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Qualidade de vida de cuidadores familiares de idosos dependentes no domicílio.

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Artigo Original

QUALIDADE DE VIDA DE CUIDADORES FAMILIARES DE IDOSOS

DEPENDENTES NO DOMICÍLIO

Karla Ferraz dos Anjos1, Rita Narriman Silva de Oliveira Boery2, Rafael Pereira3

1 Enfermeira. Mestre em Enfermagem e Saúde. Jequié, Bahia, Brasil. E-mail: karla.ferraz@hotmail.com

2 Doutora em Enfermagem. Professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Jequié, Bahia, Brasil. E-mail: rboery@gmail.com

3 Doutor em Engenharia Biomédica. Professor Assistente da UESB. Jequié, Bahia, Brasil. E-mail: rafaelppaula@gmail.com

RESUMO: Objetivou-se analisar a associação de características sociodemográicas e sobrecarga de atividades com a qualidade de vida do cuidador familiar de idosos dependentes no domicílio. Estudo epidemiológico, transversal,realizado com 58 cuidadores familiares de idosos, cadastrados em Estratégias Saúde da Família de um município do interior do Estado da Bahia. Os dados foram coletados a partir dos instrumentos de Katz, sociodemográico, Zarit Burden Interview, WHOQOL-bref e analisados pela estatística descritiva, de correlação e regressão linear múltipla. A escala Zarit associou-se negativamente com todos os domínios do WHOQOL-bref. Corroborando este achado, o modelo de regressão múltipla aplicado identiicou que a escala Zarit isoladamente é capaz de predizer os impactos do cuidar sobre a qualidade de vida dos cuidadores estudados. Há evidência da necessidade de ampliação dosuporte social e de saúde aos cuidadores, na tentativa de minimizar a sobrecarga, melhorando a qualidade de vida desses indivíduos.

DESCRITORES: Cuidadores. Família. Idoso. Qualidade de vida. Apoio social.

QUALITY OF LIFE OF RELATIVE CAREGIVERS OF ELDERLY

DEPENDENTS AT HOME

ABSTRACT: The objective of this study was to analyze the relationship of sociodemographic characteristics and activity overload with the quality of life of relative caregivers of elderly dependents at home. This is an epidemiological, transversal study, conducted with 58 relative caregivers of elderly people registered in Family Health Programs in a municipality in the state of Bahia. Sociodemographic data were collected; in addition, the Katz Index of Independence, Zarit Burden Interview, and WHOQOL-bref were administered. The data were analyzed using correlation and multiple linear regression. The Zarit scale was negatively associated with all areas of the WHOQOL-bref domain, which was corroborated by the multiple regression model, which identiied that the Zarit scale alone was able to predict the impact of care on quality of life of the studied caregivers. There is evidence of a need for expansion of social and health support to caregivers in an attempt to minimize overload, improving the quality of life of these individuals.

DESCRIPTORS: Caregivers. Family. Aged. Quality of life. Social support.

CALIDAD DE VIDA DE FAMILIARES CUIDADORES DE ANCIANOS

DEPENDIENTES EN CASA

RESUMEN: Se objetivó analizar la asociación de las características socio-demográicas y sobrecarga de actividades con la calidad de vida de familiares cuidadores de ancianos dependientes en casa. Estudio epidemiológico, transversal, realizado con 58 cuidadores familiares de personas mayores, registrado en Estrategias de Salud de la Familia, de un municipio del estado de Bahía. Los datos fueron recolectados por medio de instrumentos sociodemográicos, además del Katz Index of Independence, Zarit Burden Interview, y el WHOQOL-bref, que fueron analizados mediante estadística descriptiva, de correlación y regresión lineal múltiple. La escala Zarit se asoció negativamente con todas las áreas del WHOQOL-bref. Corroborando este hallazgo, el modelo de regresión múltiple aplicado identiicó que la escala Zarit sola es capaz de predecir el impacto del cuidado sobre la calidad de vida de los cuidadores estudiados. Hay evidencia de la necesidad de expansión de la ayuda social y de la salud a los cuidadores, en un intento de minimizar la sobrecarga, mejorando la calidad de vida de estos individuos.

(2)

INTRODUÇÃO

A elevação do número de pessoas idosas

na população geral relete ganhos positivos em

termos de desenvolvimento social, entretanto, com o aumento da expectativa de vida, e, parale-lamente, o processo de envelhecimento humano, apresenta crescimento dos fatores de risco que estão relacionados, principalmente, às doenças crônicas não transmissíveis, acentuando os índi-ces de comorbidade que podem comprometer a independência da população idosa e, por sua vez, fazer com que esses indivíduos possam necessitar de forma constante de cuidadores que realizem cuidados básicos diários.1

Cuidar é servir, oferecer ao outro, em forma de serviço, o resultado de seus talentos, preparo e escolhas; é praticar o cuidado, perceber a outra pessoa como ela é, e como se mostra, seus gestos

e falas, sua dor e limitação. Cuidado signiica

atenção, precaução, dedicação, carinho, encargo e responsabilidade. O cuidador corresponde à pessoa designada, geralmente pela família, para realizar o cuidado, quando isto é requerido.2

O cuidador familiar, usualmente, é aquele indivíduo que é responsável por cuidar de uma pessoa de sua própria família, também conhecido como cuidador informal. O cuidador informal

pode ser um membro familiar como cônjuge, ilho,

irmão, amigo ou vizinho, que mesmo não tendo laços de parentesco, cuida da pessoa, a exemplo do idoso, geralmente de maneira voluntária. O cuidador principal configura-se como aquele

indivíduo que ica responsável por quase todo o

trabalho diário com o idoso dependente.3

Neste contexto, veriica-se que a família,

quase sempre, é encarregada do cuidado volun-tário às pessoas idosas dependentes no domicílio e, desse modo, constitui-se em relevante rede de apoio social informal, sendo parceira das redes de

apoio social formal - formadas por proissionais

de saúde com capacitação especial, assim como representado especialmente pelos serviços de saúde.4 O cuidador familiar de idosos assume, então, a responsabilidade de oferecer cuidados àqueles que necessitam, porém este cuidar pode

impactar signiicativamente a qualidade de vida

(QV) desses cuidadores.

As leis brasileiras de proteção à pessoa ido-sa, baseadas na Constituição Federal – a Política Nacional do Idoso e a Política Nacional de Saúde

da Pessoa Idosa, reairmam que é dever da família

e obrigação da comunidade, sociedade e Estado

amparar as pessoas idosas, assegurando-as par-ticipação na comunidade, defesa da dignidade e bem-estar, garantindo-lhes o direito à vida.5-6

Estudo7 realizado em Portugal evidencia que, na contemporaneidade, a experiência de cuidar no domicílio tem se tornado cada vez mais frequente entre as famílias. Em consonância com essa tendência, as políticas de atenção à pessoa idosa defendem que este local pode ser conside-rado o melhor para o idoso. Isto devido à proba-bilidade de garantir a autonomia e preservar sua dignidade e identidade. Esta realidade ocorre, também, no cenário brasileiro, haja vista que são os familiares que mais se responsabilizam pelo cuidar do idoso.

É no contexto familiar que o idoso tem o seu mais efetivo meio de sustentação e pertencimento, no qual apoio efetivo e de saúde fazem-se indis-pensáveis e pertinentes. Assim, é na família que

recai a busca inicial para a igura de um cuidador.8 No Brasil, estima-se 85% dos idosos apresentem pelo menos uma doença crônica. Além disso, des-tes, em torno de 10% com sobreposição de afecções concomitantes. Logo, a situação de cronicidade e longevidade contemporânea de brasileiros con-tribui para o aumento da população idosa com limitações funcionais, exigindo, portanto, a neces-sidade de cuidados diários constantes.9

A dependência, que gera fragilidade, é um estado em que se encontram diversas pessoas que, por razões relacionadas à falta ou perda de autonomia física e/ou psíquica, requer assistência e/ou ajuda de outra pessoa para realizar suas Ati-vidades Básicas de Vida Diárias (ABVDs). Atual-mente, essa situação de fragilidade é um problema que provoca várias implicações psicossociais,

econômicas, políticas e inanceiras, tanto para os

indivíduos dependentes, como os que têm que dispor de tempo para ajudar a cuidar da pessoa.10

(3)

conseguirem realizar o cuidado de forma mais adequada, que ofereça menos riscos e dentro de suas possibilidades.

Assumir a responsabilidade de cuidar de pessoas idosas dependentes tem sido apontado por cuidadores familiares como tarefa exaustiva e estressante, pois o cuidador passa a ter restrições e/ou limitações relacionadas à sua própria vida,13 o que pode impactar a QV destes cuidadores. Mesmo o cuidado14 sendo considerado tarefa que requer responsabilidade e dedicação, este precisa

ser realizado com amor, sendo inluenciado pelo

reconhecimento, obrigação e dever relacionados com os momentos vivenciados junto ao idoso e, também, como retribuição de sentimentos acu-mulados durante a vida do idoso com o cuidador. Neste contexto, estudo15 verificou a as-sociação entre a percepção subjetiva da QV de cuidadores familiares de idosos dependentes e as

características sociodemográicas, de saúde, grau

de sobrecarga percebida e grau de independência

funcional do idoso, identiicando que o grau de

sobrecarga correlaciona-se negativamente com a percepção de QV e ainda que em conjunto, o grau de sobrecarga, a presença de companheiro e a presença de doença no cuidador são os fatores que melhor explicam a percepção de QV, mensurado pelo Índice Geral de Qualidade de Vida (IGQV).

Importante notar que o estudo15 incluiu idosos atendidos pelo Programa Saúde da Família na zona sul da capital paulista, o que não permite estender suas conclusões a cuidadores residentes em outras regiões do país, principalmente as re-giões com baixo IDH, uma vez que o Estado de São Paulo16 tem um elevado IDH. Tal airmação

é embasada na deinição de QV que, segundo a

Organização Mundial de Saúde,17 é a percepção que o indivíduo tem sobre sua posição na vida, no tocante à cultura e ao sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações.

Desta forma, estudos que veriiquem a as

-sociação entre a percepção subjetiva da QV de cuidadores familiares de idosos dependentes e as

características sociodemográicas, de saúde, grau

de sobrecarga percebida e grau de independência funcional do idoso em regiões com baixo IDH são necessários para que se conheça a natureza desta relação em diferentes contextos sociais, princi-palmente no Brasil, onde ainda não há políticas

especíicas direcionadas ao cuidador, logo, torna-se relevante identiicar os fatores associados ao processo de cuidar e sua inluência na QV destes.

Este estudo teve como objetivo analisar a

associação de características sociodemográicas

e sobrecarga de atividades com a qualidade de vida do cuidador familiar de idosos dependentes no domicílio, em um município no interior do Estado da Bahia.

MÉTODO

Trata-se de um estudo epidemiológico, de delineamento transversal, realizado em residên-cias da área urbana, adstritas nas duas Estratégias de Saúde da Família (ESFs), de um município do interior do Estado da Bahia, região Nordeste do Brasil, com área territorial de 2.254,420 km². A população é composta de 14.387 indivíduos, sendo que na área urbana existem 7.359 pessoas e, destas, 871 são idosas. Tratando-se das características de desigualdades sociais e de pobreza da população, este município é composto, predominantemente, por indivíduos com baixo poder aquisitivo.18

As ESFs contam com duas equipes, 14 mi-croáreas, 839 idosos com 60 anos ou mais, cadas-trados. A partir deste levantamento, realizou-se visita domiciliar, juntamente com os Agentes

Comunitários de Saúde, para identiicar os idosos

com dependência funcional, conforme a escala de Atividades Básicas de Vida Diária (ABVDs) de Katz.19 A coleta de dados foi realizada no período de janeiro a fevereiro de 2013, por meio de entre-vista semiestruturada. A autora principal e uma enfermeira capacitada para o desenvolvimento das atividades de campo realizaram a aplicação dos instrumentos de coleta de dados.

Os participantes do estudo foram todos os 58 cuidadores familiares de idosos. Os critérios de inclusão foram: cuidador familiar de idoso que apresente dependência funcional e esteja cadastra-do em uma das ESF; coabite o mesmo cadastra-domicílio; tenha idade igual ou superior a 18 anos; e seja o cuidador principal.

Para classiicar as pessoas idosas como in

-dependentes ou -dependentes, aplicou-se aos cui-dadores, por meio de entrevista, a escala de Katz, instrumento desenvolvido por Sidney de Katz, para avaliar a independência funcional no desempenho das AVDss em seis funções (banho, vestir-se, ir ao banheiro, transferência, continência e alimenta-ção).19 O escore utilizado varia de zero a seis pontos, no qual um ponto é atribuído a cada resposta “Sim”,

sendo o indivíduo classiicado como: independente

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Após a identiicação dos idosos dependentes,

foram pesquisados os seus cuidadores. Inicialmen-te, aplicou-se um formulário semiestruturado para

veriicar as características sociodemográicas e de

saúde do cuidador. Em seguida, para averiguar a sobrecarga do cuidador em relação aos cuidados prestados ao idoso, a escala de Zarit Burden Inter-view (ZBI), que é um instrumento composto por 22 itens, para avaliar áreas respondentes à saúde, vida

social e pessoal, bem-estar psicológico, inanças e

relações pessoais.20

Cada item da escala ZBI, do tipo Likert, de cinco pontos, é pontuada de 0 a 4, que medem a frequência, de acordo a presença e intensidade de uma resposta (0=nunca; 4=sempre). No último item, o participante é questionado acerca da sobre-carga ao exercer a função de cuidador (0=nada; 4=extremamente). O escore da escala varia entre 0 e 88, sendo que quanto maior a pontuação, maior a sobrecarga.20

A QV dos cuidadores foi avaliada a partir da aplicação do questionário do World Health Organi-zation Qua lity of Life (WHOQOL-bref), desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O instrumento contém 26 questões, duas gerais de QV e 24 compostas por quatro domínios: físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente. As duas questões gerais foram calculadas em conjunto para gerar único escore independente dos outros relacionados aos domínios, no qual se denomina IGQV.21

Os dados foram processados no software Statistical Package for Social Science (SPSS) versão 18.0. Optou-se pela análise estatística descritiva, utilizando-se média e desvio padrão (dp). Adicio-nalmente, realizou-se a correlação de Spearman entre os domínios do WHOQOL-bref e variáveis quantitativas do cuidador e idoso, assim como, o modelo de regressão linear múltiplo (stepwise forward), tendo como variável dependente o escore do IGQV e como variáveis independentes a idade do cuidador e idoso, sexo do cuidador, presença de morbidade, escalas de Katz e Zarit. Para este estudo, elegeu-se apenas o escore do IGQV, por considerá-lo um indicador mais abrangente e ade-quado aos objetivos do estudo, conforme proposto em estudo.15 O nível de signiicância adotado para o estudo foi de 5% (i.e., p<0,05).

Para veriicar a correlação entre os domínios

do WHOQOL-bref e variáveis do cuidador e idoso,

utilizou-se o Coeiciente de Correlação de Spear

-man, com a classiicação segundo a magnitude:22

<0,3 (fraca), ≥0,3 a <0,5 (moderada) e ≥0,5 (forte).

O presente estudo foi aprovado pelo Co-mitê de Ética em Pesquisa da Universidade Es-tadual do Sudoeste da Bahia, campus de Jequié, Bahia, sob o protocolo n. 128.580/2012 e CAAE: 08643612.6.0000.0055.

RESULTADOS

Dos idosos que recebiam cuidados, 65,5% eram do sexo feminino, com média de 79,86 anos de idade (dp=11,5). As doenças mais descritas foram hipertensão (48,3%) e acidente vascular cerebral (15,5%). A partir da escala de Katz

iden-tiicou-se que 44,9% dos idosos eram dependentes entre três e cinco funções e 19% se classiicaram

como totalmente dependentes, com média da escala de 4,55 (dp=1,89).

Quanto ao perfil sociodemográfico dos

cuidadores, veriicou-se que a maioria era do sexo feminino (84,5%), ilhos (77,6%), raça/cor

parda (65,5%), com união estável (60,3%), média de idade 47,41 anos (dp±16,8). Ainda com rela-ção aos cuidadores, a maior parte declarou ter ensino fundamental incompleto (44,9%), estar desempregada (82,8%), ter renda de menos de um salário mínimo (67,4%), dedicar-se mais de 18 horas por dia ao cuidar (82,9%), tempo como cuidador acima de seis anos (53,4%), referiu ter alguma doença (87,9%) e receber ajuda de outras pessoas para cuidar do idoso (60,3%), conforme demonstrado na tabela 1.

Tabela 1 - Características de cuidadores familiares do estudo qualidade de vida do cuidador familiar de idosos dependentes no domicílio. Manoel Vitorino-BA, 2013

Variável Cuidadores

(n=58)

Sexo (%)

Feminino 84,5

Masculino 15,5 Idade (%)

Média 47,41

Desvio padrão 16,8

Mínimo 18

Máximo 80

Cor de pele (%)

Branca 25,9

Parda 65,5

Preta 8,6

Estado civil (%)

Casado/união consensual 60,3

(5)

Viúvo 5,2 Escolaridade (%)

Analfabeto 22,4 Ensino fundamental incompleto 44,9 Ensino fundamental completo 8,6 Ensino médio incompleto/completo 17,3 Superior incompleto/completo ou mais 6,8 Número de horas/dia dedicadas ao

cuidado (%)

Até 8 5,1

De 9 a 18 12,0 Mais de 18 horas/dia ou integral 82,9 Há quanto tempo cuida (em anos) (%)

Até 1 ano 10,4 De 2 a 5 anos 36,2 De 6 e 10 anos 32,6 Acima de 10 anos 20,8 Renda mensal (salários mínimos)* (%)

Sem renda 36,2 Menor que 1 31,2 Igual a 1 24,0 Maior que 1 8,6 Parentesco com relação ao idoso (%)

Filho (a) 77,6

Cônjuge 15,5

Pai/mãe 6,9

Trabalho (%)

Exerce atividade remunerada 17,2 Dona de casa/desempregado 55,2 Nunca exerceu trabalho remunerado 27,6 Presença de doença (%)

Sim 87,9

Não 12,1

Recebe ajuda (%)

Sim 60,3

Não 39,7

(*) Salário Mínimo = R$ 620,00.

Em relação às doenças referidas pelos

cuida-dores, veriicou-se predominância do diagnóstico

de lombalgia (63,8%), seguido de hipertensão (41,4%) e varizes (37,9%), sendo que 51,7% dos cuidadores faziam uso de alguma medicação.

No WHOQOL-bref, o IGQV teve média de 55,6 (dp=9,8). Os domínios que apresentaram maiores escores foram o físico (média de 54,8; mediana 53,5; dp=15,5) e psicológico (média de 54,8; mediana 58,3; dp=15,5). As relações sociais (média de 54,8; mediana 50; dp=15,5) e ambiente (média de 41,4; mediana 42; dp=13,9) apresenta-ram os menores escores.

Os dados da tabela 2 mostram as correlações entre os domínios do WHOQOL-bref e variáveis do cuidador e idoso. A escala Zarit teve correlação

negativa signiicativa de magnitude forte com o

IGQV e os domínios físico, psicológico e ambiente,

além de correlação fraca, porém signiicativa, com o

domínio relações sociais. O domínio físico teve cor-relação fraca com a idade do cuidador, bem como o psicológico e relações sociais com a escala Katz.

Tabela 2 - Coeicientes de correlação de Spearman (rsp) entre os domínios do WHOQOL-bref e demais

variáveis do estudo qualidade de vida do cuidador familiar de idosos dependentes no domicílio. Manoel Vitorino-BA, 2013

Domínios WHOQOL-bref Idade do idoso rsp (P) Idade do cuidador rsp (P) Renda per capita rsp (P)

n. de pessoas que mora no domicílio rsp (P) Tempo como cuidador rsp (P) Horas dedicadas ao cuidar Zarit rsp (P) Katz rsp (P) IGQV 0,137 (0,305) 0,001 (0,993) 0,141 (0,292) -0,051 (0,703) -0,013 (0,922) 0,026 (0,845) -0,605† (0,000) -0,196 (0,140) Físico 0,065 (0,627) -0,260* (0,049) -0,092 (0,491) 0,018 (0,894) -0,082 (0,539) 0,005 (0,973) -0,513† (0,000) -0,221 (0,095) Psicológico -0,117 (0,384) -0,126 (0,344) 0,096 (0,473) -0,072 (0,594) 0,066 (0,621) 0,030 (0,821) -0,507† (0,000) -0,298* (0,023)

Relações sociais -0,081 (0,545) 0,023 (0,862) -0,024 (0,860) -0,179 (0,179) -0,246 (0,062) 0,111 (0,405) -0,283* (0,031) -0,287* (0,029)

(6)

A escala de avaliação da sobrecarga (i.e., escala de Zarit) variou de 22 a 72 entre os cuidado-res (media de 47 e dp=12,3). Ao aplicar o modelo de regressão linear múltipla (stepwise forward), considerando as variáveis: idade, sexo, presença de morbidade, escalas de Katz e Zarit como va-riáveis independentes e o IGQV como variável

dependente, veriicou-se que apenas a escala Zarit permaneceu ao inal do modelo, indicando que

esta variável isoladamente foi capaz de explicar a percepção de QV mensurado pelo IGQV,

per-mitindo airmar que quanto maior a sobrecarga

de trabalho do cuidador, pior é sua percepção de QV (Tabela 3).

Tabela 3 - Modelo de regressão linear múltiplo inal para o IGQV do estudo qualidade de vida

do cuidador familiar de idosos dependentes no domicílio. Manoel Vitorino- BA, 2013

Coeiciente de regressão β p

Zarit -0,783 0,002

r2 ajustado = 0,577; p (modelo) = 0,0001

DISCUSSÃO

Este estudo analisou a associação de

carac-terísticas sociodemográicas e sobrecarga de ativi

-dades com a QV do cuidador familiar de idosos dependentes no domicílio em um município no interior do Estado da Bahia. Os resultados aqui obtidos corroboram com estudo prévio15 reali-zado em regiões de alto IDH, porém, a diferença no contexto social, da amostra deste estudo e dos

estudos prévios, pode ter inluenciado a natureza

da relação entre as variáveis estudadas.

O predomínio de cuidadores do sexo

femi-nino, tendo ilhos e com união estável corrobora

com os achados de estudos prévios de âmbito nacional15,23-24 e internacional.7,25 Tal achado refor-ça o papel social da mulher que historicamente é determinado com a função de provedora de cuidados,23 visto como natural pela mulher e pela sociedade, pois está inscrito socialmente no papel de mãe. Cuidar dos familiares idosos, portanto, é mais um dos papéis que a mulher assume na esfera doméstica.

A participação do sexo masculino como cui-dador é importante,7,15,23-25 tendo como exemplo, o estudo realizado em Portugal,7 que destaca o aumento do cuidador masculino. Em nosso estu-do, cuidadores do sexo masculino representaram apenas 15,5% da amostra, indicando que apesar

de ser minoria, estes também contribuem como cuidador principal.

Estudos prévios já destacavam a elevada idade entre os cuidadores principais7,15,22,24 pode estar associada ao fato de que muitas vezes este cuidador é um cônjuge24 ou mesmo um ilho(a). Nossos resultados mostram uma média de ida-de ida-de 47 anos, com cuidadores corresponida-dendo predominantemente a filhos (77,6%), seguido

pelo cônjuge (15,5%), o que justiica a variação de

idade entre 18 e 80 anos. A idade avançada dos cuidadores é motivo de preocupação, pois pode

inluenciar diretamente o risco de sobrecarga para

o cuidador.

A variável raça/cor não tem sido reportado em estudos relacionados à cuidadores familia-res.7,15,22-25 Estudo12 sobre o peril de cuidadores

de idosos reporta esta variável e identiicou que

a maior parte dos cuidadores declarou ser de cor branca, o que pode ter relação com a região sudeste do Brasil, local onde realizou a pesquisa. Diferente,

o presente estudo identiicou que a maioria dos

cuidadores declarou ser negra (parda/preta), raça/cor predominante no nordeste brasileiro.

Tal como em outros estudos,15,22-24 a popu-lação aqui estudada apresenta baixo nível de escolaridade, sendo que 67,3% são analfabetos ou possuem ensino fundamental incompleto, o que representa porcentagem maior que observado em estudos9,12 realizados em regiões do Brasil com alto IDH.

A escolaridade reduzida pode contribuir para o papel do cuidador ser atribuído aos fami-liares, visto que a inserção no mercado de trabalho formal é mais difícil para aqueles indivíduos com baixa escolaridade. Assim, é mais provável que essas pessoas se dediquem aos serviços domésticos e cuidado do familiar dependente, como extensão dessa atividade.15

Como observado em estudos prévios, a maior parte dos cuidadores estava desemprega-do,15,24-25 embora estudos identiicarem percentual representativo de cuidadores familiares traba-lhando em atividades extra domiciliares.7,15,24-25 Evidenciou-se no estudo que 17,2% dos cuidadores exerciam atividades remuneradas adicionais às realizadas no domicílio e a do cuidar do idoso, o

que pode inluenciar negativamente na sobrecarga

e QV desses cuidadores.

(7)

O percentual de cuidadores desempregados,

iden-tiicado neste estudo, pode estar associado a este

fato, vez que 74,2% deles referiram ter trabalhado fora do domicílio e, no momento, dedicavam-se, exclusivamente, às atividades domésticas e sem remuneração.

Estudo sobre QV de cuidadores de idosos dependentes mostrou renda per capita média inferior a um salário mínimo entre os cuidadores estudados.15 Semelhantemente, o presente estudo mostrou que o maior percentual de cuidadores não tem renda, seguido dos que recebem até um

salário mínimo, o que pode ser justiicado não só

pelo tempo que precisa dedicar ao cuidar do seu familiar idoso, como também pelas características socioeconômicas da região estudada, que não dis-põe de muitas oportunidades de trabalho.

Elevado percentual dos cuidadores relatou a presença de pelo menos uma doença, o que corro-bora com estudos anteriores.7,15 O diagnóstico de lombalgia foi o mais comum, acometendo 63,8% dos cuidadores, seguido do diagnóstico de hiper-tensão (41,4%) e varizes (37,9%), todas condições patológicas que podem ser relacionadas à sobre-carga física. Não obstante, hipertensão arterial15,24 e afecções de coluna22 estão entre as doenças mais citadas em estudos anteriores.

Vários cuidadores percebem sua saúde como regular e esta tende a piorar devido ao processo de cuidar do idoso, necessitando eles próprios de cuidados de saúde.7 A partir da comparação do es-tado de saúde atual com a de cinco anos anteriores, o estudo24 obteve que quase metade da amostra informou ter piorado de saúde. O que pode estar relacionado à prática de cuidar do idoso, em con-texto domiciliar, por favorecer o aparecimento de limitações na vida do cuidador, com consequentes riscos à sua saúde.

Ao considerar a atividade do cuidador de

idosos, veriica-se tendência para efeitos negativos

relacionados a essa função, com destaque para as doenças físicas, psicossomáticas, ansiedade, depressão e estresse. No entanto, nem todos os cuidadores desenvolvem doenças ou se tornam insatisfeitos com a tarefa de cuidar. Isso pode ser explicado com a utilização de diversas estratégias individuais para lidar com as situações considera-das desgastantes.12

Observa-se que 89,6% dos cuidadores es-tudados se dedicam a esta atividade há mais de 1 ano, sendo que 20,8% se dedicam a mais de 10 anos. Desta forma, o tempo dedicado ao cuida-do na população aqui estudada foi maior que o

obtido na amostra do estudo15 realizado na zona sul da capital paulista com cuidadores de idosos dependentes. O número de horas dedicado ao cui-dado foi avaliado neste estudo, sendo constatado que 82,9% dos cuidadores se dedicam de forma integral ao cuidado do familiar, o que corrobora estudos prévios.22,24

Isoladamente, o tempo dedicado ao cuidado (em anos) e o número de horas dedicado ao

cuida-do não foram signiicativamente correlacionacuida-dos

com os domínios do WHOQOL-bref. No entanto, é possível inferir que, em conjunto, esses fatores podem contribuir para uma maior percepção de sobrecarga de trabalho e, assim, em uma pior QV. As circunstâncias de cuidado podem favorecer consequências negativas à vida e saúde do cuida-dor de idosos, que vivencia situações de estresse, desgaste e cansaço,12 o que pode causar um efeito aditivo na percepção de sobrecarga de trabalho e, assim, na percepção de QV.

Contudo, apesar de desgastante, a atividade do cuidar de um familiar também apresenta senti-mentos positivos de sensação confortadora, como

dever cumprido e digniicação de suas vidas. Neste

contexto, é essencial considerar o binômio cuidador e idoso dependente, pois exige atenção especial de cuidados e saúde por parte dos serviços de saúde.24

Conforme a escala Zarit, a população aqui estudada apresenta maior sobrecarga que ob-servado em outros estudos.22 Tal fato pode estar relacionado ao grande tempo (em anos) e horas dedicadas ao cuidar, além de fatores socioeconô-micos e culturais das diferentes localidades onde os estudos foram conduzidos.

Interessante observar que o nível de sobre-carga, obtido pela escala de Zarit, foi negativa-mente correlacionada com todos os domínios do WHOQOL-bref e com o IGQV, obtendo-se coei -cientes de correlação maiores que os observados em estudo anterior.15 A forte associação entre o nível de sobrecarga e a percepção de QV aqui

ob-servada pode justiicar o fato de a escala de Zarit

ter sido a única variável explicativa a permanecer no modelo de regressão linear múltiplo (stepwise forward) aqui aplicado, permitindo airmar que, quanto maior a sobrecarga, menor é o IGQV.15 Este resultado corrobora em parte o resultado de estudo15, no qual a escala de Zarit foi incluída no

modelo inal de regressão como variável expli

-cativa, juntamente com as variáveis presença de companheiro e de doença do cuidador.

(8)

especialmente o IGQV (rsp=0,60 obtido neste es-tudo, contra rsp=0,35 obtido em estudo15), podem

justiicar a divergência no resultado do modelo de

regressão aplicado. Apesar de não ser observada

correlação signiicativa entre o tempo como cui

-dador (em anos) e as horas diárias dedicadas ao cuidar com os domínios da QV, o maior tempo (em anos) e horas dedicadas ao cuidado, observado em nossa amostra em relação a estudo prévio15, tam-bém podem ter contribuído para a diferença nos resultados do modelo de regressão, por represen-tar maior tempo (em anos e horas) de exposição à sobrecarga. Tal fato pode ter impactando de forma

mais signiicativa sobre a percepção de sobrecar

-ga, aumentando a contribuição dos resultados da

escala de Zarit no modelo inal da regressão.

A QV do cuidador, avaliada pelo WHO-QOL-bref, apresentou-se em nível mediano, como observado em estudos prévios.7,24 O déicit de opor -tunidades sociais externas do cuidador e o afetado estado de saúde do idoso parecem convergir para um resultado regular dessa QV.7

Corroborando estudos prévios,7,15 os domí-nios meio ambiente e relações sociais apresenta-ram os menores escores, o que pode estar associa-do à readaptação familiar frente a dependência funcional do idoso em diversos graus, além da redução de oportunidades de lazer, devido o tempo despedido ao cuidar. Adicionalmente, as escassas opções de lazer, o menor poder aquisitivo e precariedade nas condições de moradia e des-locamento urbano, característicos das regiões de baixo IDH, podem ter contribuído sobremaneira para a baixa percepção de QV, no tocante ao meio ambiente e relações sociais.

Com o aumento da expectativa de vida e, consequente, crescimento da quantidade de ido-sos, incrementa, também, o número de pessoas que assume o cuidado de um familiar idoso de-pendente funcional. As tarefas do cuidado deman-dam recursos econômicos, tempo, reorganização familiar e pessoal que geram uma sobrecarga, a qual pode repercutir negativamente no cuidador. Um recurso que pode amenizar esses impactos é a existência de redes de apoio social, dentro das quais os familiares encontrem ajuda para satisfazer suas necessidades nas situações cotidianas.25

O cuidador de idosos tem reduzido apoio24 e conta quase que, exclusivamente, com a rede de apoio informal familiar15,25 e de outras estruturas da comunidade. Apesar dos problemas e

insu-iciência das fontes de apoio, os cuidadores têm

desenvolvido estratégias e habilidades para lidar

com as diiculdades enfrentadas.25 Assim, ica

evidente a necessidade de reconhecer e atender as necessidades dos cuidadores, no sentido de orien-tá-los, acompanhar o cuidado e propor ações que visem o suporte assistencial de forma ampliada.26

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados evidenciaram que as carac-terísticas dos cuidadores familiares de idosos dependentes não diferem muito, tanto no âmbito nacional, quanto internacional,

independentemen-te dos aspectos regionais ou culturais, veriicando que a maioria é mulher, ilha ou cônjuge do idoso,

casada, de meia idade, reduzida escolaridade e baixa condição econômica.

Fatores como a sobrecarga de trabalho estão associados negativamente à percepção de QV dos cuidadores, conforme foi visto a partir da análise do WHOQOL-bref, sendo os domínios relações

sociais e meio ambiente os que mais inluenciaram,

o que pode ser agravado pelas condições socioe-conômicas e culturais de regiões de baixo IDH.

Fica, portanto, explicitada a necessidade de ações de saúde e apoio social à cuidadores fami-liares, além de implantação de políticas públicas direcionadas para esses indivíduos, com vistas na promoção à saúde e prevenção de agravos, bem como na possibilidade de minimizar a sobrecarga de trabalho, relacionada ao processo de cuidar.

Mediante a realidade brasileira não haver políticas específicas direcionadas ao cuidador de idosos dependentes, é imprescindível que os

proissionais de saúde, em especial, os que atuam

em Estratégias Saúde da Família, planejem ações e forneçam subsídios capazes de contribuir posi-tivamente para a QV desses cuidadores.

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Correspondência: Karla Ferraz dos Anjos Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Rua José Moreira Sobrinho, s/n, Jequiezinho 45206-190 – Jequié, BA, Brasil

E-mail: karla.ferraz@hotmail.com

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Tabela 1 - Características de cuidadores familiares  do estudo qualidade de vida do cuidador familiar  de idosos dependentes no domicílio
Tabela 2 - Coeicientes de correlação de Spearman (r sp ) entre os domínios do WHOQOL-bref e demais  variáveis do estudo qualidade de vida do cuidador familiar de idosos dependentes no domicílio

Referências

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