ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA: UMA NOVA ABORDAGEM DA M ETODOLOGIA DO ENSINO NO PROGRAMA DE ESPECIALAÇÃO EM ENFERMAGEM.*
Emiko Yosikawa Egy**
Rosa Maria Godoy Sepa de Fonseca* *
RESUMO: As autoras relatam uma experiência pedagógica vivenciada n o ensino de enfermagem n o n ível de especial ização, a patir da aplicação de u m método baseado nos pressupostos do referencial teórico-filosóico do materialismo h istórico e dialético .
ABSTRACT: The authors repot a pedagogica l experience applied to the teaching process of the students of the n u rsing Assistance Specializatio n Programo The new teaching methodology was gu ided by the conceptual framework based u po n the principies of the h istorical-d ialetical-materialism.
INTRODUÇÃO
Este elato se refere à epeiência pedagógica vivenciada durante a tsmissão de conhecimentos sobre a "Assistência de Enfermagem em Saúde Co letiva", que constituiu um bloco da Área Temática "Bases metodológicas da Assistência de Enferma gem" do Cuso de Especialiação em Metodologia da Assistêcia de Enfennagem", ministado pela Escola Superior de Enfenagem de MossoÓ (ESEM), da Fundação Uiversidade Reioal do Rio Gade do Norte, em MossoÓ (RN).
O ensio deste bloco foi desenvolvido com base no referencial teórico metodológico do materialismo histórico e dialético, cujos pressupostos têm embasa do uma linha de conhecimentos relativos à assistência de enfermagem. (6) Dado que exeriências pedagógi cas este refeencial são relativamente escassas, es pecialmente na áea de efenagem, reputamos como da maior impoância relatar a pesente. Além de dar a conhecê-la atavés do relato, isto fará com que se possa tocar cohecimentos com outos autores que têm experienciado tbalhos com base neste refer encial.
DESCRiÇÃO DO CURSO E DO BLOCO RELATIVO
À
ASSISTÊNCIA DEENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA
Prticiparam de tal curso 20 enfeneias cuja caracteriação seá eplicitada mais adiante. O bloco em tela teve duração de apoximadamente 100 horas, divididas em ensino teórico-prático e tablo de campo, com os seguintes objetivos:
1. Conhecer a proposta metodolóica da assistêcia de enfenagem utiliado o efeencial materia lista histórico e dialético.
2. Conhecer a possibilidade de aplicação do método a assistência de enfenagem nos íveis indivi dual, familiar e de pequenos grupos.
3. Elaborar proostas de aplicação do método a realidade da assistência à saúde de MossoÓ (RN). - Paa popiciar o desenvolvimento deste conteúdo
foram abordados os seguintes temas:
- As dferentes interpretações do pocesso saúde doença.
- A teoria da deteinação social do processo saú dedoença.
- A concepção de sociedade e estrutura social na
* Trabalho apresentado no I I I Conresso Brasileiro de Saúde Coletiva e 1 Encontro de Saúde Coletiva do Cone Sul, Porto Alegre
(RS), 16 a 20 de maio de 1992.
* * Professoras Doutors do Deptamento d e Enfemagem e m Saúde Coletiva d a Escola d e Enfemagem a Univesidade d e São Paulo.
visão do mateialismo histórico e dialético.
- As bases teóicas do materialismo histórico e dia lético paa a apoximação do objeto fenomênico: conceitos, pressupostos e leis da dialética materia lista.
- A proosta metodológica de assistência de enfer magem baseada no materialismo histórico e dialé tico a indivíduos, famílias e pequenos gruos.
o PROCESSO ENSINOAPRENDAGEM
PERCORRIDO - PRESSUPOSTOS E ETAPAS DO MÉTODO
o processo ensino-apendizagem (PEA) adota do, baseou-se nos mesmos pressuostos e eapas da proposta metodológica assistencial oa em tela, en volvendo alunos e docentes em interação dialética, de foma que "o que aprender" se constituía em substa to teóico-prático do "como aprender".
Para aclaar a irmação acima, alguns pontos devem ser apofundados, como segue.
Em pimeiro lugar, á que se frisar que o conteú do teórico-pático do pograma foi bseado na eali dade das condições assistenciais de· saúde da região onde se localia o Município de MossoÚ (). Dos exemplos citados aos exercícios práticos, tudo se referia à realidade vivenciada, potanto conecida pelas alunas. Para que isto fosse ossível, ouve minucioso exame prévio, pelas docentes, de vários documentos que se referiam à estruturação sócio-eco nômica da região, dados do peil epidemiológico, estruturação do sistema político e de assistência à
saúde.
Além disto, as próprias etaps do método de assistência de efemagem, em esecial, a captação e a itepretação a elidade objetiva, em mito favo recé'm o coecimento sobre a realidade local para que a ela, a todo nstante, se pudesse eportar.
Com relação aos pressuostos do PEA, foram fomulados com base nas diferentes categoias do materialismo istóricó e dialético, cujo substato, por sua vez, é aquele das leis fudamentais da dialética mateialista.
Assim, deve ser considerado que a realidade ob jetiva de ensio-aprendizagem da temática em tela é
histórica, ou seja, depende da maneira como os ho mens istoicente se organizam em sociedade para prduzir e cO$tir,.o qe necessitam ara sobrevi ver e se eproduzir socialmente. Isto leva a que, na nossa elidade, orgaizada sob o modo de prodção
capialista, existam determinadas leis geis que re gem o aprendizado sobre as questões elativas à as sistência à saúde, compativeis com a ideologia que ermeia a organiação social sob este modo de po dução. (3)
Além disso, essa realidade é dinâmica ou seja. encontra-se em consante transfomação, sofrendo sucessivas modiicações no tempo e no espaço. Essas modiicações que são tanto quantiativs como qali tativas, não ocoem desordenaamente, mas sim, num processo sujeito a determinaas leis (3). Essas modiicações odem ser projetadas como o horizonte
que é "a antevisão da qualidade nova a que se quer chegar, enquanto lugar, conteúdo e pocesso; ão sendo meamente objetivo ou mea, é continuamente e-situado e re-osicionado no decorrer do caminho para o seu alcance. " (2) Ainda, este horizonte é diâ mico, históico e fomulado em conjunto com os diferentes atores sociais que participam do processo.
Disto decorre que o pocesso é funamentalmen te participativo, ou seja, as manifestações pessoais são colocadas no grupo paa que "sofam as amplia ções que lhes impõem as contaposições das vontades aleias; com isto, as pessoas odem compreender as aiculações entre as diferentes dimensões do objeto fenomênico (no caso, o PEA) e, em conjunto, cons truir alteativas de equacionamento das questões dentro de pesectivas grupais. (2)
As eapas do método são constituídas pela capa ção e intepretação da realidade objetiva refeente à situação dos conhecimentos dos alunos sobre a temá tica, paa que, ancoados nessa crítica, possam ser sugeridas e implementadas poostas de intervenção essa realidade. Isto deve ser feito, sem que se erca de vista que a mesma é apreendida em diferentes imensões ou totalidades, que aticuladas entre si, "manifestam o caráter interativo da unidade concrea das contadições eistentes. " Ainda, á que se consi der que uma dada totalidade encona-se subordia da ou sobredetemlinada por outa e tem elatividade istórica, ou seja, mutabilidade e limitabilidade tem oral e espacial. (2)
A inteveção na realidade objetiva se . dá de aneira ordenada e gradual, sendo redimensionada a partir de eintepetações que superam a contradição saber-não saber sobe deteminados conhecimentos. Estes, redimensioados, devem explicitar novas con tdições teórico-páticas de saber sobe-não saber sobre e e-situados.
res-ta cocretizá-la com o relato do processo pedagógico vivenciado, o que será feito, percorrendo-se as fases do mesmo. (4)
1 . Captação da real idade objetiva
Além do conhecimento anteior das cacterísi cas sociais da região, paa se proceder à capação da realidade, foi importante caracteriar as alunas que paticipavam do cuso, como segue.
O gruo era composto por 20 enfermeiras, a maioria com idade ente 25 e 40 anos (70%). As demais tinha idade acima desta faixa, sem o entanto ultrapassar os 50 anos.
Quase todas tinam cursado 1Raduação em enfer magem no Esado do Rio Gande do Note (90%), sendo que a maioia na pópria cidade de Mossoró, na Escola onde estava se desevolvedo o presente cur so. A éoca de término do Curso de Graduação vaiou do ano de 1 972 a 1 988, sendo que paticamente a metade duante a década de 70 (55%), e o restante durante a década seguinte (45%). A maior parte das alunas havia se formado entre 1 975 e 1 980 (45%).
As atividades que desemenhavam eram predo minaÚemente ligadas à formação de ecursos hua nos em enfermagem. Assim, das 20 paticiantes do cuso, 1 1 erm docentes da ESEM (5 5%), sendo que 2 delas desemenavm outras unções como enfer meiras hospitalares, além da docência. Além a dire toa e da vice-diretoa da escola e das coordenadoras de cursos de graduação e ós-gaduação "sensu latu", estavam presentes professoras de quase todas as dis ciplinas esecíicas de enfemagem.
Além s docentes, avia inda pessoas deseme
nado funções administativas em várias instituições públicas (secetarias mnicipais e esadual de saúde, Istiuto Nacional de Seguridade Social, Hospitais e Unidades Básicas de Saúde) e privadas (hospiais). Aina qunto ao tabalho, 1 3 aluas tinham apes um vínculo empregaicio, 6 im 2, e 1 ia 3 .
Quanto à formação poissional, 1 1 alunas ti m outros cursos além da gaduação, entre habili tações e esecializações, sendo que 4 delas tiam mais de um cuso deste tio.
Paa conhecer melhor a realidade objetiva foam ainda veriicadas as epectativas ds alunas em rela ção ao pograma a ser desenvolvido.
A maioria delas revelou que tinha como expecta tiva compreeder o método poposto com a ialidade de rediecionar ou transformr a sua pática de
enfer-magem, ssistenci}l ou de ensio. Paa algumas alu nas, compreender uma proposta metodológica de as sistência, baseaa num referecial diferente do que havia direcionado a sua prática até então, constituía num desio. Declaavam aida que espeavam en contrar nestes conhecimentos, alteativas paa a su peração as fustações que esa prática lhes causava.
Alguns depoimentos odem ilustar ests airma ções:
"Diante daformação positivista que tive durante a graduação, tenho curiosidade de conhecer o método dialético e aprofun dar sobre o mesmo para poder optar por uma linha de pensamento, na perspectiva de redirecionar a minha prática. "
"Minha expectativa em relação a esta unidade é grande, pois sinto-me ansiosa em relação à nossa prática. Gostaria de junto com vocês rever esta prática, pro
curando o porquê dela ser assim e procu rar ransformá-Ia, na medida do possível, aceitando os avanços e retrocessos. "
Além das expectativas, foi pedido que as alunas explicitassem as conceções de saúde�oença e de enfermagem que subjzian à sua pática assistencil, pática esa objetivada atrav
�
s da narrativa de uma situação vivenciada de assistência de enfermagem.Nessas narativas, apesar de algumas vezes, não apaecerem clmente acoadas à situação assisten cial, as concepções de saúde-doença revelavam a visão multicausal do processo saúde�oença, atri buindo as suas manifestações a fatoes isolados ou ao equilíbrio/desequilíbrio do organismo humano. Vá rias aluns identiicaram na sua arativa, um concei to de saúde reduzido, sigicado apeas a ausêcia de doença. Com base nisto, a assistência de eferma gem prestada foi identiicada como "cuativa", "in dividual ", "assistencialisa", reiterativa' e voltada apeas pra a recueração momenâea de um dado equilíbio orgânico. >ara algumas delas, no mximo, atendia a algumas �'necessidades" bio-psíquicas afe tadas, expliciadas sob a ótica do agente que assiste.
2. A interpretação da realidade objetiva
Além do exame inucioso dos dados obtidos or escrito, houve a discussão em gupo das concepções de saúde�oença e de assistência de efenagem pre dominantes no gruo, explicitadas atavés de cola gens e exemplos de situações vivenciadas, ou obser vads, durante a captação da realidade objetiva a
situação assistencial de saúde da Região.
Em todas essas ocasiões, a interpeação ea feita tomando-se como base os conhecimentos atais, em relação às diferentes cocepções ilosóicas, que em basavam o entendimento do gupo sobre os temas abordados.
Veriicou-se que a prática hegemônica cores polia a uma visão idealista de mudo, reletindo pressupostos mecanicistas para a abordagem e inter venção a elidade. Esta, por isto mesmo, nem sem pre provocava tnsformações no sentido desejado pelas aluas, gerndo sentimentos de fustação e impotêcia diante da enormidade dos pobleas de tectados. Isto explicava, iclusive, s expectativas em relação a proostas ais ansformadoras, mais ade rentes s necessidades de saúde da coletividade e mais ataentes e realiadoras paa as execentes de enfer magem.
3. A reconstrução de um projeto de intevenção na realidade objetiva
A progmação com o seu corespodente desdo� bamento temático, projetada extemente ao conta to com o gupo de aluas, como foi relatado anteior mente, baseou-se s conadições existentes dento da totalidade aior, ou seja, a possibiliade e a ne cessidade da abordagem fenomênica, passndo da conceção mecanicista à conceção dialética do pro cesso edagóico e do pocesso saúde-doença.
Ao se tor concreto a totalidade subaltea à anterior, re-situada a parir da visualização a praxis que opea a realidade local, o projeto de inteVeção foi reorientado o sentido de dar ligação do "viven ciado da pática" à poositura teórica, para pemitir a articulação entre as duas totalidades subaltes e conseqüentemente, entre outas totalidades reveladas a ptir do exame detalhado e dialético da realidade.
Nessa (reconstrução do pojeto de inteVenção, é feita a confrontação entre a inteVeção projeada e a ealidade objetivada, da seguinte maneira: as neces sidades e as ossibilidades de desevolvimento do processo edagóico em São Paulo (onde residem e tabalam as docentes) e as possibilidades e as neces sidades de desenvolvimento do projeto em Mossoró. Petencentes mbas s cidades à mesa estrutuação de sciedade, a brasileira, o entanto, guardam espe ciicidades difeenciais da correlação de foças exis tente as difeentes formas de relações de produção
(aesar de no mesmo sistema). Destaca-se, neste sen tido, a confonação e luta de oder quase "à pele"
existente em regiões diferentes da grande metrópole,
onde esta também persiste, orém peVersamente di luída.
O orizonte antevisto permite, no entanto, epen sar o caminho para a sua apeensão e neste caminho buscar os pontos de vulnerabiliade paa a transfor ação, sempre quantitativas a priori, para se transfor maem em qualitativas, a osterior.
4. A intevenção na realidade objetiva
Foi feita tomado-se como base o desenvolvi mento do póprio conteúdo proposto (temas), articu lado às condições concretas da realidade local, prin cipalmente no que se .referia à abordagem da poble mática de saúde regional.
As estratégias utiliadas paa a reconstrução do
saber foram exposições· dialogadas, leituas de textos
básicos e discussões em grupo, elaboração de exercí
cios e trabalhos de camo,· sempre que possível nos
própios locais de rabalho das alunas.
5. A reinterpretação da realidade objetiva
Além de ercorer todas as demais fases para propiciar, quado necessário, o edirecionamento do pocesso inteVentivo; a. rei nte pretação da realidade objetiva se deu, priicipahnente, através de avaliações parciais durante o desenvolvimento do programa e uma avaliação ial do pogranla, referente tanto à apreciação do conteúdo como da forma de abordagem da temática. Esta foma,. por sua vez, referia-se ao
pocesso peagógico implementado. .
Esta avaliação revelou que quanto ao conteúdo, foi ossível atender às exectativas iniciais, sendo que algumas alunas Citrl que estas foam mesmo sueradas. Muitas reconheceam ser possível, com os ovos conhecimentos adquiridos, visualizar a tans formação da sua pática. Esta visão, no entanto, não evelava uma ostua ingênua de. oerar milagres atavés da implementação de uma proposta inovado
a, senão que o progama desenvolvido havia se cons
tiuído em um início de tansformação, necessitando
o apofundamento osterior paa que, efetivamente, a
práica pudesse ser transfomada. Alns depoimen
tos ilustam estes achados:
minha cabeça se enconra bastante con fusa (uma confusão positiva), pois o peso
da responsabilidade agora é bem maior em relação à ransformação da prática . . . " (..) o positivo deste bloco é que, a partir da troca de experiêncis, entendemos a necessidade de fazer várias leituras, no meu entender, não só leituras, mas tentar construir um grupo que tenha interesse em aprofundar para juntos construirmos algo mais concreto. "
Quanto à fona, O processo pedagógico foi con-siderado excelente or várias azões:
propiciou adeência entre a teoria e a prática; manteve-se ancorado a realidade local, o que tomou cocreta a abordagem das questões relati vas à poblemática da assistência à saúde; propiciou a participação de ambos, professores e alunos, num processo efetivo de troca de exeriên cias e conhecimentos.
Alguns depoimentos exempliicam a avliação feita:
"Quanto ao processo pedagógico foi óti mo porque para mim tratou-se de uma inovação. "
"(..) no decorrer do curso tive êxito pois os pressupostos estavam bem explícitos; em cada exemplo citado, tive maior ino vação para o nosso trabalho. As etapas foram interessantes pois sem elas não se
ria possível alcançar o horizonte. " "O processo pedagógico deixou o aluno à vontade para manfestar suas dúvidas. "
"A teoria e a práticaforam coerentes, nos levando a ver a realidade objetiva dentro de uma nova concepção. "
A importncia dessas mifestações sobre o po cesso vivenciado, eside nu fato de que, a cosciência . mior sobre o processo de trabalho de caa um e a aiculação deste com a realidade social, em que e sem as iferençs no Ívl desta consciência, er mitem edeinir o oizote de tansfonação de cada realidade objetiva. Aos agentes extenos (nós
docen-tes, pertencentes a lugaes e espaços diferenciados) e passageiros, não é dado o conecimento ampliado da totalidade no curto espaço de temo em que se inter faceia com a ealidade. Potanto, a estes, comete tão somente introduzir os mecismos de apreesão dia lética da totalidade, espriando as lteativas de sueação visulizadas da persectiva de outro foco vivencia!.
Buscr os pontos de vulnerabilidade, por eferên cia à compreensão da iâmica e historicidade da costução da realiade mossoroense, é o ssível so mente numa construção conjunta enraizada o saber e no reensar critico sobre este saber, oriundos dos quotidianos vividos.
A SíNTESE DA EXPERIÊNCIA VIVENCIADA
A condução desta exeriêcia trouxe uma contri buição vliosa paa o reensar do prCesso edagógi co equanto instrumento paa a constução do saber cítico e orientado paa a� possibilidades e ecessida des de intevenção a ealidade objetiva de esino, assistêcia e planiicação da saúde da egião, onde foi desenvolvido o progama de ensio.
É
preciso sempre recolocr que o mateilismo histórico e dialético, ou seja, o efeencial ilosóico em que este abalho se fudamenta, introduz uma visão de mudo e portanto um dado modo de air ele e diante dele. Esa visão de mundo se refere, de fato, ao conjunto de princípios, ontos de visa e covic ções que determim a atiude do homem em relaçãoà realidade e a si próprio e, or coseqüência, a orientação da atividade de cada essoa concea, gu o social, classe ou sociedade em gera!. (5)
Além disso, paa entender a visão de mundo do conjunto das essoas envolvidas e a pópria ealidade objetiva em que esta visão se dá, ao desenvolver este pocesso, deve-se buscar a dialetiação das icula ções, ente outas: da conformação do sistema de saúde e de educação vigentes e dos tbalhadores em saúde e de enfenagem; s ecessidades da popula ção, difeenc)das pela sua iseção em dfeentes classes sociais; da expessão da singulaiade do nexo bio-psíquico; 0 discrso e a concretude s olíti cas de educação e de saúde. ( 1 )
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
" "
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