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Expressão de Pentraxina 3 no líquido amniótico e imunolocalização nas membranas corioamníóticas de gestações de termo e complicadas por parto pré-termo

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Academic year: 2017

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Expressão de Pentraxina 3 no líquido amniótico e imunolocalização das membranas corioamnióticas de gestações de termo e complicadas por parto pré-termo / Laura Fernandes Martin. - Botucatu, 2013

Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina de Botucatu

Orientador: Márcia Guimarães da Silva

Coorientador: Rodrigo Paupério Soares de Camargo Capes: 21104000

1. Líquido Amniótico - Exame. 2. Gravidez - Complicaçôes. 3. Trabalho de parto - Complicações e sequelas. 4. Prematuros.

(4)

ŕ

Deus marcou o tempo certo para cada coisa.

Ŗ

(5)
(6)

Ao meu avô Vitório, exemplo de bondade e serenidade

(7)
(8)

pelos ensinamentos, incentivos e pela confiança durante todos esses anos.

Ao meu co-orientador Prof. Dr. Rodrigo Paupério Soares de Camargo

pelo apoio ao meu trabalho e pela oportunidade de

parceria com a Faculdade de Medicina de Jundiaí.

(9)
(10)

Agradeço aos meus pais Mara e Rodney por todo apoio, incentivo e amor incondicional. Essa é só mais uma das muitas conquistas que serão dedicadas a vocês.

Ao Mario, meu amigo de todos os momentos, companheiro de todas as jornadas, e amor pra vida toda. Obrigada por estar sempre ao meu lado.

À toda minha família, especialmente aos meus avôs, por todas as preces e orações pra me abençoar.

À minha irmã e meu cunhado por tudo que vocês representam na minha vida.

Com um carinho muito especial agradeço aos meus colegas do Laboratório de Imunopatologia da Relação Materno-fetal: Jossimara, Camila, Larissa, Bruna, Mariana, Eliane, Heloise e Carol.

Aos meus queridos amigos: Amanda, Carol, Gabriel, Juliana e Natália, não tenho palavras pra agradecer a amizade que nasceu desses anos de convivência.

À Doutora Andréa Tristão por todo ensinamento e pela oportunidade que me foi dada de acompanhar de perto a prática de ginecologia em seus ambulatórios.

À tia Jô por todo o carinho e apoio ao meu trabalho.

Agradeço aos docentes, residentes e funcionários do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Botucatu.

Agradeço também aos médicos, residentes e funcionários do Departamento de Tocoginecologia do Hospital Universitário da Faculdade de Medicina de Jundiaí.

Tenho o imenso prazer de agradecer a todas as gestantes que fizeram parte desse trabalho.

(11)

SUMÁRIO

Capítulo I

Revisão da literatura……….……….. 3

Referências bibliográficas……….…….…. 22

Capítulo II Article: PTX3 expression in amniotic fluid and immunolocalization in amniochorion membranes of women in term pregnancy and in spontaneous preterm delivery Abstract……….….. 34

Introduction……….………. 35

Methods………..……….. 36

Biological sample collection……….…… 36

Enzyme Immunoassay (ELISA)………...………. 37

Immunohistochemistry ………... 37

Statistical analysis……….. 38

Results………..……….……. 39

Sociodemographic and obstetrics characteritics………..….… 39

PTX3 concentration in amniotic fluid……….... 39

Immunohistochemistry detection on PTX3 in amniochorion membranes……….……….... 39

Discussion……….………... 40

(12)
(13)

Introdução

A gestação é uma fase caracterizada por alterações fisiológicas, hormonais e imunológicas

do organismo materno. Do ponto de vista imunológico, a gestação somente é possível porque

uma complexa rede imunorregulatória é disparada com objetivo único de desenvolver um estado

de tolerância materno-fetal e permitir a implantação e manutenção do concepto até que haja

condições de sobrevivência fora da cavidade uterina. Entre os fatores envolvidos nessa complexa

rede imunomodulatória para a tolerância e regulação do desenvolvimento fetal e formação da

placenta, destacam-se: a influência hormonal sobre o sistema imune materno, o reconhecimento

das moléculas do Complexo Principal de Histocompatibilidade (CPH) paterno, as citocinas

liberadas no meio, o controle da citoxicidade direta das células Natural Killer uterinas e atividade

das células T regulatórias1-5

.

Além das alterações imunológicas, a gestação é caracterizada por alterações fisiológicas e

hormonais. Dentre as alterações fisiológicas, há um amplo espectro que varia desde alterações

ectoscópicas até alterações dos sistemas cardiovascular, respiratório, gastrointestinal, urinário e

da pélve. Dentre as funções hormonais destacam-se a nutrição, desenvolvimento e crescimento

fetal, além dos efeitos de relaxamento da musculatura uterina e elasticidade da parede uterina,

bem como do canal cervical para facilitação do nascimento6,7

.

Os mecanismos que controlam a duração da gestação na espécie humana e o início do

trabalho de parto têm sido objeto de diversos estudos. No final da gestação, fatores favoráveis ao

parto são secretados para mediar o remodelamento do colo uterino e o útero é estimulado a

iniciar as contrações coordenadas8

. Dá-se início a sincronização da atividade miometrial que se

manifesta como contrações uterinas, a mudança na estrutura da cérvice e a rotura das

membranas fetais. Esses processos distintos e interdependentes envolvem eventos anatômicos,

fisiológicos, bioquímicos, imunológicos, endócrinos e neurais9 e culminam no remodelamento

cervical, na contratilidade uterina e no enfraquecimento das membranas, que juntos permitem a

expulsão do feto após a 37ª semana de gestação10,11

(14)

Aspectos Imunológico da Gestação

A função do sistema imune é a defesa do organismo contra micro-organismos infecciosos

e substâncias não próprias do hospedeiro. Essa defesa é mediada por reações iniciais da

imunidade inata e respostas tardias da imunidade adquirida. A imunidade inata ou natural é a

linha de defesa primária já constituída antes do estabelecimento da infecção, respondendo rápida

e essencialmente da mesma maneira à sucessivas infecções. É composta por barreiras físicas e

químicas, tais como epitélio, produtos antibacterianos, células fagocitárias, células Natural Killer,

proteínas do sangue e citocinas12. Determinados componentes da imunidade natural reconhecem

estruturas que são características de patógenos microbianos e não estão presentes nas células

dos mamíferos. A imunidade adquirida ou adaptativa é a resposta específica à exposição a longo

prazo a um agente infeccioso, mediada por linfócitos T e B e suas principais características

incluem a especificidade de distinguir as diferente moléculas e a habilidade de responder com

maior intensidade às exposições subsequentes ao mesmo micro-organismo. As respostas da

imunidade inata e adaptativa formam etapas contínuas e inter-relacionadas12.

O início da reação de defesa do organismo começa pelo reconhecimento do

micro-organismo pelo sistema imunológico como potencialmente prejudicial. Os micro-micro-organismos não

são reconhecidos na sua complexidade como um todo, mas sim, em vários conjuntos de regiões

moleculares altamente conservadas que são encontradas em diversos grupos de

micro-organismos. Esses padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs) são os desencadeadores

da resposta imunológica. Estruturas moleculares semelhantes ou mesmo idênticas aos PAMPs

estão presentes em células do próprio hospedeiro, porém, em condições normais, estas

moléculas estão presentes apenas no interior do citoplasma celular, longe do alcance do

mecanismo de reconhecimento. As células do hospedeiro que sofrem apoptose ou necrose têm

seus PAMPs expostos em sua superfície ou até mesmo liberados para o espaço extracelular,

(15)

As moléculas constituintes do sistema imune que estão envolvidas no processo de

reconhecimento dos PAMPs de origem microbiana ou de estruturas próprias modificadas são

representadas pela linha germinativa de receptores codificados, conhecidos como moléculas ou

receptores de reconhecimento de padrões (PRRs)15. No corpo humano, os PRRs estão presentes

associados a células ou como moléculas de reconhecimento solúveis. Os PRRs associados às

células estão localizados na maioria dos tecidos e são representados pelos receptores de

sinalização Toll-like, lectinas tipo C, receptores scavengers e Nod-like receptors12. As moléculas de

fase fluida (PRRs solúveis) representam ancestrais evolutivos de anticorpos específicos de

antígenos16,17,18

. Este grupo heterogêneo de moléculas consiste em três subgrupos: as colectinas,

as ficolinas, e as pentraxinas, estando todos os três envolvidos na ativação do sistema

complemento e na opsonização de patógenos19,20.

Durante a gestação há uma regulação fisiológica da resposta imune materna para

prevenir a rejeição do aloenxerto fetal 21

. O reconhecimento do feto como aloenxerto por

Mendawar22

, devido à contribuição de aloantígenos paternos, desencadeou a elaboração da

teoria de que o sistema reprodutor feminino tem um privilégio imunológico durante a gestação,

ou seja, há um estado imunológico de tolerância por um período de tempo programado23

. O

desenvolvimento de tolerância imunológica do binômio materno-fetal ocorre desde o início da

gestação quando há interação dos antígenos paternos, que fazem parte do enxerto fetal, com as

células maternas. Essa interação desencadeia alterações importantes que serão responsáveis pela

adaptação do organismo materno à gestação. Não há dúvida de que a tolerância materna ao

enxerto feto-placentário é resultado da integração de numerosos mecanismos de diferentes

origens e modo de ação, que atuam em sinergismo, permitindo o sucesso da gestação24.

A teoria de que a gestação era apenas um estado anti-inflamatório, apoiada por dados de

pacientes que apresentaram um fenótipo Th1 em casos de aborto contra um fenótipo Th2 em

gestações normais25 foi substituída pelo paradigma Th1/Th2, o qual teoriza que o sucesso da

(16)

pró-inflamatórias, que se modifica ao longo da gestação normal26,27. O perfil Th1 é caracterizado pela

produção principalmente de citocinas com atividade pró-inflamatória, como as interleucinas (IL)

IL-1, IL-2, IL-6, IL-12, IL-15, IL-18, inte fe o γ IFN-γ e fato de e ose tu o al α TNF-α ,

enquanto o perfil Th2 está principalmente envolvido na produção de citocinas com atividade

anti-inflamatória como IL-4, IL-5, IL-10, IL-13 e o fator estimulante de colônias de granulócitos e

macrófagos (GM-CSF)28

.

O primeiro trimestre da gestação é mediado por resposta imune de perfil Th1, visto que

uma intensa resposta pró-inflamatória é necessária durante essa fase para permitir o reparo

adequado do epitélio uterino diante dos danos consequentes da implantação do feto e a remoção

de debris celulares27,28

. No segundo trimestre o predomínio passa a ser de resposta imune de

perfil Th2, pois esse é um período de rápido crescimento e desenvolvimento fetal e o aumento de

citocinas com atividade anti-inflamatória é de extrema importância para a manutenção da

gestação29

. No terceiro trimestre o predomínio volta a ser de perfil Th1, visto que os processos

fisiológicos do parto são mediados por citocinas com atividades pró-inflamatória e a resposta de

perfil Th1 é necessária para permitir a remoção adequada de fragmentos placentários além de

preparar o útero para defrontar possíveis patógenos no período pós-parto10

.

O paradigma Th1/Th2 foi recentemente reconstituído, passando a incluir uma terceira

população de células T auxiliares que produzem IL-17, as quais são designadas como células Th17.

O perfil Th17 tem papel específico na defesa do hospedeiro contra bactérias e fungos30

, nas

doenças autoimunes e rejeição de transplantes 31,32 e a presença de um desequilíbrio entre

Th17/Treg estaria associado com abortos recorrentes e pré-eclâmpsia33,34. Treg são um subtipo de

células T CD4+ capazes de suprimir a atividade de linfócitos auto-reativos35 de bloquear a secreção

de imunoglobulinas pelas células B, de estimular a atividade citotóxica de células NK e de agir na

maturação de células dendríticas. Desta maneira, a ação Treg resulta na indução de tolerância

(17)

Para manutenção da gestação é importante o controle da expressão de moléculas do CPH

de classes I e II durante a implantação do trofoblasto. Essas moléculas de classe I e II participam

da indução da resposta imune devido à apresentação de peptídeos antigênicos para as células T

citotóxicas, enquanto as moléculas de classe II expõe os peptídeos às células T auxiliares12.

Outro componente importante do privilégio imunológico é a progesterona (P4), um

imunomodulador essencial para a sobrevivência do aloenxerto fetal. A progesterona bloqueia a

proliferação linfocítica, modula a produção de anticorpos, diminui o burst oxidativo dos

monócitos, reduz a produção de citocinas pró-inflamatórias por macrófagos em resposta a

produtos bacterianos e favorece a produção de IL-1023,38-40

.

Mecanismos envolvidos no parto à termo

O processo de parto é definido como o conjunto de eventos anatômicos, fisiológicos,

bioquímicos, endócrinos, imunológicos e clínicos que ocorrem na gestante e/ou no feto, podendo

ocorrer a termo ou prematuramente41. As três etapas fisiológicas interdependentes envolvidas

nesse processo são: 1) início de contrações uterinas que aumentam de frequência e de amplitude

com o decorrer do parto; 2) o encurtamento do corpo uterino devido as contrações, e

apagamento e dilatação progressivos da cérvice e do colo uterino, e por fim, 3) o

enfraquecimento e a rotura das membranas coriamnióticas na região que se sobrepõe à cérvice,

expulsando feto e placenta para o exterior6,10

.

Durante o trabalho de parto e o esvaecimento cervical ocorre influxo de leucócitos,

principalmente neutrófilos e macrófagos, para a cérvice, miométrio e membranas

corioamnióticas. Na cérvice, ocorrem mudanças imunológicas, como a diminuição dos níveis de

P4, desencadeando a produção de IL- β, IL-6, IL-8 e TNF-α po leu ó itos, élulas epiteliais e

células do estroma42,43,44

. As citocinas inflamatórias podem levar ao esvaecimento cervical de

(18)

metaloproteinases (MMPs). Além disso, a IL- β alé de egula a di i uição da e p essão de

inibidores dessas MMps45

atua em diversos tipos celulares, aumentando a produção de

ciclooxigenase-2 (COX-2) e prostaglandina E2 (PGE2), mediador eficaz para a indução da dilatação

cervical. O aumento de óxido nítrico em gestações a termo está relacionado à vasodilatação,

facilitando o tráfico de leucócitos46

. A IL-8 é a citocina responsável pela migração de neutrófilos

periféricos em direção à cérvice e concentrações elevadas de fator estimulador de colônias de

granulócitos (G-CSF) também podem estimular a proliferação de neutrófilos47.

O padrão das alterações induzidas por citocinas pró-inflamatórias também parece ocorrer

no miométrio e nas membranas corioamnióticas. O aumento das concentrações de IL-1β e TNF-α

estimula a liberação de ácido araquidônico48

e a ativação do metabolismo de fosfolipídios, com

consequente aumento da produção de prostaglandinas pelo miométrio49. Durante o trabalho de

parto tanto a PGE2 quanto a ocitocina elevam a concentração de cálcio intracelular nas células do

miométrio, que é necessária para efetividade das contrações uterinas50

.

Estrutura e Função dos Anexos Embrionários

A placenta, o cordão umbilical e as membranas corioamnióticas constituem os anexos

embrionários6

. Os anexos embrionários atuam conjuntamente, permitindo a ocorrência de trocas

gasosas entre mãe e feto, além de atuarem como mecanismos protetores físicos e imunológicos.

A Placenta

A decídua, caracterizada pelo endométrio gravídico, é constituída por três regiões: a

decídua basal, parte que forma o componente materno da placenta; a decídua capsular, a parte

superficial que cobre o concepto; e a decídua parietal, representada por toda a parte restante da

decídua51

(19)

A placenta, órgão quimérico constituído por uma porção materna derivada do

endométrio e uma porção fetal originária do saco coriônico52

, tem seu desenvolvimento iniciado

com a proliferação do trofoblasto e a formação do saco coriônico e das vilosidades coriônicas. As

vilosidades coriônicas recobrem todo saco coriônico e, com o crescimento desse saco as

vilosidades são comprimidas e se degeneram, formando uma área relativamente avascular,

chamada córion liso. Com o desaparecimento das vilosidades do córion liso, um rápido aumento

das vilosidades da decídua basal no saco coriônico dá origem ao córion viloso. São essas

vilosidades coriônicas que prendem o saco coriônico a decídua basal51.

A placenta funciona como fonte da qual o feto em desenvolvimento deriva seu sustento

nutricional e obtém o seu metabolismo e requisitos imunológicos53,54

.

O cordão umbilical

O cordão umbilical, normalmente inserido na região central da superfície fetal da

placenta, é formado por duas artérias e uma veia envolvidas por tecido conjuntivo múcoide,

(geléia de Wharton) sendo totalmente revestido pelo âmnio funicular51,55 .

Em condições normais o cordão umbilical mede cerca de 50 cm a termo e apresenta

aparência espiralada. Cordões extremamente curtos ou longos estão associados a complicações

neonatais53. Fetos com ausência ou diminuição expressiva do tamanho do cordão umbilical

podem ter defeitos graves e fatais da parede abdominal ou mesmo alterações no

desenvolvimento cognitivo, além de serem submetidos a um maior risco de avulsão do cordão

durante o trabalho de parto, aumentando a chance de sangramento com asfixia perinatal. Fetos

com cordões longos tem maior risco de sofrerem asfixia perinatal por estrangulamento. Cordões

muito finos podem também causar restrição de crescimento intra-uterino56

(20)

As Membranas Corioamnióticas

As membranas corioamnióticas, formadas pelo âmnio, cório e decídua, são uma estrutura

multiestratificada de grande importância para o desenvolvimento gestacional. Elas apresentam

papel fundamental na manutenção do volume do líquido amniótico e acomodação do feto ao

longo da gestação e também desempenham papel protetor contra infecções ascendentes do trato

genital inferior51,57

. O âmnio é a camada mais interna que reveste todo o saco coriônico e tem

contato direto com o líquido amniótico. É histologicamente composto por uma monocamada de

células epiteliais cubóides. O cório liso é formado a partir do blastocisto implantado no pólo da

cavidade endometrial. A fusão entre essas duas camadas, que ocorre por volta da 16ª semana de

gestação, devido ao crescimento mais acelerado do saco amniótico do que do coriônico, origina

as membranas corioamnióticas58.

As membranas corioamnióticas são constituídas por diversos tipos celulares e pela matriz

extracelular (MEC)59

. A MEC é composta por proteínas fibrosas, colágeno e um gel polissacarídeo

que garantem a estrutura arquitetônica e a força tênsil das membranas. A maior resistência à

tração, característica principal das membranas corioamnióticas, é proporcionada pelos colágenos

intersticiais do tipo I e III, em conjunto com pequenas quantidades de colágeno tipo V, VI e VII. O

colágeno tipo IV presente na membrana basal (conectora do âmnio com o cório) fornece a base

para a estruturação de outras proteínas não derivadas de colágeno60. Os tipos V e VII são

colágenos fibrilares presentes em menores quantidades na MEC e proporcionam função adicional

ao colágeno tipo IV ao longo da membrana basal. Outros componentes não colagenosos da MEC

incluem: laminina, elastina, proteoglicanas, microfibrilas, fibronectina, decorina, plasminogênio e

integrinas60,61,62. A diminuição na força tênsil das membranas corioamnióticas com a proximidade

do parto combinada ao aumento da pressão exercida pelo peso do feto e do líquido amniótico,

desencadeia a rotura fisiológica dessas membranas, um evento não completamente elucidado,

(21)

Durante a gestação as membranas corioamnióticas são submetidas ao processo de

remodelação colagenolítica programado, para acomodar o aumento do volume de líquido

amniótico e da pressão uterina com o avanço gestacional62,63-65

. Os componentes moleculares da

MEC das membranas corioamnióticas são altamente resistentes à ação das proteases

extracelulares e o controle colagenolítico é mediado pelas MMPs66

. As MMPs são enzimas

endógenas zinco dependentes67

capazes de degradar o colágeno presente na MEC. O controle da

ação das MMPs é feito pelos inibidores teciduais de metaloproteinases (TIMPs)68 e o equilíbrio

entre eles e as MMPs, com a formação de complexos na razão de 1:1 inibe a atividade proteolítica

das MMPs na degradação do tecido69

. Outro fenômeno bioquímico responsável pelo rompimento

das membranas fetais é a morte celular programada ou apoptose. As células epiteliais do âmnio

submetem-se a um processo de morte celular programada associado à degradação da MEC.

Alguns mediadores como prostaglandinas, citocinas e hormônios regulam, entre outros efeitos, a

expressão e atividade de enzimas que degradam a MEC das membranas70

. Esses achados sugerem

que a rotura das membranas corioamnióticas é provavelmente o resultado de alterações

bioquímicas e forças físicas, atuando conjuntamente57

.

O Líquido Amniótico

O líquido amniótico desempenha papel fundamental para o desenvolvimento da

gestação, sendo algumas de suas funções: difundir impactos, permitir a mobilidade fetal, prevenir

a adesão do âmnio ao feto e possibilitar o desenvolvimento normal dos pulmões fetais71,72

. O

principal constituinte do liquido amniótico é a água (cerca de 98%), sendo que no início da

gestação essa água é originada a partir do plasma materno, o qual passa para dentro da cavidade

amniótica através das membranas fetais por ação das pressões hidrostática e osmótica72

. Com o

desenvolvimento dos sistemas respiratório e urinário do feto, a produção do líquido passa a ser

(22)

outros constituintes do líquido amniótico são componentes orgânicos (proteínas) e inorgânicos

(carboidratos, gorduras, hormônios e enzimas) não dissolvidos51

.

Muitos dos componentes da resposta imune inata foram identificados no líquido

amniótico e suas propriedades antimicrobianas, como prevenção e limitação de infecções, têm

sido relatadas na literatura72,74

. Dentre essas substâncias destacam-se: as citocinas, defensinas de

neutrófilos (HNP), defensinas humanas (HBD) e pentraxinas. Além desses mediadores, outras

moléculas também foram descritas, tais como lactoferrinas, lisozimas, proteínas surfactantes A

(SP-A) e calprotectina. A combinação de expressão apropriada e a atividade natural dessas

moléculas podem ser cruciais para o sucesso da gestação e para o nascimento a termo74,75

.

Em algumas situações adversas o líquido amniótico pode conter substâncias

potencialmente prejudiciais para o feto. A presença de mecônio no líquido ocorre em mais de 7%

dos nascimentos, frequentemente no terceiro trimestre gestacional. O mecônio inalado pode

causar a síndrome de aspiração de mecônio, na qual o desconforto respiratório resultante ocorre

possivelmente por obstrução mecânica das vias respiratórias, no entanto, o dano maior é de que

se desenvolva, após algumas horas de vida, pneumonite química secundária e infecção76

.

Parto pré-termo e invasão microbiana da cavidade amniótica

O trabalho de parto pré-termo (TPP) é uma importante intercorrência obstétrica que

acomete de 5 a 10% das gestações57,77

. É a maior causa de morbidade e mortalidade neonatal, e

apesar dos novos tratamentos e estratégias de prevenção, sua incidência tem diminuído muito

pouco nos últimos anos78. Mais de 40% dos nascimentos prematuros estão associados com

infecção intra-amniótica79-82, entretanto essa porcentagem é provavelmente subestimada, visto

que o diagnóstico de infecção pelo método de cultura nem sempre é realizado.

A rotura prematura das membranas (RPM) tem etiologia multifatorial57,83

acometendo de

(23)

denominada rotura prematura de membranas pré-termo (RPM-PT). A RPM-PT tem uma relação

estreita com a prematuridade, pois se estima que é a causa de mais de 30% dos nascimentos

prematuros57,84,86-88

. Vários micro-organismos têm sido associados à patogênese do parto

pré-termo, especialmente através da ascensão do trato genital inferior9, com subsequente

recrutamento neutrofílico para as membranas corioamnióticas e instalação de corioamnionite. A

corioamnionite clínica, frequentemente denominada de infecção intra-amniótica ou amnionite,

acomete de 1% a 2% dos partos de termo e 5% a 10% dos partos pré-termo, havendo aumento

dessa incidência quando há RPMpor tempo prolongado e seu diagnóstico é geralmente definido

o o p ese ça de te pe atu a ≥ , °C e pelo e os dois dos segui tes a hados: ta ui a dia

materna (acima de 120 bpm), leucocitose materna (acima de 18.000 células/mm3), presença de

sensibilidade uterina, líquido amniótico purulento ou de odor fétido ou taquicardia fetal (acima

de 160 bpm)89

. A corioamnionite histológica é definida pela presença de leucócitos

polimorfonucleares nas estratificações das membranas corioamnióticas, podendo também ser

avaliada a densidade e degeneração tecidual para estimar a intensidade e progressão da resposta

inflamatória materna90,91,92

.

A presença de micro-organismos no líquido amniótico de gestantes em TPP tem sido

descrita na literatura93-96

. Nesse sentido, Marconi et al.97

demonstraram infecção polimicrobiana

da cavidade amniótica em gestantes que apresentaram essa intercorrência gestacional,

corroborando os achados de DiGiulio et al.93

Os patógenos mais frequentemente isolados no

líquido amniótico de pacientes com infecção intra-amniótica são comumente encontrados na

microbiota vaginal, incluindo Gardnerella vaginalis, Escherichia coli, Leptotrichia amnionii,

Bacterioides fragilis, Prevotella bivia, Mycoplasma hominis e Ureaplasma urealyticum98. A

vaginose bacteriana, caracterizada pelo predomínio desses micro-organismos em detrimento dos

lactobacilos99

, está intimamente associada ao risco aumentado de parto prematuro100

.

Além da presença ou ausência de patógenos na cavidade intra-amniótica, outros fatores

(24)

de diferentes mediadores, consequentes da variabilidade genética presente na população, podem

atuar no desfecho gestacional. A adesão dos micro-organismos às células do hospedeiro é um

pré-requisito para a patogenicidade e componentes de membrana e outros fatores de virulência

são de extrema importância101,102. Kasper et al. 103 encontraram correlação positiva entre

concentração de bactérias no líquido amniótico e processo inflamatório, evidenciado pelo

aumento dos níveis de IL-8 e ocorrência de parto pré-termo, corioamnionite e sepse precoce.

Nesse contexto, Menon et al.104 descreveram que o perfil e a concentração de citocinas é

diferente dependendo do tipo bacteriano envolvido, o que sugere que a infecção e a resposta

inflamatória como potenciais causas de TPP não são homogêneas.

A principal consequência da prematuridade tanto no TPP quanto de RPM-PT são os

resultados neonatais adversos, que além de freqüentes causam uma série de efeitos deletérios a

curto, médio e longo prazo, como por exemplo: sepse, meningite, doença de membrana hialina,

enterocolite necrosante, hemorragia peri-intraventricular e outros. A sepse associada ou não à

meningite (em até 25% dos casos) é um problema freqüente e grave. Sua incidência varia com o

nível de assistência e a população envolvida, acometendo cerca de 3% nascidos vivos. A gravidade

da sepse é representada por sua alta taxa de mortalidade, que varia de 10 a 50 %. Com relação à

meningite, a preocupação reside não apenas em sua alta taxa de mortalidade, mas também na

elevada frequência de sequelas, observadas em até 50% dos sobreviventes105. A doença de

membrana hialina é o distúrbio respiratório mais freqüente nos recém-nascidos prematuros,

acometendo até 30% dos mesmos106

. A enterocolite necrotizante é uma das emergências

cirúrgicas mais comuns do trato gastrointestinal no período neonatal, acometendo

particularmente os prematuros. A hemorragia peri-intraventricular, considerada a principal

patologia neurológica do recém-nascido, está relacionada em muitos casos ao desenvolvimento

de hidrocefalia pós-hemorrágica além de comprometimento cognitivo e/ou motor a longo

(25)

através da diminuição da incidência de TPP e RPM-PT pode modificar o prognóstico a que esses

recém-nascidos podem estar submetidos.

Pentraxinas na Imunidade Inata

As pentraxinas são componentes prototípicos do braço humoral da imunidade inata,

constituindo uma superfamília de proteínas multifuncionais altamente conservadas durante a

evolução, na qual todos os membros contêm em sua região carboxiterminal um domínio de

aproximadamente 200 aminoácidos, no qual há uma sequência conservada de 8 aminoácidos

H C “/TW “, o de é ual ue a i oá ido de o i ada assi atu a pe t a i a 20,108

. Essas

moléculas receberam tal denominação devido a sua estrutura multimérica de 5 subunidades e a

partir de sua estrutura primária foram divididas em pentraxinas de cadeias curtas e longas, as

quais diferem entre si tanto estruturalmente quanto em sua organização gênica, localização

cromossomal e fontes celulares produtoras16

.

A primeira pentraxina de cadeia curta descoberta durante 1930 foi a proteína C-reativa

(PCR), a qual foi identificada e purificada de soro de pacientes com Pneumoccoccus

pneumoniae109,110. A PCR foi originalmente nomeada pela sua habilidade de ligar-se de forma

cálcio-dependente ao polissacarídeo C de Streptococcus pneumoniae108. Subsequentemente foi

incluído no grupo das pentraxinas de cadeia curtao componente amiloide P sérico (SAP), devido à

sequencia de aminoácidos homólogos a PCR111,112,113

. Apesar da estrutura bastante semelhante,

essas proteínas apresentam diferenças notáveis em seus níveis séricos basais, visto que

aproximadamente 6 horas após o início da resposta inflamatória, os níveis séricos de PCR já estão

alterados, enquanto os níveis de SAP são mantidos relativamente estáveis mesmo durante fases

agudas16

. Essas mudanças durante a resposta de fase aguda ocorrem principalmente em resposta

à citocinas pró-inflamatórias como IL-6 e IL-1, que estimulam hepatócitos a produzirem níveis

(26)

No início da década de 1990, uma nova pentraxina foi identificada como um gene indutor

de IL-1 em células endoteliais (PTX3) ou como um gene estimulador de TNF em fibroblastos

(TSG-14) 116,117

. A estrutura principal dessa nova pentraxina diferenciava-se da estrutura da PCR e SAP

por conter um domínio aminoterminal longo de 174 aminoácidos acoplado ao domínio

carboxiterminal, não presentes nas pentraxinas de cadeias curtas108

. Essa diferença estrutural

tornou a PTX3 o primeiro membro do grupo pentraxinas de cadeia longa. Outros membros desse

grupo foram posteriormente identificados, os quais compartilham da mesma organização

estrutural geral da PTX3. Dentre eles estão: pentraxina neuronal 1 e 2 (NP1 e NP2) e PTX4.

Pentraxina 3

O gene PTX3 humano localiza-se no cromossomo 3q25, sendo organizado em três éxons

separados por dois íntrons. Os dois primeiros éxons codificam o peptídeo principal e o domínio

aminoterminal da proteína e o terceiro exón codifica o domínio pentraxina localizado na região

carboxiterminal20,108. A proteína PTX3 contem 381 aminoácidos, sendo 203 no domínio

carboxiterminal e 178 no domínio aminoterminal e sua forma madura tem peso molecular de

40kDA108

.

A PTX3 foi originalmente identificada em células endoteliais e fibroblastos, tendo sua

expressão rapidamente induzida por diversos estímulos inflamatórios, como citocinas (IL-1 e

TNF- ), agonistas de TLRs, LPS, proteína externa de membrana A (OmpA) e micro-organismos

intactos118,119

. Esses mesmos sinais inflamatórios podem induzir a expressão de PTX3 por outros

tipos celulares108,114,120-122

,incluindo células dendríticas mielóides, macrófagos, células epiteliais do

rim, células sinoviais, condrócitos, adipócitos, células epiteliais alveolares, células da glia, células

mesangiais, células da granulosa e células a musculatura lisa116,118,123-127

. Diferentemente das

células anteriormente citadas, os neutrófilos não são capazes de expressar PTX3 em resposta a

(27)

em grânulos específicos (lactoferrina+), caracterizando um reservatório de rápida liberação para o

espaço extracelular, após a ativação dos neutrófilos por estímulos apropriados16,20,128

.

As principais vias de sinalização intracelular responsáveis pela regulação gênica de PTX3

são as vias do NF-κB e AP-1, que são fatores de transcrição presentes na região promotora do

gene PTX3129,130

. A via AP-1, que é responsável pela produção basal de PTX3129,130

, está envolvida

com a transdução de sinais intracelulares através de proteínas cinases associadas a mitógenos

(MAPKs)131. Chi et al.131 demonstram que as MAPKs desempenham papel tanto na regulação de

citocinas pró quanto anti-inflamatórias. Diferentemente da produção basal, a produção de PTX3

em resposta a citocinas pró-inflamatórias ocorre através da via do NF-κB, ue te i ício com o

reconhecimento de um PAMP por um PRR na superfície celular. A ativação do PRR desencadeia o

recrutamento de várias moléculas de sinalização dentro do citoplasma, sendo que a primeira

molécula recrutada é a proteína MyD88, a qual possui um domínio denominado TIR que se liga ao

domínio TIR do PRR. A segunda molécula recrutada no complexo de sinalização é cinase associada

ao receptor de IL-1 (IRAK), que contém um domínio que interage com a molécula MyD88. Quando

a IRAK é recrutada, ela sofre autofosforilação e se desliga da MyD88, ativando o fator 6 associado

ao TNF-R (TRAF-6). O TRAF-6 ativo desencadeia a cascata da cinase IκB leva do a ativação do NF

-κB12

. A ativação do NF-κB esulta a expressão de diversos genes que codificam importantes

citocinas como IL- β, TNF-α e IL-6. A IL- β e TNF-α atua o o fo tes i duto es da p odução de

PTX3 por diversos tipos celulares16,116

, enquanto a IL-6 atua como um fraco indutor121.

Interessantemente, outras citocinas apresentam papéis divergentes na produção de PTX3.

É conhecido que IFN-γ eduz a p odução de PTX po élulas de d íti as e o ó itos at avés da

inibição de sua transcrição e redução da estabilidade da proteína transcrita125,132. Por outro lado a

IL-10 amplifica a produção de PTX3 estimulada por LPS132

. Já as citocinas IL-4 e IL-13 não parecem

produzir efeito na produção de PTX3108

(28)

As propriedades multifuncionais exercidas pela PTX3 devem-se, em parte, pela sua

capacidade de interação com um amplo espectro de ligantes, como demonstrado na Tabela 1

adaptada de Deban et al.133

.

Principais Ligantes de PTX3 Consequências da interação

Micro-organismos Aumento da opsonização, melhoria da fagocitose

OmpA de Klebisiela pneumoniae Amplificação da resposta inflamatória

C1q Ativação da via clássica do sistema complemento

Fator H Modulação da via alternativa do sistema complemento

Lecitina ligante de manose (MBL) Amplificação da resposta inume mediada pelo sistema complemento

Ficolina-2 Amplificação da resposta inume mediada pelo sistema complemento

Células apoptóticas Inibição do clearance

P-selectina Atenuação do recrutamento de leucócitos no local da inflamação

Fonte: Adaptado de Deban et al, 2011.

Dentre os principais micro-organismos reconhecidos pela PTX3 estão alguns fungos como

Aspergillus fumigatus, Paracoccidoides brasiliensis, bactéria Gram-positivas e Gram-negativas

como Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Salmonella thyphimurium, Neisseiria

meningitides, Klebsiella pneumoniae e alguns vírus como citomegalovírus e influenza tipo A134-138.

Em alguns casos específicos de reconhecimento microbiano, a PTX3 pode amplificar a resposta

inflamatória, como ocorre na interação entre PTX3 e KpOmpA (proteína externa de membrana A

de K. pneumoniae). KpOmpA é reconhecida pelos receptores scavenger LOX-1 e SREC-1, induzindo

uma resposta pró-inflamatória em colaboração com o TLR2. Ao mesmo tempo, a KpOmpA induz a

(29)

leva ao aumento da inflamação local induzida pelo KpOmpA, através de um maior recrutamento

de células e aumento de produção de citocinas inflamatórias136

.

Outra importante propriedade da PTX3 é sua interação com os componentes chaves das

três vias do sistema complemento (C1q, Fator H, MBL e ficolinas-2), resultando na amplificação do

reconhecimento microbiano e das funções efetoras antimicrobianas mediadas pelo sistema

complemento139-142

.

Além disso, a PTX3 liga-se a células apoptóticas durante fases tardias da apoptose,

inibindo o clearance das mesmas por células dendríticas imaturas e macrófagos, prevenindo a

apresentação de antígenos presentes nas células apoptóticas por células apresentadoras de

antígenos (APCs) 143,144

.

Finalmente, estudos recentes demonstraram que a PTX3 tem a capacidade de se ligar

seletivamente a P-selectina, atuando como um mecanismo de feedback negativo, que previne o

recrutamento excessivo de neutrófilos145

.

Diversos estudos na literatura indicam uma possível correlação entre os níveis

plasmáticos de PTX3 e a severidade de diversas desordens infecciosas como sepse, choque

séptico, infecção por A. fumigatus, tuberculose, doença meningocócica e dengue146-149

. Outros

estudos têm relacionado os níveis de PTX3 a desordens cardíacas isquêmicas150-152

, incluindo

infarto agudo do miocárdio e angina pectoris153-156. Pacientes com vasculites de pequenos vasos,

doença crônica renal e artrite reumatoide apresentaram níveis aumentados de PTX3 no sangue,

plasma e no líquido sinovial, respectivamente157-159

. Além disso, níveis plasmáticos elevados de

PTX3 foram observados em gestações complicadas por pré-eclâmpsia, que caracteriza uma

manifestação clínica de disfunção endotelial122,160-162. Outras complicações gestacionais como o

trabalho de parto prematuro e a corioamnionite também têm sido relacionadas com níveis

elevados de PTX3 no plasma e no líquido amniótico163-166

(30)

Pentraxina 3 na Gestação Normal e nas Complicações Gestacionais

Embora esteja muito bem estabelecido na literatura que o sucesso da gestação depende

de uma complexa regulação do sistema imune inato, a PTX3, proteína que corresponde a um

importante componente do braço humoral da imunidade inata, ainda não teve seu papel

elucidado nas gestações normais e nas complicações gestacionais.

Poucos estudos avaliaram a expressão de PTX3 na interface materno-fetal de gestações

normais e os resultados apresentados são conflitantes. Aumento nos níveis de PTX3 com o avanço

da idade gestacional foram observados por diversos autores122,166,167. Rovere-Querini et al.122 e

Cruciani et al.166

observaram um aumento progressivo dos níveis séricos de PTX3 ao longo da

gestação normal, com elevação substancial no momento do parto a termo. No mesmo sentido,

Larsson et al.167 demonstram um aumento contínuo discreto dos níveis séricos de PTX3 até a 31ª

semana, sendo que o aumentos dos níveis após esse período foram mais evidentes, culminando

em um pico imediatamente antes do parto e um rápido decréscimo no pós-parto, reforçando a

ideia de que o trabalho de parto em si é caracterizado por um ambiente pró-inflamatório.

Divergindo desses resultados, Cetin et al.160 não observaram alterações nos níveis plasmáticos de

PTX3 ao longo da gestação.

Com relação à associação entre PTX3 e prematuridade, Cruciani et al.166

observaram

associação entre níveis plasmáticos elevados de PTX3 e TPP e RPM-PT. No mesmo sentido, Assi et

al.163

demonstraram que o parto prematuro espontâneo está associado a um aumento

significativo dos níveis plasmáticos de PTX3 entretanto, essa alteração não foi observada em

níveis vaginais.

Além disso, Cruciani et al.165 demonstraram que PTX3 é um constituinte fisiológico do LA.

A origem da PTX3 presente no LA ainda permanece incerta, porém diversas fontes têm sido

sugeridas, entre elas a produção de PTX3 pelas membranas corioamnióticas122

. Os mesmos

(31)

inflamação/infecção intra-amniótica (IAI), achado que sugere que essa proteína desempenha um

papel importante na resposta imune inata contra invasão microbiana da cavidade amniótica.

Corroborando essa ideia, Kacerovsky et al.164

em estudo recente com gestantes com RPM-PT,

demonstraram associação entre corioamninite histológica e níveis aumentados de PTX3 no LA.

Tendo em vista a escassez de estudos que avaliam a atuação da PTX3 na interface

materno-fetal, além da divergência dos resultados obtidos, a investigação da expressão e da

localização de PTX3 na cavidade amniótica é de grande importância para o entendimento da

(32)
(33)

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