..
...
...
-FUNDAÇAO GETOLIO VAR AS
INSTITUTO SUPERIOR DE ESTUDOS E PES
ISAS PSICOSSOCIAIS
CENTRO DE POS-GRAOUAÇAO EM SICOLOGIA
ESTUVO COMPARATIVO VAS
ATI
UVES VOS
JOVENS
EM RELAÇÃO AO CA
AMENTO
FRANCESCA MINERVI I
BASSANI
FGV/ISOP/CPGP
Praia de Botafogo, 190 - sala 1108
Rio de Janeiro - Br sil
•
rUNDAçAO G[TOLIO VARGAS
INSTITUTO SUPERIOR DE ESTUDOS E PESQUISAS PSICOSSOCIAIS
CENTRO DE POS-GRADUAÇAO EM PSICOLOGIA
ESTlIVO COMPARATIVO VAS ATlTlIVES VOS JOVENS EM RELAÇIiO AO CASAMENTO
FRANCESCA MINERVINI BASSANI
Dissertação submetida como requisito parcial para
obtenção do grau de
MESTRE EM PSICOLOG IA
à meu
paJ...6,
de que," Jl.oube.i.
rnome.nto.6 de.
calt..i.-Ilho e. de.d.<.cação e
que ,
.6abe.ndo
do
⦅セ@ セァGANセ
iセ \N」。、o@
セ。@
plt.o6.t.6.6.t
nat, Hao
em
d.<.v.i.d,
It. coma
rn.tl!ha calt.lt.e.tlt.a
.6 e.
.i.rnpolt.talt.am
me..6ma
o
meu
a-molt.;
pIt.Opolt.c.i.onando, a.inda,
.6U-polt.t.e emoc.i.onal
ã.
It.eal.i.zação do
(flauafho .-pOIt.
.telt.e./n me.levado a
complt.ee.n-セ。ッ@
do
uM.ivelt.60 d06jove.,t.6,
6olt.-'/{' cI' lIdu cセイサGュセ ャャHオV@ palla o
e.ótudo ,
A G R A D E C I M E N TOS
A
Profa . ELIOA SIGELMAN, orlent!
dora da tese. pelo estl'mulo.
in-teresse e carinho com que me ari
entou durante a fase de
elabora-ção do traba
1ho.
A
Profa . LUCIA MONTEIRO
FERNAN--DES. pelas valiosas sugestões
o-ferecidas no aspecto
metodológi-co.
Ao Prof. FRANCO LO PRESTI SEMIN E
RIO, pelo incentivo continuo
e
todas as oportunidades
concedi--das no decorrer do Mestrado .
Aos Psicólogos do ISOP, KILDA 00
NASCIMENTO MONTEIRO, YARA SILVEI
RA FARIA e a Bibliotecária FLORI
PES CASTILHO SALZANO, pelo apolo
sempre pre sente.
A Profa . MONIQUE ROSE AIMEE
AU-GRAS.
pelo incentivo.
A DIREÇAO DAS ESCOLAS e da UNI
VERSIDADE envolvidas na pesqui
-sa na pessoa de seus Diretores,
por terem permitido a
ilart;c;pa-çao de seus alunos neste estudo.
-A
Prola.
MTRIAM DE · SOUZA RIBEIRO
que com ge ntil eza e ca rinho fez
a revisão do texto.
A todos que de alguma forma con
-tribuiram para a real ização
des-te estudo .
-RESU M O
Esll.! lrnh,liho teve por objC't i vo um estudo com pilrati_vo
das atitudes de jovens estudantes, do segundo grau c universiti
rios em イ」ャ。セッ@ ao casamento . . Justifica o presente trabalho as
transformações sociais em cu r so que es t ão provocando mudanças
sig nificativ as na esfera do casame nto e a ゥューッイエセョ」ゥ。@ de que se
reveste o mesmo oao 50 dentro do corpo social, como para os
10-divíduos em si.
Foram escolhidas duas escolas de 29 grau uma da zona
Norte e outra da zona Sul (escolas particulares) e , a Un
iversi-da de Federal do Rio de Janeiro . Contou-se com 120 sujeitos . 60
alunos do 39 ano do 29 g rau e 60 alunos universitários.
As hipóteses levanta das no estudo foram testadas atra
vcs de um instrumento elaborado pela autora da pesquisa ,
cons--tUlldo 25 ーイッーッウゥセ・ウ@ referentes as 。エゥエオ、セウ@ dos jovens em
rcla-çao ao casamento.
o
tratamento estatístico utilizado no estudo foi aProva (qui-(IUadrado) , tendo sido f i xa do o n
í
ve I designifi--」セョ」 ゥ。@ 0 . 05, lla r a t este das Ilip 5lcscS .
A anilise dos resultad os demonstrou uma relaçio signi
f icativa entre escolaridade c alilude cnl イ・ャ。セッ@ ao casamento
mos na o pode r evelar existência de associação entre as
va-rlavCls idade , sexo e zona de moradia com a variivel casamento.
vi
SUNMARY
'1'11(> objcctivc of the rl-escot セZャエオ、ケ@ was to compare aC-tituúcs low;Jrd lUarríagc uctwc .... n ァイGZjャェャャGャエャセ、@ and lIigh-school
stu-dcnts . The justi [ic3cion fOl" the dcveloprncnt of this research
lies Oll tlle suei.::!l trallsform:tLions of 1l1w:.adays concerning
rJ.:lge that seem to lco.u to signific ;::ant s cha n gings in tbe
ma r
-field
aod 011 che importance of that institution for socicty as well
for individuaIs themselves .
Te wcre choscn tWQ hi セィMウ」ィッッャウN@ ooe ar the North
5i-de of Rio 5i-de Janeiro city, aod oche r aC the South (private
5clloo l s) , ond the Federal Univcrsity af Rio de Janeiro. The
to-tal af subjccts was 120 students:
de af high-school and 60 graduated
60 cnrollcd in tlle third gr!
stude nts.
The hypothesis were verified through an atti t ude
SCA-l e dcveSCA-lopped for the purpose s of tSCA-lSCA-le stu dy with
referrcd to セエエゥエオ、・ウ@ toward marriage.
25 propositions
The qui - square test of ィケーッエィLセウゥウ@ was used to proceed
lO lhe statisticnl analy sis fix ed at thoe significance levei of
0 . 05.
rhe re su lts 113ve shown a significant relationship
hl' lwl ' I'1l II'vl'l ur QiQGィーャjャゥャャセL@ 11I1d IIlti tl ldt':1 lnwllr<1 nlllrrillg(' , buL
it Llillcd to shuw sig niCi ca nt rl..'l aliulllihip as to age , scx and
-TNDICE
Agrade c imentos --- iv
Resumo --- - --- V1 Sunlmary - - - - --- Vll PÃC CAPITULO 1: O PROBLEMA ---- - --- - --- 01
- IN1'RODUÇÃO - - ---- - --- 01
- oセjetivo@ DO ES1' UUU - - --- 05
- lMPORTKNClA DO ESTUDO 06 - DELIMITAÇÃO DO ESTUDO -- --- 06
- HIPÚTESE --- - - --- - - --- 07
- DEFINIÇÃO DE TERMOS --- - -- - --- 08
CAPITULO 11: FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA ---- -- --- -- - -
09CAPITULO 111: REVISÃO DE LITERATURA --- - --- 19
- PESQU1SAS EMPIRICAS --- - 19
- PEQUENO ESBOÇO DO PROCESSO DE EVOLUÇÃO DO CASAMEN1'O - --- -- --- - - - -- --- - --- -- -- - 29
CAPTTULO lV: MEl'QDOl.OC1A - --- - --- 39
- SUJEITOS ---- - - -- --- - --- 39
PÁG
CAPIT UL O V : RESULTADOS, CONCL USÕES . RECOt-IENDAÇÕ,ES - --- - - 44
- RESULTADOS
- CONCLUSÕE S
44 48 - RECOMENDAÇÕES --- --- - --- - --- -- 5 2
iサefeャ、セncias@ 1I 1111.10GI{ÃF I CAS 5)
LISTA DE TABELAS
p
li
GTABELAS
I 44
I I 45
111 46
CPPfTULO
o
PROBLEMA'1 NTROOUÇM
Na Gltima metade do siculo, ocorreram エイ。ョウヲッイュ。セ・ウ@
co nsideráveis no tocante ao s valores. (:ostumes e princípios ュセ@
r31S que afetaram sobremaneira os ー。、イセ・ウ@ ・」ッョセュゥ」ッウN@ sociais
e éticos. Estas ュッ、ゥヲゥ」。セ・ウ@ refletirllm- se , de forma
accntua-da, na esfera das relações íntimas hum':lnas, namoro e casamento.
A ウオ」 ゥ 」、。、セ@ ュッj・イ ャャセN@ plena de conflitos e ambigUidades, le vou
a uma preocupaçao, por parte dos estudiosos de várias áreas das
Ciências Sociais. a respeito do tema, dando margem a um numero
considerável de pesquisas .
A mulher como força de trabalho , o apcrfeiçoamenLo
dos métodos contraceptivos. os novos p'!ldrões econômicos . bem
como a mobilidad e geog ráfica foram res lPo nsáveis pelo surgimen-to de uma nova pauta de conduta.
As crenças e moralidades que formavam as atitudes ーセ@
ra com o namoro c c asamento rcvclar.,m-se inadequada s gerando
mGltiplos questionamentos .
.-CO"'O セ@ CU IIVC111C11 C I;t d.:t c<lstidtluc prc-coIlJU-
-
.
gal , inova çocs conjuga i s (casamento aberto, casamento de grupo
e e t c) foram levantadas.
2.
'::11101111'::1 e .::l fall.::l de absolutismo mor.::d predominam. Isto faz com
que algumas pessoas co nsidere m os 」oャャ」 ャ セゥエッウ@ tradicionais de fa -mflia e casamento ultrapassados HmオイウエャセゥョL@ B., 197 8 , V.I, p.2).
De fato, com .1 in dependência eco nom lca da mulher e a
possibilidade de ter filhos apenas quando desejados, passou a
ser dispens5vel .::1 estrutura familiar tradicional. Do ponto de
vista prático, são viávei s outras for nas de existir tanto para
homens como para as mulheres (Gikovatc. F, lY82. p . l08).
Uma boa parte dos motivos que levavam os indivfduos a se ('asaf('1It prati(',lll1('nt(' irH'xisll' IU nos "li,l s .1tu'li s , como por
e-xemplo: os papeis economlCOS compleme ntares; pressoes reli
gio-!ias l! sexuais.
U cas.::lmcnlo , como .::Issiu.::li.::l (l'Iurstcin. 11. o p. cit , V. ITr, p. 161), vem passando por um processo de cvoluçio para o qual fatores como a modificaçio da ーッウゥセッ@ socia l da mulher; as mud a nça s de expectativas com relação ao casamen to; a nova ーッウエセ@
ra em relação ao sexo e o advento do casame nto por interesse s in dividuais em detrimento dos insti tuciol;lais tiveram uma contri
-buitio importante. Es te processo de ・セッャオ ̄ッ@ engendrou modifi-caçoes substanciais no tocante aos objetivos c expectativas em
lo rno do rrrt'srrru.
Do casamen t o , com u o lljctivo de procrlaçao, consolida çao de alianças de parentesco e pOlfti,:as , partiu-se para unioes "por amor". Ilouve uma diminuição de i.nfluência da família e ou
tras ゥョセエゥエオゥセ・エゥ@ no tocante
a
cscu lll ;1 do parcclro cOllju gal.3.
je em dia , elas sao bem maiores. 1s to porque, ante riormente, o
t:US':lIuellto cr'l CUI grande part e um;] função d;] [.:!míl(a am pliada ou
realizado devido a pressoes societárias., não desempenhando graE. de pape I na vida emocional dos indivíduos , p01S a pessoa tinha diversas fontes de contacto íntimo afora o companheiro : a famí-lia ampfamí-liada, seus pares e a vizinhança. Hoje em dia , a ッーッイエセ@
nidade de co n tacto contínuo e de proximidade emocional e restri
ta ao companllciro.
Mas , oao se pode falar em mudanças no casamento sem f!
lar em família. E as mudanças ocor rida s na instituição 」。ウ。ュ・セ@
Lu tiveram comu l'puno de [undo" as mudal1 ças ocorridas na
famí-lia . Esta, que outrora fora uma instituição forte , com as traos
formações soc iais aceleradas V1U muitas de suas funções
reduzi-das em resposta is novas ・クゥァセョ」ゥ。ウ@ sociais (tais como educa ti-va, ・」ッョセュ ゥ」。L@ etc) .
A intensa mobilidade geogrãfic:a e social foi respons! vei pelo 。ヲイッオクセャiョ・ャQエッ@ dos laços familiares.
A família na sociedade complexa que vivenciamos
dei-xou de se r agente excl llsivo na f ormação da per sonalidade do su-jeito . Ela divide com outros grupos este papel socializador , 」セ@
mo uセc{| ャャャ GZャ@ セGGZャイセ。イ・エィ@ セA」。j@ (JY71) . U in divíduo , desle motlo, ーオセ@
5a a ter mais de um grupo de referência para a formação de suas alitudes .
Medina, citando Van der Berg (1965) , coloca que
/,
.
cuja pu16ação
e.ncontltávamoó
110talt.,
lia Jtua, emtoda a
comUlú.dade. .
Aó Jte.laçõeó cOlljugai.óóaú.am
paJt.te inte glt.at!.te. de uma comullidade bemmai.ó amp.l.a·,
Hoje,cadã
6am2.t.i.a, conót.i.tu.i.
.óeupJtôplt.i.o
pequeno mundo.óe.paltado
do
Iteótoda
óocú!.dade,dotado
de óeuópltÓplt.i.oó
contlto le.ó e,alando 6tla pJtôpJtia
linguagem" ,Por sua vez, o indivíduo participa de vários mundos
socia is, decorrendo daí múltiplos grupos de ref e rências, com
pautas normativas c valorativas proprlas que podem se converter
-
.
em demandas de comportamentos que se lhe apresentam Como 。ョエ。ァセ@
nicas .
Shcrif (1968, p. 89) diz
"Na
med.i.da
em que o.i.l1divIduo iI1.tVt.i.olt.i.za
aó nOJtma..ó de ,H .. UóVãli .i.oó
gJtupoó de iゥャANHャiエセiA」NNゥ。@ I oCOllót.i...tO
ea
cOtllltad.i.ção
deóóaó HoJtma6 ・エセ ̄ッ@ expeJtimentado.ócomo
umCOlló.l.i.tO pe..óóoal".
Margareth Mead (1971) afirma que a geraçao de hoje a2.
-qUlre novos estímulos de comportamentos baseados em sua propr1a
-
.
experiência. A condu ta do jovem seria calcada no modelo de com
portamento de seus pare s . Assim sendo, ela seria totalmente dis
tinta da de seus pais que, por slla vez, Ilao teriam mais condi
-çoes de proporcionar a seus (ilhas modelos de ação apropriados
-
-li StHI epoca .
Dizer, que o jovem tem Cll]lIlCida de de filtrar os mode
los de conduta fornecido por se us pais redefinindo-os nao
-fica Ilipotetizar que tudo seri contes tado . Até mesmo porque e
inadmissível a hipótese de um rompimento total com os modelos
fornecidos pelos pais.
5 .
o
qUl' podcr5 ocorrer e que ao se defrontar commode-los de ação divergentes acerco do mesmo tema, o jovem pode ゥョエセ@
riurizar c se identificar simultaneamen t e com ambas as
perspec-tivas e daí advir a opçao por infringir ou não o modelo normati
vo paterno em favor do fornecido pelos amigos, o que não
signi-fica a superação das contradições.
HcporLando n Ber/',cr e 1.1Lt'krnnn (1983, p. 224-225)
"Plle.6UIU-iveimel1.te t.odo.6
06 Itomenó. umavez óoc-iai-izad06,
.6ão po.tetlc-iai.6 t.ltaidolte6
deói
l1Ie.6mo.6 .O pltobiema
in-t.eltno
de.ó.6a .tlta-iç.ão
t.oltlla-óe . poltem.muLto ma..i.ó compii
cado
.6eacaltlteta adcmaió o pllobfema
de6abelt
Qia1.
eu
eótã óe.tldo
t.lLaZdo
emalgum momento de.telLm..i.llado
. .. )
(ojovem) tlt.a..i.
6eu
glt.upo
depalte6 ao
6elt
ume6t.udan.te qua
ditado,
e
06 pa..i.6 quando
Itoubaum automóvei, havendo
em
ambo6
06c.a606
COflc.om..i.tall.te.tILa.i..ção a
ó..i. meómo.na.
mecLi.da
emque
óe idel1.t..i.6..i.cou comdoi6
mUfldo.6 」lゥNV」Nッャエ、。ャQMセ@.te6
11 •Neste sentido , o presente trabalho pretendeu verificar
qua1s seriam as atitudes dos jovens, nos nossos dias, frente ao
namoro e casamento, enquanto vivenciam um pluralismo de nor mas
advindo das エイ。ョウヲッイュ。セ・ウ@ sociais em curso e o nde o que foi so
cializado e questionado nas イ・ャ。セ・ウ@ que se estabelecem cujas
formações podem ter partido de outras perspectivas e com outros
me lo::>, gcr':llIu u t.:un[litos.
OBJE TIVO DO ESTUDO
o trabalho teve por objetivo um estudo comparativo das
atitudes de jovens estudantes, do segundo gra u e universitários,
6.
IMPORTANCIA 00 ESTUDO
o
casamento como ゥョウエゥエオゥセッ@ social vem sofrendo umprocesso acelerado de transformações. Deste modo , justificam-se
ッセ@ estudos relativos ao tema, principallnente aqueles que
procu-r c m idcnti fic.1f .:l postura dos ャッカ・ョセ@ ヲイ H セョエ・@ a estas mudanças , dE.
do a importincia de que reveste o casamen t o nao 50 dentro do Co...lI"pU セッ」ゥ[Niャ N@ como par':l os inoivlulIos I!In si .
A este respeito Bcrgcr c Kcllncr dizem:
"Palia
nô.6 o ca.6ament a o capa ,
GセャiエャゥN・N@to da./.)
dÓ60ltmaó de.
aóóoc.i.ação
eH.tlte.
.i..ndi.v1.duoó
adtd ..
.to-6
e.m
1106.6a óDcieda.-de, um tU!)lVl plt..i.v.i..te9 Lado e wi'lapOóição
ã
pa1i.,te nae.-d.i.6.icação
d06 valolLeóque
dão
6tn .ti.doao mundo
que.
no
óe.nvolve .
Em
outlLOó Nエ・NャlュッセB@o caóame.nto
セ@uma
e.x-pelfic'IlIc.i.o.cltuc.i.al,
enquanto
úló -t!LUmentoda
COtt.6t.itu.i-çiodo nomo.6 no
.6e.ioda .6oc.ie(lade"
(1964, p_ 5).Considerando -se, ainda, que no Brasil hi poucos
estu-dos sobre o tema casamento e p l-inc ipalmE!n t c Com jovens ,
sentiu-se a nece ssidade de enfoci-lo nesta pe squ isa; visando uma
con-エイゥ「オゥセッ@ nao so para o campo da Psicologia Social e
Educacio-11111, mns, llllllbém, p:lrôl 11 So('io]ogill c AlIlropologln.
DElIMITAÇAO DO ESTUDO
Esse estudo limitou-se a dois grupos de estudantes
universitirios e de segundo g rau, de duas セイ・。ウ@ residenciais do
Rio de Jan ei ro - zona norte e sul .
o
instrumento utilizado naa-7.
plicado. Tais fatos podem V1T 3 se r limitações potenciais do
pr, '!l l'lIll' I)" ah:!lll!!.
HI'O TESE SUBSTANTIVA
A pesquisa partiu do pressuposto de que haveria
dife-rcnças de atitudes em relação no casamento quanto ao nível de
cscoL.l riu:Jd c, sexo dos sujeitos , zona de residência c idade.
A partir daí, levantou-se as seguintes hipóteses:
Hl - hセ@ diferença significativa entre o nível de esco
laridade do sujeito c a atitude com Te lação ao
ca samento.
H - Não hi diferença significativa entre o nível de
o
escolar idad e do sujeito e li atitude com relação
.10 c aS.:lrn c nto.
11 2 - 113 diferença significativa entre o sexo do suje!
t o e il atitude com relação ao casamento .
H -o nセッ@ hi diferença significativa cntre sexo do
su-jcilo l' a :lliLuul' com rcl.çlio no CllHIlI1lC nto.
11 ) - 115 dircrcnçll s i Rniri ca tivn nas ati tude s com rela
çao 30 casamento entre jovens moradores na zona
sul c juven s mor;Jt!orcs na zon;J llorle .
1I o - nセッ@ h5 diferença sig nific ativa nas atitudes com
8 .
コッョセ@ sul (' jovens ュッイセ、ッョ セ ウ@ na zona norte.
11 q - Há dif,,-'rcnça signific.:ltiva Ila ati.tude em relação
.:1.0 」。ウセュ」ョエッ@ no que se re fere a idade.
11 - Nãu há 、ゥヲ・イ・ョセ@ signiCic;ltiva na atitude em
re-o
lação ao casamento no que se refere a idade .
DE FI NI ÇA D DE TE RMOS
De セ」ッイ、ッ@ com os objet i vos deste estudo definiu - se os
lermos utilizados da seguinte forma:
Atitude:
" uma
oli,gltl'l.tzação dUfladoulla de Cllença!! e CO!)II.tcôeó em!)e.lLai , dotada
decaJt!)a a6et.<.va pilá
ou contJtaum
obje-to -óoc.<.al de6.<.nido , que. pJte.d.i-ópôe. a uma ação
COe.IL(Ulte. c.om aóc.ogniç.õe-ó
e
a6e.toó It.e.irut.i.vo-ó
a
e.,óte. objeto "irッ、セNゥNァB・N L@
A., 1976 ,
p . 4111.Casamento:
" União
óe.xuaf óoc.<.afmente.fegZ .t.ima , inic.<.ada
comanun
cio público
e.
e.mplle.et1dida
comCe.lLta
.t/lte.nção de.
ーvエュセ@nênc..i.a;
é
in'<'c..i.ada
comcontllato
de.
ca,óame./lto mai,ó
ou
men06
e.xplZcito .
que. de..telLm.ina Mlte.itoó
e.oblLigaçôe.,ó
lie.CZpliOCOó
entJte.oó
c5I'1ju!)e.ó,
e e.'ltlLe
oócÕ'ljugeó
e
ó e.uó 6utuILoó6i
C'106 li (Ste.p(lelló. W. N.,Apud
MUlt.óte.in ,6.
9.
CAPITULO II
FUNOAMENT Açao TEOAICA
o pn'Sl'ntl' tr:Jh:llho i セs ャG[@ fllnd:lrncntado na ー・イセー・」エゥカ←ャ@
da sociologia do conhecimento de Bcrge: e Luckmann e Bergerl
Kellncr tendo como ponto central a col( cação do homem como ser
social e partrcipe contrnuo da dialitica da sociedade , na
-qual ele se produz e que por sua açao no social t orna -se ca-paz de transformá-la.
o hULlH.'111 セ@ um Sl'r '111(' só (!<'s('uvolvc S II .1.S
potcncinlida-、セウ@ 11 0 meio social c, assim, RLla pcrsollalidade global deve, ウ・ セ@
prc, ser entendida no contexto so c ial Hセ@ históri c o que a
produ--ziu c que vni propiciar cstabi lid ndc
n
sua condu ta .A sociedade
é
u ma realidade ao mesmo tempo objetivae subjetiva e deve ser entendida como um processo dialético
co mposto de tres momentos: extereoriz lção, objetivação e inte-riori zuçüo.
o
indivfduo exteriorizn ウセオ@ pr6prio ser no mundo social e interioriza este último como ャセ・。ャゥ、。、・@ objetiva de for lua simult;nea (Berger e Luckmal1n , 1976 : p. 173).Este ml1ndo SOCióll, C visto pelo suje ito como dado,
como verdadeiro , tant o para ele, quanto para quem os rodeia.
Sobre isto Berger diz
V
IIltuHfoda
viria co tirliallll ャi ̄ セ L@ 6mnC'llt"P
_tomado
como
umaIt.e.al-i.dade.
celt.ta.pefoó tne.mblt.oó olt.d-i.tlalt-i.oó da $oc-i.e.
dade. na
conduta オ「ェ・NエNゥNカ。ュ・Nイiセセ・N@dotada de. óe.l1t.i.do que
únplL-i.mem
em6ua6 v.i.daó, ma.ó
Lセ@um mundo que.
6e.
olt.i.g-i.ua.
no
penóame.ntoe.
na. açio d06 home.116 comunó, óendo a6-i.1t
-10.
Ocnl'rl' que clda socicd;l(1e Ll'l11 .:l slIa (arma de definir
a realidade , tem a sua própria linguagem de onde セ、カ←ュ@ todo um
sis tclIl<J de estereótipos quc j.:í cncontr':IIIl OS construldo e que
.
-
110 indivíduo. E s エセᄋ@8istc-;IS (' x1H' r I ('n(' I a s
ma vem a cons t ituir um patrim;nio para todos os componentes da
soc iedade e por isto adquire um carater de objetividade .
A r ealidade da vida cotidiana se torna de fato
obje-tiva 。エイ。カセウ@ da ゥョエ・イ。セッ@ com os "outros" na ウゥエオ。セッ@ face a
face. As nossas açoes ウセッ@ orientadas ao que podemos antecipar
qU(' sej<JIII as aç.ocs dos outros c ;leredi tmmos que e l {' s r<lçam o
mesmo co nosco. Assim sendo , apreendemoti o "outro" por meio de
Dsquenlas tipificadores .
nA
・セエセオエオセ。@ セッ」ゥ。ャ@i
a
セッュ。@ 、・セセ。V@tipi6icaç5e6
e
、ッセ@ ー。、セ・NV@ セ・」ッセセ・ャQエ・セ@
da
ゥャMhセ・jエ。N ̄ッ@ ・セNエ。「・ャ・」ゥ、。セ@pOli.
tne.io
de.ia.ó "
(1 b.ide.m: }J .S 2
J •o
mundo queé
experime nt ado , pelo sujeito como realidada objetiva e um mundo illstitucional .
A institucionnlizaç;o e decorrente da エゥーゥヲゥ」。セッ@ das
açoes habituais por parte dos atores. Deste modo, qualquer ti
pificação e uma insti t uição . No momente, que uma determinada ti
pificação se di num contexto de conhecinlentos comuns a um gru
-po, temos os papéis.
Os ー。ーセゥウ@ sao r epresentativos de uma dada ordem
so-c i aI . aエイ。カセウ@ dos ー。ーセゥウ@ o indivfdll o a tu a no mundo soc i al E
•
ao inter i orizar estes ーゥQーセゥウL@ este mesmo mundo torna-se re a 1
11.
l)ur;llllt' (J prOCI' S SIi til' soci;11 j z IÇ:11l , no decorrer de
$U;J vida ,
°
indivíduo V.LII tumando cunlllclo com 。セ@ norm;j$ c va-101'cs d ... sociedadc em que Vlve. A f:1mí.1 i.1 ellcnrrega-sc de tr.1llSmitir os modelos sociais , pl'ep,1r;lndo-o pnra o desempenho dos ーセ@
péis que lhes serão conferidos.
"C om a ide.n;U .. óicaç.ão com 0.6 C «tltO.6 .6igni6-<.c.a-t-<.vo.6 1 no )HOCe.ó.60 de. .6oc.iafização plt.i.ll1ãJUa, a cltianç.a
inte.ltio-Itiza oó papi-i..6 e. セT@ atitude-ó toJtnal!do-oó óe.uó ,
cltian-do aóóim , o .6e.u mundo" {Ibidem, p,
176) .
-
.responS.1vC'ls sc rv(!m como mediadores
Os pnlS ou ent re
a crlança (' .LI realidade $ocial objetiv11. Torna-se claro , que
<I depender da lo cal izaç.io ni. cstruturn soci.11 c de sua proprla
-
.
biografia estes mediadores transmitem aspectos específicos da
I'cal idade ubjctiv.LI u que define a pusição d ;:! c rl ança no mundo conferindo , ainda, peculiaridades a suセi@ personalidade em forma-çao ,
Na socializaç;o prlmarla encontramos ウゥエオ。セ・ウ@ de a
-prcndizagem cognitivo que envo lvem emotiv idade devido a ャゥ ァ。セッ@
da criança com os I'outros significativos!! . Entretanto , esta
se faz necessária, p01S facilita
°
pro(:esso que leva a aqulSl --ção de ャiュセQ@ ide ntida de singul:lr Jllll" p:lI"tc til! mesrn.a .エOャ^GZᅵャャ セ@ um iJflOCC6.6V dinfr(i('lI de i.d(' I!t .i6i.caç.iio ー・・ッセ@
outlLOó e. auto-ide./It..i.6 i.c.ação, de. ide. ntidade
objet.iva.--ュセセエイ@ dada セ@ -óubjetivame.ntc 。ーセッーTMゥN。N、。L@ 110 qual o in
-div2duo de6ine. -ó«a po-ó<.ção 、セセエQNエセッ@ da It.ealidade
60-」セ。c@
IId .
セ「セ、N@ p.771.
l2 .
tribuiclo; o que leva diferentes mediadores a エイNZQョセュゥエゥイ・ュ@ dife
rentes visões do mundo .
o
que セ@ interiorizado pelo sujeito, na ウッ」ゥ。ャ ゥコ。 セッ@primária, dependente de sexo e idade,
é
pré-determinadosocial-mente.
Os pa péi s e atitudes ゥョエ・イゥッイセコ。、ッウ@ pela cnança
ad-qUlrem , pouco a pouco, o caráter de 。「ウエイ。セッ[@ genera lizand
o-se a todas as p('ssoas.
"Eóta abó.tlLaçã:o doó
papê,ü e.
at-i.tudeó doóOU..tILOÓ
ó-ig-t1-i6-icat-ivoó
cot1ClLe.toóê
clta rl1ada O outlLO gene.lLai-izado"(ld' p. 1781.
セ@ a interiorizaçio do outro generalizado que possib!
lita a criança tornar-se um componente da soc i edade dotado de
uma personalidade singu lar e com um mundo próprio.
Na socialização secundária este mundo
é
ampliadogra-dativamente abrangendo a interiorização das instituições
$0-ciais.
rrA óocial-izaçã:o ・」オョ、セャlゥ。@
i
a -intenionizaçã:o de. "óu.bmu.l1doó rr
-it1ót-i.tUC-iOI1MÓ
ou ba..ó e.adoóem Útó.t-i.tu-içôeó.
A
exte.nóão
e.
canã.teJtdeó.te.ó
óão pOlLtall .to detelLm-inadoópe.
ra
compf(1xi.dade da divióno do ,tJlabalflo {I. aCOllcom-i.tail
t.e.
d.ü tJübu.i.ção óocia f. doCOtl/le.c-ime.t1to
rr (lb-ide.m . ーセ@IHI.
Assim sendo , a socialização secundiria insere o
\
13.
f:ll\l qll\' \']a 1;1111[, ;'UI l"I'V;l] ida illll·rIOriz. ;I'illl'S da soci .llizaç';u ーイセ@
m:í l"i :1 dt'1H'lltll'lllt' do S,'X\) " ti;] itladl." do illtlivíduo , fluer seja pc
-los agentes il\s tituc ionai s 0 11 grupo de iguais.
A socialização secundária ca ract e riza-se por
dispen-sar a ゥ、」ョエゥヲゥ」。セッ@ e a emotividade no processo de aprendizado comuns <I ウッ」ゥ。ャゥコ。セッ@ prirn5ria. As relações se estabelecem for
m:IJ llH • .'n le. A criança 11';0 prccis;J ler Vf ll cu l os afetivos com os
ap.' IIL l."S insli lll cion;lis. a i セュ@ dissu, l'USSUC II1 1l1CIIUr itlCvita b
ili-dadc que' os ronteúdos da' soci:l1 iZ.1Ç .l0 rrimiíri11.
"0
tom
da Ite.ati..dade do c.on(lec.t.rnell.to .t1!.teJt.i.olt.lza.do na.6oc.i.a.e.i.zaç.ão -óeculldált.i.a
é:
rniU .66ac.Limente
p06,tO e.n-iltepaltênte.ó.t6
1.i.6tO
ê,
o
<H.nti.mento l>ubje.t.i.vo
de.que.
e.l>-tal> i.nte.lti.ol/..i.zaçõe.ó úio
Ite.ai..óe
mai.ó
6ugi..ti.vo J •São
neceóóãlti.oó gltave.ó choqueó
no
CUlL-60da vi..da palLa
de-ói.ntegltalt a maci.ça lLeali.dade inteJti.oJti..zada na
PILi.me.i.-!ta i..n6âtlc.i.a.
E pltecióo mui.t,o
me./IO-6palta de.ó.t!tui.1t
aóIte.ai.i.dade.ó
i/LteJtiolti.zadaó ュ。lセ@talLde.
Alémd.i.óóo ,
é
Iteiati.vamentema ió 6ã.cii
anu.ialta It e.atida de daó
.tn.te-IL.tOIt.i.zaçõeó óecundá.ltiaó"!Ibide.m ,
p.190J.
Um [isーセ」エッ@ import.:tntC' ::J ser r,essa ltado c o fato do ho
mem Vlver em co n s tante dialitica com o mundo no qual ele vive.
Ao mesmo temp o que e tran sformado por este meio , e le também o
lrIJIlS[Ul"lIIa.
iiセ@ de ゥiilセイセウウ。ャBL@ /10 Ilrc scn l c es tudo, SiLuüçocs CIO
que oco rrem エイ。ョ ウヲッイュ 。セ・ウ@ em parcial da realidade subjetiva do
s ujeitu uu uc ul'Lcrlllinauos ZZjウーc セ lッウ@ uell s.
tfpicas na sociedade moderna e estao intimamente ligadas a mobi
•
lidade social do suje ito e ao treinamento profi ss ional.
dades modern.ls e flue elas n,lO 50 oferece m maiores opor
tunida--fdos na ウッ」 ゥ。ャゥコ。セッ@ p ri miria, bem como para antagonismos entre
as duas form3s de soci3iiz3ção .
"Em
nellhuma
out4a 60ciedade4 okielttaçio e
a açao na 4eaf..idade6oc.iaf.. depe.lldem
tãode.c.t6.ivame.nte
da60c..ia-f..i.zação
6e.cul1dá"li..t.a" (Luc.lvnal1l1, apud Gadame4e
Vogi eli. ,1977, p . /421.
No processo de. socゥセQQ@ ゥz [ャセッ@ secundár ia pode ocorrer
interiorizações que reforcem ou acrescentem novos elemen tos as
primirias, devido ao estabelccinLento de contato com outras
ins-títlLições definido rn s da re.11i(!a<!c.
o
contnto com essesou-tros significativos vai mostrar ao individuo novas opçoes em
te rmos de atitudes e comportamentos . Entretanto, caso estas se
a pre sentem co ntraditórias em relação as que foram
interioriza--das na socialização primária, poderão se converter em conflito
para o mesmo.
Cumpre ressaltar que, comumente , o mundo social ーイッ」セ@
ra melOS de conse rvação da realidade para manter certa simetria
entre a realidade objetiva c subjetiva 311tC ao fato da social
i-zaçao jantais ser completa ou mesmo perfeita e estando os conteu
dos interiorizados pelo individuo constantemente ameaçados face
1I delcrmiulLdlll'l situuÇÔCH vivcll(·i<ldas pelo mesmo, num mundo em
cons tante transformação .
Dependendo pois, da intensidade destas contradiç;cs ri
venciadas pelo individuo no mundo social , pode-se identificar
11
15.
Q!.: valores. 3S at it udes e .::IS diretrizes de
comporta--lnl'nto lUrn;ll11-SC (ouf lil;lnll's , Il'v;lllllu o illlli víduo a mobilizar
processos ーウゥ」ッャセcゥ」ッウ@ com o objetivo de minimizar seus efeitos
no eq uilíbrio da personalidade.
o individuo buscar; est ra t5gias de so luç io . Elc ーッ、セ@
ra resolver modificar a sua realidade ali as relaçõe s que mantém
com a mesma. /I. par dos meios mobil izados pelo próprio
indivt--duo, a sociedade, também, c riará meios específicos pnra. estas
si
tll:lÇÕ(':'; tidas cnrno ('ap;IZos ele co nduzir ao colrepso d.1 renlidade.
o pra ces!>;! de in g resso no C:lsamento começa, tambéll',nas
primeiras experiências de socialização . Ete será visto como ai
go ev i dente, dado, pleno de senL id o c como tal, parte
integrlln-te da realidade da vida cotidiana.
Desde cedo , sao imprimidos na criança seus deveres e
rccompC ll sas ao a ss umir o popel de Ilomem ou mulllcr. lsto
é,
criança é preparada para os papéis adultos de compromisso ou
noivado, de marido ou mulher, de paL ou mae . o jovem passa a
cotlsiderar como natural ser o casamento o estado apropriado pa
-ra todos os adultos.
o
casamento marca a transposiçio dos jovens para o esャセャ、ッ@ de adullos CO I" novos direitos e ッ「イゥァ。セ・ウ N@ Através do
\lH 'H I",' 11 1I\UIlt!O illlllilul'itlll:tl 11"',it i 11111 :I オ セ ャゥ[Qi@ dnll P:lI I' I'iro l1 .
NcSlc scnt ido, o C:lS,1lUcnlo
ué
um
、ッセ@ ーッオ」Nッセ@ iエNエエNッセ@ de pa66(tge.rnt.Jt.ad.tc..i..ot1a.l
que.
6ão a..i..nda
6.i..gl1.i..6.i..c.al1t.e.ópa.lLa. qua.óCl.. t.odo.6 0.6 me.mblto.ó
da.l6.
Deste modo, atraves da dramatizaçno do contexto
fami-nalizados pela represenlaçao de papéis, con (erindo ao
terminada posiçao (rente ao g rup o . A dramatização da
su jeito
d!:.
realidade
セ「ェ」エゥカ。 L@ atraves do papel representado, vem a constituir a re-produção dos valores sociais.
As transformações sociais em curso colaboraram para
que Ilouvessem algumas modificações na e fera do casamento, pOiS
veio a permitir uma nova postura do individuo frente ao mesmo.
A perspectiva da aboliç;o da segregaçao de papéis no
;mbito doméstico, com relações mais iMualitirias entre homem e
mu lher - divisão de tarefas no lar , in cl usive , em relação ao
suste nto familiar abriram nova s expectativas em relação ao casa
men to.
Por ou lro \;:Idu , a inlcn s,l mobilidade geog ráfica e
so-cial presente na sociedade atual, levam os indivíduos, isolados
ou n':l l.) , a romperem suas redes de relações ou a tê-las frouxas,
principalmente nos grandes centros urbanos. decorrendo por
con-sequê n ci a uma diversidade de normas soc iais e uma
pautas de 」ッューッ イエ。セ 」ャャャッウ N@ E
•
numa rede (rouxa devarlaçao
relações
de
com
normas diversificadas , t o rna- se muito difícil encontrar pautas
de comportllnll'nlos (IUC ICMirim,'lriío os paSSOs tomados.
Cada indivíduo te m necessidade de ser assegurado so
-brc iJ v:.llidadc deste mundo const ituido de maneira ativa e
per-manente. A validaçio seri de maior importincia se oriunda das
fa-l 7 .
111 i 1 i a r l' H • I'I' iv;ldo d,IS rl·la,-:õl'S 1"0111 OH I)ulros quI.! 1"t.';llmcntc lhell
s;o signiricéltivos o indivíduo cair;' n;1 anomla ,
"Todo Ã..udÃ..v:tduo ョ・」N・セNVᅢNNエ。@ -6elt, a-6.6egultado da validaç.ão
de .oeu mundo, útcluindo c.lLuc..talmen.te a validação de
-6ua identidade e lugalt neJte mUI,do,pelo-6 que lhe .6ao
lteafmen.te -6iglli6ic.aU..vo" {B /f.gelt, P. g Kelfnelt , H.,
op.cü. ,p.4J.
Assim sendo , o casamento viria a ocupar, atualmente
um lugar de destaque na vida do indivíduo, pois representaria
também , a busca de U11l outro signi[icativo ou , como afirma
Ber-ger e Kellner (op. cit . l,
"O
ca-6amento ocupaum
.6.tatu.6 plt.<.vilegiado na vafida -ção da.6 ltetaç5e.6 palta 0.6 aduflo.6 em nO.6.6a -6oc.<.edade"I
p.5
J •Num mundo conturbado de hoje que favorece a 、・ウー・イウセ@
nalização, a separação de laços familiares e a manutenção de ャセ@
ços de umizade
é
dificultada, a oportunidade de contatocOlltí-nuo e proximidade emocional seria mais cer ta com um compa nheiro.
o
casame nto permitiria a criação de um mundo a parteonde o indivrduo pode se sentir em casa , onde o indivfduo passa
u エセイ@ o seu mUIlclo.
"O
ca.oamentoê
obviamente -6omen.te. uma lLelação na qualo pltoce.6.60 de con-õ.tlLução do nomo.6 tem tugalL ( ... 1.
t
na ba-õe do ca.oamen.to que, pall!a muÃ..to.6 adu.l.to.6 em
no.6-.0(1 -6oc.ú!. dade a eó6eJta pltivada
ê
c.ollótltu:tda " (1bidem,p. 2
e
5 J •\
\ 18.
duo a necessidade de uma esfera privada, Via casame nto, ela
ap re senta ao indivíduo uma variedade de outras alternativas que
19.
CAPfTULO I I I
REVISAO OE LITERATURA
Este cap itulo subdivide-se em duas seçoes . Na ーイセュ・ャM
-
.
empl.rlCaS muis r ecen tes sobre
ra se encontra as pesquLsas o te
ma do casamento; na segunda , um pequeno osb aço do processo de
・カッャオセッ@ do casame nto.
PESqUISAS EMPIRICAS
Os estudos recentes sob re ns セ lエゥエオ、」ウ@ dos jovens em
rclaçno ao C,lS;1mcnto tem se conccntr.1do mais, em cres aspectos:
os papiis sexuais no casamento, as ・クーlイゥセョ」ゥ。ウ@ ウ・セオ。ゥウ@ p
re-ma ritais e extrare-maritais, as expcctativms em relaçio ao casa
-mento (o senti-mento de amor e o casa-mento, etc) .
Long, B. (1983) realizou uma pesqulsa com estudantes
femini nas sol ceiras na faixa et;ria de 17 a 23 anos da Sm31l
Libcrnl Ares ColIcAC, sobre a sua ravorabilidadc ou nao em
Ela aplicou um アオ・ウエゥッョセイゥッL@ セオェ。ウ@ qllestoes variavam
segundo dois parametros básicos: se em algum tempo da vida
o sujeito esperava casar-se com alguim do sexo oposto e com
q \10 ida(Je o sujeito esperava CIJlllrai matrimônio, As
u-20.
ェセゥャosL@ se os seus rOL!:> VIViam juntos, ou nao, e, no caso de se
poroçao, sc esta se deu por morte ou divórico, sc o casamcntodc
seus pa1S era feliz ou infeliz, e ainda, se os sujeitos ha viam
cSlalll' lc l:idos relacionamcnlOs de namoro o ano <.Interior, em que
ョセュ・イッN@ se tlavia tido seriedade neste namoro c se eles estavam
ou nao comprometidos.
Os resultados foram agrupados obedecendo a tres itens:
a) atitudes em relação ao casamen t o ;
b) avaliações e intenções do compo rtam ento;
c) l'feitos do CIS;llIll'nlo dos pnis.
o
estudo mostrou que apesar da mulher jovem, de hoje,preferir o casamen to tardio (por voltu dos 26 anos) e dar 1mpoE
tância a carreira profissional, os comportame ntos. intenções e
.:lv,1I laçõcs do cos .:l.lnento S.1.0 pos it i vos. Par.1. a mulher oriunda
de f.1.mília intacta, fel iz ou nao, as aval iações e intenções com portamentais sao consoantes. A família inta cta infeliz , mas nao
dcsfeita, parec e que produz um certo desânimo para o casamen to, bem como , altas avaliações da carreira profissional em relação ao casamen to . Para as filhas de famílias desfeitas, por outro lado, as
intenções para o casamen to eram altas, mas as avaliações e
1n-lcnçocs COl" llortamen tais obsc rvndas e ram dissonantes . Esta disso nância deve implicar a completa dependência da intenção do
com-pOrl<1111Cnlo L:om <lS normas lioL:i:lis l' mOlivaç':lo 1><lr.1. a conformida
21.
Paduock - Ellard, K, & Thamas, S . (l98) coo trontaram
as alituu\!!; de 155 adolescentes na faixa etária 13 a 14 anos com
SI estimulos relativos a divórcio Cm rcla,;ão ao casamento,
di-vórcio e crianças c didi-vórcio. Os estímulos foram administrados
numa escala tipo Likcrt e a pesquisa foi analisada com 2-Way A
NOVAS (Sex by Parenta1 t-laritaJ Stntus) As re spostas foram
po-sitivas em todas as エイセウ@ medidas de atitudes, com os estimulos
para .as famílias intactas exigindo significativamente ma15
ati-tudes positivas que os de famílias desfeitas . Os estímulos que
indicavam a "child of divorce" status co nduziam a tro ca compor
-tamentoI .
O'H ondt , W. e Vandcwicle, M. (1984) entrevistaram 440
es tudantes na faixfl etária de la {l 22 nnns, no Senegal, sob re
as suas atitudes em relação ao amor e 」。sセャュ・ョエッN@ Os resultados
mostraram uma tendência para os estímulos românticos de
senti--mentos de amor, especialmente nas mulheres , o que pode derivar
da concepçao tradicional de amor na sociedade senegaleza e e •
em adição , suportada pela intensiva exposiçao de filmes românti
cos hindus. Enquanto determinados sujeitos expressavam
homena-セ 」ュ@ LI be!ezo úniclI do amor apaixollado, U IrInior parte deles , ao
contriír io, 。イセオイョ」ョャッカョュ@ a co nfi(ln çn em :;ClIS paiM paru fazer a
melhor escolha para eles, quando caminhavam para o casamento. Au
tu-afirmaçno c Lluto-confillllçll eram considerados dcse:jiíveis como
objetivos para o amor e o ca!'lamCnlo .
Scott. J . W. (1984) realizou uma pesquisa onde ele ーイセ@
tendeu verificar os sentimentos de amor e aspiraçao para o casa
menta em joven s adolescentes (19 anos) e sua associaçao com ati
22.
vicJade sexual c prl'gnoncia. A p.lrti,' mUitas pesquLsas rcali
zaJas , dcmOllstrolivas de (lu\.' as ,luoll' scen lCs gr;Ív 'id,l s
gcralmcn-tl' lIau d l'Sl'j:IVII Ill , n:lO p] ; llI l'j:\V:11II l' iャセo@ inl l'llc i un; \ V;11ll iI )!, r;\ videz
(! de debates do porquê da maior pnrtc das atividades sexualS das
jovens co l oc 5-1 as em ri sco de to rn arC rn -$C griv i das se elas as
-sim ョセ ッ@ o desejavam, Scott hipotetizou qu e os sentimentos de a-nln[" ê aspiraçoes para o casamento estavam relacionados com Lmpe
-to p ':lra ti ativid ade sexual c subsc quc lll pmcn Lc com a gra videz.
I JI r .
Foram escol hi das como sujeito!; 1 23 maes em idade esco
Vai detectado qll C os SC11tilijCntos Ue alnor estavam mais as -saciados com tornar-se g r ávidas do que com a at i vidade: sexual 1m
pulsiva. A maior parte d,IS rcspondelltes que estavam aman d o c
no princípio da g r avidez esperavam casa r com seu parceiro se-xua l, pensavam de fato, que o casame nto ocorreria no futuro ーイセ@
Xl l1l0, co mo 」oャャセ・アオセャャ」 ゥ。@ da g ravide z .
Locksley , A . (1983) em seu tr aba l ho relacionou c la sse
soc ial conl compo rta mento c atitude ma rital. iセウエオ、ッウ@ anteriores demonstraram significalltes e ウオ「セエ。ョ」 ゥ 。ゥウ@ co rrelaçõ es entre 03$
medidas de classe social e as atitudes e compor t amentos maritais .
Locksley descreveu , então , duas possíveis explicações para es-t':IS r e l ações : uma ellfalizu os efl' i tos f ormativos da ocu pa çao e
exper iên cia de t rab alh o; o utra e n fatiza os efe ito s formativos da
•· .. iiNᄋZャᅦセu@ .. h! itlll.
セ[ |G@ セ[h@ .. i 'l l "1';1111 l'm rllllÇ?!.l til' ; l llIllns - oャGiipャᅦ セ HI@ (' {'dll c ;lçno obti
-das - os resultados da pesqu i sa prévia não permitiam d i scr i mi
-unI' .... ntre as dU<l s l'xpl i caçõl's.
veri-2 J .
rir':ll":l v;J. l id.1ul.! da lL'Ori:l. Não foram cncontra(J.:J.s diferenças c!!.
tI"!' \1,'1 )',I"I1PO:1 P " IIP II I·jOlllli:1 f,'milli,)!) ,' IU:I:II'ulínn . 1111 qUl' \'011 el' r
ne aos 14 lndices de atitudes e compo rtamentos maritais. Por ou
lro ladu, ':1 ャG、ャャエG。セッ@ Cml'fr,IU conkl a maior pr(!ditor:l d<ls atitu -des e comportamentos maritais.
Nedora, N. c Woodward, J .C. (1982) realizaram uma ー・セ@
quisa com jov ens universitirios da MidwestCrn Univcrsity
:lS s uas opiniões em relação ao sexo pré-marital.
sob re
"oram distribuídos questionários de OplOl<lO para 130
jOVl'L1S universilários solteiros na faixa etária de 19 a 24 anos,
da área de Ciências Humanas. o teste de hipótese nula era
uti-lizado para determinar se haveria ou não diferenças
estatísti-cas s ignificativa s entre as opiniões dos mcmbros da Fratcrnida
de e não - membros; da Sororidade c não-membros; homcns e mulhe
res; religiosos e não-religiosos; sujeitos do turno da manhã
e suje itos do turno da noitc; sujeitos nascid os e criados em
área rural e sujeitos nascidos e c riados em area urbana; e
fi-nalmente sujeitos de três diferentes 」ャ。ウウセ_Zウ@ sócio-econômicas .
Os resultados indi caram que ser membro ou nao da
Fra-ternidade , membro ou não da Sororidade, ・ウセオ、。イ@ no turno da ma
-nhã ou da noite, lugar de nascimento e residência e nível
sócio-l'l'UI I UIIIIl'U uno :>;tO fnlOrl.'H dl' ーtャG、ゥセッ@ dl.' upini_oL's tio!;
no que diz respeito ao sexo pré-marital . !)iferenças
estatísti-c as s ignifiestatísti-cativa s , estatísti-con tudo, foram enestatísti-con tradas nas opinioes de
homens e mulheres. Os homens mostraram-se malS permlsslvoS na
rença s signif icativas também foram encont radas entre os
rt..'ligiu:>us l' ャャ セ オMイャGャ@ i,du sos . Us s lljeill) S iャセオMイ」ャゥァゥッウッウ@
mais permissivos em s uas oplnloes, no que diz r espei to ao pré-martt;:ll.
24.
grupos
eram
sexo
Weis , D. L . & Slosnerick , M. (1 98 1) pesquisaram as ati
tudes em relação ao envolvimento sexual e não-sexual
extramari-tal entre' iiュセQ@ .l mostra do CollcgC' Stlldcnts . A amostra [oi
321 estudantes e a média de i dade era de aproximadamente
de
22
a-n os . No est udo participaram 11 2 Ilornens c 209 mulllcres, 2 37 sol
te i ros c 84 l'as ;:1(108.
Para medir as atitudes foi utilizada urna escala d e 5
pontos de Likert , adap t ada de uma similar desenvolvida por jッョセ@
son (1970).
o
re s pondente deveria ind i car o grau pelo qua l eleace itava ou rejeitava a variedade de comportamen t os
extramari--tais numa dada situação .
Os rt.! s ul tados indi ca ram que a maioria dos estudantes
eram contrarios aos envolvimentos sexuais extramaritais , entre-tanto achavam alguns comportamentos nao-sexuais extramaritais a
cei t5v e is . A maior parte dos estudantes que responderam de for
"Ia ヲ。カッイセカエNAャ@ as atividades cxtramaritais e ram Ilomen s que
disso-Cl;JV[lm sexo, amor e casamento e que eram permissivos com
セ。 オ@ us ul i vidadl!s sl!xlIais pré-muriti, i s.
re
25 .
A pesquisa abrangeu urna amostra significativ.3 de toda
"Montreal Franchofone Teenagers in School " .
U qUl.! s lionZirio foi ↑QーャゥャGセャ、オ@ em lodus os l:ltlCO graus da " High S c ho o l" e os primeiros dois anos do "Co11ege ".
seus pais se parado s ou divorciados mais negativamente e os paiS
V1UVOS ou ainda casados mais positivamente. Quanto a percepçao
das mães ela diferia pouco quanto ao status marital e
indica-vam menOI" r.lyoralli lidaclc 35 moles V I
.-
uvas seguidas das maes sepa-ra 、セis@ • e
•
maJor favorabilidadc セウ@ mães C1U (o3l111'li.::l5 legalmente lntaetas.
Kll 0 X, D . & Wilson, K. (984) ーャセウアオゥウ。イ。ュ@ problemas de
estudantes universitários no namoro. No estudo foram
utiliza-dos 227 mulheres e 107 homens que especificaram qU81S eram os
prublemas mais comuns que eles expercnciavam em seus namoros.
Os resultados obtidos forma os seguintes : 23% das
mu-lheres apontaram o fato de nao querer pressoes para assum lr com
portamentos sexuais como um dos problemas principais dos
namo-ros, enquanto 35% dos homens apontaram B」ッュオョゥ」。セッB@ como o
to-po do prob lema.
Ambos mencio nar am "lu gar para ir" (22% a 23% respecti:.
Vélmente) e dinheiro (9% e 17:4) como problema. 20% dos homens
mas somente 5% das mu lh eres coloca ra m timidez como um problema
para o namoro. Os dados sugerem que no momento Ilomens e mulhe
26.
perenciar o evento diferentemente.
Long, B. (1983) investigou a resolução da crise
Lnti-ma proposta por Erikson em 150 jovens solteiras do Liberal Arts
Colll'!;\..' , 11<1 f':lixa clárla de 17 ;J 23 anos .
vida em dois:
o
grupo foisubdivi-a) uma daquelas que indicavam que tinham um namorado
f i rme;
11) ,,"Itra datl'wlas IllIl' dizj;111I lIau ler .
Isto porque. o namoro firme foi assumido como indicativo de re
solução da crise e foi hipotetizado que a mulher com um
namora-do firme mostraria uma auto - estima maior namora-do que aquela que nao
tem, bem como, que o comportamento , as expectativas e 。カ。ャゥ。セウ@
do casamento seriam diferentes nos dois grupos .
Como foi bipotetizado os dois grupos diferiram . O ァイセ@
po que tinba namorado firme mostrou uma auto-estima maior ; eram
mais firmes em relação ao casamento, esper.3vam casar cedo ; a
avaliação do casamento era alta e eram menos dispostas a
perma-nc c cr solleiras.
o
grupo que nao t in ha nalnorado firme era mais heterogêneo e devia conter mulheres "pr é-intimate!! I queresol-Vlam a crise íntima fora da "corte" e aquellas em que a
auto-es-I i,ull l'rov;'m (k 11111 1"/111 111','/111 1. (nl'll 1111 BャGiiiエ[ セ icii@ I'L·III'Ollill.
Macklin, E.D. (1984) pCSqU1S0U o efeito da troca de
27.
e no homem, nas relações ínti mas em r e la çiío ao namoro e corte
sexualidade na イ」ャ。セッ@ conjugal c イ・ャ。・セ[@ homossexuais
femini-nas e masculifemini-nas .
e
certo que . se n ovos papéi s sexua isgencros cstao se tornando uma rl'alidadc , 11 rcdefinição
eo t re
de ve rã
ocorre r do que significa ser um adequado homem ou mulher , novas
expeclalivas de tlself" e outros, bem como i• diferentes generos
de interaçio de casais .
e
observado que () modelo sexualtradi-セゥッャャ。 ャ@ !lÍnda c fundamenlal
U Gelll!rO c ainda malS pn:!uitivo de re s postas no
con-lexto Il c tcros cx ual
aos indivfduos. A
CJue as orientações de papéis sexuaLS dadas
luta pela liberação dos papelS sexualS
tra-dicionais tem sido nccessarla , mas cara) c as ambivalências e
incertezas evocadas tem produzido tensao {)ara todos envolvidos.
Ela concluiu que 00 novos papi is sexuais serao flexr
VCi::;, flurdos, maiS variados, e maiS frequentemente decidido em
Ilarnloniu com a pessoa dc quem sc セ@ compan llciro
(a) .
Asatisfa-çao na relação estará maiS relacionada ao grau de co ngruência ・セ@
tre as ッイゥ・ョエ。セ・ウ@ de ー。ーセゥウ@ sexuaisdas pessoas especificamente
envo lvida s qu e a Ilatureza do papel sex ual propriamente .
Morgan, C.S. & Walk e r, A.J. rCIlça lias atitudes nos papiis scxuais.
(1984) investigou a dife
A amos tra comp unha-se de
1522 mulheres e foi usada uma escala de a lti tud es em relação ao
papel apropriado da mulher como variável dependente, numa anãli
se de regressão múltipla. A teoria da troca predizia que a Orlo
28 .
hoj I ' • l' ti 11l' proVaVt'!IlU'lIlC' s,' rla UU' IlU :: favnriivl' J p:lra a mu
-lhe r com malS alternativas livres .
A pesquisa foi obtida com s ujeit os de o rientação de
p np!.! ! sex ual, experiê n ci a d e emprego , s tatu s marital , campos
1-çao de famflia, idade e competência pessoal. Os resultados
re-velaram que aquelas que mantinlla m o papel tra dicional da mulher
」イ セ ャ ュ@ velhas. me nos educadas (ou in s trulda s ) I tinham baixos r
en-d i mcntos c p oss ul8m uma avalia ção de sua competê n c ia pe sso al mui:.
t o baixa . Os dados mostraram, a inda, qu e 0$ su j e itos não
te-miam as {'r íli t': I S dl' 5 11:1 S f:lll1ílias pur lrallalh:lrcm fora d e casa
c o pape 1 do homem como maior Hpr ovcdo r d e pão", na o 1mp r ess LO-
.
.
PEQU EN O ESBOÇO DO PROCESSO DE
EVOlUÇAO DO CASAME NTO
29.
nセッ@ se pode afirmar com precisa0 , quando o casamento
surgiu e se estabeleceu como instituição.
existincia seja anterior a da iャゥウエセイゥ。N@
Pres urne-se que sua
No decorrer do sce. XIX, entretanto , surgiram aI
gu-mas teorias Que buscaram explicar as suas origens. Murstein
(1974) dest.1céI n da promis c uid.1de inicial, matriarcado , mono&!!,.
mia e patriarcado. Estas teorias, contudo, apresentam
limita-ÇOl':'; .
"Hsil11 scnrJo, unw. rl!lrotlpcc.:Livll histórlcl.l tio
proccu-50 de ・カッャオセッ@ do caSamento, torna-se possivel apenas com os
es tudos dos tipos de familia e formas 、セ@ casamento que se
en-co ntram documentadas.
No (Iue d i z respeito as rormas de casnrncnto, wi llems
(1962) cita o casamento de grupo, a poligamia (poliandria e ーセ@
liginia) e a monogamia . Define o casamento de grupo como um
" ce rto numero de homens e mullleres vivelldo em promiscuidade se
xual aprovada pela sociedade" (p. 78) . Acrescenta que esta
forma tle C':IS.:In1cnlo
ê
muito ranl. /'ol urstcitn (op. cit.)corl'obo-ra n sua opinino, complementando que tuelo leva 3 crer ter sido
esta uma medida utilizada em momento dE! cris.e, durante a tran
A poliandria segundo WiLlems (loc. cit . ) seria o " ca
-samento de uma mulher com vários homens " e já foi encontrada em
-30.
dia セi・イゥ、ゥッョ。ャ L@
Willems, citando Murdock (1948), c lassifica
"urna セオ」 N ゥN・、 。、 エGN@
com"
pof'i!J el!i c a.
.6empllCqtH'
a.
c.uftu/f.a adm.<.te e a opúl.<.ão pübt.<.c.a e.6t'<'nlula o homem a teIL ni!U..6de uma e.6pô.6a ,ó.ünultaneameHie , que/f. e.6.6a6 un.(.oe<!l
6e-jam comun6 ou /f.el.ai.<.vamen.te /f.aILa6, con6'<'IIada6 a
'<'lId'<'-v:{duo.6
de
g/f.atlde pJte6:tZg.<.o ou peJttn.<.t.<.da a qua.fquVtum
Que d.<.óponha de me.i.o.6 pall.a .<.660" (p. 28),
Observa ainda que il polig ini a traz um ce rto numero de problemas
que nao são encontrados no caso da monogamia, como por exemplo ,
(J 1I,1!> rl'laçõcs C'lltrl' ;IS ('U-('SPOS;IS. Em gc r;11 procura se con
-tornar a sit uaç; o atribuindo- sc a primeira esposa autoridade na
Acrescenta , também , que por ser dispendiosa
Murstein (op. cit . ) comp lementa, assinalando que a
poliginia pode ser vinculada
ã
urna economia agrlcola e a ュッョッァセ@mla a ゥョ、オウエイゥ。ャゥコ。セッ@ e a complexidade social.
Assim sendo, com a crescen te complexidade, a
poligi-nia tenderia a diminuir cedendo lugar a monogamia. A monogamla
apresentaria algumas vantagens como a エイ。ョウュゥウウセッ@ dos direitos
jセ@ Ilcrullçn セ@ ーイオーイゥ」、。、セ@ CI IIC c " lUIS Himp l cs do qllC ('"I qualquer
outra forma de cas amento; a possibilidade dos filhos receberem
os cuidados de ambos os p.1.is, c , .1i nda um relncionamento mais 1
guali tãrio do casal onde o companheirismo e a interação
emOClO-nal tem lugar.
Os modelos de família sao conjecturais e representati
lI.
l'ostl.'r (llJ79) ucst.1ca qllaLro modelos de f<lllllli.n : a
burguesa de meados do see. XIX , a aristocrilica dos sec o XV 1 c
XVII,;:I c.:lrnpo n csn dos see. XVI c XVII c a dn classe
trabalhaclo-ra do inicio da r」カッャオセッ@ Industrial .
Dos modelos aCima citados , um merece destaque
espe-eial - o da família burguesa - por sua irn 'portância no dc
linea--mento do que, hoje , constitui a fam i lia moderna.
Segundo Ussel (1980) torna-se difícil determinar アオ。セ@
do surg iu a faroíl ia burguesa, pOl'que algumas de suas
caracte--rlsticas J<l
,-
eram encontradas no see. XVII e ati mesmo no XVI.Mas , [oi em fins do sic. XVIII e no decorrer do see. X1X que os
valores e ideais burgueses começaram a se impor as outras
clas-ses e foram incorporados ao セセ@ Estado c da Igreja.
Até o seco XVIII a família 」。イ。」セエ・イゥコ。カ。Mウ・@ por
com--preender de duas n tres geraçoes. A frente da famflia estava o
IIpai da casa l! que posteriormente, cedeu l ugar ao "chefe de famí
I ia II • Ele detinha o poder sobre a mulher os filhos e o pessoal.
Era quem administrava a comunid.lde, zelavu pela pro speridade, ti
nha força polftica e autoridade jurídica.
A vida fami J iar gi rav.1 em torno d.1 "casa". Esta
ser-Via tanto ーセイ。@ moradia , quanto para a イ・。ャ L ゥコ。セッ@ de neg5cios . A
('<lHIL crI! 11111 id clI l qUl' simbulizav;1 ;t gralldioHiulltlc malcrial cu
poder de seu d ono , Na c asa, na o havia lu gar para privacidade,
po rq uo nela estavam quase sempre alojados amigos, parentes e aprendizes .
importa-) 2.
varn r;lzQCS de ordem sllbjetiva como os interesses do pr;prio
ca-sal. OUlrussim. cr;I UI cunsiul'r;ulos os interesses c objetivos da família .
o
casamento assemelhava - se a uma イ・。ャゥコ。セッ@ de00g5--C1.05 onde estavam em jogo os interesses de 。」オュオャ。セッ@ de bens,
1\ esculha d!) conjugc ーイセ@
cedia-se atravis de intermediirios. A diferença de idade entre
08 nOIvos era , na maioria das vezes, g ran de.
I)este modo, o amor c o sexo estavam totalmente desvin colado do casamento . A s'cxua l idade extraconjugal cr.1 comum c
nau il,fcrCcria em nada no casamenlo. Nas classes superiores ho
mells e mu lher es tinham ;llU.llltcS.
Cos la (1979) descreve como era no Brasil do see. XVl[
o casamento :
t' L ,I,
ョv uT。ョセセ@
lodo O
ー・セャッ、ッ@colonial ,
06caaarnent06
611-zialll-.6e. .6ob a é..gide da6
ILazõeó ou in-te.ILe.óóe.t.
6arnilia-ILe..t. .
Pa.ió, tutOILC!.ó
ou
outlLoó
ャャセ・NエNーッiQV£カ・ゥNエN@decidiam
que
ai..laJ1ç.a-ó
-óvl.(,amcOllt.ltaidaó pelo-ó 6iilto.t.
Ou
t.uteia
do-ó, cOl16,('d(lllatldo apel1a6
06 bc?Ytc?6tc.io&ecouôrt!.ico&
eóoc.i.a.ió do
gltupo
6alnLt.i.alt.
0-6mo.t.i.voó
de
oILdem
a6eti
va ltaILamel1te pe-óavam lia de.tvl1ni.nação
de uma
união
con-jugai.
Oca6ame.n.to apaJtec.ia como uma
de.ci.t.ão
.tamada-l.ot.Lia.teJtaime.n.te
peia
Jte6pol16ávei Qlte
impunha. a.o
depen
ric?nte. a
obllífll1ção
ri"
('(C6(CII
6('1/1 f ('\111 'I (' IHC.O/ltll
6uaOpt-=-IItaO" (p, 21)),
o celibato existiu , neste pcriodo, com alguma ヲイ・アオゥセ@
MuiloS homens nno se (','lSIlV:I1U ZャQBNャiャャセQ@ por (' onviC"çllo, I1IIIS malor parte por pobreza, pois casor era 11m luxo. Um maior
núme-ro de casamentos verificou-se com a industrializaçio. quando os
pobres passaram a ter ウ。ャセイゥッN@