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[Reforma Política 4]: Sistema proporcional, menor desperdício e representação de minorias

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Academic year: 2017

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Luís Felipe G. da Graça

REFORMA POLÍT ICA, 28/04/2015

[Reforma Política 4] Sistema proporcional, menor

desperdício e representação de minorias

Até o momento falamos apenas dos sistemas majoritários, mais especificamente das suas formas chamadas entre nós de voto distrital e distritão . Indicamos como esses

sistemas, apesar de serem simples para o eleitor, podem g erar g randes diferenças entre a proporção dos votos recebidos por um partido e a quantidade de cadeiras no Parlamento que passa a ocupar após a eleição. O sistema que apresentamos ag ora, o proporcional, surg e para combater exatamente esse problema.

Leia também:

O que é a reforma política? Entenoa os principais mooelos em oiscussão Reforma Política [2]: Sistemas Majoritários e o Voto Distrital

Reforma Política [3]: O Distritão e as armaoilhas oa simplicioaoe

No século XIX, com a expansão da quantidade de pessoas aptas a votar, a demanda por representação de minorias se ampliou. Nesse cenário, as formas de sistema proporcional surg iram de propostas de diferentes matemáticos como Thomas Hare e Victor D’Hondt, por exemplo. O objetivo do sistema é diminuir a quantidade de votos não computados para o resultado final. Diferentemente do sistema majoritário, no sistema proporcional é preciso que exista mais de uma cadeira em disputa por território. Quanto mais cadeiras em disputa

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por território existirem, mais proporcional pode ser um sistema.

No Brasil, os modelos de sistema proporcional que estão em discussão fazem parte do chamado voto em lista. A principal unidade desses sistemas são os partidos. Primeiro, é preciso saber quantas cadeiras esse terá, para depois saber quem vai ocupá-las. Assim, o resultado da eleição depende do cálculo de uma cota, chamada aqui de quociente eleitoral, que os partidos precisam alcançar para obter uma ou mais cadeiras*. O resultado final não é direto e depende da fórmula de distribuição de sobras, possibilidade de colig ação e existência de cláusulas de barreira. Nenhum desses pontos alcançou tanta relevância no debate público quanto o voto em lista: responder quem ocupará a cadeira que o partido g anha. A resposta dessa perg unta separa as proposta de lista fechada, lista aberta e lista flexível.

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Lista Fechada

Os modelos de lista se disting uem pela existência de uma lista preordenada para a

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disso, facilitaria ao eleitor achar culpado por políticas das quais ele discorda ao identificar a org anização coletiva como responsável. Reg ras sobre a formação da lista também podem beneficiar a inclusão de representantes de minorias.

Os críticos do modelo ressaltam que ele suprime a capacidade de escolha do eleitor sobre os indivíduos que ocupam as cadeiras, transferindo a escolha para cúpulas partidárias. O representante se tornaria mais responsivo ao g rupo de políticos que o colocou no topo da lista do que ao público.

Lista Aberta

O modelo de lista aberta, adotado hoje em dia no Brasil, passa ao eleitor a tarefa de ordenar a lista. Este vota diretamente na pessoa do candidato, os votos são computados utilizando o partido como unidade e o número de cadeiras que este recebe é distribuído pelos mais votados dentre os candidatos do partido. O ponto forte desse sistema é ampliar a influência do eleitor sobre o resultado. A crítica é que esse sistema g era a possibilidade de candidatos com poucos votos se eleg erem, caso façam parte de partidos em que um ou mais candidatos receberam g rande quantidade de votos acima do quociente eleitoral. No Brasil, a possibilidade de colig ação proporcional possibilita inclusive que candidatos de outro partido sejam beneficiados, já que a colig ação passa a ser a unidade de distribuição de votos. Outros pontos criticados são a personalização das campanhas e o incentivo a menor coesão partidária.

Lista Flexível

Os sistemas proporcionais de voto em lista ainda possuem um modelo que junta

características de ambos, a chamada lista flexível. Neste, o partido preordena uma lista de nomes, mas existe a possibilidade do eleitor votar em um dos nomes da lista. Caso os votos deste ultrapassem uma quantidade pré-estabelecida, ele passa ao topo da lista. Nos

poucos países que adotam esse sistema, no entanto, a utilização do voto na pessoa é pouco disseminada.

Os sistemas proporcionais são historicamente uma tentativa de suplantar problemas dos sistemas majoritários, mas acabaram por produzir complicações próprias. Por um lado são capazes de representar melhor a relação entre votos nos partidos e cadeiras que este ocupa, por outro levantam problemas próprios como os dilemas sobre quem ocupa essas cadeiras. A lig ação entre o voto do eleitor e resultado final da eleição deixa de ser tão direta e simples, o que pode dificultar ao eleitor identificar culpados por decisões que não aprova.

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Luís Felipe G. da Graça

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