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Avaliação pré-operatória do paciente pneumopata .

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REVISTA

BRASILEIRA

DE

ANESTESIOLOGIA

OfficialPublicationoftheBrazilianSocietyofAnesthesiology

www.sba.com.br

ARTIGO

ESPECIAL

Avaliac

¸ão

pré-operatória

do

paciente

pneumopata

Luiza

Helena

Degani-Costa

a,b

,

Sonia

Maria

Faresin

a

e

Luiz

Fernando

dos

Reis

Falcão

a,b,∗

aEscolaPaulistadeMedicina,UniversidadeFederaldeSãoPaulo,SãoPaulo,SP,Brasil bMassachusettsGeneralHospital,HarvardMedicalSchool,Massachusetts,EUA

Recebidoem14desetembrode2012;aceitoem19denovembrode2012

PALAVRAS-CHAVE Anestesia;

Avaliac¸ão; Pulmão;

Pneumonectomia

Resumo

Justificativaeobjetivos: Napráticaclínicadiária,complicac¸ões pulmonaresrelacionadasao procedimentocirúrgicosãocomuns,oqueaumentaamorbidadeemortalidadedospacientes. Aponderac¸ãodoriscodecomplicac¸õespulmonareséumimportantepassodaavaliac¸ão pré-operatória.Dessaforma,fizemosumarevisãodosaspectosmaisrelevantesdaavaliac¸ão pré-operatóriadopacientepneumopata.

Conteúdo: Aestratificac¸ãodoriscopulmonardependedossintomasclínicosedoestadofísico dodoente.Idade,doenc¸asrespiratóriaspreexistentes,estadonutricionaletratamentomédico continuado são, geralmente, mais importantes do que exames complementares. Testes de func¸ãopulmonarassumemgranderelevânciaquandoprocedimentostorácicosouabdominais altosãopropostos,especialmenteseconsideradaarealizac¸ãoderessecc¸ãopulmonar.

Conclusões:A compreensão da avaliac¸ão perioperatória acerca do risco para potencial complicac¸ãopulmonarpermiteàequipemédicaescolheradequadatécnicaanestésicae cui-dadosclínicosecirúrgicosqueseadequemacadapaciente,oquereduz,portanto,desfechos respiratóriosdesfavoráveis.

©2013SociedadeBrasileiradeAnestesiologia.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todosos direitosreservados.

Introduc

¸ão

Complicac¸ãopós-operatóriaéaocorrênciadeumaalterac¸ão inesperadaqueacarretaprejuízoaobem-estardodoenteou desviodoresultado esperadoapós umprocedimento ope-ratório.Ascomplicac¸õespulmonarespós-operatórias(CPP)

Localdoestudo:DisciplinadePneumologiaeDisciplinade

Anes-tesiologia,DoreMedicinaIntensivadaEscolaPaulistadeMedicina ---UniversidadeFederaldeSãoPaulo.

Autorparacorrespondência.

E-mail:luizfernandofalcao@gmail.com(L.F.d.R.Falcão).

ocorrematétrintadiasapósoprocedimentocirúrgico, alte-ramoquadroclínicododoenteepodemounãonecessitar deintervenc¸ãoterapêuticamedicamentosa.

Sabe-se que a maioria dos procedimentos cirúrgicos estárelacionadaàalterac¸ãodafunc¸ãopulmonar,1---3

geral-menteleveoumoderada,masocasionalmentegrave.4Tais

complicac¸õespulmonaressãocausasimportantesde morbi-mortalidadeperioperatória.5,6Têmsidorelatadasem1%a

2%detodosospacientessubmetidosacirurgiasdepequeno oumédioporteepodemchegara10%a20%naqueles sub-metidosacirurgiaabdominalaltaoutorácica.5,6relatos

de ocorrência de 3% delesão pulmonar aguda (LPA) após cirurgias eletivas, uma importante causa de insuficiência respiratóriapós-operatória.4

0034-7094/$–seefrontmatter©2013SociedadeBrasileiradeAnestesiologia.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todososdireitosreservados.

(2)

As complicac¸õespulmonarespodemserclassificadasde acordocomseupotencialdemorteemmaiores (insuficiên-ciarespiratóriaaguda,ventilac¸ãomecânicae/ouintubac¸ão traqueal por tempo superior a 48 horas e pneumonia) oumenores (traqueobronquitepurulenta, atelectasia com repercussãoclínicaebroncoespasmo).

A realizac¸ão de adequada avaliac¸ão pré-operatória do riscopulmonarpermiteainstituic¸ãodemedidascapazesde reduzirtaiscomplicac¸õeseconsequentementea morbimor-talidadeperioperatóriaeotempodeinternac¸ãohospitalar. Viaderegra,é recomendávelquepacientes comdoenc¸as respiratóriaspréviassejamavaliadosporumpneumologista. DiversosfatorespreditivosforamidentificadosparaCPP e estão relacionados às condic¸ões clínicas prévias e às característicasdoprocedimentoanestésico-cirúrgico.Idade superior a60 anos,doenc¸a pulmonarpré-existente, taba-gismo e alterac¸ões espirométricas prévias (VEF1 < 1L) se

associamaaltoriscopulmonar.Damesmaforma,adurac¸ão daanestesia(>3horas),cirurgiasdecabec¸aepescoc¸o,tórax edeabdômensuperioreusodesondanasogástricano pré-operatórioaumentamaincidênciadeeventosrespiratórios. Dado que complicac¸ões pulmonares estão associadas à pioria do desfecho pós-operatório,7 neste artigo

dis-cutiremos os principais fatores clínicos e as estratégias perioperatóriasvisandoàreduc¸ãodascomplicac¸ões pulmo-naresdopacientecirúrgico.

Avaliac

¸ão

pré-operatória

do

candidato

a

procedimentos

cirúrgicos

gerais

Na avaliac¸ãodo risco pulmonar pré-operatório, devem-se levarem contaascondic¸õesclínicas,ascaracterísticasdo procedimentocirúrgico,atécnicaanestésicaeocaráterda cirurgia(eletivavs.urgência/emergência).Ocaráter emer-gencial da cirurgia não exime o médicoda realizac¸ão da avaliac¸ão pré-operatória, mesmo que sucinta, tendo em vistaapossibilidadedainstituic¸ãodemedidaspreventivas decomplicac¸ões.

Não existem modelos validados de estratificac¸ão de risco pulmonar. Apresentamos neste artigo uma sugestão de avaliac¸ão inicial com base nas diretrizes do American CollegeofPhysicians8e naexperiência doambulatóriode

avaliac¸ãopré-operatóriadas disciplinas dePneumologiae Anestesiologia,DoreMedicinaIntensivadaEscolaPaulista deMedicina(EPM-Unifesp).

Todaaavaliac¸ãodependefundamentalmenteda anam-nese e do exame físico, considerando os exames com-plementares a posteriori, que serão solicitados de forma direcionada. A seguir, serão discutidos de forma sistema-tizadaosfatoresderisco.

Aspectosrelacionadosàcirurgia

Em geral, em procedimentos cirúrgicos nos quais não há aberturadecavidadesoumanipulac¸ãodaviaaérea,orisco paraocorrênciadeCPPébaixo.Procedimentosfeitos den-tro de cavidades induzem maiores alterac¸ões no sistema respiratório quandocomparadosaprocedimentos periféri-cos.Cirurgiastorácicas eabdominais(principalmente com incisões em andar superior do abdome) são os procedi-mentos não cardíacos com maior risco de complicac¸ões

pulmonares.8---10 A abordagem por via laparoscópica pode

minimizaressasalterac¸ões,masnãoaboleoriscodeCPP. A cirurgia cardíaca apresenta risco peculiar para CPP. Narevascularizac¸ão do miocárdio, a dissecc¸ão da artéria torácica interna pode predispor a lesões temporárias ou perenesdonervofrênico.Apósacirculac¸ãoextracorpórea (CEC), a disfunc¸ão pulmonar é bem descrita, mas pobre-mente compreendida.11 Embora a incidência de síndrome

do desconforto respiratório agudo (SDRA) após CEC seja baixa (< 2%), a mortalidade é alta (> 50%).12 Durante a

CEC, ambos os pulmões são mantidos colapsados. Se não foremtomadasmedidasimediatamenteapósotérmino da CEC, os pulmões serão recrutados lentamente e mais da metadedospulmões podempermaneceratelectasiado um a dois dias após a cirurgia, com shunt intrapulmonar ao redorde20%a30%dodébitocardíaco.13 Adurac¸ãodaCEC

temrelac¸ãodireta coma incidênciadecomplicac¸ões res-piratóriaspós-operatórias,14 assim como a intensidadedo

edemaintersticialpulmonar.15 Alterac¸õespulmonares

gra-vescomedemaintersticialealveolarpodemocorrerquando operíododaCECexcede150minutos.14

Durac¸ão do procedimento cirúrgico maior do que três horasé fator derisco independente paraa ocorrênciade complicac¸õespulmonarespós-operatórias. Cirurgiasfeitas em caráter de emergência também se associam à maior incidênciadeCPP,umavezquenãohátempohábilparaa estabilizac¸ãodedoenc¸asdebaseepreparoadequadopara oprocedimento.8

Aspectosrelacionadosàanestesia

Aanestesiageraléapontadaemdiversosestudoscomofator de risco para a ocorrência de CPP. O uso de bloqueado-resneuromuscularesparaadequado relaxamentocirúrgico podeserumaimportantecausadecomplicac¸ãorespiratória esurgimento dehipoxemia nopós-operatório. Issoocorre principalmente porcausadapresenc¸a debloqueio neuro-muscular residual.16 O uso de bloqueador neuromuscular

delonga durac¸ãoaumentaessaincidência,pordeprimiro reflexo de tosse e permitir microaspirac¸ões do conteúdo gástrico.17 A exposic¸ão prolongada aos anestésicos gerais

écapaz depromover alterac¸ões detrocas gasosas e imu-nossupressãotemporáriaporcausadareduc¸ãodaproduc¸ão desurfactante,aumentodapermeabilidadealveolocapilar, comprometimento da func¸ão de macrófagos alveolares e lentificac¸ãodadepurac¸ãomucociliar.

Duranteaanestesiageral,aposic¸ãosupinaeaventilac¸ão invasiva promovem alterac¸ões na mecânica ventilatória por prejudicar a ac¸ão do diafragma, o que resulta em reduc¸ãodosvolumesedascapacidadespulmonares.Como consequência,ematé90%dospacientesanestesiados ocor-rem atelectasias, que promovem distúrbios na relac¸ão ventilac¸ão-perfusão (VA/Q), prejudicam a complacência

pulmonareexplicamoaparecimentodahipoxemia.A persis-tênciadasáreasdeatelectasianopós-operatório,associada à disfunc¸ão transitória da musculatura respiratória e eventual dorventilatório-dependente após procedimentos torácicose/ouabdominais,resultaemaumentodotrabalho respiratório11(tabela1).

(3)

Tabela1 Efeitosdaanestesianosistemarespiratório

1 Parênquimapulmonar

Diminuic¸ãodosvolumespulmonaresedacapacidade vital

Aumentodovolumedefechamento Diminuic¸ãodacomplacênciapulmonar Aumentodotrabalhoventilatório 2 Viasaéreas

Broncodilatac¸ão(anestésicosinalatórios) Broncoconstric¸ão

Diminuic¸ãodadepurac¸ãociliardemuco 3 Controleventilatório

Diminuic¸ãodarespostaventilatóriaàhipercapnia, hipoxemiaeacidose

4 Circulac¸ãopulmonar

Diminuic¸ãodavasoconstric¸ãoreflexaàhipóxia (anestésicosinalatórios)

5 Trocagasosa

AumentodogradientedeO2alveolar-arterial

secundárioàalterac¸ãodarelac¸ãoVA/Q

6 Func¸ãoimunológica

Diminuic¸ãodaatividadebactericidadosmacrófagos alveolaresebrônquicos

Aumentodaliberac¸ãodecitocinaspró-inflamatórias

periduralousubaracnóideaextensa,combloqueiode seg-mentos torácicos, há reduc¸ão da capacidade inspiratória e do volume de reserva expiratório de 20% para zero.18

Afunc¸ãodiafragmática,entretanto,geralmenteépoupada, mesmo noscasos de extensãoinadvertidado bloqueiode neuroeixoparaníveiscervicais.19Habitualmente,a

aneste-siaregionalaltera minimamenteastrocasgasosas.Assim, aoxigenac¸ãoarterialeaeliminac¸ãodedióxidodecarbono durantea raquianestesia ea peridural estão preservadas. Issocorroboracomofatodenãoexistirreduc¸ãoda capaci-daderesidualfuncionalealterac¸ãodarelac¸ãoVA/Qdurante

aanestesiaperidural.Excec¸ãoocorrecomospacientes obe-sosmórbidos,emqueobloqueiodamusculaturaabdominal provocareduc¸ãodeaté25%dovolumeexpiratórioforc¸ado noprimeirosegundo (VEF1) e dacapacidadevital forc¸ada

(CVF),alémdeinterferirnahabilidadedetossireeliminar secrec¸õestraqueobrônquicas.20 A anestesia peridural tem

comovantagensadicionaisareduc¸ãodanecessidadede opi-oidesecontribuirparaaadequadaanalgesiapós-operatória. O bloqueio do plexo braquial via interescalênica associa-se frequentemente ao bloqueio do nervo frênico ipsilateral,21,22 por causadadispersãocefálicado

anesté-sico e da proximidade do feixe nervoso, que tem origem nasraízes cervicaisC3 aC5. Apóso bloqueio interescalê-nico,a incidência daparalisia hemidiafragmáticachega a 100%.21,23---26 Daí resultam alterac¸ões da mecânica

pulmo-nar,potencialmentedeletériasempacientescomlimitac¸ão dareservaventilatória.Areduc¸ãodovolumedeanestésico localde20para5mL,pormeiodobloqueiodeplexobraquial guiadoporultrassom,ocasionaaincidênciadaparalisia dia-fragmáticade100%para45%.27

Empacientessaudáveis,aparalisiadiafragmática asso-ciada ao bloqueio do plexo braquial, habitualmente, não trazsintomas.Desaconselha-se,entretanto,fazeresse blo-queioempacientesportadoresdedoenc¸apulmonargrave.28

Urmey e McDonald23 contraindicam o bloqueio

interesca-lênico em pacientes que não tolerem 25% de reduc¸ão na func¸ãopulmonar.

Altintasetal.29observaramqueobloqueio

interescalê-nico com bupivacaínaassocia-se a maiorreduc¸ão daCVF, VEF1 epicodefluxo expiratório(PFE)doqueos

encontra-dosem pacientesanestesiadoscomropivacaína.Em doses equipotentes,no queconcerne àanalgesia, aropivacaína produzmenor graudebloqueiomotoremaiorcapacidade parabloquearasfibrasA-deltaeCdoqueabupivacaína.30

Aspectosrelacionadosaopaciente

A idade avanc¸ada está associada ao maior risco de desenvolvimento de CPP, mesmo quando ajustada para comorbidades.Esseriscoaumentasignificativamenteacada décadadevida,apartirdos60anos.8 Adependência

par-cialoutotalparaarealizac¸ãodeatividadesdevidadiáriae instrumentaistambémseassociaaomaiorriscodeCPP.8

O tabagismo é um fator derisco independente para a ocorrênciadeCPP,mesmoquenãohajadoenc¸acrônica pul-monarconcomitante. Oimpactoémaiornosdoentes com cargatabagísticasuperiora20 anos/mac¸oenaqueles que persistiramfumandoantesdoprocedimentocirúrgico.8,31

O efeito prejudicial do tabagismo no pós-operatório é multifatorialeinfluenciadopelomonóxidodecarbono,pela nicotinaeporoutroselementoscomcapacidadedeinduzir processo inflamatório e estresse oxidativo. O efeito pró-inflamatório da fumac¸a do cigarro aumenta a incidência de complicac¸õescardiovascularese infecciosase dificulta acicatrizac¸ãodaferidacirúrgica,alémdeestarassociado amaiorestemposdeinternac¸ãohospitalareemunidadede terapiaintensiva.32

Pacientes com IMC ≥ 40kg.m−2 apresentam até 30%

de chance de desenvolver atelectasias e/ou pneumonia nopós-operatóriodecirurgiasabdominais.Adicionalmente, esses doentes têm risco aumentado de tromboembolismo e infecc¸ão de ferida operatória quando comparados aos indivíduos eutróficos.33 De forma semelhante, pacientes

que evoluem com perda aguda de peso e/ou desnutridos comhipoalbuminemia(albuminasérica<3,5g.L−1)também

apresentammaiorincidênciadeCPP.8

Pacientes com doenc¸as pulmonares crônicas preexis-tentes (ex.: doenc¸apulmonar obstrutivacrônica [DPOC]), mesmo clinicamente estáveis e com a doenc¸a contro-lada, apresentam risco substancialmente aumentado de CPP. A instrumentac¸ão da via aérea nesses doentes pode levar à exacerbac¸ão do processo inflamatório brônquico, compioriadahiperreatividadeemaiorriscode broncoes-pasmo. A colonizac¸ão bacteriana crônica das viasaéreas, associadaàimunossupressãotemporáriainduzidapelo pro-cedimentocirúrgicoeaoaumentodotrabalhorespiratório, também contribui para o aumento decomplicac¸ões.32 De

maneirageral,oriscoeagravidadedascomplicac¸ões pós-operatóriassãoproporcionaisaograudecomprometimento clínico e espirométrico pré-cirúrgico (moderado se VEF1

entre50% e 80% e grave seVEF1 <50%). O prognósticoé

pior nos doentes que já apresentam hipertensão arterial pulmonarenecessidadedeoxigenoterapiadomiciliar.34,35

(4)

Tabela2 EscoreSTOP-BangusadocomotriagemdeSAOSnaavaliac¸ãopré-operatória

Variávelanalisada Perguntaaserfeita/achadoaoexame

S Ronco(snoring) Vocêroncaalto?Maisaltodoqueumaconversaoutão altoqueépossívelescutá-locomaportafechada? T Cansac¸o(tiredness) Vocêestásemprecansado?Vocêdormeduranteodia? O Apneiacomprovada(observedapnea) Alguémjáobservouquevocêparaderespirarenquanto

dorme?

P Pressãoalta(pressure) Vocêtemhipertensãoarterial?

B IMC(BMI) IMC>35kg.m−2

A Idade(age) Acimade50anos

N Pescoc¸o(neck) Circunferênciamaiordoque40cm

G Gênero(gender) Masculino

AltoriscoparaSAOS:≥3respostaspositivas. BaixoriscoparaSAOS:<3respostaspositivas.

apresenta resultados controversos. A anestesia geral e a ventilac¸ão mecânica podem aumentar o risco de exacerbac¸ão inflamatória de doenc¸as parenquimatosas fibrosantesepromoverasíndromedodesconforto respirató-riodoadulto.36Damesmaforma,umadiminuic¸ãodeaté

60%dasvariáveisespirométricasemcirurgiasdecorrec¸ãode escolioseemuitosdessespacientesjáapresentamdistúrbio ventilatóriorestritivogravepregresso,oquecontribuipara maiordemoranasuaextubac¸ão.Opicodequedados volu-mespulmonaresocorrenoterceirodiadepós-operatórioe arecuperac¸ãodos valoresaosníveis basais podedemorar atédoismeses.37

Além de identificara presenc¸ade doenc¸aspulmonares crônicas,énecessárioavaliarograudecontroledos sinto-mascomotratamentoespecíficousadonaquelemomento. Muitofrequentementeospacientestendemasuperestimar sua condic¸ão pulmonar, motivo pelo qual se sugere que ossintomasrespiratóriossejamindagadosativamentepelo médico,depreferênciacomousodequestionários padro-nizados.

A síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) está presente em até 22% da populac¸ão adulta submetida a tratamentocirúrgico,porémquase70%dessesnãotêm diag-nósticoantesdaavaliac¸ãopré-operatória.38Sendoassim,a

investigac¸ão ativa desintomas como roncos, episódios de apneiaobservadospeloacompanhanteesononãoreparador com sonolência diurna excessiva deve ser rotineiramente incluída na anamnese pré-operatória. As características observadas que predispõem àexistência deSAOS incluem gêneromasculino,idadeacimade50anos,IMC>30kg.m−2,

circunferência dopescoc¸o maiordoque 40cm,desvio de septo,hipertrofiatonsilar,laringomalácia,traqueomalácia, síndromedeDown,micrognatia,acondroplasia,acromegalia e macroglossia. Existem questionários validados para ras-treamento de SAOS no período perioperatório, tais como o questionário de Berlin,39 o ASA OSA scoring checklist40

eoSTOP-Bang41(tabela2).Afigura1mostraasetapas

suge-ridas no manuseio dos pacientes com SAOS submetidos a cirurgiaeletiva.42

No primeiro dia pós-operatório há fragmentac¸ão e diminuic¸ãodotempototaldesono, comabolic¸ãodosono REM.Nosdiassubsequentes,orebotedesonoREMea con-sequente pioria daapneia dosono têm sido associados à ocorrênciadeCPPecomplicac¸õescardiovasculares.O uso

deanalgésicosesedativos(especialmenteopioidese benzo-diazepínicos)tambémcontribuinamedidaemquediminui o tônus faríngeo. A presenc¸a de SAOS aumenta o tempo deinternac¸ãoeaschancesdehipoxemiaereintubac¸ãono pós-operatório,alémdeseassociarà maiorincidênciade arritmias,síndromecoronarianaagudaemortesúbita.42

Portadoresdedoenc¸asclinicamentecontroladas(estado físico PII) sabidamente apresentam menor morbimortali-dadeperioperatória(0,2%).8Dessaforma,aquelesdoentes

em que se identificam controle clínico inadequado dos sintomas(P III e IV) devemprimeiramente tera terapêu-ticamaximizadaantesdesersubmetidosaprocedimentos anestésico-cirúrgicos,salvoemsituac¸õesemqueacirurgia temcaráterdeemergência.

Oetilismocrônicocomconsumosuperiora60g.dia−1de

etanolaumentaematéduasvezesoriscodelesãopulmonar agudaperioperatóriaemcandidatosacirurgiasderessecc¸ão pulmonar,43 alémdepredisporainfecc¸õesesangramentos.

Alterac¸ões sensoriais agudas, delirium, acidente vascular cerebralprévioe ousocrônico decorticoidetambémsão fatoresderiscoindependentesparaaocorrênciadeCPP.

Papeldosexamescomplementaresnaavaliac¸ão doriscopulmonar

Aanamneseeoexamefísicosão,navastamaioriadoscasos, suficientesparadeterminaroriscopulmonarenvolvidoem cirurgiasgerais.Examesdesangue, radiografiadetóraxe provadefunc¸ãopulmonarsódevemsersolicitadosquando seusresultadosefetivamenteimplicaremmudanc¸ada estra-tégiaprevistapelaavaliac¸ãoinicial.Gasometriaarterialnão devesersolicitadacomo rotinanopré-operatório, exceto emportadores dedoenc¸a pulmonarcrônicacom distúrbio ventilatóriomoderadoagravenaespirometria.

Estudosmulticêntricoseprospectivosevidenciaramque a dosagem de ureia acima de 21mg.dL−1 e de

albu-mina sérica abaixo de 3,5g.dL−1 foram preditores da

ocorrência de CPP, em especial de insuficiência respira-tória aguda e pneumonia no pós-operatório de cirurgia nãocardíaca.8Amorbimortalidadeperioperatóriatambém

foi maior em doentes com creatinina sérica superior a 1,5g.dL−1,decorrentetantodeeventosadversos

(5)

História e exame físico direcionados

Rastreamento de SAOS no pré-operatório (STOP - Bang, Berlin ou ASA)

+

Baixo risco SAOS Alto risco SAOS Paciente com diagnóstico de SAOS

Proceder para cirurgia com os

cuidados perioperatórios usuais Identificar o paciente com braçadeira

Conduta intraoperatória • Considerar anestesia regional com mínima sedação.

• Preparar para via aérea difícil. Considerar CPAP e cabeceira elevada em 25º para aumentar CRF. Uso de medicação de curto tempo de ação.

• Considerar monitoração invasiva para manejo ventilatório e hemodinâmico.

• Extubação com paciente completamente acordado e após reversão do bloqueio neuromuscular.

Conduta na recuperação anestésica

• Observação cuidadosa com saturação de oxigênio e monitoração hemodinâmica.

• Observar cabeceira elevada em 30º e/ou posição lateral por no mínimo duas horas na maioria dos pacientes.

• Considerar uso de analgésicos não opioides e anestesia regional. Usar opioide com critério. • Usar CPAP precocemente em caso de dessaturação.

Conduta intra-hospitalar

• Monitorar em local do hospital adequado que possa oferecer monitoração continua de oxigênio. • Uso de CPAP se diagnóstico prévio de SAOS ou uso de CPAP no pré-operatório.

Conduta na alta hospitalar

• Acompanhamento com especialista em sono para polissonografia, diagnóstico e tratamento.

Figura1 EtapassugeridasnomanuseiodospacientescomSAOSsubmetidosacirurgiaeletiva.

Apesardeserfrequentementesolicitadanocontextoda avaliac¸ãopré-operatória,aradiografiadetóraxtem impor-tânciabastantequestionada.Em até23%desses examesé observadoalgum achadoanormal, porém em apenas0,1% a 3% dos casos faz-se alterac¸ão na conduta previamente estabelecida.45 A radiografia de tórax tem importância

maioremdoentes comdoenc¸ascardiopulmonaresprévias, naquelescomidadeacimade40anosouqueserão submeti-dosaprocedimentosdemédioegrandeporte,emespecial nostorácicoseabdominaisounacorrec¸ãocirúrgicade aneu-rismadeaorta.46

Dostestesreconhecidosparaavaliarafunc¸ãopulmonar,a espirometriaéouniversalmenteconhecidoeomais solici-tadona avaliac¸ão pré-operatória.Entretanto, demaneira geral, não é tão bom preditor de eventos adversos pul-monaresnopós-operatórioquantoaavaliac¸ãoclínica.Seu

usonocontextodeprocedimentostorácicossemressecc¸ão pulmonar e nos intra-abdominais tem sido reservado às seguintes situac¸ões: doentes sabidamente portadores de doenc¸aspulmonarescrônicas,pacientestabagistasoucom exposic¸ãoa inalantesportemposuficiente paraocasionar lesãoestruturalpulmonaresintomáticosrespiratórios crôni-cosoucomachadosnoexamefísicoouradiológicosugestivos dedoenc¸apulmonarcrônica.47 Outrassituac¸õesemquese

(6)

Tabela3 Fatoresderiscoparaocorrênciadeinsuficiência respiratória agudanopós-operatóriode cirurgiageralnão cardíaca

Fatorderisco Pontos

Reparodeaneurismadaaortaabdominal 27

Torácica 14

Neurocirurgia,abdominalalta,periférica ouvascular

21

Pescoc¸o 11

Cirurgiadeemergência 11 Albumina<3,0mg.dL−1 9 Ureiaplasmática>30mg.dL−1 8

Estadofuncionaltotalouparcialmente dependente

7

DPOC 6

Idade≥70anos 6

Idade60a69anos 4

Classe Pontos %Risco

1 ≤10 0,5

2 11a19 1,8

3 20a27 4,2

4 28a40 10,1

5 ≥40 26,6

Estimativaderiscoparaocorrênciadeinsuficiênciarespiratória agudanopós-operatóriodecirurgiageralnãocardíaca.

devaloresdaCVFabaixode40%doprevistoe/oupressões máximas abaixode 30cmH2O aumentasignificativamente

o risco de insucesso de extubac¸ão no pós-operatório.45,47

Aocontráriodoqueseverificanascirurgiaspararessecc¸ão pulmonar, não existem limites de VEF1 proibitivos para a

realizac¸ãodecirurgiasgerais.

Empacientescomhipertensãoarterialpulmonar(HAP),a avaliac¸ãopré-operatóriadeveincluireletrocardiogramade repousoeecodopplercardiograma,alémdotestede cami-nhada de seis minutos (TC6M). São indicativos de maior morbimortalidadepós-operatóriaapresenc¸adepressãode átrio direito > 7mmHg no último estudo hemodinâmico antes da cirurgia, distância caminhada no TC6M < 399 metros, maiorgravidade clínica e cirurgia em caráter de emergência.48Otestedeexercíciocardiopulmonaréusado

rotineiramente na avaliac¸ãoclínica dos doentes comHAP com a finalidade de se estabelecer prognóstico e avaliar a resposta terapêutica. Entretanto, embora possa ajudar na estratificac¸ão da gravidade da doenc¸a, seu papel na predic¸ãodoriscocirúrgicodessesdoentesaindaélimitado.

Estratificac

¸ão

do

risco

de

complicac

¸ões

pulmonares

pós-operatórias

Não há modelos de estratificac¸ão de risco pulmonar em cirurgias gerais validados até o momento. Entretanto, o American College of Physicians adotou algumas esca-las de estimativa do risco de complicac¸ões respiratórias específicas,9,10 como a insuficiência respiratória aguda

(tabela 3) e a pneumonia (tabela 4). A American

Soci-etyofAnesthesiologistsdesenvolveuumescorederiscode complicac¸õesparapacientescomSAOS40(tabela5).

Tabela 4 Fatoresderiscoparaocorrênciadepneumonia nopós-operatóriodecirurgiageralnãocardíaca

Fatorderisco Pontos

Tipodecirurgia

Reparodeaneurismadaaortaabdominal 15

Torácicaalta 14

Abdominalalta 10

Pescoc¸oouneurocirurgia 08

Vascular 03

Idade(anos)

≥80 17

70a79 13

60a69 09

50a59 04

Estadofuncional

Totalmentedependente 10 Parcialmentedependente 6

Perdadepesoacimade10%nosúltimos6meses 7

DPOC 5

Anestesiageral 4

Sensórioalterado 4

AVCpregresso 4

Ureia(mg.dL1)

<8 4

22a30 2

≥30 3

Transfusãosanguíneaacimade4unidades 3

Cirurgiadeemergência 3

Usocrônicodecorticosteroides 3

Tabagismonoúltimoano 3

Ingestãodeálcool>2dosesnas2semanasanteriores 2

Classe Pontos %Risco

1 0a15 0,24

2 16a25 1,2

3 26a40 4,0

4 41a55 9,4

5 >55 15,8

Estimativa de risco de ocorrência de pneumonia no pós-operatóriodecirurgiageralnãocardíaca.

Particularidades

da

avaliac

¸ão

pré-operatória

para

cirurgias

de

ressecc

¸ão

pulmonar

Existeumaassociac¸ãoclaraentreaextensãodaressecc¸ão pulmonar e a morbimortalidade perioperatória. A mor-talidade pós-pneumectomia é até duas vezes superior à dalobectomia. Deformasemelhante,segmentectomias e nodulectomiasapresentammortalidadesinferioresà lobec-tomia,especialmentesefeitasportoracoscopia.49

(7)

Tabela 5 Escore da Sociedade Americana de Anestesi-ologistas para estimar complicac¸ões pós-operatórias em portadoresdeSAOS

A:Gravidadedaapneiadosonobaseadaemestudodosono (ex.índicedeapneia-hipopneia)ouindicac¸õesclínicasse estudodosononãodisponível

Nenhum=0,SAOSsuave=1,SAOSmoderada=2,SAOS grave=3

Subtrair1pontoempacientesusandoCPAPouBiPAP Adicionar1pontoempacientescomPaCO2>50mmHg

B:Cirurgiaeanestesia

Cirurgiasuperficialcomanestesialocaloubloqueio denervoperiférico=0

Cirurgiasuperficialcomsedac¸ãomoderadaouanestesia geraloucirurgiaperiféricacomanestesiaperidural (atésedac¸ãomoderada)=1

Cirurgiaperiféricacomanestesiageraloucirurgiadevias aéreascomsedac¸ãomoderada=2

Cirurgiamaioroucirurgiadeviasaéreascomanestesia geral=3

C:Necessidadedeopioidepós-operatório Nenhum=0,baixadoseoral=1,altadoseoral ouparenteralouneuroaxial=3

D:Estimativadoriscoperioperatório

Riscoglobal=escoreA+maiorpontuac¸ãodeBouC. Pacientescomriscoglobal≥4podemteroriscoSAOS perioperatórioaumentado

Pacientescomriscoglobal≥5podemestarcomrisco SAOSsignificantementeaumentado

examesé avaliarseaáreaaserressecadaaindaparticipa das trocas gasosas pulmonares e o cálculo final deve ser feitoparaestimarosvaloresresiduaisdefunc¸ãopulmonar após a ressecc¸ão programada. O VEF1 é o parâmetro

espirométricousadomaisfrequentementeparatal,seguido oudadifusão demonóxido de carbono (DLCO)ou doVO2

máximo (consumo máximo de oxigênio) obtido no TECP. Aosvaloresestimadosacrescenta-seadesignac¸ãoppopara indicarqueoparâmetrofoiestimadoparaopós-operatório tardio, ou seja, três a seis meses após o procedimento operatório(VEF1ppo,DLCOppoeVO2máximoppo).

Ocálculomaissimplesusaonúmerodesegmentos pulmo-naresfuncionantes(lobosuperiordireito=3,lobomédio=2, loboinferiordireito=5,lobosuperioresquerdo=3dadivisão superior+2dalíngula e lobo inferior esquerdo=4) e con-sideraque todosossegmentos contribuemdeformaigual na troca gasosa, o que raramente é verdadeem pulmões doentes.50Esseéométodoutilizadoparaestimarafunc¸ão

apósumalobectomiaepodem-se aplicarasseguintes fór-mulas:

Modo1:Valorppo=(valorpré-operatório/T)×R

T=19---númerodesegmentosobstruídos

R=T---númerodesegmentosfuncionantesaserressecado Modo2:Valorppo=valorpré-operatório×(1---a/b)

a=númerodesegmentosnãoobstruídosaserressecado b=númerototaldesegmentosnãoobstruídos

Parapneumonectomia,ocálculodeveserfeitocomouso doresultadodacintilografiade perfusãooudeventilac¸ão

pulmonar.Oexameperfusionaléamodalidademaisusada paraessefim.Nessecaso,afórmulausadaparaocálculoé:

Valorppo=valorpré-operatóriox(1---frac¸ãodeperfusão dopulmãoaserressecado).

Tradicionalmente, valores estimados de VEF1 e/ou

DLCO pós-operatóriosinferiores a 30% eram considerados contraindicac¸õesabsolutasàcirurgiaderessecc¸ãopulmonar devidoàaltaincidência decomplicac¸ões cardiorrespirató-rias e óbito no pós-operatório. Da mesma forma, valores entre 30 e 40% frequentemente conferiam riscos maiores doqueosbenefíciosantecipadospelacirurgia,demaneira queotestedeexercíciocardiopulmonar(TECP)setornava obrigatórionessegrupodepacientes.51

Entretanto,oadvento detécnicas operatórias minima-mente invasivas como a cirurgia torácica vídeo-assistida (VATS)e apossibilidadederealizarressecc¸õespoupadoras deparênquimapulmonarviável,vêmpermitindoque paci-entescomVEF1e/ouDLCOppo <40%sejamsubmetidosa

essesprocedimentoscomtaxasdemorbidaderelativamente baixa (15-25%) e mortalidade pós-operatória quevaria de 1a15%na literatura.52---54 Nessespacientes,cirurgiaspara

tratamento de câncer de pulmão em estadio I, mesmo comressecc¸õesmenores,ousejasublobares,resultamem aumento da sobrevida comparado aos pacientes que não realizaram o procedimento.55 Além disso, ressecc¸ões de

neoplasiaempacientescomDPOCgravepodemterimpacto funcional reduzido em duas situac¸ões: (1) a neoplasia se localiza em lobosuperior, localtambémdemaior acome-timentodeenfisemacentrolobular,eportanto,commenor perdafuncionalou(2)sehouverpossibilidadedecombinara ressecc¸ãodotumorcomcirurgiaredutoradevolume pulmo-narcasoopacientesejacandidatoaesseprocedimento.56---60

Nesse sentido, tornou-se necessário desenvolver um métododeavaliac¸ãopré-operatóriamaisamplopara cirur-gias de ressecc¸ão pulmonar, que permitisse estratificac¸ão deriscomenosfocadaemparâmetrosdefunc¸ãopulmonar simples e mais relacionada à capacidade do indivíduo de realizar as suas atividades de vida diária. O fluxograma desenvolvido e recentemente publicado nas diretrizes de câncerdepulmãodoAmericanCollegeofChestPhysicians

(figura 2) baseia-se nesse conceito.61 Segundo as novas

diretrizes, pacientes com VEF1 e/ou DLCO ppo > 60% são

considerados debaixo risco para acirurgia, com mortali-dadeestimada<1%enãoprecisamdeavaliac¸ãopulmonar adicional. Pacientes com VEF1 e/ouDLCO ppo entre 30e

60% devem ser submetidos a testes simplesde tolerância ao exercício como método de rastreamento. Aqueles que alcanc¸aremdistânciadecaminhada>400mnoshuttlewalk testouforemcapazesdesubir>22mnotestedesubidade escadasãotambémconsideradosdebaixoriscoenão neces-sitamdeavaliac¸ãopulmonaradicional.Poroutrolado,caso essesvaloresdecortenãosejamalcanc¸ados,oTECPdeve serobrigatoriamenterealizadoparaaestratificac¸ãoderisco cirúrgico.Damesmaforma,pacientescomVEF1e/ouDLCO

ppo < 30% também têm indicac¸ão absoluta de realizar o TECP.

Aergoespirometriaportátiltemdisponibilidadebastante limitada na prática clínica diária, mas é um importante instrumento deavaliac¸ãopré-operatóriadeindivíduos em programac¸ãodecirurgiasderessecc¸ãopulmonar.Valoresde VO2máx(consumo deoxigênionopicodoexercício)acima

(8)

Espirometria Risco cardíaco

Baixo ou moderado

Alto*

VEF1e DLCO

ppo > 60% Baixo risco

VEF1e DLCO ppo entre 30

e 60%

Teste da escada ou

shuttle walk test

> 22 m ou > 400 m < 22 m ou < 400 m VEF1e DLCO

ppo < 30%

Teste de exercício cardiopulmonar

VO2max < 10 ml/kg/min ou <

35%

VO2max entre 10 e 20 ml/kg/min ou

35% - 75%

VO2max > 20 ml/kg/min ou

>75%

Risco moderado

Risco Alto

*Alto risco cardíaco:

Doença cardíaca nova

Doença cardíaca que necessite de medicação ThRCI (Thoracic revised Cardiac Risk Index) ≥ 2, onde: - pneumonectomia: 1,5 pontos

- DAC: 1,5 pontos

- AVC ou AIT prévios: 1,5 pontos

- creatinina sérica > 2mg/dl: 1 ponto

Outros fatores como comorbidades, idade, via de acesso cirúrgico (toracotomia vs. Minimamente invasiva) e experiência do centro.

Figura2 Avaliac¸ãodopacientesubmetidoàressecc¸ãopulmonar.

abordagemcirúrgicasegura(baixorisco)62.Essevalorindica

queareservafuncionaldodoenteésuficienteparasuportar oestressecirúrgicoearealizac¸ãodeatividadesdevida diá-rianopós-operatório tardio.PacientescomVO2máxentre

10e20mL.kg−1.min−1ouentre35e75%doprevisto

apre-sentam moderado risco de complicac¸ões perioperatórias, mastaisvaloresnãosãoimpeditivosdesdequeobenefício dacirurgia sejaconsiderado superioraos riscos.63 Valores

abaixode10mL.kg−1.min−1ou<35%doprevistosignificam

alto risco e, em geral, são considerados contraindicac¸ão ao procedimento cirúrgico devido à alta mortalidade (>10%)64.

OTECPfornecedadossobreodesempenho cardiovascu-lar durante o esforc¸o que têm importância prognósticae podeminfluenciardiretaouindiretamentenaestratificac¸ão derisco.Esseéocaso,porexemplo,deparâmetroscomo eficiênciaaeróbica(VO2/W),pulso deoxigênio(VO2/FC)e

darazãovolume-minuto/produc¸ãodeCO2(VE/VCO2).Com

basenisto,foiincluídononovoprotocolodeavaliac¸ão funci-onalparacirurgiasderessecc¸ãopulmonaraadoc¸ãodorisco cardíacocomoindicac¸ãoparaarealizac¸ãodeTECP. Pacien-tes com ThRCRI(Thoracic Revised Cardiac Risk Index)65,66 ≥ 2, que não consigam subir 2 lances de escada ou que

tenhamdoenc¸acardíacaquenecessitedemedicac¸ãoouque sejadediagnósticorecentedevemreceberavaliac¸ãoinicial

docardiologistae sersubmetidosaexamesdiagnósticose tratamentossegundoprotocolosdeavaliac¸ãoperioperatória dassociedadesdecardiologia.Apósessepassoinicial,todos ospacientesconsideradosdealtoriscocardíacodevemser submetidosaumTECP(figura2).

Estratégias

perioperatórias

para

a

reduc

¸ão

do

risco

de

complicac

¸ões

pulmonares

pós-operatórias

Omaiorobjetivodaavaliac¸ãopré-operatóriaedaestimativa derisco deocorrênciadeCPP repousanaindividualizac¸ão deestratégiasperioperatórias capazes dediminuiro risco calculado. Em algumas situac¸ões nas quais o risco é ele-vadoenãoháestratégiascapazesdediminuí-lo,deve-seter atenc¸ãoespecialaodiagnósticoprecocedasCPPetratá-las agressivamente como objetivo de reduzira mortalidade. Didaticamenteprocuramosagrupar asestratégiasem pré, intraepós-operatórias.

Estratégiaspré-operatórias

(9)

funcionalpossível. Sehouverevidênciadeexacerbac¸ão,o usodecorticoideassociadoounãoaantimicrobianospode sernecessárioe,nessescasos,recomenda-sequeacirurgia sejapostergadapelomenospor30diasapósaresoluc¸ãodo processo.

Empacientesestáveis,deve-seorientaranãosuspender amedicac¸ão mesmo nodiadacirurgia. Empacientes sin-tomáticosmesmocomamedicac¸ãootimizada equeserão submetidos a cirurgias eletivas demédio e grande porte, ainternac¸ãotrêsacincodiasantesdoprocedimentopode serbenéficaaopermitir aadministrac¸ãodecorticoterapia endovenosa,ebroncodilatadoresinalatóriosdeac¸ãorápida emhoráriosfixosearealizac¸ãodefisioterapiarespiratória. Empacientescomtossepersistente nãocontroladacomo usodecorticoidesebroncodilatadores,ousode antitussí-genospodeserútil.

Noportadordehiperreatividadebrônquicaequedeverá ser submetido à anestesia geral com intubac¸ão endotra-queal,recomenda-seiniciarcorticoterapiasistêmicaviaoral cinco dias antes do procedimento. Além disso, imediata-menteantesdacirurgia,opacientedevereceberinalac¸ão combeta-2 de curtadurac¸ão e anticolinérgicos em doses plenas,associadosaocorticoideintravenoso.67---69

Pacientes pneumopatas são frequentemente usuá-rios crônicos de corticoides, seja como tratamento de manutenc¸ão ou prescrito nos momentos de exacerbac¸ão. Dessa forma, são considerados pacientes de risco para o desenvolvimentodeinsuficiênciaadrenalnopós-operatório aquelesquefizeremusodedosesacimade7,5mgde predni-sona(ouequivalente)pormaisde30diasouacimade20mg deprednisona(ouequivalente)pormaisdeduassemanasno últimoano.46Pacientestratadoscomradioterapianaregião

hipofisária,portadoresdedoenc¸asautoimunesoucom qua-droclínicosugestivo de insuficiência adrenal também são consideradosderisco. Idealmente, devem sersubmetidos àavaliac¸ãodiagnósticapreviamenteàcirurgia;entretanto, casonãohajatempohábilparaainvestigac¸ão, recomenda-se suplementac¸ãoempírica de corticoide, a depender do portecirúrgico:46

• Estressecirúrgicoleve:dobraroutriplicaradose diária

decorticoide usadapor pacientescom diagnóstico pré-viode insuficiência adrenal ouem usuárioscrônicosde corticoide.Nocasodejejum,prescreverhidrocortisona 50mgimediatamenteantesdacirurgiacommanutenc¸ão de25mgacada12horasporaté24horasapóso proce-dimento.

• Estresse cirúrgico moderado: hidrocortisona parenteral

25mgacadaoitohoras,iniciando-senamanhãdacirurgia ecomreduc¸ãodadosenopós-operatórioem50%aodia, atésuspenderouatingiradosehabitual.

• Estresse cirúrgico elevado: hidrocortisona parenteral

50mgacadaseishoras,iniciando-senamanhãdacirurgia ecomreduc¸ãodadosenopós-operatórioem50%aodia, atésuspenderouatingiradosehabitual.

O tabagismo aumenta o risco perioperatório de complicac¸ões cardíacas e pulmonares. A abstinência dotabagismo podereduzira taxa detaiscomplicac¸ões.70

Noentanto,adurac¸ãodeabstinênciapré-operatória neces-sária para esse benefício não está estabelecida. Alguns

especialistas sugerem que a abstinência por um breve períodoantesdacirurgia(muitasvezesdefinidacomomenos deoitosemanas)podeapresentarumriscomaiordeCPP.O supostomecanismodomaiorriscoéoaumentotransitório detosseeaproduc¸ãodemucoapósabstinência.Entretanto, existem diversos estudos que não encontraram a relac¸ão deaumentodoriscocomocurtoperíododeabstinência.71

Recentemetanáliseconcluiuqueaevidênciadisponívelnão fundamenta a associac¸ão entreo curto período de absti-nênciaeoaumentodoriscopós-operatório.72Empacientes

ambulatoriais,acessac¸ãodotabagismonãoestáassociada com o aumento da produc¸ão de tosse ou expectorac¸ão73

eaproduc¸ãodeexpectorac¸ãonointraoperatórionãoestá aumentada em recentes ex-fumantes(abstinência deoito semanasantesdacirurgia)emcomparac¸ãocomosque conti-nuaramfumando.74Assim,(1)nenhumestudoconstatouque

aabstinênciaaotabagismo emumcurtointervalono pré-operatórioaumentasignificativamenteoriscopulmonar;(2) metanálisedosestudosdisponíveisnãoencontrouaumento significativo do risco; (3) não há suporte para o suposto mecanismosubjacentequecontribuiparaorisco;e(4)há evidênciadereduc¸ãodeCPPnosindivíduosqueforam sub-metidosacirurgiaapósoperíododeabstinênciadequatro semanas.75Assim,aavaliac¸ãopré-operatóriadeveser

con-sideradaummomentoimportanteparaencorajaracessac¸ão dotabagismo, independentemente do períodoem que foi feita.

Estratégias cognitivo-comportamentais associadas ou não a medicac¸ões específicas (terapia de reposic¸ão de nicotina,76 bupropiona,76 vareniclina77) são efetivas na

cessac¸ão do tabagismo e podem ser usadas tanto no pré quantonopós-operatório.Aescolhadotratamento medica-mentosodevelevaremcontaascontraindicac¸õesindividuais dosdoentesenãosermodificadapelotipocirúrgico. Ade-sivosde nicotinapodem serusados aténo pós-operatório imediato.46

Afisioterapiarespiratóriaédefundamentalimportância na reduc¸ão do risco de complicac¸ões pulmonares perio-peratórias. Pode ser iniciada antesda cirurgia e mantida durantetodaainternac¸ãohospitalarcomoformade maximi-zarafunc¸ãopulmonareminimizarossintomasrespiratórios. O treino da musculatura respiratória no pré-operatório é capaz dereduzir a incidência deatelectasias e aumentar ematé10%amédiadapressãoinspiratóriamáximano pós-operatório.78

Asestratégiaspassíveisdeseremaplicadaspelos fisiote-rapeutassãovariadaseincluem:inspirômetrodeincentivo, exercícios de respirac¸ãoprofundasustentada, tosse assis-tida, drenagem postural, vibrac¸ão e percussão e o uso de ventilac¸ão não invasiva intermitente (CPAP ou BiPAP). Metanálise evidenciou reduc¸ão de 50% de complicac¸ões perioperatórias com o usode inspirômetrodeincentivo e exercíciosderespirac¸ãoprofunda,mas,atéomomento,não háevidênciasdesuperioridade deumaestratégiasobreas demais.

Estratégiasintraoperatórias

(10)

alveolaredaperfusãoe,consequentemente,daoxigenac¸ão arterial. Um importante fator para o comprometimento respiratório durante a anestesia geral com paciente em ventilac¸ão espontânea é a reduc¸ão da sensibilidade ao CO2causadapelosanestésicosinalatórios,79barbitúricos80e

opioides.81Arespostaédosedependenteerelac¸ãodireta

entreareduc¸ãodaventilac¸ãoeaprofundidadeanestésica. Isso não impede o uso da ventilac¸ão espontânea durante a anestesiainalatória em crianc¸as82 e adultos,83 feitasob

monitorac¸ãoeajusteapropriado.

Ousodebloqueadoresneuromuscularesparaadequado relaxamento cirúrgico no período intraoperatório pode ser uma importante causa de complicac¸ão respiratória e surgimento de hipoxemia no pós-operatório. Isso ocorre principalmente porcausa dapresenc¸ade bloqueio neuro-muscularresidual.16 Assim,deve-seconsideraraavaliac¸ão

dospacientescomousodemonitoresquantitativosdo blo-queioneuromuscular,17,84---88particularmentequandousados

bloqueadoresdelongaac¸ãocomoopancurônio.

Existemevidênciasdequeosanestésicosinalatórios,p. ex.,isoflurano89esevoflurano,90podemreduziralesão

pul-monarinduzidaporventilac¸ão(VILI).Oprecondicionamento com isoflurano nos pulmões e em outros órgãos simula o efeitocardioprotetor doprecondicionamentoisquêmico,91

por meio da ativac¸ão dos receptores de adenosina92 e

canais de potássio sensíveis ao ATP.93 O isoflurano induz

efeitos protetores durante isquemia-reperfusão94 e lesão

pulmonar induzida por endotoxina95 ou zymosan.96

Tam-bém há benefício na reduc¸ão da liberac¸ão de citocinas ocasionada pela ventilac¸ão mecânica,97 além de efeito

protetorcontraalesãopulmonarporevitarrespostas pró-inflamatórias.89

A anestesia balanceada deve ser usada em pacien-tes portadores de doenc¸as pulmonares obstrutivas, por causa da ac¸ão broncodilatadora dos inalatórios. Deve-se ter parcimônia no uso do desflurano pelo efeito de tosse, laringoespasmo, broncoespasmo e hipersecrec¸ão brônquica.98,99

Na anestesia regional para cirurgias do membro supe-rior, o bloqueio de plexo braquial por via interescalênica comgrandesvolumesdeanestésicolocaldeveserevitado empacientespneumopatascrônicosgraves,jáquehárisco deparalisiadiafragmáticaipsilateral.Preferencialmente,o bloqueiodeplexodeveserfeitosobvisualizac¸ãodiretacom ultrassomemínimosvolumesdeanestésico.100

Tantonointraoperatórioquantonopós-operatório deve-se ter cautela com a reposic¸ão volêmica e evitar a administrac¸ão excessiva de fluidos e o balanc¸o hídrico positivo.Ovolumeintravascularexcessivolevaao extrava-samento delíquido para o interstício e predispõe à lesão pulmonaragudaeinsuficiênciarespiratória,101 infecc¸ãode

feridaoperatória,deiscênciadeanastomoseseíleo prolon-gado.Além disso,obalanc¸opositivofrequentementegera dificuldadedeextubac¸ão,oqueresultaemmaiortempode intubac¸ão e internac¸ão em UTI. Dessaforma,a reposic¸ão volêmicadevepreferencialmenteserbaseadaem parâme-trosmacroemicro-hemodinâmicos.102

O uso desondanasogástrica (SNG) aumentao risco de microaspirac¸õese,consequentemente,deinfec¸ões pulmo-naresnopós-operatório.Sendoassim,seuusorotineirodeve serabandonadoeapassagemdeSNGdeveficarrestritaaos doentescomindicac¸ãoprecisa.103

Estratégiaspós-operatórias

A decisão de solicitar que os primeiros cuidados pós-operatórios sejam feitos em UTI depende do porte da cirurgia,dagravidadedodoenteedoseuriscode desenvol-vercomplicac¸õesperioperatórias.Assim,suarecomendac¸ão deve ser feita de forma criteriosa a partir de cuidadosa avaliac¸ãopré-operatória.

Éfundamentalqueseestabelec¸aumaadequada analge-sianopós-operatório,especialmenteemcirurgiastorácicas e abdominais. A ocorrência de dor impede adequada incursãorespiratóriacompredisposic¸ãoaoaumentoou sur-gimentodenovasáreasdeatelectasia.

Analgésicosquedeprimamosistemarespiratóriodevem serevitadossemprequepossível.EmpacientescomSAOS, o uso de opioides sistêmicossabidamente piora o quadro de obstruc¸ão das vias aéreas e aumenta a incidência de complicac¸õespós-operatórias.Sendoassim, recomenda-se ousodeanalgésicossimples(dipirona,paracetamol)e anti-inflamatórioshormonaisounãohormonaisparaoscasosde dorleve. Quandoador for moderadaa intensa,o usode cetaminaoudexmedetomidinaécapazdereduziras neces-sidadesdeopioides.104Noscasosemqueacirurgiafoifeita

com anestesia regional, a manutenc¸ão de cateteres para analgesialocalpós-operatóriaérecomendada.

No pós-operatório, pacientes em respirac¸ão espon-tânea devem ser avaliados quanto à necessidade de suplementac¸ãodeoxigênio porcateteresoumáscaraspor meiode gasometriasarteriais e oximetriadepulso. Espe-cialmenteemportadoresdeDPOC,SAOSe/ouinsuficiência cardíaca,ousodeventilac¸ãonãoinvasiva,casoocorra des-confortorespiratório,podeevitarareintubac¸ão.Pacientes comSAOStêmmaiorriscodedesenvolverhipoxemiae hiper-capnianopós-operatórioedevemsermanuseadoscomCPAP rotineiramenteassimqueforemadmitidosnaUTIou enfer-maria.

Pacientes recebidos em ventilac¸ão mecânica invasiva devemimediatamenteserincluídosemprotocolosde des-mame ventilatório e, sempre que possível, ventilados na modalidade de pressão de suporte. Devem-se evitar a sedac¸ão e a analgesia profundas, objetivando-se escores 2 ou 3 na escala de Ramsay, e respeitar o protocolo de interrupc¸ãodiáriadesedac¸ão.Afisioterapiarespiratóriae ostreinosdeendurancetambémajudamareduzirotempo deintubac¸ão.

Excetoem casosdecontraindicac¸ãoporcausada natu-reza do procedimento cirúrgico, a cabeceira deve ser mantida em inclinac¸ão de 30o. Essa medida não ajuda

a prevenir a obstruc¸ão das vias aéreas em pacientes em ventilac¸ão espontânea, como também comprovadamente reduz a incidência de pneumonia associada à ventilac¸ão mecânica.

Conclusões

(11)

devemsersolicitadosguiadosporessaavaliac¸ão.No proce-dimentoeletivo, osobjetivos da avaliac¸ãopré-operatória podem ser mais amplamente obtidos, quais sejam, a estabilizac¸ãoclínicadadoenc¸apulmonar,amaximizac¸ãoda func¸ãopulmonar,a cessac¸ãodo tabagismoe a instituic¸ão precocedefisioterapiarespiratórianopré-operatório.

Por fim, os doentes pneumopatas frequentemente apresentamoutrascomorbidadesedevemseravaliados glo-balmentequantoaosriscoscardiovasculares,metabólicos, renaisedetromboembolismovenosoenvolvidosno proce-dimentoanestésico-cirúrgicoaserfeito.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

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