1197800434 11 11111111111111111111111111111111111111
YJNDAÇãO GETITLIO VARGAS
ESCOLA DE .AJ)HHTISTn.ACãO DE EHPRESAS DE SitO PAULO
SISTEHAS DE IHC:SIJ•l'IVOS S.AL.ARIAIS NO SE'I'(JR. IliTDUSTlUAL
-~ Fundaç;;o Getulõo Vargas Esc;ola de: Administr.tção
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Biblio~ca ~-... ~ ... ·/"/
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1197800434
EnSON RUIZ P .ART.lilE
Dissertação para o mestrado-na área de
Administraç~o da Produ9ão e operações Industria.is.
'Jrientador:
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Pro f'. 1·lolfga.ng Schoeps
1976.
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Empresas de Silo P<:YI@.<'(.P: .( 4 4MW ·~~.q:
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'APRESEl·JTAÇ11:0
O autor objetiva com a dissertação em apreço, obter o
ti-tulo de Mestre em Administração de Empresas, na área de
Administra-ção da ProduAdministra-ção e Operações Industriais.
A natureza do trabâl.ho está diretamente ligada à
ativida-de profissional do mesmo,
o
qual ocupa atualmente o cargo deGeren-te do Departamento Técnico de Eficiência e Organização (TEO) na
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AGRJJ)ECIHEHTO S
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Ao P:rof •. '\'lolfgang Schoeps pela proposta do .tema e orien-tação da.da·à dissertação~
Ao Sr. Jefferson Alves, Gerente da Fábrica .de Válvulas · Receptoras da IBR.APE, ·pela ativa .colaboração na execução. e análise
_da pesquisa.
""
f· . .A Sra. Sonia A. Del Ponte pelos trabalho de dat:Uografia, ;bem. como todos aqueles que
ra a execução do trabalho.
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direta ou indiretamente corttribuiram.na - . · . . ...
_
._·. -- ~ .. -;· :· ';. ,. . ·; ,. .
.. ~ : . . . ·.
L
JUSTIFICATIVA DO TRABALHO
Uma área de grande importância para o Administrador da
Pro-dução refere-se às forças rnotivacionais q_ue afetam a produtividades
criatividade do homem:. O fato de q_ue o comportamento humano pode
ser influenciado por vários i~centivos ( por exemplo, incentivos
mo-netários), enq_uanto q_ue·as máquinas não, indica a principal
diferen-ça entre os dois, e é ainda um aspecto da interação homem-máquina.
A motivação pode ser tanto positiva q_uanto negativa.
Nor-malmente associa-se à ~ltima a moral baixa do funcionário. Pode-se
dizer q_ue existe um nível médio de moral do q_ual podem ser medidos
desvios negativos e positivos. Naturalmente, não existem padrões de
finitivos para se medir a relação incentivo-motivação. Entretanto ,
aceitando a falta de pre~isão envolvida, reconhece-se que a motivação
existe como fator real causal no sistema homem-máq_uina. Podemos
ci-tar como exemplo, um caso histórico ocorrido em
1930
por um grupo deestudo da Harvard na fábrica de Hawthorne da 1'1ester~ Electric ComiGnY
de Chicago. O estudo dizia respeito aos níveis de iluminação e seus
efeitos na produtividade. Descobriram q_ue independentemente de o ní
vel de iluminação ser aumentado ou diminuído, a produtividade
melho-rava. A chave da descobert~ é q_ue os empregados respondem
positiva--mente ao interesse e atenção da administração, e, por isso, o nível
de respostas vai além dos efeitos funcionais do nível de iluminação.
Este comportamento complexo fornece outra diferenciação entre homem
e m4q_U.ina.
Muitos fatores afet·am o nível de motivação do empregado
co-mo, por exemplo, o prestígio, a posição social e a importância do
trabalho. Também pode-se incluir férias, folgas e horas livres. Na
maior parte, estes elementos representam q_ualidades intangíveis, que
escapam tanto à definição como à medida. Um dos poucos caminhos
pa-:-ra se chegar a um padrão objetivo de controle de incentivos é através
dos planos salariais.
Por esta razão, nós propomos a estudar detalhadamente a sua
i
METODOLOGIA DO TRABALHO
O autor se propõe a apresentar os vários sistemas de
incen-tivos existentes, analisando seus pontos posiincen-tivos e suas deficiênci
as. Enfocando mais detalhadamente o sistema adotà.do na Philips
Bra-sileira. Incluindo uma pesquisa. de campo frente aos operadores de
fábrica com o ·objetivo de analisar a eficácia e penetração do
..
IliDICEPARTE I
SISTEMAS DE INCENTIVOS S1\LARIAIS.
I • SISTE:.fAS DE B.E!:MTERAÇ.ãO
II • O PRbl.IIO DE QU.PJ.fTIDADE'
II.l Objetivo
II.2 - Gráficos Salariais
II.3 Caracteristicas de uma linha
de salário.
II.4 O incentivo
II.5 - A forr:1a
II.6 Garru1tia de um salário-base
II.7 - Limite ou "teto" do salário
-III. COf.IP 1-:R.ltÇE.O EI·JTRE Slili1~IO POR ROR.!t E SALJtRIO POR PEÇA
III.l Salário por hora
Vantagens
Inconvenientes
III.2 - Salário por peça
Vantagens
Inconvenientes
IV • O Plmr:i:IO DE QUALIDiúJE
IV .1 ·- Diferentes modos possíveis de se aplicar os prêr:1ios de q_ua-lidad.e.
IV.2 - Vante.gens do sistema
V • ESCOLHA DO SISTEMA Si'ili.ARIAL
V.l - Exer:1plo da escolha de um sist~
ma salarial
V.2 - P~guns dos sistemas mais conhe
cidos de salários por peça
v
.2.1o
sistema salarial deHalsey
V.2.2
-o
sjstema salarial dey'
V.3
V.2.3
V.2.4
O sistema salarial de Bedaux
O sistema salarial da Orsanização Philips Mundial
V.2
.5 -
O sistema deRer.nmera-ção Contratual
A Folha de Administração de Sa lários
V
.4 -
A Folha de A..llálisesPARTE II
PE~qtJISA J?E CAI:PO J1H?:_l0 AOS OP:SR~SJ)O::::L~S _1§.
DE P.2.0DUÇ~ro 3 A TODOS 03 HI\r.2]IS D::S
SUP3R-VIS.rl:O J:-JO SETO::.i. DE _?RODUÇJ;.O P idA A YALL:L't A
EF J.C.ACI~ :S P_1LB:rJAÇ.1W DO SISrl1"S::b_:\. D3 I1iTC.8J:J
r.nvos
S.li.L.i> .. ::UA.!..S ATü.A.LI.::~::;:rE u·:VILIZA:OO PBLA õ'RQ}@fzAC.irO ?EILil:'S 3R).SILEI3.A.T
...
II
• INTRODUÇÃO
• ESTRUTURA ORG.AlUZACIOl'J.AL DA FABRICA
DE V .[llJ VULAS
III • METODOLOGIA UTILIZJJ)A
IV • CQI.IPU'J:.lAÇÃO DAS P.3SPOSTAS
v
IV .1
IV.2
IV.3
Operadores de produção
Hestres de produção
Chefes de produção
• CORRELAÇOES OBTIDAS
V.l Interesse/Prêmio
V.2
V.3
Interesse/Elenentos aversivos
Eleoentos aversivos/prêwio
VI • ·. COHCLUSOES
VI.l - O atual sistema de inceütivos
estimula os oueradores de uro ~ ~
-dução a manter um bom nível
de eficiência ?
VI.2 - Deve ser wantido o controle e pacawento individual ou seria
mais interessante optar-se pe
lo sistema JTupal ?
··"'·
VI.3 -Devem ser introduzidas outras formas de incentivos que não
o monetário, por exemplo: em
horas de trabalho ?
VI.4 O atual sistem~ d& incentivos
é visto como um sistema justo
para com os operadores de pro
dução ?
VI.5 - O atual sistema de incentivos
deve ser mantido ?
VI.6 - Observações
VII. A!TEXOS
PARTE III
COUCLUSÃO GERAL I • CONSIDERAÇOES
II • DEFI1JIÇ1W DO SISTEMA DE IHCEl:rTIVOS E DO SISTEJ>IA DO DIA DE rrRABALHO :~EDIDO
E NÃO I.í:EDIDO
III • PONTOS HTCOHTROVERSOS NA ESCOLHA DO SISTEMA
IV • PONTOS COliiT:rtOVERSOS H.A ESCOLHA DO SISTEMA
V • ESCOLHA DO SISTE!·1A - COlJCLUSÃO
VI • INTRODUÇlrO DO DIA DE TRt.J3ALHO MEDIDO VII • ORGAliTZAÇAO DOS EESTRES
VIII. COI-TTROLE DE EFICIErJCIA
REFERmTCIAS BIBLIOGR!~ICAS
87
90
92
95
115
116
118
121 127 130 131 132
....
(
PARTE I
': . . . ·. . . . .
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. .· . .
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SISTEMAS DE INCEiifTIVOS SALAR!AIS .
. ; .
. :·~ .. : .
I - SISTEMAS DE REl\TIJ:7ERAÇ.ãO
Os sistemas de remuneração compreendem uma série de regras
que determinam o modo como devem ser fixados os salários individuais
dos operadores, indiferentemente da aplicação ou não de uma classifi
cação do trabalho ou de um sistema de tarifas.
Consideraremos em .seguida as diversas possibilidades exis;...
.tentes.
O dado fundamental para a determinação dos salários
indivi-duais é sempre o denominado salário-base.
Quando existe uma certa classificação do trabalho, é
possi-vel determinar um salário para cada classe de trabalho manual
,acres-centando um suplemento, denominado "de classe", ao salário-base esta
belecido •.
Quando não existir uma classificação de trabalho, só é
con-tado, em principio, o salário-base, que seria aplicável a todos os
operadores. Isto não é realizável, visto que; por exemplo, um oper~
dor especializado não aceitará, nunca, o mesmo salário que um
opera-dor não especializado. Este inconveniente poderá ser sanado
estabe-lecendo, por exemplo, categorias de operadores especializ.ados,
expe-rimentados e não especializados, em cujo caso obtem-se uma certa de.!!
criminação dos salários, determinada em certo grau, pela classe de
trabalho executado.
Indiferentemente de se considerar ou não uma classificação
de trabalho, é possivel assim mesmo aplicar um sistema de tarifas
Neste caso, o operador pode receber,· além do salário inerente à
clas--se de trabalho q_ue executa, um prêmio baseado na quantidade de tra-·
balho que produz. Este pr~mio,
sempre como uma porcentagem. do
trabalho e não do salário-base
denominado "de quantidade", é abonado
..
-,
Quando não é aplicado o sistema de tarifas e não são
abona-dos, consequentemente, prêmios de quantidade, pode-se considerar de;. .
finitivo o salário inerente à classe de trabalho, aumentado ou não
com suplemento fixo, ou então conceder sobre o mesmo um prêmio "de
mérito" (Sistema Merit-Rating).
E possivel tambêm conceder um prêmio baseado na qualidade
do trabalho, denominado prêmio "de qualidade" - combinado ou não com
um sistema de tarifas.
As
possibilidades mencionadas podem ser resumidas esquematicamente da seguinte maneira · + prêmio de quantidade { ++ nada
(salário por peça) prêmio de
qualidade
Salár:io
Base
+ suplemento de classe de trabalho
+ suplemento
·~não
especializadode especializado ·
categoria experimentado
+nada
(salário por hora)
+ porcentagem fixa (salário por hora) .
+ prêmio de mérito (Merit-Rating)
+
prêmio de quantidade(salário por peça)
+nada
(salário por hora)
+ porcentagem fixa (salário por hora)
+ prêmio de mérito (Meri t-Rating)
[+.nada
l
+ prêmio dequalidade
[+
L+
nada
prêmiO de qualidade
{
++ nada prêmio de qualidade
I
+ nadaL
+ prêmio de qualidadeJ
l
+nada + prêmio de
qualidade
Este quadro mostra claramente que, sem considerar possiveis
recompensas especiais, existem 14 possibilidades para fixar-se o
A título de esclarecimento, determinaremos as remunerações
que receberia um operador determinado em 14 empresas diferentes, sen
do que cada uma delas, se aplica uma das possibilidades indicadas.
- Se existir urna classificação de trabalho, consideraremos
saláriosde 10 classes e um suplemento de 0,50 cruzeiros por classe,
. e supomos, então, que o operador considerado receba um salário de
classe 2 (salário base + 2 x 50 centavos por hora).
Se não existir uma classificação de trabalho, considefar~
mos que se abona o salário base ao operador não especializado; 2 Cl!!,
zeiros a mais por hora, ao operador experimentado·e
4
cruzeiros amais, por hora, ao operador especializado.
- Se a remuneração depender do número de produtos
elabora-dos, supomos, então, que estas magnitudes são proporcionais e que o
operador considerado receba um prêmio de quantidade de 2o%.
- Se for abonado um suplemento percentual fiXo, supomos
que este ascenda a
lofo. (
o denominado suplemento de carência deta-rifa).
- Se for aplicado o sistema Merit-Rating, supomos que o op~
radar considerado receba um prêmio de rnéri to de 1.5%.
- Se, além disso, for remunerada a qualidade do trabalho
e-xecutado, supomos então que o operador considerado receba um prêmio
de qualidade de
5%•
Empresa 1
Aplica : classificação .do trabalho (Cr~> O, 50 por classe) 12 linha
prêmio de quantidade (20}b) do
mais nada esq uerna
Composição do salário :
Salário-base
Cr$ 10,00
+ suplem.classe (classe 2) + prêmio de quant. + nada.
..
Empresa 2
l
Aplica : ·Classificação do trabalho (Cr$ 0,50 por ciasse) .·.
2~
linhaprêmio de quantidade (20%) do
prêmio de qualidade . ( 5%) esquema
. . .
Composição do salário : Salário-base
CrS 10,00
+ suplem.classe (Classe 2)+ prêmio quant.+prêmio qual. +Cr$ 1,00 =Cr$ 11,00 + 2o% =Cr$ 13,20 + 5% =
=Cr$ 13,80/hora
Empresa 3
Aplica : Classificação do trabalho (Cr$ O, 50 por classe) salário por hora (sem suplemento)
não se abonani prêmios de qual idade
Composição do salário :
Salário-base + suplem.classe (Classe 2)+ nada + nada Cr$ 10,00 +Cr$ 1,00 = Cr$ 11,00/hora
Empresa
4
Aplica : Classificação do trabalho (Cr$ O, 50 por classe) salário por hora (sem suplemento)
prêmio de qualidade (5~b) Composição do salário :
3ª linha do esquema
{
4~
linha do esquemaSalário-base + suplem.classe (Classe 2) + nada + prenno qualidade Cr$ 10,00 +Cr$ 1,00 = Cr$ 11,00 +
r;ffo
=Cr$ 15,50/horaE.mpresa
5
Aplica : Classificação do trabalho (Cr$ 0,50 por classe) .sá.lário por hora com suplemento fixo (lo%)
não se abonam prêmios de qual idade Composição do .salário :
[
5~
linh.a·
do esquemaSalário-base + suplem. classe (Classe 2) +porcentagem fixa + nada Cr$ 10,00 + Cr3 1,00 - Cr$ 11,00 + lo% = CrS 12,10/hora
Empresa 6
Classificação do trabalho (Cr$ O, 50 por classe) 16ª lin. ha salário por hora com suplemento fixo (101~) do
prêmio de qualidade . esquema
Aplica :
Composição do salário :
Salário-base + suplem. classe (Classe 2 )+porccnt .fixa+prêr:lio qualid. Cr$ 10,00 + Cr~ 1,00 • Cr$ 11,00 + 10j1 =Cr$ 12,10 + 5% =Cr$ 12,70/
hora
Empresa
7
Aplica : Classificação do trabalho (Cr$
o,
50 por classe)sistema "Merit-Rating" (15% de prêmio)
Composição do salário :
Salário-base + supl em. de classe (classe 2) + pr-em~o de
Cr$ 10,00 +Cr$ 1,00 =Cr$ 11,00 + 15;-iJ =Cr$ 12,65/hora
Empresa 8
Aplica : Cl9.~sificação em categorias
prêmio de quantidade (20%) nada mais
Composição do salário :
{
7111 linha do esquema
mérito.
{
8B linha
do esquema
Salário-base + suplem. não especializados + prêmio qua.rlt. + nada
Cr$ 10,00 + nada + 20fo = Cr$ 12,00/hora ·
Empresa
9
Aplica : Classificação em categorias
prem~o de quantidade (2~b)
prêmio de qualidade (5%)
Cocposição do salário :
r
9§ linha1.
es!:ema
Salário-base+ suplem.não especializados+ prêmio quant.+prêmio qual.
Cr$ 10,00 + nada + 20% =Cr$ 12,00 + 5%
=Cr$ 12,60/hora
Empresa 10
Aplica : Classificação em categorias
Salário por.hora (sem suplemento) Uão se abonam prêmios de qualidade
Composição do salário :
Salário base + suplem. não especializados + nada + nada
r
10111 linhal
_esquema doCr$ 10,00 + nada + nada + nada = Cr$ 10,00/hora ·.
Empresa 11
Aplica : Classificação em categorias
salário por hora (sem suplemento) prêmio de qualidade (5%)
Composição do salário :
11 o linha
do
esquem::~.
Salário base + supleril.não especial::..zados + nada + prêmio qual.
Empresa 12
Aplicá : Classificação em catesorias
salário por hora,com suplem.fi.Xo (lo%) Q
não se abonam prêmios de q~alidade
Composição do salário :
{
12~
linhado · esquema
Salário-base + suplem.não especializado + porcentagem fixa + nada
Cr$ 10,00 + nada · + 10%
= Cr$
11 ,OO/hor'7Empresa 13
Aplica : Classificação em categorias
salário por horas com suplem.fixo (lCf%) prêmio de qualidade (5%)
Composição do salário .:
{
13~
linhado esquema.
Salário-base + suplem.não especializado + porcentaeem fixa + prem.o qual.
Cr$ 10,00 +nada + lCY{o =Cr$ 11,00 + 5% =Cr$ 11,55/hora
Empresa 14
Aplica : Classificação em categorias
{
14ª linha do esquema sistema "Merit-Rating" (15% de prêmio)
Composição do salário :
Salário-base + suplem.não especializado + prêmio de mérito.
Cr$ 10,00 + nada + 15% Cr$ 11,50/hora
Nota Observa-se que o prêmio éle qualidade foi abonado também sobre
o prêmio .de quantidade. Pode-se fazer, no entanto,. com que o
prêmio de qualidade seja abonado como porcentagem do salário
inerente à classe de trabalho.
Os exemplos precedentes mostram que, partindo do mesmo salário
base, o operador pode receber remunerações bem diferentes~ dependendo
da técnica de remuneração aplicada. Evidentemente, a aplicação
des-tas técnicas pode ser vantajosa para o operador. Também o empregador
consegue vanta.3ens consideráveis, já que, indubitavelmente, a
aplica-ção de um.sistema de tarifas traduz-se em um maior esforço por parte
do operador e a recompensa da qualidade de trabatho resulta em uma
melhor qualidade dos produtos e/ou uma menor porcentagem de refugo.
Estas vanta.sens do empregador justificam bastante ao pagamento de sa- ·
•·
II - O PREMIO DE QUANTID.AnE ·
II.l - OBJETIVO
..
O objetivo do prêmio de quantidade é elevar, ao máximo possf
vel, o número de produtos (ou quantidade de trabalho) que o operador
entrega por unidade de tempo. Alcança-se este fim remunerando mais
ao operador, à medida que aumenta esta quantidade.
Evidentemente,pa-ra aplicar este método necessitamos :
1 • Poder medir a quantidade de trabalho rendido.
2 • Conhecer o rendimento normal•
Ao estudar os sistemas de tarifas vimos que pode-se calcular
o tempo normal medindo os tempos invertidos e estimando os rendimentOs
respectivos e, determinando-se depois uma tarifa baseada nesse tempo
normal e medir a quantidade de trabalho rendida.
Eis aqui um exemplo deste cálculo, segundo o sistema Bedaux:
Suponhamos que, com uma tarifa de 200 B/100 (:é:) produtos, o
rendimento normal é de 30 produtos por hora.
O rendimento normal é então 30 x 200/100 = 60 B/hora.
Se um operador rende 40 produtos por hora, este rendimento
pode ser expresso assim : 40 x 200/lob + 80 E/hora.
O operador rende, pois, S0/60 vezes mais que o normal, ou ex
pressando em porcentagem : 80/60 x 100% = 133,3%·
O rendimento normal é 100%.
O rendimento extra do operador em questão é, portanto, de
33,3%·
A tarifa nos permite expressar os rendimentos quantitativos
em porcentagens ou unidades de trabalho. Para induzir 6 operador a
alcançar um. rendimento elevado com relação à tarifa, temos que fazer.
com que isto seja refletido em sua remúneração, ou seja, pagá-lo mais
ã medida que seu rendimento seja maior. Isto denonina-se aplicação
de um incentivo salarial. (O termo norte.-.arnericano é "•;age-incentive").
Este incentivo é o meio para se conseguir do operador o que a empresa
deseja: neste caso, una grande ouantidad.e de trabalho.ou de produtos.
•·
,,.
São inúmeras as formas possíveis de se aplicar este
incenti-vo. A relação entre o salário à pagar e o rendimento alcançado pode
expressar-se graficamente mediante uma 1 inha ou curva salarial, como
..
é explicado à seguir.
II.2 - GRAFICOS SALARIAIS
O gráfico salarial é, como dissemos, uma representação
visí-vel da variação do salário, em frmção do rendimento. Geralmente é um
gráfico muito simples. Sobre o eixo horizontal representamos o rendi
menta e sobre o eixo vertical o salário. Podemos expressar os dois
.em di versas unidades, mas é preferível fazê-.1 os em porcentagens,
a
fim de que o gráfico tenha validez geral.
O ponto lOcfó representa, respectivamente, o rendimen'to
nor-mal e o salário inerente à classe de trabalho. Se empregássemos
uni-dades concretas para expressar o rendimento, como por exemplo,
horas-prêmio, unidades Bedaux por período, etc., o gráfico seria .diferente
em cada caso. Também poderíamos expressar o salário diretamente em
.dinheiro, mas isto seria ainda menos vantajoso, pois qualquer
varia-ção do salário redundaria em modificavaria-ção do gráfico; a remuneravaria-ção
portanto, não se expressa nunca em dinheiro, nestes gráficos.
'
Não existe, pois, nenhum incentivo e o gráfico (fig.l)
care-ce na realidade, de objetivo •
%
salário100~---~linha de salário
sor-6o
40 20
o
20 40 60 80 100 120 140 '{c rendimento·Como se pode ver, indica-se o salário sobre o eixo vertical e
o rendimento sobre o eixo horizontal, ambos em porcentagens.
A linha representativa do salário, neste caso é uma reta hor;!,
zontal, visto que, como se mostrou, o operador recebe o mesmo salário
(lOo%), qualquer que seja seu rendimento.
Se atentarmos ao incentivo salarial, que.neste sistema de
re-muneração não existe, meC.iante a letra "f" podemos dizer que f
=
o.
o
gráfico salarial adquire sentido no caso do chamado salário"por peças" (ou por rendimento quanti ta ti vo). Neste caso, trabalha-'-Se
com uma tarifa e pode medir-se o rendimento.
A forma mais comum do salário por peças é a denominada prop~
cional. Isto significa que para cada 1% de rendimento, abona-se 1%
de salário. Este gráfico tem a seguinte forma :
%
salário160 140 120 100 80 60 40 20
de salário
f
=
1/1o
~~~-+-+~~~r-+---~----~%
rendimento
0 0 0 0 0 0 0 0
(\J '<:t \0 co o (\J '<:t \0
r-ir-i r i r - i
Fig. 2 • Gráfico do salário proporcional por peças
(sem garantia de salário base).
Neste gráfico, vê-se claramente que um incremento de 1% no
rendimento implica um incremento de 1% no salário. Dizemos então que
o incentivo é "um por um" (f= 1/1.).
Da mesma maneira, púdemos representar graficamente qualquer
..
%
160 140 120 100 80 60 40 20o
Damos abaiXo alguns exemplos, dos muitos possíveis
salário
0 0 0 0 0
N~\QCOO
r-I
1/1
%
rendimentoB/hora abonadas
90
80
70 1/1
60 50 40 30 20 10
o
0 0 0 0 0 0 0 0 0 o
r-I N f""l ~ lf'\ \.0 c--CO O\ O
r-I
B/hora rendidas
Fig.
3·
Salário proporcionalpor peças com garan-tia de salário-base.
Fig. 4• Gráfico em unidades Bedaux
com garantia dé salário-ba se.
No gráfico da fig. 4 expressamos em unidades Bedaux tanto
rendimento como a remuneração. O incentivo é também f
=
1/1, poiscomo se pode ver, cada unidade Bedaux extra rendida é anotada como
tal para a remuneração.
o
'
A relação entre o salário e o rendimento pode expressar-se
também em forma de tabela. Do ponto de vista da contabilidade salari
al é mais cômodo fazer deste modo, porém, o gráfico resulta mais
cla-ro para
a
análise do sistema de remuneração, por proporcionar umain-dicação visual •
II.3 - CARACTERIS.TICAS DE UMA LTNEA DE SALARIO
Toda linha de salário procura deterroinc.dos fins, e da nature
za destes fins depende em definitivo, a forma da linha.
Um especialista na matéria pode deduzir facilmente os fins
de uma certa linha de salários, mediante uma simples análise de suas
....
II.4 - O INCENTIVO
A característica de uma 1 inha de salário é o incentivo sala .
.
rial (f), que, como se indicou anteriormente, expressa o que se abona
por unidade de rendimento. Naturalmente, quanto maior for
o
incenti-vo, tanto maior será o afã dos operadores para conseguir um
rendimen-to maior. O incentivo, frequentemente é de "um por um" mas pode ter
qualquer outro valor. Um incentivo sup~rior =a 1/1 não é muito comum,
porém, em t.eoria é perfeitamente possível.
Sem dúvida nenhuma, um incentivo de 2/1, ou seja, pagar dois
para fazer um, constitui um forte estimulo para os operadores. Pelo
contrário, um incentivo de l/10 representa um estímulo muito fraco, ~
videntemente.
O afã de conseguir um rendimento maior é proporcional ao
in-centivo salarial.
Poderíamos então dizer : apliquemos um incentivo elevado e
os operadores trab~harão com gTande afincç. Em princípio isto é cer
to, porém, encontra um freio nas proporções salariais e no custo de
mão-de-obra por produto. E evidente que a razão do prêmio ao salário
base, aumenta proporcionalmente com o incentivo, se o incentivo for ~
levado, o prêmio à pagar também será elevado. Pode ocorrer então que
o salário resultánte seja desproporcionadamente elevado e que o preço
de custo do produto se veja afetado, desfavoravelmente. Ao se estab~
lecer um sistema de remuneração é preciso ter muito em conta as
pro-porções salariais e isto significa que, na prática, o incentivo não
pode ser demasiadamente elevado. P~ém disso, com um incentivo
eleva-do o salário semanal experimenta fortes flutuações, o que supõe um in
conveniente para o próprio operador. Geralmente. o operador sente a
necessidade de contar com um salário sewanal mais ou. menos constante;
sua vida famil ia.r se organiza com ajuste .à un: determinado nível de
gastos. Se os seus salários flutuam grandenente ao redor de uma
mé-dia, isto tem efeitos perturbad,ores sobre o tra(?alhador e sua família,
O operador preferirá, certamente, receber cada semana · um
salário médio, do que receber salários muito variáveis, cuja média
seja a mesma.
Como segunda· característica da .linha de salários podemos
considerar :
II.5
A FORMANo que se refere à forma da linha, distinguimos :
percurso contínuo (linhareta ou curva)
percurso descontínuo (linha escalonada)
garantia de um salário-base
limite ou "teto" do salário
Diz-se que uma 1 inha salarial é de percurso con tíntio
quan-do a porcentaeem de remuneração não varia nunca de um valor a outro
sem que se adote todos os possíveis valores intermediários; esta li
nha pode ser reta, curva ou urna combinação das duas.
Diz-~e que uma linha salarial é de ;Percurso descontínuo quando a porcentagem de remuneração passa regularnente de um valor a
outro; sem adotar valores intermediários. Dentro deste grupo, o úni
co exemplo é a linha salarial escalonada, que como seu nor.1e indica ,
representa um salário que aumenta por escalas, à medida que aumenta
o rendimento.
A vantagem da linha escalonada sobre as de percurso
contí-nuo é que o prêmio é facilmente calculado pelo departamento de
salá-rios e facilmente.compreendido pelos operadores. No entanto, estas
vantagens não são suficientemente grandes para que a linha
escalona-da ten~a muita aceitação. Também com este tipo de linha pode
apli-car-se um incentivo mais ou menos forte, dando à mesma uma pendente
II. 6 - GA..."q.UI'riA DE UH S.ALA..B.IO-:BASE
O sistema de salário-base. por peças implica que somente se
remunere o rendimento. Isto significa que à um rendimento baixo co~
-responde um salário baixo. Assim, por exemplo, um rendimento igual
à
5o%
do normal conduz à um salário igual à50%
do inerente à classede trabalho. Este método quase nunca é aplicado. Por considerações
sociais, é desejável garantir ao trabalhador U:ma remuneração mínima
(salário-base) e que é usualmente, o salário fixado para cada classe
de trabalho. Assim o operador terá assegurado um salário semanal mi
nimo, independentemente de seu rendimento. Teoricamente, é possível
garantir somente uma parte do salário referente à classe de trabalho.
Pode-se garantir por exemplo, 75% ou
80%
do mesmo. Uo entanto istonão é comum. O normal, neste caso, é garantir 100% do salário para
a classe de trabalho. No gráfico salarial isto significa que a
li-nha parte de um salário de 100% e é horizontal até chegar ao
rendi-mento normal.
II.7 - LIMITE OU "TETO" DO SALARIO
.A fim de não perturbar as proporções salariais existentes,
pode ser necessário, sobretudo naqueles casos onde as tarifas não
são muito exatas, fixar um limite para a remuneração, isto é, uma
certa porcentagem que não .pode ser ultrapassada, ainda que o
rendi-mento, teoricamente, de lugar à isto. Falamos então de um limite ou
"teto" do salário. Este limite constitue um freio automático para
os excessos de remuneração. Quando as tarifas estão bem calculadas,
. este freio, ceralmente, é desnecessário.
Resumindo, convém anotar os seguintes pontos:
• O estimulo exercido sobre o operador é proporcional à
quantia do incentivo •
• Incentivos mui to altos perturbam as proporções salariais •
• A linha de salário pode ser reta, curva, escalonada, ou
• Pode-se garantir um salário-base determinado para asseg~
rar ao operador uma quantia mínima semanal •
• Pode-se fixar um "teto" ou limite salarial como freio
aos excessos na remuneração.
%
salário%
salário100
=
1/2o
100
%
rendimentoFig.
5.
Salário por peças.Semga-rantia de salário-base. Incentivo débil.
100
1---,.,
= 1/2100 1:o rendimento
Fig.
6.
Salário por peças.Garantia de salário ba-se lO~~.Incentivo débil.
%
salário%
salário=·2/1
=
2/1100 100
O 1 O 7~ ren imento O -t---rrm--r5.,.-o-=r::-:e:::-::r.::-:.a.~J.:!""m=',.e~·nto
Fig.
7 .
Salário por peças. Sem Fig.e .
Salário por peças.garantia de salário-base Garantia de salário
ba-Incentivo muito forte. se lOo%. Incentivo
mui-to forte.
%
salário100
+---J.
0+---~~----~---100 · ~ ~ ren d" J.men~o ~
Fig.
9 .
Linha Salarial Curva.%
salário 1 imite ou "teto"200
1/2
100
o
r---~l~00~1~4~0~-,2v2v0~
·%rendimento Fig. 10. Linha Salarial Quebrada. Garantia de salário
míni-mo. Incentivo decrescente.
%
salário100 +---'
o
~----~~--~---100
%
rendimentoFig. 11. Linha salarial escalonada. Garantia de salário oase.
Incentivo f= 1/1.
%
salário~ 200 180 160 140 120 100 80 60 40 20o
1-0=
2/1%
rendimentoFig. 12. Linha salarial mixta. Garantia de salário base Incentivo forte no prin-cipio, proporcional de-pois e finalmente linha curva com incentivo de-crescente. Tento em 200%·
Os gráficos antecedentes mostram alguns exemplos da intermi
nável série de possibilidades. Cada um destes sistemas salariais tem
seus efeitos peculiares. Assim, o primeiro exemplo (fig.5) não será
utilizável para fins práticos por dois motivos: o rendimento teria
que ser de 200% para se chegar a receber prêmio e teria que haver um
rendimento de 2% para receber
1%
de prêmio. Este é um "estímulo11 tão. .
pouco atraente que nenhum operador irá esforçar-se nestas
circunstân-cias.
O segundo exemplo, pelo contrário, oferece em primeiro
lu-gar uma lu-garantia completa do salário;.;.base e em segundo lulu-gar um incen
tivo moderado (receber um por fazer dois). Esta linha sa:larial, (fig.
6) pode surtir efeito, apesar do in.aentivo ser fraco. E utilizável
'
sobret'.ldo naqueles casos em que as tarifas não são muito exatas.
O exeLJ.plo mais complicado é o último. Garante-se o salário
base pelos mo ti vos expostos antériormente. Para rendimentos compree!!.
didos entre lOo% e
120%
aplica-se um incentivo elevado(2
por1).
menor ritmo de trabalho (por exemplo, por considerações de saúde, ou .
de qualidade) se reduz o incentivo àté 1 por
1,
que é assim mesmo ,relativamente forte. Esta situação continua até um rendimento de
16Q50, onde o salário à pagar alcança um valor de 180}~ do
salário--base.
A
partir destes valores, é aconselhável que se contenha fortemente o rendimento e o pagamento, e se aplica, port-anto, uma
li-nha com incentivo decrescente e um teto para
200%
do salário-base(fig.
12).
O que foi dito anteriormente demonstra que é possível con
jugar diversos fins em urna mesma linha de salário. Para isto é
ne-cessário um minucioso estudo prévio dos requisitos que o sistema de
ve satisfazer.
Geralmente, a empresa deseja um esforço intenso do
opera-dor enquanto seu rendimento está compreendido entre lOo% e
1301;
e,consequentemente, aplica, nesta margem, um incentivo atraente, como
por exemplo f
=
1/1.
Além dessa margem, não se deseja, geralmente,que o rendimento aumente muito, de um lado para não induzir o oper2:,
dor à trabalhar com ritmo excessivo, que pode conduzir à um excesso
de fadiga (com prejuízo na saúde), e de outro lado para evitar um
emprego pouco cuidadoso dos materiais, ferramentas e máquinas, e
finalmente, também por razões de qualidade. Consequentemente, à
partir de um rendimento de
125%
ou130%,
aplica-se normalmente umincentivo mais fraco. A necessidade simultânea de conservar as pr~
porções salariais pode conduzir, finalmente, a um incentivo muito
III - COMP ARAÇ1i:O ENTRE SALARIO POR HORA E SALARIO POR PEÇA.
As duas formas de remuneração mais importantes são o salário
por hora e o salário por peça. Ambos têm vantagens e inconvenientes ;
que serão examinados a seguir.
III.l - SALARIO POR HORA
Este salário é, ·como já vimos, aquele que é pago consideran~
do-se unicamente o tempo em que se trabalhou, ou seja, aquele em que
o rendimento não influe em nada. Este é portanto, um salário fixo e
pago geralmente por horas. Os adversários deste sistema de
remunera-ção o denominam ''salário por assistência".
Vantanens
O salário é"fixo, o que em certo sentido, é vantajoso para o
operado:;r, já que é possivel ajustar seus gastos à este salário. Como
segunda vantagem, temos uma melhor qualidade do traba,lho, já que o ope
rador pode dedicar todo o tempo e cuidado necessário (inclusive o
ope-rador mais 1 ento). Este argumento, no entanto, é mui to falho e em sen
tido geral decididamente inexato, pois as investigações efetuadas a
respeito demonstraram repetidas vezes o contrário. Como terceiro argt,1.
mento em favor do salário por hora, alega-se um eoprego mais cuidadoso
das máquinas e ferramentas. Hão há dúvida de que isto é certo, embora
nas empresas de grande porte as máquínas e ferramentas são confiadas à
operários especialmente encarregados disto.
Inconvenientes
O rendimento geralmente é muito inferior ao obtido com o
sa-lário por peças; o rendimento médio, geralmente adr..i tido para os operE:_
dores com salário por hora é
!
40 unidades Bedalix por bora.Devido a este baixo rendimento é necessário colocar maior nú
mero de pessoas para a supervisão. Estas pessoas terão que atuar como
II.2 - SALARIO POR PEÇA.
Este salário é determinado unicamente pelo rendimento, sem
que nele influa o tempo invertido e é, portanto, variável.
O principio de "salário de acordo com o trabalho rendido"
fica aqui claramente manifestado.
Vantagens
O operador recebe uma remuneração na proporção justa do seu
trabalho, e a obtenção de prêmio depende exclusivamente dele.
Como segunda vantagem, podemos acrescentar que-a produção
aumenta consideravelmente, já que o desejo de dar maior rendimento
cresce com a perspectiva de cobrar o prêmio correspondente.
Como terceira vantagem, e talvez a principal, temos
a
dimi-nuição do preço de custo dos produtos. · Isto é vantajoso tanto para o
empregador como para o empregado, porque aumenta o beneficio e o p~
competitivo da empresa; a consequente redução dos preços de venda su- ·
põe um aumento do poder aquisitivo e do nivel de vida. Esclarecemos
esta diminuição do preço de custo, mediante um exemplo que ilustra a
influência do salário por peças.
Algumas pessoas perguntarão: se para fabricar um produto eu
pago ao operador lO cruzeiros, que vantagem tenho se pago 20 cruzeiros
para que ele faça dois produtos no mesmo tempo, tal como é descrito
no sistema de remuneração proporcional por peças ?
A este respeito, devemos ter em conta que o preço do custo
de um produto compõe-se dos seguintes componentes :
Material
~
+ custos de material = a + bp = Preço d e " " Salário
custo + custos de salário c + d
· Custos de máquina
=
eSuponhamos que, com o salário por hora o preço de custo de
um produto do qual fabrica-se uma peça por_hora resulte assim :
a + b
=
Cr$s,oo
+ Cr$ 2,00c + d -· Cr$ 6,00 + Cr$ lB,oo
e = Cr$ 12,00
p
=
Cr$ 46,00Passamos agora ao sistema de salário por peças e, mediante
um estudo de _tempos, determinamos o rendimento normal, que imaginemos
seja de 1,5 peças por hora (devemos ter presente que o rendimento nor
mal com tarifa é quase sempre mais alto que o obtido com salário por
hora : normalmente este está somente ao redor de 607'0 daquele). lifão
obstante, o operador deseja ganhar um prêmio e consequentemente um ren
-dimento maior que o normal, por exemplo de 2 peças por hora, ou seja,
um rendimento extra de 33,3%. Se o salário é proporcional, correspo~
de isto a ganhar um prêmio de 33,370 sobre o seu salário-base de 6,00
cruzeiros, ou seja, 8,00 cruzeiros.
Os custos de material por produto serão os mesmos que antes;
os custos salariais e de maquinaria serão maiores, como por exemplo,
15% e lo% respectivamen-te. Como em uma hora de trabalho fabricam-se
2 prod.utos, o novo preço de custo será :
2 X (a + b) =Cr$ 16,00 + Cr$ 4,00 = Cr$ 20,00
c
=
Cr$s,oo
d = Cr$ 18,00 + 157~
=
Cr$ 20,70e
=
Cr$ 12,00 + 10% Cr$ 13220Preço de custo de 2 produtos Cr$ 61,90
Idem por produto
.
.
Cr3 31,00Comparando-se· este resultado com o anterior (Cr$
9,
20),tatamos uma diminuição de 33% no preço de custo e, não obstante,
cons
-·
um
aumento da remuneração do operador de 33, 31~ (de Cr$ 6,00 à Cr$ 8, 00 por
hora). Isto foi possível porque o salário direto do operador
consti-tue somente uma parie do preço de cu~to e em todos os demais custos
se consegue uma economia apreciável.
Fica assim deQonstrado que são beneficiados tanto o
Inconvenientes
1 • O salário não é fiXo, pois consta de um salário-base a~
crescido de uma porcentagem de prêmio que varia de acor
do com o esforço do operador.
2 • Por outro lado, é de temer que este esforço seja
exces--sivo, o que poderia redundar num prejuízo da saúde do
operador. Este perigo foi, em alguns casos, comprovado.
3 •
Uma terceira desvantagem é a diminuição das medidas desegurança. A empresa deve prevenir-se com especial cui
dado contra este perigo.
4 •
Desgaste desproporcionadamente rápido das máquinas.Isto é certo mas em compensação o número de produtos
e-laborados por máquina não é menor e, além disso, sob o.
ponto de vista da depreciação econômica, o efeito é
IV - O PR~~HO DE QU.ALIDADE
Um rendimento de trabalho elevado, isto é, a elaboração de
um número máximo de produtos, não nos serve de muito, se tiver como
consequência uma má qualidade do produto.
Como consequência desta má qualidade, os produtos podem ser
rejeitados pelo departamento de verificação ou até mesmo destruídos ,
ou ainda resultarem inaceitáveis a longo. prazo, por estarem muito pe.E_
to do limite de aceitação. Assim, o que desejamos quase sempre do
o-perador é um grande número de produtos de qualidade satisfatória por
homem e hora, ou, em outras palavras, um rendimento qualitativo. Em
algumas operações o operador, mesmo trabalhando com ritmo alto, não
tem muita influência sobre a qualidade. Neste ca.so basta aplicar um estímulo quantitativo. Ao contrário, há operações nas quais a
quali-_dade depende inteiramente do cuidado do operador, fazendc--se sentir ,
então, a necessidade de um incentivo para a qualidade.
Entre estes dois extremos existe uma ampla variedade de ope
rações onde a influência do operador desempenha um papel mais ou
me-nos importante.
A .aplicação ou não de um incentivo qualitativo depende
tam-bém do custo dos produtos. Se, por exemplo, o valor de um produto
a-presenta mais de uma hora de trabalho, o interesse em que tal produto
não seja estragado será maior que quando se tratar de um produto bar~
to. Resumindo, podemos dizer que a necessidade de um estimulo
quali-tativo aumenta, à medida que se torna maior.
1. a influência do operador sobre a qualidade.
2. a porcentagera de refuéjo existente.
3.
o valor do produto.Se pretendermos remunerar de algum modo a qualidade, temos
12 • A final idade
A finalidade que queremos alcançar pode ser simples, - por
exemplo uma menor porcentagem de refugo - ou complexa, por exemplo ,
um uso vantajoso do material e da ferramenta combinado com uma quali
dade a mais alta possível.
Os objetivos mais comuns dos prêmios de qualidade são os
seguintes :
• elevação da qualidade •
• diminuição da porcentagem de refugo.
• menor perda de material •
• economia de materiais a~~iliares.
2Q • Mensurabilidad.e do grau em que é alcançada a finalidade.
E possível que, com um prêmio de qualidade, não se alcance
em absoluto a finalidade desejada, ou esta seja alcançada somente em
certo grau.
O prêmio de qualidade poderá ser tanto mais alto quanto
maior seja o seu efeito prático.
Para que se possa avaliar com razoável objetividade o grau
de efetividade é necessário conhecer :
a) a porcentagem média de refugo ou nível de qualidade prevalecente.
Este é com efeito, o ponto de partida. Partindo deste dado, pod~
mos medir a melhora. Podemos determinar esta porcentagem ou nível
para um certo produto ou para uma certa operação, e também para
um grupo inteiro de produtos. No entanto, uma porcentagem calcu
lada como média para um sortimento de produtos, tem a grande
des-vantagem de que somente é válida para esse sortimento particular,
perdendo a val idez quando variar a composição do sortimento.
b) a margem de variação da porcentagem de refugo ou do nível de
qua-lidade prevalecente.
---~-E bem possivel que a porcentagem de refugo v~ie amplamente. ·
Podemos também neste caso determinar uma média, mas, como é
evi-dente, a grande variação com respeito à esta média impede,quase
sempre, que se aplique um prêmio de qualidade. Esta ampla margem
de variação geralmente é ·indicio de que não se domina bem o
pro-cesso de fabricação.
Com efeito, a porcentagem de refugo ou nível de qualidade depende
então, era a1 to t;rau, de fatores que estão fora da influência do
operador. A aplica9ão de um prêmió de qualidade perde muito do
seu significado neste caso, e inclusive torna-se perigosa, já·que
a obtenção ou não do prêmio não é atribuída ao esforço direto do
operador, mas sim a outros fatores.
Pode acontecer, então, .que o operador tente tudo de sua :parte e
que, não obstante, obtenha um mau resultado, devido somente a
in-fluência desfavorável de outros fatores (por exemplo, matérias
primas de qualidade inferior).
Quando isto ocorre com facilidade (e também qua.11.do ocorre o contr~
rio), o efeito do prêmio é oposto ao desejado.
Um conhecido recurso em caso de grandes flutuações é a aplicação
da denominada média progressiva. Reúnem-se as cifras de vários
períodos e calcula-se, depois, a média aritmética. A
consequên-cia é que as flutuações nas médias são muito menores.
O prêmio pode basear-se nestas médias. Este método tem o inconve
niente de que se perde em parte a relação direta entre o
resulta-do e o prêmio, visto que um períoresulta-do bom ou mau se"dilue", por as~
-sim dizer, ao se considerar um tempo maior. Não obstante, este
método tem a vantaeem de proporcionar uma base utilizável.
c) a porcentagem de refugo ou nível de qualidade que pode provavelmen
te ser alcançada.
Este é .o objetivo final estimado. Não será conhecido de antemão
praticamente em nenhum caso e terá que ser determinado baseado na
probabilidade. O exemplo que segue servirá de esclarecimento.
Exer:JPlo
Supomos CJ.Ue a porcentagem média de refugo é 20jo e que existem
va-. ~ ' + 2(VJ' . t ' t .!.d.
as porcentagens de refugo existentes estão compreendidas entre
20-2
=
18% e 20 + 2 = 22%. Pergu11tamo..,-nos que porce.ntagem de refugo podemosalcançar com um certo esforço por parte dos operadores.Vamos supor que consideramos alcançável uma porcentagem de lOí~
estes
10%
são então o nosso objetivo. Teremos que traçar uma curva de prêmios que se é2tenda, por exemplo, desde 1~% até
6%
e quepara pol,centagens decrescentes dê prêmios decrescentes.
O prêmio de qualidade tem assim uma ponte entre a porcentagem de
refugo existente e a que se considera alcançável (ou seja, entre
18%
e6%,
intervalo no qual estão amplamente compreendidos os10%
estimados).
Como já dissemos, a porcentagem de refugo alcançável, terá que
ser determinada baseado na probabilidade. Esta estimativa deve
ser a mais exata possível e terá que ser determinada portanto,por
um especialista.
Se a porcentagem estimada é demasiadamente alta, o gTupo de oper~
dores alcançará, ao cabo de algumas semanas, o prêmio de
qualida-de m~imo ea não restará incentivo algu.m para que se alcance u·m re
sul tado ainda melhor •
. Estimando-se, ao contrário, uma porcentagem demasiadamente baixa,·
pode ocorrer que isto desalente os operadores, pois acharão a
ta-refa demasiadamente dura e não se esforçarão. E preferível, no
entanto, fixar uma porcentagem alcançável relativamente baixa.
O começo será tal vez um pouco mais difícil, mas não será
necessá-rio rebaixar esta porcentagem ao cabo de algum te~po, ( o que se~
pre produz no operador a sensação de que está sendo "explorado").
riores :
Conhecendo-se os três dados mencionados, a saber :
a porcentagem de refugo existente.
a margem de variação desta porcent~em.
a porcentagem de refugo alcançável.
é possível avaliar o grau de êxito. Usando os dados
ante-porcentagem existente 20 +
2fo,
porcentaeem alcançável lO + 2%,
pode-se estabelecer facilmente um sistema como o reproduzido na fi~
Prêmio em
%
do salário-base10
8
6 Curva de prêmios
4
2
Fig. 13 Refugo em%
Vemos ~ue para um refugo de 18% não se paga nada de prêmio;
~ue para um refugo de lofo se paga uo prêmio de ~ualidade de
4%
dosa-lário-base; e ~ue para um refugo de 6% (~ue é considerado
praticamen-te inalcançável) se paga um prêmio de lofo.
Se, em um periodo determinado, encontramos uma certa porcenta
gem (por exemplo 15~G), podemos deduzir diretamente do gráfico qual o
prêmio à pagar, como porcentagem do salário, e também sabemos
imedia-tamente à ~ue ponto alcançou-se o objetivo proposto (que, neste caso,
era um refugo dE;J 6%).
3Q •
As proporções salariais existentesEm muitos casos se aplicará o prêmio de ~ualidade em
combi-nação com um prêmio de quantidade, embora isto não seja indispensável.
Devemos sempre tomar cuidado para que o prêmio não constitua
uma parte tão grande do salário que dê lugar a um salário total
exces--sivo. O salário não deve exceder nunca um limite final razoável.
Isto quer dizer que, se aplicarmos prêmio de qualidade e de
quantida-de combinados, estes prêmios, consiquantida-derados separadainente, não poquantida-dem
nunca ser muito elevados.
Visto gue, geralmente, o prêmio de quantidade constitue a
prêmio de qualidade.
Supomos que, no máximo, queremos chegétr a um prêmio de 40'}~,
para evitar que o salário final alcance proporções excessivas. Apl ic!!.
mos tanto prêmio de quantidade como de qualidade. Aplicando um bom
sistema de remuneração por peças, o prêmio de quantidade ascenderá ,
em média, a 25% aproximadamente.
Para o prêmio de qualidade resta, então, 15% no máximo. A
média deve ser inferior a esse valor, podendo ser, por exemplo, 10}~.
Ainda que, este prêmio médio de qualidade não pareça muito:elevàdo, é,
na maioria dos casos, um estímulo suficiente para que os operadores
se esforcem devidamente.
VI .1 - DIFERENTES r.TODOS POSSIV.EIS DE SE Al.,LICAR OS PP$rUOS
DE QU.ALID.AJ)E.
a. Prêmio coletivo ou prêmio individual.
Para a concessão de um prêmio de qualidade podemos seguir
dois métodos, a saber :
1. Determinamos o nível de qualidade alcançada por todos os
operadores encarregados de um determinado grupo de oper~
ções, ou por todos os operadores de uma seção, ou caso
necessário, por todos de uma fábrica.
Este é, pois, um nível médio. A este resultado, alcanç~
do por todo um grupo de operadores, designamos uma certa
quantidade em conceito de prêmio. Esta quantidade pode
ser dividida em partes iguais para todos, ou distribuída
de modo que os bons operadores recebam mais que os"maus"
operadores. Determinaremos quais são os operadores
"bons" e quais os "maus", determinando a qualidade por
o-perador ou mediante simples o1)se:rvação por um mestre ou
verificador.
E evidente que repartindo o pr8mio em partes
2. A determinação do nível de qual idade individual
alcança-do e a concessão individual alcança-do prêmio baseaalcança-do no mesmo é
um sistema muito mais efetivo e tart~bétn será mais justo.
Neste caso devemos estar a par da qualidade alcançada par
cada operador, e, no fli1al do período estabelecido (uma
semana, por exemplo), determinar o prêmio pessoal. Como
já dissemos, o prêmio pessoal é muito mais eficaz, mas ,
com frequência, é desejável o efeito nivelador do outro
sistema. Isto ocorre sobretudo naqueles casos em que o
domínio sobre o processo de fabricação não é muito
gran-de, e podemos esperar, com razoável certeza, uma
porcen-tagem de refugo normal e estável. Se, nestes casos,
a-plicássemos um prêmio individual, existiria a possibil
i-dade de que o resultado flutuasse em demasia e de que a
fixação dos prêmios parecesse um tanto arbitrária.
b. Prêmios por unidade, por preço êi.e custo e de classe.
Por prêmio por unidade devemos entender aqui que um certo
prêmio de qualidade se distribue entre todos os operadores, de acordo
com uma mesma escala de pagamento, ou seja, independenter.1ente do valor
de produto ou da dificuldade de trabalho. (Não confundir com o prêmio
coletivo). Aplicando-se o sistema de prêmio por unidade, o prêmio não
é iguel para todos, mas, por exemplo, um operador que, no começo do
processo de fa-oricação, trabalha em um produto de pequeno valor, e
consegue reduzir o refugo erri XJ~, recebe em prêmio tanto quanto o
ope-rador que trabalhe com o mesmo produto no final do processo de
fabri-cação, onde tem um valo r muito maior (valo r agTege.do), e consiga red~
zir o refugo também em
x%·
O valor do produto não tem, pois, nenhumainfluência.·
Em contraposição, podemos considere-r um sistema no qual se
tenha em conta o preço .de custo do produto, nas diversas fases de
fa-bricação. Este preço aumenta com cada operação, durante c processo
de fabrict:.ção. Bámais inte~esse econômico, para. a empresa, na econó
mia de produtos ao final do processo
de
fabricação que no começo domesmo. Está justifice.do, pois, que o prêmio seja. maio:r à medida que
preço de custo no lugar onde se executa a operação.
Uma terceira forma é a denominada prêmio de classe. O
ra-ciocínio, neste caso, consiste em que para reduzir a porcentagem de
refugo er.1 uma operação difícil é necessário um maior esforço que
pa-ra reduzir em uma opepa-ração simples (de baixa classe salarial).
E também possível, baseado nisso, elevar o prêmio de qualidade à
me-dida que aumenta a classe salarial.
c. Fixação do prêmio por operação ou por grupo de produtos
Podemos também controlar a qualidade e a porcentagem de refugo em c~
da operação, cada produto ou cada operador, e assim, fixar diretamen_
te um prêmio pessoal. Não obstante, frequentemente, é muito mais
simples determinar o nível de qualidade ou a porcentagem de refugo
para um grupo inteiro de operações ou operadores, ou para um determi
nado grupo de produtos. O resultado pessoal de um operador fica, e.!!_
tão, diluído no resultado comum.
No
caso de se considerar um grupode produtos, temos que ter presente que, se mudar a composição deste
grupo, mudará também o resultado alcançável
e
que, portanto, é neces-sário adaptá-lo à nova situação. Isto pode ocasionar dificuldades,
sobretudo ao ampliar-se o grupo com novos produtos, já que, então
não se pode conhecer de antemão qual será o resultado alcançável.
'
d. Prêmio baseado em porcentagens absolutas ou ria diminui-ção relativa de porcentagem de refugo.
Quando é possível determinar-se, com razoável precisão, o
resultado alcançável, e não é demasiadamente grande a diferença entre
este resultado e o nível de qualidade ou porcentagem de refugo
exis-tente, pode-se trabalhar com porcentag·ens absolutas.
Vejamos um exemplo :
Porcentagem de refugo existente
5%·
Com estes dados pode-.se estabelecer urna tabela permanente
de prêmios, da seguinte forma
%
de r~fugo5%
ou maior4~5%
3-4%
2-3%
1-2%
1%
Prêmio
o%
do salário para a classe do trabalho1% do salário para a classe do' trabalho
3%
do salário para a classe do trabalho~~0 do salário para a classe do trabalho
8%
do salário para a classe do trabalho10% do salário para a classe do trab~lho
A diferença a transpor entre o refugo existente e o q_ue se
considera alcançável é relativamente pequena; a empresa está
dispos-ta a pagar consdispos-tantemente
5%
sobre o salário inerente à classe detrabalho para manter uma porcentagem de refugo de
2%·
No entanto, se nos .encontrarmos frente a uma situação na
qual a porcent~gem de refugo existente é muito alta, será muito difí
cil determinar a porcentagem alcançável e será muito grande a
possi-bilidade de cometer erros trabalhando com cifras absolutas.
E grande, com efeito a probabilidade de diminuir rapidamente a porcen ·
tagem de refugo, e que depois de pouco tempo se pague o prêmio máximo
por ser esta fácil de ser alcançada. Pagando-se logo o prêmio má."{i!TP
desaparece o desejo de melhorar ainda mais o resultado e os
operado-res acabam por olhar este prêmio, que é pago regularmente, como um
aumento fixo de salário e não como uma recompensa por um rendimento
extra.
Em casos semelhantes é aconselhável basear o prêmio na
di-minuição relativa da porcentagem de refugo. Em princípio, isto é le
vado à efeito como se indica em seguida :
Suponhamos que se deseja pagar um prêmio de lo% do salário
inerente à classe de trabalho para uma diminuição relativa de
5%
naporcentas-em de refugo, e qU:e esta porcentagem ascer.d.e à 30;~.
Se o (s) operador (es) consegue (m) reduzir esta porcentagem
de refugo em
5%
relativa- ou seja, se consesue(m) abaixá-la até 2~,5~·;._em um certo período, como uma semana ou um mês: paga-se o prêmio de
No período seguinte deve-se diminuir novamente o refugo em
5% de 2B,5%, ou seja, em 14% para novamente ganhar o prêmio.
Deste modo, paga~se, sempre, um prêmio sobre a diminuição
relativa da porcentagem de refugo e não se abona nenhum prêmio extra
quando esta porcentagem permanece constante. Neste caso, falou-se
de urna diminuição relativa de
5%,
mas pode-se tomar, naturalmente ,qualquer outra porcentagem. Obteremos, então, curvas descendentes
como as representadas na fig. 14.
O ponto A corre~ponde à porcentagem de refugo existente
Para diminuições relativas de 1%, 2,5%, 5%, 10% ou 15%, a
por-centagem de refugo decresce como indica a primeira, segunda,
tercei-ra, quarta ou quinta curvas, respectivamente, de cima para baixo.
No eixo horizontal representa-se um certo número de
perío-dos que, segundo convenha ou se deseje, podem ser semanas ou meses.
Vamos supor agora, como exemplo, que a porcentagem de refu
go varia de modo indicado pela linha pontilhada da figura.
Vemos que depois do primeiro período (ponto B) o refugo di
minui em lO%, com relação ao ponto A. Pagamos, então, o prêmio
cor--respondente à esta diminuição.
No segundo período a diminuição é de 1% (ponto C) e
pas·a-mos, portanto, um prêmio bem menor.
Depois do terceiro período, e~contramo-nos no p~nto D
(di-minuição de
5%)
e depois do quarto período no ponto E (dininuição de10%).
Pagamos, então, o mesmo prêmio correspondente ao ponto 3,
e o mesmo fazemos depois com o ponto F, apesar dé que, neste ponto