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Aspectos psicológicos do câncer : um estudo em pacientes laringectomizados

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Academic year: 2017

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(1)

FUNDAÇÃO GETOLIO VARGAS

INSTITUTO SUPERIOR DE ESTUDOS E PESQUISAS PSICOSSOCIAIS

CENTRO DE

pᅮsMgセuaᅦᅢo@

EM PSICOLOGIA

ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO CÂNCER:

UM ESTUDO EM PACIENTES LARINGECTOMIZADOS.

por:

FRIDA MÁRCIA HOROVITZ HELSINGER

Dissertação submetida como requisito parcial para obtenção do grau de

MESTRE EM PSICOLOGIA

(2)

FUNDAÇÃO G!:TULIO VARGAS

"

セ@ i

) i

\

f

INSTITUTO SUPERIOR DE estエセs@ E PESQUISAS PSICOSSOCIAIS

CENTRO DE PÓS-GRAJUAÇÃO EM PSICOLOGIA

ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO CÂNCER: UM ESTUDO EM PACIENTES LARINGECTOMIZADOS

02.

FRIDA MÁRCIA HOROVITZ HELSINGER.

(3)

03.

À

-Minha mae (in memorian), Rosa Horovitz Helsinger

Meu pai,

Benjamim Helsinger

Meu irmão,

(4)

AGRADECIMENTOS:

À

Irene da Conceição Lima

Toda obra tem mais de um criador' Tem aquele que num trabalho oculto. Escreve com o autor.

Tem aquele que inscreve no escritor, Sua inspiração. sua opinião.

Tem aquele que com os seus"continua", Com seus "tá bom não".

Faz às vezes do ·lei tor:-·

Este trabalho também tem co-autoria. Mas já escreveram para ela,

\

t

E como era justo, lhe fizeram em poesia. À

"Irene preta Irene boa

Irene sempre de bom-humor". Meus respeitos,

Meu obrigado.

Frida

(5)

À

Eva Nick

Conhecem a Eva? Sim, a da maçã,

A mulher primeira, momento de transformação. Aquela de Adão arrebatou uma costela,

E a transformou. Somos a mutação. Conhecem a Eva?

--- ... - - -. - r" .. -

'--Sim, a da ・ウエ。エセウエゥ」。L@

A psicanalista

Paradoxo? Não.Evolução.Movimento.Completude? A dos momentos escuros, mulher de criação. Aquela que do caos das investigações

Abstraiu, construiu, em parceria, novas formulações Novas incompletudes. Fizemos a dissertação.

Obrigada,

Frida

(6)

À

Sonia Neves Langlands

Sonia que lembra sonho

Que nas falas das intenções, das recusas

Consegue escutar velhas ranhuras, novas rasuras Que na mistura caótica de associações

Extrai as defesas das minhas falsas certezas •••

Sonho que disperta a liberdade Que lembra interrogações,

- - - Q u e produz sensações, _dissertações o __ 0 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

Sonho/Sonia que tanto me chama

às

minhas verdades,

Que tão bem sabe "ler" nos meus manifestos Meus desejos, Meus protestos

Seguem mais estas outras expressões ••• são sonhos. são realidade.

são sonhos de uma realidade o

Obrigada,

(7)

À

D. Maria Helena Amoroso Costa

Ciência, um mundo organizado

Mas conhecem sua mesa de trabalho? Nada mais atrapalhado.

Lápis que rangem sobre os papéis Rabiscam, apagam, inovam, reclamam Livros empilhados, atropelados Notas que denotam idéias ao revés.

Eleger um canto para escrever

É

buscar um tanto da harmonia

---Nã-sabedorfa:-âe-qÜem--apôde--constrúIr.

É um pouco insistir, é um pouco esperar •••

E quem, além de me emprestar este seu lu;gar, Poderia com mais competência

Ensinar-me a arte da paciência Que eu quero ter quando "crescer"?

Obrigada,

Frida

(8)

Aos pacientes:

Por mais que tentasse dedicar-lhes um agradecimento, este não

seria tão pleno quanto a "poesia-declaração" escrita por um

paciente (desconhecido) de 23 anos, portador da enfermidade e do sofrimento causado pela doença de Hodgkin.

À todos, mais do que um reconhecimento, o respeito a tudo que

até hoje souberam me dizer. Obrigada.

"AYUDA PARA EL CANCEROSO QUE VA A MORRIR."

Tratálo como un hombre

Sin compassión y sin piadosos consejos.

Piede . que· él te

diga:--Una o dos cosas

Sobre las realidades de la vida. Miralo a los ojos.

No te molestes en palmearle la cabeza Esse es el único destino

que es peor que estar muerto.

Ahora y para siempre

Es un ser humano completo.

Sus fuerzas podrán haberlo abandonado, Pero es lo único que pierde.

Miralo a los ojos:

A través de ellos verás el mundo.

(9)

09.

ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO CÂNCER: UM ESTUDO EM PACIENTES LARINGECTOMIZADOS

RESUMO:

A proposta do presente trabalho é abordar as principais questões

re-セ・イ・ョエ・ウ@ às relações entre o câncer e sua expressão psicológica, através do

trabalho realizado durante a セ。ウ・@ de tratamento e reabilitação de pacientes do

Instituto Nacional de Câncer - R.J.,portadores de câncer de laringe,submetidos

..

a laringectomia total.

Tal objetivo deve-se a カ・イゥセゥ」。￧ ̄ッ@ de que diversas publicações espec!

セゥ」。ウ@ apontam para avaliações das relações citadas ou pela vertente da busca

de etiologia psicológica do câncer, ou pela tentativa da formulação de métodos

para assitência de pacientes terminais e que,mesmo com o avanço da medicina,

com o aumento do tempo de vida de seus portadores, ainda constata-se a escas--- ---- - - - ---- ----_ .. __ NセセMM

sez de Iiivestfgações

-no

campo

-da

-psicologia que -in-c-idam sobre as possibilid.!

des de planejamento terapêutico que visem o problema do tratamento e da readaE tação dos pacientes às suas novas condições.

Cabe, contudo, o esclarecimentode que esta dissertação não pretende

atender à formulação de uma nova teoria sobre a assistência psicológica a paci entes com câncer, ou até a laringectomizados, mas tentará propor formulações ,

que colhidas através da カ・イゥセゥ」。￧ ̄ッ@ emp!rica, possam contribuir para a elabora

(10)

lO.

psyセセological@ ASPECTS OF CÂNCER:

A STUD1 OF LARINGECTOMIZED PATIENTS.

SUMMARY:

We intend to examine the main questions raised by the relation between the cancer and its psychological expression, using the study which was done do-ne during de treatment and rehabilitation phase of. patients suffering from can-cer of the larynx and who underwent total laringectomy in the Instituto Nacio-nal de Câncer (I.N.Ca.) - Rio de Janeiro.

Our main instigator was the fact that several specific publications e! ther emphasize a search for a psychological etiology of cancer or·concentrate their effors on a search for improvement of methods which may help terminal pa-tients. Even with the recent medicaI advances and the increase of survival time of cancer patients, we still notice a dearth of investigations which intend to

MMMMMセMMMM

study the possibilities of therapeutical planning-related to the psychological treatment and readaptation of patients.

We do not pretend to present a new theory about psychological help gi-ven to cancer patients, and specifically, to laringectomized ones. Our

objecti-ve is to present empirically deriobjecti-ved formulations which may help to instigate

(11)
(12)

12.

P A R T E I:

(13)
(14)
(15)

l5.

Em qualquer das possibilidades pode-se observali que de algum mo-:o os mecanismos de defesa orgânicos considerados normais deixaré.im de "exercer" su-as funções, possibilitando a instalação e o desenvolvimento do câncer.

Estudos realizados por SOLOMON e MOSS ( 2 ) sobre as interações

entre os processos imunológicos e os fenômenos psicológicos demonstram como ッ」ッセ@

re a influência do stress e emoções sobre o processo imunológico:

Três tipos de células produzem a resposta imune: os macrófagos,os linfócitos T ( responsáveis pela imunidade celular) e os linfócitos B,

tores de anticorpos. Há três fases reconhecidas neste processo:

produ-Primeira fase: Os macrófagos apresentam o antigeno aos linfócitos

SegUnda fase: Fatores liberados pelos linfócitos T estimulam a

Terceira fase:

proliferação dos linfócitos B e T;

a) Linfócitos T destroem as células-alvo diretamen-

.

-

,

te ou por secreçoes que atraem e ativam os macro fagos e estes fagocitam as células;

b) Os linfócitos B produzem anticorpos que ェオョエ。ュ・セ@

te com o sistema de complemento destroem os

an-tígenos diretamente ou provocam a fagocitose pe-los macrófagos.

__________ ーMᄎセ⦅ウオ。@ _vez ,Q stress através da via t'19rmonal age ウッ「イセ@ _éis ____ cé- ______ _

lulas B, que parecem suscet1veis

à

destruição por corticosteróides,. Os

linfóci-tos T são afetados pelos hormônios do crescimento e corticosteróides, que 。エオ。セ@

no timo e, os macrófagos sofrem influência da função hipofisiária, tireoidiana e adrenal.

Pesquisas posteriormente realizadas procuraram demonstrar com mal or precisão as relações entre a imunologia, o psiquismo e o aparecimento do

cân-cer. BANHSON ( 3 ) detectou a predominância em pacientes com câncer de

distúrbi-os precoces nas relações com distúrbi-os pais que, para o autor, constituem a base para

uma falha psicológica e imunológica posterior na ,elaboração do stress psicossocl aI, em especial em situações de perda.

CRAMER e Cols ( 4 ) afirmaram após investigações que vivências de

perda desencadeiam pela falta de esperança e desespero, as mesmas reações'

(16)
(17)
(18)
(19)

I.

Sabe-se que para _ ヲ」[セ。￧ ̄ッ@ de uma 」イ・ョ￧セN@

c/:

uma lenda ou de estigma vários fatores se fazem [[イ・eZセL@ tes. O preenchimer:.::o

ta

lacuna deixada pe.i.u

não conhecido ・セ@ fei to por um co':.j;.mt.: de necessidades アセセ@ b'-2cam explicar ou

Jus-tificar o que

é

percebido mas q'_=. セ@ .:rincipio. toma a ZMNj[ZBイN[セ@ do mágico, do

irr,pc:s-sivel, visto ser uma exceção a 。ャァオセセセ@ regras tomadas 」ッセッ@ v!rdades

incontestá-veis. Como cita BECKER ( lo

do livro A Negação da Morte:

elm se;. capi tulo " A n。エオイMセコ。@ ::umana e o Heróico ",

" Em épocas como a nOE3a há considerável ;;reE.3ão para

se apresentarem c:once:tos que ajudem o hClmem a enten

der seu dilema: イセ£@ キイNセ@ ânsia de idéias vi :;ais para a

simplificação da 」ッュセZ・クゥ、。、・@ intelectual 、・セセ・」・ウウ£ᆳ

ria.Às vezes isso 」ッイNMZNNセゥ「オゥ@ para grandes j,;en-::'ras que

resolvem tensões セ@ f&::litam a ação de ヲ。セ・イ@ avançar

i

justamente as rac :ona::zações de que as ;:·.,::ss(.:s

pre-cisam. Mas também 」ッイNセゥ「オゥ@ para a 、・ュッイ。セ。@ libera

ção de verdades セセ・@ Fセサゥャゥ。ュ@ os homens a セ、アセイゥイ@ a

noção do que está occ:-:-endo com eles, a e:..-:te'.::er onde

os problemas イ・。ャNェB・ョエセ@ se encontram." ( gr:'fc ::.csso .)

( p.17 )

Mui to embora pare,;a アセ@ os concei tos 。エイゥセオゥ￴NZZウ@ aos profissionais,

a todos que trabalham com ー。」ゥ・セセ・ウ@ ;crtadores de câncer ウ・ェセ@ apenas a tradução,

-a express-a0 de um-a f-ant-asi-a popu2-ar セウ」ゥ、。@ da ョ・」・ウウゥ、。[セ・@

ce

aplacar a ansiedade

gerada pelo incomum, o seu signi':-ica':'J está, de certo, t?JllbÉ:n fundamentado na pe.::

cepção da postúra dos profissionais :'::'ante de suas relaç:::es .::om a vida. Deste

me-do , a idéia de ッョゥーッエセョ」ゥ。@ deve, de セ。エッL@ estar presente na escolha da especial!

dade. Não

é

possivel esquecer-se que セウ@ profissionais ウ」GZMイ・イセセ@ a ゥョヲャオセョ」ゥ。@ dos

sentimentos da sociedade em rela.;ão セ@ binômio câncer/ca:.cer.:logista pois são ori

undos do mesmo meio social.

A questão se amplia ac tomar-se em conta:;ue ::.a atualidade raros

são os profissionais de saúde qUI:: エイセ。ャィ。ュ@ com a grande ーッーセャ。￧ ̄oエ@ exclusiva e

unicamente em seus consultórios. A ヲヲゥセッイゥ。@ dos pacientes por:adores de doenças co

mo o câncer

é

atendida em insti t:.-liçõ:::;; públicas, por ser um セイ。エ。ュ・ョエッ@ financeira mente ainda inacessivel

à

maior セ。イエZZ@ do povo brasileirc. r:e:1te sentido, a insti-tuição tende a reforçar o sentim,,;,nto ":'e ッョゥーッエセョ」ゥ。L@

à

m,<:;diC.l que, em realidade •

são raros os casos que iniciam Co tra"::.ilTlento e terminam c·':Im c mesmo médico, a

mes-ma enfermeira e até mesmo o ーウゥ」￳ャッセGLLZL@ mui to embora est.,= úl:imo ainda se

nha o mais constante, sendo ・ク」・Lセ￵・ウ@ ..)s casos de mudança de セGイッヲゥウウゥッョ。ャN@

(20)
(21)
(22)
(23)
(24)
(25)
(26)

.. As etapas terminais da vida possuem distintos significados

segundo o espaço em que está situado o paciente no arco de

seu passado e em seu desenvolvimento. Podemos conceptualizar

que a trajetória catéctica do desenvolvimento de uma pessoa

-começa com uma fase de narcisismo, de simbiose com a mae e

de extrema dependência e submissão durante a primeira

infân-cia, para avançar depois para crescentes graus de ゥョ、・ー・ョ、↑セ@

cia e ênfase em relações alheias ao ego durante a

adolescên-cia, até chegar

à

dedicação completa aos seus semelhantes,

à

sociedade e atos criativos concretos ou teóricos. junto com

altos niveis de atividade e confiança na época adulta, tudo

isto para retornar pouco a pouco a atividades mais

introver-tidas e orientadas para o ego durante a senilidade, エ・イュゥョセ@

do em uma posição bastante dependente e narcisista nas últi-mas etapas, quando a morte se aproxima." ( p. 29 )

26 •

KLUBER-ROSS ( 15 ), numa tentativa de generalização dos mecanismos que

ocorrem em pacientes terminais, portadores de câncer ou não, descreveu cinco

eta-pas sobre as respostas do doente

à

sua enfermidade letal:

a) NEGAÇÃO

b) REVOLTA

-c) BARGANHA

d) DEPRESSÃO

e) ACEITAÇÃO DA MORTE

Segundo a autora, estas etapas duram um tempo variável, a sequência pode

ser incompleta e certos elementos de cada etapa podem aparecer de forma intermiten

-

セ@

te durante toda a evoluçao 」ャセョゥ」。N@

Baseados em nossa realidade, poder-se-ia sugerir, numa postura um tanto

divergente da proposta por Klüber-Ross, uma compreensão da morte dentro de um enfo

que mais evolucionista como já foi mencionado em parágrafo anterior. Para tal,

pa-rece ser fundamental a inclusão de uma variável para a avaliação das reações ーウゥ」セ@

lógicas do individuo frente

à

morte por doença progressiva e letal: A etapa de

de-senvolvimento psico-biológica em que a patologia se instala, evolui e culmina em

morte, bem como seu significado individual.

A contestação de que sob esta forma não haveria possibilidades de gene-ralizações teóricas não parece verdadeira. A experiência empIrica sugere que a

ge-neralização dar-se-ia através do atual vasto conhecimento sobre as caracterIsticas

(27)
(28)

28.

-bre a criança ￧セ・@ também se 。セセエゥ。@ culpada por- セ。」@ セイイ・Zウー」Z⦅ZZZAZM a ・ク[セ」エ。エゥ@ va ,

ao desejo de ウ。ャセイゥ、。、・@ mani!"'!sto pelos pais.

cRセ・@ o esclare:imento de que a re:açi= セッウ@ セ。ゥウ@ セ・ュッョウセセセカ。@ que o

casamento de 。ュ「セウ@ era calcaé: numa série de 、・セセセ、↑セZセ。ウ@ セッョウゥセ・イ。、。ウ@ então

como doentias. ( A mulher só [セ、ゥ。@ realizar アオ。ャセオ・イ@ セセゥカゥセ。、・@ após o 」セョウ・ョエゥュ・セ@

to do marido que • por sua vez, demonstrava uma 。エゥエセ・@ ゥセエオイ。N@ ゥョウ・Vセ。N@

camu-flada por aparente 、ゥウーャゥ」↑ョ」ゥセ@ diante da resolu;ão cセ@ con=litos ャゥァ。」セウ@

à

doença

do filho, deixanco-os para sua esposa a criação co ヲゥセQP@ e 」ッイセゥァッ@ 。ー・Zセ@ a

manu-tenção econômica da familia).

Pcce-se constatar que toda a assistênc:a prestaca a este paciente

teve que se funda:entar no ヲ。エセ@ de não existir セ。@ ・ウセエセ。@ faniliar セセ・@

respon-desse

à

criança de acordo com suas reais necessidades.

p」セ@ sua vez, ョセ@ foi encontrado no ー。」Zセョエ・@ um 」・ウ・ョカッャセュ・ョエッ@ psi

cológico de ・ャ。「」セ。￧ ̄ッ@ da doen;a e posteriormente da mqrte ゥュゥイNセLエ・@ que pudesse ,

que estivesse em concordância セゥイ・エ。@ com as etapas de:critas por Klüber-Ross, mas

sim com suas ・クーセゥ↑ョ」ゥ。ウ@ 。ョエ・セゥッイ・ウ@ ligadas

à

rejeiçàJ advinda das ヲゥVセ。ウ@ ー。イ・セ@

tais.Em se tratanco de uma criança com cinco anos de セ。、・N@ 」ッイセウーッョ、・イ@ ao

dese-jo dos pais e a c:::.nsequente cu:.pa por não realizá-lo, ::emor..strc:J ser o elemento,o

fator determinante para desencadear todo o processo de 。」・ゥセ￧ ̄ッOイ・ェ・ゥ￧ ̄ッ@ de si

própria, da doença, da vida e Ca morte.

___________ セmオNAN@ to __ embora_ a _autora citada tenha セ・セ。cNッZ@ _________ セセ@ _____________ _

"

diversos pacientes reagem 、ゥヲ・イ・ョセ・ョエ・@ a セゥウ@

ョッセ」ゥ。ウL@ depen=endo de sua personalicóie, 、セ@ ・ウセゥャッ@

e modo de vida ;:regressos," ( p. 43 )

parece não ter ウゥセセ@ possível es:ender tais questces e Zッイイ・Z。」ゥ」ZセMャ。ウ@ セFセ「←ュ@ a

fase de 、・ウ・ョカッャカセ・ョエッ@ psicolé5ico em que os pacientes se ・ョ」セエイ。カ。ュN@

aセ。@ a titulo セ・@ exemplo, serão 」ゥエ。、セ@ dois cases 。エ・セセ、ッウ@ na mesma instituição, um deles en:ocando a questão da ゥセ↑ョ」ゥ。@ de norte en fase

a-dulta e outro em etapa senil.

" O primeiro refe=--e-se a um pa.:iente com 55 anos de i Cid e , aust..-iaco, t:erceiro fi

lho de uma familia de quatro crianças. Os dois ーイセュ・ゥイ]ウ@ fi:hos eram ィ」セ・ョウ@ que

estavam com cinco e quatro anos de idade quando ョ。ウ」・セ@ o que será aqui nencionado

-como protagonista. Dois anos a;-vs ao seu nascimcn-:o s...:ge a [jイゥZZNセゥイ。@ C".e=:ina dos

quatro filhos. A mãe de origem セオュゥャ、・@ e, segundo イ・ャ。Zセ@ do paciente, sex.pre

(29)
(30)
(31)

31.

、ゥカゥ、オ。￧セッ@ normal. Neste sentido, afirma que セ。ャ@ 、・ウ・ョカッャカゥ]セョエセ@ セッイイ・@ por inter médio de sub-fases, a saber:

dゥヲ・イ・ョ」ゥ。￧セッ@ e o Desenvolvi=ento da Imageo c」セ\イ。ャ[@

Treinamento;

r・。ーイックゥュ。￧セッ[@

cッョウッャゥ、。￧セッ@ da Individualidade, Inicio da cッョウセ¬ャ」ゥ。@ do Objeto

Emocional.

Sobre a sub-fase REAPROXIMAÇÃO, aponta:

" No estudo de observação, vimos porque a crise cH rea

proximação ocorre, assim como porque, em alguns c。ウャsLーセ@

de se tornar - e permanecer sendo - um 」ッョヲャゥセッ@ セセ。ーウゥ@

quico não resolvido. Pode instaurar um ponto ce ヲセ￧ ̄ッL@

desfavorável, interferindo desta forma com o オャエセゥiイ@ de

senvolvimento edipiano; ( ••• ) Conflitos e pressões :rais

anais e genitais precoces se encontram e se acumulem ョ・セ@

ta importante encruzilhada do cesenvolvimento da ーセセッョセ@

lidade.( ••• ) Neste estágio de desenvolvimento, o セ・Zッ@ da

perda do objeto e do abandono, ao mesmo tempo que é

par-cialmente aliviado, se complica enormemente pela ゥョセイョセ@

ャゥコ。￧ ̄ッMM、。ウM・クゥァ↑ョ」ゥ。ウー。イ・ョセエ。ゥウ@

:-isto-

é;-a.iêlú

-dê-;}l:ii:"

car o inicio do desenvolvimento do Superego, também se

expressa no medo de perder o amor do objeto! ( ••• [セ@

ou-tras palavras, em crianças com um desenvolvimento nenos

que ideal, o conflito de ambivalência é detectável furan

te a sub-fase de reaproximação através de 」ッュセッイエ。ュ。Qエッウ@

de apego e de negativismo que se alteram com イ。ーゥ」・セ@ eセ@

ses comportamentos são os ingredientes dos fe4ômer.os que

designamos com o nome de"ambitendência". ( ••• ) Esse fen§.

me no pode, em alguns casos, ser um reflexo do fato da

criança ter dividido o mundo dos objetos em "bom" e'!nau"

mais permanentemente do que deveria. Através cesta diva

gem o objeto bom é defendido contra os derivativos da

pUlsão agressiva." ( p.l35)

No caso deste paciente, pode-se observar que a ヲゥク。セッ@ na fase

a-nal, ratificada pelos seus relatos que eram sicultaneamente . 」「ウ・ウセカッウ@ e extrema

(32)

ャゥセ・ョ￧。@ para ir エイ」セセセ@ sua bolsa de 」ッャッウエPセZR@ , pela tcntai'4a extrema de

contra-i

la: a equipe que o セセ。セカ。L@ bloqueando ou 。ZセZ。ョ、ッ@ muitas. Vdzes suas interven

￧セウ@ ( não relatava 」MZセ・ウ@ ou quando o fazia

.,:.i

"explicava" o motivo - excesso de

。ャセセ・ョエ。￧ ̄ッ@ ácida, et:.j, 、・ュッョウエイ。セ。@ a ヲ。ャZセ@ セセ@ objetivos que não foram ainda re

a1:zados, peculiares a :ase madura de vida e= que se encontrava. Contrariamente ,

se:.s impulsos voltava=ü-se para a destruição êe si próprio como forma de"quitar" a

cwpa, gerada em sua roistória e também como '::-.. ica forma de , expiando suas

"impu-rezas", retornar a cor ... セ￧ ̄ッ@ incólume que o p::"ctegia das fantasias oriundas de

de-se':os considerados "pe;;aminosos".

O outro caso que se refere ao aparecimento do câncer e reações ' do

pa:iente em fase senil, é relativo a uma sen:.cra de setenta e três anos de

ida-de. portadora de um 」セ」・イ@ ginecológico, considerada fora de possibilidades

tera-ーセエゥ」。ウ@ cirúrgicas e セセ、ゥ」。、。@ para エイ。エ。ュ・ョセ@ quimioterápico, como forma paleat!

va para sua doença.

" Eua história revela çole é casada pela segu:-_'::a vez, visto ter ficado viúva ainda

jOTem ( 36 anos ) cem セ@ filho homem que na セ[」」。@ tinha apenas cinco anos de

ida-de. Seu primeiro marico era alcoólatra e ュ。ャセ。エ。カ。@ a ambos. Sobreviviam às

cus-tas de algumas costuras que a paciente fazia セ@ casa para uma confecção perto de sua residência. O ュ。イゥ」セ@ ao falecer 、・ゥクッオMセ・@ sem qualquer tipo de beneficio ou

mo..-adia, カゥウセNNッセ⦅アエQ・NャゥャッイセGjGcャiiャ⦅ャャuQャャ。N@ ュHIセ・セセ。」。ウ。N@ alugacia, __ セオェッN⦅←ャセオァオ・ャ@ encontrava-se. cano era de se supor, en atraso. Viúva, ウッャゥ・ゥセッオ@ auxilio aos seus irmãos,

contu-do, (paciente era a ]セウ@ velha de quatro ゥイセセZウL@ sendo ela responsável pela

cria--

-çac de todos, uma vez セッャ・@ perdera a mae quar.co tinha onze anos de idade e seus ir

-macs respectivamente: cito anos - menino, seis anos - menina e cinco anos -

meni-no ) todos já se ・ョ」ッョセ。カ。ュ@ casados e com res;onsabilidades que não permitiam 。セ@

xiliá-la ヲゥョ。ョ」・ゥイセ・セセ・N@ Diante da dificulca=e de ter que criar o filho e

traba-セセ@ para o sustento ce ambos, optou por エイセセZッイュ。イ@ sua casa em uma pequena

pen-sãc que fornecia refei;ões para fora e aceita.a também, nas horas de almoço e ェ。セ@

ter. pessoas que faziam a refeição em sua casa. Este comércio prosperou e a

paci-ente o ampliou, エイ。イセヲ」セ。ョ、ッMッ@ num pequeno restaurante. No quintal, começou a

plantar verduras, ャ・セセウ@ e alguns cereais ーセ。@ diminuir os custos do preparo da

conida, podendo tamcéc oferecer preços mais caixos do que a média. Após alguns

a-nos. cansada do イ・ウエ。セ。ョエ・L@ mudou-se para セセ。@ cidade do interior do Rio de Janei

ro. onde sua principal atividade era a 。ァイゥ」セセオイ。@ e venda de colheitas. Seu

fi-lhe. embora sempre a エセ⦅セセ。@ acompanhado em sua セイ。ェ・エ￳イゥ。@ era bastante rebelde e a

(33)
(34)

psiquismo.

t

no interior dessa ュセョ。、。@ que se セセウ・ョカッャカ・@

I

primeiro a dialética, ou melhor, a luta ・ョ」。イセャ￧。、。@ das

I

duas forças primordiais; é secundariamente que uma

par-te da destrutibilidade originária volta-se para o mundo

exterior, dando origem a esta manifestação que

detecta-mos nos ヲ・ョセュ・ョッウ@ - a agressividade. Assim,( ••• )

ma-se aqui o primado da auto-agressão, não sendo

afir

essa

auto-agressão, por sua vez, senão a consequência do pr!

mado absoluto, no individuo, da tendência ao zero,

con-siderada a forma mais radical do principio do prazer. "

( p. 110 ).

o

papel da mãe que lhe foi atribui do desde a ゥセヲ¬ョ」ゥ。@ provocou-Ice o estatelecimento de uma estreita relação entre a geração sentido lato ) X

des-truiçã:. A atribuição de gerar condições para a sobrevIvência dos irmãos gerou-se

em furL;ão da perda da mãe. As atribuições de gerar condições para ウッ「イ・カゥカ↑ョ」ゥ。セ@

para a evolução de sua familia, gerou-se também na falta de um marido ora

presen-te. ora morto, ora inepto, ora ausenpresen-te. Relações estas que poderiam continuar a

serem exemplificadas em todo o seu histórico.

Alguns autores já a firmaram a existência de variáveis ーウゥ」ッャ￳ァセ@

cas cocstantes que influenciam a etiologia e posterior tratamento do câncer,

nes-MセN@ __

._._---te case. ・ウー・」ゥヲゥ」セ・ョエセMッM」¬ョ」・イ@ ginecoiógico. Na pesquisa realizada por RICHTE? e MElEE-FAUST( 18 ) em 50 pacientes, através de extensa anamnese psicológica 。「ゥセ@

sal-bicgráfica e da aplicação dos testes de Giessen e inventário de ー・イウッョ。ャゥ、。、セ@

de fイ・セオイァJL@ constatou-se que:

l2) Pacientes com carcinoma de cérvix durante a infância tinham vi vido una falta evidente de relações objetais autênticas, ocasionando a impressão.

a sensação de não terem sido desejadas como filhas;

22) Prejuizo na formação da identidade feminina pela caótica situa

-çao faniliar;

32 } Na análise das situações desencadeadoras que precederam a ー。エセ@

logia, a frequência de perda real ou iminente de pessoas do relacionamento da

pa-ciente セオ@ situações 」イセョゥ」。ウ@ de sobrecarga, como também conflitos no local de tr3

balbo cu mudanças de lugar que remetiam às sensações de "falta de saida".

(35)

Cita ainda o autor:

\

r

{

k

" Enquanto estas situações de sobrecarga são trabalhadas e vencidas emocionalmente, faltava às pacientes com car-cinoma de cérvix* a percepção destas sensações, por cau-sa do estancamento, negação e repressão. Em consequência da estrutura deficiente e defeituosamente constituida de seu ego, elas não dispunham dos mecanismos de defesa sau-dáveis e, por este motivo, viam-se constantemente

expos-tas a agravos pessoais, o que levava a graves agressoes

..

destrutivas, as quais, por causa da deficiente auto-per-cepção, possivelmente, são realizadas e representadas so maticamente." ( p. 301 )

.35.

Muito embora não tenha sido possível quando da assistência ーウゥ」ッャセ@

gica colher-se dados sobre sua infância que se aproximassem de uma 。ョ。ュョ・ウ・Nー・アオセ@

nos trechos de seu discurso levaram a crer que, de fato, não havia sido desejada como filha ( sua sensação ) na proporção que sentia-se muito cobrada das tarefas domésticas ao mesmo tempo que cumpria-as em sua totalidade, como expressando uma culpa talvez originária do desejo de "vingar-se dos pais".

_____________________ -Possivelmente a estruturação de sua identidade viu-se ai ーイ・ェオ、ゥ」セ@

da. Suas recordações em relação a figura paterna traduziam apenas alguém distante que exercia uma função provedora precária e, sobretudo, ligada somente a

material da subsistência, levando a crer uma má relação edipiana.

parte

Através de sua história pregressa percebe-se o estabelecimento de

mecanismos de defesa psicológica - repressão, especialmente como forma de "camu

fIar" o aparecimento do desejo sexual e a culpa acarretada, que posteriormente em sua vida adulta veio a se manifestar em seus relacionamentos conjugais. A pacien-te sempre "escolhia" o papel de mãe fálica que pacien-tem ao seu redor muitos

dependen-tes ( 12 e 22 maridos, filho, etc.) de seus provimentos.

Pode-se também atribuir

à

sua sensação de culpabilidade a

manifes-tação permanente ora de Eros, ora de Tânatos, prevalecendo com constância a

pri-mazia da auto-agressão sobre a hetero-agressão. É após a definitiva separação de

seu filho, de suas construções ( que ela abandona ) que surge a patologia.

Considerando-se que suas gerações estiveram durante a sua vida

se-paradas セュ@ produtos bons (construções e reconstruções com êxito) e maus ( perdas

e o filho ),

é

possível supor-se que as frustrações e culpas geravam sentimentos

(36)

tendenciosamente destrutivos, neles incluidos a auto-agresfílvidade, a puniçao

bem demarcadas pela sua não procura de assistência médica 。Hセアオ。、。@ em tempo mais

rápido do que o acontecido.

Por último

é

interessante ressaltar-se a proposição de Chiozza (7)

quando assinala que a descarga incestuosa possuiria um conteúdo latente mais 、ッャセ@

roso do que aquele que é depreendido da idéia de incesto, ou seja, o remanescente

da libido que não é descarregado no exterior invadiria o ego constituindo um

nar-cismo extremo. Este estado poderia ser descrito como algo proliferativo e invasor

podendo ser representado por um coito hermafrodita, associado a fantasias de uma

gravidez maligna ou de um desenvolvimento tumoral.

No caso da paciente, esta idéia parece presente - sua

possibilida-de possibilida-de sempre popossibilida-der contar extremamente consigo mesma (narcisismo extremo?) pode

ter desencadeado a fantasia de ter sido invadida por conteúdos próprios

(remanes-centes de libido? ) que propiciaram a geração de produtos ruins,

destrutivos.An-tes de poder gerar algo novamente sinistro, falece em consequência de um tumor ュセ@

ligno (produto destruidor), após legar a sua realidade seu último produto bom - a

última safra. Sua morte no momento que ocorreu sugeriu também a possível

incapa-cidade da paciente em ter que deparar-se abruptamente com a perda de sua autonom!

a ( a fragilidade orgânica já se demonstrava intensa ), o que, numa compreensão,

num enfoque mais amplo, poderia significar o retorno a uma posição bastante 、・ー・セ@

dente , submissa e até mesmo demonstrativa da destruição ou auto-destruição

pau-latina de si gerada por um produto maligno de seu organismo.

1.3. CONCLUSÕES DA I! PARTE:

Após o relato e avaliação dos três casos, parece ser possível

es-tabelecer vinculações, em âmbito genérico, entre o desenvolvimento de 'estruturas

de personalidade, as etapas de vida que a patologia surge, bem como sua evolução,

bem como seu tratamento.

Compreende-se também, por sua vez, que cada paciente manifestar-se

em relação

à

sua doença de acordo com a estruturação peculiar de sua personal! dade, com os mecanismos psicológicos de apreensão e ação diante da realidade, que

r .

-se estabeleceram gerindo processos contlnuos de relaçoes do sujeito com -seus

ob-jetos eleitos. Tais processos desenvolveram-se gradativamente, sofreram e influen

ciaram as experiências empíricas diárias, cotidianas que se somaram, constituindo

, , • • t

(37)
(38)

29.

Da mesma forma, o modo de cada um reagir frente

à

situações 」ッイNセゥM

-deradas traumáticas como a notIcia de ser portador de uma doença que ja possui um

cunho de obscurantismo, portanto, agressão e vislumbre de morte iminente, terá セ・@

lação com ウ・セ@ hist6rico de vida • t・イセLウッ「イ・エオ、ッL@ relação com os 」ッョエ・セ、ッウ@ la:en

tes oriundos do desenvolvimento de cada estágio de formação da estrutura de ー・セウセ@

nalidade, e dos 」ッョエ・セ、ッウ@ manifestos a estes vinculados.

Na expressão ainda de BLEGER ( 19 ):

" Cada personalidade イ・。エゥカ。イセ@ frente a situações

trau-ュセエゥ」。ウ@ determinados mecanismos defensivos 」ッイイ・ウーッョ、・セ@

tes a etapa de desenvolvimento em que predominou um

de-terminado modo de comportamento que foi operante para

controlar determinadas situações de ansiedade em um

mo-mento de vida." (p.82)

Neste ponto preciso é que este trabalho pretende incidir.

Conforme ェセ@ foi citado, ゥョセュ・イ。ウ@ são as pesquisas ora concluIdas

que elicitam hip6teses sobre a gênese do câncer e suas correlações com os Bーイ←Mイセ@

quisitos" de personalidade dos portadores desta patologia. Ressalta-se que tais

investigações muito contribuIram para a compreensão das neoplasias como doença de

- r

----4cunho-somatico -e ーウセアオゥ」ッL@ simultaneamente considerados.uPoder .... se-ia-ate

arriscar---a imarriscar---agem do arriscar---abarriscar---alo sIsmico que surge narriscar---aturarriscar---almente quarriscar---ando narriscar---a crostarriscar---a terrestre ・クセウM

tem falhas, blocos, de um lado e do outro, que procuram acomodar-se para reesté.be

lecer o equilIbrio.

Evidencia-se também a importância dos dados colhidos dessas ー・ウセオA@

sas que puderam explicitar que os pacientes portadores de câncer possuem

caracte-r{sticas de personalidade semelhantes se considerados os aspectos estruturais - !

nibição forte da hetero-agressão, tendência a auto-agressão, por exemplo - te:::la

-que sera retomado posteriormente.

-Entretanto,o que mais se faz presente e o fato de que as chamaéas

pesquisas ーウゥ」ッウウッュセエゥ」。ウ@ em sentido restrito, ou seja, aquelas que dedicaram-se,

que optaram pela busca da etiologia do câncer seja pela vertente de fatores ーウゥ」セ@

16gicos como causa da patologia ou como determinantes na evolução de tumores セM

- r

lignos, pouco se dispuseram a averiguar a elaboraçao ーウセアオゥ」。@ da patologia セ@ Eau

セ@ pelo paciente, セ@ sujeito da ação セ@ processo de セ@ セ@ não somente em

pro-セ@ de morte, o que poderia ser considerado ーウゥ」ッウウッュセエゥ」。@ em sentido mais

(39)
(40)

41.

A compreensão desta vertente engloba a discussão da necessidade de

oferecer-se ao paciente

à

condição de sujeito ativo de sua vida que participará, a cada etapa de seu tratamento, das decisões pertinentes que vão desde a セー￧ ̄ッ@ エセ@

rapêutica indicada

à

doença (cirurgia, radioterapia, etc.)até a sua forma subjetl

va de enfrentar tal situação crítica.

Os conteúdos manifestos de ordem psicológica integram-se, por sua

vez, a esta compreensão globalizada como elementos preciosos para a tradução das

fantasias e defesas acionadas pelo paciente, cuja assistência psicológica propic!

ará suas elaborações, auxiliando na posterior adaptação do paciente

à

sua realidade,

à

sua doença/saúde,

à

sua vida/morte.

(41)

42.

PARTE II

CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO E CÂNCER DE LARINGE VERTENTES DA Cor,jPREENSÃO

(42)
(43)
(44)

45.

... ... セ@

Se por um lado nao se pode privilegiar a regiao em que o cancer se

desenvolve conforme foi citado anteriormente, é, por outro, essencial ter-se em

conta que o ・ウエセェッ@ de pacientes portadores de neoplasias malignas deve passar por

duas vertentes:

# #

A primeira, e fundamentada em estudos realizados ja com mais de

....

dez mil pacientes com camcer, segundo BALTRUSCH (20):

As pesquisas,feitas com mais de dez mil pacientes

por-tadores de neoplasias malignas,de diferentes

localiza-ções, por um grande número de cientistas, em

diferen-(

. . .

tes ー。セウ・ウLュッウエイ。ュ@ um quadro イ・ャ。エセカ。ュ・ョエ・@ homogeneo •

Desta forma, pacientes cancerosos são descritos,em sua

configuração pré-mórbida de personalidade, como

inibi-dos, super-adaptainibi-dos, conformistas e fixados a regras

assim como depressivos e compulsivos (Bahnson e

Bahn-son, Baltrusch, Blohmke, Booth, Kissen, Le Shan,II.ezei,

Németh e outros). Ao lado de seu compromisso frente a

regras sociais e vinculo com a autoridade existe um

traço em comum caracteristico deles: a tendência a

ar-mazenar emoções não aceitáveis, negá-las, suprimi-las

___________ MMMG・GMMMMMイセセセiGゥ⦅ヲiAセ⦅Zセセヲ[ャAZS[⦅セ⦅。ウウスセュLGエセセイョlセセセAGセセゥ↑ャA」ゥ。@ ・セセセ・⦅セセ・@ e_m __ _ se desfazer de tensões psiquicas, ira, hostilidade e

ansiedade, o que na maioria das vezes,

é

escondido

a-trás de uma fachada de amabilidade e docilidade."(pp •

295-296) •

!leste sentido instala-se a primeira vertente: Há uma homogeneidade

de caracteristicas de personalidade em pacientes portadores de neoplasias malignas

que levam a crer que possuir câncer, por si só, já se constitui num elemento a ser

pesquisado como fator manifesto de algumas situações intrapsiquicas conflitantes,

...

( .

com as quais nao foi posslvel ャセ、。イ@ adequadamente.

!t.ui to embora não seja intuito deste trabalho caracterizar previa-mente tais situaç;ões, faz-se importante citar que as vivências de perda de um

"ob-jeto-chave", com frequência são encontradas nos relatos destes pacientes. são aqui

considerados "objetos-chave" as perdas relacionadas pelo sujeito como essenciais,

(45)

,

I

i '

\.

I'

, , セ|@

A segunda vertente e intimamente ligac3 a a:.t :rior:

4G.

_ .

\

Se, por sua vez, ter cancer ja possui セュ@ ヲ」イセ・@ ウゥァョゥヲゥ」。、ッLゥョ、ゥ」。セ@

do também uma manifestação de ordem intrapsiquica, a sua ャッ」セャゥコ。￧ ̄ッ@ é

similarmen-te importansimilarmen-te "sinalizador" da atribuição de simbologia àqu,=:e desimilarmen-terminado órgão e

o que quer expressar.

Desta forma, a proposição que será desenvolvida na abordagem a

se-guir, procurará conjugar as caracteristicas psicológicas ィッセァ↑ョ・。ウ@ encontradas em

portadores de câncer, aliando-as a região corpórea que se ュセセゥヲ・ウエ。@ com sua "

lin-guagem" especifica, pessoal e biográfica.

2.2. CÂNCER

E!

CABEÇA! PESCOÇO:

É muito frequente observar-se as deforcações causadas pelos tumo-res situados na região compreendida pela cabeça e pescoço em virtude da própria ャセ@

calização que também possui considerável importância na 」ッュセ」。￧ ̄ッ@ social, ・ュッ」ゥセ@

nal e principalmente na identidade de cada individuo. É atra, .. és especialmente da

face que se pode reconhecer expressões de alegria, tristeza, セ・、ッL@ angÚstia,etc, e

em função disto, toda a desfiguração provocada ou pelo tumor somente, ou pela

pró-pria cirurgia, alude

à

presença do câncer, de suas seqüelas.

A

doença, "está na ca ra".

...

---oGeralmente tais pacientes sao obrigados- a de;:arar 'com- problemas- de---·

ordem funcional de grande porte, uma vez que são comuns os defeitos funcionais de

fala, de mastigação, de deglutição, do paladar e muitas vezes, perda do auto-reco

nhecimento, da imagem de si, de suas referências mais imedia:as que estão intima e

proximamente ligadas a sua identificação - seu rosto.

Nos estudos realizados com os testes gráficos projetivos foi possi

vel comprovar que a cabeça expressa as necessidades ゥョエ・ャ・」セセ。ゥウ@ e tentativas de

controle emocional. É no desenho da cabeça que se pode verificar o grau de preocu-· pação do examinando com a fantasia, seus controles reacionais, suas

com as relações interpessoais e, fundamentalmente, seu auto-conceito.

Segundo BELL ( 21 ) :

" A cabeça é o centro importante da colocaçãc do ser. Única parte do corpo permanentemente exposta

à

vista dos demais (funçaõ da relação social). Esta "comunica

ção social" inerente

à

cabeça tOF,lét destaque [セN[ャゥッイ@ ou,

...

(46)

,

outras palavras: encontra sua zona corporea mais

ex-pressiva no rosto, nos traços faciais,

distinguindo--se entre estes, os olhos." (p.280)

o

pescoço ainda na mesma abordagem, pode ser considerado como o vInculo entre o controle intelectual e os impulsos r1sicos, emocionais, a "ponte"

entre o racional e o afetivo.

Os olhos, o nariz e a boca relacionar-se-ão com a expressão de tra

ços da personalidade,cuja estrutura básica é formada durante o desenvolvimento con

tInuo que se inicia desde o nascimento. Conforme cada pessoa emprega em sua vida

determinadas condutas diante da realidade que se apresenta, pode-se detectar os ti

pos de mecanismos defensivos, de caráter universal, que fazem parte do conjunto,

que pode ser chamado de estrutura básica de personalidade.

Neste sentido, os olhos corresponderiapt a forma de como cada um"en

xerga" a realidade. Poder-se-ia dizer que aqueles que apresentam algt!Illa patologia

nesta região estariam manifestando uma de suas principais defesas diante dos

con-teúdos oriundos do meio ambiente, como por exemplo, uma forte negação, "não querer

ver" •

O nariz, pelo seu formato, simbolizando a sexualidade, o elemento,

a representação fálica. Contudo, pelas suas funções também poderia estar relaciona

---'dO--às-dificuldades do sistemarespiratório,onde _as _alterações poderiamdesencade- ____ セ⦅@

ar episódios de "sUfocação" na linguagem médica e de repressão e angústia, na

tra-dução psicológica. Pela duplicidade de sentidos valeria a pena supor-se talvez a

repressão ligada aos conteúdos sexuais.

A boca, claramente ligada ao estágio oral do desenvolvimento ..:"e

as vertentes; o sadismo, a agressividade, a regressão e dependência ・クエイ・ュ。L・クーイ・セ@

sando transtornos vinculados à afetividade.

Numa tentativa de s1ntese, seria plausivel cogitar-se sobre a

pos-sibilidade do câncer instalaào numa região compreendida entre a cabeça e o pescoço

representar simbolicamente a manifestação extrema de defesas inconscientes como a

supressão do afeto, repressão de idéias, como a negação da realidade, por exemplo.

Sem dúvida, sabe-se que tais defesas acentuam-se na proporção que não está sendo suportável, de alguma forma,à estrutura de personalidade a

realiàa-de que se apresenta. Diante realiàa-desta, a irealiàa-dentidarealiàa-de - sentimento que permite a cada um

(47)

·

-...

-.

Sebundo s:,:r; { 22 ), i·íELAr;r.ê KLEIN ( 23 ) e outros autores, a

f",:-ta de coesão do ego

é

cc::':i-;ão para o desequilíbrio que influencia a saúde ment..=.:

e a r!sica. Confo:-::;e ・ウエセD@ a...;tcr-es, a vulnerabilidade do ego

à

frustração pare-=-=

ser o elemento básico ァ・セ。←」セ@ セ。@ predisposição de ordem psicológica para o 。、」セ@

cer.

No caso de pacientes portadores de neoplasias malignas na regic.::>

da cabeça e pescoço, pode-se verificar uma grande incidência de alcoólatras. eウセ・@

fato sugere a existência de alguma "falha" na estruturação egóica, uma vez q'...:.e

são comuns relatos de ー。」ゥ・セエ・ウ@ desta natureza que revelam sempre ter feito us.::>

do álcool como forma de イセッ@ terem que enfrentar a realidade como esta se 。ーイ・ウ・セM

tava.

Também é freGuente observar-se a dificuldade apresentada pela ュ。セッ@

ria em deixar transparecer suas emoções, o que poderia ser aliado a 」。イ。」エ・イゥウセセ@

cas apresentadas por pacientes com câncer, em gerai. Como foi já citado, a エ・ョ、↑セ@

cia a supressão de afetos e repressão de idéias.

Há, ・ョエイ・エセLエッL@ uma predominância nos doentes de outro mecanismo •

outra defesa além da repressão, que é a negação ( apesar da maioria dos tumores

desta região, ウ・イ・セ@ visíveis, a maior parte retarda a procura do tratamento ュ←、セᆳ

co, além de tentarem atribuir com frequência sua patologia a outros fatores ・クエ・セ@

nos que não os relacionac.os a si, além de "pouca" gravidade.)

Mas tambéc este tipo de defesa é encontrado em pacientes

portadc---,.

res de cancer, sem ser especificidade dos de cabeça e pescoço.

eューゥイゥ」。ュ・セエ・@ o que parece ser bastante pertinente a estes ー。」ゥ]セ@

tes são as questões que rexetem ao mecanismo de identificação. Sabe-se que se

alguma forma o 、・ウ・ョカッャカゥセ・ョエッ@ emocional é prejudicado, a capacidade do adulto

=a

zer identificações mais セセ、オイ。ウ@ e adequadas

à

sua realidade também se mostra 、ゥヲセ@

cultada. Via de regra, tais pacientes apresentam uma tendência regressiva, once

os relatos indicadores de identificações patológicas podem ser observados cco

frequência. É possivel que r.a formação da identidade destes sujeitos tenha ィ。カゥ←セ@

a presença de elecentos que, de alguma forma, tenham favorecido o estabeleciment.o

de um sentimento de ・クエイ・セ。@ dependência, de infantilidade.

Tal ウ・ョエゥセ・ョエNZZ^L@ por sua vez, pode chegar a um extremo ponto àe

ex-pressão somática que. ao in .... és de constatar-se sintomas de despersonalização, es-ta"transparece" nas deforü.a;;ões ocasionadas pelo tumor ou pelas seqüelas cirúré;:l

(48)

Conforme MELLO FILHO ( 24 ):

" Estas identificações patológicas explicam muitos

tra-ços neuróticos de caráter e podem gerar sintomas somátl

cos, no processo de mimetizar sofrimentos e

enfermida-des dos modelos-padrão que foram significativos."(p.35)

E mais adiante:

" Como a identificação, a identidade também tem suas ーセ@

tologias. Assim, problemas de identidade podem

apresen-tar-se como sintomas de despersonalização ッセ@ mesmo 」ッョセ@

ti tuir alterações permanentes, personalidades "como se','

em que o individuo funciona ゥョ。オエ・ョエゥセ。ュ・ョエ・@ como se

fosse um outro." (p.35).

2.3. PACIENTES PORTADORES DE CÂNCER NA LARINGE:

..

Os pacientes portadores de cancer na laringe representam o maior

percentual de casos, se considerados apenas os doentes que apresentam uma

tumora-___ Nl￧] ̄]ッ⦅ュ。j⦅セァiQᅧセMᆰセeAァゥ@ ão __ セᄎiiャpiGセ・ョ、ェN@ da __ セiエエー・。L⦅ケ。ーセ￧ᆰM⦅セー・ウ⦅gHI￧ッ@ _._}.9sim, __ nl,1ffi_lev an tame!! ____ _

to realizado em 1982, relativo ao períOdo 1976-1980, pelo Ministério da Saúde em

todo o Brasil ( 25 ), encontrou-se 8.128 pacientes com localização primária do cân

cer na laringe, sendo seguido por 5.376 casos de câncer na região da lingua,5.157

no lábio, etc.

A cirurgia proposta em tais casos é a laringectomia (retirada da

laringe), que tráz como seqüela maior a perda da voz,uma vez que este órgão

desen-penha um papel crucial na emissão da fala.

Fisicamente, a fala é resultante da combinação de elementos acústi

cos. O som provocado pelas vibrações das cordas vocais, é amplificado por ressona-,

-dores na larinfze. na boca, no nariz e na cabeça, sendo "modelado" pelos orgaos

ar-ticulatórios, produzindo sons especificos que são agrupados em palavras

e

frases • Sem a laringe, a voz não pode realizar-se, tendo em conta que esta

se efetua pela sua mobilização que em sinergia com os movimentos da traquéia, da

faringe, da mandibula, da lingua e do véu do paladar.

A fala adquire extrema importância no desenvolvimento humano,à

(49)

organizado de simbolos linguisUcos, que permi:,: a 」ッイョセl⦅ZZ。￧ ̄ッ@ entre pessoas.

-

, セ@

-'::l .... c,.·.

da possibilidade de ・クセイ・ウセ ̄ッ@ das 。「ウエイ。￧セ・ウN@ Zセセ@ a lini_agem desaparece a lセZセssセ@

dade da presença do objeto. É pcssivel fazer r,:,:erência ;;,:.s objetos, às ウゥエセBL[Zセウ@ •

..

as pessoas sem que estas estejam numa esfera C-.:: campo vi :;.:,;,a1.

Psicologica:Tiente a fala e a li::-.b .... agem ー」セオ・ュ@ urna extrema

si;i;::':':i-caça0. É por meio do processo de identificação セオ・@ a 」イゥセN￧。@ aprende a falar, a

principio fazendo uso da imitação repetitiva 、セセオゥャッ@ que セウ@ adultos lhe エイ。イNウセゥエ・セ@

para, posterior e gradativamente, ir adquirindc sua 。オエッセュゥ。L@ sua linguagem pre-,

pria e diferenciada.

Retornando-se aos pacientes que necessita0 ser submetidos à

la:in-gectomia, pode-se hipotetizar que psiquicamente a perda セセ@ fala represente um

pro-fundo abalo à sua identidade, uma vez que esta se consti't.ü, a priori, pelo ーZMッ」・セ@

so imitativo ao qual é atribuída a denominaçãc de ident::icação, que compreeLce a

tendência a ser possível ao ser humano tornar-se semelha:.:e a um objeto do meio セ@

biente e com este, ao mesmo tempo, comunicar-se.

Através do progressivo processe de ゥ、・ョエセゥ」。￧ ̄ッL@ a criança

a;=en-、セ@ a sorrir, a bater palmas e a falar repetinde, com a me5ma acentuação do 。、セャエッL@

todas as palavras que lhe são ditas. Na ーイッーッイ￧Nセッ@ quea 」セGZG。ョ￧。@ se desenvolve, que

há maior maturação do sistema nervoso central, ela adqui:,= condições de mani:estar

comportamentos independentes (também originário da possit:'lidade de maior locoi.lO

ção). Assim, sua linguagem é ampliada, sua autoc.omia e, p:r consequência, a ・ウセイオM

tura de sua identidade que lhe permitirá sentir-se cada V:Z mais singular, ウゥセセャエセ@

neamente igual e diferente de todos os demais, :_avendo, p;rém, a permanênCia das

características individuais durante todo o エ・ューNセ@ de vida. apesar das mudanças

ex-ternas.

Evidentemente, a tendência a ゥ←]ョエゥヲゥ」。イMセ・@ com uma pessoa ou algo

muito catexizado do ambiente não se restringe a;enas à te=ra infância. Em

rea:ida-de, esta tendência persiste durante toda a vida. contudo, tende a tornar-se, ec

grande parte, um processo inconsciente.

, t "

-Deste modo, e posslvel observa=-se a ider.:ificaçao com objetes que

são altamente catexizados pela energia 。ァイ・ウウゥカセ@ (identif:cação com o agressc:-) eu

ainda identificação com o objeto perdido, (mort,-:: ou separ.:.ção prolongada de

a1-,

guem, por exemplo) onde surgem comportamentos :::::::"::ilares セMG@ do elemento ausente.

Pode-se supor, na conjugação de:;:, fatores ..:.presentados, que a ;::,;rdc:..

da fala por laringectomia represente a ュ。ョゥヲ・ウエセ[ ̄ッ@ de at.:.lo expressivo na ゥ←セエゥM

dade, provavelmente oca::>ionado por ウゥァョゥヲゥ」。エゥカセ@ perda

c€:

übjetos

(50)

dência das figura::; parer,tais, ao ュ・セュッ@ tempo, uma tentativa de aquisiçao de uma

nova identidade イセ・ウエイオエオイ。、。@ a partir de outros modelos, ou ainda a definitiva i nexpressão dos conteúdos reprimidos.

Neste ・ョヲッアオセL@ poder-se-ia supor a existência de uma forte エ・ョエオセゥ@

va de negação da realidade em função da impossibilidade de expressão de conteúdos

reprimidos geradores de sentimentos dolorosos e de culpabilidade. A "solução" 、・セ@

tes conflitos poderia se desencadear da relação entre ter recebido o "castigo" de

estar doente e mais ser possivel retornar

à

condição anterior.A consequente 、・ー・セ@

dência propiciaria supostamente também novas identificações, nova ゥ、・ョエゥ、。、・Lイ・、セ@

zindo, contudo, as relações com o meio e reforçando o isolamento.

Se considerarmos ainda que na etiologia do câncer de laringe estão

presentes o etilismo e o tabagismo associados e exacerbados, poder-se-ia

configu-rar a hipoótese de que há um estreito vinculo entre dificuldades oriundas no

de-senvolvimento e a resolução da fase oral e o ーッウエ・セゥッイ@ aparecimento do câncer. No

entanto, tal investigação não demonstra ・ク・アゥ「ゥャゥ、。、セ@ a principio, uma vez que

necessitar-se-ia de extensas anamneses com os pais dos pacientes e (a fase oral o

corre em torno de um ano de idade) estes, na maioria, não mais existem por ser

mais frequente o aparecimento deste tipo de câncer numa faixa etária superior a

cinquenta e cinco anos de idade. Por outro lado, seria preciso haver um grupo de

controle com fatores similares (sexo,idade,história,etc) que não houvesse

indica-dores da presença de câncer na laringe e de que "não viessem a ter". E, por últ.!, ---,:m-,-o,-,- con-formeJâ-rõ1 c1 tado--neste trabãlhõ--; -se-u -enfoque -não

M[セ・セ・ョ、・@

--incidir-

sobre--a etiologisobre--a e sim nsobre--as resobre--ações psicológicsobre--as presentes, msobre--anifestsobre--as sobre--a psobre--artir do

cân-cer, a fim de propiciar ao paciente um tratamento adequado.

A exposição de um caso, poderá ser ilustrativa dos conteúdos ーウゥ」セ@

lógicos presentes num paciente portador de câncer na laringe, bem como tais conte

údos podem interferir na sua posterior reabilitação ( aquisição de voz esofágica,

que propicia a emissão de palavras e frases, reestabelecendo a comunicação

ver-bal.) セ@

" Paciente com 56 anos de idade, funcionário público, separado há dez anos, pai

de uma filha. É o filho caçula de seus pais, possuindo uma irmã com quem reside • Aos seis anos de idade perde sua mãe, episódio que fez com que sempre sentisse u-ma profunda "tristeza inconsolável" (sic.). Casou-se com trinta anos u-mas não

con-seguia relacionar-se bem com sua esposa e passou a beber intensamente. Após o ョ。セ@

(51)

(gasta-va tudo com o alcoolismo) e tentou arranjar um novo emprego. Sua esposa o Fセクゥャセセ@

va financeiramente arranjando também trabalho. Quando se est8.bilizou a situaçâo ,

vaI tou a beber mui to e quando a fi lha es télva cera quinze a110S a mulher o

abanc..:-nou, levando consigo a menina. O paciente passou a viver sozinho e dois anos ゥャャ。Zセ@

tarde foi obrigado a se aposentar pelo grau de alcoolismo que apresentava. Aos

cinquenta e um anos de idade foi diagnosticado câncer na laringe, opera-se.

Pas-sou a morar com a irmã. Aprendeu a nova forma de expressar-se e pasPas-sou a ser urr.a

espécie de monitor do grupo de laringectomizados, auxiliando a todos que não

con-seguiam aprender a falar de imediato a voz esofágica. Demonstra com frequência uw

comportamento bastante dependente da equipe que o assiste, chegando por vezes a

querer suprir qualquer necessidade dos pacientes também laringectomizados

(forne-ce dinheiro da passagem, traz presentes para o grupo - a aprendizagem é feita

se-manalmente em grupo com uma fonoaudióloga.) Nunca se refere a tristezas ou

indis-posições. Apesar de já não ter mais motivos para frequentar o grupo, está sempre,

toda semana, presente."

Não seriam necessários maiores esclarecimentos sobre o caso citado

para avaliar-se os elementos de ordem psicológica. Após a perda da mãe, tudo indl

ca que seu desenvolvimento viu-se aliado à sensação de abandono precoce e

rejei-ção. A repressão das idéias e negação da realidade também se fazem presentes

du-rante a sua vida, assim como uma constante manifestação do comportamento depende,:::

·-i;e.--Embora-vol te-a-falar,nãoconsegue -separar-se -do-grupocom-quem- se-identifica

---e qu---e procura, simultan---eam---ent---e, prot---eg---er como forma d---e s---entir-s---e ac---eito. O

alcoo-. lismo que sempre funcionou como elemento compensatório não mais se manifesta, キセ。@

vez que desenvolve outro tipo de dependência também preenchitiva do abru1dono

ori-ginal. Se, por um lado, modifica-se o caráter destrutivo da ingestão de bebidas ,

por outro, permanece a supressão de afetos e a tentativa de reparação das culpas

anteriores.

Se, considerado ainda que a maior parte dos pacientes portadores e

submetidos à laringectomia por câncer está compreendida numa faixa etária superl

or a cinquenta anos e que a incidência maior de aparecimento desta patologia H」・セ@

ca de Yセセ@ ) é em indivIduos do sexo masculino, seria também plausIvel adrni tir

que-,. ..

o cancer surge e se desenvolve numa fase de vida onde se inicia um processo de

declInio, de começo de impotência diante da realidade, associados aos fatores de

dependência, repressão e consequente busca de isolamento social, "justificado".

Desta forma, conforme já foi citado, o câncer e a perda da fala ーセ@

deriam representar a 。qオゥウゥ￧セッ@ de uma nova identidade, onde a verdadeira ゥューッセセゥM

(52)

uso da fala, da ccmunicaç3o, dos vInculos fornecidos pela ャゥョァオ。セ・ュ@ verbal.

Segundo ERIKSOU ( 26 ):

'.' ••• uma criança que ・ウエセ@ aprendendo a falar; ela ・ウエセ@

adquirindo uma das funções ーイゥュセイゥ。ウ@ que servem de

a-poio a um sentimento de autonomia individual e uma das

técnicas 「セウゥ」。ウ@ para ampliar o raio de ação do

dar-e--receber. A mera indicação de uma aptidão para emitir

sinais sonoros intencionais depressa obriga a criança

a "dizer o que quer". ( ••• ) Além disso, uma palavra

falada é um pacto. hセ@ um aspecto irrevogavelme,nte

vin-culatrio numa expressão verbal recordada por outros

embora a criança possa ter de aprender cedo que

cer-tos compromissos ( de adulcer-tos para com a criança

es-tão sujeitos

à

mudança sem aviso prévio, enquanto que

outros ( da criança para o adulto) não estão. Esta re

- t( - ,

laça0 ゥョエイセョウ・」。@ da fala nao so com o mundo dos fatos

」ッュオョゥ」セカ・ゥウ@ mas também com o valor social do vinculo

verbal e da verdade proferida é estratégica entre as

(p.l6l)

2.4. CONCLUSÕES DA SEGUrmA PARTE:

Considerações teóricas desde o início da presente dissertação ーイセ@

curaram demonstrar como o avanço das formas de tratamento do câncer contribuíram

para a transformação da idéia da patologia como sendo a mais digna representante

dos organicistas, para a visão integrada de seu 」。イセエ・イ@ ウッュセエゥ」ッ@ e psíquico, sem

predominâncias, e sim, com a idéia de conjunção, de unidade que interage simulta

neamente no sujeito íntegro - mente e corpo.

O mito do câncer como sinônimo direto de morte, portanto, de "te.!:

minalidade", muito embora ainda encontre espaço no meio social, já vem progressi

vamente perdendo seu lugar de "best-seller" para outras doenças, como a AIDS no

Imagem

TABELA  1  - FAIXA  Ztaセia@
TABELA  3  - INTERVALO  Er-TTRE  °  apaョecョセento@ DO  sョZtュセa@
TABELA  4  - TIEAÇÃO  AO  DIAGnÓSTICO
TABELA  5  - REAÇÕES  ÀS  PERDAS  ANTERIORES  À  L/-.RIiiGECTOi-iIA
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Referências

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