• Nenhum resultado encontrado

Aproveitamento de algumas fontes de potássio pelo sorgo sacarino (Sorghum bicolor (L.) Moench).

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Aproveitamento de algumas fontes de potássio pelo sorgo sacarino (Sorghum bicolor (L.) Moench)."

Copied!
37
0
0

Texto

(1)

A P R O V E I T A M E N T O DE A L G U M A S FONTES DE POTÁSSIO PELO SORGO SACARINO (Sorghum bicolor (L.) M O E N C H ) *

Antonia A. V i d a l * *

A n d r e Martin Louis N e p t u n e * * *

RESUMO

Com o o b j e t i v o de estudar a e f i c i ê n -cia de três materiais potássicos ori¬ ginários de Poços de C a l d a s , M G , e submetidos a tratamento hidrotérmi¬ c o , foi c o n d u z i d o um e x p e r i m e n t o de c a m p o , utilizando o sorgo sacarino

(Sorghum bicolor (L.) Moench) c u l t i -var " S t a r t " .

Os m a t e r i a i s potássicos foram a n a l i -sados para d e t e r m i n a ç ã o do teor de p o t á s s i o ; também foram feitas a n á l i -ses g r a n u l o m é t r i c a s dos m e s m o s .

* Entregue para publicação e m 3 0 / 1 2 / 8 3 .

Este trabalho faz parte do "Projeto Sorgo S a c a r i n o " p a t r o c i n a d o pela FAPESP.

**Banco do B r a s i l , C a m p i n a s .

(2)

0 e x p e r i m e n t o foi desenvolvido na Fa¬ zenda Experimental A r e i o da Escola Superior de A g r i c u l t u r a "Luiz de Quei¬ r o z " , P i r a c i c a b a , São P a u l o , e m T e r -ra Roxa Estrutu-rada de fertilidade m e d i a n a . As fontes de potássio f o ram comparadas c o m o c l o r e t o de p o -tássio e utilizou-se de duas doses de K2O/ h a (100 k g / h a de K20 e 200 k g /

/ha de K2O ) .

Após a colheita do e x p e r i m e n t o foram feitas análises de produção de col¬ mos e g r ã o s , teores de potássio nas f o l h a s , colmos e g r ã o s , q u a n t i d a d e do e l e m e n t o exportado pelos colmos e g r ã o s , a l é m de análises tecnológicas para determinação das q u a n t i d a d e s de açúcar total recuperável e de álcool e t í l i c o .

A t r a v é s dos resultados o b t i d o s e ana¬ lisados concluiu-se q u e :

- 0 material potássico d e s i g n a d o por amostra 2 apresentou maior teor de K2O solúvel e m ácido c í t r i c o 2%

(26,02%) e resultou e m maior produ¬ ção de grãos e maior quantidade de potássio extraída pelos m e s m o s , q u a n d o aplicado na dose 2 (200 k g / /ha de K2O ) .

(3)

- Houve resposta à aplicação das fon¬ tes de potássio no que diz respei-to aos teores deste elemenrespei-to nos colmos e a quantidade do elemento extraída pelos m e s m o s , porém não houve diferença entre as fontes u t i l i z a d a s .

- 0 cloreto de p o t á s s i o , quando apli¬ cado na dose 2 (200 kg/ha de K2O T teve efeito negativo na produção de g r ã o s , na porcentagem de p o t á s -sio nos grãos e a quantidade de po¬ tássio extraída pelos m e s m o s . - Houve resposta ã aplicação das fon¬

tes de potássio no que diz respei-to à quantidade de açúcar respei-total re¬ cuperável e produção de álcool teo¬ rico, p o r é m , o comportamento das fontes foi semelhante.

INTRODUÇÃO

0 potássio é um macronutriente essencial para as plantas e a n i m a i s , sendo que figura em segundo lugar após o n i t r o g ê n i o , entre os elementos mais absorvidos pe

Ias p l a n t a s .

Funções múltiplas e complexas foram atribuídas a este n u t r i e n t e : funciona como ativador de inúmeras e n z i m a s , tem o seu papel na abertura e fechamento de e s t ó m a -t o s , na sín-tese de p r o -t e í n a s , na f o -t o s s í n -t e s e , no me-tabo 1i s m o geral dos c a r b o i d r a t o s , na respiração, transpira-ção e d i v i s ã o c e l u l a r , p o d e n d o , também, afetar a qual ida de dos produtos agrícolas (GAUCH, 1 9 7 2 ; EVANS 6 SORGER,

(4)

Apesar da importância deste nutriente para as plan_ tas, o Brasil importa todo o potássio u t i l i z a d o , atingin_ do a q u a n t i d a d e de 1 . 2 7 0 . 0 0 0 t e m 1 9 8 0 . Porém e m 1 9 8 5, o pafs e s t a r á e m condições de deixar de importar 20¾ do c o n s u m o nacional de p o t á s s i o , graças a o s sais solúveis de potássio que e s t ã o sendo explorados no e s t a d o de Ser-g i p e .

Uma outra alternativa para q u e o país pudesse dimi nuir a importação dos a d u b o s p o t á s s i c o s , seria o aprovei tamento de depósitos de rochas potássicas e x i s t e n t e s e m Poços de Caldas ( M G ) , que após serem submetidas a um tra tamento a d e q u a d o (NEPTUNE e t a l i i , 1 9 8 0 ) , p o d e r i a m ser utilizadas como a d u b o .

Há muito t e m p o , antes mesmo das descobertas dos Sais de S t a s s f u r t , na A l e m a n h a , houve a preocupação de se u t i l i z a r , após t r i t u r a ç ã o , de rochas c o n t e n d o p o t á s -sio (JOHNSTONE, 1 9 2 2 ) . No B r a s i l , e x i s t e m tentativas pa ra a utilização das rochas potãssicas para a a g r i c u l t u -r a , como fonte de potássio pa-ra as p l a n t a s .

Em São P a u l o , BOOK e t alii ( i 9 6 0 ) u t i l i z a r a m e m en_ saios de campo c o m b a t a t i n h a , e m diferentes s o l o s , c o m diferentes teores de potássio trocável ( K + ) , a leucita, procedente de Poços de C a l d a s , que é um m e t a s s i1i c a t o de a l u m í n i o e p o t á s s i o , a fim de se estudar a possibilidade de a p r o v e i t á - l a como a d u b o . P o r é m , não houve resposta à a p l i c a ç ã o da leucita e m todas as doses usadas ( 3 0 , 60 e 90 kg/ha de K20 ). NEVES e t alii ( i 9 6 0 ) e m e n s a i o s de a d u b a ç a o do a l g o d o e i r o , e n c o n t r a r a m um efeito quase nulo da leucita.

(5)

0 c l o r i t a x i s t o , entre as rochas u t i l i z a d a s , foi a mais p r o m i s s o r a , devendo ser aplicada na d o s a g e m de 5 t/ha a 1 5 t/ha.

0 trabalho de GRAHAM & A L B R E C H T ( 1 9 5 2 ) chamou a atenção pelo fato de estes pesquisadores terem calcinado vários m a t e r i a i s potássicos (glauconita, f e l d s p a t o , etc.) a Í400°C e

700°C e terem c o n s e g u i d o resultados positivos com a p l i c a ç ã o dos materiais tratados no solo.

Segundo FUJIMORI ( 1 9 7 9 ) os minerais mais ricos em p o t á s s i o , com exceção de e v a p o r i t o s , são a l u m i n o s s i1i c a -tos: m i c a s , feldspato e f e l d s p a t ó i d e s . Os feldspatóides são c a r a c t e r i z a d o s pela menor quantidade de sflica que os f e l d s p a t o s , e os potássicos são l e u c i t a , KAISÍ2O5

( K20 = 2 1 , 9 2 ¾ ) ; n e f e l i n a , KNa3 (AlSiOi*), em g e r a l , com

predominância de sódio (K/Na = 0,05 = 0,0*0 e " K a l s i l i -t a " ou " K a l i o f i l i -t a " ( K20 = 3 0 , 1 9 ¾ ) . Nestes cristais os

átomos de potássio o c u p a m espaços vazios em redes tridi-m e n s i o n a i s fortridi-madas de tetraedros de si 1 feio e a l u m í n i o . A mobilidade dos átomos de potássio depende da d e n s i d a -de dos tetraedros e simetria -de arranjo d e l e s .

0 KAlSiO/4 é o a 1 umi noss i 1 i ca to mais pobre em sili-ca e a p r e s e n t a polimorfismo nos minerais naturais e nos a r t i f i c i a i s , sendo que os naturais são " K a l s i l i t a " e "Ka_

l i o f i l i t a " , e sua o c o r r ê n c i a é bastante rara (FUJIMORI, 1 9 7 9 ) .

Conforme Heirer e Billings ( 1 9 7 0 ) , citados por FU-JIMORI (I979), dentre as propriedades cristalogrãficas da " K a l i o f i l i t a " temse: sistema h e x a g o n a l , grupo e s p a -cial P$3 22 e constantes reticulares

o o a = 2 6 , 9 A e c = 8 , 5 A.

De acordo com Perrota e Smith ( 1 9 6 5 ) citados por FUJIMORI ( 1 9 7 9 ) , o cristal de " K a l s i l i t a " apresenta as propr iedades

(6)

Os dois minerais a n t e r i o r m e n t e citados se cristalj^ zam com nefelina e leucita e m m i c r o c r i s t a i s e parecem não resistir ao intemperismo. FUJIMORI (1979) c o n s e g u i u eliminar o e x c e s s o de sílica a t r a v é s do processo h i d r o -termal e obter cristais c o m sistema h e x a g o n a l ,

a = 5,22 A e c = 8,68 A.

A e s t r u t u r a cristalina real se encontra bastante deforma d a , c o m relação ã e s t r u t u r a cristalina idealizada, sendo que na r e a l , segundo FUJIMORI ( 1 9 7 9 ) , a e n e r g i a r e t i c u

lar de retenção do átomo de potássio foi baixada s e n s i -v e l m e n t e , não c h e g a n d o a ser e x t r a í d a pela á g u a , mas sim com solução cítrica a 2¾, o que sugere o a p a r e c i m e n t o deste mineral semi-artificial como adubo p o t á s s i c o .

Experimentos realizados por N E P T U N E e t alii (1980) a respeito da d i s p o n i b i l i d a d e deste elemento e m a m o s t r a s submetidas a vários t r a t a m e n t o s , utilizando o a r r o z como planta indicadora, em Latosol Verme 1ho-escuro textura m é d i a , m o s t r a r a m , pelos r e s u l t a d o s , que não houve d i f e

-rença significativa entre a q u e l a s fontes de potássio e o cloreto de p o t á s s i o .

O b s e r v o u - s e , a i n d a , nesses e x p e r i m e n t o s , que não houve diferença significativa entre os materiais potássi cos quando se utilizou a dose de 100 kg de K 2 0 / h a , p o

-rém, c o m a a p l i c a ç ã o da dose de 200 kg de I^O/ha um dos materiais potássicos se destacou dos d e m a i s .

Em e x p e r i m e n t o realizado por VIDAL et alii ( 1 9 8 0 ) , " K a 1 s i 1 i t a s " a p r e s e n t a r a m e f i c i ê n c i a s semelhantes ã do cloreto de p o t á s s i o , tanto na produção de grãos como no suprimento de potássio para o trigo.

(7)

xo de potássio pelas p l a n t a s , mesmo quando aplicados e m doses e l e v a d a s , como também, impedem o efeito salino que pode prejudicar a g e r m i n a ç ã o e o bom d e s e n v o l v i m e n t o de certas c u l t u r a s .

Estes materiais não a c i d i f i c a m o solo e possuem baixa h i g r o s c o p i c i d a d e por não serem sais (DE M E N T 6 STAN F O R D , 1 9 5 9 ; ALLEN & M A Y S , 1 9 72

* ; F U J I M O R I , 1 9 7 9 ) .

Por o u t r o lado, devido ã crise e n e r g é t i c a , ini-c i o u - s e a produção de etanol a partir de m a t é r i a s - p r i m a s r e n o v á v e i s , substituindo parte do petróleo importado (A-RAUJO et alii , 1 9 7 7 ) .

S u r g i u , e n t ã o , a p o s s i b i l i d a d e de se trabalhar c o m outras m a t é r i a s p r i m a s a l é m da c a n a d e a ç ú c a r , para o b -tenção de á l c o o l .

0 sorgo s a c a r i n o , pelos resultados o b t i d o s nos Es-tados Unidos (REEVES J R . , 1 9 7 6 ) , México (FORS, 1 9 7 1 ) e p e s q u i s a s recentes em nosso pafs (SERRA, 1 9 6 6 , TEIXEIRA et a l i i , 1 9 7 7 ; A R A Ú J O et alii , 1 9 7 7 ) , pode ser cons idera do como m a t é r i a p r i m a c o m boas p o s s i b i l i d a d e s de e x p a n -são de c u l t i v a para a produção de á l c o o l .

0 caráter de ciclo curto da cultura poderá ser um asp.ecto positivo a d i c i o n a l , p o i s , a c o i n c i d ê n c i a do infcio da c o l h e i t a da cultura do sorgo c o m o final da c o lheita da c a n a d e a ç ú c a r permitiria p r o l o n g a m e n t o do p e -ríodo de m o a g e m das destilar ias a u t ô n o m a s , diminuindo o tempo o c i o s o destas unidades industriais.

Deve-se c o n s i d e r a r q u e , segundo SADER e t alii ( I 9 7 9 ) , para maior produção de m a t é r i a s e c a , o sorgo s a -c a r i n o extrai potássio e m proporções m u i t o m a i o r e s que n i t r o g ê n i o e fósforo e os teores de potássio encontrados na planta em diversas épocas de a m o s t r a g e m são também m a i o r e s que os de fósforo e n i t r o g ê n i o .

(8)

Dessa f o r m a , utilizou-se do sorgo sacarino como planta indicadora para os ensaios de adubação com os m a -teriais potássicos a serem t e s t a d o s .

As principais metas desse estudo foram:

1. C a r a c t e r i z a ç ã o q u í m i c a e g r a n u l o m é t r i c a dos m a -teriais p o t á s s i c o s .

2. Efeitos destes m a t e r i a i s potássicos na a b s o r ç ã o de potássio pelas plantas de sorgo s a c a r i n o , na produção de colmos e g r ã o s , a l é m da produção de açúcar total recuperável e álcool e t f l i c o .

M A T E R I A L E MÉTODOS

O r i g e m dos m a t e r i a i s p o t á s s i c o s u t i l i z a d o s

Estes m a t e r i a i s potássicos provenientes de Poços de Caldas (MG) são o r i g i n á r i o s de material que sofreu tratamento h i d r o t é r m i c o e denominados A m o s t r a 1, Amostra 2 e A m o s t r a

3-A n a l i s e g r a n u l o m é t r i c a

(9)

A n a l i s e q u í m i c a

Os m a t e r i a i s f o r a m , t a m b é m , a n a l i s a d o s quanto aos teores de K2O solúvel em á c i d o cftrico a 2% e solúvel em á g u a .

E x p e r i m e n t o de C a m p o

Local d o e x p e r i m e n t o

0 e x p e r i m e n t o foi instalado na Fazenda A r e ã o , pro^ priedade da E S A L Q / U S P , e m P i r a c i c a b a , São Paulo.

S o l o : c l a s s i f i c a ç ã o e a n á l i s e q u í m i c a

0 solo foi c l a s s i f i c a d o como pertencente ao G r a n -de Grupo Terra Roxa E s t r u t u r a d a , o r d e m A l i s s o l .

Da area onde foi instalado o e x p e r i m e n t o c o l e t a -ram-se a m o s t r a s de s o l o , conforme descrito por CATANI 6 JACINTHO ( 1 9 7 4 a ) . 0 resultado da análise qufmica deste solo está relacionado na Tabela 1 .

(10)

As determinações químicas foram feitas em Terra Fi na Seca ao A r , de acordo com os seguintes m é t o d o s : (aT valor pH no potenciômetro de B e c k m a n , u t i l i z a n d o - s e da relação 1:2,5 para s o l o : á g u a ; (b) teor de potássio troca vel no fotômetro de c h a m a ; (c) teores de cálcio e m a g n e ^ sio no e s p e c t r o f o t ô m e t r o de absorção a t ô m i c a ; (d) teores de hidrogênio e a l u m í n i o através de e x t r a ç ã o com K C 1 , conforme McLEAN (1965).

Observou-se que este solo apresenta a c i d e z m é d i a , teores médios de p o t á s s i o , cálcio e alumínio trocãvel e teores altos de m a g n é s i o trocável e hidrogênio (CATANI £ J A C I N T H O , 1 9 7 ^ b ) .

T r a t a m e n t o s

0 presente ensaio constou de dez t r a t a m e n t o s , sen-do três materiais potássicos mais o cloreto de p o t á s s i o , aplicados em duas d o s e s , a l é m da testemunha a b s o l u t a e do tratamento onde se usou somente nitrogênio e fósforo. As fontes potássicas e doses utilizadas estão r e l a c i o n a -das na Tabela 2.

Para cálculos das doses dos a d u b o s , tomou-se por base os teores de 1 ^ 0 solúvel e m ácido c í t r i c o , das fon-tes p o t á s s i c a s .

Col he i ta

D e l i n e a m e n t o experimental

0 de 1i n e a m e n t o experimental foi em blocos ao a c a

(11)
(12)

A d u b a ç ã o b á s i c a (NP)

Os tratamentos receberam adubação básica c o m nitro gênio e f ó s f o r o , c o m exceção da testemunha a b s o l u t a ; a relação das doses e fontes que c o n s t i t u í r a m essa a d u b a -ção e n c o n t r a m - s e na Tabela

3-Instalação e c o n d u ç ã o do e x p e r i m e n t o

A espécie utilizada foi o sorgo sacarino {Sorghum bi-color (L.) Moench) , a partir de sementes da cultivar " S t a r t " .

Foram feitos sulcos de a p r o x i m a d a m e n t e 10 cm de profundidade e os adubos p o t á s s i c o s , juntamente com o f ó s f o r o , foram a d i c i o n a d o s nos m e s m o s , encobertos com so lo, ficando cerca de 5 cm abaixo e 5 cm ao lado do sulco da semente. A uréia foi adicionada p a r c e 1 a d a m e n t e , sendo um terço no sulco de plantio e sendois terços e m c o b e r -tura.

(13)

A g e r m i n a ç ã o ocorreu 7 dias após semeadura e 15-20 dias d e p o i s , foi realizado o d e s b a s t e , conservando-se 15 a 17 plantas por metro linear de sulco.

0 período experimental compreendeu o ciclo da c u l -t u r a , is-to é, 120 d i a s , desde o início de janeiro a-té o início de maio quando este foi c o l h i d o .

Colhe i ta

A c o l h e i t a foi levada a efeito e m 05 de maio de

I 9 8 I , tendo sido retiradas três linhas de cada p a r c e l a , separandose f o l h a s , colmos e grãos e estes foram p e s a -dos s e p a r a d a m e n t e , o b t e n d o - s e a produção de colmos e grãos em q u i l o g r a m a s por h e c t a r e .

P r e p a r o do material para a n á l i s e q u í m i c a

As folhas foram secas ao ar livre e a seguir c o l o -cadas em estufa a 70°C. Para as p a n í c u l a s , escolheu-se cerca de 10 por p a r c e l a , deixando-se secar ao ar livre e a seguir em estufa a 70°C.

Os colmos foram t r i t u r a d o s , totnando-se uma amostra d e , a p r o x i m a d a m e n t e , 1 q u i l o g r a m a , a qual foi seca ao ar

livre e posteriormente em estufa a 70°C.

Os m a t e r i a i s vegetais secos em estufa (folhas, col mos e grãos) foram moídos em m i c r o m o i n h o W i l e y , peneira n9 2 0 , com a finalidade de se determinar o potássio e m cada parcela da p l a n t a .

A n á l i s e de p o t á s s i o nas a m o s t r a s

(14)

com d i g e s t ã o n i t r o p e r c l ó r i c o e análise pelo espect rof otô^ metro de e m i s s ã o .

P r e p a r o d o material p a r a a n á l i s e t e c n o l ó g i c a

Foram retirados 15 colmos ao a c a s o , e m c a d a parce-la, para serem submetidos a análises t e c n o l ó g i c a s . Os colmos foram desintegrados e a seguir prensados e m p r e n -sa h i d r á u l i c a ; o caldo extraído foi coletado e m copo p l á s t i c o , coado e m peneira de malha fina e h o m o g e n e i z a -do.

A n a1i ses tecno1óg i cas

As a n á l i s e s tecnológicas foram realizadas segundo métodos p r e c o n i z a d o s pela Divisão Agronômica do Centro de T e c n o l o g i a COPERSUCAR (1980) e d e t e r m i n o u - s e : ( l ) B r i x refratométrico ( ° B ) ; (2) Pol do caldo extraído (S) ; (3) fibra por c e n t o sorgo ( F ) ; (*0 % de caldo e x t r a í d o ( C E ) ;

(5) pureza do sorgo (P); (6) açúcares totais ( A T ) ; (7) pureza dos a ç ú c a r e s totais (PAT); (8) açúcar total recu-perável (ATR).

C á l c u l o do álcool t e ó r i c o

A quantidade de álcool por tonelada de sorgo foi calculada através da fórmula adotada pela Divisão A g r o n ô mica da C O P E R S U C A R , S P , 1982 (Comunicação P e s s o a l ) : ~

Álcool teórico = 5,2^6.AT£ sorgo - 0,^+72.F onde:

(15)

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A n a l i s e s q u í m i c a s dos m a t e r i a i s p o t á s s i c o s

O b s e r v a - s e que a amostra 2 foi a que a p r e s e n t o u maior teor de K20 solúvel em ácido cítrico 2¾, vindo a seguir as a m o s t r a 3 e 1 .

(16)

Como é ó b v i o , o cloreto de potássio apresentou teor mais elevado de K20 solúvel em água e em ácido cítrico 2% que as três amostras t e s t a d a s .

A n á l i s e s g r a n u l o m é t r i c a s dos m a t e r i a i s p o t á s s i c o s

A Tabela 5 mostra as porcentagens dos materiais que a t r a v e s s a r a m as peneiras de 2 0 , 50, 100, 200 e 300 ma 1 ha s / p o 1 e g a d a2.

(17)

A p e s a r de a a m o s t r a 1 ser a de menor granulométr ia, é a de menor solubilidade e m água e ácido cítrico 2%.

E x p e r i m e n t o d e C a m p o

P r o d u ç ã o de c o l m o s

A Tabela 6 mostra as m é d i a s de produção de colmo verde e seco em q u i l o g r a m a por h e c t a r e , sendo que estas médias v a r i a r a m de 2 5 . 8 9 9 kg a 3 4 . 9 4 7 kg para o colmo verde e de 6 . 0 4 3 kg a 8 . 3 0 7 kg para o colmo seco. Não houve d i f e r e n ç a s i g n i f i c a t i v a entre os tratamentos pode]i do-se constatar que a m é d i a mais e l e v a d a foi o b t i d a q u a £ do se e m p r e g o u a amostra 3 na dose 1 .

(18)

O fato de nao se haver constatado diferenças signj^ ficativas entre os t r a t a m e n t o s , talvez seja devido ao teor médio de potássio e x i s t e n t e no solo, no local do ex^ per i m e n t o .

FORS ( 1 9 7 1 ) , no M é x i c o , chegou a obter produções de 39 t/ha de colmos despalhados para a cultivar "Start".

BERNAL et alii ( 1 9 7 3 ) , no M é x i c o , a p l i c a n d o doses de kO a 50 kg de K2O por hectare o b t i v e r a m produções de 28 a 75 toneladas por hectare de c o l m o s .

Em estudo sobre nutrição mineral e adubaçao do sor go s a c a r i n o , R0S0LEM (1979) obteve para os d i f e r e n t e s tratamentos u t i l i z a d o s , produções de colmo variando de 20,08 até 51,55 t/ha com as cultivares " B r a n d e s " e "Rio", em solo de alta fertilidade.

P r o d u ç ã o d e g r ã o s

A Tabela 6 apresenta também as médias de produção de g r ã o s ; o b s e r v a - s e que houve diferença significativa em termos e s t a t í s t i c o s quando se analisou a interação do ses v e r s u s a m o s t r a s . A amostra 2 quando utilizada na do se 2 (200 kg I^O/ha) diferiu do KC1 e amostra 3, sendo que a produção de g r ã o s , quando se aplicou este tratamen

to, atingiu 6.146 k g / h a .

As fontes de p o t á s s i o , dentro da dose 2, d i f e r i r a m ao nível de 5%; a maior média foi obtida com a a m o s t r a 2 e o cloreto de potássio deu menores resultados d i f e r i n d o da amostra 2.

Quando se utilizou da dose 1 (100 kg I^ O / h a ) , não

houve diferença significativa entre as diversas fontes de p o t á s s i o .

Os resultados obtidos neste experimento foram m e

(19)

a cultivar " S t a r t " , onde o b t i v e r a m produção de 4 tonela-das de grãos por h e c t a r e .

BERNAL e t alii ( 1 9 7 3 ) , no M é x i c o , a p l i c a n d o 50 kg de K20 por h e c t a r e , também c o n s e g u i r a m produção média de 4 toneladas de grãos por h e c t a r e .

Resultados do Ensaio Nacional de Sorgo Sacarino a presentados pela EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA A G R O P E -CUÁRIA ( 1 9 7 9 ) , m o s t r a r a m uma média de rendimento de grãos

secos para d e z cultivares e híbridos de 3,4 t / h a .

R0S0LEM ( 1 9 7 9 ) , trabalhando c o m as cul ti vares "Brar^

d e s " e " R i o " , obteve p r o d u t i v i d a d e de grãos variando d e £ de 1 ,24 a t é 4, 0 1 t/ha.

O b s e r v a - s e q u e o K C 1, a p l i c a d o na dose 2, d e u meno res resultados que quando utilizado na dose 1 .

P o r c e n t a g e n s d e p o t á s s i o n o s c o l m o s , f o l h a s e g r ã o s

A Tabela 7 a p r e s e n t a as médias de p o r c e n t a g e m de potássio nos c o l m o s , folhas e g r ã o s , sendo q u e estas m é -dias v a r i a r a m de 0 , 5 8 a 0 , 8 7 ¾ para os c o l m o s , de 0 , 6 1 a 0 , 9 7 ¾ para as folhas e de 0 , 3 3 a 0,44¾ para os g r ã o s .

Com relação a o s teores de potássio nos c o l m o s , hojj ve diferença significativa q u a n d o se a n a l i s o u a testemu-nha NP e m relação aos demais t r a t a m e n t o s . Quando se apli cou somente nitrogênio e fósforo o b t e v e - s e a menor média de p o r c e n t a g e m de potássio nos c o l m o s .

(20)

Com relação às porcentagens de potássio nas folhas, houve d i f e r e n ç a significativa quando se analisou a tes-temunha absoluta em relação aos demais t r a t a m e n t o s , sen-do q u e esta a p r e s e n t o u a menor média de p o r c e n t a g e m de potássio nas f o l h a s .

Para os teores de p o t á s s i o nos g r ã o s , não houve di ferença significativa entre os t r a t a m e n t o s , sendo que a m é d i a m a i s e l e v a d a foi o b t i d a quando se aplicou a dose 1

(100 kg K20/ h a ) na a m o s t r a 2 ( A2) .

(21)

N o v a m e n t e , o KC1 q u a n d o aplicado na dose 2, deu re sultados negativos em termos de p o r c e n t a g e m do elemento no g r i o .

Q u a n t i d a d e s de p o t á s s i o e x t r a í d a s p e l o s c o l m o s

Essas q u a n t i d a d e s foram calculadas a partir das produções de colmos e das porcentagens de potássio ex-traídas pelos c o l m o s .

A tabela 8 apresenta a quantidade de potássio ex-traída pelo colmo em quilograma por h e c t a r e , bem como a q u a n t i d a d e de potássio absorvida do fertilizante e a ut_i_

lizaçao do elemento e m p o r c e n t a g e m . Os cálculos da por-c e n t a g e m a p a r e n t e de utilização de potássio foram feitos da seguinte f o r m a :

X aparente de K e x t r a í d o do fertilizante

r _ _ x ] 00

utilização do K i • _i quantidade de K aplicada

A q u a n t i d a d e extraída do fertilizante foi c a l c u l a -da d e s c o n t a n d o - s e a quanti-dade média absorvi-da nos trata mentos testemunha a b s o l u t a e c o m N P .

As q u a n t i d a d e s extraídas v a r i a r a m de 41,^5 kg/ha e 67,28 k g / h a ; as doses d i f e r i r a m entre si ao nível de 5% e as testemunhas a b s o l u t a e NP d i f e r i r a m dos demais tra-tamentos ao nível de 1¾.

Q u a n d o se analisou a média das quatro fontes utili z a d a s , dentro de cada d o s e , o b t e v e - s e a maior média para a dose 2. Dentro dessa d o s e , o maior resultado foi obti do c o m a a m o s t r a 1.

(22)

O cloreto de potássio não se destacou em relação às fontes de potássio t e s t a d a s , o que mostra que as m e s -mas foram tão ou mais eficientes que o K C 1 .

(23)

Q u a n t i d a d e s de p o t á s s i o e x t r a í d a s pelos g r ã o s

Essas q u a n t i d a d e s foram calculadas a partir das produções de grãos e das porcentagens de potássio extra_í das pelos m e s m o s .

A Tabela 9 apresenta a quantidade de potássio ex-traída pelo grão e m quilograma por h e c t a r e , bem como a quantidade de potássio absorvida do fertilizante e a ut_i_

(24)

As q u a n t i d a d e s extraídas variaram de 13,00 kg/ha até 24,13 k g / h a ; houve diferença ao nível de 1% para a interação doses v e r s u s amostras e ao nível de 5% para a interação testemunha a b s o l u t a v e r s u s demais t r a t a m e n t o s . As médias dos m a t e r i a i s dentro das duas doses d i f e r i r a m entre si ao nível de 1¾ de p r o b a b i l i d a d e , sendo que a maior média foi o b t i d a com a amostra 2 e a menor média com o cloreto de potássio.

Quando se analisou as fontes de K dentro da dose 2, a maior média também foi obtida com a amostra 2 e a menor c o m o cloreto de p o t á s s i o .

0 cloreto de potássio quando aplicado na dose 2 deu resultados negativos em termos de q u a n t i d a d e de

po-tássio extraída pelos g r ã o s .

- Teste de Tukey para amostras dentro da dose 2. D.M.S. = 4,75

KC1 = 13,00c A] = 20,00ab

A2 = 24,13a

A3 = I6,27bc

(25)

Q u a n t i d a d e s de p o t á s s i o e x t r a í d a s p e l o s c o l m o s e g r ã o s

A Tabela 10 a p r e s e n t a a quantidade total de K ex-traída pelos colmos e grãos e m quilogramas por hectare. Tabela 10. Quantidade total de K extraída pelos colmos e

(26)

A n á l i s e s t e c n o l ó g i c a s

Como não houve diferença significativa entre os di versos tratamentos para cada componente das análises tec n o l ó g i c a s , c o l o c a r a m na Tabela 11, os valores mínimos e máximos obtidos da análise de cada componente essencial para determinar a produção de açúcar e do e t a n o l .

(27)

De acordo c o m SERRA (1976), os valores de °Brix em p o r c e n t a g e m de caldo de sorgo sacarino variam de 16 a 20¾ na época da c o l h e i t a .

TEIXEIRA & PURCHIO (1954), trabalhando com três c u l t i v a r e s , o b t i v e r a m 16,9¾ de Brix em p o r c e n t a g e m de c a l d o , na época da c o l h e i t a .

BERNAL et alii (1973), no M é x i c o , a p l i c a n d o 50 kg de K20 por h e c t a r e , d e t e r m i n a r a m valores de Brix e m por-c e n t a g e m de sorgo igual a 13,82¾, na por-c o l h e i t a de plantas m a d u r a s .

Em ensaio realizado por TEIXEIRA e t alii (1977) com a cultivar " S t a r t " , o b t e v e - s e 14¾ de Brix por cento de c a l d o .

Para os valores de Pol e m p o r c e n t a g e m de caldo ex-t r a í d o , a ex-tesex-temunha a b s o l u ex-t a diferiu dos demais ex-traex-ta- trata-mentos ao nível de 1¾.

0 melhor resultado para os valores de Pol obtidos e m p o r c e n t a g e m de caldo e de sorgo foi obtido c o m a apli cação da A s m o t r a 3 na dose 2 (200 kg de K 2 0 / h a ) , seguida do KC1 na dose 1. Novamente o b s e r v o u - s e o efeito negati vo do KC1 quando a p l i c a d o na dose 2.

A Tabela 11 m o s t r a as porcentagens de fibra no sor g o . 0 valor m á x i m o de fibra foi obtido c o m a aplicação da a m o s t r a 1 na dose 2.

C o n s i d e r a n d o a p o r c e n t a g e m de caldo e x t r a í d o , veri ficou-se que o tratamento onde não se a p l i c o u adubo (tes temunha a b s o l u t a ) a p r e s e n t o u o valor m á x i m o .

(28)

Nos valores de a ç ú c a r e s totais e m p o r c e n t a g e m de caldo e x t r a í d o e p o r c e n t a g e m de sorgo, somente a testemu nha a b s o l u t a diferiu dos demais tratamentos a o nível de St. Nos tratamentos onde se aplicou o s m a t e r i a i s potás s i c o s , os teores de a ç ú c a r e s totais por cento de caldo v a r i a r a m de 1 2 , 0 3 ¾ a 1 2 , 8 1 ¾ e o s teores de açúcares

to-tais por cento de sorgo v a r i a r a m de 1 0 , 3 4 ¾ e 1 1 , 0 2 ¾ .

TEIXEIRA & PURCHIO ( 1 9 5 4 ) , utilizando c u l t i v a r e s do Instituto A g r o n ô m i c o de C a m p i n a s , o b t i v e r a m 1 5 , 7 ¾ de açúcares totais e m p o r c e n t a g e m de caldo e x t r a í d o para sorgo no período da c o l h e i t a .

SERRA ( I 9 7 6 ) , e m Ribeirão P r e t o , obteve maior v a -lor de 17¾ de açúcares totais n o caldo e x t r a í d o , para u m ensaio realizado. 0 autor cita que valores de a ç ú c a r e s

totais no caldo no período da colheita geralmente variam de 14 a 20¾.

Conforme resultados do Ensaio Nacional de Sorgo Sa c a r i n o , da EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA A G R O P E C U Á R I A

( 1 9 7 9 ) aos 1 1 5 dias após semeadura os valores de a ç ú c a -res totais foram iguais a 10¾.

No q u e concerne i p e r c e n t a g e m de caldo e x t r a í d o , de ve-se notar que o tratamento onde não se apl icou adubo

(testemunha absoluta) foi o que apresentou o valor m á x i -mo ( 6 7 , 9 3 ¾ ) .

C o n s i d e r a n d o o s dados relativos a teores de pureza do sorgo, o valor m á x i m o foi o b t i d o ( 6 1 , 5 3 ¾ ) c o m a u t i1 i zação do cloreto de p o t á s s i o , aplicando a dose 1 ( 1 0 0 k g / /ha de K o O ). Em e n s a i o realizado no M é x i c o , por BERNAL et alii ( 1 9 7 3 ) , e n c o n t r o u - s e 65,56¾ de pureza de sorgo quando o sorgo e r a c o l h i d o m a d u r o .

0 valor m á x i m o para a pureza dos açúcares totais

(29)

Q u a n t i d a d e de a ç ú c a r total recuperável

A Tabela 12 mostra as q u a n t i d a d e s de açúcar total recuperável e m q u i l o g r a m a s por tonelada de colmo e q u i l £ gramas por h e c t a r e . Observa-se q u e , no primeiro c a s o , houve diferença significativa ao nível de 1¾ entre a tes^ temunha a b s o l u t a e os demais tratamentos e ao nível de 5% entre a testemunha NP e os demais t r a t a m e n t o s . Os de_ mais tratamentos não diferiram entre s i , sendo que a maior média foi o b t i d a com a p l i c a ç ã o da amostra 2 na do-se 2 (200 kg de K20 / h a ) .

(30)
(31)

- Teste Tukey 5% para amostras dentro da dose 2 {l/ha de á1 c o o l ) .

D.M.S. - 3 1, 5 6

A m o s t r a 2 « 1702a Amostra 3 = 1646b KC1 - 1553c A m o s t r a 1 = I5l4d

SERRA ( 1 9 7 6 ) , em ensaio realizado na região de Ri-beirão P r e t o , fez e s t i m a t i v a s de produtividade e m álcool da o r d e m de 70 l/t de colmo de sorgo. Porém, TEIXEIRA et alii (1977) o b t i v e r a m 3^ l álcool/t de sorgo.

CONCLUSÕES

Através dos resultados obtidos e a n a l i s a d o s , pode--se concluir q u e :

1) 0 material potássico designado por a m o s t r a 2 a p r e s e n t o u maior teor de K20 solúvel em ácido cítrico 2% e resultou e m maior produção de grãos e m ma'ior quantidade de potássio exportado pelos m e s m o s , quando aplicado na dose 2 (200 kg/ha de K20 ) .

2) 0 material potássico designado por a m o s t r a 1 a p r e s e n t o u a menor g r a n u l o m é t r i a , p o r é m , nem sempre o material de menor grau de finura é o mais solúvel e o mais e f i c i e n t e .

(32)

to nos colmos e ã quantidade do elemento extra_í da pelos m e s m o s , p o r é m , não houve diferença e n -tre as fontes u t i l i z a d a s .

4) 0 c l o r e t o de p o t á s s i o , quando aplicado na dose 2 (200 kg/ha de K20 ) teve efeito negativo na produção de g r ã o s , na p o r c e n t a g e m de potássio nos grãos e na q u a n t i d a d e de potássio e x t r a í d a pelos m e s m o s .

5) Houve resposta à a p l i c a ç ã o das fontes de p o t á s -sio no que diz respeito ã q u a n t i d a d e de açúcar total recuperável e produção de á l c o o l , p o r é m , o c o m p o r t a m e n t o das fontes foi semelhante.

SUMMARY

A V A I L A B I L I T Y OF SOME POTASSIUM SOURCES BY USING SWEET SORGHUM (Sorghum bicolor (L.) MOENCH)

A field experiment was carried o u t , at Areão Expe-rimental Farm of Escola Superior de A g r i c u l t u r a "Luiz de Q u e i r o z " , P i r a c i c a b a , São P a u l o , B r a z i l , in a soil n a m e d "Terra Roxa E s t r u t u r a d a " .

The a i m of this experiment was to study the effect of three potassic m a t e r i a l s o r i g i n a t e d from Poços de Cal¬ d a s , M G , B r a z i l , w h i c h w e r e subject of hydrothermal t r e a t m e n t , on sweet or saccharine sorghum (Sorghum b i c o ¬ lor (L.) Moench) cv. " S t a r t " , in respect to the grains a n d stalks y i e l d s , the p o t a s s i u m contents of grains, stalks and leaves, the quantities of potassium extracted by grains and stalk and the e t h a n o l .

(33)

A c c o r d i n g to the d a t a , the following conclusion can be d r a w n :

1) One of these potassic materials showed the highest content of K2O soluble in 2% citric acid solution (26.02%) and gave the highest yield and the highest quantity of p o t a s s i u m e x t r a c t e d by the g r a i n , w h e n a p p l i e d at the rate of 200 kg/ha K2O .

2) There w a s no difference between p o t a s s i u m sour-ces and rates in respect to potassium content and quantity of this element e x t r a c t e d , in the

stalk, but the potassium sources used in this experiment was superior to the c o n t r o l .

3) The potassium chloride when applied at the rate of 200 kg/ha K2O showed negative effect on grain y i e l d , on c o n c e n t r a t i o n and quantity of p o t a s -sium in the g r a i n .

4) The potassium sources increased the quantity of total sugar and ethanol yield in respect to the control .

LITERATURA CITADA

A L L E N , S.E.; M A Y S , D.A., 1 9 7 4 . Coated and other slow--release fertilizers for f o r a g e s . In: M A Y S , D.A., e d . Forage f e r t i l i z a t i o n . M a d i s o n , A m e r i c a n Society of

A g r o n o m y , p. 5 5 9- 8 2 .

A R A U J O , N.Q.; C A S T R O , H . F . , V I S C O N T I , A . E . S . , 1 9 7 7 . Sor¬ go: matéria-prima renovável para a produção de etanol na escalada e n e r g é t i c a . Brasil A ç u c a r e i r o . Rio de Ja¬

(34)

B E R N A L , M . T . ; GARCIA, F.S.; G O N Z A L E S , R . C . , 1 9 7 3 . El cul¬ tivo del sorgo a z u c a r e r o (Sorghum bicolor). M e m o r i a s A s o c i a c i ó n de T e c n i c o s A z u c a r e r o s de C u b a . La Haba¬

n a , 3: 9 9 - 1 0 9 .

B O O K , O . J . ; C A T A N I , R.A.; F R E I R E , E.S., 1960. Adubação da b a t a t i n h a : e x p e r i ê n c i a s com leucita, sulfato e clo¬ reto de p o t á s s i o . B r a g a n t i a . C a m p i n a s , 1 9( 5 1 ) : 8 1 1 --828.

C A T A N I , R.A.; J A C I N T H O , A . O . , 1 9 7 4 a . Análises químicas para avaliar a fertilidade do solo. Piracicaba, ESALQ/ / U S P , 57 p. (Boletim Técnico C i e n t í f i c o , 3 7 ) .

C A T A N I , R.A.; J A C I N T H O , A . O . , 1 9 7 4 b . A v a l i a ç ã o da ferti¬ lidade do solo: métodos de a n á l i s e . P i r a c i c a b a , Livro c e r e s , 61 p.

C O C H R A N , W . G . ; C O X , G.N., 1 9 5 7 - Experimental d e s i g n s . 2 e d . New Y o r k , John W i l e y , 6 1 1 p.

C O L E M A N , O . H . , 1 9 7 5 - Jarabe y azúcar del sorgo dulce. In: W A L L , J.S.; R O S S , W . M . , P r o d u c c i ó n y usos del sor¬ g o . Buenos A i r e s , Ed. Hemisfério S u r , p. 2 3 9 - 2 5 0 . C O P E R S U C A R , 1980. A m o s t r a g e m e análise da c a n a d e a ç ú

-c a r . P i r a -c i -c a b a , 37 p.

D E M E N T , J.D.; S T A N F O R D , G., 1 9 5 9 . Potassium availabili¬ ty of fused p o t a s s i u m p h o s p h a t e s . A g r o n o m y J o u r n a l . M a d i s o n , 5 1 : 2 8 2 - 2 8 5 .

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA A G R O P E C U Á R I A , 1 9 7 9 . Resul¬ tados do ensaio nacional de sorgo s a c a r i n o , 1 9 7 7 / 7 8 . Sete L a g o a s , Centro Nacional de Pesquisa de Milho e S o r g o . 46 p. (Boletim T é c n i c o n° 2 ) .

(35)

E V A N S , H . J . ; W I L D E S , R.A., 1 9 7 1 . Potassium and its role in enzyme a c t i v a t i o n . In: INTERNATIONAL POTASH INSTI¬ T U T E . Potassium in biochemistry a n d p h y s i o l o g y . Ber-na .

F O R S , A . L . , 19 7 1 . Los e s f u e r z o s in Mexico sobre el sor-go dulce como c o s e c h a c o m p l e m e n t a r i a a la caña de azú¬ c a r . Sugar y A z ú c a r . New Y o r k , 5 5 ( 7 ) : 5 0 - 5 4 . ~~ F U J I M O R I , K., 1 9 7 9 . Emprego da Kalsilita (ou Kaliofili¬

ta) ( K A l S i O4) o b t i d a da rocha potássica como f e r t i l i -zante. In: Resumos do XVII Congresso Brasileiro de Ciência do S o l o . M a n a u s , p. 4 8 .

G A U C H , H . G . , 19 7 2 . Inorganic p l a n t n u t r i t i o n . Strouds¬ burg. D o w d e n , H u t c h i n s o n & R o s s , 4 8 8 p .

G R A H A M , E.R.; A L B R E C H T , W . A . , 1 9 5 2 . P o t a s s i u m bearing mi¬ nerals as soil treatment. B u l l . Missouri A g r i c . E x p t . S t a . R e s . C o l u m b i a , n. 5 1 0 , 12 p. A p u d : S o i l s a n d F e r t i l i z e r s . H a r p e n d e n , 16: 4 6 4 , 1953. (ref. 2 2 8 8 ) . J A C K S O N , W.A.; V O L K , R . J . , 1968. Role of p o t a s s i u m in

p h o t o s y n t h e s i s and r e s p i r a t i o n . In: K I L M E R , V . J . ; Y O U N T S , S.E.; BRADY, N . C . , e d . Role of p o t a s s i u m in a g r i c u l t u r e . M a d i s o n , American Society of A g r o n o m y ,

p. 1 0 9 - 1 4 5 .

J O H N S T O N E , S., 1 9 2 2 . P o t a s h . Monographs on mineral re-s o u r c e re-s . L o n d r e re-s , John M u r r a y , 122 p .

LIMA, M . C . A . ; L E I T E , J.P.; LYRA, M . A . , 1969. Emprego de rochas trituradas como fertilizante potássico na la-voura c a n a v i e i r a . R e c i f e , Instituto de Pesquisas A¬ gronômicas de P e r n a m b u c o , 37 p . (Boletim Técnico nº 4 0 ) .

M A L A V O L T A , E . , 1 9 7 6 . Manual de q u í m i c a a g r í c o l a : n u t r i -ç ã o d e p l a n t a s e f e r t i l i d a d e do s o l o . São P a u l o , Edi¬

(36)

M A L A V O L T A , E . , 1 9 7 7 . O potássio e a p l a n t a . B o l e t i m Téc¬ n i c o . Instituto de P o t a s s a . P i r a c i c a b a , nº 1, 60 p. M c L E A N , E.O., 1 9 6 5 . A l u m i n i u m . In: B L A C K , C A . M e t h o d s _ o f soil a n a l y s i s . M a d i s o n . American Society of A g r o

-n o m y , v. 2 , p. 9 7 8 - 9 9 8 (Agronomy, 9 ) .

N E P T U N E , A . M . L . ; M U R A O K A , T.; F U J I M O R I , K.; V I D A L , A . A . ,

1 9 8 0 . Disponibilidade do potássio a partir de vários

m a t e r i a i s p o t á s s i c o s , utilizando o arroz como planta indicadora. A n a i s d a E.S.A. " L u i z d e Q u e i r o z " . Pira¬ c i c a b a , 37.

N E V E S , O . S . ; C A V A L E R I , P.A.; A B R A M I D E S , E . ; FREIRE, E . S . ,

I 9 6 0 . A d u b a ç ã o do a l g o d o e i r o . X. Ensaios c o m diver-sos adubos p o t á s s i c o s . B r a g a n t i a 1 9( 1 2 ) : 1 8 3 - 2 0 0 .

REEVES J r . , S.A., 1 9 7 6 . Sweet Sorghum R e p o r t , 1 9 7 5 .

College S t a t i o n , Texas Agricultural Experiment Sta-t i o n , 22 p . (Research Technical R e p o r t , 7 6 - 3 ) .

R O S O L E M , C.A., 1 9 7 9 . C o n t r i b u i ç ã o a o estudo da nutrição mineral e a d u b a ç ã o do sorgo sacarino (Sorghum b i c o l o r (L.) M o e n c h ) . P i r a c i c a b a , E S A L Q / U S P , 1 3 7 p . (Tese de D o u t o r a m e n t o ) .

S A D E R , R.; S O U Z A , E.A. ; A K A B A N E , M . H . , 1 9 7 9 . Marcha de a b s o r ç ã o dos nutrientes NPK pela cultura do sorgo e produção de matéria s e c a . Anais da XII Reunião B r a -sileira de Milho e Sorgo. G o i â n i a , p . 1 3 7 .

SERRA, G . E . , 19 7 6 . A l g u m a s c o n s i d e r a ç õ e s sobre as possi¬ b i l i d a d e s de m a t é r i a s p r i m a s para a produção de á l -cool e t í l i c o . Brasil A ç u c a r e i r o . Rio de Janeiro 87

( 3 ) : 4 4- 5 1 .

S N E D E C O R , G.W.; C O C H R A N , W . G . , 1 9 6 7 . Statistical Methods. 6 e d . A m e s . Iowa State U n i v e r i s y , 593 p.

(37)

T E I X E I R A , C.G.; P U R C H I O , M . J . ; M E N E Z E S , T.J.A.; S A L E S , A . M . , A R A K A K I , T., 1977. Produção de álcool etílico de sorgo sacarino. I Simpósio Brasileiro de Sorgo. B r a s í l i a , p. 99-104.

Imagem

Tabela  1 .  A n á l i s e química do solo no local do  e x p e r i m e n - -to de  c a m p o
Tabela 5.  A n a l i s e granulomctrica dos  m a t e r i a i s .
Tabela  6 . Produção de colmos verdes e secos e  g r ã o s .
Tabela 10. Quantidade total de K extraída pelos colmos e  g r ã o s .
+3

Referências

Documentos relacionados

O design relaciona-se com questões fundamentais de gestão da inovação e com o sucesso do desenvolvimento de novos produtos (DNP), alinhado com impor- tantes fatores que são

Bakhtin (1993) aponta, na Cultura Popular, que o grande corpo social satírico e grotesco medieval é inseparável do mundo, ele é movência, é um corpo em que o nascimento e morte

Curva em forma de sino identifi ca o perfi l dos elementos periféricos, são os que possuem importância média para o grupo (a maior parte dos respondentes não as- sinalou o item

Um passageiro colocado no último carro, ao contrário, começa a queda com velocidade maior (pois a maior parte do trem já está deslisando.. para baixo na pista).. Por outro lado,

Constata-se que a percentagem de alunos fumadores diários é maior no grupo de alunos cujas mães fumam (8,7%) do que no grupo de alunos filhos de mães que não fumam (3,1%), sendo

Nesse contexto, a autonomia do professor com relação ao trabalho que pode ser desenvolvido com o livro didático pode representar um esforço inicial para retomada de um

Pássaro Anilha Criador Cidade Classif.. Pássaro Anilha Criador

A energia t´ermica pode ser controlada pela temperatura em que amostra est´a submetida; a energia de intera¸c˜ao pode ser controlada pela introdu¸c˜ao de mais ou menos v´ortices