O SUBPROJETO PIBID NA FORMAÇÃO DOS LICENCIANDOS EM MATEMÁTICA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Rita de Cássia Pavani Lamas (Instituto de BioCiências, Letras e Ciência Exatas de São José do Rio Preto); Dalva Maria de Oliveira Villarreal (Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira);Maristela Albertoni Lisboa (Escola Municipal Paul Percy Harris) ;Creusa Vicente dos Santos(Escola Municipal Paul Percy Harris)
Eixo Temático- Formação Inicial e Continuada de Professores- CAPES
Introdução
O subprojeto PIBID de Matemática denominado “Cursos de Licenciatura em Matemática da UNESP de São José do Rio Preto, Ilha Solteira e Presidente Prudente” está vinculado ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) da UNESP intitulado “O processo de formação de licenciandos: ações conjuntas da Universidade Pública e da Escola de Educação Básica”, coordenado institucionalmente pela Professora Doutora Maria Antonia Granville da UNESP de São José do Rio Preto.
Especificamente em São José do Rio Preto, o subprojeto está sendo desenvolvido na Escola Municipal Paul Percy Harris de São José do Rio Preto, sob a coordenação da professora Dalva Maria de Oliveira Villarreall e supervisão da professora Maristela Albertoni Lisboa, desde abril de 2010. A professora Rita de Cássia Pavani Lamas colabora no subprojeto orientando os oito alunos da Licenciatura em Matemática do Instituto de BioCiências, Letras e Ciências Exatas de São José do Rio Preto (IBILCE-UNESP), bolsistas da CAPES.
As atividades propostas no subprojeto permitiram aperfeiçoar a formação dos futuros professores. Os bolsistas vivenciaram o cotidiano da escola conveniada e participaram de experiências metodológicas e tecnológicas, as quais contribuíram para a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem na disciplina de matemática de sexto a nono ano. O relato de como isso ocorreu será apresentado neste trabalho.
Desenvolvimento
desenvolvimento de atividades de regência, participação em reuniões e preparação de materiais/aula.
As atividades de regência envolveram o desenvolvimento de conteúdos específicos em sala de aula e orientação a grupos de alunos extraclasse (Figura 1). A orientação a grupos de alunos teve por objetivos:
• Sanar as dificuldades dos alunos em relação aos conteúdos desenvolvidos em sala de aula;
• Aprofundar e fixar conceitos relacionados às provas de Olimpíadas de Matemática, Olimpíada Regional de São José do Rio Preto e Olimpíada Brasileira de Matemática.
A participação em reuniões na escola ficou restrita a participação semanal na Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC)(Figura 2, quarta foto). Mensalmente participaram de reunião na UNESP, com todos os integrantes do subprojeto, para orientação, avaliação e reformulações quando necessárias (Figura 2).
Todos os integrantes do grupo participaram dos seminários e oficinas propostos até então, os quais tiveram como objetivos principais socializar materiais didáticos estudados ou propostos pelos alunos e a apresentação da metodologia de resolução de problema escolhida para ser utilizada no subprojeto em São José do Rio Preto.
Metodologia e materiais
Nas atividades de regência os bolsistas foram orientados a trabalhar com materiais didáticos e/ou recurso computacional, além do uso da metodologia de resolução de problemas, com os objetivos de:
• Aperfeiçoar os seus conhecimentos;
• Visualizar formas alternativas de ensino-aprendizagem;
• Motivar os alunos da escola municipal Paul Percy Harris em sala de aula.
Para isso, tiveram a oportunidade de conhecer além dos livros didáticos indicados na própria escola, alguns trabalhos nesta direção, entre eles destacamos Kodama e Silva(2008), MACENO(2000), BORIN(1998), CARDOSO (1992), SMOLE(2007), POLYA(1977). O conhecimento adquirido foi apresentado na forma de seminário como já comentado anteriormente. Isso auxiliou na decisão de como trabalhar e qual material didático utilizar em sala de aula.
Em 2010, a ênfase foi dada aos jogos matemáticos. Foram aplicados, por exemplo, os jogos da figura 3. No entanto, foi utilizado recurso de informática para abordar o conteúdo de fração e foi utilizado o material dourado para esclarecer as operações básicas de adição e multiplicação extraclasse.
No momento, os bolsistas além dos jogos estão introduzindo o uso da lousa digital e materiais geométricos para o desenvolvimento dos conteúdos de geometria em sala de aula, tomando como base os materiais propostos em LAMAS et al.(2007) e LAMAS et al.(2006).
Na aplicação dos jogos os bolsistas estão aprimorando as situações problemas para um melhor desempenho dos alunos em relação a 2010. Na aplicação dos materiais geométricos as atividades estão sendo desenvolvidas de modo a possibilitar que o aluno visualize as propriedades geométricas antes de sua formalização.
Resultados
O desenvolvimento do subprojeto PIBID foi de estrema importância para a formação dos alunos da Licenciatura em Matemática de São José do Rio Preto. Resumidamente, o projeto permitiu:
• Conhecer o cotidiano da escola; • Aperfeiçoar os seus conhecimentos;
• Visualizar formas alternativas de ensino-aprendizagem;
• Aquisição da prática docente tanto na sala de aula quanto extraclasse; • Aquisição de responsabilidade;
• Conviver em grupo.
Também puderam participar de eventos científicos apresentando os resultados obtidos com os alunos da escola. Dentre eles citamos:
• Melhora na aprendizagem; • Melhora no comportamento;
• Melhores resultados nas avaliações da escola;
• Motivação dos alunos em aprender a matemática com o uso do material didático em sala de aula.
Essa foi uma prática que quase todos experimentaram pela primeira vez.
Conclusões
Pelos resultados apresentados o PIBID é um programa de suma importância para melhorar a aprendizagem dos alunos do ensino fundamental com relação aos conteúdos de matemática e na formação dos alunos de Licenciatura em Matemática.
Nas atividades de regência o bolsista pode perceber as dificuldades dos alunos e propor formas alternativas para solucioná-las. A participação no HTPC também foi enriquecedora para compreender toda a dinâmica da escola. Os estudos por eles realizados, além de enriquecer o seu conhecimento, levou a motivá-los a desenvolver pesquisa na área de educação matemática.
Referência Bibliográfica
[2]CARDOSO, VIRGÍNIA CARDOSO. Materiais didáticos para as quatro operações. São Paulo: IME/USP, 1992.
[3] KODAMA, H. M. Y., SILVA, Aparecida Francisco. Feche a Caixa da multiplicação. In: Núcleos de Ensino da Unesp, v.5, p. 214-226, 2008.
[4] LAMAS, R. C. P., CÁCERES, Alexsandra R, COSTA, Fabiana Mara da, PEREIRA, Inaiá Marina Constantino, MAURI, Juliana. Ensinando Área no Ensino Fundamental.In: Núcleos de Ensino da Unesp ed.São Paulo : Cultura Acadêmica, p. 430-449, 2007.
[5] LAMAS, R. C. P., CÁCERES, Alexsandra R, CHIRE, Verônica A Q, MAURI, Juliana, GALÃO, Paulo H. Atividades de geometria no Ensino Fundamental. In: Núcleos de Ensino da Unesp ed. São Paulo : Cultura Acadêmica, p. 576-584, 2006.
[6]MACEDO, L.; PETTY; A.L.S.P.; PASSOS, N.C. Aprender com Jogos e Situações Problemas. Porto Alegre: Artmed, 2000.
[7]POLYA, G. A. A arte de resolver problemas, Interciência, Rio de Janeiro, 1977. [8]Secretaria da Educação.Diretrizes Curriculares Para a Educação Básica da Disciplina de Matemática., 2008.