!
"
#
$
%
&
! # '
(
)
* +
B732e
Lima, Vera Cristina de Sousa
Espaço e criminalidade em favelas de Belo Horizonte [manuscrito] : um estudo sob a ótica da segregação e do controle socioespaciais / Vera Cristina de Sousa Lima. - 2010.
146f. : il.
Orientador : Roberto Luís de Melo Monte-Mór.
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Arquitetura.
1. Favelas – Belo Horizonte (MG). 2. Criminalidade urbana. 3. Sociologia urbana – Belo Horizonte (MG) 4. Espaço urbano I. Monte-Mór, Roberto Luis de Melo. II. Universidade Federal de Minas Gerais. Escola de Arquitetura. III. Título.
!
"
#
$
%
%
%
!
&
'
$
%
%
(
%
) * +,
%
-
.
(
(
+
/
!
%
(
$
-
.
(
!
(
$
0
!
%
*
1 0 *
)
!
2
%
3
0
%
4
5
%
-
$6
%
$
)
# $
7
8
9
,
!
2
(
(
$
5
$
!
(
+
/
!
5
!
1
$ $
!
!
9
!
9
5
(
$
!
%
$
!
(
:
(
(
!
2
(
2
!
(
( $ ;
-
( 7(
9
(
%
(
!
#
$.
(
!
(
$
$
7
$
(
( < 4 (
=
$
!
# $ $ !
'
$
(
$
$
>
$
+
/
$
(
1
?
$ $
$
?
>
'
(
$
>
> @
$
?
?
'
>
(
?
(
?
(
-
?
>
%
(
$
A
?
$
$
$
?
(
(
(
$
$
CD
-
!
EF
CF =
+
/
GF
CH '
+
HD
I
"
=
'
7
GJ
CE
=
#
+
:
"
1
#
GG
CJ 0
2
=
2
= - +
GG
CG
(
(
7
+
"
"
#!
GG
CK =
7
(
'
"
1 #
GG
CL
$
"
#! "
GG
CM =
$
+
#! 0
"
=
'
7
GL
DC DD
!
6
2
9
+
"
#! "
GL
DF
+
I
"
#
GL
DH +
"
#! "
GL
DE
"
#
KD
DJ # $
(
!
2
!
(
8 "
#
KH
DG
+
"
#! "
< N
OOO %
!
(
+
4
P
KE
DK
!
"
#
KG
DL
"
#
LD
DM
# !
LF
FC
LF
FD +
#
LH
FF
#
LH
FH FE =
#
4
=
LH
FJ +
=
<
!
(
2
LE
FG +
#
< 9
%
7
!
Q 9
FK +
I
! #
<
!
(
LJ
FL ,
!
(
LG
FM ,
!
(
(
LK
HC =
$
%R
%R.
!
(
LM
HD
$
(
%R.
!
(
MC
HF =
(
(
MH
HH =
(
(
MK
HE A
!
"
#
8 #
( 7
MM
HJ EH +
+
8 ( !
"
=
9
=
DCD
EE
(
! <
DCF
EJ EG
+
(
DCH
EK
- <
6
(
+
#!
4
!
$
( 7
(
S
=
DCG
EL
- <
6
(
!
DCK
EM
- <
(
6
(
DCL
JC
=
!
$ !
-
(
DCM
JD
(
=
DDE
JF T
#
DDE
JH =
$ !
DDJ
JE =
$ !
(
DDJ
JJ :
!
7
=
DDG
JG "
( 7
"
A
! U/
7V
7
=
DDG
JK "
+
+
7
=
DDK
JL JM ,
!
+
"
=
DDK
GC
$
<
5
DDL
GD
$
7
-
9
$
DDL
GF :
!
#
DDM
= ',I
=
(
'
$ , (
I
$
= A#
=
,
=
# $
6
* (
4
0
*4 0
0,
0
,
:4 ",
$
$
!
4 (
*=
* (
? =
$
*4 0
* (
4
0
*1A4,1 #
* (
3
7
"
* +,
=
*
+
/
D A1' :I*WX:
DC
F #,0 ,0 WX: #:=A:,#
=A
, "A: Y1=A
DE
F D # $ $
$
DE
F F ,-
$
$
( .
FF
H =:14A0*
WX: #:=A:,#
=A
, = A A1
AI I,
HE
H D ,
< %
$
HE
H F ,
$ !
$ $ ! <
( 5
$
EK
E 4 ",
# ,
+, : /: A :1',< #,0 ,0 WX: ,#
W: , = A A1
AI I,
JH
E D
(
!
(
+
/
JJ
E F =
!
(
+
/
GH
J ,#
W: , = A A1
AI I, 1 "A
# 1'
:#
KG
J D
$
KL
J F =
$
!
"
#
LC
J H =
( .
"
#
MF
J E
7
$ !
"
#
ML
J J
7
$
!
!
"
#
DDF
J G =
5
5
"
#
DFF
G =:1= *#X:
DFG
,4, Y1=A #
DHC
+
/
$
$ (
( .
D6
# $
#
UFCCKV
F-
+
/
DMML
FCCF
Q
$
-
%
27
(
3
#!
DMLC
=
$
+
/
$
!
S
7
7
$
(
( .
%
$
( .
7
7
$
U+, ':
FCCLV '
!
$.
.
9
U+, ': FCCEV
S
.
!
,
5
!
!
!
5
2
!
2
(
%
(
$
7
5
%
Q
!
H
1
Em estudo sobre a violência em cidades e regiões metropolitanas brasileiras, Souza (2007) compara dados de duas pesquisas sobre homicídios no Brasil - Mapa de Homicídios: Regiões Metropolitanas no
Brasil – análise do número de homicídios registrados pelo Ministério da Saúde (1998-2002) e Projeto Homicídios Brasil, elaborado pelo Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da UFMG
(CRISP) e demonstra alguns aspectos importantes sobre a distribuição e o perfil da violência no Brasil e em Belo Horizonte. O estudo mostra que a incidência de homicídios é maior nas regiões metropolitanas, que apresentam taxa média de homicídios quase duas vezes maior que a média nacional, e que as grandes taxas de homicídio concentram-se em apenas 5,3 dos municípios brasileiros.
Embora no ranking dos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, considerando o período de 1998 a 2002, Belo Horizonte apareça em 90° lugar, su a taxa de homicídio, de 34,2 homicídios por 100 mil habitantes, é considerada muito alta e, o mais preocupante, o crescimento dessa taxa em relação ao período anterior, de 1993 a 1997, foi de 91,5%, o maior dentre as capitais brasileiras.
2
SOUZA, Robson Sávio de. Homicídios Brasil: comparativo de fontes de dados.Disponível em: <http://www.observatoriodasmetropoles.ufrj.br/textos.htm>. Acesso em: 18 set. 2007.
3
(
+
/
$
!
(
(
%
.
%
%
%
$
(
(
$
(
$
U+, ': FCCEV /7
( .
%
$
( .
7
7
$
U+, ':
FCCLV
,
$
+
!
S
27
7
-$
( $
(
%
(
DMLC
!
(
$
!
!
!
%
%
$
%
$
(
$ $
$
U#:*
FCCJV
,
5
7
.
(
(
$
( .
( (
!
(
-
(
(
!
(
( .
( (
!
(
%
$
5
7
!
9 (
5
%
(
distantes do centro e de baixa renda, onde há pouca infra-estrutura, baixo padrão de acabamento das residências e reduzida oferta de educação, saneamento e comércio, as taxas de roubo são baixas. Segundo os autores, isso acontece porque são regiões com um baixo retorno esperado para o crime, além de possuírem um maior controle social, uma vez que, com o reduzido comércio, o anonimato das pessoas tende a ser menor. No caso do centro da cidade, onde as taxas de roubo são altas, acontece o contrário: além da facilidade das rotas de fuga, o retorno esperado do roubo é alto e é maior a dificuldade dos moradores em vigiar o local, devido ao predomínio do anonimato individual.
:
(
$
(
$
(
%
$
$
S
EQ
5
!
!
-
!
$.
(
%
(
%
!
(
( (.
(
7
%
=
*
+
/
U* +, V
(
%
(
!
$
!
!
7
<
7
( .
(
$
$
7
( .
5
%
9
:
%
5
$
( $ ;
%
5
%
(
(
5
(
$
(
!
U/A A,
DMMGQ
/A A,
FCCEQ 3 =:+# FCCCQ 1,&
1 DMMGQ
* FCCLV ,
!
%
(
%
9
%
9
$ (
(
%
(
,
(
$
(
+
/
5
$
!
2
2
(
(
!
4
Em Belo Horizonte, vários trabalhos vêm sendo realizados a partir das teorias relacionados à
abordagem ecológica do crime, oriundas da tradição da sociologia urbana da Escola de Chicago, para o estudo da violência nas favelas (NASCIMENTO, 2004; ROCHA; PAIVA; PEREIRA, 2007; SILVA, 200?; SILVA, 2004; SILVEIRA, 2007). Os trabalhos baseados na teoria da desorganização social (BURSIK, 1988, apud NASCIMENTO, 2004; SHAW & McKAY, 1942, apud SILVA, 200?) relacionam a criminalidade às características socioeconômicas das localidades, e consideram que a desordem e o crime se
(
!
!
!
$ $ !
!
=
(
$ !
!
7
"
#
%
$ !
,
(
!
.
(
$
7
$
(
!
!
7
!
7
9 ( .
!
(
%
!
!
0
,
FCCG
FCCM
(
(
%
%
%
$ $ !
!
S
(
-
(
$
!
-
Q
!
!
(
%
(
( .
: %
(
(
%
(
1 +
(
6
.
$.
(
5
$ $ !
-
!
%
9
(
-
(
(
,
%
!
!
$
$
%
$
-1
(
$
(
(
(
!
( .
$
9
(
9
!
7
$
6
(
(
(
(
-
.
(
5
(
!
! !"
#$!" "!%& &" ! "$ '!
' $ $ ? $
> U/A A, Q / 1#:1 DMLE FV
:
$ $ !
$
;
.
7
2
5
6
+
-
%
!
%R.
$ $
,
%
$
, >
# 2
UFCCCV
@ I ( UDMMHV
!
S
;
$
(
,
$
$
%
!
(
!
!
$
2
!
( $
:
8
%
$
7
J8
(
6
!
%
$
( $
[
%
%
$
(
%
$
(
(
7
%
$
%
6
!
7 $
5
6
6
(
$
I (
!
2
$
!
(
-(
9
9
$
!
!
27(
(
,
$ $ !
+
'
=
UFCCHV
(
$
(
5
$ $ !
!
(
( .
5
#!
# $
(
$
$
!
5
$
(
!
5
(
%
!
7
!
%
(
$
5
5
: - ! 27 %
( $ ( 2 6
% 2
U= I,A FCCH FJKV
# $
=
#!
!
$ $ ! %
(
(
!
%
5
- <
!
(
-(
(
$
( $ ;
(
(
(
(
2
%
!
(
< .
(
%
(
Q
$
Q
!
(
$
(
%
S
Q
!
5
7 $
(
6
2
Q
( $ ;
!
$
!
-
! Q
-
G.
!
,
(
%
N
!
( (
P U
FJMV
%
(
$ !
6
(
N
%
%
!
6
\
$
]
P U
FDDV
(
!
(
%
5
7
!
%
( $ ;
1
(
%
$
(
%
(
7
!
%
7
!
(
(
,
!
5
$
.
(
!
#
UFCCEV
6
!
(
(
%
$
%
$
!
7
$
!
(
(
!
(
(
!
(
(
$
$
-'
/
/
UDMLEV
%
!
$ $ !
$ !
$
$
!
!
%
$
K%
(.
$
!
!
L
$ $
5
-
$
9
5
$
37 %
7
$ !
5
(
!
-%
$
!
$
# $
$ $ !
5
$
9 -
(
$
$
$
37
$
!
(
!
-
(
$
5
M
$
%
$
7
Os autores denominam Sistema de Correspondência aquele onde há a coincidência de membros de uma mesma classe ou categoria em um mesmo espaço, ou seja, um espaço socialmente segregado, e Sistema de não Correspondência aquele onde há a integração socioespacial.
8
Os autores consideram que na solidariedade espacial, as ligações com outros membros do grupo são construídas pela contigüidade e pelo encontro, ao passo que na solidariedade transespacial, que é a solidariedade entre classe ou categorias e que independem da locação no espaço, as associações ocorrem não em virtude de continuidade e proximidade, mas de analogia e diferença.
Para o desenvolvimento desses conceitos, os autores utilizam-se dos conceitos de Durkheim de
solidariedade orgânica – baseada em interdependências através de diferenças - e solidariedade mecânica
- baseada em integração através de similaridades. Segundo Hillier e Hanson, essa teoria é
profundamente espacial, visto que a solidariedade orgânica requer um espaço denso e integrado, ao passo que a solidariedade mecânica prioriza um espaço disperso e segregado.
9
^
!
$ $ !
%
(
(
!
!
(
(
%
6
!
!
!
1
;
(
$
!
!
/
/
5
$
% .
$
(
%
$
1
$ $ !
!
$
-
!
$
( .
!
$
!
I
-
!
$
(
$ $ !
%
+
/
9
(
2
!
-1
(
2
(
!
5
$
!
) % %
$ 1!
! ( $ (
! ; .
! #! 2 9 (
% !
$ .
U= * FCCM GFV
$
%
27
$
9
$
!
(
7
-6
,
5
-
(
%
(
%
-(
$
! % $ % !
1 7 . ]7$
$ _ ` (
! $ % ( $
U= * FCCM DKV
/7
(
$
9
5
$
Q
5
!
!
!
(
9
-
!
5
(
$
!
5
$
$
7
$
4
UFCCGV
1
(
5
(
2
!
( (
S
(
(
!
!
$ $ !
I
/
UDMMGV
(
!
%
%
!
5
%
!
!
(
(
DC# $
(
$
$
$.
$
%
10
Movimento natural, segundo Hillier, é a proporção de movimento em cada linha que é determinada pela
,
$
!
$ $ !
(
(
(
$
!
$
(
!
" !
$
3
3
UFCCCV %
(
!
-
%
!
6
S
7
(
- .
3
$
%
N(
P
(
$
S
(
%
(7
!
(
7(
%
!
7
(
$
N6
(
P
:
!
(
(
%
(
!
7
.
# $
(
!
!
-
2
9
(
9
(
N
!
_ `
P U
DFG DFKV
DD(
6
%
!
!
(
.
;
$
%
$ !
=
7
!
(
%
$
!
!
(
(
$
11
/ ( $ ( % ( a
3
$ - % 7
1 $
! % U+ =, :# FCCL JD JFV
(
%
$
( (
/
UFCCJV
3
UFCCCV 3
%
( (.
6
$
%
%
(
$ !
%
( (
$
(
(
;
! 9
3
-
(
6
7(
7
5
<
(
(
(
(
%
2
% (
%
(
- $.
!
(
!
!
# $
3
%
(
6
%
2
7(
(
$
%
(
(
(
S
5
%
(
(
6
6
,
(
S
!
$
!
!
.
$ $ !
$
(
8
5
5
(
8
!
6
(
!
(
%
$
!
$ $ !
!
2
,
$
(
( (
(
2
!
( !
!
!
(
6
!
2
(
6
7
!
$
!
%
2
$
%R
$
(
S
$
%
( 9
(
!
9
$
9
$
1
7
6
(
2
.
(
$
.
( .
2
5
(
$
$
7
$
$
;
$
( $
!
(
!
9
(
(
!
6
-
(
%
!
$
(
(
.
$ (
(
%
(
$
9
(
$
( %
)
! $ %! % &*!"+ $ !,#
! "& # - "
!
.&!-/ %&
: $ ! % % % 2
$ 1 %
( ( ( $ ( .
$ $ _ ` : %
$ U * DMME KV
,
(
2
$
$
6
!
$ $ !
$
!
$ (
!
(
$
!
2
!
7
(
9
(
$
(
(
7
$
:
( .
$
(
!
!
(
$
1 ;
!
$
N
P %
$
U=
I,A
FCCHV
UDMME V
3
N$
%
$
%
(
27
!
P U
EEV
% .
%
$
7
-
%
2
, %
(
$
%
9 7
N
;
P U
DHV
# $
B
UFCCKV
$
$
2
(
-
.
( (
(
-(
2
(
1
!
$
!
;
!
!
!
$
!
% - % ( ^
U V
T ! a
% ' $ ( 0
$ DFU= I,A FCCH HCV
=
UFCCHV
;
%
2
9
5
$ $ !
$
(
12
-
.
%
.
5
$
%
$
!
$
$
$
$
6
$
5
(
(
$
,
(
!
N
P
$R
-
$
%
!
%
!
$
.
1
$
!
$
$
(
(
# $
N %
%
P U
LCV
%
$
-
Q
( %
%
-
$
$
$R
!
!
(
!
Q
N !
$
9
-
.
$
$
%
P U
LJV
,
(
$
$R
UDMME V
N%
!
%
%
$
%
P
!
N
(
2
%
P U
FFV
!
$
5
$
(
!
%
!
U
*
DMME V
DH13
$ $ !
!
9
$
( !
(
2
# $
=
UFCCHV
!
$
#!
(
-
!
$
2
(
(
DE:
$
$
2
$
(
$
!
S
$
(
27
(
(
5
%
(
$
!
7
$
% ( 9
( ! $
% ( $ .
$ $ 9 (
U , 1 DMKK DKLV
1
DMGC 3
UDMKKV
.
(
3
DJ-7
.
-%
(
$
8 -
-
$
(
$
7
%
$
2
(
%
( (
5
S
#
5
%
$
$
(
$
!
!
$ ! 9
%
S
14
Segundo Caldeira (2003), já na década de 1970 começou a ser construída a imagem de insegurança da cidade de São Paulo pelas imobiliárias, como justificativa para o então novo tipo de empreendimento, os condomínios fechados, ao passo que o aumento da violência ocorreu na década de 1980.
15
5
%
:
7
$ !
S
9
%
(
(
! Q
-
(
( .
Q
$ !
-
-
!
$
(
-
.
Q
$
!
(
(
Q
(
( 5
$
$
(
Q
-
(
Q
(
!
-
$
(
Q
.
Q
!
! %
Q
7
5
Q
!
(
$
5
(
-
Q
!
(
%
!
$
Q
!
2
Q
-
.
Q
Q
!
!
7(
(
%
9
5
8
-%
3
$
!
$
! %
$
5
$ !
S
( 7(
$
-
!
-
!
!
!
1
27
DMKC
%
%
%
!
!
_ ` ( ( ; % $
( ( % ( $ (
( 7 = $ 7
7 \ $ ]
U * b "A': FCCG DJV
/ 2
!
7
$
(
2
$
!
$ $
(
(.
$
$
(
$
<
(
!
$
(
N2
P
(
( .
%
-
DG,
.
$
!
(
$
-$
!
-!
(
$
(
S
(
$
(
!
$ $
$
(
!
%
$
:
(
7(
S
$
-
!
-%R.
U=
IA
FCCEQ B
'
1
FCCKQ A+,A :
FCCEQ : 1AB FCCEV
# $
UDMME V
$
$
7
N
( $
P
2
!
%
2
N
.
P U
HHV ,
$
%
(
2
!
(
(
(
%
(
16
2 (
$
(
DK1
( .
%
(
%
2 (
$
N
$
!
!
( !
!
P U
LV
(
2 (
(
2
%
( $
,
5
2
!
9
!
(
%
%
$
%
27
%
N
\
] %
!
$
2
P U
DMV 1
!
$
9
$
$
!
$
!
%
N
.
%
.
!
^
(
%
7
( 9
!
$
$
!
P U
DKV
,
$ $ !
(
B
UFCCKV
%
(
(
S
$
.
7
(
-
$
S
-
$
(7
I
!
.
!
%
(
!
6
!
$
%
$
$
$
(
*
%
%
(
17
(
(
(
1
? =
UFCCEV
( .
7
9
!
.
%
(
7(
$ $ !
-(
!
7
2 (
%
.
$
9
$
9
DL
I
!
6
$
!
(
9
%R.
$
2 (
!
'
!
(
N
(
P U
HHMV
,
!
( .
%
,
#!
%
@ UFCCEV
%
-
!
DM(
(
7(
( .
- 5
( .
$ !
-
!
( .
( (
S
2
# $
-
!
(
$
!
(
FC18
De acordo com a autora, as alterações no mercado de trabalho, com o aumento do desemprego e da informalidade, têm impactos diretos sobre a violência. Uma das análises refere-se à questão dos jovens que investiram na educação, obtiveram uma escolaridade melhor que a de seus pais e que se frustram ao não conseguir emprego; dependendo de como eles interpretam a situação, esse fator pode reduzir sua resistência a delinqüir. A situação de desemprego dos pais e das pessoas mais velhas de maneira geral, que passam a simbolizar uma experiência negativa, pelas quais os jovens temem passar; os adultos que ficam desempregados por longos períodos perdem a legitimidade diante dos jovens e também a
autoridade, pois deixam de servir como modelos e perdem o poder de convencimento de que a ascensão social é possível pelas vias legais. Além da integridade da família, o desemprego impacta profundamente a vida dos filhos de outras formas, afetando seu vínculo com a escola, o diálogo com os pais,
aumentando sua agressividade e o seu envolvimento com as drogas e a violência. (CARDIA, 2004). 19
O conceito de Exclusão Territorial utilizado como indicador na pesquisa considera as variáveis
condições de habitabilidade das casas, localização, infraestrutura e número de cômodos, a fim de verificar
o número de domicílios de cada município excluído de condições urbanas mínimas. (ROLNIK, 2004, p. 112).
20
(
7
FD'
-(
7(
( .
%
N
!
$
P U
DFJV
# $
B
UFCCKV %
$ !
(
(
9
5
(
$ $ !
7(
7
%
N
( P
$
$
( (.
%R.
%
(
( 7(
%
7
$ $ !
:
$
(
5
(
(
$.
5
(
5
(
(
!
9
# $
%
! 9
%R.
9 ( .
%
$
!
!
$
(
!
6
I
( !
(
!
(
$
5
!
2 (
(
$
!
(
$
,
1 >
UDMMGV
%
,
*
1 >
.
FF-$
6
21
O estudo também mostra que o aumento da violência ocorre em períodos nos quais ocorre o aumento da pobreza e, em consonância com o estudo de Cardia, também nos anos subseqüentes ao grande crescimento populacional, ou seja, no momento de inclusão dos jovens no mercado de trabalho e de formação de uma família, quando então eles não conseguem ter acesso ao emprego.
22
6
-7
# $
!
$
(
7(
%
$
$
$
!
! %
9
S
$ $.
!
:
%
!
$
$ (
(
-
U
V
!
6
6
:
B
UFCCKV
9
(
!
!
%
$
%
!
:
!
9
$
$
, $ ( ! ( 9 ( %
( 7 _ ` 4 ( (
I ' c - ( 2 \ ]
. \1 % ] !
T ( (
% ( ! % ( ( _ `
! 0 $ = % 0 ' c
-! % ( ( U+ =, :# FCCL
EMV
A
<
UDMME V
!
!
(
%
N
7
%
P U
DGGV
$
%
N !
( (
(
2
%
P U
DGGV
:
%
( (
DMMC
(
-
( (
%
S
$
5
DMGC %
(
(
(
!
7
!
( (
$
$
,
! 9
%R.
9 ( .
$
(
$
%
(
2
!
!
5
$
5
$
2 (
!
%
!
$
%
(
( (
(
!
$ $ !
%
$ $ !
(
2
(
7
!
6
8
$
%
!
$
2
UB
'
1
FCCKV
FH1
UFCCEV
5
N
$
!
(
$
P U
HFV
!
,
!
%R
-
$ $ !
/
/
UDMLEVQ
$
$
!
%
$
%
%
(
%
( $
2
5
%R
$
( $
N
(
P
U ,
1 DMKK
DKJV
%
$
%
9
=
(
6
(
23
0
A $ (
@ ? ? $ $ \ $]
8 > ? > ( ? ? ( ( ? ?
? U/A A, FCCE EJV
5
5
(
$
!
6
(
!
5
%
$
!
9
( $ ;
%
( $ ;
-
%
%
(
(
%
( $ ;
2
-2
(
(
!
7
$
5
( $.
( $.
( $ ;
7
$
( (
0
"$ '!
% &1&
-& 2 3# * ! )!
"
%
$
(
I
!
5
( 5
( $
%
9
9
5
!
< 3
3
(
(
(
(
$
Q :
1 >
7(
%
!
7(
( $ ;
! (
$
,
( 5
5
5
$
(
!
$
$
+ /
%
( !
7(
$
(
(
(
$
%
5
$
$
=
(
'
$ , (
I
$
4
= ',IV %
%
!
!
$
,
%
$
!
%
(
%
( $
I
$
!
%
(
%
5
1
(
!
$
(
!
%
$
!
( $ ;
# - $ %
% $
! $ ^ - #
. - % $
! U3 =:+# FCCC JFV
!
3
3
"
0
=
UFCCCV
$
( 9
!
!
$
1
(
DMGD 3
$
$
(
(
!
S
(
7 $
6
(
$ !
(
$ $
I (
=
T
UDMMHV
!
3
$ !
$ !
(
7
(
5
# $
3
%
%
6
$!
(
!
(
( .
(
7
( .
6
(
2
!
$
%
(
9 (
9
.
S
$
Q
5
7
;
(
5
(
6
(
!
(
(
6
$
$
%
(
6
(
( 7
$
3
%
$
%
( .
( .
%
(
!
9 ( .
$
%
$
!
(
!
6
!
N
%
5
;
(
P U
HFV
# $
9
%
.
(
$
. %
<
!
6
(
%
%
%
7
( $
Q
(
2
(
5
$
(
%
6
(
Q
;
%
$
!
%
!
5
7
7 $
6
(
5
$
(
%
.
(
%
Q
!
%
(
(
!
7
3
%
%
! (
6
( $ ;
(
!
(
2
I
(
(
6
8
!
S
%
N
$ P 8
7 $
(
!
7
%
(
5
3
(
6
%
!
(
%
2
2
(
$
-%
=
27
( (.
6
$ !
( (
$
(
(
;
! 9
I # $ ( < ?
? ? >
U1,& 1 DMMG MV
,
=
$ I
#
UDMMGV 1 >
- 5
(
I
#
(
DMKF
$
%
5
!
5
% (
%
I
#
(
= ',I
1 >
.
$
!
%
9
7
(
2
%
$
!
=
$
6
$
(
6
!
$
Q
(
5
--
6
1 >
(
7
(
7
!
# $
-
!
$
!
FE!
(
7(
1 >
$
$
4
.
$
FJ-(
$
!
$
-
5
5
!
$
!
7
6
(
'
1 >
.
.
24
Em relação às variáveis socioeconômicas e às suas relações com os aspectos físicos, Newman concluiu que os aspectos sociais que mais interferem na sensação de medo, na instabilidade e nas taxas de crime em assentamentos habitacionais são os maiores percentuais de famílias assistidas por
programas sociais com filhos dependentes e de adolescentes em relação aos adultos. Os grupos com esse perfil são particularmente mais vulneráveis quando há uma maior proporção de famílias
monoparentais chefiadas por mulheres.
Algumas explicações para isso, conseguidas pelo autor através de entrevistas com moradores, administradores e com a polícia, são a maior vulnerabilidade das famílias monoparentais chefiadas por mulheres aos ataques de criminosos, a menor capacidade de controlar os filhos adolescentes quando há menos adultos na família, a tolerância social quanto às atividades criminosas praticadas pelos pobres, a dificuldade dos pobres, principalmente os de minorias raciais, de reivindicar proteção policial, além da maior dificuldade para a atuação policial nas áreas de guetos, considerando os riscos e a experiência e habilidade necessárias.
25
FG
-
<
[ 6
%
7
6
Q
$
6
Q
6
-7
$
27
F
# $
%
9
$
!
%
-
9
!
;
-
!
6
%
7
(
%
7
(
6
I
1 >
7
7
(
(
6
$
%
!
6
Q
$
5
(
6
(
.
%
!
(
6
7
2
I
1 >
7
(
$
%
7(
:
S
!
(
(
Q
%
7(
$
5
7(
$
FK# $
$
7
7
!
$
$
(
$
(
9
N
! P
6
26
Newman considerou como fatores de instabilidade a rotatividade de moradores e a vacância das unidades habitacionais.
27
( ? ? $ >
' ? > @ ? $ $ ( ?> ? $ ?
2 ? > $
$ > $
U/A A, Q / 1#:1 DMLE DLV
/
UFCCEV
7
$
.
!
(7(
%
( $ ;
%
(
(
1
DMLC + /
$
* (
? =
$
U*= V
$
-
7
$
!
5
%
(
5
(
(
$
5
1
(
!
$
7
6
FL%
(
!
2
7
5
8
$
-8
! %
5
FM
U/A A, Q / 1#:1 DMLEV
=
%
5
(
!
( (
7
$
!
(
!
7
( (
!
%
( -
%
(
.
%
28
Para Hillier e Hanson (1984), a ordem espacial relaciona-se, por um lado, ao sistema contínuo de espaços públicos resultante do arranjo espacial das células primárias e de suas relações espaciais exteriores, que geram e modulam o sistema de movimentos e encontros e, por outro, à estrutura interna dessas células, que formam um sistema descontínuo em função dos seus limites, que, por sua natureza, criam uma desconexão entre o espaço interior e o sistema circundante.
29
$
37
(
-
%
!
$
.
$
!
HC!
$
( -
7
!
1
7
!
(
(
(
7
$ !
HD
$ !
%
7
-9
5
7
9 - .
7
6
5
1
6
9
% .
(
%
!
(
7
!
(
!
(
!
HF
4A0 D
%
-U
V
%
(
(
30
Segundo Hillier (1996), essas formas espaciais fundamentalmente diferentes fazem com que a relação entre os dois usos – ocupação e movimento - seja muito mais de adjacência do que de sobreposição. 31
Além desses atributos, que se relacionam ao que os autores denominam descrição do espaço, que seria o grupo de relações sintáticas entre espaços abertos e edificações que definem um espaço particular, a configuração espacial envolve também a sincronia do espaço, que se refere à maior ou menor quantidade de espaço investido nessas relações e que interfere na experiência do espaço como uma estrutura de relações mais ou menos simultâneas.
32
4A0* D 8 - !
# $
%
!
2
%
$
.
$ $ !
$
$
U/A A, Q / 1#:1 DMLEV A
%
$ !
(
%
!
(
%
!
U/A A,
DMMGV # $
/
%
(
2
%
$
(
:
%
.
$ $
-
$
2
$ $
37
%
9
- .
!
(
Q
$
/
/
UDMLEV %
6
%
!
(
!
-
(
(
%
$
/
UDMMGV
!
$
!
HH9
(
N
!
(
.
(
P U
DLKV # $
%
5
!
5
HE(
5
$
%
-
(
!
HJ(
%
(
!
7
%
/
UDMMGV
$
%
7
(
7
.
$.
%
7
$
(
!
(
5
%
(
# $
7
( .
%
7
(
$
<
%
(
-
%
-%
$
# $
$
<
$
(
-$
7
(
/
( .
- .
!
%
33
Segundo Hillier (1996), o movimento é o fator mais importante na determinação da forma urbana e também é o uso que mais é influenciado por ela.
34
Para Hillier (1996), o espaço não determina relações sociais, mas apresenta potencialidades que podem ser exploradas pelas pessoas através do uso, como indivíduos e como coletividades. 35
$
(
!
(
,
(
%
!
$
/
UFCCEV
$
%
.
5
%
!
(
%
7 %
7
7
$
$
5
.
-
5
I
$
/
%
7
$
<
(
$
(
2
-
%
Q
(
6
!
$
%
$
5
$
Q
(
!
!
5
(
5
$
7
7-(
!
*
7
-
%
!
$
%
9 (
7(
%
!
$
, d ? ?
(
$ ( $ U V U
V ? ( (
U/,A1Q * FCCH DDV
(
!
(
$
(
!
!
$
$
: = ',I
( (
(
$
HG%
(
36
O programa é desenvolvido em vários países, com diversos nomes:
- Crime Prevention Through Environmental Design – CPTED, nos EUA e Canadá;
- Safe Cities, em Toronto, no Canadá;
- Design out Crime, na União Européia;
- Secured by Design - SBD, no Reino Unido;
- Police Label for Safe Housing, na Holanda;
$
<
(
%
7
7
(
7(
(
(
$.
$
(
%
%
(
!
[
!
# $
/
UFCCHV
= ',I
(
(
! 9
!
%
5
$
I
%
$
(
9
(
!
= ',I
!
(
(
$
%
(
! %
$
(
$
!
-
UFCCEV
.
-
( 7(
<
(
(
(
(
9
(
(
.
( $
$
(
!
= ',I
!
(
7(
(
!
%R
I
/
UFCCHV
= ',I
(
7(
$
(
$
$
(
(
$
( (
A $
7
(
(
7(
7
%
$
(
$
%
<
( $ ;
(
!
6
( $ ;
(
( !
6
%
!
6
(
2
(
(
(
!
$
(
5
9
!
9
!
( !
(
(
5
$
9 2
(
:
$
(
7
(
( $ ;
$
$
( $
3
! 9
(
6
7 $
6
(
(
$
:
(
2
(
9
!
9
!
!
$
( (
$ (
$
-
7
:
$
/
UFCCHV !
1 >
(
7
(
$
$ $
!
( $
:
(
9
(
!
!
7
( (
,
$
( (
(
!
6
(
(
(
$
( (
!
7
(
7
2
9
5
2
%
$
!
$
7
%
(
$
(
1 >
!
6
( (
!
2
2
(
%
9
!
%
!
1
9
2
%
&
B
$ UDMLFV
%
$
%
2
%
.
7(
!
%
%
HK# $
/
UFCCHV
-
.
%
(
.
(
!
-(
(
!
$
(
%
7 ( .
.
! 9
%
%
$
!
$
%
( $ ;
!
%
2
!
(
(
0
*
& *
'5!
"
'5!2 &,
* " .&"6 " % %
"
#
' !" "$ '!"
$
!
5
,
%
!
-
2
5
(
5
%
9
(
9
5
(
$
/
/
UDMLEV
$
$
!
%
5
5
2
$
!
(
$
(
5
Q
2
(
37
De acordo com a teoria das janelas quebradas, a falta de manutenção do espaço e o aumento de sua deterioração sinalizam a ausência de cuidado pelos habitantes e/ou pelo poder público, aumentando a sensação de vulnerabilidade e a preocupação com a segurança pessoal entre os habitantes e, em decorrência, a uma redução nos esforços pela manutenção da área. Esse “abandono” abre espaço para ações de depredação do espaço por delinquentes e adolescentes das redondezas, que evoluem para o cometimento de pequenos crimes à medida que ganham mais confiança sobre a impunidade. O
2
$ !
!
$
%
:
2
!
$
!
-
(
6
!
$
5
$
6
(
(
(
(
HLUDMKFV
!
5
7(
!
!
(
!
!
$
(
%
%
!
:
(
$ $ !
(
%
5
[
5
$
/
UFCCJV
%
%
;
9
-
(
%
7
(
!
(
5
(
HM38
Internamente às edificações, o desejo de privacidade, por exemplo, pode ser expresso na subdivisão dos espaços, criando territorialidades físicas para os moradores.
39
# $
N$
%
$
(
7
P U
DCV
%
;
%
(
!
$
$
( (
-
7
9
(
(7
5
(
(
$
9
!
(
%
( $
;
# $
# 2 UDMMHV
N
9
!
9
!
%
!
! _ `
5
! P U
DLHV
7(
$
# @
EC" (
UFCCEV
N
-
!
7
$
(
P U
DFDV
7
9
$
!
1
$
!
!
5
$
9 7
%
!
-
7
:
!
7
$
9
-
7
'
(
!
5
9
( 5
$ !
$ $ !
%
9
$
(
1 >
seres humanos, como agressividade, stress e alterações de comportamento, perturbando as funções e a organização sociais.
40