• Nenhum resultado encontrado

Comprometimento pulmonar na leptospirose.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Comprometimento pulmonar na leptospirose."

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

R e v i s ta d a S o c ie d a d e B r a s ile ir a d e M e d ic in a T r o p ic a l 2 5 ( l ) : 2 1 - 3 0 , j a n - m a r , 1 9 9 2

C O M P R O M E T IM E N T O P U L M O N A R N A L E P T O S P IR O S E

J o rg e E d u a rd o M an h ães de C a rv a lh o , E d so n dos S an to s M a rc h io ri, Jo ã o B a tista G uedes e S ilva, B e rn a rd in o Alves de Souza N etto , W a lte r T a v a re s e

A loysio V eiga de P a u la *

E m 2 3 p a c ie n te s c o m le p to s p ir o s e a p r e se n ta n d o c o m p ro m e tim e n to p u lm o n a r , in te r n a d o s n o H o s p ita l U n iv e r sitá r io A n tô n io P e d r o d a XJFF, N ite r ó i, h e m o p tis e e h e m o p tó ic o s f o r a m o b s e r v a d o s e m 2 1 ,7 % e 3 0 ,4 % , re s p e c tiv a jn e n te . G a s o m e tr ia a r te r ia l r e v e lo u h ip o x e m ia e h ip o c a p n ia n a m a io r ia d o s c a so s. R a d io g r a fia d e tó ra x e m 1 5 p a c ie n te s m o s tr o u c o m p ro m e tim e n to a lv e o la r e m 6 0 % , c o m p r o m e tim e n to in te r s tic ia l-r e tic u la r e m 6 % , p a d r ã o m is to (a lv e o la r e in te r s tic ia l) e m 2 0 % e a u s ê n c ia d e a lte r a ç õ e s ra d io ló g ic a s e m 1 4 % . A n e c r ó p s ia d e 1 3 p a c ie n te s m o s tr o u e d e m a , c o n g e s tã o e h e m o r r a g ia n o s p u lm õ e s e m 1 0 0 % d o s c a s o s . A h e m o r r a g ia f o i f o c a l e m 4 6 % e d ifu s a e m 5 4 % d o s c a so s. H o u v e f o r m a ç ã o d e m e m b r a n a h ia lin a e m 3 0 % e tr o m b o s d e f i b r i n a e m 4 6 % d o s p u lm õ e s e s tu d a d o s , o q u e e s ta b e le c e o d ia g n ó s tic o d a c o a g u la ç ã o in tr a v a s c u la r d is s e m in a d a e a o c o r r ê n c ia d a s ín d r o m e d e a n g ú s tia r e s p ir a tó r ia n a le p to s p ir o s e .

P a la v r a s -c h a v e s :L e p to s p ir o s e . P ulm ã o. P n e u m o n ia . S A R A . C o a g u la ç ã o in tr a v a sc u la r.

A leptospirose é doença m ultissistêm ica, de gravidade variável, onde o com prom etim ento de d iv erso s ó rg ão s co n trib u i p ara sua elevada letalidade. E prim ariam ente infecção de anim ais silvestres e dom ésticos. O hom em ocasionalm ente é acom etido ao entrar em contato direto ou indireto (via água ou solo contam inado) com esses anim ais, p r in c ip a lm e n te c o m a u rin a d e ro e d o re s in f e c ta d o s 1 13.

A form a clássica da leptospirose, com grave acom etim ento renal, icterícia, hem orragias e intenso quadro febril, foi prim eiro descrita por A dolf W eil, em 188619 23. Som ente em 1914, Inada e Ido, no Japão, identificaram o espiroqueta cau sado r daquele quadro m ó rb ido 15. D oença endêm ica em nosso país, teve seu estudo acrescido a p artir da década de 1960, quando epidem ias da enferm idade foram descritas em diferentes partes do Brasil.

A infecção é assintom ática na m aioria dos pacientes m as, eventualm ente, m anifesta-se por

* In m e m o r ia n .

T r a b a lh o r e a liz a d o n o H o sp ita l U n iv e r sitá r io A n tô n io P ed ro

d a U n iv e r s id a d e F e d e r a l F lu m in e n s e , N ite r ó i, R J.

E n d e r e ç o p a r a c o r r e s p o n d ê n c i a : D r . J o r g e E d u ar d o M a n h ã e s á e C a r v a lh o . S e r v iç o d e P n e u m o lo g ia , H o sp ita l U n iv e r sitá r io A n tô n io P e d r o /U F F . R u a M a r q u ê s d o Para ná 3 0 3 ,2 4 0 3 0 - 0 0 0

N ite r ó i, R J.

R e c e b id o p ara p u b lic a ç ã o e m 1 2 /1 1 /9 0 .

um quadro clínico característico, de início agudo, no qual febre, m ialgias, icterícia rubínica e congestão conjuntival são m anifestações m arcantes1213 1423. O com prom etim ento de diferentes órgãos pelo parasita e/ou sua(s) toxina(s), conduz ao óbito cerca de 5 a 10% dos pacientes, principalm ente com o resultado da agressão renal, m iocárdica e vascular12 24.

O pulm ão é um dos órgãos com prom etidos na vigência da infecção. N este trabalho, apresentam os os resultados de um estudo sobre as alterações pulmonares observadas em pacientes com leptospirose acom panhados no H ospital U niversitário A ntônio Pedro da U niversidade Federal F lum inense (H U A P- U FF).

M A T E R IA L E M ÉT O D O S

(2)

C a r v a lh o J E M , M a r c h io r i E S , S ilv a J B G , S o u z a N e tto B A , T a v a r e s W , P a u la A V . C o m p r o m e tim e n to p u lm o n a r n a le p to s p ir o s e . R e v is ta d a S o c ie d a d e B r a s ile ir a d e M e d ic in a T r o p ic a l 2 5 :2 1 -3 0 , j a n - m a r , 1 9 92 .

positiva para leptospirose. E m todos os pacientes foram pesquisados a história clínica, exam e físico, evolução do quadro clínico, além dos exames com plem entares de rotina. D entre estes, os de m aior im portância para o nosso trabalho foram a radiologia de tórax em PA e perfil, gasom etria a rte ria l e so ro a g lu tin a ç ã o m icro scó p ica para leptospirose. N os pacientes que faleceram foi realizado o exam e anatom opatológico macroscópico e m icroscópico.

D os 23 pacientes estudados quanto às alterações pulm onares, dez foram selecionados com base nas alterações do exam e radiológico do tórax; os 13 restantes foram pacientes que evoluíram para o óbito e cujo estudo anatom opatológico evidenciou alterações pulm onares. N estes 23 pacientes a idade

variou de 21 a 67 anos, com m édia de 40 anos. O sexo m asculino predom inou (18 pacientes). Quanto à profissão, o predom ínio foi de “biscateiro” , entre os homens, e doméstica, entre as m ulheres. Dezesseis pacientes evoluíram para o óbito, sendo realizada a necropsia em 13; sete pacientes sobreviveram . O período de incubação da doença variou de sete a 30. dias, com m édia de duas sem anas (Tabela 1). A principal form a de contam inação se deu no exercício da profissão, em bora tenha existido referências sobre lim peza de valas e alagam ento de residências o u ruas, devido a chuvas torrenciais. F o i observado, tam bém , que esses locais estavam infestados de ratos. Onze pacientes foram subm etidos à diálise peritoneal, dos quais sete evoluíram para o óbito.

O diagnóstico sorológico foi efetuado em 14

T a b e la 1 - I d e n t if i c a ç ã o e e v o l u ç ã o d e 2 3 c a s o s d e l e p t o s p i r o s e c o m a l te r a ç õ e s p u l m o n a r e s,

Casos Ident. Idade Sexo Cor* Profissão

D ias de doença

antes da internado

internação

Evolução

01 D .B 37 M Pa P intor de automóvel 5 2 óbito

02 M .A .L .S. 35 F Pa D om éstica 10 4 óbito

03 C .S.B . 59 F B D om éstica 10 2 óbito

04 A .V .G . 30 M B A uxiliar de escritório 7 1 óbito

05 J.F . 49 M B Não identificada 4 12 óbito

06 S.G .S . 36 M B "Biscateiro" 5 4 óbito

07 J.B .M . 28 M B Pedreiro 5 17 curado

08 C .G .A . 21 M B Pedreiro 7 19 curado

09 A .A .M . 66 M B V endedor am bulante 15 20 óbito

10 A .R .A . 57 M B "Biscateiro" 7 4 óbito

11 A .G . 40 M Pt A judante de cam inhão 5 4 óbito

12 G .C .O . 29 M Pt Gari 30** 36 curado

13 W .C .L . 46 M Pa Não identificada 8 30 curado

14 J.C .S . 28 M B Gari 3 3 óbito

15 P .R .B . 25 M Pa "Biscateiro" 7 2 óbito

16 D .J .F .F . 58 M Pa D ecorador de pedra 5 31 óbito

17 M .S .C .S. 22 M Pt Serralheiro 6 7 curado

18 E .C .L . 36 F B D om éstica 6 15 curado

19 R .O .S . 24 F Pt D om éstica 5 5 óbito

20 J.B .F . 60 M B M otorista 5 3 óbito

21 L .F .D . 28 F Pa Dom éstica 7 2 óbito

22 A .F .S . 67 M B "Biscateiro" 7 21 curado

23 J.A .O . 40 M B Cozinheiro 5 3 óbito

* Pa-pardo; B -branco; Pt-preto

** P aciente com quadro clínico gripal 30 dias antes d a internação com m elhora discreta após alguns dias e em seguida surgim ento d e quadro clínico com m ialgias, icterícia e febre.

(3)

C a r v a lh o J E M , M a r c h io r i E S , S ilv a J B G , S o u z a N e tto B A , T a v a r e s W , P a u la A V . C o m p r o m e tim e n to p u lm o n a r n a le p to s p ir o s e . R e v is ta d a S o c ie d a d e B r a s ile ir a d e M e d ic in a T r o p ic a l 2 5 :2 1 -3 0 , j a n - m a r , 1 9 9 2 .

pacientes, sendo positivo em 13 e negativo em um , o qual estava ainda no período septicêm ico. Em três casos, a sorologia foi negativa inicialm ente e se positivou no período d e se te a 1 0d ias(T ab ela2 ). Os

exam es sorológicos realizados em q uatro dos pacientes (núm eros 7, 12, 13 e 20 da T abela 2) revelaram inicialm ente positividade para diferentes serovares. Estas am ostras ao serem exam inadas em

T a b e la 2 - S o r o a g l u tin a ç ã o e f e tu a d a e m 1 4 p a c i e n t e s p o r t a d o r e s d e l e p t o s p i r o s e c o m a l t e r a ç õ e s p u l m o n a r e s .

N úm ero do caso D ias da doença Serovar Título

6 9 javanica 1/1.600

7 11 - N egativo

18 javanica 1/200

canícola 1/200

icterohaem orrhagiae 1/800

8 9 icterohaem orrhagiae 1/800

9 10 icterohaem orrhagiae 1/800

10 9 javanica 1/1.600

12 43 - N egativo

52 canícola 1/200

icterohaem orrhagiae 1/400

13 40 patoc 1/400

40 javanica 1/200

40 bataviae 1/1.600

16 8 javanica 1/3.200

17 9 icterohaem orrhagiae 1/800

18 8 - NegáfiVo

15 icterohaem orrhagiae 1 /L 6 0 0

20 7 autum nalis 1/200

7 andam ana 1/1.600

21 8 icterohaem orrhagiae 1/400

22 14 icterohaem orrhagiae 1/800

(4)

C a r v a lh o J E M , M a r c h io r i E S , S ilv a J B G , S o u z a N e tto B A , T a v a r e s W, P a u la A V . C o m p r o m e tim e n to p u ltn o n ü r n a le p to s p ir o s e . R e v is ta d a S o c ie d a d e B r a s ile ir a d e M e d ic in a T r o p ic a l 2 5 :2 1 - 3 0 , j a n - m a r , 1 9 9 2 .

m aiores diluições m ostraram títulos m ais elevados para som ente um serovar, configurando a existência d e reação cruzad a na titulação p rim itiv a. Os s e r o v a r e s m a is e n c o n tr a d o s fo ra m ic t e r o h a e m o r r h a g ia e (oito pacientes) e j a v a n i c a (cinco pacientes). N ão se obteve isolam ento de le p to s p ir a s em m e io s d e c \iltu r a , n e m o m icrorganism o foi evidenciado em m aterial de necropsia.

R ESU LTA D O S

A s m anifestações clínicas pulm onares foram observadas em 20 pacientes, estando ausentes em três. D ispnéia e estertores crepitantes foram as alterações m ais encontradas, seguidas de tosse, hem optóicos, estertores bolhosos, hem optise e, m enos freqüentem ente, cianose, taquipnéia e atrito pleural (Tabela 3).

A radiologia do tórax, realizada em 15 dos 23 pacientes, m ostrou que o padrão radiológico mais encontrado foi o de com prom etim ento alveolar (60 % dos casos), sendo localizado em 6 %, multifocal

em 27 % e difuso em 27 %. O padrão m isto (alveolar

e intersticial) foi observado em 20 % dos pacientes e o padrão de com prom etim ento intersticial reticular

em 6 % (Figuras 1 e 2). Em 14% dos casos não

foram evidenciadas alterações no exam e radiológico d o tó r a x . F o i c o n s id e ra d o p a d rã o de c o m p r o m e tim e n to a lv e o la r m u ltif o c a l o com prom etim ento plurilobar, preservando, porém , pelo m enos um dos lobos (Figuras 1 e 2).

A gasom etria arterial realizada em 10 pacientes respirando ar atm osférico, no período de internação, evidenciou hipoxem ia em 60% e hipocapnia em 90% .

N o s 13 c a so s su b m e tid o s à n e c ro p sia , m a c r o s c o p ic a m e n te o s p u lm õ e s p e s a ra m individualm ente de 300 g a 1450 g, com m édia de 846 g para o pulm ão direito e de 750 g para o pulm ão esquerdo. A m aioria (70% dos casos) exibia pleura lisa, b ran ca, tran sp aren te, tend o os pulm ões superfície verm elho-acastanhada, áreas vinhosas difusas e crepitação dim inuída à palpação (Figura 3). E m três pacientes havia petéquias subpleurais. E m dois casos foi constatado derram e pleural bilateral, sendo que, em um deles, a coleção líquida era de aspecto hem orrágico. Um pacienteapresentava área sugestiva de infarto pulm onar.

T a b e la 3 - M a n if e s ta ç õ e s c lí n ic a s p u l m o n a r e s d e

2 3 c a s o s d e l e p t o s p i r o s e .

M anifestações N ° de casos %

E stertores crepitantes 10 43,5

D ispnéia 8 34,7

Tosse 7 3 0,4

H em optóicos 7 30,4

E stertores bolhosos 6 2 6 ,0

H em optise 5 21,7

Roncos 4 17,4

Sibilos 4 17,4

Expectoração am arelada 2 8,7

Cianose 2 8,7

Taquipnéia 2 8,7

A trito pleural 1 4,3

F ig u r a 1 - T e l e r r a d i o g r a f i a d e t ó r a x e m P . A . e v id e n c ia n d o c o n d e n s a ç õ e s a lv e o la r e s n ã o h o m o g ê n e a s n o s p u lm õ e s (P a d rã o A lv e o la r D ifu s o ).

(5)

C a r v a lh o J E M , M a r c h io r i E S , S ilv a J B G , S o u z a N e tto B A S , T a v a r e s W , P a u la A V. C o m p r o m e tim e n to p u lm o n a r n a le p to s p ir o s e . R e v is ta d a S o c ie d a d e B r a s ile ir a d e M e d ic in a T r o p ic a l 2 5 :2 1 -3 0 , j a n - m a r , 1 9 9 2 .

F ig u r a 2 - T e le r r a d io g r a fia d o tó r a x e m P. A . e v id e n c ia n d o in te r s tic ia l r e tic u la r d ifu s o n o s p u lm õ e s . (P a d rã o I n te r s tic ia l R e tic u la r ).

H isto lo gicam en te, evidenciaram -se edem a, congestão e hem orragia nos pulm ões em 100% dos casos, sendo que a hem orragia foi focal em 6 casos (46% ) e difusa em 7 casos (54% ) (Figura 4). Apareceram , ainda, trom bos de fibrina em 6 casos (46% ), membrana hialina em 4 casos (30% ), infiltrado m ononuclear em 3 casos (23 %), broncopneum onia em 23% , pleuris fibrinoso em 16% e pneum onite urêm ica em um caso. E m oito dos 13 pacientes necropsiados (62% ) foi constatada coagulação intravascular, sendo que, nos pulm ões de seis deles, havia trom bos de fibrina. E m três destes seis pacientes veri ficou-se concomi tantem ente a presença de m em branas hialinas (Figuras 3, 4, 5 e 6).

DISCU SSÃ O

As alterações pulm onares, que representam parte do envolvim ento orgânico da leptospirose, geralm ente surgem precocem ente, 24 a 72 horas após o seu início, ou, então, depois de alguns dias, coincidindo com o com eço da fase im une12 14 21.

N este estudo de 23 pacientes com leptospirose apresentando alterações pulm onares, verificam os q u e, fu n c io n a lm e n te , a m a io ria a p re se n to u hiperventilação alveolar, com hipocapnia no sangue

(6)

C a r v a lh o J E M , M a r c h io r i E S , S ilv a J B G , S o u z a N e tto B A , T a v a r e s W , P a u la A V . C o m p r o m e tim e n to p u lm o n a r n a le p to s p ir o s e . R e v is ta d a S o c ie d a d e B r a s ile ir a d e M e d ic in a T r o p ic a l 2 5 :2 1 -3 0 , ja n - m a r , 1 9 9 2 .

arterial. H ipoxem ia foi um achado freqüente (60% dos casos), estando provavelm ente relacionada aos im portantes distúrbios que ocorrem ao nível alvéolo- capilar, com conseqüente aum ento do gradiente alveolar-arterial de oxigênio. E stes achados foram , tam bém , descritos p or N ery e cols21. O estudo radiológico do tórax em nossos pacientes revelou o predomínio do padrão de comprometimento alveolar, encontrado em 9 (60% ) dos casos, o que traduz a ocorrência de alveolite16 17 22.

N o estudo anatom opatológico que realizam os, m acroscopicam ente, a m aioria dos nossos pacientes apresentava, nos pulm ões, áreas vinhosas difusas, com patíveis com hem orragias generalizadas. O derram e pleural bilateral, encontrado em dois casos, sendo em um hem orrágico, apesar de raro , já foi descrito por outros autores3 27. H istologicam ente, hem orragia, edem a e congestão foram encontrados em 100% d os n o sso s c aso s, tra d u z in d o -se clinicam ente po r dispnéia, hem optise, tosse e, eventualm ente, cianose. E stes aspectos foram tam bém encontrados por Silverstein28, que refere ter encontrado hem orragia extensa em casos avançados, enfatizando que o com prom etim ento pulm onar na le p to s p ir o s e c o n s is te b a s ic a m e n te d e u m a pneum opatia hem orrágica. Entre nós, Pereira da h e m o s s id e r in a . (H e r n a to x ilin a -E o sin a 1 0 0 X ) . S ilvaecols24, estudando a necropsia de sete pacientes

F ig u r a 5 - V aso p u lm o n a r d e p e q u e n o c a lib re a p r e s e n ta n d o e m s u a luz f o r m a ç ã o tro m b ó tic a o n d e s e n o ta m a g re g a d o s d e fíb r in a . (H e m a to x iü n a -F o sfo tu n g stic a d e M a llo r y 1 0 0 X ) ,

F ig u r a 4 - In fil tr a ç ã o h e m o r r á g ic a a lv e o la r . A lv é o lo s p r e e n c h id o s p o r h e m á c ia s e m m e io à s q u a is o b s e r v a - s e a b u n d a n t e p i m e n t o d e

(7)

C a r v a lh o J E M , M a r c h io r i E S , S ilv a J B G , S o u z a N e tto B A , T a v a r e s W, P a u la A V . C o m p r o m e tim e n to p u lm o n a r n a le p to s p ir o s e . R e v is ta d a S o c ie d a d e B r a s ile ir a d e M e d ic in a T r o p ic a l 2 5 :2 1 -3 0 , j a n - m a r , 1 9 92 .

F ig u r a 6 - A l v é o lo s c o n te n d o líq u id o d e e d e m a p a r e d e s a lv e o la r e s a ta p e ta d a p o r m e m b r a n a s h ia lin a s . S e p to s a lv e o la r e s a p r e s e n ta n d o d is c r e to a m o d e r a d o in filtr a d o in fla m a tó r io m o n o n u c le a r . (H e m a to x ilin a -E o s in a 1 0 0 X ) . com leptospirose com alterações pulm onares, e

Ram achandran e Pereira27, estudando outros sete pacientes, constataram , respectivamente, hemorragia intra-alveolar em 100% e 70% dos casos.

E m nossa casuística, as hem optises, geralm ente de pequeno volum e, apareceram precocem ente, desaparecendo até o sétim o dia da doença, o que é relatado p or outros autores24 25. Ocasionalmente, hem optises m aciças ocorrem , causando graves problem as anóxicos. Im portante fato é que a ausência de hem optises não é indicativo de m enor extensão das lesõespulm onares; entretanto, em geral, pacientes com hem optises m ostram m aior extensão das lesões pulm onares do que os sem hem optise2 26 31.

A patogênese da hem orragia pulm onar ainda perm anece obscura. Segundo C arréeco ls8, algumas hipóteses têm sido levantadas:

1. U m efeito citopatológico direto das leptospiras sobre o pulm ão. A favor desta teoria está a precocidade do aparecim ento das lesões, ainda na fase septicêm ica;

2. Intervenção das toxinas liberadas pela lise das leptospiras, provocando dilatação e aumento da fragilidade dos capilares pulm onares; 3. U m m ecanism o auto-im une, sem elhante à

síndrom e de G oodpasture, com elevados níveis circulantes de anticorpos antim em brana basal,

e consum o de com plem ento sérico total e da fração C3.

R ecentem ente, B rito e cols6, em trab alho e x perim en tal, usand o c u ltu ra s d e lep to sp iras in te r ro g a n s s e ro v a r i c t e r o - h a e m o r r h a g i a e , produziram em cobaias lesões em endotélio e epitélio, com ruptu ra de capilares e conseqüentem ente hem orragia nos pulm ões. F ragm entos sem elhantes a le p to s p ira s fo ra m m e n o s fre q ü e n te m e n te visualizados nos espaços alveolares, em m icroscopia eletrônica. Parece, assim , que fatores tóxicos do agente ag resso r, p ro v av elm en te co m po nentes lipídicos e/ou glicolipoproteínas, contribuem para a p a to g ê n e s e d as le s õ e s h e m o r r á g ic a s n a leptospirose30. D eve-se, ainda, considerar que alterações no m ecanism o de coagulação do sangue podem contribuir para o surgim ento da hem orragia pulm onar20, fato esteencontrado em nossa casuística.

(8)

C a r v a lh o J E M , M a r c h io r i E S , S ilv a J B G , S o u z a N e tto B A , T a v a r e s W , P a u la A V . C o m p r o m e tim e n to p u lm o n a r n a le p to s p ir o s e . R e v is ta d a S o c ie d a d e B r a s ile ir a d e M e d ic in a T r o p ic a l 2 5 :2 1 - 3 0 , j a n - m a r , 1 9 9 2 .

apresentam focos pneum ônicos relacionados com in fecçõ es p io g ê n ic a s secu n d árias23, fato que docum entam os em três (23% ) dos nossos casos s u b m e tid o s a o e s tu d o a n a to m o p a to ló g ic o , traduzindo-se p o r broncopneum onia. Em um dos n o sso s p acien tes h av ia in filtra d o ab un dante, associado a discretas m em branas hialinas, sugestivo de pneum onite urêm ica, o que não é de se estranhar, p o is ela faz parte da constelação m órbida da insuficiência renal grave. E m outros três pacientes, foi possível descrever a ocorrência da m em brana h ia lin a , ex p ressão de im p o rta n te ag ressão à m em b ran a a lv é o lo -c a p ila r, fazendo p a rte da síhdrom e de angústia respiratória do adulto (SA RA). E m o u tro s trab alh o s8 11 20 23, h ouve tam bém referência à SA R A na leptospirose. Zaltm an e cols32 descrevem um caso de SA RA em paciente acom etido de leptospirose p or serovar c a n ic o la que ev oluiu p ara o óbito. O bservaram à necropsia infiltrado inflam atório associado a m em branas hialin as e ru p tu ra de capilares resultando em hem orragia alveolar, sem elhante ao encontrado em três de nossos pacientes.

Im portante, e até surpreendente, foram os achados indicativos de coagulação intravascular d issem in ada (C ID ), enco n trad a em 62% das necrópsias. N o pulm ão, particularm ente, havia

trom bos de fíbrina em 46 % dos casos. Esses achados

devem ser considerados, pois são raramente descritos

na leptospirose4 10 18 29. M acedo e cols18 relataram

um caso de leptospirose em que foi diagnosticada a C ID , le v a n d o a u m sa n g ra m e n to d ig e stiv o incontrolável. O controle clínico e heparinização resultaram em cu ra do paciente. P or outro lado P ereira da Silva23 exam inando a histopatologia em m aterial proveniente de 10 necrópsias e 41 biópsias dos m úsculos gastrocnêm ios não observou depósitos de fíb rin a em lu z vascular. N os três pacientes com SA RA , foram observadas evidências de coagulação intravascular nos pulm ões e em outros órgãos. Isto parece adquirir im portância, já que em trabalhos realizados p o r B one e col5 e Colm an e R ubin9 foi v e rific a d o q u e p acien tes com SA RA e C ID a p r e s e n ta v a m m a io r h ip o x e m ia e m e n o r

com placência pulm on ar quando com parados a pacientes com SA RA sem C ID . Se o significado dessa associação, com o causa o u efeito ainda perm anece obscuro, o fato é que ela existe5, e tanto a SA RA quanto a CID aparecem em pacientes com leptospirose.

D a análise dos dados apresentados, nasce a conclusão de se p esq u isar sistem aticam ente a participação pulm onar no conjunto m órbido da leptospirose. Q uer as lesões pulm onares dom inem a cena, quer sejam epifenôm eno no contexto patológico, o fato é que contribuem para a m archa da doença. E possível, ainda, que o dom ínio da com plicação pulm onar possa, em certos casos, ser decisiva para a recuperação do paciente7. O acurado exame clínico do aparelho respiratório acompanhado de exam e radiológico seriado do tórax, e dosagem g a so m é tric a do san g u e a rte ria l, são fa to re s fundam entais p ara o d iagnó stico e orientação terapêutica do com prom etim ento p ulm onar da leptospirose.

SU M M A R Y

T o s tu d y th e p u lm o n a r y c o m p lic a tio n s in le p to s p ir o s is c a s e r e c o r d s o f 2 3 s u c h p a tie n ts a d m itte d a t th e H o s p ita l U n iv e r sitá r io A n tô n io P e d r o , U n iv e r s id a d e F e d e r a l F lu m in e n se , N ite r ó i, B r a s il, w e r e r e v ie w e d . H e m o p ty s is w e r e s e e n in 2 1 .7 % a n d s p u ta l b lo o d in 3 0 .4 % o f p a tie n ts . A r te r ia l g a s o m e tr y d e te c te d h y p o x e m ia a n d h y p o c a p n ia in m o s t c a s e s . T h o r a c ic r a d io lo g y s h o w e d a n a lv e o la r p a tte r n in 6 0 % o f th e p a tie n ts , a lv e o lo -in te rs titia l in 2 0 % , in te r s titia l in 6 % , a n d in 1 4 % th e lu n g s w e r e c o n s id e r e d to b e n o r m a l N e c r o p s y o f 1 3 c a s e s s h o w e d e d e m a , c o n g e s tio n a n d h e m o r r h a g e in th e lu n g s in a ll c a s e s . H y a lin e m e m b r a n e w a s f o u n d in 3 0 % a n d f i b r i n th r o m b i in 4 6 % o f th e s e c a s e s , r e s u ltin g in a d ia g n o s is o f a d u l t r e s p ir a to r y d is t r e s s s y n d r o m e a n d a c u te d is s e m in a te d in tr a v a s c u la r c o a g u la tio n (c o n s u m p tio n c o a g u lo p a th y ) in le p to s p ir o s is .

K e y - w o r d s : L e p t o s p ir o s is . L u n g . C o n s u m p tio n c o a g u l o p a t h y . A R D S . A d u l t r e s p i r a t o r y d i s t r e s s s y n d r o m e .

R E FE R ÊN C IA S BIBLIOGRÁFICAS

1. A lexander A D . L eptospira. In: L en n ete E H , Balous clinical m icrobiology, 4a*editions, A m erican Society

A , H ausler Junior W S, Shadom y HS (eds) M anual o f for M icrobiology, W ashington p .473-478, 1985.

(9)

C a r v a lh o J E M ', M a r c h io r i E S , S ilv a J B G , S o u z a N e tto B A S , T a v a r e s W , P a u la A V . C o m p r o m e tim e n to p u lm o n a r n a le p to s p ir o s e . R e v is ta d a S o c ie d a d e B r a s ile ir a d e M e d ic in a T r o p ic a l 2 5 :2 1 -3 0 , ja n - m a r , 1 9 92 .

2. A lm eida FSBM . Pulm ão na Leptospirose. Revista D ivisão N acional T uberculose 21:427-433, 1977.

3. A rean V M . Thepathologic anatom y and pathogenesis

o f fatal hum an leptospirosis (W eil’s disease). A m erican Journal Pathology 40:293-423, 1962. 4. A yrosa G alvão PA . L eptospiroses hum anas. ARS

C urandi 4:82-90, 1971.

5. B one R C , Francis PB, P ierce AIC. Intravascular coagulation associated with the adult respiratory distress syndrom e. A m erican Journal o f M edicine 6 1:585-589, 1976.

6. Brito T , Böhm G M , Y asuda PH. V ascular dam age

i n P.Y^ í^ - fim pntol

pig. Journal Pathology 128:177-182, 1979. 7. B urke B J, Jearle JF , M attingly D. Leptospirosis

p re se n tin g w ith p ro fu se haem optysis. B ristish M edical Journal 2 :9 8 2 , 1976.

8. C a rré PH , A w ia-B erod C, D uval G, M ichault A. M anifestations pulm onaires predom inantes au cours des lep to sp iroses ictero-hem orragiques. R évue M aladie R espiratoire 2:343-349, 1985.

9. C olm an R N , R ubin RN . D issem inated intravascular coagulation: Etiologies, diagnosis and therapy. Infections in M edicine 1:23-28, 1986.

10. C om by F , G authier R, N aziw off O. N ouvelle contribution a l ’étude des leptospiroses a la reunion II. A natom opathologie de dix cas m ortels. Bulletin Société Pathologie E xotique 1:92-101, 1969. 11. D uval G, M ichault A , C orsin JC , A w in-B erod C,

C arré P , Geniu R. S yndrom e dedétresse respiratoire a ig u é r e v e la te u r d ’u n e le p to s p ir o s e ic te ro - hem orragique deux observations. La Presse M edicale 14:167-172, 1985.

12. E dw ards G A , D oram BM . H um an leptospirosis. M edicine 39:117-156, 1960.

J3. F a rr a r W E. L e p to s p ir a s p e c ie s ( L e p to s p ir o s is } l v : M andell G L (ed) Principles and practice o f infectious diseases. 2edition, John W iley & Sons, N ew Y ork p. 1338-1343, 1985.

14. F eigin R D , A nderson D E . H um an leptospirosis. CR C Critical Reviews in Clinical Laboratory Sciences 5:413-467, 1975.

15. Inada R , Ido Y. T h e etiology, m ode o f infection and specific therapy o f W eil’s disease spirochaetosis icterohem orragica. Journal Expect M edicine 2 3 :397, 1916.

16. K eogh BA , C rystal RG. Alveolitis: the key to the interstitial lung desordens. T horax 37:1-10, 1982. 17. L ie b o w A A , C a rrin g to n CB . T h e In terstitial

! pneumonias. In: Simon M (ed) Frontiers ofpulm onary radiology. G rune & Stratton, N ew Y ork, 1969. 18; M acedo V , Figueiredo JF M , C arvalho E , B arbosa

E . C o ag u lação in tra v a s c u la r d isse m in a d a na leptospirose. Revista de Patologia T ropical 3:363- 366, 1973.

19. M artin L, Pettit A. Spirochetoseicterohém orragique. I n: M onografias do Institute P asteur, L ibraries de L ’A cadcm ie M édicine, M asson et C ience, Paris p.1-11, 1919.

20. M iller N G , Allen JE , W ilson RB. T h e pathogenesis o f hem orrhage in th e lung o f th e ham ster during

Im m unology 160:269-278, 1974.

21. N ery L E , Paula A B, N akatani J, Santos M L , Ratto OR. Clinical radiological an functional pulm onary m anifestation in patients w ith leptospirosis. Revista do Instituto d e M edicina T ropical d e São Paulo 19:366-373, 1977.

22. Paula A. D atisiologiaàpneum ologia. U m a evolução em meio século. Jo rn al B rasileiro de M edicina 46:41-68, 1984.

23. P ereira da Silva JJ. Form as graves de leptospirose - contribuição ao seu estudo clínico. T ese de M estrado, U niversidade F ederal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1974.

24. P ereira da Silva JJ, Paiva L M , Silva JB G , A lves Netto B. E studo do C om prom etim ento pulm onar na doença de W ell. R evista do Instituto d e M edicina T ropical de São Paulo 18:387-392, 1976.

25. Petricevic I, T om ljenovic V . M ilijarne p lu cn e prom jene u toku leptospiroze prikaz bolesnika. Lijecnicki V jesnik 102:135-136, 1980.

26. Poh SC, Soh CS. Lung manifestations in leptospirosis. T horax 25:751-755, 1970.

D 7 . T t s m a e h a n - d r a n S , P & r & ir G C a r d i a c a r r J

p u lm o n a r y in v o lv e m e n t in l e p to s p ir o s i s . T ransactions o f the R oyal Society o f T ropical M edicine and H ygiene 71:56-59, 1977.

28. S ilv e rste in C M . P u lm o n a ry m a n ife sta tio n o f leptospirosis. R adiology 61:327-334, 1953. 29. S itp rija V , P ip a ta n a g u l V , M e rto w id jo jo K ,

Boonpucknavig V , B oonpucknavigS . Pathogenesis o f ren al d isea se in lep to sp irosis: clinical and experim ental studies. K idney Internal 17:827-836, 1980.

(10)

C a r v a lh o J E M ', M a r c h io r i E S , S ilv a J B G , S o u z ä N e tto B A S , T a v a r e s W , P a u la A V . C o m p r o m e tim e n to p u lm o n a r n a le p to s p ir o s e . R e v is ta d a S o c ie d a d e B r a s ile ir a d e M e d ic in a T r o p ic a l 2 5 :2 1 -3 0 , j a n - m a r , 1 9 92 .

2. A lm eida FSBM . Pulm ão na Leptospirose. Revista D ivisão N acional T uberculose 21:427-433, 1977.

3. A reanV M . T hepathologic anatom y and pathogenesis

o f fatal hum an leptospirosis (W eil’s disease). A m erican Journal Pathology 40:293-423, 1962. 4. A yrosa G alvão PA . L eptospiroses hum anas. ARS

C urandi 4:82-90, 1971.

5. B one R C , Francis PB, Pierce A IC . Intravascular coagulation associated w ith the adult respiratory distress syndrom e. A m erican Journal o f M edicine 6 1:585-589, 1976.

6. Brito T , Böhm G M , Y asuda PH. V ascular dam age in acute experim ental leptospiroses o f the Guinea- pig. Jo urnal Pathology 128:177-182, 1979. 7. B urke B J, Jearle JF , M attingly D . Leptospirosis

p re se n tin g w ith p ro fu se haem optysis. B ristish M edical Journal 2:982, 1976.

8. C a rré PH , A w ia-B erod C , D uval G, M ichault A. M anifestations pulm onaires predom inantes au cours des lep to sp iroses ictero-hem orragiques. R évue M aladie R espiratoire 2:343-349, 1985.

9. C olm an R N , Rubin R N . D issem inated intravascular coagulation: Etiologies, diagnosis and therapy. Infections in M edicine 1:23-28, 1986.

10. Com by F , G authier R, N aziw off O. N ouvelle contribution a l ’étude des leptospiroses a la reunion II. A natom opathologie de dix cas m ortels. Bulletin S ociété Pathologie E xotique 1:92-101, 1969. 11. D uval G , M ichault A , C orsin JC , A w in-B erod C,

C arré P , G eniu R. Syndrom e ded étresse respiratoire a ig u é r e v e la te u r d ’u n e le p to s p ir o s e ic te ro - hem orragique deux observations. La Presse M edicale 14:167-172, 1985.

12. E dw ards G A , D om m BM . H um an leptospirosis. M edicine 39:117-156, 1960.

13. F a rra r W E . L eptospira species (Leptospirosis) In: M andell G L (ed) Principles and p racticeo f infectious diseases. 2edition, John W iley & Sons, N ew Y ork p. 1338-1343, 1985.

14. Feigin R D , A nderson D E . H um an leptospirosis. C R C Critical Reviews in Clinical Laboratory Sciences 5:413-467, 1975.

15. Inada R , Ido Y. T h e etiology, m ode o f infection and specific therapy o f W eil’s disease spirochaetosis icterohem orragica. Journal Expect M edicine 2 3 :397, 1916.

16. K eogh BA , C rystal RG. A lveolitis: the key to the interstitial lung desordens. T horax 37:1 -10, 1982. 17. L ie b o w A A , C a rrin g to n CB . T h e In terstitial

pneumonias. In: Simon M (ed) F rontiersofpulm onary radiology. G rune & Stratton, N ew Y ork, 1969. 18: M acedo V, Figueiredo JF M , C arvalho E , B arbosa

E. C o ag u lação in tra v a s c u la r d isse m in a d a na leptospirose. Revista d e Patologia T ropical 3:363- 366, 1973.

19. M artin L, Pettit A. Spirochetoseicterohém orragique. In: M onografias do Institute P asteur, L ibraries de L ’A cadém ie M édicine, M asson et C ience, Paris p.1-11, 1919.

20. M iller N G , Allen JE , W ilson RB . T h e pathogenesis o f hem orrhage in the lung o f the ham ster during a c u te le p to s p ir o s is . M e d ic a l M ic r o b io lo g y Im m unology 160:269-278, 1974.

21. N ery L E , Paula A B , N akatani J, Santos M L , Ratto OR. Clinical radiological an functional pulm onary manifestation in patients w ith leptospirosis. Revista do Instituto de M edicina T ropical d e São Paulo 19:366-373, 1977.

22. Paula A. D a tisio lo gia à pneum olog ia. U m a evolução em meio século. Jornal B rasileiro d e M edicina 46:41-68, 1984.

23. Pereira da Silva JJ. Form as graves d e leptospirose - contribuição ao seu estudo clínico. T ese de M estrado, U niversidade F ederal do Rio d e Janeiro, Rio d e Janeiro, 1974.

24. P ereira da Silva JJ, Paiva L M , Silva JB G , A lves Netto B. Estudo do C om prom etim ento pu lm o nar na doença de W ell. R evista do Instituto d e M edicina T ropical d e São Paulo 18:387-392, 1976.

25. P etricevic I, T om ljenovic V . M ilijarne plucne prom jene u toku leptospiroze prikaz bolesnika. Lijecnicki V jesnik 102:135-136, 1980.

26. Poh SC, Soh CS. Lung manifestations in leptospirosis. T horax 25:751-755, 1970.

27. R am achandran S , P e re ira M V F . C a rd ia c and p u lm o n a r y in v o lv e m e n t in l e p to s p ir o s i s . T ransactions o f th e R oyal Society o f T ropical M edicine and H ygiene 71:56-59, 1977.

28. S ilv e rste in C M . P u lm o n a ry m a n ife sta tio n o f leptospirosis. R adiology 61:327-334, 1953. 29. S itp rija V , P ip a ta n a g u l V , M e rto w id jo jo K,

Boonpucknavig V , B oonpucknavigS . Pathogenesis o f renal d isea se in lep to sp irosis: clinical and experim ental studies. K idney Internal 17:827-836, 1980.

30. Vinh T , A dler B, F a y n eS . G lycoliprotein cytotoxin from L eptospira Interrogans sero v ar copenhageni. Journal G eneral M icrobiology 132:111-123, 1986.

(11)

C a r v a lh o J E M , M a r c h io r i E S , S ilv a J B G , S o u z a N e tto B A S , T a v a r e s W, P a u la A V. C o m p r o m e tim e n to p u lm o n a r n a le p to s p ir o s e . R e v is ta d a S o c ie d a d e b r a s ile ir a d e M e d ic in a T r o p ic a l 2 5 :2 1 -3 0 , j a n - m a r , 1 9 92 .

31. W ang C N , Liu J, C hang T F , C heng W J, W o M Y, H ung A T . Studies on anicteric leptospirosis III Roent G enelogic observations ofpulrnonary changes. C hinese M edical Journal 84:298-306, 1965.

Referências

Documentos relacionados

 Como muitas das actividades no Árctico são actualmente condicionadas pelo gelo do mar, a diminuição da extensão de gelo do mar poderia ser um estímulo para o..

RESUMO: Vinte leitões híbridos comerciais, machos castrados e fêmeas foram amostrados em um experimento de desempenho e abatidos para determinar o melhor nível

Assim, uma pesquisa foi realizada nas cidades de São Carlos (SP), São José do Rio Preto (SP), Campo Grande (MS) e Tupã (SP) para avaliar a atitude de um grupo de universitários

File Station Unidade virtual, pasta remota, editor Windows ACL, compactação/extração de arquivos, controle de largura de banda para usuários ou grupos específicos, criação de

Após estabelecer a distinção entre Crítica Textual e Crítica Genérica, buscou-se apresentar etapas iniciais da construção da narrativa no Memorial de Maria Moura, de

Os moldes permanentes possuem maiores velocidades de resfriamento em virtude do maior fluxo de calor do metal fundido para o molde metálico (ROCHA et al., 2013). Em

A CPL, IP tem desenvolvido esforços no sentido de promover mecanismos de motivação dos seus colaboradores, diversos dos que decorrem da aplicação da Lei no que se refere à

Associação Ajudar Outros  Pinturas faciais, moldagem de balões, apresentação do stand, pinturas de desenhos, “cantinho da leitura” com livros para crianças até os 12