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Phenacogaster apletostigma, nova espécie de peixe do Estado do Amapá, Brasil (Characiformes, Characidae).

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Academic year: 2017

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O gên ero Phenacogaster Eigen m an n , 1907 é u m gru p o m on ofilético (MALABARBA & LUCENA 1995) q u e in clu i dez esp éci-es válidas déci-escritas. Ocorre n a bacia do rio Am azon as, dren a-gen s do rio Orin oco e das Gu ian as, alto rio Paragu ai, sistem a d os rios Tocan tin s-Aragu aia, bacia d o rio São Fran cisco, rios costeiros do n orte e n ordeste do Brasil e, segu n do CASCIOTTAet al. (2003), é tam bém en con trado n o m édio rio Paran á. A des-crição de 10 n ovas espécies n o gên ero, em fase de preparação por Z. M. Lu cen a, au m en tará para 21 o n ú m ero total existen te. En tretan to, esse n ú m ero é con siderado su bestim ado, pois existem qu estões taxon ôm icas qu e ain da estão em estu do pela au -tora.

A n o va esp écie aq u i d escrit a fo i en co n t rad a d u ran t e am ostragen s feitas n o sistem a do rio Aragu ari, situ ado n a Flo-resta Nacion al do Am apá e Reserva de Desen volvim en to Su s-ten tável do rio Iratapu ru q u e, ju n tam en te com ou tras u n ida-des de con servação, in tegra o Corredor de Biodiversidade do Am apá. Por se tratar de espécie en dêm ica, a su a descrição n o p resen te artigo am p liará o con h ecim en to sobre a ictiofau n a local, au xilian do o m an ejo das referidas áreas de con servação.

MATERIAL E MÉTODOS

O m aterial exam in ado está depositado n as coleções das segu in tes in stitu ições: (ANSP) Acad em y of Natu ral Scien ces,

Ph ilad elp h ia; (AUM) Au b u rn Un iversit y Mu seu m , Au b u rn ; (BM N H ) Th e N a t u r a l H ist o r y M u se u m , Lo n d o n ; (C AS) Californ ia Academ y of Scien ces, San Fran cisco; (IEPA) In stitu -to de Pesq u isas Cien tíficas e Tecn ológicas do Estado do Am apá, Macapá; (MCZ) Mu seu m of Com parative Zoology, Cam bridge; (FMNH) Field Mu seu m o f Nat u ral Hist o ry, Ch icago ; (MCP) Mu seu d e Ciên cias e Tecn ologia d a Pon tifícia Un iversid ad e Católica do Rio Gran de do Su l, Porto Alegre; (MNRJ) Mu seu Nacion al, Rio de Jan eiro; (MZUSP) Mu seu de Zoologia da Un i-versidade de São Pau lo, São Pau lo; (NMW ) Natu rh istorisch es Mu seu m W ien , Vien a; (ROM) Royal On tario Mu seu m , Toron -to; (USNM) Nation al Mu sem of Natu ral History, Wash in gton ; (ZMB) Mu seu m fü r Natu rku n de, Hu m boldt Un iversität, Berlim . A defin ição das m edidas e con tagen s u tilizadas segu e FINK & WEITZMAN (1974) e MALABARBA & LUCENA (1995). Ou tras m edi-das u tilizaedi-das foram a distân cia da n adadeira peitoral à n ada-deira pélvica – m edida en tre a base do ú ltim o raio da n adaada-deira peitoral e a origem da n adadeira pélvica; distân cia da n adadei-ra pélvica à n adadeiadadei-ra an al – m edida en tre a base do adadei-raio m ais in tern o da n adadeira pélvica e a origem da n adadeira an al; dis-tân cia do su pra-occipital à n adadeira dorsal – m edida en tre a extrem idade posterior do processo su pra-occipital e a origem da n adadeira dorsal; distân cia en tre a n adadeira dorsal e a n a-dadeira adiposa – m edida en tre o fin al da base da n aa-dadeira

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Characidae)

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Zilda M argarete S. de Lucena

1

& Cecile de S. Gama

2

1 Laborat ório de Ict iologia, M useu de Ciências e Tecnologia, Pont ifícia Universidade Cat ólica do Rio Grande do Sul.

Caixa Post al 1424, 90619-900 Port o Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: margaret e@pucrs.br

2 Inst it ut o de Pesquisas Cient íficas e Tecnológicas do Est ado do Amapá. Rodovia JK, km 10, Fazendinha, 68900-005

M acapá, Am apá, Brasil. E-m ail: cecile.gam a@iepa.ap.gov.br

ABSTRACT. PhenacogasterPhenacogasterPhenacogasterPhenacogasterPhenacogaster apletostigmaapletostigmaapletostigmaapletostigmaapletostigma,,,,, new species of f new species of fish fr new species of f new species of f new species of fish frish frish frish from the om the om the om the om the AmaAmapá State,AmaAmaAmapá State,pá State,pá State,pá State, Br Br Br Brazil (Char Brazil (Charazil (Charazil (Characifazil (Characifacifaciforaciforororormes,mes,mes,mes,mes, Char

Char Char Char

Characidae).acidae).acidae).acidae). acidae).Phenacogasterapletostigma sp.sp.sp.sp.sp. nov nov nov nov nov... is distinguished from all other species of the genus by the presence of a large and vertically elongate humeral blotch, extending from the lateral line to near the dorsum. Anterodorsal portion of humeral blotch with an anterior extension. The unique shape and size of the humeral blotch, not found in the remaining Phenacogaster species, is considered an autapomorphy of the new species. It is known from the River Araguari basin, Amapá State, Brazil.

KEY WORDS. Biodiversity; neotropical fishes; taxonomy.

RESUMO. Phenacogasterapletostigma sp.sp.sp.sp.sp. nov nov nov nov nov... distingue-se por apresentar uma grande mancha umeral verticalmente alongada que se estende desde a linha lateral até quase o dorso do corpo e apresenta um prolongamento na porção ântero-dorsal. Tanto a forma quanto o tamanho da mancha não são encontrados em nenhuma outra espécie do gênero e é aqui considerada uma autapomorfia da espécie. Habita o sistema do rio Araguari, no Estado do Amapá, Brasil.

(2)

dorsal e a origem da n adadeira adiposa; com prim en to do tercei-ro in fra-orbital – m edido en tre o lim ite an terior do in fra-orbital próxim o à m argem da órbita e o seu lim ite m ais posterior; espa-ço en tre a m argem ven tral do terceiro in fra-orbital e a m argem h orizon tal do préopérculo – m edido n a m etade do com prim en -to do terceiro in fra-orbital. Todas as m edidas e con tagen s, exce-to a m edida do com prim en to do m axilar, foram feitas n o lado es-querdo do exem plar, sob estereom icroscópio e com paquím etro digital. Os espécim es foram m edidos con sideran do-se as projeções sobre a lin h a m edian a do corpo, exceto a m edida do com -prim en to do m axilar, distân cia do supra-occipital à n adadeira dorsal, distân cia da n adadeira dorsal à n adadeira adiposa, e com -prim en to das n adadeiras peitorais e pélvicas, que foram m edi-das de pon to a pon to. As proporções e m édias foram calculaedi-das através do program a Datax-Biom etric Data Man agem en t System versão 4.2, elaborado por Roberto Reis e Nelson Fon toura. As con tagen s de vértebras e parte da descrição da den tição foi feita com base em u m espécim e diafan izado e corado con form e a técn ica de TAYLOR & VAN DYKE (1985). Na con tagem das vértebras estão in cluídas as quatro vértebras do aparelh o de Weber, e a vértebra term in al, u su alm en te design ada com o PU1 + U1 foi con tada com o um elem en to. No m aterial exam in ado, após o n úm ero de catálogo con stam , en tre parên teses, o n úm ero de espécim es exam in ados seguido do com prim en to padrão do m e-n or e m aior exem plar. Siglas usadas: (CP) com prim ee-n to padrão, (n ) n úm ero de exem plares, (d&c) diafan izado e corado.

Material comparativo examinado

Phenacogasterbeni Eigen m an n . BO LÍVIA: Villa Bella, Río Ben i, h olótipo, FMNH 54597, parátipo, FMNH 54598.

Phenacogastercalverti (Fowler). BRASIL, Ceará: Fortaleza, h olótipo, ANSP 69606; reservatório Pen tecoste, dren agem do rio Cu ru , a su deste de Pen tecoste, AUM 8025 (12), AUM 8057 (8); rio Cu ru , lim ite com São Lu is do Cu ru , AUM 20573 (1); rio Caxitoré, aflu en te do rio Cu ru , im ediatam en te abaixo do re-servatório de Caxitoré, 16 km de Itapagé, AUM 20590 (1); rio Cu ru , im ed iat am en t e acim a d a fo z, Po ço Do ce, ao su l d e Paracu ru , AUM 21611 (1); reservatório Pen tecoste, dren agem do rio Cu ru , USNM 313900 (22). Paraíba: rio Piran h as, Pom -bal, MCP 30683 (17); Corem as, MZUSP 16523 (25).

Phenacogastercarteri (Norm an ). GUIANA: arroio n a flores-ta, tribu tário do Río Cu yu n i, h olótip o, BMNH 1934.9.12:216; arroio n a floresta, tribu tário do Río Cu yu n i, parátipo, BMNH 1934.9.12:217.

Phenacogasterfranciscoensis Eigen m an n . BRASIL, Bahia: rio Tatu , Barra d o Côcos, MCP 23834 (101); rio San to An tôn io, Palm eiras, MNRJ 21267 (20); braço do rio Un a, bacia do rio Paragu açu , Itaetê, MZUSP 49239 (12); rio São Desidério, São Desidério, MZUSP 58266 (69). Minas Gerais: próxim o à foz do rio Preto, aflu en te d o rio Gran d e, Boq u eirão, sistem a d o rio São Fran cisco, h olótipo, FMNH 54599, parátipos, FMNH 54600 (2); rio Preto e tribu tários, San ta Rita, sistem a do rio São Fran -cisco, p arátipos, FMNH 54601 (2); rio São Fran -cisco, Jan u ária, parátipos, FMNH 54603 (3); rio Ju ram en to, a ju san te da

barra-gem de Ju ram en to, aflu en te do rio Verde-Gran de, sistem a do rio São Fran cisco, MCP 32531 (4); rio Peru açu , distrito Fabião I, MCP 33950 (10); rio Cipó, Presiden te Ju scelin o, MCP 34065 (7); rio Côcos, Côcos, MCP 34066 (5). Pernam buco: arroio n a estrada BR116, Cabrobró, MCP 31197 (32).

Phenacogasterjancupa Malabarba & Lu cen a. BRASIL, Mato Grosso: Jan gada, ribeirão Espin h eiro, dren agem do rio Cu iabá, sistem a do rio Paragu ai, h olótipo, MCP 17279, parátipos, MCP 16129 (32).

Ph en acogasterm egalostictus Eigen m an n . GUIANA: lo wer Potaro River, Tu m atu m ari, h olótipo FMNH 53530; Essequ ibo River, Rockston e, parátipos FMNH 52703 (3); Essequibo River, Crab Falls, p arát ip o s FMNH 52704 (3); lo wer Po t aro River, Tum atum ari, parátipos, FMNH 53531 (5), parátipos, FMNH 75168 (10); lower Potaro River, Tum atum ari, parátipos, MCZ 29955 (1); Essequibo River, Rockston e, parátipos, MCZ 29956 (1); Essequibo River, p raia, 1,15 km a SW d e Rockston e, AUM 27785 (30); Essequibo River, Gluck Islan d, Rockston e, CAS 70946 (1); Potaro River, praia n a m argem N, abaixo de Tum atum ari Falls, sistem a do Essequibo River, AUM 28057 (32); Potaro River, abaixo de Am atuk Fall, sistem a do Essequibo River, BMNH 1974. 5. 22: 82-85 (4); Potaro River, can al lateral do Potaro River, sistem a do Esseq u ibo River, Kan garu m a, ROM 61528 (2); Potaro River, Am atuk Fall, can al lateral do Potaro River, próxim o a Portage, sistem a do Essequibo River, Mah dia, ROM 61529 (4); riach o em Kurupukari Falls, próxim o a Am erin dian village, ROM 64233 (9). Ph en acogast er m icrost ict u s Eigen m an n . GUIAN A: lo wer Potaro River, Tu m atu m ari, h olótipo, FMNH 52970; Esseq u ibo River, Kon awaru k, parátipos, CAS 62270 (3), parátipos, FMNH 52971 (3); Esseq u ibo River, Crab Falls, p arátip o, CAS 62271(1). Phenacogastersuborbitalis. Costa leste do Brasil, h olótipo, ZMB 20806.

Phenacogastertegatus. BRASIL, Mato Grosso: rio Bu gres, Bar-ra do Bu gres, sistem a do rio PaBar-ragu ai, MCP 17388 (12); Ribei-rão Ch iq u eiRibei-rão, oeste de Jan gada, aflu en te do rio Cu iabá, siste-m a do rio Paragu ai, MCP 17389 (6); arroio n a estrada Barra do Bu gres-Cáceres, ao su l d e Barra d o Bu gres, aflu en t e d o rio Paragu ai, MCP 17390 (29); arroio Caram u jo, estrada Cu iabá-Porto Velh o, a n oroeste de Cáceres, aflu en te do rio Paragu ai, MCP 17387 (18); rio Paragu ai, Cáceres, MCP 17391 (21); arroio n a estrad a Barra d o Bu gres-Cáceres, Porto Estrad a, ao su l d e Barra do Bu gre, MCP 17392 (23).

Tetragon opterus bairdii Stein d ach n er. BRASIL: Tabatin ga, sín tipos, NMW 57250 (2).

RESULTADOS

Phenacogaster

apletostigma sp.

sp.

sp.

sp. nov

sp.

nov

nov

nov

nov...

Figs 1 e 2, Tab. I

(3)

Parátipos. BRASIL, Am apá: sistem a do rio Araguari: coletados jun tam en te com o h olótipo, IEPA 2339 (4; 30,3-32,4 m m CP, 1 m ach o d&c 32,4 m m CP); MCP 40087 (5; 28,3-36,1 m m CP). Igarapé Am apá, afluen te do rio Cupixi, m un icípio de Pedra Bran -ca do Am apari, 00º35’04,53”N, 52º20’8,38”W, 28/VII/2005, S. Cos-ta etal. leg., IEPA 2340 (1; 24,9 m m CP). Igarapé Am apá, afluen te d o rio C u p ix i, m u n icíp io d e Ped ra Bra n ca d o Am a p a ri, 00º34’45,80”N, 52º19’8,30”W, 29/VII/2005, V. Leão leg., IEPA 2341 (1; 22,4 m m CP). Igarapé Am apá, afluen te do rio Cupixi, m un icí-pio de Pedra Bran ca do Am apari, 00º34’ 40,19”N, 52º19’ 21,73”W, 3/VIII/2005, S. Costa etal. leg., IEPA 2342 (2; 22,3-25,0 m m CP). Diagn ose. Phenacogasterapletostigm a sp . n o v. difere de

todas as dem ais espécies do gên ero por apresen tar u m a gran de m an ch a u m eral, verticalm en te alon gada, qu e se esten de desde a lin h a lateral até a pen ú ltim a fileira lon gitu din al de escam as da região laterodorsal e é provida de u m prolon gam en to ân tero-su perior. Essa form a de m an ch a, ú n ica n o gên ero, é con sidera-da u m a au tapom orfia sidera-da espécie.

Nas dem ais espécies, a m an ch a um eral é arredon dada (P. franciscoensis, P.jancupa, P.m egalostictus), h orizon talm en te ova-lada (P. calverti, P. tegatus) ou estreita e geralm en te oblíqua (P. suborbitalis,P.pectinatus,P.m icrostictus e P.beni). Além disso, em todas as espécies a m an ch a um eral é m en or que o diâm etro h o-rizon tal da órbita (versus m aior, altura da m an ch a até 1,6 vezes o diâm etro da órbita em P.apletostigm a); n ão apresen ta prolon -gam en to n a região ân tero-superior (versus presen ça); n un ca atin -ge a p en ú lt im a fileira d e esca m a lo n git u d in a l d a regiã o laterodorsal (versus atin ge a pen últim a escam a) e, com exceção de P.m egalostictus e raros espécim es de P.franciscoensis, situa-se sem pre acim a da lin h a lateral (versus sobre a lin h a lateral). Em P. carteri a m an ch a é ausen te, e em m ach os de P. suborbitalis, P. pectinatus, P.m icrostictus e P.beni é ausen te ou restrita a poucos crom atóforos.

Descrição. Dados m orfom étricos (Tab. I). Corpo com pri-m id o . Perfil d o rsal co n vexo d o fo cin h o ao fin al d a região in terorbital, reto ou levem en te côn cavo deste pon to à base do

1

Figuras 1-2 Phenacogast eraplet ost igm asp. nov.: (1) holótipo, IEPA 2488, 40,9 mm CP; (2) parátipo. IEPA 2339, 30,3 mm CP, macho.

(4)

processo su pra-occipital, torn an do-se con vexo até a origem da n adadeira dorsal (m ais acen tu ado n as fêm eas); reto da origem da n adadeira dorsal ao fim do pedú n cu lo cau dal; algu m as ve-zes levem en te con vexo ao lon go da base da n adadeira dorsal e levem en te côn cavo n o pedú n cu lo cau dal. Perfil ven tral con ve-xo da extrem idade da m an díbu la à origem da n adadeira pélvica, qu ase reto até a origem da n adadeira an al (em m ach os, qu ase reto a p artir d a origem d a n ad ad eira p eitoral), reto ou leve-m en te con vexo ao lon go da base da n adadeira an al e reto n o pedú n cu lo cau dal. Extrem idade an terior do pré-m axilar u ltra-p assa levem en te a extrem idade an terior da m an díbu la. Du as fileiras de den tes n o pré-m axilar, fileira extern a com q u atro a dez den tes (seis n o lado direito do h olótipo, oito som en te em u m espécim e e dez em ou tro, m oda = 5, n = 13), in terrom pida, com u m espaço após o segu n do den te; dois den tes tricú spides n a região m edial, m ais largos e m aiores q u e os da lateral, e dois a oito côn icos e tricú spides ou som en te côn icos m en ores e m ais delgados n a região lateral. Fileira in tern a com sete a 12 den tes (sete n o lado direito do h olótipo, m oda = 9, n = 10) q u e decres-cem em tam an h o e largu ra, os três ou q u atro prim eiros tricú spi-des e m aiores, segu idos de den tes m ais delgados, tricú spispi-des, bicú spides ou côn icos. Sete espécim es com u m den te côn ico, n a porção posterior do pré-m axilar, en tre as fileiras extern a e in tern a. Maxilar com 24 a 33 den tes côn icos (aproxim adam en -te 33 n o h olótipo, m oda = 25, n = 10) ao lon go de q u ase toda a m argem ven tral do osso. Den tário com 16 den tes em u m a ú n ca fileira, cin co den tes an teriores tricú spides e m aiores, segu i-dos de dois bicú spides e n ove côn icos m en ores e m ais delgai-dos (em u m ú n ico espécim e d&c). Terceiro in fra-orbital separado da m argem h orizon tal do pré-opércu lo por u m espaço de 1/ 4 a 1/ 8 (u su alm en te 1/ 5) do seu com prim en to e distan te da m argem vertical do préopércu lo por u m espaço de 1/ 5 a 1/ 10 (u su -alm en te acim a de 1/ 5) do seu com prim en to. Nadadeira dorsal com ii,9 raios. Origem da n adadeira dorsal próxim a à m etade do com prim en to do corpo. Nadadeira an al com iii-iv,30-35 raios (iii,34 n o h olótipo, u m ú n ico espécim e com 38, m oda = 34, n = 14). Origem da n adadeira an al n a vertical q u e passa aproxim a-d am en te p ela base a-d o terceiro ao q u in to raio ram ificaa-d o a-d a n adadeira dorsal. Margem an terior da n adadeira an al côn cava, o ú ltim o raio n ão-ram ificado e os cin co prim eiros raios ram i-ficados m aiores q u e os dem ais (o ú ltim o n ão-ram ificado e os três prim eiros ram ificados aproxim adam en te do m esm o tam a-n h o); u m a baia-n h a com cerca de oito ou dez escam as ao loa-n go da base da n adadeira, se esten de até o oitavo ou décim o raio ram ificad o . Nad ad eiras p eit o rais co m i,11-14 raio s (14 n o h olótipo, m oda = 13,1, n = 14); extrem idade posterior do raio m ais lon go u ltrap assa a origem d as n ad ad eiras p élvicas: n as fêm eas atin ge, n o m áxim o, a m etade dessas n adadeiras; n os m ach os, a u ltrapassa; raios das n adadeiras peitorais parcialm en -te desen volvidos em u m in divídu o de 22,4 m m de CP. Margem posterior do cleitro sem reen trân cia. Nadadeiras pélvicas com i,7 raios, a extrem idade do raio m ais lon go u ltrapassa a origem da n adadeira an al, alcan çan do, n o m áxim o, o terceiro raio

ram ificado dessa n adadeira. Lin h a lateral coram aproxiram adaram en -te 36 a 38 escam as perfu radas (cerca de 38 n o h olótipo, n = 5). Seis fileiras de escam as en tre a origem da n adadeira dorsal e a lin h a lateral (n = 7) e q u atro a cin co en tre a lin h a lateral e a origem da n adadeira an al (q u atro n o h olótipo, n = 7). Presen ça de u m a escam a situ ada en tre u m a cin co pares de escam as pré-ven trais (dois n o h olótipo) localizadas en tre as origen s das n a-dadeiras peitorais e pélvicas. Ram o su perior do prim eiro arco bran q u ial com q u atro a cin co rastros (cin co n o h olótip o, três em u m espécim e, m oda = 4, n = 14) e ram o in ferior com sete a n ove rastros (oito n o h olótip o, sete em u m ú n ico esp écim e, m oda = 8, n = 14).

Trin ta e seis vértebras totais, 15 pré-cau dais e 21 cau dais. Qu atro su pran eu rais. Con tagem feita em u m espécim e d&c.

(5)

d orsal com p igm en tos escu ros n as m em bran as in ter-rad iais, prin cipalm en te n o terço su perior da n adadeira até, aproxim a-dam en te, o q u in to raio ram ificado; crom atóforos ao lon go das m argen s an terior e p osterior d os raios; o p rim eiro raio n ão-ram ificado m ais pigm en tado. Crom atóforos ao lon go das m ar-gen s dos raios das n adadeiras p eitorais e p élvicas, exceto n o ú ltim o (n ão-pigm en tado); u m pigm en to m ais in ten so n a base de cada raio. Nadadeira an al totalm en te pigm en tada até, aproxim adam en te, o sétim o raio ram ificado. A partir daí a pigm en -tação restrin ge-se à base e à m argem da n adadeira, produ zin do u m a região clara m edian a ao lon go da n adadeira. No parátipo IEPA 2342 (25,0 m m CP), a m argem e a região m edian a da n adadeira é clara, sem pigm en tos. Naadadeira cau dal com pigm en

-tos escu ros ao lon go dos raios, exceto im ediatam en te após a m an ch a d o p ed ú n cu lo cau d al, con torn ad a p or região clara. Neu rom astos alaran jados n os ossos in fra-orbitais, n a série de opercu lar, n as regiões dorsal e ven tral da cabeça, n as escam as pré-ven trais e em algu m as escam as da região lateral do corpo (visu alizad o s n o lo t e M C P 2 3 4 0 ). N o s d em ais esp écim es, n eu rom astos claros, de difícil visu alização.

Coloração em vida. Corpo tran slú cido. Man ch a u m eral e do pedú n cu lo cau dal con spícu as. Na região m édio-lateral do corpo h á u m a faixa escu ra q u e se esten de desde a vertical q u e passa pelo lim ite posterior da base da n adadeira dorsal até o in ício da m an ch a do p edú n cu lo, estreitan do-se bru scam en te próxim o ao in ício da m an ch a do pedú n cu lo. Nadadeira dorsal

Tabela I. M edidas do holótipo e parátipos de Phenacogasteraplet ostigmasp. nov. (n) Número de exemplares, incluindo o holótipo, (DP) desvio padrão.

M edidas Holótipo n M ínimo M áximo M édia DP

Comprimento padrão (mm) 40,9 9 28,3 40,9 33,3

M achos 4 30,3 34,0 32,0

Fêmeas 5 28,3 40,9 34,5

Porcentagens do comprimento padrão

Altura do corpo 37,8 9 29,7 37,9 32,8 2,964

M achos 4 29,7 30,6 30,2 0,397

Fêmeas 5 32,2 37,9 34,9 2,230

Comprimento cabeça 25,9 9 25,5 27,6 26,2 0,724

Comprimento focinho 6,1 9 5,7 6,8 6,1 0,330

Diâmetro orbital 10,3 9 10,3 11,9 11,1 0,536

Espaço interorbital 6,3 9 6,1 6,9 6,6 0,260

Comprimento maxilar 7,1 9 5,9 7,3 6,8 0,470

Comprimento pré-dorsal 49,6 9 47,5 51,3 49,7 1,068

Comprimento pré-ventral 40,6 9 37,3 40,6 39,0 1,302

Comprimento pré-anal 55,5 9 50,4 55,9 53,7 1,708

Comprimento pedúnculo caudal 8,8 9 8,3 10,3 9,3 0,753

Altura pedúnculo caudal 9,0 9 7,7 9,2 8,4 0,564

Distância peitoral-pélvica 14,4 9 10,2 14,4 11,4 1,258

Distância pélvica-anal 12,7 9 10,8 12,7 11,8 0,737

Distância occipital-dorsal 25,9 9 22,4 25,9 24,2 1,349

Distância dorsal-adiposa 26,9 9 24,7 27,5 26,2 1,031

Comprimento nadadeira peitoral 24,0 9 20,8 24,1 22,5 1,088

Comprimento nadadeira pélvica 18,8 9 16,2 18,8 17,5 0,823

M achos 4 16,2 17,2 16,7 0,423

Fêmeas 5 17,8 18,8 18,1 0,408

Porcentagens do comprimento da cabeça

Comprimento focinho 23,6 9 22,2 25,8 23,2 1,044

Distância orbital 39,6 9 39,6 45,7 42,5 1,754

Espaço interorbital 24,5 9 23,9 26,9 25,2 1,091

(6)

alaran jada, exceto n a porção in ferior; base dos prim eiros raios da n adadeira an al de cor alaran jada; base dos lobos su perior e in ferior da n adadeira cau dal, im ediatam en te ap ós a m an ch a do pedú n cu lo, de cor alaran jada, região en tre os raios m edia-n os, após a m aedia-n ch a, clara.

Dim o rfism o sexu al. Mach o s ap resen t am gan ch o s n o s raios das n adadeiras an al, pélvicas e peitorais. A n adadeira an al possu i gan ch os retrorsos desde o ú ltim o raio n ão-ram ificado até o q u in to, sétim o ou décim o raio ram ificado, situ ados n a região póstero-lateral do segu n do ram o, u m a dois gan ch os por segm en to de raio. Em u m ú n ico espécim e de 32,4 m m CP (MCP 40087), os gan ch os esten dem -se até o décim o oitavo raio ram i-ficado, sen do desen volvidos até o sétim o raio ram ii-ficado, tor-n ator-n do-se, a partir deste raio, dim itor-n u tos, escassos e represetor-n ta-dos por protu berân cias. Nadadeiras pélvicas possu em gan ch os retrorsos situ ados desde o prim eiro raio n ão-ram ificado ao pe-n ú ltim o raio ram ificado, dispostos, m edialm epe-n te, pe-n o prim eiro e segu n do ram os, u m ou dois gan ch os por segm en to. Gan ch os n as n adadeiras p eitorais p resen tes som en te n o m aior m ach o exam in ado (34,0 m m CP). Estão dispostos n a m argem dorsal do p rim eiro e segu n do raios ram ificados, u m a três gan ch os por segm en to. As fêm eas são m ais altas e apresen tam a m an -ch a u m eral m ais escu ra q u e a dos m a-ch os, com a região in ferior situ ada sobre as escam as da lin h a lateral, n ão a u ltrapassan -do. Em u m ú n ico espécim e (IEPA 2340), a m an ch a u m eral é escu ra n o lado esq u erdo e clara n o direito. Nos m ach os, a m an -ch a u m eral é m ais clara e atin ge a p arte su p erior da escam a im ediatam en te abaixo da lin h a lateral, situ ada en tre a sétim a e oitava escam a da lin h a lateral. A m an ch a do pedú n cu lo cau dal é m ais clara n os m ach os. Mach os com dim in u tas papilas em form a de gan ch o ao lon go da região m edian a do m en to.

Distribu ição. Sistem a do rio Aragu ari, Estado do Am apá, Brasil.

Etim ologia. O n om e esp ecífico apletostigm a, d o grego apletos (im en sa) e stigm a (m arca) é dado em referên cia à gran de m an ch a u m eral, característica da espécie.

Dados Am bien tais. Os espécim es u tilizados n a presen te descrição foram am ostrados prin cipalm en te n as m argen s dos can ais prin cipais de rios de pou ca corren teza e com fu n do de folh iço, próxim o às desem bocadu ras de pequ en os igarapés tem

-porários. Na localidade-tipo (rio San to An tôn io), os espécim es foram coletados em águ a com tem peratu ra de 24,5ºC e pH 5,17. Nos igarap és tem p orários den tro da m ata, q u e ap arecem so-m en te n o período de ch u vas (dezeso-m bro a ju lh o), os espéciso-m es foram captu rados em locais com profu n didade m áxim a de 0,5 m e fu n do de areia.

AGRADECIMENTOS

A Scott Sch aefer (AMNH), Mark Sabaj (ANSP), Jon ath an Arm b ru st er (AUM ), An n e-M a rie H in e e Ja m es M a cLa in e (BMNH), David Catan ia (CAS), Mary An n e Rogers (FMNH), Karsten Hartel (MCZ), Pau lo Bu ku p (MNRJ), Osvaldo Oyakawa (MZUSP), Helm u t Wellen d orf (NMW ), Erlin g Holm e Marty Rou se (ROM), Rich ard Vari (USNM), Han s-Joach im Paep ke e Peter Bartsch (ZMB) p elo em p réstim o d e m aterial d u ran te a revisão do gên ero. A Lu iz R. Malabarba pela an álise do h olótipo de Phenacogasterpectinatus. A Carlos Alberto Lu cen a, Lu iz R. Malabarba e aos dois con su ltores an ôn im os pela leitu ra crítica do m an u scrito. A José Pezzi p ela fotografia d os tip os. Ap oio Fin an ceiro: Con servação In tern acion al (CI-Brasil), do Global Con servation Fu n d e da Fu n dação Gordon e Betty Moore, em con ju n to com IBAMA-AP e Govern o do Estado do Am apá.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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FINK, W.L. & S.H. WEITZMAN. 1974. Th e so-called Ch eirodon tin fish es o f Cen t ral Am erica wit h d escrip t io n s o f t wo n ew sp ecies (Pisces: Ch aracid ae). Sm ith so n ian Co n tribu tio n s toZo o lo gy (172): 1-46.

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Referências

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