• Nenhum resultado encontrado

Manifestações neurologicas do hiperparatireoidismo: estudo de 120 casos.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Manifestações neurologicas do hiperparatireoidismo: estudo de 120 casos."

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

MANIFESTAÇÕES NEUROLOGICAS DO

HIPERPARATIREOIDISMO

E S T U D O D E 120 CASOS

GERALDO NUNES VIEIRA RIZZO* C. WARREN OLANOW **

Não é de admirar que uma doença como o hiperparatireoidismo que pode

causar uma alteração estrutural no esqueleto, rins ou tubo digestivo, tivesse

algum efeito no sistema nervoso. Mas é surpreendente que a maioria dos

pacientes com hypercalcemia internados para investigação de

hiperparatireoidis-mo, que é a causa mais freqüente de elevação do cálcio sérico, mostrassem uma

ou mais manifestações neurológicas.

M A T E R I A L Ε M É T O D O S

O e s t u d o foi r e a l i z a d o e m c o l a b o r a ç ã o c o m a D i v i s ã o d e N e u r o l o g i a d o D e p a r t a -m e n t o d e M e d i c i n a I n t e r n a , D i v i s ã o d e C i r u r g i a e A r q u i v o M é d i c o e d e E s t a t í s t i c a d o

C e n t r o M é d i c o d a D u k e U n i v e r s i t y e m D u r h a m d u r a n t e o a n o d e 1978. T r a t a - s e d e u m e s t u d o r e t r o s p e c t i v o q u e e n g l o b a 120 p a c i e n t e s i n t e r n a d o s p a r a i n v e s t i g a ç ã o d e h i p e r p a r a t i r e o i d i s m o d u r a n t e o p e r í o d o c o m p r e e n d i d o e n t r e 1962 e 1977. D e s t e s 120 p a c i e n t e s , 6 f o r a m a d m i t i d o s d u a s v e z e s p e l o m e s m o p r o b l e m a . Q u a n t o a o s e x o , 84 p a c i e n t e s e r a m d o s e x o f e m i n i n o e 36 d o s e x o m a s c u l i n o . A i d a d e v a r i o u e n t r e 3 e 81 a n o s . E m t o d o s o s 120 p a c i e n t e s e s t u d a d o s o e x a m e n e u r o l ó g i c o f o i r e a l i z a d o p r é - o p e r a t o r i a m e n t e . I n f e l i z m e n t e e s s a a v a l i a ç ã o n o p e r í o d o p ó s - o p e r a t ó r i o n ã o e x i s t e p a r a t e r m o s d e c o m p a r a ç ã o .

L e v a m o s e m c o n s i d e r a ç ã o , e m t o d o s o s p a c i e n t e s , c o n d i ç õ e s a s s o c i a d a s , m e d i c a m e n -t o s e m u s o , d o s a g e m d e s ó d i o , p o -t á s s i o , n i -t r o g ê n i o u r e i c o , c r e a -t i n i n e , f o s f a -t a s e a l c a l i n a , SGOT, L D H , c á l c i o e f ó s f o r o . D o s 120 p a c i e n t e s , 92 f o r a m s u b m e t i d o s à p a r a t i r e o i d e c t o -m i a e b i ó p s i a . E -m 24 f o i r e a l i z a d a d o s a g e -m d e p a r a t õ r -m o n i o p r é - o p e r a t ó r i a .

(2)

R E S U L T A D O S

D i a g n ó s t i c o d e h i p e r p a r a t i r e o i d i s m o p r i m á r i o ( H P T 1) foi c o n f i r m a d o e m 72 p a c i e n -t e s , s e n d o 3 com h i p e r p a r a -t i r e o i d i s m o r e c o r r e n -t e e u m c o m h i p e r p a r a -t i r e o i d i s m o f a m i l i a r . E m 12 p a c i e n t e s o d i a g n ó s t i c o d e h i p e r p a r a t i r e o i d i s m o p r i m á r i o foi t i d o c o m o provável. O d i a g n ó s t i c o d e h i p e r p a r a t i o i d i s m o s e c u n d á r i o ( H P T 2) foi c o n f i r m a d o em 8 p a c i e n t e s e, em 6, foi t i d o c o m o p r o v á v e l . D e s t a c a m o s a i n d a u m p a c i e n t e c o m h i p e r p a r a t i r e o i -d i s m o terciário e u m c o m h i p e r c a l c e m i a -d e v i -d o a h i p e r p a r a t i r e o i -d i s m o e c t ó p i c o , 8 p a c i e n t e s c o m h i p e r c a l c e m i a s e m h i p e r p a r a t i r e o i d i s m o ( h i p e r c a l c e m i a i d i o p á t i c a em 5, h i p e r c a l c e m i a por n e o p l a s i a em 2, m i l k - a l k a l y s í n d r o m e e m u m c a s o ) , e 10 p a c i e n t e s com a d e n o m a t o s e e n d ó c r i n a m ú l t i p l a ( M E A ) .

D o s 72 c a s o s de h i p e r p a r a t i r e o i d i s m o primário, 2 n ã o t i v e r a m c o m p r o v a ç ã o a n a t o m o -p a t o l ó g i c a , -p o r é m n o s d e m a i s , e m 47 t r a t a v a - s e de a d e n o m a , 13 d e h i -p e r -p l a s i a , 3 d e h i p e r p l a s i a e a d e n o m a e, e m 7. o e x a m e d e g l â n d u l a s p a r a t i r e o i d e a s foi normal. D o s 18 p a c i e n t e s c o m h i p e r p a r a t i r e o i d i s m o s e c u n d á r i o , 11 t i n h a m h i p e r p l a s i a , 6 n ã o f o r a m b i o p s i a d o s e u m foi n o r m a l . D o s 10 c a s o s d e a d e n o m a t o s e e n d ó c r i n a m ú l t i p l a ( M E A ) , 4 f o r a m d i a g n o s t i c a d o s c o m o h i p e r p l a s i a , 2 foram n o r m a i s e, e m 4, o l a u d o a n a t o m o -- p a t o l ó g i c o n ã o c o n s t a v a n o p r o n t u á r i o .

E n g l o b a n d o o s p a c i e n t e s c o m o u m t o d o , o s n í v e i s d e cálcio variaram e n t r e 7.0 e 16.9mg% n o p e r í o d o p r é - o p e r a t ó r i o e e n t r e 5.8 e 13.2mg% n o p ó s - o p e r a t ó r i o , s e n d o a m é d i a 14.9 e 8.6mg%, r e s p e c t i v a m e n t e , e a m o d a 11.4mg% e 9.0mg% r e s p e c t i v a m e n t e . Os n í v e i s d e f ó s f o r o v a r i a r a m e n t r e 1.2 e 10.5mg% n o p e r í o d o p r é - o p e r a t ó r i o e 1.9 e 8.6mg% n o p ó s - o p e r a t ó r i o , s e n d o a m é d i a 2.9 e 3.3 r e s p e c t i v a m e n t e , e a m o d a 2.3 e 3.1 r e s p e c t i v a m e n t e . E m 68 p a c i e n t e s c o m h i p e r p a r a t i r e o i d i s m o p r i m á r i o , de acordo c o m a i n d i c a ç ã o , f o r a m r e a l i z a d o s o u t r o s e x a m e s s u b s i d i á r i o s : r a d i o g r a f i a s d e c r â n i o f o r a m n o r m a i s e m 34 p a c i e n t e s e a n o r m a i s e m 7; a c i n t i l o g r a f i a c e r e b r a l foi n o r m a l e m 5; 0 E E G foi n o r m a l e m 6 e a n o r m a l e m 2 ; o e l e t r o m i o g r a m a foi n o r m a l e m 40 e

a n o r m a l e m 4; r a d i o g r a f i a s d e o s s o s l o n g o s f o r a m n o r m a i s e m 37 e a n o r m a i s e m 28, s e n d o a principal a l t e r a ç ã o o s t e o p o r o s e ; o l í q u i d o c é f a l o r a q u e a n o foi n o r m a l e m 2 p a c i e n t e s . A d e t e r m i n a ç ã o d e p a r a t ô r m o n i o p o r r a d i o i m u n o e n s a i o foi f e i t a e m 24 p a c i e n t e s e s t a n d o e s t e v a l o r a u m e n t a d o e m 20 c a s o s .

A s m a n i f e s t a ç õ e s n e u r o l ó g i c a s e n c o n t r a d a s f o r a m d i v i d i d a s n o s t r ê s g r u p o s , l e v a n d o e m c o n s i d e r a ç ã o o n ú m e r o a b s o l u t o e r e l a t i v o de p a c i e n t e s :

Centrais: c e f a l é i a e m 34 (28.3%); d e p r e s s ã o e m 16 (13.3%); r o u q u i d ã o e m 4

(3)

d i s f a g i a e m 3 ( & 5 % ) ; d i s a r t r i a e m 1 ( 0 . 8 % ) ; q u a d r o d e m e n c i a l e m 2 (1.6%) e p a r a -l i s i a facia-l c e n t r a -l e m 2 (1.6%).

Periféricas: c a i m b r a s e m 19 (15.8%); f a d i g a o u f r a q u e z a g e n e r a l i z a d a e m

35 (29.1%); p a r e s t e s i a s d e e x t r e m i d a d e s e m 9 ( 7 . 5 % ) ; d o r m u s c u l a r n o s m e m b r o s i n f e r i o r e s e m 2 ( 1 . 6 % ) ; d i m i n u i ç ã o d a s e n s i b i l i d a d e v i b r a t ó r i a n o s c a l c a n h a r e s em 2 ( 1 . 6 % ) ; a r r e f l e x i a m i o t á t i c a e m 13 (10.8%); h i p o r r e f l e x i a m i o t á t i c a e m 12 ( 1 0 % ) ; h i p e r r e f l e x i a m i o t á t i c a e m 7 ( 5 . 8 % ) ; h i p o e s t e s i a d o l o r o s a n o s p é s e m 4 (3.3%) e n e v r a l g i a e m 2 (1.6%).

Diversas: a u m e n t o d a m a n c h a c e g a e m 1 ( 0 . 8 % ) ; q u e r a t o p a t i a e m 5 ( 4 . 1 % ) ;

t o n t u r a s e m 2 (1.6%).

C O M E N T Á R I O S

Não há dúvida que os efeitos da disfunção de paratireóides no sistema

nervoso sejam secundários a alterações nos teores de cálcio e fósforo, e não

pela presença das quantidades aumentadas ou diminuídas do próprio hormônio

paratireóideo. As anormalidades do cálcio e fósforo podem afetar o sistema

nervoso direta ou indiretamente. Os efeitos diretos, isto é, aqueles que resultam

de alterações quantitativas no cálcio foram sujeitos a muitas investigações

neurofisiòlógicas. Se alguns efeitos resultam de alterações no fósforo sozinho

eles não foram ainda elucidados. Alterações no cálcio e fósforo podem

influen-ciar o sistema nervoso indiretamente por causar a precipitação do íon de

fosfato de cálcio ou outros sais de cálcio, quando aumenta sua solubilidade.

As alterações cerebrais no hipoparatireoidismo podem ser resultado de uma

supersaturação. A elevação prolongada do cálcio sérico provavelmente produz

dano renal, e a uremia resultante pode afetar o sistema nervoso

8

.

Os mecanismos exatos dos distúrbios do sistema nervoso que acompanham

os estudos hipercalcêmicos no homem não são bem esclarecidos. Entretanto,

sabemos que os íons de cálcio tem funções importantes em adição àquela de

manter a permeabilidade seletiva da membrana. Sabemos que o cálcio é

neces-sário para liberação de neurotransmissores, ação essa que é antagonizada pelo

íon magnésio. A primeira evidência que o íon cálcio era requerido para

libera-ção dos neurotransmissores veio de estudos feitos por Harvey e Macintosh, em

1940, que demonstraram não haver liberação de acetilcolina do gânglio cervical

simpático perfundido na ausência de cálcio

5

. Além do seu envolvimento na

transmissão sináptica, o cálcio tem sido implicado na secreção de catecolâminas

da medula adrenal, vasopressina da neurohipófise, corticosteróides, vários

hor-mônios da adenohipófise e insulina. A função do cálcio na contração muscular

é bem conhecida.

(4)

presente significantemente no hiperparatireoidismo é a influência do magnésio.

Por causa da interrelação metabólica do magnésio com o cálcio, as seqüelas

neurológicas da depleção do magnésio corporal merecem mais consideração.

A deficiência de magnésio tem sido demonstrada ocorrer em

hiperparatireoidis-mo. Este poderia ser um fator casual tão importante como a hipercalcemia

2 0

.

Cálcio e magnésio em concentrações elevadas tendem a deprimir a

excitabili-dade da junção mioneural, enquanto que altas concentrações de magnésio têm

um efeito depressivo central bem definido, que pode ser revertido pela

admi-nistração do cálcio

s

.

Durante o estado hiperparatireóideo há um balanço de magnésio negativo,

com excreção urinaria aumentada de magnésio e nível de magnésio sérico

variável. Isso é devido em parte à mobilização de magnésio junto com o

cálcio dos ossos. Se o magnésio é filtrado através dos rins mais rapidamente

que o cálcio, níveis urinários elevados de magnésio sem níveis elevados de

magnésio sérico podem o c o r r e r

2 6

.

Embora o nível de cálcio extracelular do cérebro humano não tenha sido

determinado há informação relativa à barreira entre o sangue e o líquido

céfaloraqueano (LCR). Normalmente o cálcio do LCR em humanos é de 2 a

3 m E q / 1 . Baseado principalmente em evidências experimentais de que o cálcio

do LCR se altera muito pouco ou quase nada com alterações no cálcio sérico,

vários pesquisadores concluíram que o cálcio do LCR, é primordialmente

resul-tado de um processo secretório mais do que um movimento passivo de cálcio

ionizado difundido do soro para o LCR (Morgutis & Mac G. Perley, 1930;

Meritt & Bauer, 1931; Herbert, 1934; Soffer & Toribara, 1961).

As manifestações neurológicas do hiperparatireoidismo podem ser divididas,

para fins práticos, em três grupos: centrais, que inclui manifestações cerebrais,

neuropsiquiátricas, de gânglios de base, de nervos cranianos, do cerebelo e de

medula espinhal; periférica, que inclui anormalidades neuromusculares;

sinto-mas neurológicos diversos.

Pode tornar-se difícil determinar a influência da hipercalcemia na produção

de sinais e sintomas no hiperparatireoidismo, já que insuficiência renal,

hiper-tensão e doença cerebro-vascular, incluindo encefalopatia hipertensiva podem

estar presentes, dificultando o diagnóstico. Doença maligna com hipercalcemia

apresenta problemas óbvios de diagnóstico. Sarcoidose e tireotoxicose

produ-zem sintomas cerebrais independentes da hipercalcemia, os quais podem ocorrer

em ambas as condições, com ou sem adenoma paratireóideo associado. A

prin-cipal evidência que hipercalcemia por si só causa sintomas mentais é a melhora

que se segue à restauração do cálcio ao normal em casos não complicados

(Batter, 1953)

8

. As primeiras descrições de alterações mentais incluem aquelas

de Nielsen & Steffensen

4 9

e Fitz & H a l l m a n n

2 4

. Leher ά Levitt em 1960

afirmaram que não infrequentemente um paciente pode apresentar confusão,

letargia e síndrome mental orgânico bizarro como a expressão primeira de

hipercalcemia não interessando sua c a u s a

4 4

(5)

rela-cionadas com as alterações do estado mental, tendo a confusão, por exemplo,

aumentado com o aumento da calcemia. Com alterações abruptas no cálcio

sérico o quadro mental pode ser caracterizado por uma sonolência progressiva

e deteriorização das funções mentais. Em alguns pacientes, delírios e

alucina-ções são proeminentes e, em situaalucina-ções mais graves, pode inclusive ocorrer coma.

Psicose com hiperparatireoidismo é raro. Fitz & Hallmann descreveram um

caso no qual as manifestações de paranóia e esquizofrenia ocorreram na

ausên-cia de doença renal e prontamente desapareceram com a remoção do adenoma

de paratireóide. Em um outro paciente com insuficiência renal eles observaram

um delírio maníaco-depressivo e desorientação que desapareceu 24 horas após

a remoção do adenoma. Oliver, em 1939, descreveu retardo mental como

presu-mivelmente um efeito agudo de hipercalcemia e u r e m i a

5 1

.

Dos 16 pacientes examinados por Bernard P a t t e n

0

, cinco tinham estado

mental anormal, o que incluía diminuição da memória recente, lentidão para

raciocínio, labilidade emocional, desorientação, confusão e alucinações

para-nóicas visuais e auditivas; dois pacientes mostraram alterações possivelmente

a nível de gânglios basais como diminuição do movimento dos braços,

movi-mento em bloco com marcha rígida e postura anormal dos braços e mãos;

quatro pacientes mostravam marcha atáxica mas sem outras anormalidades

cerebelares; doze pacientes mostravam movimentos involuntários anormais da

língua. Estes movimentos freqüentemente se assemelhavam a fasciculações,

quando em repouso, e aumentavam quando o paciente exercia alguma

ativi-dad. Dois dos pacientes mostraram atrofia de língua; quatro pacientes estavam

roucos; um destes recuperou-se após a cirurgia. Dois pacientes tinham disfagia.

Seis pacientes mostraram hiperreflexia com respostas adutoras cruzadas e uma

difusão anormal do reflexo. Três pacientes tinham sinal de Babinski positivo,

um bilateralmente. Ansiedade também é freqüente em pacientes com

hiperpara-tireoidismo porém é difícil associar exclusivamente à doença primária.

Entre-tanto Snaper, em 1929, descreveu um paciente "que se tornou nervoso", com

níveis de cálcio tão altos como 23.6mg%

6 Õ

.

Não há muitos estudos dos achados eletrencefalográficos na hipercalcemia.

Beare & Miller, em 1951, notaram excessiva atividade theta e delta de

mode-rada amplitude em um paciente com hipervitaminose D iatrogênica e um cálcio

sérico de 14.5mg%; o traçado voltou ao normal quando o cálcio sérico caiu

mas o paralelo não foi exato. Num segundo paciente com cálcio sérico de

14mg% eles acharam atividade lenta difusa

9

. Lehrer e Levitt, em 1960,

descre-veram lentificação dos ritmos corticais com surtos difusos de 1.5 a 2.5 ciclos

por segundo de média voltagem em pacientes com hipercalcemia de diferentes

c a u s a s

4 3

. Swash e Rowan em 1972, além de afirmarem que mesmo pequenos

aumentos de cálcio sérico podem produzir um aumento marcado na atividade

lenta paroxística, descreveram ondas trifásicas em hipercalcemia, mas não em

hipocalcemia; eles concordam com outros autores de que os achados

eletren-cefalográficos na hipercalcemia não podem ser facilmente distintos daqueles

de outros distúrbios metabólicos ®

9

. Moure, em 1957, foi outro que tentou

relacionar o aumento de cálcio com alterações eletrencefalográficas

δ 1

(6)

confirmar lentificação de traçado, notou que com a redução do nível de cálcio,

a normalização do eletrencefalograma é mais gradual. A razão para essa

demora das alterações eletrencefalográficas seguindo normalização do cálcio

sérico é desconhecida. Porém é concebível que esse fenômeno poderia estar

relacionado com os efeitos do cálcio na função sináptica e no estado dos

depósitos de transmissores e mecanismos de liberação dos mesmos mais do

que devido a algum efeito primário na membrana excitável do neurônio ou

axônio. Entretanto isso é puramente especulativo.

Harmon, em 1956, encontrou convulsões, hipertensão, anormalidades

liquóri-cas e cegueira cortical permanente, espasticidade dos membros num menino

de seis anos com adenoma de paratireóide, que foi removido

3 G

, Dodd & col. em

1950 descreveram cefaléia, papiledema, convulsões e hipertensão numa criança

com hipercalcemia devido à imobilização prolongada; os sintomas responderam

a uma dieta pobre em c á l c i o

1 7

. Sete dos 14 pacientes de Karpati e Frame,

queixaram-se de cefaléia. Na maioria deles a dor de cabeça era caracterizada

por uma dor contínua, de moderada severidade e não bem l o c a l i z a d a

3 7

. Vários

outros a u t o r e s

4

.

9

»

1 7

'

2 4

^

3 0

, descreveram cefaléia como manifestação do

hiperpa-ratireoidismo primário e secundário.

Fraqueza muscular é uma complicação do H P T , freqüentemente mencionada

mas infrequentemente estudada. Ela se apresenta com síndrome clínica de

fati-gabilidade fácil e fraqueza muscular, particularmente dos músculos proximais

nas extremidades inferiores, com reflexos tendinosos profundos preservados ou

hiperativos *

5

. Muitas vezes, as anormalidades já descritas como tremores de

língua, anormalidades de fonação, marcha e equilíbrio são explicadas como

devida à doença neuromuscular.

A diminuição da função muscular limita as atividades diárias de muitos

pacientes com hiperparatireoidismo primário e alguns desses pacientes são

tão seriamente afetados que podem ser diagnosticados como portadores de

esclerose lateral amiotrófica, distrofia muscular ou outra doença neuromuscular

primária incurável.

Em 1974, Bernard Patten e col. estudaram prospectivamente 16 pacientes

com hiperparatireoidismo p r i m á r i o

5 6

. Eles apresentavam fraqueza,

fatigabilida-de fácil, atrofia dos músculos, particularmente das extremidafatigabilida-des inferiores. O

eletromiograma mostrou, em alguns, potenciais motores de curta duração e

baixa amplitude e, em outros, potenciais polifásicos de alta amplitude e longa

duração. As velocidades de condução nervosa motora e as latências sensitivas

distais foram normais. O principal achado na biópsia muscular foi atrofia

de ambos os tipos I e II das fibras musculares, com tipo de fibras II mais

envolvidas. Achados miopáticos típicos foram ausentes. A baixa concentração

de fosfatos em cerca de metade dos pacientes foi a única anormalidade

encon-trada no estudo do líquido céfalo-raqueano, embora Edwards & Daum em

1959

l f !

(7)

os autores concluíram que pacientes com hiperparatireoidismo apresentam uma

doença neuromuscular tratável que é de origem neuropática. Dos 16 pacientes

estudados por Patten, 8 apresentavam anormalidades sensitivas, 7 mostravam

diminuição da sensibilidade dolorosa com distribuição em "luva e bota". Um

paciente apresentou disestesia hiperpática.

Outros autores

8 , 1 1 , 3 0 , 3 2 , 3 5 ^

descreveram ainda como manifestações

periféri-cas, hiporreflexia miotática, embora reflexos aumentados sejam mais comuns,

hipotonia, atrofia, desconforto ao movimento, dores musculares, caimbras e

parestesias afetando as extremidades.

Por serem mais raras, apenas citaremos as manifestações neurológicas

diversas do hiperparatireoidismo, não nos detendo em comentários. Não é nosso

propósito discutir se tais manifestações devam ser incluídas no primeiro ou no

segundo grupos. Nós a incluímos no terceiro grupo por serem menos comuns.

Tais manifestações incluem convulsões

3 0

'

4 0

, o achado de calcificação c e r e b r a l

4 1

,

e pseudo-erosão de sela t ú r s i c a

2 0

' ; disfagia e constipação

s

, que têm sido

atri-buídas à disfunção do gânglio simpático causada por hypercalcemia; rouquidão

e/ou afonia e/ou surdez

8,11,27,51,55,58,63,

sinal de Babinski *

5

, alucinações

visuais

24^52,60,6·^

ataxia e hemianopasia

5,66,

p a p i l e d e m a

1 7

e

hiperproteínor-raquia

is,so.,eo.

Esperamos ter salientado a importância da avaliação neurológica de

pacientes com hiperparatireoidismo, bem como da avaliação dos níveis séricos

de cálcio e fósforo em pacientes com os mais diversos sinais e sintomas

neurológicos.

R E S U M O

É feito um estudo retrospectivo de 120 pacientes internados para

investi-gação de hiperparatireoidismo. Tendo em vista as manifestações neurológicas

do hiperparatireoidismo primário realizamos também um confronto com os

achados de outros autores.

S U M M A R Y

Neurologic Manifestations of Hyperparathyroidism.

(8)

R E F E R E N C I A S

1. A I T A , J. A. — N e u r o l o g i c m a n i f e s t a t i o n s of e n d o c r i n e d i s o r d e r s . N e b r a s k a Med. J . 46:443, 1961.

2. A L B R I G H T , F . — A c u t e a t r o p h y of b o n e ( o s t e o p o r o s i s ) s i m u l a t i n g h y p e r p a r a t h y -r o i d i s m . J. Clin. E n d o c -r . 1:711, 1941.

3. A L L E N , Ε . M . : S I N G E R . F . R. & M A L A M E D , D . — E l e t r o e n c e p h a l o g r a f i c a b n o r -m a l i t i e s in h y p e r c a l c e -m i a . N e u r o l o g y ( M i n n e a p o l i s ) 20:15, 1970.

4. A N S P A C H , W . E . & C L I F T O N , W . M. — H y p e r p a r a t h y r o i d i s m in c h i l d r e n : r e p o r t e d of t w o c a s e s . A m . J . D i s . Child. 58:540, 1939.

5. A U R B A C H , G. D . ; M A L L E T E , L. E . ; P A T T E N , Β . M.; H E A T H , D .  Α . ;  D O P P M A N ,  J.  L . &  B I L E Z I K I A N ,  J .  P . —  H y p e r p a r a t h y r o i d i s m :  r e c e n t  s t u d i e s .  A n n .  I n t e r n .  Med. 79 (4):556, 1973. 

6.  B A R N E S .  B . A. &  C O P E , O. —  C a r c i n o m a of  t h e  p a r a t h y r o i d  g l a n d s :  r e p o r t of  10  c a s e s  w i t h  e n d o c r i n e  f u n c t i o n .  J .  A m e r .  M e d .  A s s . 178:556, 1961. 

7. BARR,  D .  P . &  B U L G E R ,  H . A. —  T h e  c l i n i c a l  s i n d r o m e of  h i p e r p a r a t h y r o i d i s m .  A m .  J . M. Sc., 179:449, 1930. 

8.  B A R T T E R ,  F . C. —  T h e  p a r a t h y r o i d  g l a n d  a n d  i t s  r e l a t i o n s h i p  t o  d i s e a s e s of  t h e  n e r v o u s  s y s t e m .  R e s .  P u b .  A s s .  R e s .  N e r v .  M e n t .  D i s . 32, 1, 1952. 

9.  B E A R E ,  J . M. &  M I L L E R ,  J .  H .  D . —  E p i l e p t i f o r m  f i t s  d u r i n g  c a l c i f e r o l  t h e r a p y .  L a n c e t 1:884, 1951. 

10.  B I S C H O F F , A. &  E S S L E N , E. —  M y o p a t h y  w i t h  p r i m a r y  h i p e r p a r a t h y r o i d i s m .  N e u r o l o g y , 15:64, 1965. 

11.  B O G D O N O F F , M.  D . ;  W O O D S , A.  H . ;  W H I T E ,  J .  E . &  E N G E L ,  F .  L . —  H y p e r ­ p a r a t h y r o i d i s m .  A m e r . J. Med. 21:588, 1956. 

12.  B O Y D ,  J .  D . : M1LGRAM,  J .  E . &  S T E A R N S , G. — Clinical  h i p e r p a r a t h y r o i d i s m .  J. A. M. A. 93:684, 1929. 

13.  C H O L O D ,  E .  J . ;  H A U S T , M.  D . :  H U D S O N , A.  J . —  M y o p a t h y in  p r i m a r y familial  h y p e r p a r a t h y r o i d i s m .  A m e r .  J . Med. 48:700, 1970. 

14.  C O L L I P .  J .  B . —  T h e  p a r a t h y r o i d  g l a n d s .  M e d i c i n e  5 : 1 , 1926. 

15.  C O P E , O.;  N A R D I , G.  L . &  C A S T K E M A N ,  B . — Carcinoma of  p a r a t h y r o i d  g l a n d s .  Ann.  S u r g . 138:661. 1953. 

16.  D E R B Y S H I R E , R. C. &  A N G L E . R. M. —  A c u t e  h y p e r p a r a t h y r o i d i s m :  c a s e report.  Amer. Surg. 26:166, 1960. 

17.  D O D D ,  K . ;  G R A U B A R T H ,  H . &  R A P O P O R T , S. —  H y p e r c a l c e m i a ,  n e p h r o p a t h y  and  e n c e p h a l o p a t h y  f o l l o w i n g  i m m o b i l i z a t i o n .  P e d i a t r i c s 6:124, 1950. 

18.  E D W A R D S , G. A. &  D A U M , S. M. —  I n c r e a s e d  s p i n a l  f l u i d  p r o t e i n  i n  h y p e r p a r a ­ t h y r o i d i s m  a n d  o t h e r  h y p e r c a l c e m i c  s t a t e s .  A r c h .  I n t e r n . Med. 104:29, 1959.  19.  E H R L I C H , G.  Α . ;  M c D O N A L D , J. &  Z I T A N , A. —  C a r c i n o m a of  t h e  p a r a t h y r o i d 

w i t h  h y p e r p a r a t h y r o i d i s m and  m e t a s t a s e s . J.  A m e r . Med.  A s s . 176:453, 1961.  20.  E I D E K E N , J. &  N A G E L , W. —  H y p e r p a r a t h y r o i d i s m  w i t h  p s e d u o ­ e r o s i o n of  s e l l a 

turcica. ΑΜ Α  Arch.  I n t e r n . . Med. 104:430, 1959. 

21.  E I T I N G E R , L. —  H y p e r p a r a t y r e o i d i s m e  o g  P s y c h i s k e  F o r a n d r i n g e r .  N o r d .  M e d . ,  14:1581, 1942. 

22.  E T H E R I D G E , J.  E . &  G R A D O W , J.  D . —  H y p e r c a l c e m i a  w i t h o u t  E E G  a b n o r m a ­ l i t i e s .  D i s .  N e r v .  S y s t . 32. 479, 1971. 

23.  F A B R Y K A N T , M. —  N e u r o p s y c h a t r i c  m a n i f e s t a t i o n s of  s o m a t i c  d i s e a s e :  r e v i e w of  n u t r i t i o n a l ,  m e t a b o l i c and  e n d r o c r i n e  a s p e c t s .  M e t a b o l i s m 9:412, 1960. 

24. F1TZ, Τ . E. &  H A L L M A N ,  B . L. —  M e n t a l  c h a n g e s  a s s o c i a t e d  w i t h  h y p e r p a r a ­ t h y r o i d i s m :  r e p o r t of  t w o  c a s e s . Arch.  I n t e r n . Med. 89:547, 1952. 

25.  F R A M E ,  B . :  H E I N Z E , E. G.  J r . ;  B L O C K , M. A. —  M y o p a t h y  i n  p r i m a r y  h y p e r ­ p a r a t h y r o i d i s m :  o b s e r v a t i o n s in 3  p a t i e n t e s .  A n n .  I n t e r n . Med. 68:1022, 1968.  26.  G A T E W O O D ,  J .  W . ;  O R G A N , C. H. &  M E A D ,  Β . T. —  M e n t a l  c h a n g e s  a s s o c i a t e d 

w i t h  h y p e r p a r a t h y r o i d i s m . Am. J.  P s y c h i a t r y 132 (2):129, 1975. 

(9)

28.  H A N E S ,  F . M. —  H y p e r p a r a t h y r o i d i s m  d u e  t o  p a r a t h y r o i d  a d e n o m a  w i t h  d e a t h  from  p a r a t h o r m o n e  i n t o x i c a t i o n .  A m .  J . M. Sc. 197:85, 1939. 

29.  H A N N O N , R.  R . ;  S H O R R ,  E . ;  M c C L E L L A N .  W . S. &  D U  B O I S ,  Ε .  F . — Case  of  o s t e i t i s  f i b r o s a  c y s t i c a  ( o s t e o m a l a r i a ? )  w i t h  e v i d e n c e of  h y p e r a c t i v i t y of  t h e  p a r a t h y r o i d  b o d i e s :  m e t a b o l i c  s t u d y . J. Clin.  I n v e s t . 8:215, 1930. 

30.  H A R M O N , M. —  P a r a t h y r o i d  a d e n o m a  i n a  c h i l d :  r e p o r t of a  c a s e  p r e s e n t i n g  a s  c e n t r a l  n e r v o u s  s y s t e m  d i s e a s e and  c o m p l i c a t e d  b y  m a g n e s i u m  d e f i c i e n c y . ΑΜΑ J.  D i s . Child. 91:313, 1956. 

31.  H A R V E Y , A. M. &  M A C I N T O S H ,  F . C. — Calcium  a n d  s y n a p t i c  t r a n s m i s s i o n in  a  s y m p a t h e t i c  g a n g l i o n . J.  P h y s i o l . 97:408, 1940. 

32.  H E N S O N , R. A. —  T h e  n e u r o l o g i c  a s p e c t s of  h y p e r c a l c e m i a :  w i t h  s p e c i a l reference  t o  p r i m a r y  h y p e r p a r a t h y r o i d i s m .  J .  R o y . Coll.  P h y c n s  ( L o n d o n ) 1:41, 1966.  33.  H E W S O N ,  J . S. —  P a r a t h y r o i d  c r i s i s :  c a u s e of  s u d d e n  d e a t h . ΑΜΑ . Arch.  I n t e r n . 

Med. 102:199, 1958. 

34.  H I L L I A R D , J. M. —  P r i m a r y  h y p e r p a r a t h y r o i d i s m . Cand. Med.  A s s . J. 87:1107, 1962.  35.  H I R S C H B E R G , K. — Zur  K e n n t n i s e  d e r  O s t e o m a l a c i e  u n d  o s t i t i s  m a l a c i s s a n s . 

B e i t r .  P a t h o l . 6:513, 1889. 

36.  H O C K A D A Y , T.  D .  R . ;  K E Y N E S , W. M. &  M c K e n z i e ,  J . K. — Catatonic  s t u p o t  i n  e l d e r l y  w o m a n  w i t h  h y p e r p a r a t h y r o i d i s m .  B r i t i s h Med. J. 1:85, 1966. 

37.  K A R P A T Y , G. &  F R A M E ,  B . —  N e u r o p s y c h i a t r y  d i s o r d e r s in  p r i m a r y  h y p e r p a r a ­ t h y r o i d i s m . Arch.  N e u r o l .  ( C h i c a g o ) 10:387, 1964. 

38.  K E L L Y , J. S.;  K R N J E V I C , K. .&  S O M J E N , G. —  D i v a l e n t  c a t i o n s  a n d elétrica]  p r o p e r t i e s of  c o r t i c a l  c e l l s .  J .  N e u r o b i o l . 2:197, 1969. 

39.  K I N D , H. —  P s y c h i s e  s t ö r u n g e n  b e i n  h y p e r p a r a t h y r o i d i s m u s .  A r c h . ­ P s y c h i a t .  N e r v e n k . 200:1, 1959. 

40.  K N U T H ,  W .  P . &  K I S N E R ,  P . —  S y m m e t r i c a l  c e r e b r a l  c a l c i f i c a t i o n  a s s o c i a t e d  w i t h  p a r a t h y r o i d  a d e n o m a .  J . A. M. A. 162:462, 1956. 

41.  K O U P E R N I C K , C. —  L e s  p a r a t h y r o i d e s  e n  p s y c h i a t r i e . In  E n c y c l o p e d i e  m e d i c o  — c h i r u r g i c a l e  p s y c h i a t r i e 37640 E10, 4 (12­1958). 

42.  K U G E L B E R G , E. —  N e u r o l o g i c  m e c h a n i s m s for  c e r t a i n  p h e n o m e n a  i n  t e t a n y .  Arch.  N e u r o l &  P s y c h i a t .  ( C h i c a g o ) 56­507, 1946. 

43.  L E E , C. M.  J r . ;  M c E L H I N N E Y ,  W . T. &  G A L L ,  E . A. —  U n u s u a l  m a n i f e s t a t i o n  of  p a r a t h y r o i d  a d e n o m a , AMA Arch.  S u r g . 71:475, 1955. 

44.  L E H R E R , G, M. &  L E V I T T , M.  F . —  N e u r o p s y c h i a t r i c  p r e s e n t a t i o n of  h y p e r ­ c a l c e m i a .  J o u r n a l of  t h e  M o u n t Sinai  H o s p i t a l 27:10, 1960. 

45.  L E M A N N ,  J .  J r . .&  D O N A T E L L I , A. — Calcium  i n t o x i c a t i o n  d u e to  p r i m a r y  h y p e r ­ p a r a t h y r o i d i s m :  m e d i c a l  a n d  s u r g i c a l  e m e r g e n c y .  A n n .  I n t e r n . Med. 60:447, 1964.  46.  L O W E N B U R G ,  H . &  G I N S B U R G , Τ . M. —  A c u t e  h y p e r c a l c e m i a :  r e p o r t of a case. 

J . A. M. A. 99:1166, 1932. 

47.  M A N D L ,  F . —  K l i n i s c h e s  u n d  E x p e r i m e n t a l l e s  z u r  F r a g e  d e r  l o k a l i s i e r t e  u n d  g e n e r a l i s i e r t e b  o s t i t i s fibrosa.  A r c h .  k l i n . chir. 143:1, 1926. 

48.  M I C H E R ,  W . C.  J r . ;  T H I B A U D E A U , Y. &  F R A M E ,  B . —  P r i m a r y  h y p e r p a r a ­ t h y r o i d i m s :  d i a g n o s t i c  c h a l l e n g e . Arch.  I n t e r n . Med. 107:361, 1961. 

49.  M O R S E ,  Ε . K. —  P e p t i c  u l c e r ,  m a n i f e s t a t i o n s of  h y p e r p a r a t h y r o i d i s m .  J . Maine  Med.  A s s . 51:1, 1960. 

50.  M O U R E ,  J . Μ . B. —  T h e  e l e t r o e n c e p h a l o g r a m  i n  h y p e r c a l c e m i a .  A r c h .  N e u r o l .  ( C h i c a g o ) 17:34, 1957. 

51.  M U R P H Y , Τ .  T . ;  R E M I N E ,  W .  H . &  B U R B A N K , Μ . K. —  H y p e r p a r a t h y r o i d i s m :  r e p o r t e d of a  c a s e  i n  w i c h  p a r a t h y r o i d  a d e n o m a  p r e s e n t e d  p r i m a r i l y  w i t h  p r o f o u n d  m u s c u l a r  w e a k n e s s .  P r o c .  M a y o Clin. 35:629, 1960. 

52.  N I E L S E N , H. —  F a m i l i a l  o c u r r e n c e of  g a s t r o ­ i n t e s t i n a l  s y m p t o m s  a n d  m e n t a l  d i s t u r b a n c e s  i n  h y p e r p a r a t h y r o i d i s m . Acta. Med.  S c a n d . 151:359, 1955. 

53.  N O R R I S ,  Ε . H. —  P a r a t h y r o i d  a d e n o m a :  s t u d y of 322  c a s e s .  I n t e r n .  A b s t r .  S u r g ,  84:1, 1947. 

(10)

55.  P A T T E N ,  Β .  Μ . ;  B I L E Z I K I A N ,  J .  P . ;  M A L L E T E ,  L .  E . ;  P R I N C E ,  Α . ;  E N G E L ,  W .  K . &  A U R B A C H , G.  D . —  N e u r o m u s c u l a r  d i s e a s e  i n  p r i m a r y  h i p e r p a r a t h y ­ r o i d i s m .  A n n .  I n t e r n .  M e d . 80:182. 1974. 

56.  P R I N E A S ,  J .  W . ;  M A S O N , A. S. &  H E N S O N , R. A. —  M y o p a t h y  i n  m e t a b o l i c  b o n e  d i s e a s e .  B r i t i s h  M e d .  J . 1:1034, 1965. 

57.  P Y R A H ,  L .  N . ;  H O D G K 1 N S O N , A. &  A N D E R S O N , C. K. ­  P r i m a r y  h y p e r p a r a t h y ­ r o i d i s m : critical  r e v i e w .  B r i t i s h  J .  S u r g . 53:246, 1966. 

58.  R E I N F R A N K , R.  F . —  P r i m a r y  h y p e r p a r a t h y r o i d i s m  w i t h  d e p r e s s i o n . Arch.  I n t e r n .  M e d . 108:606, 1961. 

59.  R I C H E T ,  C ;  S O U R D E L , M. &  P E R G O L A , A. ­—  S y n d r o m e s  p a r a t h y r o i d o m u s c u l a ¬  r i e s  m i o p a t h i e s  s l e r e u s e s  l i e s a  d e s  t r o u b l e s  p a r a t h y r o i d e n s .  J . Med.  F r a n c .  26:377, 1932. 

60.  S C H L E S I N G E R ,  Β .  E . ;  B U T L E R ,  N . R. .&  B L A C K , J. A. —  S e v e r e  t y p e of  i n f a n t i l e  h y p e r c a l c e m i a .  B r i t i s h  M e d .  J . 1:127, 1956. 

61.  S C H N E I D E R , R.  W . &  R O B N E T T , A.  H . —  D i a g n o s i s of  o b s c u r e  h y p e r p a r a t h y ­ r o i d i s m .  C l e v e l a n d Clin. Quart. 18:66, 1951. 

62.  S C H R U M P F , A. &  H A R B I T Z ,  H .  F . — Case of  h y p e r p a r a t h y r o i d i s m  w i t h  n e p h r o ­ c a l c i n o s i s  a n d  a z o t e m i a :  o p e r a t i v e  t r e a t m e n t  w i t h  r e m o v a l of 2  p a r a t h y r o i d  t u m o r s .  Acta. Chir.  S c a n d 80:199, 1937. 

63.  S I M P S O N ,  J . A. —  A p h o n i a  a n d  d e a f n e s s  i n  h y p e r p a r a t h y r o i d i s m .  B r i t i s h  M e d .  J .  1:494, 1954. 

64.  S N A P E R , I. —  G e z w e l  v a n  e e n  b i j s c h i l c k l i e s  e n  s k e l e t a f w i j k i n g e n .  N e d . T. Ge¬  n e e s k . 73:4758, 1929. 

65.  S O L A N D T ,  D . Y. —  M e a s u r e m e n t of  a c c o m m o d a t i o n in nerve.  P r o c .  R o y a l Soc.  ( L o n d o n ) 119:355, 1936. 

66.  S T R E E T O ,  J . M. —  A c u t e  h y p e r c a l c e m i a  s i m u l a t i n g  b a s i l a r ­ a r t e r y insufficiency.  N .  E n g l .  J .  M e d . 280:427, 1969. 

67.  S W A S H , M. &  R O W A N ,  J . —  E l e t r o e n c e p h a l o g r a p h i c  c r i t e r i a of  h y p o c a l c e m i a  a n d  h y p e r c a l c e m i a . Arch.  N e u r o l .  ( C h i c a g o ) 26:218, 1972. 

68.  T H O M A S ,  W . C.  J r . —  H y p e r c a l c e m i c  c r i s i s  d u e  t o  h y p e r p a r a t h y r o i d i s m .  A m e r .  J . Med. 24:229, 1958. 

69.  V I C A L E , C. T. —  D i a g n o s t i c  f e a t u r e s of  m u s c u l a r  s y n d r o m e  r e s u l t i n g  f r o m  h y p e r ­ p a r a t h y r o i d i s m ,  o s t e o m a l a c i a  o w i n g  t o renal  t u b u l a r  a c i d o s i s  a n d  p e r h a p s  t o  r e l a t e d  d i s o r d e r s of  c a l c i u m  m e t a b o l i s m .  T r a n s .  A m e r .  N e u r o l .  A s s . 74:143, 1949.  70.  W A I F E , S. O. —  P a r a t h y r o t o x i c o s i s :  s y n d r o m e of  a c u t e  h y p e r p a r a t h y r o i d i s m . 

Amer.  J . Med. Sci. 218:624, 1949. 

71.  Y A R Y U R A ,  J .  Α . ;  W H I T E ,  L . ;  D I A M O N D ,  B . &  M E S L I S , S. —  T h e effect of  c a l c i u m  o n  b e h a v i o r  a n d  d r u g ­ i n d u c e d  e x t r a p y r a m i d a l i s m . Cur.  T h e r .  R e s e a r c h .  11:677, 1969. 

Dr. Geraldo Nunes Vieira Rizzo — Rua Comendador Caminha 286 •— apto. 502 — 90000 Porto AlegreΛ RS — Brasil.

Referências

Documentos relacionados

1.3.1 Definição: Frequentadores ou congregados são as pessoas que ainda não fazem parte do rol de membros da igreja, ainda não batizados ou recebidos pela assembleia da igreja.. a)

Preocupados com esse fato, Sisto, Noronha e Santos (2005) desenvolveram um novo método de pontuação para os desenhos do Bender em crianças, denominado sistema de

A aplicação de parafina em raízes de mandioca tem sido eficiente para prolongar o seu período de conservação.. Este efeito é atribuído à diminuição da permeabilidade ao

17 CORTE IDH. Caso Castañeda Gutman vs.. restrição ao lançamento de uma candidatura a cargo político pode demandar o enfrentamento de temas de ordem histórica, social e política

Institui o Projeto RETOMAPARÁ, dispondo sobre a retomada econômica e social segura, no âmbito do Estado do Pará, por meio da aplicação de medidas de distanciamento controlado

A partir das proposições do referente trabalho, observamos que o processo de ensino-aprendizagem da leitura e da escrita, no espaço da Oficina de Produção Textual no EMI

Foram realizados estudos sobre a extensão e natureza desse problema através do recolhimento desses materiais em campanhas denominadas Dive Clean, no Parque Estadual Marinho da

Parágrafo quarto - As empresas abrangidas pela presente Convenção Coletiva de Trabalho no tocante a jornada Laboral dos empregados inclusive os que trabalham em