, sendo mais comum em trabalhadores que executam trabalhos manuais, trabalhadores braçais e desempregados24,25.

Outra característica investigada foi o índice de massa corporal, que se mostrou normal para pouco mais da metade dos trabalhadores, o que pode reletir o caráter dinâmico da atividade de limpeza urbana.

Dentre as características ocupacionais, foi veriicado que o tempo de trabalho total elevado demonstra, baseando-se na média de idade desses indivíduos, uma inserção precoce no mercado de trabalho, com muitos deles iniciando no mercado informal, em atividades pouco qualiicadas. Além disso, o tempo médio de 4,7 anos na empresa pode reletir a elevada rotatividade de mão de obra nessa categoria24.

A quantidade de horas trabalhadas por semana entre os TLU está acima da jornada prevista pela Constituição Federal de 1988 e pela Consolidação das Leis Trabalhistas. Embora a jornada diária determinada pela empresa seja de oito horas, os trabalhadores não conseguem cumprir a jornada prevista, dado o volume de trabalho. Isso é ainda mais evidente pela frequência de horas extras relatadas pelos trabalhadores. Sabe-se que pelas características da produção e pela variabilidade das condições de trabalho e dos meios para execução das tarefas, a carga horária diária é muitas vezes extrapolada, embora remunerada como hora extra3.

A média de horas despendidas em trabalhos domésticos na última semana foi semelhante à encontrada entre os homens da indústria de plásticos26. A carga horária pequena encontrada

nesse estudo se deve provavelmente à construção sociocultural de um comportamento onde a atividade doméstica é vista como eminentemente feminina, e também à jornada árdua de trabalho fora de casa, característica dessa categoria.

A alta exposição às demandas físicas como manuseio de carga e posturas do tronco em lexão e rotação é compatível com a encontrada em trabalhadores de enfermagem27 e superior

à registrada em trabalhadores da indústria de plásticos26 utilizando o mesmo instrumento.

(12)

base em um conceito de tarefa repetitiva, que se caracteriza por ciclos de trabalho menores do que 30 segundos ou ciclos fundamentais constituindo mais do que 50% do ciclo total do trabalho28, veriica-se uma atividade muito mais dinâmica globalmente do que repetitiva,

nessa categoria, especialmente entre os coletores. Mas isso relete a diiculdade no uso da questão repetitividade, muitas vezes interpretada como gestos repetitivos de extremidades distais e outras como situação de trabalho que se repete nos dias de trabalho.

Com relação às demandas psicossociais, foram veriicados altos escores para demanda psicológica e suporte social entre os trabalhadores de limpeza, superiores ao encontrado na indústria26 e no setor de saúde27. Isso relete a alta exigência e o ritmo acelerado encontrado

nesse serviço, assim como o trabalho essencialmente coletivo, especialmente dentro das equipes de coleta e limpeza. Há nessas atividades a necessidade de coesão do grupo, como competência coletiva, para que consigam realizar seu trabalho e administrar situações da variabilidade da tarefa29,30. Maior insatisfação no trabalho e menor controle sobre o mesmo

foram registrados entre os coletores e agentes de limpeza. No serviço de coleta são os motoristas que dispõem de maior autonomia e capacidade decisória sobre a atividade3.

As demandas físicas e psicossociais no trabalho estiveram positivamente associadas aos casos de lombalgia nesta população. Além desses, outros fatores ocupacionais como o tempo de trabalho na empresa e ser coletor de lixo também se associaram positivamente. Dentre as variáveis não ocupacionais, o nível de escolaridade baixo permaneceu associado à dor lombar.

A atividade de coleta de lixo é essencialmente manual3, requerendo do trabalhador

movimentos constantes de lexão e rotação do tronco na manipulação de volumes de lixo. Yang et al.31 encontraram 2,16 vezes mais lombalgia entre os trabalhadores da coleta do

que entre os trabalhadores de outras atividades da mesma empresa, quando ajustada pela idade, sexo, educação, tabagismo e tempo de empresa, corroborando com o resultado desse estudo onde a lombalgia foi 1,66 vezes maior nessa ocupação quando comparada com as demais.

O movimento de arremesso de sacos de lixo realizado na coleta gera forças de cisalhamento elevadas sobre a região lombar4. Além disso, posturas extremas de lexão com torção do

tronco presentes em algumas atividades de manuseio do lixo são descritas na literatura como associadas às queixas de lombalgia5,6 e ratiicadas nos resultados do presente estudo.

Estimativas de risco para movimentos frequentes de lexão e rotação variam entre 1,3 e 8,1, intervalo superior ao encontrado para levantamento de cargas (1,1 a 3,5) em uma revisão da literatura5. Posturas excessivas dessensibilizam os mecanoreceptores, responsáveis pelo controle

neuromotor, com consequente perda da contração relexa dos músculos estabilizadores e aumento da carga sobre a coluna lombar32.

(13)

Resultados consistentes em diferentes desenhos de estudo têm sido encontrados para relação entre lombalgia e aspectos psicossociais do trabalho34,35. A demanda psicossocial esteve

associada à lombalgia na população estudada, mesmo após ajuste para as demais variáveis. Algumas possíveis explicações da relação entre aspectos psicossociais e lombalgia residem no fato de que as características psicossociais do trabalho podem aumentar a tensão psicológica e consequentemente a atividade muscular e a excreção hormonal, contribuindo para o desenvolvimento ou agravamento dos sintomas5,34. Aspectos psicossociais também

podem diminuir o limiar de percepção da dor, causando aumento do relato de sintomas34

da mesma forma que a dor lombar pode afetar a percepção sobre o trabalho ou a maneira como ele é realizado.

Outras variáveis associadas à lombalgia foram o tempo de trabalho na empresa e o nível educacional. O tempo de exposição nessa atividade contribui para lombalgia, possivelmente devido ao efeito do trauma cumulativo bastante discutido nos estudos de DME5. Quanto ao

nível educacional, não foram encontradas associações em estudos com TLU17. Alguns estudos

que revelam tal associação muitas vezes não trazem suas estimativas ajustadas para carga física de trabalho6.

Este estudo aponta para a necessidade de medidas de prevenção e controle das lombalgias no trabalho, através de uma abordagem multifatorial que inclua adequações no ambiente físico e modiicações nos aspectos relacionados à organização do trabalho. Prover um ambiente físico adequado com equipamentos, ferramentas e tecnologia apropriados para o desenvolvimento das tarefas pode contribuir para redução da necessidade de movimentos extremos ou da adoção de posturas anômalas do tronco. Faz-se também imprescindível a introdução no contexto da gestão organizacional, de estratégias que promovam expressão de capacidades, autonomia sobre o trabalho, gestão temporal da atividade e suporte de grupo.

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Recebido em: 12/01/2012

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Revista Brasileira de Epidemiologia 2014;17(1):18, 20, 22, 24, 26, 28 e 30 DOI: 10.1590/1809-4503201400010003

Artigo: Trabalho físico pesado e dor lombar: a realidade na limpeza urbana

Nas páginas 18, 20, 22, 24, 26, 28 e 30, onde se lê: PATARO, S.M.S. ET AL.

Leia-se:

Imagem

Tabela 1. Prevalência de dor e desordens musculoesqueléticas em trabalhadores de limpeza  urbana de acordo com o segmento do corpo
Tabela 2. Características sociodemográicas, de hábitos de vida, ocupacionais e extra-ocupacionais  em trabalhadores de limpeza urbana
Tabela 3. Demandas físicas no trabalho por ocupação em trabalhadores de limpeza urbana
Tabela 5. Análise Multivariada. Asociação entre lombalgia e variáveis do modelo inal em traba- traba-lhadores de limpeza urbana

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