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Nutrição mineral da colza (Brassica napus l.): I. Carências nutricionais.

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Academic year: 2017

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NUTRIÇÃO MINERAL DA COLZA (

Brassica napus

L.)

I. CARÊNCIAS NUTRICIONAIS

H.P. HAAG*

M.A.G. DA SILVA CASARINI**

A.R. DECHEN*

RESUMO

Com a finalidade de se obter o

qua-dro sintomatológico das carências de

N, P, K, Ca, Mg, S e B, assim como

os níveis analíticos correspondentes,

mudas de colza foram cultivadas em

vasos contendo sílica moída,

irriga-das com solução completa e

deficien-te nos nutriendeficien-tes. Foram descritos

todos os sintomas de deficiência. Os

níveis analíticos em folhas sadias e

deficientes são: N- 2,04% - 0,70%;

P- 0,40% - 0,10%; K- 1,17% - 0,10%;

Ca - 1,20% - 0,13%; Mg- 0,70% - 0,11%;

S- 0,49% - 0,42%; B- 7 1 p p m - l 8 p p m .

* Departamento de Química, E.S.A. "Luiz de Queiroz", Pi¬

racicaba. Recebido para publicação em 12/07/83.

(2)

INTRODUÇÃO

A colza pertence ao gênero

Brassioa

da família das

Cruciferas e é considerada a quinta oleaginosa em

impor-tância no mundo, superada pela soja, algodão, amendoim e

girassol. No Brasil ê uma cultura ainda pouco estudada

e teve seu início de estudo em 197** na Cooperativa Regio

nal Tritícola Serrana Ltda., Ijuí, no Rio Grande do Sul.

A colza pode ser considerada como muito exigente

em nutrientes, mobi1izando-os em um período de tempo

re-lativamente curto (CARVALHO, 1981).

Sendo uma cultura exigente, sintomas de carências

nutricionais deverão se manifestar em solos de fértil ida_

de mediana e baixa.

0 presente trabalho teve como objetivos:

1) obtenção do quadro sintomatológico das

carên-cias de N, P, K, Cu, Mg, S e B.

2) determinação dos níveis analíticos em folhas de

plantas sadias e deficientes.

MATERIAIS E MÉTODOS

PI intui as de colza

{Brassioa napus

L.) cultivar

CTC-1, originário do Rio Grande do Sul foram

transferi-das para vasos com capacidade de 12 kg contendo sílica

moída. Nos primeiros quinze dias todas as plintulas

fo-ram irrigadas com solução nutritiva completa de SARRUGE

(1970).

(3)

tos foram irrigadas por percolação várias vezes ao dia durante o experimento. Cada tratamento teve quatro repe_

t ições.

As soluções nutritivas foram renovadas mensalmen-te, descartando-se as usadas. Uma vez evidenciados os sintomas de carência, foram eles descritos e as plantas coletadas.

As plantas foram subdivididas em folhas novas, fo-lhas vefo-lhas, caule e vagens. 0 material assim dividido foi seco a 80° C e analisado para os elementos segundo

SARRUGE & HAAG (197*0.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Sintomas e carências

Os sintomas serão descritos na ordem de seu apare-cimento. Os sintomas obtidos são bastante concordantes com os observados por HOLMES (1980).

N i t r o g ê n i o

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Cálcio

Os sintomas manifestaram-se inicialmente nas fo-lhas mais vefo-lhas que apresentaram um aspecto de murcha-mento e o aparecimurcha-mento de pontuações necrót.cas espalha-das no limbo. Com o passar do tempo as folhas mais ve-lhas apresentaram uma coloração amarelada espalhada de modo desuniforme no limbo. As folhas intermediárias

e-ram menores do que as mais velhas com os bordos entrecor tados.

Num estágio mais avançado as folhas novas apare-ciam amplamente deformadas, dilaceradas e quebradiças. Morte das gemas apicais e decomposição do caule, sao s m

tomas de fácil reconhecimento no campo.

Fósforo

Folhas de tamanho normal e de coloração verde in-tensa com o progredir da carência as folhas adquiriram uma coloração arroxeada nos bordos e amarelada na parte central do limbo. Esta sintomatologia se transferira p£ ra as folhas intermediárias. Sintomas de difícil confir^ mação em condições de campo.

Potássio

A carência manifesta-se inicialmente por um murcha mento das folhas mais velhas, sintoma este também obser-vado por PISSAREK ( 1 9 7 3 ) . Algumas das folhas mais

ve-lhas mostraram uma clorose marginal, especialmente nas pontas das folhas.

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Boro

0 sintoma manifesta-se inicialmente nas folhas in-termediárias que adquirem um aspecto ondulado e de colo-ração amarelada nos bordos. Com o passar do tempo as fo lhas intermediárias tendem a se enrolar, ocorrendo uma parada completa no desenvolvimento das folhas jovens. Es_ tas apresentam-se rendilhadas, enroladas e cobertas com cera.

Neste estádio os pecíolos tornam-se quebradiços e as gemas apicais morrem. No aspecto quebradiço dos pe-cíolos situa-se a diferença entre a carência de boro e a de cálcio.

M a g n é s i o

A sintomatologia manifesta-se inicialmente nas fo-lhas mais vefo-lhas e consiste no aparecimento de áreas de coloração amarelada entre as nervuras no limbo. Com o progredir da carência, este sintoma transfere-se para as folhas intermediárias em que as folhas mais velhas amare lecem completamente.

Enxofre

A sintomatologia da carência deste macronutriente é similar ã do nitrogênio, sendo que os primeiros sinto-mas manifestam-se nas folhas intermediárias e nas novas.

Estas folhas apresentam uma coloração verde amarelada, contrastando com a coloração das folhas mais velhas, que são de um verde escuro.

Níveis analíticos

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sensível redução na concentração dos nutrientes nas d i -versas partes da p l a n t a .

Chamam atenção os níveis extremamente baixos encoji trados nas plantas submetidas à carência de potássio. Por outro lado, mesmo não havendo grandes diferenças na con-centração de enxofre nas plantas bem supridas e m confroji

to c o m as carentes neste n u t r i e n t e , os sintomas visuais manifestaram-se de modo c l a r o .

CONCLUSÕES

A carência dos m a c r o n u t r i e n t e s e de boro traduz-se por uma sintomatologia visual característica e de fácil di ferenc iação.

Os níveis analíticos dos nutrientes nas folhas sa-dias e c o m sintomas de carência são: N - 2,04¾ - 0,70¾; P- 0,40¾ - 0,10¾; K- 1,17¾ - 0,10¾; C a - 1,20¾ - 0, 1 3 ¾ ; Mg- 0,70¾ - 0,11¾; S- 0,49¾ - 0,42¾; B- 71 ppm - 1 8 p p m .

SUMMARY

MINERAL NUTRITION OF RAPE I. NUTRIENT DEFICIENCIES

A trial w a s carried out w i t h young rape plants

(Brassica napus L.) C V . C T C - I , grown on sand c u l t u r e ,

receiving nutrient solutions lacking the following n u -trients at the time: N , P, K, C a , M g , S a n d B.

Clear cut symptoms were obtained for the e l e m e n t s . The leave analysis shaw for normal and deficiente leaves

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LITERATURA CITADA

CARVALHO; J.G., 1 9 8 1. Nutrição e adubação da c o l z a . Mo¬ n o g r a f i a . P i r a c i c a b a , ESALQ/USP, 7 7 p.

H O L M E S , M . R . J . , 1 9 8 0. Nutrition of the o i l s e e d rape crop. Applied Science Publ. L T D , L o n d r e s , 1 5 8 p.

PISSAREK, H.P., 1 9 7 3 . The development of potassium d e f i -ciency symptons in summer rape. Zitschrift fur Plan¬ zernahrung und B o d e n k u n d e , 135: 1 - 1 9 .

S A R R U G E , J.R., 1 9 7 0 . Práticas de nutrição mineral de p l a n t a s . Curso de Pós-Graduação em Solos e Nutrição de P l a n t a s , P i r a c i c a b a , ESALQ/USP.

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